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Capítulo 5 – Prazer e Desgraça

O quarto estava um completo caos, com as roupas da cama jogadas pelo quarto, um dos
armários tombados, até mesmo os pratos que ela preparou com tanto carinho estavam
quebrados com algumas sobras de comida no chão.

Mas o mais importante, Crowley não estava no quarto. Não importa para onde Elizabeth
olhasse, não encontraria ele em lugar algum.

De relance, ela pôde perceber que a janela do quarto estava aberta. No momento que ela foi
olhar pela janela, o som do portão sendo aberto ecoou.

Não demorou muito para ela entender o que estava acontecendo. Preocupada, correu até o
quarto de Angelus e gritou batendo na porta: “Lorde Angelus, O Jovem Mestre está indo
embora!”

Ao invés do esperado, uma voz solene soou de dentro do quarto: “Deixe-o ir. Garanto que ele
voltará amanhã.”

Tamanha despreocupação com o próprio filho vinda de Angelus assustou bastante Elizabeth:
“O que aconteceu naquele quarto?!”

Correndo, ela foi até a frente da casa e abriu a porta, somente para ver o portão externo
fechando enquanto observava as costas de Crowley se distanciando dela. Crowley não sabia
disso, mas aquela ação entristeceu muito Elizabeth. Querendo ou não, ela cuidava dele há
anos, era como se eles tivessem uma relação de irmão caçula e irmã mais velha, ou seja, ver
seu “irmão” indo embora de tal forma a deixou bastante desamparada.

O som forte do portão sendo fechado abalou o coração de Elizabeth, que derramou algumas
lágrimas ao pensar em Crowley: “Por favor, Jovem Mestre, fique bem...”

--- Ao longe ---

Crowley carregava o saco com as moedas dentro em sua mão direita, na esquerda estava o
vinho que ele havia começado a beber com Lucius e Marcus. Constantemente ele dava alguns
goles e limpava a boca com a manga de sua blusa.

Após não muito tempo, o vinho se esgotou, com raiva, Crowley jogou a garrafa no chão:
“Essa... Mer..da... Já aca..bou..?!” Estava tão claro quanto o dia que ele estava bêbado. Seus
passos eram inconsistentes e ele mal conseguia falar direito, se por algum motivo alguém
desse um peteleco nele agora, ele definitivamente cairia no chão.

Seu caminho parecia ilógico, mas na realidade, ele tinha realmente um rumo, que era: Luxúria.

Luxúria é uma casa noturna mais ao norte da cidade. Ela é conhecida por manter a integridade
dos clientes, e nunca revelar quem passou por lá. No passado, Crowley já foi algumas para a
casa com o intuito de “aproveitar a noite”.

Anteriormente, ele sempre foi lá de mente limpa, apenas para aproveitar os prazeres que a
vida poderia conceder. Diferentemente, hoje ele estava indo apenas para esquecer
momentaneamente do que havia acontecido. Mesmo que ele acordasse no outro dia com a
mente instável, pelo menos conseguiria passar essa noite de maneira acolhedora.
Não demorou tanto até que ele chegasse ao seu destino.

Crowley estava atualmente em um beco pouco iluminado, havia uma porta de metal na sua
direita, ele foi até ela e bateu sete vezes. Depois de pouco tempo, um homem alto abriu parte
da porta e perguntou: “O que deseja?”

Crowley, tentou falar: “Três... Coquetéis... E... Cinco...” Mas ele não conseguia. Tomar aquele
vinho quase que inteiro realmente o deixou em um estado deplorável.

Para sua sorte, o homem que falou com ele era um velho conhecido seu, e disse: “Tudo bem,
deixarei você entrar. Mas tente se lembrar da senha, ela é importante...” Em seguida, abriu a
porta e ajudou Crowley a entrar no estabelecimento.

Entretanto, antes que pudesse entrar de fato, Crowley vomitou ao lado. O homem assistiu com
nojo: “Porra! Ele bebeu tanto assim?!”

Depois de algum tempo vomitando, Crowley voltou seu olhar para o homem, com um sorriso
nojento, ele disse: “Estou pronto... Owen!”

Owen deu um olhar desacreditado: “Pronto porra nenhuma! Você parece um sem-teto!”

Ele tirou um guardanapo do bolso de sua blusa e entregou para Crowley: “Limpe-se um pouco,
por favor.”

Crowley apenas seguiu a ordem de Owen, ele não queria arriscar perder sua noite. Depois que
retirou todo o resto de vômito de seu rosto e roupas, ele finalmente conseguiu entrar na casa.
Sempre que ele entrava ali, se surpreendia com o interior do bordel. Por fora, era apenas um
local abandonado, mas por dentro era cheio de luxos.

