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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

CENTRO DE ENERGIAS ALTERNATIVAS E RENOVÁVEIS


DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

MANOEL SEVERINO DE OLIVEIRA NETO

GUIA DO LABORATÓRIO: ACIONAMENTO DO MOTOR DE


INDUÇÃO TRIFÁSICO VIA CHAVE DE PARTIDA SOFT-STARTER

João Pessoa
2020
Lista de figuras

Figura 1 – Diagrama de ligação de uma partida direta . . . . . . . . . . . . . . . . 5


Figura 2 – Diagrama de ligação da partida estrela-triângulo . . . . . . . . . . . . . 7
Figura 3 – Blocodiagrama de potência e controle da soft-starter SSW-06 . . . . . 9
Figura 4 – Forma de onda da tensão das fases aplicada ao motor na partida . . . . 10
Figura 5 – Rampa de aceleração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
Figura 6 – Curva velocidade angular versus corrente . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
Figura 7 – Rampa de desaceleração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
Figura 8 – Forma de onda da tensão das fases aplicada ao motor durante a desace-
leração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
Figura 9 – Curvas corrente de partida versus tempo . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
Figura 10 – Armário dos materiais (a) Bancada da WEG (b) . . . . . . . . . . . . 13
Figura 11 – Chave geral com botoeira de emergência (a) e fusı́veis de 16A (b) . . . 14
Figura 12 – Contator (a) e soft-starter SSW-06 (b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
Figura 13 – Comandos via chaves (a) e sinaleiros brancos (b) . . . . . . . . . . . . 15
Figura 14 – Cabos tipo banana (a) e motor de indução trifásico (b) . . . . . . . . . 15
Figura 15 – Bancada montada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
Figura 16 – Rampas de aceleração e desaceleração . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
Figura 17 – Cabo de comunicação conectado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
Figura 18 – Ajuste de comunicação entre o computador e o drive . . . . . . . . . . 20
Figura 19 – Busca de derive . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
Figura 20 – Monitoramento de parâmetros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
Figura 21 – Bancada montada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
Lista de tabelas

Tabela 1 – Rotina de programação da partida com rampa de tensão . . . . . . . . 23


Tabela 2 – Parâmetros de desaceleração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
Tabela 3 – Parâmetros para as rampas de aceleração e desaceleração . . . . . . . . 26
Sumário

1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1.1 OBJETIVO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

3 EXPERIMENTOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
3.1 Material para execução dos experimentos . . . . . . . . . . . . . . . . 13
3.2 Experimento 1- Montagem da bancada para o experimento 2 . . . . . 16
3.3 Experimento 2- Acionamento via interface homem-máquina (IHM) . . 17
3.4 Experimento 3- Montagem da bancada para o experimento 4 . . . . . 24
3.5 Experimento 4- Acionamento por comando a 3 (três) fios com contator
para isolação da potência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25

4 QUESTIONÁRIO PARA O RELATÓRIO E APRESENTAÇÃO 27

5 REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28

Anexo A – Diagrama de força do experimento 1 do experi-


mento com a chave de partida Soft-Starter . . . . 29

Anexo B – Diagramas de comandos do experimento 1 do ex-


perimento com a chave de partida Soft-Starter . . 30

Anexo C – Diagrama de forçado experimento 3 do experimento


com a chave de partida Soft-Starter . . . . . . . . 31

Anexo D – Diagramas de comandos do experimento 3 do ex-


perimento com a chave de partida Soft-Starter . . 32
4

1 INTRODUÇÃO

Este guia destina-se a verificar experimentalmente o acionamento do motor de


indução através da chave de partida estática (soft-starter), por meio de um sistema
máquina/soft-starter comercial disponı́vel no LMA, cuja fabricante é a WEG. O experi-
mento é dividido em etapas: montagem, acionamento do motor diretamente via soft-starter,
segunda montagem, acionamento do motor via chaves ou botoeiras caracterizado como
comando a 3 (três) fios, e também utilizando um contator para isolação da potência. Essas
etapas são denominadas no guia como, experimento 1, experimento 2, experimento 3 e
experimento 4.

