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NORMA ABNT NBR

BRASILEIRA 13534
Segunda edição
28.01.2008

Válida a partir de
28.07.2008

Instalações elétricas de baixa tensão —


Exemplar para uso exclusivo - INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE RONDÔNIA - 10.817.343/0003-69

Requisitos específicos para instalação em


estabelecimentos assistenciais de saúde
Electrical installations of low voltage – Specifical requirements for
medical location installation

Palavras-chave: Instalação elétrica. Baixa tensão. Estabelecimento


assistencial de saúde.
Descriptors: Electrical installations. Low voltage. Medical location.

ICS 29.020; 91.140.50

ISBN 978-85-07-01324-2

Número de referência
ABNT NBR 13534:2008
21 páginas
©ABNT 2008

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Sumário Página

Prefácio ....................................................................................................................................................................... iv
Introdução .................................................................................................................................................................. iv
1 Escopo ............................................................................................................................................................ 1
2 Referências normativas ................................................................................................................................ 1
3 Termos e definições ...................................................................................................................................... 2
4 Princípios fundamentais e determinação das características gerais ...................................................... 3
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5 Proteção para garantir a segurança ............................................................................................................ 4


6 Seleção e instalação dos componentes...................................................................................................... 8
7 Verificação final ........................................................................................................................................... 13
8 Manutenção .................................................................................................................................................. 14
Anexo A A (normativo) Classificação de serviços de segurança para locais médicos .................................... 16
Anexo B B (informativo) Aplicação dos critérios de grupo e classe aos locais médicos ................................. 17
Referências bibliografia ........................................................................................................................................... 21

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Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras,
cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalização
Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são elaboradas por Comissões de
Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores
e neutros (universidades, laboratórios e outros).

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras das Diretivas ABNT, Parte 2.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chama atenção para a possibilidade de que alguns dos
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elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT não deve ser considerada
responsável pela identificação de quaisquer direitos de patentes.

A ABNT NBR 13534 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-03), pela Comissão de Estudo
de Instalações Elétricas de Baixa Tensão (CE-03:064.01). O seu 1º Projeto circulou em Consulta Nacional
conforme Edital nº 02, de 28.02.2007, com o número de Projeto ABNT NBR 13534. O seu 2º Projeto circulou em
Consulta Nacional conforme Edital nº 10, de 21.09.2007 a 20.10.2007, com o número de 2º Projeto ABNT NBR 13534.

Esta Norma é baseada na IEC 60364-7-710:2002.

Esta Norma é prevista para entrar em vigor após 180 dias da sua publicação.

Esta segunda edição cancela e substitui a edição anterior (ABNT NBR 13534:1995), a qual foi tecnicamente
revisada.

Introdução

Os requisitos desta Norma complementam, modificam ou substituem os requisitos de caráter geral contidos na
ABNT NBR 5410. Em tudo que não for disposto diferentemente, permanecem válidos e aplicáveis os requisitos da
ABNT NBR 5410, bem como os de normas específicas, como as de produtos.

Nesta Norma, os números designativos das seções, subseções e parágrafos se harmonizam com os
correspondentes da ABNT NBR 5410 e estão numerados, quando se tratar de novos requisitos, a partir de 101 e,
no caso dos Anexos, como AA e BB.

Em estabelecimentos assistenciais de saúde, é fundamental garantir a segurança de pacientes submetidos a


procedimentos com o uso de equipamentos eletromédicos. A cada atividade e função desenvolvidas num local
médico correspondem requisitos específicos de segurança, que devem ser respeitados. Essa segurança começa
com uma instalação elétrica segura e prossegue com a operação e manutenção adequadas dos equipamentos
elétricos a ela conectados. A utilização de equipamentos eletromédicos em pacientes sob cuidados intensivos, de
importância crítica, requer da instalação elétrica uma confiabilidade e uma segurança compatíveis, que podem ser
obtidas com a aplicação desta Norma, o que não impede a adoção de critérios ou práticas que reforcem ainda
mais a segurança e a confiabilidade.

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Instalações elétricas de baixa tensão — Requisitos específicos para


instalação em estabelecimentos assistenciais de saúde

1 Escopo
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Aplica-se o disposto na ABNT NBR 5410, com as seguintes exceções:

Adicionar:

Os requisitos específicos desta Norma aplicam-se a instalações elétricas em estabelecimentos assistenciais de


saúde, visando garantir a segurança dos pacientes e dos profissionais de saúde.

NOTA 1 Quando a utilização de um local médico for alterada, em particular com a introdução de procedimentos mais
complexos, deve-se adequar a instalação elétrica existente à alteração promovida, de acordo com os requisitos desta Norma.
Essa é uma questão ainda mais crítica se envolver procedimentos intracardíacos e de sustentação de vida de pacientes.

NOTA 2 Quando aplicável, esta Norma pode ser utilizada em clínicas veterinárias.

NOTA 3 Esta Norma não se aplica a equipamentos eletromédicos. Para equipamentos eletromédicos, ver série de normas
ABNT NBR IEC 60601.

2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para referências datadas,
aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do
referido documento (incluindo emendas).

Aplica-se o disposto na ABNT NBR 5410, com as seguintes exceções:

Adicionar:

Resolução ANVISA RDC Nº 50, de 21 de Fevereiro de 2002, Dispõe sobre o Regulamento Técnico para
planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de
saúde

ABNT NBR IEC 60601-1:1997, Equipamento eletromédico – Parte 1: Prescrições gerais de segurança

IEC 61557-8:1997, Electrical safety in low voltage distribution systems up to 1 000 V a.c. and 1 500 V d.c. –
Equipment for testing, measuring or monitoring of protective measures - Part 8: Insulation monitoring devices for IT
systems

IEC 61558-2-15:1999, Safety of power transformers, power supply units and similar – Part 2-15: Particular
requirements for isolating transformers for the supply of medical locations

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3 Termos e definições
Para os efeitos desta Norma, aplicam-se os termos e definições da ABNT NBR 5410 e os seguintes.

