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||366_TCE_PB_001_01N903398|| CESPE | CEBRASPE – TCE/PB – Aplicação: 2018

• Nas questões a seguir, marque, para cada uma, a única opção correta, de acordo com o respectivo comando. Para as devidas
marcações, use a Folha de Respostas, único documento válido para a correção das suas respostas.
• Caso haja opção(ões) constituída(s) pela estrutura Situação hipotética: ... seguida de Assertiva: ..., os dados apresentados como
situação hipotética devem ser considerados premissa(s) para o julgamento da assertiva proposta.
• Nas questões que demandarem conhecimentos de informática, a menos que seja explicitamente informado o contrário, considere
que todos os programas mencionados estão em configuração-padrão, em português, e que não há restrições de proteção, de
funcionamento e de uso em relação aos programas, arquivos, diretórios, recursos e equipamentos mencionados.
• Eventuais espaços livres — identificados ou não pela expressão “Espaço livre” — que constarem deste caderno de provas poderão
ser utilizados para anotações, rascunhos etc.
• Sempre que utilizadas, as siglas subsequentes devem ser interpretadas de acordo com a significação associada a cada uma delas, da
seguinte forma: AGE/PB = Advocacia-Geral do Estado da Paraíba; CE/PB = Constituição do Estado da Paraíba; CF = Constituição
Federal de 1988; DF = Distrito Federal; LO-TCE/PB = Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba; MP = Ministério
Público; RI-TCE/PB = Regimento Interno do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba; SRP = sistema de registro de preços;
TCE/PB = Tribunal de Contas do Estado da Paraíba; TCU = Tribunal de Contas da União.

PROVA OBJETIVA
Texto 1A1AAA QUESTÃO 2

1 O medo do esquecimento obcecou as sociedades Seria mantida a correção gramatical do texto 1A1AAA, embora
europeias da primeira fase da modernidade. Para dominar sua
inquietação, elas fixaram, por meio da escrita, os traços do com alteração do sentido original, caso se inserisse uma vírgula
4 passado, a lembrança dos mortos ou a glória dos vivos e todos logo após a palavra
os textos que não deveriam desaparecer. A pedra, a madeira, o
tecido, o pergaminho e o papel forneceram os suportes nos
7 quais podia ser inscrita a memória dos tempos e dos homens. A “grande” (R.19).
No espaço aberto da cidade, no refúgio da biblioteca,
na magnitude do livro e na humildade dos objetos mais B “como” (R.21).
10 simples, a escrita teve como missão conjurar contra a fatalidade C “arquivos” (R.22).
da perda. Em um mundo no qual as escritas podiam ser
apagadas, os manuscritos podiam ser perdidos e os livros D “missão” (R.10).
13 estavam sempre ameaçados de destruição, a tarefa não era fácil. E “inúteis” (R.17).
Paradoxalmente, seu sucesso poderia criar, talvez, outro
perigo: o de uma incontrolável proliferação textual de um QUESTÃO 3
16 discurso sem ordem nem limites.
O excesso de escrita, que multiplica os textos inúteis No texto 1A1AAA, as relações sintático-semânticas do período
e abafa o pensamento sob o acúmulo de discursos, foi
19 considerado um perigo tão grande quanto seu contrário. “Embora fosse temido, o apagamento era necessário, assim como
Embora fosse temido, o apagamento era necessário, assim o esquecimento também o é para a memória” (R. 20 e 21) seriam
como o esquecimento também o é para a memória. Nem todos
22 os escritos foram destinados a se tornar arquivos cuja proteção preservadas caso a conjunção “Embora” fosse substituída por
os defenderia da imprevisibilidade da história. Alguns foram
traçados sobre suportes que permitiam escrever, apagar e
A Por conseguinte.
25 depois escrever de novo.
B Ainda que.
Roger Chartier. Inscrever e apagar: cultura escrita e literatura
(séculos XI-XVIII). Trad.: Luzmara Curcino Ferreira. São Paulo:
UNESP, 2007, p. 9-10 (com adaptações). C Consoante.
QUESTÃO 1 D Desde que.
Infere-se do texto 1A1AAA que a escrita é uma E Uma vez que.