1.1 OBJETIVO

O objetivo desse guia é realizar os passos para acionar e parar o motor de indução
através do controle de partida e parada do tipo rampa de tensão, diretamente da soft-
starter SSW-06 e também utilizando a soft-starter SSW-06 com chaves ou botoeiras com a
finalidade de acionar o motor, mostrando principalmente o comportamento dos parâmetros
de corrente do motor e tempo real de partida.
5

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Os motores no momento de suas partidas exigem uma corrente muito maior do que
o valor nominal de trabalho chegando a oito vezes esse valor, isso é decorrente da mudança
de estado dos motores, ou seja, é a corrente necessária para sair do estado de inércia, sua
magnitude e tempo dependem das condições da partida, se o motor estiver com carga seu
pico será maior do que em vazio (FRANCHI, 2008).
A concessionária de energia da Paraı́ba, a Energisa, pela sua norma de distribuição
unificada NDU 001 determina o tipo de partida dos motores a partir de suas potências,
onde a partida direta só pode ser realizada para motores com potência entre 5CV (cavalo-
vapor) até 7,5CV, partida estrela triângulo juntamente com a partida compensadora e
série paralelo, só podem ser realizadas com motores com potência maior que 5CV até
15CV e maior que 7,5CV até 25CV (ENERGISA S. A., 2019 ).
A partida direta é a partida mais simples entre as demais ela se resume em ligar as
três fases diretamente no motor, seu diagrama de ligação é demonstrada na Figura 1.

Figura 1 – Diagrama de ligação de uma partida direta

(a) Diagrama de força (b) Diagrama de comando


Fonte: FRANCHI, 2008

Como pode ser visto na Figura 1, as três fases estão protegidas através dos fusı́veis
F1, F2, F3, logo em seguida essas fases ligam ao contator K1 que está interligado ao relé
6

térmico FT1 que interliga até o motor, assim se caracteriza o diagrama de força da partida
direta. No diagrama de comando temos uma fase protegida por um fusı́vel que passa por
um contato (95/96) do relé térmico, ao pressionar a botoeira de impulso S1 a bobina do
contator K1 é energizada fechando o contato 13/14 do contator, essa energia vinda da
fase passa então pelo neutro, assim o motor será alimentado e a lâmpada H1 acenderá
sinalizando o fechamento dos contatos 13/14, ao pressionar a botoeira de impulso S0 a
bobina é desenergizada abrindo a alimentação do motor (FRANCHI, 2008).
As vantagens da partida direta são: conjugado de partida elevado, rápida partida,
custo baixo e equipamentos simples de projetação rápida (FRANCHI, 2008).
Suas desvantagens são: alta queda de tensão na rede de alimentação interferindo
em outros equipamentos do sistema, os dispositivos de proteção juntamente com os cabos
são superdimensionados aumentando os custos, e as limitações que a concessionaria exige
sobre a queda de tensão na rede (FRANCHI, 2008).
A partida estrela-triângulo é caracterizada com uma redução de tensão no momento
da partida de 58% da tensão nominal, ou seja, se o motor tem uma tensão nominal de
220V, no momento da partida sua tensão é aproximadamente 127V isso se dar pelo fato
do motor partir com suas bobinas ligadas em estrela esses 220V para estrela é tensão de
linha, logo nas bobinas será a tensão de fase que é a divisão dos 220V por raiz de três
onde implica nos 58%. Após um tempo suas bobina é convertida em triângulo operando
agora na sua tensão nominal. Isso tem uma influência na corrente como a equação (1)
demonstra:

√ √
Un / 3 Un / 3 1
Iy = = U ·√3 = · In (1)
Z n 3
In

Onde:
Iy : corrente na ligação em estrela [A];
Un : tensão nominal do motor [V];
Z: impedância do motor [Ω];
In : corrente nominal do motor [A].

Logo pode-se concluir que no momento da partida a corrente de partida é reduzida


um terço do valor de corrente no caso de partida direta (FRANCHI, 2008).
7

A Figura 2 é demonstrado o digrama de ligação para executar na partida estrela-


triângulo.