3.101
local médico
local destinado à realização de procedimento de diagnóstico, terapêutico (incluindo os tratamentos estéticos),
cirúrgico, de monitoração e de assistência à saúde de pacientes

NOTA Para garantir a proteção de pacientes contra riscos elétricos, é necessário aplicar medidas adicionais de proteção
nos estabelecimentos. O tipo e a descrição desses riscos podem variar em função do procedimento realizado. A diversidade de
atividades realizadas em um estabelecimento leva à necessidade de classificar os locais em "grupos", de acordo com os
procedimentos realizados em cada local
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3.102
paciente
qualquer pessoa ou animal submetido a exame ou tratamento médico ou odontológico
(ver 2.12.4 da ABNT NBR IEC 60601-1:1997)

NOTA Para os efeitos desta Norma, toda pessoa submetida a procedimento para fins estéticos pode ser considerada
paciente.

3.103
equipamento eletromédico
equipamento elétrico dotado de não mais que um recurso de conexão a uma determinada rede de alimentação
elétrica e destinado a diagnóstico, tratamento ou monitoração do paciente sob supervisão médica, que estabelece
contato físico ou elétrico com o paciente e/ou fornece energia para o paciente, ou receba a que dele provém,
e/ou detecta esta transferência de energia (ver ABNT NBR IEC 60601-1)

NOTA O equipamento inclui os acessórios, definidos pelo fabricante, necessários ao seu uso normal
(ver ABNT NBR IEC 60601-1).

3.104
parte aplicada
parte do equipamento eletromédico que, em uso normal:

 entra necessariamente em contato físico com o paciente, para que o equipamento possa cumprir sua função,

 pode vir a entrar em contato com o paciente, ou

 precisa ser tocada pelo paciente

NOTA Ver ABNT NBR IEC 60601-1.

3.105
grupo 0
local médico não destinado à utilização de parte aplicada de equipamento eletromédico

3.106
grupo 1
local médico destinado à utilização de partes aplicadas, sendo este uso circunscrito a:

 partes externas do corpo, ou

 partes internas do corpo que não aquelas tratadas em 3.107

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3.107
grupo 2
local médico destinado à utilização de partes aplicadas em procedimentos intracardíacos, cirúrgicos, de
sustentação de vida de pacientes e outras aplicações em que a descontinuidade da alimentação elétrica pode
resultar em morte

NOTA 1 Um procedimento intracardíaco é um procedimento no qual um condutor elétrico é colocado em contato ou é


suscetível de entrar em contato com o coração ou com o sistema circulatório central, sendo tal condutor acessível
externamente ao corpo do paciente. O significado de “condutor elétrico”, no contexto, inclui fios isolados, como os eletrodos de
marca-passos ou eletrodos de ECG intracardíacos e tubos isolados contendo fluidos condutivos.

NOTA 2 Um procedimento de sustentação de vida é toda providência sem a qual o estado do paciente fatalmente evoluiria
para óbito, em curto prazo. São exemplos de tal procedimento a terapia substitutiva de órgãos e a monitoração de parâmetros
fisiológicos em situações de perigo iminente de morte.
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3.108
sistema eletromédico
combinação de dois ou mais equipamentos, sendo um deles no mínimo um equipamento eletromédico,
interligados por conexão funcional ou pelo uso de tomada múltipla móvel

NOTA O sistema inclui os acessórios necessários ao seu funcionamento e assim especificados pelo fabricante.

3.109
ambiente do paciente
espaço no qual pode ocorrer, intencionalmente ou não, contato entre o paciente e partes de um sistema
eletromédico ou entre o paciente e outras pessoas que toquem partes do sistema (ver Figura 101)

NOTA Esta definição é aplicável quando a posição do paciente for predeterminada. Caso contrário, todas as posições
possíveis do paciente devem ser consideradas.

3.110
quadro de distribuição principal
quadro que representa o ponto de convergência da distribuição elétrica da edificação ou área por ele atendida e
onde é medida a queda de tensão relativa aos serviços de segurança

3.111
esquema IT médico
esquema IT com requisitos específicos para aplicações médicas

3.112
estabelecimento assistencial de saúde
EAS
denominação dada a qualquer edificação destinada à prestação de assistência à saúde à população, que
demande o acesso de pacientes, em regime de internação ou não, qualquer que seja o seu nível de complexidade

4 Princípios fundamentais e determinação das características gerais


4.1 Determinação das características gerais

Aplica-se o disposto na ABNT NBR 5410, com as seguintes exceções:

Adicionar:

4.2.101 A classificação de um local médico deve ser feita em conformidade com a equipe médica e a legislação
vigente, tanto a da área de saúde quanto a de segurança do trabalho. Para definir a classificação de um local
médico, é necessário que a equipe médica informe os procedimentos médicos que aí serão realizados. Com base
na utilização pretendida, será definida uma classificação apropriada para o local médico. A possibilidade de
utilização de um mesmo local para mais de uma finalidade implica sua classificação no grupo mais elevado, sendo
recomendável a análise de tais casos pelo grupo de gerenciamento de risco.

