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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CARIRI

MECÂNICA DOS SOLOS II

Processos de Instabilidade de Taludes e


Processos Erosivos

Prof. ANA PATRÍCIA NUNES BANDEIRA

2021
CONCEITOS:

ENCOSTA - TALUDES
TALUDE DE CORTE TALUDE NATURAL

PERFIL ORIGINAL

TALUDE ARTIFICIAL
(ATERRO)
CONCEITOS:
•TALUDE DE CORTE
talude natural com algum tipo de escavação

•TALUDE ARTIFICIAL
taludes de aterros diversos (rejeitos, bota-foras, etc.)

TALUDE NATURAL/ ENCOSTA

TALUDE ARTIFICIAL
(ATERRO) TALUDE DE CORTE
CONCEITOS:
DECLIVIDADE

D(%) = (H/L)x100

ALTURA (H)

COMPRIMENTO NA HORIZONTAL (L)


RELAÇÃO ENTRE DECLIVIDADE E INCLINAÇÃO

DECLIVIDADE INCLINAÇÃO
D(%) = (H/L)x100  = ARCTAN (H/L)
100% 45O
50% ~ 27O
30% ~ 17O
20% ~ 11O
12% ~ 7O
6% ~ 3O
Movimentos de Transporte de Massa: Erosões
Movimentos Gravitacionais de Massa

fonte de energia
Gravitacional

Escorregamentos
https://www.youtube.com/watch?v=K9i3JyXocgI
https://www.youtube.com/watch?v=JB3pGNpl1Kk
PROCESSO DA DINÂMICA DAS ENCOSTAS
A DINÂMICA DAS ENCOSTAS É REGIDA PELOS PROCESSOS DE
TRANSPORTE DE MASSA E PELOS MOVIMENTOS GRAVITACIONAIS DE
MASSA:

MOVIMENTOS GRAVITACIONAIS DE MASSA


QUEDAS
TOMBAMENTOS
ESCORREGAMENTOS
EXPANSÕES LATERAIS
ESCOAMENTO

MOVIMENTOS DE TRANSPORTE DE MASSA


PROCESSOS EROSIVOS E DE
(EROSÃO PLUVIAL) ASSOREAMENTO
EROSÃO LAMINAR EROSÃO PLUVIAL, FLUVIAL,
EROSÃO EM SULCOS / RAVINAS MARINHA, GLACIAL, EÓLICA
EROSÃO POR VOÇOROCAS
CLASSIFICAÇÃO DOS TIPOS DE MOVIMENTOS

TIPO DE MATERIAL

SOLO (ENGENHARIA)
TIPO DE MOVIMENTO
ROCHA PREDOMINANTEMENTE PREDOMINANTEMENTE
GROSSO FINO

QUEDA Queda de rocha Queda de detritos (debris) Queda de solo


(FALL)
TOMBAMENTO Tombamento de Tombamento
Tombamento de solo
(TOPPLE) rocha de detritos (debris)

ESCORREGAMENTO Escorregamento Escorregamento em


Escorregamento em solo
(SLIDE) em rocha detritos (debris)

ESPALHAMENTO Espalhamento de Espalhamento


Espalhamento de solo
(SPREAD) rocha de detritos (debris)

CORRIDA/ESCOAMENTO Corrida
Corrida de rocha Corrida de lama
(FLOW) de detritos (debris)

Fonte: CRUDEN & VARNES (1996).


TIPOS DE MOVIMENTOS DE MASSA

Quedas;
Tombamento;
Escorregamento:
- Rotacional
- Translacional
Expansões laterais;
Escoamento:
- Rastejo ou “Creep”
- Corridas

OBS.: Subsidências:
- Subsidência propriamente dita
- Recalque
- Desabamento
VELOCIDADE DOS MOVIMENTOS DE MASSA

Fonte: VARNES (1978) e WP/WLI (1994).


CARACTERÍSTICAS DOS TIPOS DE
MOVIMENTOS

QUEDAS: são movimentos tipo queda livre (desde blocos


isolados a grandes massas rochosas) que ocorrem em
velocidades muito altas.