Figura 2 – Diagrama de ligação da partida estrela-triângulo

(a) Diagrama de força (b) Diagrama de comando


Fonte: FRANCHI, 2008

No diagrama de força é utilizado três fusı́veis em cada fase, três contatores para
realizar a comutação estrela-triangulo, no contator K1 é interligado com o relé térmico
FT1. No diagrama de comando a alimentação se dar a partir de uma fase protegida por
um fusı́vel e vai ter outra fase. Ao pressionar a botoeira SH1 é energizado o temporizador
KT1 onde pelo contato 18/15 também energiza a bobina do contato K3 fechando o contato
13/14 energizando o contator K1 e abre o contato 21/22 onde esse garante que o contator
K2 não tenha sua bobina energizada, como a bobina do contator K1 foi energizada seu
contato 13/14 irão fechar e novamente o temporizador é energizado, nesse momento o
motor parte configurado em estrela, após o motor atingir 90% da velocidade sı́ncrona, o
temporizador com o tempo elaborado pelo projetista referente quando o motor atingir
essa velocidade, atua abrindo seu contato 18/15 e fecha o contato 25/28, como o contator
K3 não atua mais devido a abertura do contato 18/15 do temporizador ao fechar o 25/28
do mesmo, a bobina do contator K2 é acionada abrindo seu contato 21/22 desenergizando
a bobina do contator K3, e fechando o contato 13/14 do contator K2, assim o motor está
configurado em triângulo indicado pela lâmpada SH1. Ao pressionar a botoeira SH0 toda
8

a alimentação é interrompida fazendo com que as bobina dos contatores K1 e K2 não seja
alimentadas (FRANCHI, 2008).
As vantagens da partida estrela-triângulo são: Pequeno espaços que os componentes
ocuparão e sem nenhum limite para manobras (FRANCHI, 2008).
As desvantagens da partida estrela-triângulo são: se a rotação estiver em 90% do
seu valor nominal, na troca de ligação para triângulo o pico da corrente é aproximadamente
igual a da partida direta, o motor deve ter seis terminais para ligações e a tensão da rede
que o alimenta deve ser igual o valor da tensão em triângulo (FRANCHI, 2008).
As soft-starters são chaves de partida estática projetadas para controle de tensão e
assim poder atuar na aceleração, desaceleração e proteção do motor, é comum seu uso
em ventiladores, motores de elevada potência e bombas centrı́fugas, desde que não haja
variação de velocidade do motor (RÊGO SEGUNDO, 2015).
A Figura 3 demonstra o blocodiagrama de potência e controle da soft-starter
SSW-06.
9

Figura 3 – Blocodiagrama de potência e controle da soft-starter SSW-06

Fonte: MANUAL DA SOFT-STARTER SSW-06: Manual do Usuário, 2006

O circuito da parte de potência é responsável por controlar a tensão da rede por


meio de seis tiristores variando seus ângulos de disparo, esses tiristores são protegidos
por transformadores de corrente e por um circuito resistor mais capacitor (RC) que os
protege contra variações de tensão sobre os mesmo. Os tiristores, como já mencionados
realiza o controle da tensão variando seus ângulos de disparo até mandar toda a tensão
por completo (FRANCHI, 2008). A tensão que alimentará o motor na aceleração é da
forma como demonstra a Figura 4.
10

Figura 4 – Forma de onda da tensão das fases aplicada ao motor na partida

Fonte: FRANCHI, 2008

Logo é gerada a seguinte rampa de aceleração na partida como demonstra a Figura


5.

Figura 5 – Rampa de aceleração

Fonte: FRANCHI, 2008

Ajustando o valor de tensão de partida (Vp) e um tempo de partida (Tp), a tensão


sobe até atingir a sua tensão nominal de operação (FRANCHI, 2008). Dessa forma resulta
em uma redução da corrente de partida como demonstra e compara com a partida direta
a curva velocidade angular versus corrente de partida na Figura 6.
11

Figura 6 – Curva velocidade angular versus corrente

Fonte: FRANCHI, 2008

A rampa de desaceleração o valor da tensão de desligamento (Vd) cai através do


tempo de desligamento (Td) até o motor parar de girar onde é retirada a tensão do seus
terminais (FRANCHI, 2008). A Figura 7 descreve essa rampa.