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NOTA 1 A classificação de um local é relacionada com o tipo de contato entre as partes aplicadas e o paciente, bem como
com a finalidade para a qual o local é utilizado (ver Anexo BB).

NOTA 2 As partes aplicadas são definidas nas normas dos equipamentos eletromédicos.

4.2.2.2.101 Esquemas de aterramento

O esquema TN-C não é admitido em estabelecimentos assistenciais de saúde a jusante do quadro de distribuição
principal.

4.2.3 Alimentação

4.2.3.101 Regra geral


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Em locais médicos, a distribuição elétrica deve ser concebida e executada de forma a facilitar a transferência
automática entre a alimentação normal e a alimentação de segurança (ver Anexo BB e 6.6.6).

4.2.5 Divisão da instalação

4.2.5.101 Todo equipamento de raios X, incluindo os de arco cirúrgico, e todo outro equipamento com corrente
de energização capaz de provocar o desligamento de uma alimentação IT médica, em caso de conexão
inadvertida a esta alimentação, devem ser alimentados por circuitos dedicados (ver 6.5.3.101).

5 Proteção para garantir a segurança

5.1 Proteção contra choques elétricos

5.12 Medidas de proteção

5.1.2.2 Eqüipotencialização e seccionamento automático da alimentação

5.1.2.2.4 Seccionamento automático da alimentação

5.1.2.2.4.1 Generalidades

Aplica-se o disposto na ABNT NBR 5410, com as seguintes exceções:

Adicionar:

Nos locais médicos dos grupos 1 e 2:

a) a tensão de contato limite UL é de 25 V (UL  25 V c.a.), qualquer que seja o esquema de aterramento
(TN, TT ou IT);

b) conseqüentemente, os tempos de seccionamento máximos admissíveis, em esquema TN, são aqueles


indicados na coluna “Situação 2” da Tabela 25 da ABNT NBR 5410:2004. Da mesma forma, os tempos de
seccionamento máximos admissíveis em esquema IT são aqueles indicados nas colunas “Situação 2” da
Tabela 26 da ABNT NBR 5410:2004;

c) não se admite, no caso de esquema IT médico, o seccionamento automático da alimentação quando da


ocorrência de uma primeira falta.

NOTA O seccionamento da alimentação associado à proteção contra sobrecarga ou curto-circuito deve ser concebido
observando-se as regras gerais dessa proteção e as possibilidades descritas na ABNT NBR 5410, de modo a satisfazer o nível
de segurança requerido.

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5.1.2.2.4.2 Esquema TN

Aplica-se o disposto na ABNT NBR 5410, com as seguintes exceções:

Adicionar:

Os circuitos de tomadas que sirvam locais do grupo 1 devem ser protegidos por dispositivos diferenciais-residuais
(dispositivos DR) com corrente diferencial-residual nominal de atuação de no máximo 30 mA (proteção adicional).

Em locais do grupo 2, a proteção por seccionamento automático da alimentação usando dispositivos DR com
corrente diferencial-residual nominal de no máximo 30 mA deve se restringir aos circuitos descritos em a) a d):

a) circuitos de alimentação de mesas cirúrgicas;


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b) circuitos para equipamentos de raios X;

NOTA O requisito se refere essencialmente a equipamentos de raios X móveis utilizados em locais do grupo 2.

c) circuitos para equipamentos de maior porte, com potência nominal superior a 5 kVA;

d) circuitos para equipamentos elétricos não-críticos (não associados à sustentação de vida).

Deve-se atentar para que o uso simultâneo de vários equipamentos, num mesmo circuito, não venha a resultar em
disparo indesejável do dispositivo DR.

Em locais dos grupos 1 e 2, quando forem utilizados ou exigidos dispositivos DR, conforme descrito acima,
eles devem ser tipo A ou tipo B.

NOTA 1 Dispositivos DR tipo A são aqueles aptos a detectar correntes residuais contínuas pulsantes, além de correntes de
falta alternadas. Os do tipo B são dispositivos aptos a detectar correntes residuais contínuas, lisas e pulsantes, além de
correntes de falta alternadas.

NOTA 2 Recomenda-se que esquemas TN-S sejam providos de supervisão do isolamento, abrangendo todos os
condutores vivos.

5.1.2.2.4.3 Esquemas TT

Aplica-se o disposto na ABNT NBR 5410, com as seguintes exceções:

Adicionar:

Nos locais dos grupos 1 e 2, aplicam-se as mesmas exigências de 5.1.2.2.4.2. Além disso, como indicado em
5.1.2.2.4.3-a) da ABNT NBR 5410:2004, o dispositivo responsável pelo seccionamento automático visando
proteção contra choques elétricos, nos esquemas TT, deve ser necessariamente um dispositivo a corrente
diferencial-residual.

5.1.2.2.4.4 Esquema IT

Aplica-se o disposto na ABNT NBR 5410, com as seguintes exceções:

Adicionar:

Nos locais do grupo 2, o esquema IT médico deve ser usado para circuitos que alimentam equipamentos
eletromédicos, sistemas de sustentação da vida e aplicações cirúrgicas, bem como os demais equipamentos
elétricos dispostos no ambiente do paciente, exceto os equipamentos mencionados em 5.1.2.2.4.2.

Cada conjunto de locais destinados à mesma função deve ser provido ao menos de um esquema IT médico
exclusivo.

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NOTA Por questões operacionais e de segurança, recomenda-se que cada sala cirúrgica seja provida de um esquema IT
médico exclusivo. No caso de UTI, um esquema IT médico pode alimentar mais de um leito, observado o limite de potência do
transformador (ver 6.1.3.1.102).

