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A Origem do Brega e do Calypso (CARLOS ALBERTO DE AGUIAR)

Categoria: CARLOS ALBERTO DE AGUIAR (/historia/320-carlos-alberto-de-aguiar)

Carlos Alberto de Aguiar

1. ORIGEM DO CALYPSO

Trinidad foi colonizada pelos espanhóis e governada pelos britânicos. Os franceses levaram a tradição do Carnaval para
Trinidad

Foi em Trinidad, no Carnaval, que nasceu o Calypso, levados pelos escravos Africanos.

Proibidos de se comunicarem uns com os outros quando ali chegaram, os escravos africanos então começaram a cantar
canções, usando o Calypso como meio de comunicação.

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A música afro-caribenha, foi sendo inoculada aos poucos, ascendendo a partir da metade dos anos 50. A primeira
explosão significativa se deu com o cha-cha-cha. A partir de 1956 explodiu o Calypso com Harry Belafonte.

O Calypso é uma Balada Popular onde foram incorporadas melodias e ritmos da música européia e Caribenha. Os
aficcionados do Calypso local Charles Espinet e Harry Pitts, concluíram que o ritmo do Calypso era Africano, as letras
eram Africanas com possível embelezamento do Francês e que as melodias eram Espanhola com base africana.

O antropólogo Daniel Croweley afirma que o Cariso é o pai do Calypso. Segundo sua visão, o Calypso derivou de
Cariso, um derivado de Carizo que significa “cana”, uma canção afetiva. Em Trinidad, o Calypso tinha clima de duelo. O
Calypso War era escolhido entre aqueles que criassem os insultos mais inventivos contra seus adversários. Como era
Calypso
com Harry improvisado, degenerava em protesto público.
Belafonte
O primeiro Calypso foi gravado no ano de 1914. A partir de 1920, surgiram os calypsonians que praticavam o
Carnaval

A canção de Calypso que se tomou mais conhecida internacionalmente foi Bannana Boat (Day- O) de autoria de
Belafonte/BurgesslAttaway, gravada por Harry Belafonte em 1956. Em razão do grande sucesso dessa música
mundialmente, Belafonte ganhou o titulo de ”Rei do CaIypso”. Belafonte diz que isso foi coisa de seus produtores da
Lord gravadora RCA sem o seu consentimento. Foi o primeiro álbum a vender mais de um milhão de cópias. O disco vendeu
Kitchner mais que Sinatra e Elvis, transformando em sucesso instantâneos as faixas Banana Boat e Jamaica Farewel (Bufgess)
consagrando Harry Belafonte no cenário músical internacionalmente. Deus Kitchener e Pardal Poderoso também
ganharam projeção internacional, fazendo muito sucesso principalmente na Inglaterra.
Ao traduzir o Calypso para os americanos em 1956, Harry Belafonte tirou as criticas políticas para evitar passar a
imagem de que eram preguiçosos e de que viviam entre bananeiras fazendo sexo até cansar.
Durante a chamada fase dos Anos Dourados do Calypso, a maioria dos calypsonians eram homens como: The Growling
Growling Tiger, Lord Executor e Lord Pretender. A partir dos anos de 1960 ascendeu Callypso Rose que foi eleita a “Rainha do
Tiger Calypso”, ganham do projeção com o hit Fire In Me Wire, que se tomou um Hino do Calypso, ganhando vários prêmios
com canções com temas que variavam de comentários políticos a canções de festa.

O Calypso foi tão influente no mundo que o primeiro filme dos Beatles, o ”Hard Day’s NighC (1964) batizado no Brasil de
“Os Reis do Iê-Iê-Iê”,ganhou em Portugal o nome de: Os Quatros Cavaleiros do Após-Calypso”. Os rapazes de Liverpol,
depois do Calypso, foram a primeira grande explosão músical mundial.

Lord A partir dos anos de 1970 houve um certo declínio do calypso em razão das influencias musicais oriundas de fora. O
Invader Reggae Jamaicano ficou conhecido assim como o R&B dos EUA. Foram necessárias outras fusões musicais, que
resultaram no surgimento da Soca, Rapso e que também se tornaram popular. A Soca nasceu no Carnaval de Trinidad e
Tobago. É uma abreviação de Soul-Cun-Calypso.

