Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil

No Brasil, há cerca de 26 comunidades e povos tradicionais reconhecidos legalmente. Entre

eles, indígenas, quilombolas, ribeirinhos e pescadores, são os grupos com maior número de
pessoas. Muitos deles sofrem exclusão na sociedade brasileira, tanto geográfica quanto
culturalmente. É importante entender que com esse afastamento do restante da população,
as comunidades tradicionais têm baixo acesso a recursos básicos como saúde e educação,
além de sofrer uma desvalorização significativa de suas culturas e tradições.

Essa desvalorização desses povos vem de muito tempo, tendo início quando os
portugueses chegaram no Brasil, invadindo o território nativo e causando danos aos povos
que já habitavam o país. Desde aquele período, há uma grande exclusão dessas
comunidades derivados do passado conturbado que os persegue até hoje, em forma de
preconceito e discriminação. Essa falta de atenção nesses povos, os prejudica por serem
muitas vezes esquecidos quando assuntos como educação, saúde e saneamento básico
nacional são colocados em pauta. Os danos dessa exclusão são diversos, sendo alguns
deles a alta mortalidade de muitas pessoas desses povos e a baixa escolaridade das
crianças e jovens.

Além disso, a cultura desses povos acaba por ser desvalorizada, consequência de um
preconceito que atravessou eras, desde a colonização. Essas comunidades são muito
ligadas a natureza de onde vivem, muitas vezes sobrevivendo através do extrativismo e
pequenas produções agrícolas. As suas tradições sofrem muita discriminação pela imagem
já criada do restante da população, que aprendem erroneamente a não aceitar o diferente,
em relação a elas.

Tanto a falta de acesso a recursos básicos quanto o preconceito com as tradições desses
povos causa problemas muito graves a essas populações. É necessário que para a
melhoria das condições de vida dessas comunidades, haja uma melhoria na infraestrutura
dos setores de saúde e educação, para que estes povos tenham acesso a essas
necessidades básicas. Além disso, é de suma importância o combate discriminação, por
meio de uma valorização significativa da cultura e dos direitos desses povos. Através
dessas medidas, a qualidade de vida dessas comunidades tão importantes para a história
do Brasil, pode apresentar uma melhoria significativa.