TOMBAMENTO: o material desprendido da encosta (solo,


detrito ou rocha) rotaciona em torno de um ponto. O
tombamento é condicionado pela presença de estruturas
geológicas com grande mergulho.
Queda, tombamento
de blocos / lajes
rochosas e rolamento
de matacões.
Queda, tombamento
de blocos / lajes
rochosas e rolamento
de matacões.
QUEDAS
DESPLACAMENTO / TOMBAMENTO
DESPLACAMENTO / TOMBAMENTO
ROLAMENTO DE MATACÃO
ROLAMENTO DE MATACÃO
ROLAMENTO DE MATACÃO
Desprendimento de Solo/Rocha na Rodovia
Rio-Teresópolis em 15/12/2009
CARACTERÍSTICAS DOS TIPOS DE MOVIMENTOS

- ESCORREGAMENTOS: são movimentos rápidos de duração


relativamente curta, de massas de terrenos bem definidas
quanto ao seu volume, cujo centro de gravidade se desloca
para baixo e para fora do talude.
- TRANSLACIONAIS: o movimento é predominantemente
acompanhado por uma translação. Estes movimentos
são condicionados às descontinuidades ou planos de
fraqueza existentes. Planar e em cunha
- ROTACIONAIS: o movimento é predominantemente
acompanhado por uma rotação. Estes movimentos
possuem superfícies de deslizamentos curvas.
Ocorrem em material mais ou menos homogêneos e
coesivos. Circular
ESCORREGAMENTO ESCORREGAMENTO
PLANAR CIRCULAR

ESCORREGAMENTO EM
CUNHA
ESCORREGAMENTOS PLANARES
ESCORREGAMENTOS PLANARES

BR 232 (2002)
ESCORREGAMENTOS PLANARES

Deslizamento em Angra dos Reis (01/01/2010)


ESCORREGAMENTOS CIRCULARES
ESCORREGAMENTOS CIRCULARES

chuva

RUPTURA CIRCULAR

ruptura do
Ruptura do
corte

corte

ruptura do
Ruptura do
aterro

aterro
ESCORREGAMENTOS CIRCULARES

Deslizamento em Santa Catarina (23/11/2008)


ESCORREGAMENTOS EM CUNHA
ESCORREGAMENTOS EM CUNHA
CARACTERÍSTICAS DOS TIPOS DE MOVIMENTOS

ESCOAMENTOS: são representados por deformações ou


movimentos contínuos, estando ou não definida a
superfície de ruptura.

ESCOAMENTOS
RASTEJOS OU CREEP: CORRIDAS: são formas
são movimentos com rápidas de escoamento de caráter
velocidades muito baixas. essencialmente hidrodinâmico,
Podem ser constantes, sazonais provocado pela perda de
ou intermitentes. resistência em virtude da
presença de excesso de água.
INDÍCIOS DE RASTEJO (CREEP)

BLOOM (1988)
INDÍCIOS DE RASTEJO (CREEP)
CORRIDA DE AREIA (CAMARAGIBE-PE)
CORRIDAS
CORRIDAS
CORRIDAS

CORRIDAS – ETAPA 1: ESCORREGAMENTO


GENERALIZADOS E RETRABALHAMENTO
CORRIDAS

CORRIDAS – ETAPA 2: MASSA VISCOSA AO LONGO DAS


DRENAGENS
CORRIDAS

CORRIDAS – ETAPA 3: TRANSFORMAÇÃO EM ENCHENTE “SUJA”


CORRIDA DE “DETRITOS (DEBRIS
FLOW) BR-101 RJ

a) 1996 (data do evento)

b) Foto em 2001
CORRIDA DE “DETRITOS (DEBRIS
FLOW) BR-101 RJ
CORRIDA DE “DETRITOS (DEBRIS
FLOW) BR-101 RJ

b) Árvores e rochas depositadas na


parte baixa da encosta.

a) Antigos “debris flow”