Figura 7 – Rampa de desaceleração

Fonte: FRANCHI, 2008

Dessa forma, a tensão aplicada nas três fases no motor até parar é:

Figura 8 – Forma de onda da tensão das fases aplicada ao motor durante a desaceleração

Fonte: FRANCHI, 2008


12

A parte de controle estão localizados as entradas e saı́das digitais e analógica é


destinado para monitoramento e proteção dos componentes do circuito de força, é onde
também através da interface homem-maquina (IHM) é configurado a forma de aplicação
da soft-starter (FRANCHI, 2008).
As vantagens são: uma partida suave, ajuste simplificados, redução da corrente de
partida, economia de espaço e entre outros.A desvantagem é que em acionamentos que
exigem variação de velocidade na partida utilizando a soft-starter não é permitida (RÊGO
SEGUNDO, 2015).
A Figura 9 descreve uma comparação dos valores exigidos de corrente dos métodos
de partidas descritos nessa introdução em função do tempo.

Figura 9 – Curvas corrente de partida versus tempo

Fonte: RÊGO SEGUNDO, 2015


13

3 EXPERIMENTOS

3.1 Material para execução dos experimentos

• Armário dos materiais;


• Bancada da WEG;
• Placa P001: chave geral com botoeira de emergência;
• Placa P012: fusı́veis de 16A;
• Placa P025: soft-starter SSW-06;
• Placa P053: contator;
• Placa P011: comandos via Chaves;
• Placa P067: sinaleiros brancos;
• Placa P003: motor de indução trifásico;
• Cabos banana.

Na Figura 10 é demonstrado o armário da WEG que se encontra no LMA onde estão


todas as placas e cabos do tipo banana utilizados neste guia (a). Também é demostrado a
bancada principal da WEG onde serão feita a montagem para todas as etapas experimentais
(b).

Figura 10 – Armário dos materiais (a) Bancada da WEG (b)

(a) (b)
Fonte: Autor

Na Figura 10 é demonstrada a placa P001 que é a chave que alimenta a bancada


com a tensão vinda da rede juntamente com a botoeira de emergência em caso de acidentes
14

ou problemas que cause danos principalmente para a vida (a). Também é demonstrada a
placa P012 que é a placa de fusı́veis Diazed de 16A (b).

Figura 11 – Chave geral com botoeira de emergência (a) e fusı́veis de 16A (b)

(a) Placa P001 (b) Placa P012


Fonte: Autor

Na Figura 12 é demonstrada a placa P053 que é um contator tripolar utilizado


para isolação da potência da potência (a). Também é demonstrada a placa P025 que é a
soft-starter utilizada neste guia, que é a SSW-06 (b).

Figura 12 – Contator (a) e soft-starter SSW-06 (b)

(a) Placa P053 (b) Placa P025


Fonte: Autor

Na Figura 13 é demonstrada a placa P011 que são chaves onde o usuário poderá
acionar o motor e pará-lo (a). Também é demonstrada a placa P021 que é formada por
três sinaleiros de cor branca (b).
15

Figura 13 – Comandos via chaves (a) e sinaleiros brancos (b)

(a) Placa P011 (b) Placa P021


Fonte: Autor

Na Figura 14 é demonstrado os cabos tipo bananas disponibilizados pela WEG que


se encontra no LMA (a). Também é demonstrada a placa P003 que é o motor de indução
utilizado no guia (b).

Figura 14 – Cabos tipo banana (a) e motor de indução trifásico (b)

(a) (b) Placa P003


Fonte: Autor

No experimento 2 é utilizado um cronômetro que pode ser os disponı́veis em


aparelhos celulares.
Nos experimento 2 e experimento 4, é utilizado um computador com o software
SuperDrive G2 instalado para obtenção dos resultados, este software é encontrado de
forma gratuita para instalação no site da WEG. O computador disponı́vel para o aluno
realizar experimentos no LMA tem uma versão instalada.
16

3.2 Experimento 1- Montagem da bancada para o experimento 2

Para essa montagem é utilizado os materiais das Figuras 10, 11, a soft-starter da
Figura 12 e o motor da Figura 14. A montagem da bancada deve obedecer os diagramas
de força no Anexo A, e o de comando no Anexo B.
Neste experimento é realizado o reconhecimento de pontos contidos nesses diagramas,
para identificá-los nas placas mostradas nas imagens anteriores (KIT CHAVE DE PARTIDA
ESTÁTICA – SOFT-STARTER: Manual do Professor, 2009?).
Na Figura 15 é demonstrada a bancada após a montagem dos diagramas.