O esquema IT médico deve ser equipado com dispositivo supervisor de isolamento (DSI). Esse DSI deve ser
conforme a IEC 61557-8 e atender às especificações descritas em a) a e):

a) a impedância interna c.a. deve ser de 100 k, no mínimo;

b) a tensão de medição não deve exceder 25 V c.c.;

c) a corrente injetada, mesmo em condição de falta, não deve exceder 1 mA, valor de crista;

d) a indicação de queda da resistência de isolamento deve ocorrer antes ou no máximo assim que esta atingir
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50 k. Deve ser provido um dispositivo de teste que permita verificar a conformidade com este requisito;

e) deve haver sinalização no caso de ruptura do condutor de proteção ou de sua desconexão.

Cada esquema IT médico deve ser provido de um sistema de sinalização sonora e visual, disposto de forma a
permitir supervisão permanente pela equipe médica e dotado de:

 sinalização luminosa verde, para indicar operação normal;

 sinalização luminosa amarela, que atue quando a resistência de isolamento atingir o valor mínimo ajustado.
Não deve ser possível cancelar ou desconectar essa sinalização;

 alarme audível, que dispare quando a resistência de isolamento atingir o valor mínimo ajustado.
O sinal audível pode ser silenciado.

A sinalização luminosa amarela deve apagar automaticamente tão logo a falha tenha sido eliminada e as
condições normais restabelecidas.

Quando o transformador do esquema IT médico alimentar um único equipamento, não é necessário o dispositivo
supervisor de isolamento (DSI).

O transformador do esquema IT médico deve ser provido de monitoração de sobrecargas e de elevação da


temperatura.

5.1.2.5 Uso de extrabaixa tensão: SELV e PELV

Aplica-se o disposto na ABNT NBR 5410, com as seguintes exceções:

Adicionar:

Quando for usada SELV e/ou PELV em locais do grupo 1 ou do grupo 2, a tensão nominal dos equipamentos não
deve exceder 25 V c.a., valor eficaz, ou 60 V c.c. sem ondulação. As partes vivas devem ser cobertas por
isolação, barreira ou invólucro, conforme Anexo B da ABNT NBR 5410:2004.

Em locais do grupo 2, as massas dos equipamentos (por exemplo, do foco cirúrgico) devem estar conectadas ao
condutor de eqüipotencialização.

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5.1.3.1 Eqüipotencialização suplementar

Aplica-se o disposto na ABNT NBR 5410, com as seguintes exceções:

Adicionar:

5.1.3.1.101 Em cada local do grupo 1 ou do grupo 2 deve ser realizada uma eqüipotencialização suplementar
envolvendo as seguintes partes situadas no ambiente do paciente:

 condutores de proteção (PE);

 elementos condutivos;
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 blindagens contra interferências eletromagnéticas, se existentes;

 conexões dos pisos condutivos, se existentes;

 blindagem eletrostática do transformador de separação, se existente.

EXEMPLO Também devem ser incluídas na eqüipotencialização suplementar as peças de mobiliário que sejam fixas
e condutivas, mesmo quando não elétricas, como pode ser o caso de mesas cirúrgicas, poltronas de fisioterapia e cadeiras
odontológicas, salvo se forem intencionalmente isoladas da terra.

5.1.3.1.102 Nos locais do grupo 2, a resistência medida entre o barramento de eqüipotencialização, de um lado, e

 o terminal PE de qualquer tomada de corrente,

 o terminal PE de qualquer equipamento fixo, ou

 qualquer elemento condutivo,

de outro lado, não deve ser superior a 0,2 , incluída a resistência das conexões.

NOTA O valor da resistência também pode ser determinado pelo uso de condutor com seção adequada.

5.1.3.1.103 O barramento de eqüipotencialização deve se disposto dentro ou próximo do local médico.


Em cada quadro de distribuição, ou em suas proximidades, deve ser provida uma barra de eqüipotencialização
adicional, à qual devem ser conectados os condutores da eqüipotencialização suplementar e os condutores de
proteção (PE). As conexões devem ser claramente visíveis e devem poder ser desconectadas individualmente.

5.2 Proteção contra efeitos térmicos

5.2.2 Proteção contra incêndio

Aplica-se o disposto na ABNT NBR 5410, com as seguintes exceções:

Adicionar:

Devem ser observados os requisitos adicionais contidos nas legislações locais.

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6 Seleção e instalação dos componentes

6.1 Prescrições comuns a todos os componentes da instalação

6.1.3 Condições de serviço e influências externas

6.1.3.1 Condições de serviço

Aplica-se o disposto na ABNT NBR 5410, com as seguintes exceções:

Adicionar:

6.1.3.1.101 Transformadores de separação para esquema IT médico


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Os transformadores devem ser instalados o mais próximo possível do local médico, ou no seu interior, e devem
ser dispostos em cubículos ou invólucros, de modo a evitar contato acidental com partes vivas.

A tensão nominal Un do secundário do transformador não deve exceder 250 V c.a.

6.1.3.1.102 Esquema IT médico para locais do grupo 2

Os transformadores devem ser conforme a IEC 61558-2-15 e atender às especificações complementares descritas
em a) a c):

a) a corrente de fuga à terra do enrolamento secundário e a corrente de fuga do invólucro não devem exceder
0,5 mA. O valor da corrente de fuga deve ser medido com o transformador sem carga e alimentado sob
tensão e freqüência nominais;

b) o transformador utilizado na constituição do esquema IT médico, seja para a alimentação de equipamentos


fixos ou portáteis, deve ser monofásico. A potência nominal de saída do transformador não deve ser inferior a
0,5 kVA nem superior a 10 kVA;

c) se for necessário alimentar também cargas trifásicas em esquema IT, deve ser previsto, para tal,
um transformador trifásico dedicado, com tensão secundária não superior a 250 V entre fases.

