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João Pessoa
2020
Lista de figuras
1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1.1 OBJETIVO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
3 EXPERIMENTOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
3.1 Material para execução dos experimentos . . . . . . . . . . . . . . . . 13
3.2 Experimento 1- Montagem da bancada para o experimento 2 . . . . . 16
3.3 Experimento 2- Acionamento via interface homem-máquina (IHM) . . 17
3.4 Experimento 3- Montagem da bancada para o experimento 4 . . . . . 24
3.5 Experimento 4- Acionamento por comando a 3 (três) fios com contator
para isolação da potência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
5 REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
1 INTRODUÇÃO
1.1 OBJETIVO
O objetivo desse guia é realizar os passos para acionar e parar o motor de indução
através do controle de partida e parada do tipo rampa de tensão, diretamente da soft-
starter SSW-06 e também utilizando a soft-starter SSW-06 com chaves ou botoeiras com a
finalidade de acionar o motor, mostrando principalmente o comportamento dos parâmetros
de corrente do motor e tempo real de partida.
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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Os motores no momento de suas partidas exigem uma corrente muito maior do que
o valor nominal de trabalho chegando a oito vezes esse valor, isso é decorrente da mudança
de estado dos motores, ou seja, é a corrente necessária para sair do estado de inércia, sua
magnitude e tempo dependem das condições da partida, se o motor estiver com carga seu
pico será maior do que em vazio (FRANCHI, 2008).
A concessionária de energia da Paraı́ba, a Energisa, pela sua norma de distribuição
unificada NDU 001 determina o tipo de partida dos motores a partir de suas potências,
onde a partida direta só pode ser realizada para motores com potência entre 5CV (cavalo-
vapor) até 7,5CV, partida estrela triângulo juntamente com a partida compensadora e
série paralelo, só podem ser realizadas com motores com potência maior que 5CV até
15CV e maior que 7,5CV até 25CV (ENERGISA S. A., 2019 ).
A partida direta é a partida mais simples entre as demais ela se resume em ligar as
três fases diretamente no motor, seu diagrama de ligação é demonstrada na Figura 1.
Como pode ser visto na Figura 1, as três fases estão protegidas através dos fusı́veis
F1, F2, F3, logo em seguida essas fases ligam ao contator K1 que está interligado ao relé
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térmico FT1 que interliga até o motor, assim se caracteriza o diagrama de força da partida
direta. No diagrama de comando temos uma fase protegida por um fusı́vel que passa por
um contato (95/96) do relé térmico, ao pressionar a botoeira de impulso S1 a bobina do
contator K1 é energizada fechando o contato 13/14 do contator, essa energia vinda da
fase passa então pelo neutro, assim o motor será alimentado e a lâmpada H1 acenderá
sinalizando o fechamento dos contatos 13/14, ao pressionar a botoeira de impulso S0 a
bobina é desenergizada abrindo a alimentação do motor (FRANCHI, 2008).
As vantagens da partida direta são: conjugado de partida elevado, rápida partida,
custo baixo e equipamentos simples de projetação rápida (FRANCHI, 2008).
Suas desvantagens são: alta queda de tensão na rede de alimentação interferindo
em outros equipamentos do sistema, os dispositivos de proteção juntamente com os cabos
são superdimensionados aumentando os custos, e as limitações que a concessionaria exige
sobre a queda de tensão na rede (FRANCHI, 2008).
A partida estrela-triângulo é caracterizada com uma redução de tensão no momento
da partida de 58% da tensão nominal, ou seja, se o motor tem uma tensão nominal de
220V, no momento da partida sua tensão é aproximadamente 127V isso se dar pelo fato
do motor partir com suas bobinas ligadas em estrela esses 220V para estrela é tensão de
linha, logo nas bobinas será a tensão de fase que é a divisão dos 220V por raiz de três
onde implica nos 58%. Após um tempo suas bobina é convertida em triângulo operando
agora na sua tensão nominal. Isso tem uma influência na corrente como a equação (1)
demonstra:
√ √
Un / 3 Un / 3 1
Iy = = U ·√3 = · In (1)
Z n 3
In
Onde:
Iy : corrente na ligação em estrela [A];
Un : tensão nominal do motor [V];
Z: impedância do motor [Ω];
In : corrente nominal do motor [A].
No diagrama de força é utilizado três fusı́veis em cada fase, três contatores para
realizar a comutação estrela-triangulo, no contator K1 é interligado com o relé térmico
FT1. No diagrama de comando a alimentação se dar a partir de uma fase protegida por
um fusı́vel e vai ter outra fase. Ao pressionar a botoeira SH1 é energizado o temporizador
KT1 onde pelo contato 18/15 também energiza a bobina do contato K3 fechando o contato
13/14 energizando o contator K1 e abre o contato 21/22 onde esse garante que o contator
K2 não tenha sua bobina energizada, como a bobina do contator K1 foi energizada seu
contato 13/14 irão fechar e novamente o temporizador é energizado, nesse momento o
motor parte configurado em estrela, após o motor atingir 90% da velocidade sı́ncrona, o
temporizador com o tempo elaborado pelo projetista referente quando o motor atingir
essa velocidade, atua abrindo seu contato 18/15 e fecha o contato 25/28, como o contator
K3 não atua mais devido a abertura do contato 18/15 do temporizador ao fechar o 25/28
do mesmo, a bobina do contator K2 é acionada abrindo seu contato 21/22 desenergizando
a bobina do contator K3, e fechando o contato 13/14 do contator K2, assim o motor está
configurado em triângulo indicado pela lâmpada SH1. Ao pressionar a botoeira SH0 toda
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a alimentação é interrompida fazendo com que as bobina dos contatores K1 e K2 não seja
alimentadas (FRANCHI, 2008).