Calypsonians contemporâneos como David Rudder Produziram uma música mais acessível, combinando letras de calypso com ritmos de
dança e com isso aumentaram a sua popularidade. A isso soma-se o ressurgimento que acontece anualmente do Calypso em momentos
de carnaval, provando que o ritmo ainda está muito vivo e vibrante com um futuro promissor luminoso.
O Ritmo do Calypso é bastante praticado no Haiti, Jamaica, Trinidad e Tobago e em Martinica. Um documentário “Sonhos do Calypso”
retrata toda a trajetória musical do ritmo.

2. A ORIGEM DO BREGACALYPSO

Conceituando o brega na industria de diversão, é música diretamente ligada ao iê-iê-ie, combinada com o bolero, tango e baião, de forte
apelo sentimentalista, feita em série e vendida em massa para diversão, estilo musical caribenho, geralmente improvisado, cheio de humor
e ironia. Dança e ritmo originário da Jamaica. Gênero de música popular improvisada e cantada pelos naturais de Trinidad Tobago, no
Caribe.

De acordo com a enciclopédia da Música brasileira, brega é termo utilizado para designar a “música banal, obvia, direta, sentimental e
rotineira possível, que não foge ao uso sem criatividade de clichês músicais ou literários”.

O cantor jamaicano Harry Belafonte é considerado o Rei do Calypso. Em 1956 o seu disco “Calypso” foi o mais vendido, fazendo parte dos
campeões de vendas da música pop. O cantor pernambucano Reginaldo Rossi foi quem ganhou o título de rei do brega no Brasil.
Reginaldo Rossi diz que o “brega é clone do Reginaldo. Tudo deriva de mim”. Para o jornalista Paulo Sérgio de Araújo, autor do livro “Eu não
sou cachorro, não” “brega ou cafona é toda aquela produção musical que o público de classe média não identifica a tradição ou a
modernidade” (raiz e evolução).

No Brasil, a terminologia “brega” passou a ser usada como rótulo a partir da década dos anos de 1960 pelos críticos musicais numa alusão
aos cantores da fonografia romântica que eram chamados de cafona. A partir da década de 80, o termo brega consolidou, designando
como gênero musical a música romântica dançante.

Para o jornalista Sérgio Martins (Veja 182, 02-06-1999) “ nos anos 70, havia uma espécie de Muro de Berlim, separando músicas como essas
chamadas de ‘brega’, e a MPB tradicional, de Chico Buarque e Gilberto Gil”. Para o jornalista Paulo César de Araújo, “ o povo não ouvia
Chico, mas outro tipo de música que foi banida pelo gosto dominante”. Já o Reginaldo Rossi garante “A música o povo tem que cantar. Essa
fase já passou. Quem não bregar hoje está morto. O cantor e compositor baiano Wando, em entrevista à extinta revista Manchete, diz que o
termo surgiu de um inferninho, na Bahia, chamado Manuel Nóbrega. Como houve problema com as letras, esqueceram o “nó″ e deixaram
o ”bregá. Daí ter virado gíria maldosa.

Na Bahia, Nóbrega era um ambiente (cabaré) onde tocava músicas. Era comum os cantores levarem seus discos para tocarem nesses
ambientes. Sempre que encontravam com alguém no caminho, era comum a turma perguntar: Você gravou música pra tocar no Brega?

Outra versão diz que em Pernambuco existia uma localidade de nome Nóbrega onde se apresentava cantores como Waldick Soriano,
Carlos Alberto, Edna Fagundes,Osvaldo Oliveira, Miltinho Rodrigues e tantos outros cantores de sucesso popular da época. Era um lugar
onde ficavam os bordéis. Na entrada, uma placa identificava o nome da localidade. Em razão do esmaecimento com o tempo e a poeira,
sumiu a sílaba “no”: Foi quando o brega se originou como expressão musical. A turma passou a dizer: - Vamos lá no Brega? Vamos lá no
bordel onde toca brega?Ah!, não é lá que tocam aquelas músicas românticas?

O brega calypso em Belém do Pará é a identificação da levada produzida pelo músico paraense. Possui a sua característica própria.O
músico paraense Manoel Cordeiro define como ritmo paraense originário do calypso identificado com a dança, também chamada de
brega, mas de origem totalmente paraense, cantada, tocada e dançada com toda a alegria e a originalidade do paraense’: Particularmente,
eu definiria o nosso bregalypso como o ritmo da Amazônia caribenha pai d’égua demais.

Carlos Alberto de Aguiar


Pesquisador Musical
Alameda Tropical, 03, Outeiro
E-mail: aguiarpelado@yahoo.com.br (mailto:aguiarpelado@yahoo.com.br)
Belém - PA

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