6.1.3.2 Influências externas

Aplica-se o disposto na ABNT NBR 5410, com as seguintes exceções:

Adicionar:

6.1.3.2.101 Risco de explosão

NOTA 1 Os requisitos aplicáveis a equipamento eletromédico usado em conjunto com gases e vapores inflamáveis constam
na ABNT NBR IEC 60601-1.

NOTA 2 Havendo risco de condições perigosas (por exemplo, presença de gases e vapores inflamáveis), devem ser
tomados cuidados especiais.

NOTA 3 É recomendável adotar medidas para prevenir a geração de eletricidade estática.

Os dispositivos elétricos (por exemplo, tomadas de corrente e interruptores) devem ser instalados a uma distância
mínima de 0,2 m, medida horizontalmente e entre centros, de qualquer saída de gás medicinal, para evitar o risco
de ignição de gases inflamáveis.

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6.1.7 Compatibilidade eletromagnética

Aplica-se o disposto na ABNT NBR 5410, com as seguintes exceções:

Adicionar:

NOTA 1 Recomendam-se cuidados preventivos contra as interferências eletromagnéticas.

NOTA 2 A ABNT NBR IEC 60601-1-2 traz requisitos relativos à compatibilidade eletromagnética de equipamentos
eletromédicos.

6.1.8 Documentação da instalação

Aplica-se o disposto na ABNT NBR 5410, com as seguintes exceções:


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Adicionar:

A documentação da instalação elétrica deve estar concluída antes do início da execução e ser atualizada à
medida que os serviços forem executados. O usuário da instalação deve receber toda a documentação técnica,
incluindo registros, desenhos, esquemas unifilares e respectivas modificações, bem como instruções para
operação e manutenção.

Esta documentação deve estar prontamente disponível para inspeção, sempre que necessário.

NOTA Recomenda-se que os desenhos e os esquemas unifilares estejam de acordo com as IEC 60617-DB e IEC 61082-1.

Os documentos pertinentes são, em particular:

 esquemas unifilares da distribuição, incluindo alimentação normal e alimentação de segurança.


Esses esquemas devem conter informação sobre a localização de todos os quadros de distribuição;

 esquemas unifilares de todos os quadros de distribuição;

 desenhos (plantas, cortes e detalhes) localizando as instalações elétricas em relação à arquitetura;

 descritivo dos serviços a serem executados;

 esquemas dos circuitos de comando e controle;

 instruções de operação, inspeção, ensaios e manutenção de baterias, seus carregadores e fontes de


segurança;

 cálculos que atestem o cumprimento das exigências normativas (por exemplo, de 5.1.2.2.4 da
ABNT NBR 5410);

 relação das cargas permanentemente conectadas à fonte de segurança, com indicação das correntes
nominais e, no caso de cargas de motor, as correntes de partida;

 relatório indicando todos os ensaios e inspeções que devem ser realizados antes da colocação em serviço.

6.2 Seleção e instalação das linhas elétricas

Aplica-se o disposto na ABNT NBR 5410, com as seguintes exceções:

Adicionar:

Toda linha elétrica que sirva locais do grupo 2 deve ser exclusiva para equipamentos e dispositivos desses locais.

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6.3 Dispositivos de proteção, seccionamento e comando

Aplica-se o disposto na ABNT NBR 5410, com as seguintes exceções:


Adicionar:

6.3.101 Proteção das linhas elétricas em locais do grupo 2

Cada circuito terminal deve ser protegido contra correntes de sobrecarga e de curto-circuito, por dispositivo que
seccione simultaneamente todos os condutores de alimentação.

Os dispositivos situados em série devem ter suas características de atuação selecionadas de forma a garantir que
só o dispositivo responsável pela proteção do circuito onde ocorrer a falta venha a atuar (seletividade).
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Não se admite proteção contra correntes de sobrecarga no circuito que alimenta o transformador do esquema IT
médico nem no circuito por este alimentado.

Admite-se o uso de dispositivos fusíveis na proteção contra curtos-circuitos.

6.5 Outros componentes

6.5.3 Tomadas de correntes e extensões

Aplica-se o disposto na ABNT NBR 5410, com as seguintes exceções:

Adicionar:

6.5.3.101 Circuitos de tomadas de corrente no esquema IT médico, para locais do grupo 2

Em cada posto de tratamento de paciente, como, por exemplo, as cabeceiras de leitos, as tomadas de corrente aí
providas devem ser alimentadas por no mínimo dois circuitos distintos ou então todas elas devem ser protegidas
individualmente contra sobrecorrentes.

Quando no local servido pelo esquema IT médico existirem também tomadas de corrente alimentadas por circuitos
outros que não os do esquema IT médico (ou seja, em esquema TN-S ou TT), as tomadas de corrente servidas
pelo esquema IT médico devem ser marcadas claramente e de maneira permanente. Além disso, os circuitos
dedicados mencionados em 4.2.5.101 que existirem no local e forem dotados de tomadas de corrente devem ser
providos de um tipo de tomada de corrente não-intercambiável com a do esquema IT médico.

NOTA 1 A marcação pode ser efetuada, por exemplo, selecionando-se uma cor exclusiva para as tomadas do esquema IT
e aplicando-se, adicionalmente, uma plaqueta de advertência com a inscrição “Apenas equipamentos eletromédicos”.

