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ARTES E HABILIDADES

MANUAIS

Nº 86
Ano 8/2020
1ª Edição

PIROGRAFIA
HM - 085
Ministério dos Desbravadores
Igreja Adventista do Sétimo Dia

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EXPEDIENTE
1ª Edição: Disponível em
www.mundodasespecialidades.com.br
Direção Geral:
Pedro Paz
Victor Ariel
Diagramação e Edição:
Rossalles Freitas
Coord. de Guias das Especialidades:
Gabriel Silveira
Editoração e Revisão: Camila Perrud
Autor: Rossalles Freitas

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“Quem brinca com fogo acaba se queimando”. Com Facebook:Facebook.com/mundodasespecialidades
certeza você já ouviu essa frase antes, correto!? Pode
ter sido em tom de ameaça ou de alerta, tendo ou não DIREITOS RESERVADOS:
A reprodução deste material seja de forma total ou
duplo sentido, a questão é que trago boas novas para parcial de seus textos ou imagens é permitida, desde
que seja referenciado o Mundo das Especialidades
você piromaníaco de plantão (espero que isso fique só e seus autores pela nova autoria ao fim de seu
na brincadeira)! Existe uma arte milenar que envolve material. Todos os direitos reservados para Mundo
das Especialidades
justamente brincar com fogo: a PIROGRAFIA. Na verdade,
chamar a pirografia de brincadeira depende do seu ponto UNIÃO LESTE BRASILEIRA
de vista, afinal, trata-se de um tipo de arte incrível que exige UNIÃO NORDESTE BRASILEIRA
UNIÃO SUL BRASILEIRA
muita técnica, concentração e empenho e, é claro, quando
dominada, pode ser uma “brincadeira” muito prazerosa. IGREJA ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA
MINISTÉRIO DOS DESBRAVADORES
Esta é outra das minhas TOP 3, e vai ser um prazer Recife, PE, Março de 2020
guiar você em mais uma especialidade. Mas chega de papo,
habilidades manuais são práticas, então... bora conquistar Olá, meu nome é
mais uma insígnia para a sua faixa? Rossalles Freitas. Sou
Líder Master Avançado
e conselheiro de
unidade no Clube
Missioneiro em Santo
Ângelo/RS. Sou
Designer Gráfico e
formado em Direito. Tem muita coisa que
me fascina... Desenvolvi a Especialidade de
Dinossauros, gosto de ler, praticar Trekking,
jogar vôlei, artes e design, enigmas, pregar
o Evangelho e viver aventuras intensas.
Meu ministério, com certeza, é o Clube de
Desbravadores e quero participar da última
investidura: a da coroa da vida eterna! Você
vem comigo?

mundodasespecialidades@gmail.com mundodasespecialidades @mundodasespecialidades


A Milenar
arte da pirografia
Vamos começar pelo início (obviamente). A
palavra pirografia é a junção de duas expressões,
piro que significa fogo e grafia que quer dizer escrita,
portanto, escrita com fogo. Mesmo sendo esse o
significado da palavra, a pirografia não está restrita
apenas ao ato de escrever usando o calor e o fogo,
mas se traduz mais diretamente através de desenhos
e ilustrações feitos a partir das técnicas de pirografia.
O fogo sempre foi uma paixão do ser humano, fonte
de energia, calor, iluminação, proteção e diversos
outros usos possíveis, sendo um deles, relativamente
recente até onde se saiba, a arte. Por volta do
ano 1600 d.C, a utilização do fogo como forma de
ornamentação foi difundida em tavernas (bares e pubs
da época). Os taverneiros começaram a esquentar
pedaços de metais em suas lareiras com a finalidade
de decorar peças de madeira nos estabelecimentos,
desde objetos pequenos até mobiliários e as próprias
paredes e colunas da edificação.
Com o tempo e a inspiração das tavernas, outros
artistas começaram a aprimorar as técnicas da nova
arte e, em 1751 surge na Inglaterra o primeiro registro
de um trabalho impresso falando sobre a pirografia. Já
por volta do ano de 1800, surgiram modelos primitivos
de aparelhos que eram usados para pirografar. Eram
aparelhos extremamente rústicos, confeccionados a
partir de uma garrafa e duas mangueiras de borracha.
O desafio era manter a caneta aquecida por mais
tempo, ou tempo suficiente para que o trabalho
rendesse e, para isso, o mecanismo funcionava como
uma espécie de atomizador de perfume antigo. O
Smithsonian Institute, uma instituição educacional
e de pesquisa associada à uma rede de museus
em Washington D.C, contém vários dos primeiros
trabalhos e protótipos de equipamentos usados e
feitos na pirografia.
Finalmente, com os avanços científicos no
campo da eletricidade, surgiu em 1916 a primeira
patente para uma caneta de ponta quente (hot point
pen), ou como o conhecemos atualmente: pirógrafo.
Antes da utilização do pirógrafo, pequenos ferros de
soldar foram utilizados com sucesso na confecção da
arte, porém, havia um detalhe que apenas o primeiro
aparelho patenteado possuía, que era a variação de
temperatura da caneta. Isso era importante para a
aplicação de efeitos de luz e sombra nos trabalhos
confeccionados pelos artistas, dando início a era da
pirografia realista.

