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Sociodiversidade e

Multiculturalismo:
Violência,
Tolerância/Intolerância
Ana Clara Raizer, Danielli Giovanella e Karine Walter
Sociodiversidade e Multiculturalismo
A existência de diferentes culturas e grupos sociais em um mundo globalizado nos
trouxe a questão de como construir uma sociedade democrática, plural e ao mesmo
tempo justa que concilia o direito à diferença e o direito à igualdade. Permite que
diferentes pessoas convivam com suas diferenças em contextos que superam a
violência, a hierarquia, a inclusão perversa, a subordinação, as desigualdades
econômicas e sociais e a exclusão cultural.

A diversidade social brasileira pode ser classificada como uma das mais ricas
variantes culturais.
Segundo o art. 5º "Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade". Apesar das políticas públicas para proteger os grupos sociais mais
vulneráveis, como: negros, indígenas, deficientes, mulheres e homossexuais,
imigrantes e idosos, ainda assim, sofrem exclusão e intolerância.
"Mais de um terço da população indígena do Brasil, ou 315 mil indivíduos, vive em áreas urbanas, de acordo com o
último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)."

Segundo a própria Organização das Nações Unidas, a população indígena mundial é estimada em cerca de 370
milhões, o que representa cerca de 5% da população mundial. Mas, de acordo com o entidade, eles representam
cerca de um terço da população mais pobre do mundo e sofrem de doenças, discriminação, perseguição, baixa
expectativa de vida, ameaças territoriais e falta de garantia de que seus direitos humanos sejam respeitados.

No Brasil, são quase 900 mil indígenas, 324 mil deles vivendo nas cidades. Uma das maiores dificuldades desta
parcela da população é a inserção no mercado de trabalho. O acesso à educação é apontado como um dos
caminhos mais eficientes para o enfrentamento deste problema.

A maioria dos índios tem dificuldades de arrumar emprego, porque o homem branco tem visão
distorcida.
-Kohalue Karajá

Na universidade nós somos invisibilizados, nos movimentos sociais nós somos invisibilizados,
em tudo nós somos invisibilizados.
-Michael Oliveira Baré Tikuna

https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2021/04/12/somos-invisibilizados-indigenas-denunciam-preconceito-nas-cidades.htm
https://www.to.gov.br/noticias/educacao-e-o-principal-caminho-para-a-insercao-do-indigena-no-mercado-de-trabalho/4jv3h9z3pl0i
“Eles são parte da nossa história, da nossa cultura e foram fundamentais no processo de colonização e isso é algo que
deve ser ensinado nas escolas, divulgado na mídia e, com certeza, a partir do momento que a sociedade brasileira
entender que os indígenas são parte do Brasil, da nossa história, com certeza muitos preconceitos, muita discriminação
com relação a essa população, será desconstruída."Ana Paula da Silva, pesquisadora do Programa de Estudos dos
Povos Indígenas (Pro Índio) da UERJ.

“Durante muito tempo, os indígenas foram apagados da contagem populacional. Só vão aparecer nos anos noventa
através do quesito cor e raça... Em 2010 nós vamos ter o primeiro Censo Indígena do Brasil. Então é um dado
importante que não dá mais pra negar: a presença indígena em cidades brasileiras". José Carlos Matos Pereira,
pesquisador do Programa de Memória dos Movimentos Sociais da UFRJ.

https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2021/04/12/somos-invisibilizados-indigenas-denunciam-preconceito-nas-cidades.htm

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