NOTA 2 A não-intercambiabilidade requerida destina-se a evitar que seja inadvertidamente conectado à tomada do
esquema IT médico qualquer equipamento com corrente de energização capaz de provocar o desligamento da alimentação IT.
Portanto, quando um equipamento de raios X ou com potência elevada for dotado de plugue, este plugue dever ser de um tipo
tal que seja impossível inseri-lo em tomada do esquema IT médico.

NOTA 3 Considera-se que a disposição dos pontos de tomadas do esquema IT médico, na prática, torna improvável que um
equipamento que deve ser conectado ao esquema IT médico venha a ser conectado a uma tomada que não a do esquema IT
médico.

6.5.3.102 Recomenda-se que os circuitos de tomadas de corrente sejam todos de uma mesma tensão, para
garantir que todo equipamento, sobretudo nas emergências, possa ser usado o mais rapidamente possível, livre
de embaraços.

NOTA A ação complementar inerente a esta disposição é que o estabelecimento assistencial de saúde padronize a
tensão dos equipamentos que adquirir.

Caso as tomadas de corrente não sejam todas de uma mesma tensão, elas devem ser não intercambiáveis.

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6.5.5 Equipamentos de utilização

6.5.5.2 Equipamentos de iluminação

Aplica-se o disposto na ABNT NBR 5410, com as seguintes exceções:

Adicionar:

6.5.5.2.101 Circuitos de iluminação

As luminárias dos locais dos grupos 1 e 2 devem ser alimentadas por no mínimo dois circuitos distintos, um dos
quais conectado, necessariamente, à alimentação de segurança.
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Nas rotas de fuga, as luminárias devem estar conectadas de forma alternada, uma sim uma não, à alimentação de
segurança (ver 6.6.6).

6.6 Serviços de segurança

Aplica-se o disposto na ABNT NBR 5410, com as seguintes exceções:

Adicionar:

6.6.101 A classificação dos serviços de segurança é descrita no Anexo AA.

6.6.6 Fontes de segurança

Aplica-se o disposto na ABNT NBR 5410, com as seguintes exceções:

Adicionar:

6.6.6.101 Requisitos gerais para alimentação de segurança dos locais dos grupos 1 e 2

6.6.6.101.1 Circuitos que sirvam locais dos grupos 1 e 2 devem contar com fonte de segurança, nas condições
especificadas em 6.6.6.102.1, 6.6.6.102.2 e 6.6.6.102.3.

NOTA Linhas de alimentação alternativa, provenientes da rede pública de distribuição, não são consideradas fonte de
segurança para os efeitos desta Norma, mesmo que a linha seja efetivamente independente da fonte normal.

6.6.6.101.2 Se a tensão em um ou mais condutores, no quadro de distribuição principal, sofrer uma queda
superior a 10 % de seu valor nominal, a alimentação da carga deve ser assumida, automaticamente, pela fonte de
segurança.

Recomenda-se que haja um retardo nessa transferência, dentro do tempo de comutação permitido, tendo em vista
a ocorrência comum de quedas de tensão ou interrupções de curta duração, acompanhadas de religamento mais
ou menos imediato.

6.6.6.101.3 Sobre cabos para interligação dos componentes e subconjuntos das fontes de segurança, ver 6.2.

NOTA O circuito que conecta a fonte de segurança ao quadro de distribuição principal é considerado circuito de
segurança.

6.6.6.101.4 As tomadas de corrente atendidas pela alimentação de segurança devem ser facilmente identificáveis.

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6.6.6.102 Requisitos específicos para a alimentação de segurança

6.6.6.102.1 Alimentação de segurança com tempo de comutação  0,5 s

Ocorrendo, no quadro de distribuição, falta de tensão em um ou mais condutores, uma fonte de segurança
especial deve restabelecer, em 0,5 s no máximo, a alimentação dos focos cirúrgicos e outras fontes de luz
essenciais, como, por exemplo, as de endoscopia, e deve ser capaz de manter essa alimentação por 3 h no
mínimo.

6.6.6.102.2 Alimentação de segurança com tempo de comutação  15 s

Ocorrendo, em um ou mais condutores do quadro de distribuição principal dos serviços de segurança, uma queda
de tensão superior a 10 % da tensão nominal, por um tempo superior a 3 s, os equipamentos relacionados em
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6.6.8.101 e 6.6.8.102 devem ter sua alimentação restabelecida por uma fonte de segurança em até 15 s no
máximo, sendo que esta fonte deve ser capaz de manter a alimentação por 24 h no mínimo.

NOTA Admite-se que a duração de 24 h seja reduzida a um mínimo de 3 h, se as exigências médicas, o uso do local,
incluindo qualquer tratamento, e o abandono completo da edificação puderem ser concluídos corretamente em menos de 24 h.

6.6.6.102.3 Alimentação de segurança com tempo de comutação maior que 15 s

Outros equipamentos, que não aqueles citados em 6.6.6.102.1 e 6.6.6.102.2 e necessários à continuidade dos
serviços do estabelecimento assistencial de saúde, podem ser conectados manual ou automaticamente a uma
fonte de segurança capaz de manter sua alimentação elétrica por um período mínimo de 24 h. Podem ser
mencionados como exemplos:

 equipamentos de esterilização;

 instalações técnicas da edificação, em particular sistemas de ar-condicionado, aquecimento, ventilação,


outros serviços prediais e sistemas de eliminação de resíduos;

 equipamentos de refrigeração;

 equipamentos de cozinha;

 carregadores de bateria.