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Equipar!
Como todo trabalho manual, a pirografia exige certos cuidados e equipamentos para
ser executada corretamente. A principal (e indispensável) ferramenta para a pirografia é sem
dúvida o pirógrafo, a máquina elétrica própria para desenvolver a arte.

TERMOSTATO: É ali que o aparelho é ligado. Ao


girar no sentido horário, após ouvir o “click”, o
aparelho estará ligado e em seguida deverá ser
regulado. Quanto maior o número do indicador,
maior a temperatura. Temperaturas mais altas
queimam mais rápido e com maior intensidade
a superfície escolhida. Temperaturas mais baixas
causam efeitos mais suaves e leves.

CHAVE DE VOLTAGEM: Utilizada para


regulagem de acordo com a rede elétrica
do lugar em que se está operando.

CHAVE DE FENDA: Usada na


manutenção do aparelho e
em uso geral da substituição
da ponteira de níquel.

CANETA: Ferramenta que conduz o calor, utilizada para criar as composições


artísticas nas mais variadas superfícies possíveis. Precisa estar devidamente
plugada ao aparelho para que haja correta condução de energia e, por
sua vez, uma devida utilização do equipamento. Também possuí um anel
de cortiça que protege o usuário de choques e queimaduras. Normalmente
fixada com fitas dupla face ou isolantes, deve ser periodicamente revisada.

PONTEIRA DE NÍQUEL CROMO: Terminação da caneta. É o metal


incandescente usado para criar os traços escolhidos pelo pirografário.
Normalmente existe um kit padrão que acompanha o produto,
porém, existem ponteiras mais avançadas no mercado, que quando
utilizadas produzem diferentes resultados.

INDICADOR DE CAPACIDADE: Aponta o nível do aparelho que se está


fazendo uso.

MALETA: Aqui fica todo o sistema de processamento de energia do


pirógrafo. Está contido em uma caixa que – normalmente – possui uma
alça para facilitar o transporte. Deve ser deixada com as saídas de ar
desobstruídas para melhor arejamento do aparelho evitando assim, o
superaquecimento.

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Alguns exemplos de pirógrafo:

Pirógrafo Standart - EM 1 Pirógrafo Escolar - EM 7 Pirógrafo Colegial - CM 10

Pirógrafo Amador - AM 12 Pirógrafo Profissional - PM 13

Os diferentes tipos de pirógrafos possuem


componentes comuns de um modo geral, mas
especificações em suas categorias. Do mais básico
para a versão profissional, os pirógrafos se tornam
mais completos, possibilitando maior alternância de
temperaturas para trabalhos mais detalhados e com
mais técnica, além de uma resistência maior, o que
aumenta o tempo em que é possível sua utilização.
Existe ainda um pirógrafo industrial, com capacidade
de resistência maior do que todos os outros e
que permite que dois artistas possam trabalhar
simultânemantre.
Uma outra linha de pirógrafos que se tornou
Pirógrafo com Ferro de Solda
bastante popular entre os artistas, é o pirógrafo com
ferro de solda. Ele é mais simples em design, sendo
básicamente uma caneta que vai ligada à tomada,
mas em suas variações pode possuir termostato para
ajustar diferentes temperaturas. Outros dois fatores
que o diferenciam, são suas ponteiras de aço mais
resistêntes e com formatos variados, e seu baixo
custo para aquisição, além é claro, da função ferro de
solda que é capaz de executar.