Enquanto caminhava até um quarto, algumas mulheres com a parte superior à mostra
passavam carregando bandejas com bebidas. Crowley aproveitava para dar longas olhadas
para elas.

Entre todas que viu, uma em especial chamou sua atenção, era uma garota de cabelos loiros e
olhos azuis, sua pele era incrivelmente branca, semelhante a neve. Ela mantinha um sorriso
gentil em seu rosto sempre, mas o que Crowley mais estava interessado era em suas curvas.

Ele manteve seus olhos na garota até chegar no quarto.

Ao entrar, Crowley se sentou na cama e aguardou até que uma mulher um pouco mais velha
entrasse. Ela usava roupas chiques e estava bem maquiada, com uma voz doce, ela disse: “E
então, achou alguma garota que te satisfaça?!”

Crowley manteve seu foco ao máximo para não gaguejar por conta do álcool: “Sim!”

A moça perguntou: “Certo, quem?”

Crowley falou um pouco atrapalhado: “A garota loira de olhos azuis... Com bons seios!”

A moça soltou um sorriso leve e disse: “Nós temos algumas garotas assim na casa, você terá
que ser mais específico, se quiser aproveitar a noite.”

Crowley pensou um pouco antes de dizer: “Ela tem uma pele anormalmente branca!”

A mulher fez uma cara pensativa por poucos segundos e em seguida mudou para um
semblante devasso: “Acho que sei quem é... Aguarde um minuto.” Ela saiu do quarto.
Crowley aguardava ansioso pela volta da mulher.

Um minuto se passou... Cinco minutos.... Dez minutos...

Ele já estava começando a ficar tenso: “Ela não vai voltar mais?!”

Quinze minutos... Vinte minutos...

Crowley estava se levantando da cama, mas foi surpreendido pela visão que apareceu na
porta. A garota que ele havia prestado atenção anteriormente estava lá, vindo em sua direção.
Atrás dela estava a mulher maquiada, sua voz soou: “É ela, não?”

Crowley assentiu rapidamente.

A mulher continuou: “Seu nome é Dematria, tem dezenove anos. Ela não tem muita
experiência, mas você pode guiá-la à sua maneira.”

Um sorriso lascivo passou pela face de Crowley. Mas logo sumiu ao ouvir a próxima frase da
mulher: “O preço pela noite é de quatrocentas moedas de prata.”

Crowley, meio desacreditado, deu outra olhada na garota: “Porra! Tudo isso?!”

Mas ao se lembrar do que aconteceu mais cedo, ele decidiu-se: “Foda-se, vai ser ela mesmo!”
Ele abriu o saco que ainda estava em sua mão e entregou as quatrocentas moedas de prata
para a madame.

Por sua parte, ela agradeceu: “Muito obrigada, aproveite bem sua noite.” Ela se curvou para
Crowley e fechou a porta, deixando os dois a sós.

Crowley deu uma olhada no saco, que não havia muita coisa restante, apenas algumas moedas
de prata e o talismã. Sem pensar muito, ele jogou o saco ao lado e se levantou.

Com movimentos confusos, ele tirou suas roupas, ficando completamente nu na frente da
garota.

Ele se aproximou velozmente dela e a beijou. A garota seguiu o fluxo da língua de Crowley e
fez seu máximo para acompanhar o ritmo dele.

“Caraca, ela realmente não tem experiência...” Crowley estava atônito. Mas um pensamento
pervertido passou por sua mente: “Isso é ótimo! Assim poderei me aproveitar mais!”

Sua mão tocou o seio direito de Dematria, apertando-o. Ao mesmo tempo, sua outra mão
descia mais um pouco até a região mais íntima dela. A garota retribuiu e colocou a mão no
pênis de Crowley, que estava levemente enrijecido.

Com aquele toque, Crowley ficou ainda mais excitado e a pressionou contra a parede. Ele
retirou a mão que tocava a vagina de Dematria de sua roupa intima e abaixou a calcinha dela.
Com ela ainda em pé, ele se abaixou e deu alguns beijos naquela região.

A garota não pôde evitar de soltar um gemido.

Crowley olhou para ela com um sorriso indecente: “Então você gostou...”

Sem perder tempo, Crowley colocou sua língua para fora e passou ela várias vezes na “flor” de
Dematria. Por sua vez, ela pressionou a cabeça de Crowley, impossibilitando que ele parasse.
Vendo a que Dematria estava gostando, ele continuou por mais alguns minutos.
Ele retirou sua boca, que estava cheia de baba, da vagina de Dematria e falou: “Sua vez.” No
momento seguinte, ele se levantou e ficou na frente dela. Seu “companheiro” estava
completamente ereto.