A tecnologia ambígua, pois é capaz de, ao mesmo tempo, QUESTÃO 4


preservar informações úteis e contribuir para a disseminação
de textos inúteis. Predomina no texto 1A1AAA a tipologia
B atividade que transforma escritos em arquivos, garantindo,
assim, a integridade das informações frente às inconstâncias da
história. A narrativa.
C invenção da primeira fase da modernidade, voltada a manter B prescritiva.
vivas as memórias sociais e culturais.
D forma de evitar o desaparecimento de informações importantes C argumentativa.
que não deveriam ser esquecidas ou perdidas. D descritiva.
E manifestação efêmera, que podia ser registrada, depois apagada
e, mais tarde, recuperada pela reescrita. E expositiva.
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Texto 1A1BBB QUESTÃO 7

1 Quando nos referimos à supremacia de um fenômeno No texto 1A1BBB,


sobre outro, temos logo a impressão de que se está falando em
superioridade, mas, no caso da relação entre oralidade e escrita, A o vocábulo “constante” (R.8) foi empregado para qualificar o
4 essa é uma visão equivocada, pois não se pode afirmar que a termo “aspecto” (R.6).
fala seja superior à escrita ou vice-versa. Em primeiro lugar,
deve-se ter em mente o aspecto que se está comparando e, em B a expressão “sobre a”, nas linhas 13 e 15, tem o sentido de a
7 segundo, deve-se considerar que essa relação não é nem respeito da.
homogênea nem constante. A própria escrita tem tido uma C o trecho “Quando nos referimos” (R.1) tem o mesmo sentido de
avaliação variada ao longo da história e nos diversos povos. Caso nos refiramos.
10 Existem sociedades que valorizam mais a fala, e D o vocábulo “logo” (R.2) tem o sentido adverbial de
outras que valorizam mais a escrita. A única afirmação correta imediatamente.
é a de que a fala veio antes da escrita. Portanto, do ponto de
13 vista cronológico, a fala tem precedência sobre a escrita, mas, E o termo “lugar” (R.5) foi empregado para delimitar parte de um
do ponto de vista do prestígio social, a escrita tem supremacia espaço ou região.
sobre a fala na maioria das sociedades contemporâneas. QUESTÃO 8
16 Não se trata, porém, de algum critério intrínseco nem
de parâmetros linguísticos, e sim de postura ideológica. São A correção gramatical e o sentido original do texto 1A1BBB seriam
valores que podem variar entre sociedades e grupos sociais ao preservados caso se substituísse
19 longo da história. Não há por que negar que a fala é mais antiga
que a escrita e que esta lhe é posterior e, em certo sentido, A “orais” (R.23) por comunicativos.
dependente. Mesmo considerando a enorme e inegável
22 importância que a escrita tem nos povos e nas civilizações ditas B “equivocada” (R.4) por desordenada.
“letradas”, continuamos povos orais. C “precedência” (R.13) por preferência.
D “intrínseco” (R.16) por inerente.
Luiz Antônio Marcuschi e Angela Paiva Dionisio. Princípios gerais para o tratamento
das relações entre a fala e a escrita. In: Luiz Antônio Marcuschi e Angela Paiva Dionisio. E “inegável” (R.21) por incerta.
Fala e escrita. Belo Horizonte: Autêntica, 2007, p. 26-7 (com adaptações).

QUESTÃO 5

Conforme as ideias do texto 1A1BBB,

A o desenvolvimento da fala e o surgimento da escrita são


eventos que, sob o enfoque histórico, se deram exatamente
nessa ordem.
B há uma ideologia compartilhada pelas sociedades
contemporâneas de associar a escrita a uma manifestação
superior à fala.
C do ponto de vista linguístico, fala e escrita são manifestações
idênticas, não havendo diferenças entre elas nem superioridade
de uma sobre a outra.
D ao longo da história e nas diversas civilizações, identificam-se
momentos de maior e de menor valorização da língua escrita.
E em sociedades letradas, a comunicação por meio da escrita
supera a comunicação por meio da fala.
QUESTÃO 6

Em cada uma das opções a seguir, é mostrada uma proposta de


reescrita para o seguinte período do texto 1A1BBB: “Não há por
que negar que a fala é mais antiga que a escrita e que esta lhe é
posterior e, em certo sentido, dependente” (R. 19 a 21). Assinale a
opção em que a proposta apresentada mantém o sentido original e
a correção gramatical do referido trecho.

A Não há por que negar que a fala será mais antiga que a escrita
e que esta lhe seria posterior e, nesse sentido, dependente.
B Não há por que negar que a fala é mais antiga do que a escrita
e que a fala é posterior à ela e, em certo sentido, dependente.
C Não há razão para negar que a fala é mais antiga que a escrita
e que essa última é posterior e, em certo sentido, dependente
da primeira.
D Não tem por que negar que a fala é mais que a escrita e que
esta lhe é posterior e, em sentido certo, dependente.
E Não se pode negar de que a fala é mais antiga que a escrita e
de que esta lhe é posterior e, em certo sentido, dependente.

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