As vantagens da partida estrela-triângulo são: Pequeno espaços que os componentes
ocuparão e sem nenhum limite para manobras (FRANCHI, 2008).
As desvantagens da partida estrela-triângulo são: se a rotação estiver em 90% do
seu valor nominal, na troca de ligação para triângulo o pico da corrente é aproximadamente
igual a da partida direta, o motor deve ter seis terminais para ligações e a tensão da rede
que o alimenta deve ser igual o valor da tensão em triângulo (FRANCHI, 2008).
As soft-starters são chaves de partida estática projetadas para controle de tensão e
assim poder atuar na aceleração, desaceleração e proteção do motor, é comum seu uso
em ventiladores, motores de elevada potência e bombas centrı́fugas, desde que não haja
variação de velocidade do motor (RÊGO SEGUNDO, 2015).
A Figura 3 demonstra o blocodiagrama de potência e controle da soft-starter
SSW-06.
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Dessa forma, a tensão aplicada nas três fases no motor até parar é:
Figura 8 – Forma de onda da tensão das fases aplicada ao motor durante a desaceleração
3 EXPERIMENTOS
(a) (b)
Fonte: Autor
ou problemas que cause danos principalmente para a vida (a). Também é demonstrada a
placa P012 que é a placa de fusı́veis Diazed de 16A (b).
Figura 11 – Chave geral com botoeira de emergência (a) e fusı́veis de 16A (b)
Na Figura 13 é demonstrada a placa P011 que são chaves onde o usuário poderá
acionar o motor e pará-lo (a). Também é demonstrada a placa P021 que é formada por
três sinaleiros de cor branca (b).
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Para essa montagem é utilizado os materiais das Figuras 10, 11, a soft-starter da
Figura 12 e o motor da Figura 14. A montagem da bancada deve obedecer os diagramas
de força no Anexo A, e o de comando no Anexo B.
Neste experimento é realizado o reconhecimento de pontos contidos nesses diagramas,
para identificá-los nas placas mostradas nas imagens anteriores (KIT CHAVE DE PARTIDA
ESTÁTICA – SOFT-STARTER: Manual do Professor, 2009?).
Na Figura 15 é demonstrada a bancada após a montagem dos diagramas.
Fonte: Autor
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A partida com rampa de tensão é o método mais comum utilizado na soft-starter, pois
é de fácil programação e ajuste, a tensão é imposta ao motor sem qualquer realimentação
de corrente ou tensão (RÊGO SEGUNDO, 2015).
Existe cinco tipos controle para efetuar a partida e parada de um motor pela
soft-starter, que são rampa de tensão, limitação de corrente, controle de bombas, controle
de torque e rampa de corrente, a mais comum é a partida com rampa de tensão. Para
iniciar a rotina de programação da partida com rampa de tensão, após energizar a bancada,
na IHM (interface homem-máquina) o primeiro parâmetro a ser ajustado é o P000 no
qual é inserido a senha liberando todos os demais parâmetros para ajuste, em seguida no
parâmetros P204 é descarregado o padrão de fábrica é inserindo o número 5 (cinco) a partir
disso a rotina de programação da partida com rampa de tensão é iniciada, se a soft-starter
for energizado pela primeira vez vindo de fabrica, não precisa alterar o parâmetro P204.
Nessa rotina os dados básicos da soft-starter e do motor são adicionados inserindo em
sequência os seguintes parâmetros, P201 onde é inserido o idioma, P150 modifica o tipo de
conexão da soft-starter ao motor, o P202 insere o tipo de controle que no caso é rampa de
tensão, em seguida o P101 onde é inserido a porcentagem de tensão nominal que o motor
inicialmente partirá, continuando em seguida o P102 estabelece o tempo de aceleração
em segundos até atingir a tensão nominal do motor. Agora a partir dos dados referentes
a placa de identificação do motor são inseridos os seguintes parâmetros, P400= Tensão
nominal do motor, P401= Corrente nominal do motor e P406= Fator de serviço do motor,
e por fim, finalizado a rotina indique a classe de proteção térmica do motor no parâmetro
P640 (MANUAL DA SOFT-STARTER SSW-06: Manual do Usuário, 2006).
Ao realizar a rotina e acionar o motor via IHM (Interface Homem-Máquina) as
rampas de aceleração e desaceleração tem as seguintes formas como demonstradas nas
Figuras 16
18
Fonte: Autor
Fonte: Autor
Fonte: Autor
Fonte: Autor
d) após inserir esse parâmetros pressione a tecla direcional que incrementa, o reset
é realizado automaticamente apresentando rdy no display mostrando que a
soft-starter começar a operar;
h) coloque a chave geral da placa P001 para 0 (zero) desativando o motor e não
remova a comunicação com o software SuperDrive G2.
Fonte: Autor
3.5 Experimento 4- Acionamento por comando a 3 (três) fios com contator para isolação
da potência
b) na IHM, no parâmetro P000 clique na tecla prog e insira a senha que é o número
5 (cinco) pelas teclas direcionais e salve clicando novamente na tecla prog, em
seguida verifique se os parâmetros dos experimento 2; continuam salvos, se não
os ajuste novamente, após altere os parâmetros conforme a Tabela 3.
5 REFERÊNCIAS
ENERGISA S. A.,Norma de Distribuição Unificada 001. 6.1 Ed. João Pessoa, 2019.
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