6.6.8 Equipamentos de utilização

Aplica-se o disposto na ABNT NBR 5410, com as seguintes exceções:

Adicionar:

6.6.8.101 Circuitos de iluminação de segurança

6.6.8.101.1 Iluminação de segurança

Em caso de falha da rede, uma fonte de segurança deve garantir, dentro de um tempo de comutação não superior
a 15 s, a iluminância mínima necessária nos seguintes locais:

 rotas de fuga;

 iluminação dos sinais indicativos das saídas de emergência;

 locais em que se situam os quadros de comando do(s) grupo(s) gerador(es) e os quadros de distribuição
principais da alimentação normal e da alimentação de segurança;

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 locais que acomodam serviços essenciais. Cada um destes locais deve ter uma luminária, no mínimo
atendida pela alimentação de segurança;

 locais do grupo 1. Cada um destes locais deve ter uma luminária, no mínimo atendida pela alimentação de
segurança; e

 locais do grupo 2. Cada um destes locais deve ter 50 % das luminárias, no mínimo atendidas pela
alimentação de segurança.

NOTA Os valores de iluminância mínima são aqueles indicados na ABNT NBR 10898 e pela legislação local

6.6.8.102 Outros serviços


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Além da iluminação, tratada em 6.6.8.101, há outros serviços que requerem alimentação de segurança com tempo
de comutação não superior a 15 s. São exemplos de tais serviços:

 elevadores para brigada de incêndio e bombeiros;

 sistemas de exaustão de fumaça;

 sistemas de chamada/busca de pessoas;

 equipamentos eletromédicos usados em locais do grupo 2 e destinados a cirurgias ou outros procedimentos


vitais, cabendo à equipe responsável definir os que se enquadram nesta condição;

 equipamento elétrico de suprimento de gases medicinais, incluindo ar comprimido, vácuo e exaustão de


gases anestésicos, bem como seus dispositivos de monitoração e alarme;

 instalações de detecção, alarme e extinção de incêndio.

7 Verificação final
Aplica-se o disposto na ABNT NBR 5410, com as seguintes exceções:

Adicionar:

7.101 As datas e os resultados de cada verificação devem ser registrados.

7.102 Além das prescrições contidas na Seção 7 da ABNT NBR 5410:2004, as instalações cobertas por esta
Norma devem ser submetidas às verificações a) a e) a seguir. As verificações devem ser realizadas antes da
colocação ou recolocação em serviço da instalação, isto é, após implantada e após qualquer alteração ou reparo:

a) ensaio funcional dos dispositivos supervisores de isolamento (DSI) de esquemas IT médicos e dos sistemas
de alarme acústico e/ou visual;

b) medições para verificar se a eqüipotencialização suplementar atende aos requisitos 5.1.3.1.101 e 5.1.3.1.102;

c) verificação da conformidade da eqüipotencialização suplementar com as exigências de 5.1.2.1.103;

d) verificação da conformidade com as regras de 6.6.6, relativas aos serviços de segurança;

e) medições da corrente de fuga no circuito secundário e no invólucro dos transformadores do esquema IT


médico.

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8 Manutenção
8.101 Verificação periódica

Devem ser realizadas as seguintes verificações periódicas, nos intervalos especificados:

f) ensaios de funcionamento dos dispositivos de transferência/comutação: 12 meses;

g) ensaios de funcionamento dos dispositivos supervisores de isolamento: 12 meses;

h) inspeção visual e verificação do ajuste dos dispositivos de proteção: 12 meses;

i) medição da eqüipotencialização suplementar: 36 meses;


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j) verificação da integridade da eqüipotencialização suplementar: 36 meses;

k) ensaios de funcionamento mensais:

 fontes de segurança com baterias (duração de 15 min);

 fontes de segurança com grupo motogerador: até atingir a temperatura de regime contínuo. Já os ensaios
de “durabilidade” devem ser realizados a cada 12 meses;

NOTA O “ensaio de durabilidade” exige cuidados como, por exemplo, seguir as recomendações do fabricante e
manter o grupo sob carga.

 fontes de segurança com baterias: ensaio de capacidade;

 fontes de segurança com grupo motogerador (duração de 60 min).

Em todos os casos, a potência de utilização deve se situar entre 50 % e 100 % da potência nominal;

l) medição da corrente de fuga dos transformadores IT médicos: 36 meses;

m) verificação da atuação dos dispositivos DR com In: no mínimo, a cada 12 meses.

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NOTA As dimensões mostradas são orientativas.

Figura 101 — Exemplo de ambiente do paciente (ABNT NBR IEC 60601-1-1)

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Anexo AA
(normativo)

Classificação de serviços de segurança para locais médicos

Tabela AA.101  Classificação dos serviços de segurança necessários em locais médicos

Classe 0
Alimentação disponível automaticamente sem interrupção
(sem interrupção)
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Classe 0,15
Alimentação disponível automaticamente em até 0,15 s
(interrupção muito breve)
Classe 0,5
Alimentação disponível automaticamente em até 0,5 s
(interrupção breve)
Classe 15
Alimentação disponível automaticamente em até 15 s
(interrupção média)
Classe > 15
Alimentação disponível automaticamente em mais de 15 s
(interrupção longa)
NOTA 1 De um modo geral, não é necessário prover alimentação ininterrupta para equipamentos
eletromédicos. Entretanto, determinados equipamentos controlados por microprocessador podem exigir
uma alimentação desse tipo.
NOTA 2 A alimentação de segurança destinada a locais enquadrados em mais de uma classe deve
satisfazer os requisitos da classe que demanda uma maior segurança de alimentação. O Anexo BB traz
orientação sobre a correspondência entre tipo de local médico, grupo em que se enquadra e classe de
alimentação de segurança.
NOTA 3 A expressão "em até" significa "".
NOTA 4 A classificação apresentada na tabela é a mesma que consta na ABNT NBR 5410. Na prática,
porém, a classe 0,15 não é levada em conta nesta Norma.