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Cuidados
É muito importante saber operar por isso, desligá-lo nos intervalos corretos
o pirógrafo de maneira adequada para de tempo fará com que o produto dure
evitar acidentes e obter o máximo de por mais tempo e funcione corretamente,
aproveitamento da máquina. Cada além de evitar acidentes (queime suas
tipo de pirógrafo apresentado possui “telas” não as suas mãos!). Pirógrafos
potências e capacidades próprias. mais simples são mais baratos. Opte por
Pirógrafos industriais e profissionais aquele que vai suprir suas necessidades
são projetados para resistirem por mais imediatas. O Standard e o Escolar são
tempo ligados, para trabalhos de longa opções muito boas para iniciantes e com
duração, além de possuírem maior o tempo e a necessidade, você pode
variação de temperaturas, garantindo adquirir um material mais elaborado para
maior quantidade de efeitos para as melhores resultados.
composições do artista. Ao mesmo tempo, As ponteiras do pirógrafo são
o pirógrafo standard, o mais comum entre feitas de metal níquel cromado, uma
todos, possui resistência baixa (máx. de vez que este possui capacidade de
1h 30min em funcionamento contínuo), aquecimento e resfriamento rápidos,
além de não apresentar opção na além de não derreter ou superaquecer
variação da temperatura, o que limita em submetido a altas temperaturas. Mesmo
muito a quantidade de efeitos possíveis assim, em um determinado momento
em um trabalho. não se surpreenda quando a ponteira de
Devemos lembrar que esta sua caneta quebrar (sim, eu tomei um
quantidade de tempo máxima de susto da primeira vez hehe). Assim como
funcionamento contínuo vem escrito no o grafite do lápis, as ponteiras de níquel
manual do produto quando adquirido, vão se desgastando à medida que são
que deve ser lido atentamente antes utilizadas e precisam ser substituídas.
de qualquer utilização. O equipamento Por isso, a maioria dos pirógrafos já
produz calor e, diferente de um trazem consigo um kit de ponteiras ou
computador, não existe um cooler que fios de níquel para substituir as que forem
resfrie o pirógrafo durante sua utilização, quebrando.

Substituição da ponteira
1. Jamais faça a substituição com o aparelho ligado ou mesmo plugado à
tomada. Desligue todas as chaves e certifique-se de que não haverá possibilidade
de tomar um choque;
2. Não faça a substituição logo após desligar o aparelho. Apesar da ponteira
de níquel resfriar rápido, os demais metais (inclusive os parafusos de fixação que
seguram a ponteira) continuam quentes;
3. Certifique-se de remover toda a ponteira de níquel gasta. Elas podem se
partir em vários pedaços e algum deles pode obstruir as entradas;
4. Coloque a nova ponteira até que as duas pontas encostem no fundo da
caneta;
5. Para remover os parafusos não é necessário retirá-los por completo. Basta
desobstruir a saída da ponteira. Isso facilita na hora de apertá-los novamente e
evita perdê-los;
6. Após a troca, ligue todo o aparelho, regule para uma temperatura média e
espere alguns segundos. Os dois lados da ponteira devem acender.

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Outro cuidado necessário é com relação
a fumaça. Isso também depende do tipo de
madeira escolhida. Algumas madeiras geram
mais fumaça ao serem queimadas, além do odor
que pode variar. É sempre bom utilizar madeiras
limpas e lixadas bem como, optar pelo uso
de máscara e óculos de proteção para evitar
intoxicação ou fagulhas nos olhos e boca (que
não são comuns, mas podem acontecer). Nunca
use madeiras envernizadas ou pintadas, queimar
Uma boa técnica é usar o ventilador para estes materiais pode ser perigoso para sua saúde
dispersar a fumaça. ou quem estiver ao redor.
A pirografia pode ser feita em diferentes
materiais como tecidos mistos, cortiça, E.V.A,
plásticos, tecidos sintéticos, alguns tipos de
papeis; sendo os mais comuns, madeiras e couros.
O couro pode exalar maior odor que a madeira,
por isso, outra técnica interessante para evitar a
inalação direta é usar um ventilador na parte de
trás do pirógrafo, que deverá puxar toda a fumaça
defendendo, desta forma, o artesão. Não coloque
o ventilador voltado para o pirógrafo, isso vai
dificultar o processo, uma vez que o calor da
caneta será reduzido, e também poderá espalhar
eventual fagulha ou chama gerada pelo aparelho.
As chamas produzidas pelo pirógrafo
acontecem normalmente em compensados
ou madeiras mais macias onde a caneta
incandescente penetrará com maior facilidade.
Este tipo de material é mais difícil de ser utilizado
para desenhos mais perfeitos, por isso, prefira
Pirografia em couro
madeiras mais duras para a obtenção de um
melhor resultado em seus trabalhos, optando por
não utilizar MDF ou similares, pois podem ter sido
feitos com materiais que liberam fumaças tóxicas.
Tome cuidado para não pressionar demais a
caneta, pois quando o níquel está incandescente
fica muito mais maleável. Você deve usar a
propriedade do calor e o contato mínimo para
obter os melhores resultados.
Também não se deve deixar a caneta em
contato com a madeira ou couro todo o tempo,
não é como um lápis de grafite. É preciso fazer
os traços aos poucos, com calma, porém com
agilidade e destreza, pois quanto mais tempo a
ponta da caneta tocar a superfície da pirografia
mais ela irá queimar (obviamente).
Pirografia em cortiça