CORRIDAS – GERADAS A PARTIR DE 1
ESCORREGAMENTO DE GDE PORTE
CORRIDAS ASSOCIADAS À PRESENÇA
1 - PERFIL DE
PRÉSOLOS “MOLES” O ACIDENTE DE
CORRIDA
VILA BARRAGINHA, CONTAGEM (MG)
INSTALAÇÃO DA M. MARTINS
Aterro existente
Destruição de cerca de 180 casas e morte de 36 pessoas (1992)
Ampliação no momento
da ruptura Muro VILA BARRAGINHA Galpão da
Hércules
1 - PERFIL PRÉ CORRIDA

INSTALAÇÃO DA M. MARTINS
Aterro existente Estaqueamento
Ampliação no momento
da ruptura 2
1 - Muro
PERFIL PÓS
PERFIL PRÉ CORRIDA Galpão da
VILA BARRAGINHA
Hércules
Aterro remanescente Entulho das
INSTALAÇÃO DA M. MARTINS moradias destruídas
Porções do aterro
Aterro existente
Ampliação no momento
da ruptura Muro Galpão da
Estaqueamento
VILA BARRAGINHA
Hércules
2 - PERFIL PÓS CORRIDA
Aterro
Aterro remanescente Entulho
LEGENDA Argila orgânica, muito mole e Escaladas
Aprox.
saturada Porções do aterro moradias destruídas
10 20 30 40m
Solo residual
Estaqueamento

2 - PERFIL PÓS CORRIDA


Aterro
Aterro remanescente Entulho das
LEGENDA Argila orgânica, muito mole e Escala Aprox.
saturada Porções do aterro moradias destruídas
10 20 30 40m
Solo residual

Aterro
CORRIDAS ASSOCIADAS À PRESENÇA DE SOLOS “MOLES” O ACIDENTE DE
VILA BARRAGINHA, CONTAGEM (MG)
Destruição de cerca de 180 casas e morte de 36 pessoas (1992)
http://www.youtube.com/watch?v=MdglM6ujjYU&feature=related

FLAGRANTE IMAGENS INÉDITAS DO DESABAMENTO EM NOVA FRIBURGO


Características dos principais grupos de
movimentos de massa

CARACTERÍSTICAS DO MOVIMENTO MATERIAL /


PROCESSOS GEOMETRIA
- sem planos de deslocamento;
- queda livre ou rolamento através de plano inclinado;
- velocidades muito altas (vários m/s);
QUEDAS (FALLS) - material rochoso;
- pequenos e médios volumes;
- geometria variável : lascas, placas, blocos, etc;
- rolamento de matacão e tombamento.

FONTE: AUGUSTO FILHO (1994).


Características dos principais grupos de
movimentos de massa

CARACTERÍSTICAS DO MOVIMENTO MATERIAL /


PROCESSOS GEOMETRIA
- poucos planos de deslocamento (externos);
- velocidades médias (m/h) a altas (m/s);
- pequenos a grandes volumes de material;
- geometria e materiais variáveis:
ESCORREGAMENTOS
(SLIDES) planares: solos pouco espessos, solos e rochas com um
plano de fraqueza;
circulares: solos espessos homogêneos e rochas muito
fraturadas;
em cunha: solos e rochas com dois planos de fraqueza.

FONTE: AUGUSTO FILHO (1994).


Características dos principais grupos de
movimentos de massa

PROCESSOS CARACTERÍSTICAS DO MOVIMENTO MATERIAL /


GEOMETRIA

- vários planos de deslocamento (internos);


- velocidades muito baixas (cm/ano) a baixas e
RASTEJOS (CREEP) decrescentes com a profundidade;
- movimentos constantes, sazonais ou intermitentes;
- solo, depósitos, rocha alteradas / fraturadas;
- geometria indefinida.

FONTE: AUGUSTO FILHO (1994).


Características dos principais grupos de
movimentos de massa

PROCESSOS CARACTERÍSTICAS DO MOVIMENTO MATERIAL /


GEOMETRIA

- muitas superfícies de deslocamento (internas e


externas à massa em movimentação);
CORRIDAS - movimento semelhante ao de um líquido viscoso
(FLOWS) desenvolvimento ao longo das drenagens;
- velocidades médias a altas;
- mobilização de solo, rochas, detritos e água;
- grandes volumes de material;
- extenso raio de alcance, mesmo em áreas planas.