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Anexo BB
(informativo)

Aplicação dos critérios de grupo e classe aos locais médicos

Tabela B.101 — Aplicação dos critérios de grupo e classe aos locais médicos
Grupo Classe
Local
0 1 2 0,5 15 > 15
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Ambulatório

Enfermagem

Sala de reidratação (oral e intravenosa) X X

Internação de curta duração

Posto de enfermagem e serviços X X

Demais salas X X

Atendimento imediato

Atendimentos de urgência e emergência

Urgências (baixo e médio risco)

Sala de inalação, reidratação X X

Sala para exame indiferenciado, otorrinolaringologia, ortopedia, X X


odontológico individual

Demais salas X X

Urgência (alta complexidade) e emergência

Sala de procedimentos invasivos X Xb

Sala de emergência (politraumatismo, parada cardíaca) X Xb

Sala de isolamento X X

Sala coletiva de observação X X

Sala para manutenção de paciente com morte cerebral X X

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Tabela B.201 (continuação)


Grupo Classe
Local
0 1 2 0,5 15 > 15

Internação
Internação geral

Posto de enfermagem X X

Sala de serviço X X
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Sala de exames e curativos X X

Área de recreação X X

Demais salas X X

Internação geral de recém-nascidos (neonatologia) X X

Internação intensiva – UTI

Área para prescrições médicas X X

Sala de serviço X X

Salas de apoio X X

Posto de enfermagem X Xa X

Áreas e quartos de pacientes X Xb X

Internação para tratamento de queimados – UTQ X X

Apoio ao diagnóstico e terapia


Patologia clínica

Laboratório e sala de laudos X

Imagenologia (tomografia, ultra-sonografia, ressonância magnética, endoscopia) e métodos gráficos

Todas as salas de exames X X

Hemodinâmica X Xb X

Sala de recuperação pós-anestésica X X

Posto de enfermagem X X

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Tabela B.301 (continuação)


Grupo Classe
Local
0 1 2 0,5 15 > 15

Apoio ao diagnóstico e terapia


Anatomia patológica

Câmara frigorífica para guarda de cadáveres X

Medicina nuclear
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Sala de exames X X

Centro cirúrgico

Sala de indução anestésica X Xb X

Sala de cirurgia (não importando o porte) X Xb X

Sala de recuperação pós-anestésica X Xc Xb X

Demais salas X Xa X

Centro obstétrico cirúrgico

Sala de pré-parto, parto normal e AMIU X X

Sala de indução anestésica (se não aplicado gás anestésico) X X

Sala de parto cirúrgico X Xb X

Sala de recuperação pós-anestésica e assistência ao RN X Xc X

Demais salas X Xa X

Centro de parto normal

Sala de parto e assistência ao RN X

Hemoterapia

Sala de processamento de sangue e guarda de hemocomponentes X

Sala de coleta de sangue X X

Sala de recuperação de doadores X X

Sala de transfusão e posto de enfermagem X X

Radioterapia

Salas de exames X X

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Tabela B.401 (continuação)


Grupo Classe
Local
0 1 2 0,5 15 > 15

Apoio ao diagnóstico e terapia


Quimioterapia

Salas de aplicação X

Diálise
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Sala para diálise/hemodiálise X X

Sala de recuperação de pacientes X X

Posto de enfermagem X X

Banco de leite

Sala de processamento X

Sala de estocagem X

Sala de distribuição X

Oxigenoterapia hiperbárica

Sala de terapia X X

Sala de máquinas X X

Apoio técnico
Nutrição e dietética

Despensa de alimentos climatizada X

Farmácia

Área de imunobiológicos X

Apoio logístico
Infra-estrutura predial
Centrais de gases e vácuo X

Central de ar-condicionado X

Sala para grupo gerador X

Subestação elétrica X

Casa de bombas X
a
Caso haja equipamentos do tipo estação central de monitoração no posto de enfermagem, é necessário que a classificação seja do
mesmo tipo que as demais salas onde se encontram os pacientes, pois caso contrário é possível a ocorrência de perturbações nos
circuitos de alimentação.
b
Focos cirúrgicos e fontes de luz para endoscopia utilizados nestes locais devem ter sua alimentação restabelecida em até 0,5 s.
c
Considera-se grupo 2 caso o local possua equipamentos de sustentação de vida.

NOTA Descrições dos locais apresentados nesta tabela encontram-se na Resolução ANVISA RDC nº 50/02.

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Referências bibliografia

ABNT NBR 10898:1999, Sistema de iluminação de emergência

ABNT NBR IEC 60601-1-1:2004, Equipamento eletromédico – Parte 1-1: Prescrições gerais de segurança –
Norma colateral: Prescrições gerais para segurança de sistemas eletromédicos

ABNT NBR IEC 60601-1-2:1997, Equipamento eletromédico – Parte 1: Prescrições gerais de segurança –
2. Norma colateral: Compatibilidade eletromagnética – Prescrições e ensaios

IEC 60617-DB:20011), Graphical symbols for diagrams


Exemplar para uso exclusivo - INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE RONDÔNIA - 10.817.343/0003-69

IEC 61082-1:1996, Preparation of documents used in electrotechnology – Part 1: General requirements

1)
DB: = “Data Base” , refere-se ao banco de dados online da IEC, no site www.iec.ch.

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