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Antes, no entanto, de iniciar o processo,
ao ligar o pirógrafo, ajuste a temperatura para
a metade possível no pirógrafo e espere que
o níquel fique laranja, assim ele estará pronto
para ser usado.
Observe, também, que o pirógrafo deve
sempre ser desligado quando não estiver em
uso, para evitar superaquecimento e possíveis
acidentes com o fogo. Suas mãos devem
sempre estar em um ângulo seguro para que
você não se queime. Também NÃO tenha água
ou outros líquidos por perto quando pirografa,
às vezes pensamos ser mais seguro para casos
de acidentes, mas podem causar um dano
maior, uma vez que o pirógrafo produz calor,
mas ainda é um equipamento eletrônico.

Transferência por carbono


Além dos equipamentos inerentes ao
pirógrafo, são importantes outros materiais
que farão parte da criação de uma composição
artística pirografada. Antes de começar a
queimar sua “tela”, é importante selecionar o
desenho que pretende fazer. Pirografar não
é o mesmo que desenhar em uma folha de
papel, na última você pode apagar caso algo
de errado, mas a pirografia não tem corretor.
Por isso, é importante prepararmos a arte
antecipadamente em uma folha ou mesmo
tentar desenhar na superfície escolhida e
assim corrigir possíveis falhas, para só então
passar a queimar a “tela”.
Lápis com grafites de diferentes durezas
são importantes para fazer a marcação do
desenho e indicar lugares onde será necessário
aplicar algum tipo diferente de sombreamento.
Da mesma forma, uma borracha é importante
para fazer as primeiras correções com o lápis.
Existem outras formas de transferir o
desenho para a superfície escolhida além do
“olhômetro”. O papel carbono possibilita que o
desenhista contorne cada traço do desenho
com uma caneta esferográfica e passe estes
contornos para a superfície, para isso, basta
colocar o papel carbono entre o desenho e o
material que receberá a pirografia. Este método
em especial dá um pouco de trabalho e exige
que a folha de carbono e o desenho estejam
bem fixos à madeira ou couro, por exemplo,
porém a transferência fica muito bem fixada.

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Transferência por solvente
Outro método útil é através de papel ou
folha vegetal. A dificuldade neste método vem
pelo fato de que quando transferimos o desenho
para o papel, ele precisa estar espelhado.
Após isso, basta virar o lado do desenho para
a superfície e riscar no avesso com uma caneta
para transferir o grafite para a superfície que
receberá a pirografia. Parecido com esse, é o
método que utiliza papel normal e solvente.
Consiste em “pegar emprestado” o conteúdo
de um material impresso à laser, dissolvendo-o
quimicamente e transferindo a imagem para
uma nova superfície.
Tintas, lápis de cor e outros utensílios
Tenha em mãos o solvente, a madeira
e o desenho espelhado impresso para colorir ficam a critério do artista uma vez
que vai depender da intenção na produção da
pirografia. É interessante lembrar, no entanto,
que uma pirografia pura traz em si uma beleza
incomparável e única, capaz de transmitir o que
é a arte de desenhar com o fogo.
Um último cuidado – muito importante
– é com relação ao espaço de trabalho. Para
pirografar é necessário separar um espaço em
Use uma bola de algodão e sature o uma mesa grande o suficiente para que caibam
lado de trás da impressão com acetona.
todos os objetos que serão utilizados, conforme
vimos anteriormente. O pirógrafo deve ocupar
uma posição confortável, uma vez que a caneta
está ligada a ele, e o mesmo deve estar ligado a
tomada. É preciso posicioná-lo de forma a ficar
bem ventilado também, sem nada que o cubra
e com seus “respiradouros” livres. O ambiente
deve ser arejado em razão da fumaça (lembre-
Passe um cartão ou algo parecido e “firme” para se da dica do ventilador), bem iluminado e sem
aplicar certa pressão e transferir melhor o desenho. materiais inflamáveis por perto ou coisas que
possam queimar com fagulhas, a fim de evitar
acidentes.

Levante cuidadosamente um pouco do papel para ver como está a


transferência e se não precisa esfregar mais. Se estiver como você
deseja, retire todo o papel impresso para ver sua imagem transferida.