Figura 15 – Bancada montada

Fonte: Autor
17

3.3 Experimento 2- Acionamento via interface homem-máquina (IHM)

A partida com rampa de tensão é o método mais comum utilizado na soft-starter, pois
é de fácil programação e ajuste, a tensão é imposta ao motor sem qualquer realimentação
de corrente ou tensão (RÊGO SEGUNDO, 2015).
Existe cinco tipos controle para efetuar a partida e parada de um motor pela
soft-starter, que são rampa de tensão, limitação de corrente, controle de bombas, controle
de torque e rampa de corrente, a mais comum é a partida com rampa de tensão. Para
iniciar a rotina de programação da partida com rampa de tensão, após energizar a bancada,
na IHM (interface homem-máquina) o primeiro parâmetro a ser ajustado é o P000 no
qual é inserido a senha liberando todos os demais parâmetros para ajuste, em seguida no
parâmetros P204 é descarregado o padrão de fábrica é inserindo o número 5 (cinco) a partir
disso a rotina de programação da partida com rampa de tensão é iniciada, se a soft-starter
for energizado pela primeira vez vindo de fabrica, não precisa alterar o parâmetro P204.
Nessa rotina os dados básicos da soft-starter e do motor são adicionados inserindo em
sequência os seguintes parâmetros, P201 onde é inserido o idioma, P150 modifica o tipo de
conexão da soft-starter ao motor, o P202 insere o tipo de controle que no caso é rampa de
tensão, em seguida o P101 onde é inserido a porcentagem de tensão nominal que o motor
inicialmente partirá, continuando em seguida o P102 estabelece o tempo de aceleração
em segundos até atingir a tensão nominal do motor. Agora a partir dos dados referentes
a placa de identificação do motor são inseridos os seguintes parâmetros, P400= Tensão
nominal do motor, P401= Corrente nominal do motor e P406= Fator de serviço do motor,
e por fim, finalizado a rotina indique a classe de proteção térmica do motor no parâmetro
P640 (MANUAL DA SOFT-STARTER SSW-06: Manual do Usuário, 2006).
Ao realizar a rotina e acionar o motor via IHM (Interface Homem-Máquina) as
rampas de aceleração e desaceleração tem as seguintes formas como demonstradas nas
Figuras 16
18

Figura 16 – Rampas de aceleração e desaceleração

(a) Aceleração (b) Desaceleração


Fonte: MANUAL DA SOFT-STARTER SSW-06: Manual do Usuário, 2006

Onde os parâmetros, P103 é o degrau de tensão do na desaceleração em porcentagem


da tensão nominal do motor, P104 é o tempo em segundos de desaceleração e o P105 é a
tensão final de desaceleração em porcentagem da tensão nominal do motor (MANUAL
DA SOFT-STARTER SSW-06: Manual do Usuário, 2006).
Segue o passo a passo para realizar este experimento:

a) remova a tampa frontal na IHM junto com o Técnico e conecte o cabo de


comunicação serial da forma que a Figura 17 demonstra e depois feche a tampa
frontal.
19

Figura 17 – Cabo de comunicação conectado

Fonte: Autor

Com a bancada Com a bancada montada e revisada junto com o Técnico ou


Professor, vá na placa P001 acione a chave geral para 1 (um) energizando a
bancada, e em seguida abra o software SuperDrive G2 e na aba drive abra
identificar drives conforme mostra a Figura 18.
20

Figura 18 – Ajuste de comunicação entre o computador e o drive

Fonte: Autor

Em seguida na janela identificar drive clique em procurar até encontrar o


soft-starter SSW-06 como demonstra a Figura 19.
21

Figura 19 – Busca de derive

Fonte: Autor

Se o tipo de comunicação for outro volte na aba drive e em ajuste de comunicação


e escolha o tipo, nesse caso será serial. Ainda na aba drive, clique em Trend, e
logo em seguida irá abrir uma janela para monitorar os parâmetros por meio de
gráficos como demonstra a Figura 20.
22