A garota se ajoelhou em frente ao membro de Crowley e aproximou sua boca dele. Ela
começou apenas tocando a língua na ponta do pênis e foi se aprimorando com o tempo.

Crowley colocou as mãos atrás da cabeça dela e a puxou em sua direção. Com seu membro
completamente coberto pela boca de Dematria, Crowley se sentiu revigorado. Mas isso ainda
não era o bastante, ele deixou a garota respirar um pouco disse com um olhar depravado:
“Elas também precisam de carinho.” E apontou para suas bolas.

A garota seguiu as ordens de Crowley e as abocanhou. A sensação era um tanto diferente da


anterior, era uma mistura de prazer com cócegas. Se arrependendo um pouco da escolha que
fez, Crowley levantou a cabeça dela e disse: “Volte ao principal.”

Sem muitas escolhas, ela voltou aos movimentos anteriores.

--- Após um longo período ---

Crowley estava deitado com ela na cama. Ele por baixo e ela por cima, seu corpo encharcado
pelo suor. Enquanto Crowley trabalhava com a parte de baixo, sua língua passeava sobre
mamilos dela.

Gemidos ecoavam pelo quarto, de ambas as partes. Algumas vezes, sons de tapas também
poderiam ser ouvidos, nesse aspecto, Crowley era bem cruel, deixando a pele branca da garota
bem avermelhada.

Crowley acelerou o ritmo: “Toma, sua puta!”

Particularmente, Dematria não gostava de ser chamada assim, na verdade, ela detestava isso.
Mas como era seu trabalho, não tinha escolhas além de aceitar e seguir em frente.

Crowley virou ela, invertendo as posições. Agora ele estava em cima e ela em baixo. Com os
braços apoiados no colchão, ele voltou a movimentar seu quadril. A cada penetrada profunda,
ela soltava um gemido alto.

Crowley mordeu seus beiços e continuou violentamente.

Ele só parou quando estava perto de seu limite, onde retirou seu pênis da vagina dela e
ejaculou nos seios de Dematria. Ela se limpou com alguns panos descartáveis que estavam em
uma estante ao lado da cama.

Crowley se deitou ao lado dela, seu pênis que antes estava enrijecido já havia voltado ao
estado normal. Ele deu uma longa suspirada antes de dizer: “Muito obrigado...”

Dematria sorriu para ele e disse: “Eu que agradeço.”

Ela deu um pequeno beijo nele e fechou os olhos. Crowley olhou para aquela beleza dormindo
ao seu lado: “Caso ela não fosse uma prostituta, eu poderia me casar com ela...”

Depois do cansaço físico e mentalmente que foi o dia de hoje, Crowley finalmente fechou seus
olhos e dormiu, ao lado de Dematria.

--- Horas depois ---


Crowley acordou, sozinho.

Dematria não estava mais no quarto, e como não tinha janelas no bordel, ele não sabia
exatamente que horas eram. Seu corpo estava terrível, ele não sabia ao certo se era por causa
do álcool que havia ingerido no dia anterior ou se era pela quantidade de coisas que ele
passou.

Com muito esforço ele se levantou e procurou suas roupas. Não demorou tanto até que ele
achasse elas, que estavam no chão, em frente a cama. Ele se vestiu rapidamente e procurou o
saco com seus pertences. Por conta da noite animada, o saco havia caído no chão não muito
tempo depois que eles deitaram.

Havia algumas moedas espalhadas pelo piso, Crowley não se importava muito com isso e
apenas checou se o mais importante estava com ele, que era o Talismã da Família Edwin. Ele
abriu o saco e deu uma olhada boa, colocou a mão dentro e puxou o talismã, que por sorte
estava intacto: “Ufa... Nenhum dano.”

Ele amarrou a extremidade do saco com um barbante e o fechou, em seguida, guardou o saco
em seu bolso. Na sua mente, apenas um pensamento ecoava: “Eu fui muito burro! Eu andei
carregando esse saco na minha mão ontem o tempo inteiro, mas era só guardá-lo em meu
bolso. Realmente, eu não presto para beber...”

Quando ele se certificou que estava pronto, abriu a porta para ir embora. A cena que ele viu
agora foi completamente diferente da que viu quando entrou aqui. A casa era muito menos
movimentada de dia, quase não havia clientes ao seu redor. Era basicamente um bar normal.