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Vamos
pirografar!
Agora que você conhece os principais
conceitos da pirografia, está na hora de
começar seus próprios projetos, e é claro que
não deixaríamos você apenas com a teoria.
Preparamos algumas dicas de como efetuar
uma pirografia do início ao fim. A especialidade
pede 3 projetos diferentes: um animal, uma flor
e uma paisagem. Nós preparamos um deles
para que você consiga se familiarizar com
as principais técnicas da pirografia. Faça sua
primeira arte ou, caso já tenha feito, revise se está
seguindo os procedimentos corretos. Deixamos
A textura é a melhor forma de obter os melhores resultados. também moldes para cada um dos projetos da
Analíse seu desenho e escolha a textura que melhor o represente. especialidade, mas você pode e DEVE procurar
Aqui estão alguns exemplos de texturas possíveis com as
diferentes ponteiras. outras imagens legais para treinar e aprimorar
suas habilidades. Crie peças únicas!
Observação: Mande para nós, seja no insta
ou no face, alguma arte que você tenha feito.
Queremos acompanhar o seu progresso ;)

Super dica!

O livro “Pyrography Workbook - A Complete


guide to the Art of Woodburning” de Sue
Walters é uma obra bastante completa e
que ensina as melhores técnicas na arte
da pirografia. Ele só existe em inglês, mas
nada que uma especialidade de Estudo de
Línguas não resolva pra um Desbravador
esperto (ou um google translator hehe).
Existem muitos moldes de desenho no livro,
inclusive este que usei.

PASSO 1 - Escolha um desenho legal e prepare


o papel para transferência para a madeira.

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PASSO 2 - Prepare todo o ambiente e os
materiais que serão utilizados.

PASSO 3 - Transfira a arte para a madeira. No meu caso específico


usei papel vegetal e carbono. Tentar transferir direto do papel vegetal
para a madeira não deu certo, pois ela era muito dura e o solvente
apagou o desenho por ser um papel muito fino. O carbono dá mais
trabalho mas funciona perfeitamente.

PASSO 4 - Pré-aqueça a caneta e prepare-se


para começar a queimar.

PASSO 5 - Faça primeiro os traços


principais para “delimitar” o desenho.
Quando desenhar pêlos, use baixas
temperaturas e faça traços curtos e
com movimentos rápidos na mesma
direção. Evite fazer contornos muito
espessos, trabalhando com as diferentes
temperaturas do aparelho. Sombras são
adquiridas com temperaturas baixas e
movimentos mais rápidos e controlados.

PASSO 6 - Eventualmente pode acontecer da ponteira de níquel


se romper. Nesse caso, siga os procedimentos que ensinamos
anteriormente para substituí-la.

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PASSO 7 - Além de substituir a ponteira quando se rompe, você PASSO 8 - Antes de finalizar, não esqueça de
pode experimentar as diferentes usabilidades dos outros tipos de colocar sua assinatura ;)
ponteiras para criar diferentes texturas. São as texturas que vão
dar forma ao desenho e deixá-lo mais bonito.

Arte pronta! Agora é a sua vez.


Lembre-se que quanto mais praticar,
mais vai aprimorar a técnica. Faça
diferentes desenhos para aprender
a trabalhar as texturas e entender
melhor o aparelho e o que você
pode fazer com ele.

Que tal fazer um material personalizado para sua unidade? O


mastro do bandeirim, por exemplo, pode ser muito funcional
e ter grandes utilidades como uma régua de acampamento,
e ter códigos como os sinais de pista, código morse, código
semafórico e até um compartimento para fósforos de
emergência.

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Requisitos
acompanhe seu desenvolvimento
1. Definir o que é pirografia. Qual a origem dessa arte milenar?

2. Que ferramentas e equipamentos são necessários para a pirografia?

3. Descrever, passo a passo, os procedimentos adequados para trabalhos em pirografia.

4. Citar 2 materiais onde a técnica da pirografia pode ser usada.

5. Explicar como a temperatura pode influenciar no bom andamento do trabalho na pirografia.

6. Que cuidados e preocupações devem ser tomados ao trabalhar com pirografia?

7. Fazer um desenho para cada uma das áreas abaixo, em qualquer material de sua escolha:
a) Animal
b) Flor
c) Paisagem

Referências:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pirografia

https://blog.elo7.com.br/manual-de-tecnicas-artesanais/pirografia-em-madeira-conheca-arte.html

https://www.youtube.com/watch?v=6w7Z-pyiDFo

Pyrography Workbook – A Complete Guide to the Art of Woodburning – Sue Walters

https://www.shutterstock.com/pt/blog/faca-voce-mesmo-transfer-de-imagens-para-tecido-e-madeira

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