FONTE: AUGUSTO FILHO (1994).


FATORES RELACIONADOS AOS PROCESSOS DE
INSTABILIDADE

• AUMENTO DAS TENSÕES CISALHANTES: relacionado à remoção do


suporte lateral (erosões, fluxos d’ água, “pipping”), adição de materiais no
topo da encosta, explosões, passagem de veículos pesados, forças
tectônicas, etc.

• BAIXA RESISTÊNCIA: relacionado tanto a características inerentes do


material envolvido quanto à presença de fissuras, falhas e/ou
descontinuidades na massa de rocha / solo.

• REDUÇÃO NA RESISTÊNCIA: relacionado principalmente à materiais


argilosos ao sofrerem processos de intemperismo, reações fisico-químicas
(hidratação de argilomonerais - perda de coesão), saturação.
FATORES DE CAUSA DE DESLIZAMENTO

1. GEOLÓGICOS
2. GEOMORFOLÓGICOS
3. FÍSICOS
4. ANTRÓPICOS
FATORES DE CAUSA DE DESLIZAMENTO

1. GEOLÓGICOS:

- perfil geotécnico / materiais problemáticos: sensitivo, colapsível,


plástico / mole;
- materiais intemperizados; materiais com cisalhamento;
- orientação desfavorável da descontinuidade de massa (clivagem,
acamamentos, xistosidades, falhas, contatos sedimentares);
- contraste na permeabilidade e seus efeitos na poro-pressão;
- contraste na rigidez (material denso sobre material plástico);
- material de preenchimento de juntas alteradas (fissuras).
FATORES DE CAUSA DE DESLIZAMENTO

2. GEOMORFOLÓGICOS:
- geometria, declividade e forma da encosta / relevo;
- atividades geológicas: terremotos, vulcanismo, etc.;
- depósito de carregamento no topo do talude;
- remoção da vegetação (por erosão, queimadas, secas);
- erosão fluvial no pé do talude / erosão na face do talude;
- erosão subterrânea (“pipping”).
FATORES DE CAUSA DE DESLIZAMENTO

3. FÍSICOS:

- chuvas intensas;
- chuvas excepicionais de longa duração;
- rebaixamento rápido (de enchente e reservatórios);
- terremotos;
- contração e expansão de solos expansivos.
FATORES DE CAUSA DE DESLIZAMENTO

4. ANTRÓPICOS (HUMANOS):
- escavação do talude ou do pé do talude;
- carregamento do talude ou do topo;
- sistema deficiente de manutenção de drenagem;
- remoção vegetal;
- vibração artificial (incluindo tráfego, máquinas pesadas);
- Irrigação;
- uso e ocupação desordenado (cortes; retirada da vegetação; água servida,
etc.)
- vazamento de águas em tubulações de sistemas (abastecimento de água
e esgoto).
INFLUÊNCIA DA ÁGUA DE SUBSUPERFÍCIE NA
ESTABILIDADE DE ENCOSTAS

Principais mecanismos de atuação das águas de sub-superfície no


desencadeamento de escorregamentos:

✓ Infiltração / aumento do grau de saturação / redução da coesão


aparente;
✓ Variação do nível piezométrico em massas homogêneas - reduzindo
as tensões efetivas/ resistência;
✓ Rebaixamento rápido do nível d´água (reservatório);
✓ Carregamento dinâmico (terremoto, vibração de máquina, cravação de
estaca, queda de bloco de rocha, etc.);
✓ Elevação da coluna d’água em descontinuidades;
✓ Erosão subterrânea retrogressiva (“piping”).
INFLUÊNCIA DA CHUVA NA
ESTABILIDADE DE ENCOSTAS

As chuvas atuam como o principal agente não-


antrópico na deflagração de escorregamentos no Brasil;
As chuvas relacionam-se diretamente com a dinâmica
das águas de superfície e sub-superfície;
Os índices pluviométricos críticos para a deflagração
dos escorregamentos variam com o regime de infiltração
no terreno, a dinâmica das águas subterrâneas no
maciço e o tipo de instabilização.
Histórico de Mortes no Brasil