Enquanto fazia seu caminho até a saída, Crowley reconheceu a madame com quem tinha
falado anteriormente e acenou para ela, como sinal de agradecimento. Ela devolveu o gesto e
complementou: “Sinta-se à vontade para voltar mais vezes.”

Crowley assentiu quieto e continuou seu caminho. Ele foi até a porta por onde entrou e
encontrou Owen novamente, antes de sair, ele disse: “Muito obrigado por ontem, fico te
devendo essa.”

Owen assentiu e disse calmamente: “Não precisa fazer nada do tipo, eu que agradeço por você
ser um cliente.”

Crowley deu um sorriso agradável para ele, que abriu a porta e deixou Crowley sair.

Ao sair da casa, a luz solar invadiu seus olhos. Baseado na posição do sol, ele chutava que
estava perto das três horas da tarde: “Puta merda! Eu dormi tanto assim?!”

Seu próximo destino era sua casa. Então ele não perdeu muito tempo e continuou andando,
para sua sorte, esse beco era bem esquecido, mesmo a parte nobre da cidade não sabia direito
da existência dessa casa noturna, sendo assim, ele não teve problemas em ser visto saindo de
lá.

Ele passou por diversas ruas, recebendo olhares duvidosos. Suas vestes vermelhas estavam
amassadas, com manchas de vinho, até mesmo com algumas marcas de vômito. Além disso,
sua face era muito ruim para qualquer um que visse, com grandes olheiras, olhos
avermelhados, lábios secos e nariz escorrendo.

O atual Crowley não era muito diferente dos mendigos que ele tanto desprezava.
Ele sabia que não estava de maneira adequada na rua, e entendia o motivo dos olhares. Mas
entender não significava que ele aprovava, desse modo, Crowley retornou os olhares de
desdém com um olhar de raiva.

Entretanto, as pessoas pareciam não se importar com aquele olhar irritado de Crowley, isso o
confundiu bastante. Geralmente, apenas com um olhar mais forte as pessoas já mudariam o
modo de agir, algumas vezes até pediriam desculpa e implorariam por perdão. Mas hoje foi
diferente, mesmo olhando cheio de raiva, ninguém mudou, todos continuaram o encarando
com desdém.

Crowley se perguntava o porquê: “Que porra é essa?! Perderam a noção do perigo?!”

Essa dúvida permaneceu com ele até que um acontecimento chocante ocorreu: “Crowley, seu
desgraçado!” Alguém havia o xingado.

Crowley mirou na região de onde vinha aquela voz. Mas havia muitas pessoas juntas, então ele
não conseguiu identificar ao certo quem havia dito tais palavras.

Antes que ele pudesse brigar com qualquer pessoa aleatória, outro xingamento ecoou: “Seu
merda, vá embora da cidade!”

Aqueles xingamentos abriram a coragem do povo, que logo começou a xingá-lo várias vezes:

“Filho da puta!”

“Maldito!”

“Ninguém precisa de você!”

“Se mate!”

Crowley estava abismado, nunca em sua vida ele havia sido tão humilhado assim. Ao pensar
em um possível motivo de tal revolta, a cena de Marcus esfaqueando o sem-teto veio em sua
mente.

Crowley se lembrou palavra por palavra que seu pai disse no dia anterior. Nada além de medo
estava em seu ser: “Não! Isso não é possível! Aquele verme de merda não pode ter me
arrastado para lama junto dele! Eu me recuso!”

Vendo que Crowley estava abalado com os xingamentos, eles continuaram:

“Você não passa de um moleque mimado! Garanto que poderia te espancar até a morte!”

“Nunca mais ouse colocar esses pés podres na cidade!”

“Verme nojento!”

Crowley já não tinha mais escapatória e resolveu correr, porém, não conseguiu ir muito longe,
já que alguém o derrubou no chão. Vendo aquele alvo em potencial caído, várias pessoas se
reuniram ao seu redor e começaram a chutá-lo.

Sentindo a dor de receber vários chutes, a imagem do velho implorando por sua vida apareceu
novamente na mente de Crowley. Ele realmente estava arrependido da escolha que fez, se isso
realmente tivesse relacionamento com a morte do velho, então Crowley já podia ser dito como
um homem morto.
Sangue escorreu da boca de Crowley, seus olhos já não demonstravam mais raiva, apenas dor,
seu corpo se contorcia tentando resistir, mas não adiantava. Ele já não tinha mais escapatória,
em seu último suspiro, Crowley murmurou: “Me desculpem...”