Figura 20 – Monitoramento de parâmetros

Fonte: Autor

Em adicionar canal selecione os seguintes parâmetros: P003 (corrente do motor),


P049 (tempo real de partida), P102 (tempo de aceleração) e P0104 (tempo de
desaceleração), onde as faixas das curvas será de -100A a 100A para a corrente
do motor, para os tempos de aceleração, desaceleração e tempo de partida, -100s
a 100s e a faixa de tempo para 10s com uma velocidade de leitura de 200ms,
logo em seguida clique em iniciar;

b) com a bancada energizada clique na tecla prog na IHM, e no parâmetro P000


inseria a senha 5 (cinco) com as tecla direcionais e pressione novamente a tecla
prog para salvar;

c) utilizando as teclas direcionais para avançar para o próximo parâmetro insira


todos os parâmetros da rotina de acordo com a Tabela 1 e os salve com a tecla
prog;
23

Tabela 1 – Rotina de programação da partida com rampa de tensão


Parâmetro Conteúdo Unidade
P201 Português Sem unidade
P150 Inativa Sem unidade
P202 Rampa de tensão Sem unidade
P101 35 Porcentagem
P102 10 Segundos
P400 Tensão nominal do Volts
motor
P401 Corrente nominal Amperes
do motor
P406 Fator de serviço do Sem unidade
motor
P640 Classe 30 Sem unidade
Fonte: Autor

d) após inserir esse parâmetros pressione a tecla direcional que incrementa, o reset
é realizado automaticamente apresentando rdy no display mostrando que a
soft-starter começar a operar;

e) antes de partir o motor verifique os outros parâmetros de placa de identificação


do motor e também verifique o tempo da rampa de desaceleração no parâmetro
P104 e os demais parâmetros de desaceleração, no qual devem estar de acordo
com a Tabela 2. Insira a senha novamente no parâmetro P000 para alterações
dos parâmetros;

Tabela 2 – Parâmetros de desaceleração


Parâmetro Conteúdo Unidade
P402 Velocidade nominal rpm
do motor
P404 Potência nominal do Quilowatts
motor
P405 Fator de potência do Sem unidade
motor
P103 100 Porcentagem
P104 20 Segundos
P105 30 Porcentagem
Fonte: Autor

f) na janela monitoramento de parâmetros clique em iniciar, e após pressione tecla I


da IHM partindo o motor e captures o comportamento das curvas principalmente
o parâmetro P049 até atingir a velocidade nominal;
24

g) clique na tecla O para desacionar o motor e capture o comportamento das


curvas até o motor parar, cronometrando esse tempo de desaceleração;

h) coloque a chave geral da placa P001 para 0 (zero) desativando o motor e não
remova a comunicação com o software SuperDrive G2.

3.4 Experimento 3- Montagem da bancada para o experimento 4

Para essa montagem é utilizado todos materiais já demonstrados. A montagem da


bancada deve obedecer os diagramas de força no Anexo C, e o de comando no Anexo D.
Neste experimento é realizado o reconhecimento de pontos contidos nesses diagramas,
para identificá-los nas placas mostradas nas imagens anteriores (KIT CHAVE DE PARTIDA
ESTÁTICA – SOFT-STARTER: Manual do Professor, 2009?).
Na Figura 21 é demonstrada a bancada após a montagem dos diagramas.
25

Figura 21 – Bancada montada

Fonte: Autor

3.5 Experimento 4- Acionamento por comando a 3 (três) fios com contator para isolação
da potência

Novamente é o acionamento é por meio do controle de partida e parada do tipo


rampa de tensão, já descrito no experimento 2.
No comando a 3 (três) fios, duas entradas digitais são utilizadas acionar o motor e
para faze-lo parar através de duas chaves, ou seja, uma chave aciona o motor e outra o
desliga, já no comando a 2 (dois) fios, só uma entrada digital da soft-starter acionava o
motor e o desliga, ou seja, uma chave para fazer acionar e desligar o motor simultaneamente
(SOFT-STARTER SSW-06: Guia de aplicação multimotores, 2009).
26

