Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Em seu artigo, José Marengo e Maria Valverde (2007, p.5), chama a atenção para o
relatório do IPCC, divulgado no ano de 2004, no qual demonstra o risco do efeito estufa
em agravar o cenário climático, enfatizando a falta de capacidade dos Estados
desenvolvidos para diminuir a emissão de GEE na atmosfera. No relatório do IPCC-
AR4, foi projetado um aumento da temperatura global do planeta de 2º a 4,5º C a mais
do que na Era-Industrial. Em 2001, o relatório do IPCC previu um crescimento de 1,4º a
5,8º C, projetado para o ano de 2010, afirmando que o planeta sofria com a queima dos
combustíveis fósseis há mais de cinco décadas. No Brasil, explicam os autores, alguns
eventos são fruto desse cenário climático, no qual podemos destacar o furação Catarina
de 2004, a seca na Amazônia, em 2005, e as secas no sul do país em 2004, 2005 e 2006.
Outros impactos foram observados na biodiversidade, no aumento do nível dos mares,
na saúde, agricultura e geração de energia elétrica, a formação das ilhas de calor nas
cidades (MARENGO E VALVERDE, 2007, p.6).
Todavia, alguns modelos numéricos de clima foram sendo desenvolvidos para medir as
alterações climáticas em escala espacial e temporal, por exemplo, os Modelos Globais
Atmosféricos (GCMs) ou Modelos Globais Acoplados Oceano-Atmosfera (AOGCMs).
Segundo Marengo e Valverde (2007, p.6), os modelos de clima propiciam uma visão
tridimensional do sistema climático, apresentando os aspectos físicos e dinâmicos, as
interações entre os componentes do sistema e os mecanismos de retro-alimentação dos
processos físicos. Ainda, contribuem para a simulação no futuro do clima global e
regional, sobre a concentração dos GEE (aquecimento) e aerossóis (esfriamento) da
atmosfera do planeta. Em seu artigo, os autores adotam o Cenário SRES (Special
Report Emission Scenaraios) para avaliar o impacto em escala regional em cenário de
extremo risco (MARENGO E VALVERDE, 2007, p.7).