300
277
250
228
Número de Mortes

200 182
166
150
99 103 96
90 89 85
100
64
48 58 68 57 50 56
34 41
50
26 28 23
0
1988
1989
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
Ano

1.968 pessoas morreram por deslizamentos no Brasil entre 1988 e 2009 (IPT-SP)
Histórico de Mortes no Brasil

3.458 pessoas morreram por deslizamentos no Brasil entre 1988 e 2017 (IPT-SP)
CORRELAÇÃO ENTRE CHUVA E ESCORREGAMENTO

Envoltória de Escorregamentos Induzidos em Cubatão–SP


(Tatizana et al., 1987).
CORRELAÇÃO ENTRE CHUVA E ESCORREGAMENTO

Critério de Alerta no Rio de Janeiro (D’Orsi et al., 1997)


Acumulado de chuvas 96 horas
ALERTA RIO (GEO-RIO)
Nível Máximo Horário = 50 mm
PPDC – Região Paulista
CORRELAÇÃO ENTRE CHUVA E ESCORREGAMENTO

Correlação entre a Intensidade da Chuva e a Chuva Acumulada para as Encostas da


Formação Barreiras da Cidade do Recife-PE (GUSMÃO FILHO, 1997)
CORRELAÇÃO ENTRE CHUVA E ESCORREGAMENTO

(Fonte: Bandeira, 2010)


CORRELAÇÃO ENTRE CHUVA E ESCORREGAMENTO

(Fonte: Bandeira, 2010)


CORRELAÇÃO ENTRE CHUVA E ESCORREGAMENTO

(Fonte: Bandeira, 2010)


CORRELAÇÃO ENTRE CHUVA E ESCORREGAMENTO

(Fonte: Bandeira, 2010)


Juazeiro do Norte (24/02/11)
99,7mm

70,9mm 64,6mm 67,25mm


61,88mm

54,2mm

68,5mm 87,6mm
61,0mm

117,8mm
90,0mm

138,1mm

160mm
127,5mm 94,0mm

123,6mm

80,8 mm

Implantado
Existente

(Fonte: Bandeira, 2010)


CORRELAÇÃO ENTRE CHUVA E ESCORREGAMENTO

Acumulado
Ocorrência de deslizamentos de 600 mm
(21 % das
ocorrências)

Precipitações Diárias de Janeiro a Abril de 2009 - Lagoa Encantada / Recife (Bandeira, 2010)
CORRELAÇÃO ENTRE CHUVA E ESCORREGAMENTO

Recomendações de Parâmetros para os Níveis de Operação do Plano


Preventivo de Defesa Civil do Recife (Bandeira, 2010)
Recomendações de Parâmetros para os Níveis de Operação do Plano
Preventivo de Defesa Civil do Recife (Bandeira, 2010)
INFLUÊNCIA DAS ÁGUAS SERVIDAS

Comparação entre a Precipitação Antrópica e Pluviométrica mensal

400,00

350,00 ANO 2002


PRECIPITAÇÃO (mm)

300,00

250,00

200,00

150,00

100,00

50,00

0,00
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
LÂMINA ANTRÓPICA LÂMINA PLUVIOMÉTRICA

• A comparação diária mostra que PA foi superior a PP em 269 dias no ano de


2002;
• Os impactos das chuvas são mais perceptíveis devido a descargas intensas e em
pequeno espaço de tempo (Assunção, 2005).
INFLUÊNCIA DA COBERTURA VEGETAL NA
ESTABILIDADE DE ENCOSTAS

EFEITOS FAVORÁVEIS:
Redistribuição da água proveniente das chuvas (impedimento do
impacto direto da chuva na superfície do solo);
Acréscimo de resistência do solo devido às raízes.