O contator para isolação de potência atua como proteção em caso de danos no


circuito de força que alimenta o motor, esse contator poderia ser substituı́do por um
disjuntor com a mesma finalidade (MANUAL DA SOFT-STARTER SSW-06: Manual do
Usuário, 2006).
Segue o passo a passo para realizar este experimento:

a) com a bancada montada e revisada junto com o Técnico ou Professor, vá na


placa P001 e acione a chave geral para 1 (um) energizando a bancada;

b) na IHM, no parâmetro P000 clique na tecla prog e insira a senha que é o número
5 (cinco) pelas teclas direcionais e salve clicando novamente na tecla prog, em
seguida verifique se os parâmetros dos experimento 2; continuam salvos, se não
os ajuste novamente, após altere os parâmetros conforme a Tabela 3.

Tabela 3 – Parâmetros para as rampas de aceleração e desaceleração


Parâmetro Conteúdo Unidade
P101 30 Porcentagem
P102 6 Segundos
P104 9 Segundos
Fonte: Autor

No software abra outra janela de monitoramento de parâmetros e em adicio-


nar canal selecione os seguintes parâmetros: P0004 (tensão de alimentação),
P0003 (corrente do Motor), P0102 (tempo de aceleração), P0104 (tempo de
desaceleração) e P0005 (frequência de alimentação do motor), onde as faixas
das curvas será de -300V a 300V para tensão de alimentação do motor, para
corrente do motor, -100A a 100A, tempo de aceleração e desaceleração de -100s
a 100s e por fim a frequência do motor de -100Hz a 100Hz e a faixa de tempo
para 10s com uma velocidade de leitura de 200ms, logo em seguida clique em
iniciar;

c) acione o motor através da placa P011 fechando a chave S1 e abrindo S2 e capture


o comportamento das curvas;

d) desligue o motor abrindo a chave S1 e fechando S2 da placa P011 e capture o


comportamento das curvas.
27

4 QUESTIONÁRIO PARA O RELATÓRIO E APRESENTAÇÃO

1. Explique os diagramas de força e comando da soft-starter.


2. Explique os diagramas de força e comando montados na bancada.
3. Explique a função de cada placa utilizadas nos experimentos.
4. Qual motivo e finalidade de se realizar a rotina para partida com rampa de tensão
antes de acionar o motor.
5. Explique o comportamento das rampas de aceleração e desaceleração na partida e
parada do motor exemplificando com o experimento 2.
6. De acordo com o parâmetro P049 os tempos de aceleração e desaceleração foram os
mesmo inseridos nos parâmetros P0102 e P104, se não justifique.
7. Explique o motivo que se deu o comportamento das curvas obtidas no experimento
4.
28

5 REFERÊNCIAS

EL, W. E. G. E.; CENTRO, T. S. A.; CLIENT, D. E. T. D. E. KIT CHAVE DE


PARTIDA ESTÁTICA – SOFT-STARTER– Manual Do Aluno. [s.d.].

EL, W. E. G. E.; CENTRO, T. S. A.; CLIENT, D. E. T. D. E. KIT CHAVE DE


PARTIDA ESTÁTICA – SOFT-STARTER– Manual Do AProfessor. [s.d.].

RÊGO SEGUNDO, Alan Kardek. Eletrônica de potência e acionamentos elétricos.


Instituto Federal de Minas Gerais – Campus Ouro Preto, 2015.

GUIA DE APLICAÇÃO MULTIMOTORES, 2009, editado pela WEG. Jaraguá


do Sul, 2009.

MANUAL DA SOFT-STARTER SSW-06, editado pela WEG. Jaraguá do Sul, 2006.

ENERGISA S. A.,Norma de Distribuição Unificada 001. 6.1 Ed. João Pessoa, 2019.
29

Anexo A – Diagrama de força do experimento 1 do experimento com a


chave de partida Soft-Starter
30

Anexo B – Diagramas de comandos do experimento 1 do experimento com


a chave de partida Soft-Starter
31

Anexo C – Diagrama de forçado experimento 3 do experimento com a


chave de partida Soft-Starter
32

Anexo D – Diagramas de comandos do experimento 3 do experimento com


a chave de partida Soft-Starter

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