Aquelas palavras não foram suficientes para parar o povo revoltado, que continuou chutando-
o. Apenas quando perceberam que Crowley já não se movimentava mais que os chutes
pararam.

Invadindo a multidão, uma mulher por volta dos quarenta anos veio correndo, em sua volta,
estavam alguns policiais. Mais ao fundo, estava Angelus, algemado.

A mulher, desesperada, gritou: “Parem! Por favor!”

Angelus continuava andando, sem abrir a boca.

Ela correu e abraçou o corpo inconsciente de Crowley. Seu rosto estava cheio de lágrimas e ela
mal conseguia falar direito: “F-F-Filho...! M-Me responda!”

Quem estava agarrando Crowley era na verdade sua mãe, Loren Edwin. Ela era também uma
política importante na Corte Interna do Reino de Zegrath. Diferente dos outros membros da
família, ela não tinha cabelos e olhos negros, era na verdade um cabelo castanho claro, junto
de olhos também castanhos.

Vendo que seu filho não tinha mais luz nos olhos, ela não aguentou e chorou olhando para o
céu: “Por quê?! Por quê?!”

As pessoas ao redor se sentiram emocionados ao verem a cena de uma mãe chorando pelo
filho.

Nesse momento, Angelus finalmente abriu a boca: “Vocês são todos lixos!”

Todo mundo virou para a direção de Angelus, exceto Loren, que ainda estava chorando ao com
seu filho no colo.

Ele disse imponentemente: “Meu filho é inocente, fui eu quem matei os quatro mendigos, não
ele! Meu filho não é um mago, eu quem sou! Vocês não passam de parasitas imundos!”

As palavras de Angelus chocaram o povo. Ele realmente estava correto, para o povo, Crowley
era apenas um idiota com muito poder, quem deveria sofrer as consequências era Angelus,
que detinha toda culpa, não Crowley.

Liberando uma aura escura de seu corpo, Angelus disse com uma voz demoníaca: “Todos
vocês morrerão perante nossa legião!”

“Demônio!” O povo gritou em uníssono.

Todos correram para diferentes localizações, ninguém tinha coragem suficiente de ficar para
ver o que aconteceria a seguir.

No entanto, diferente do esperado, Angelus esvaiu sua aura e disse para o policial ao seu lado:
“Appolion, deixe-me falar com meu filho uma última vez, por favor.”

O policial deu uma olhada profunda em Crowley e disse: “Ele ainda está vivo, mas não por
muito tempo... Seja rápido.”
Angelus assentiu e disse: “Obrigado, quando eu terminar com isso, permito que você me
mate.”

Appolion apenas observou Angelus indo até Crowley.

Mesmo algemado, Angelus pôs a mão no peito de Crowley e disse emocionado: “Filho, me
desculpe por colocar você nessa. Realmente não era minha intenção...” Algumas lágrimas
escorreram do rosto de Angelus.

Aquela cena surpreendeu em muito Appolion: “Um demônio chorando?! O garoto é apenas
um humano, por que Zonomoch está tão emocionado? Ele já passou por humanos milhares de
vezes até o momento, o que este rapaz tem de diferente dos outros?”

Appolion foi até ele e disse: “Vamos, Zonomoch. Seu tempo acabou...”

“Tudo bem. Mas eu tenho um último pedido...” Disse Angelus com cautela.

Appolion estava intrigado com o que ele poderia pedir, afinal, ele havia sido abalado pelas
ações de Angelus. Dessa maneira, Appolion respondeu: “Prossiga.”

Angelus se sentiu aliviado e disse: “Poupe minha esposa e dê um funeral apropriado ao meu
filho, ambos são humanos, fui eu quem desequilibrei a Ordem da Paz entre os Magos. Eles não
tem nada a ver com isso.”

Appolion zombou: “Um demônio pedindo para poupar um humano, que interessante...” Ele
voltou ao seu olhar sério antes de continuar: “Enfim, farei isso, como cortesia por ser este seu
último momento por toda eternidade.”

Appolion na verdade estava pensando em outra coisa: “Isso será uma boa oportunidade para
que eu consiga examinar os dois após a morte de Zonomoch... Não quero que sua prole se
manifeste...”

Ele continuou: “Entretanto, sua esposa terá que ficar presa pelo resto da vida. Ela é cúmplice
em um assunto muito importante, normalmente, ela seria executada junto de você, mas como
você demonstrou arrependimento, darei a ela apenas a prisão perpétua.”

Angelus fechou os olhos e disse: “Por mim, tudo bem...” Sem arrependimentos, Angelus seguiu
em frente, deixando Loren e Crowley aos cuidados dos outros policiais.

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