EFEITOS DESFAVORÁVEIS:
Efeito alavanca - força cisalhante transferida pelos troncos das
árvores ao terreno, quando da ação do vento;
Efeito cunha - pressão lateral causada pelas raízes ao penetrar em
fendas, fissuras do solo ou rocha;
Sobrecarga vertical - causada pelo peso das árvores.
VARIAÇÃO DO FATOR DE SEGURANÇA
COM O TEMPO
INDICADORES DE DESLIZAMENTO

◼ fendas no solo;
◼ batentes no solo;
◼ estalos e fissuras nas paredes;
◼ surgências de água;
◼ árvores e postes inclinados;
◼ embarrigamento no pé do talude.
FENDAS NO SOLO
FENDAS NO SOLO
FISSURAS NAS PAREDES E PISOS
ÁRVORES E POSTES INCLINADOS
BATENTES NO SOLO

SURGÊNCIA
DE ÁGUA
EMBARRIGAMENTO DE MURO
Salvador-BA, 2004
EROSÃO

EROSÃO HÍDRICA
CONCEITUAÇÃO DO FENÔMENO EROSÃO

É o processo de desagregação e remoção de


partículas do solo ou fragmentos e partículas de
rocha, pela ação combinada da gravidade com a
água, vento, gelo e organismos (plantas e animais)
(IPT, 1986).
EROSÃO
CLASSIFICAÇÃO DA EROSÃO

QUANTO À VELOCIDADE DO PROCESSO:

NATURAL: em equilíbrio com a formação de solo.


ACELERADA OU ANTRÓPICA: em desequilíbrio.

QUANTO AO AGENTE EROSIVO:

hídrica, fluvial, eólica, glacial e marinha.


EROSÃO HÍDRICA

Desagregação e remoção de partículas do solo


ou fragmentos de rocha, pela ação da água.
EROSÃO HÍDRICA

Impacto das gotas de chuva:

• Splash
• Crostas
EROSÃO LINEAR

SULCOS
◼ São linhas de erosão de pequena profundidade (em geral < 50 cm)
EROSÃO LINEAR

RAVINAS
◼ São linhas mais profundas de erosão (em geral > 50 cm)
EROSÃO LINEAR

◼ VOÇOROSAS

São feições geralmente ramificadas


que combinam a ação do escoamento
superficial à ação acelerada das águas
de sub-superfície (“piping”).

“Piping” é a erosão interna ao nível


do lençol freático, que remove as
partículas do solo, formando “tubos”
vazios que provocam colapsos da
voçoroca, promovendo o seu
alargamento contínuo.
Tubos produzidos pelo fenômeno “piping”, com carreamento de
sedimentos
VOÇOROCA
VOÇOROCA

Araçoiaba - 2005
EROSIVIDADE

Capacidade da chuva para


promover a erosão.

Depende da:
◼ intensidade
◼ duração da chuva
◼ freqüência
ERODIBILIDADE

Propriedade do solo de se deixar


remover.

Depende da:
◼ Litologia
◼ Textura
◼ Declividade
◼ Cobertura vegetal
FATOR CONDICIONANTE: SOLO

SÍMBOLO ERODIBILIDADE
GW MENOS ERODÍVEL

GP
Suscetibilidade a erosão SW
hídrica de diferentes tipos GM
CH
de solos
CL
(TRILLO, 1999). OL
MH
SC
SM
ML MAIS ERODÍVEL
FATORES CONDICIONANTES DA EROSÃO HÍDRICA

FATOR CONDICIONANTE: CLIMA


✓CHUVA
▪ INTENSIDADE
▪ DURAÇÃO
▪ FREQÜÊNCIA

FATOR CONDICIONANTE: RELEVO

✓ DECLIVIDADE;
✓ COMPRIMENTO DE RAMPA;
✓ FORMA DA ENCOSTA.
FORMA DE ENCOSTA

Modelos geométricos de dez formas diferentes de encosta (POU, 1988).


BR 101 - NORTE

Vista geral de erosão


VOÇOROCA - SEMINÁRIO / CRATO
VOÇOROCA - SEMINÁRIO / CRATO
INUNDAÇÃO
Crato (janeiro de 2011)
Chuva de 162 mm em 5 horas de duração
GPGSA

Erosão em Barbalha
UFC

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