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Instituto Fratelli

PSICOTERAPIA DE
GRUPO E TCC
Profa. Dhâmaris Fonseca do Amarante
Psicóloga - CRP 11/17528
Terapeuta Cognitivo-Comportamental e Terapeuta Sexual
Especialista em Gênero e Sexualidade
O QUE SE ENTENDE,
PRIMEIRAMENTE, POR
PSICOTERAPIA DE GRUPO?
Pratt (tuberculose e Transtornos
Mentais);
Lazzel (Esquizofrenia);
Marsh (Psicóticos);
Moreno (Grupo de crianças);
Lewin (Pai da dinâmica de grupos,
estudos sistemáticos e rigorosos);
1970 - Início da TCC de grupos.

HISTÓRICO
(BECHELLI; SANTOS, 2004)
A psicoterapia de grupo surgiu
intuitivamente e foi adotada
empiricamente, tanto por Pratt quanto
por Moreno. Enriquecida pelos aportes
das teorias freudianas, dinâmicas de
grupo, entre outras, estabeleceram-se
seus fundamentos. Sua adaptação às
necessidades, no período da 2ª Grande

HISTÓRICO
Guerra Mundial, estimulou,
posteriormente, sua utilização na
população em geral.

(BECHELLI; SANTOS, 2004)


A psicoterapia de grupo surgiu,
desenvolveu-se e teve grande expansão
nos EUA. As principais revistas
científicas sobre o assunto procedem
desse país. O senso prático dos
americanos aliado, em certo momento, à
pressão exercida pelos planos de saúde
limitando o número de sessões para
reduzir os custos, estimulou o
desenvolvimento de técnicas de
psicoterapia breve, em nível individual e,
a seguir, também em de grupo.
Adaptando-se a esta condição, serviços

HISTÓRICO
de saúde pública passaram a
desenvolver programas preventivos em
determinadas doenças, por exemplo,
depressão pós-parto, durante 4 a 12
semanas e utilizando a terapia de grupo.
(BECHELLI; SANTOS, 2004)
Nos últimos 10 ou 15 anos, técnicas
diversas desta modalidade de
tratamento têm sido desenvolvidas para
o atendimento de populações
específicas de pacientes, com as mais
diversas condições médicas e sociais,
como por exemplo: transtorno
obsessivo-compulsivo, transtorno de
estresse pós-traumático, distimia,
pacientes com história de trauma
catastrófico, mulheres com história de
abuso sexual na infância, depressão pós-

HISTÓRICO
parto.
Esta tendência evidencia o interesse
crescente e a mudança marcante em
direção a uma maior especificidade de
tratamento.

(BECHELLI; SANTOS, 2004)


Grupos com participantes sofrendo da
mesma condição facilitam a
identificação, a revelação de
particularidades e intimidades, o
oferecimento de apoio ao semelhante, o
desenvolvimento de objetivo comum, e
a resolução das dificuldades e dos
desafios que se assemelham. Ao mesmo
tempo, reduz o isolamento social e
possível estigma, associado,

HISTÓRICO dependendo da gravidade da doença, ao


padecimento que a própria pessoa se
impõe.

(BECHELLI; SANTOS, 2004)


Todos os grupos contêm, em princípio,
os mesmos ingredientes, os quais
podem ser empregados em diferentes
combinações. Nesse sentido, novos
modelos de grupo têm sido propostos:
intervenção em situações de crises,
problemas interpessoais, história
recorrente de depressão, vítimas de

HISTÓRICO desastres e outras condições

(BECHELLI; SANTOS, 2004)


O QUE É TERAPIA
EM GRUPO?
É um tipo de terapia que ocorre a
partir de quatro pessoas, nos quais
se reúnem com demandas
parecidas e relacionadas.
Para ocorrer, é preciso haver um
ou dois terapeutas, com duração
de 1h30, 2h.
(YALOM, 2007)
O QUE É TERAPIA
EM GRUPO?
O terapeuta desenvolve, organiza e
traz novas ideias para lidar com as
queixas que surgem junto ao grupo.
O terapeuta pode sugerir tópicos
ligados ao que está sendo discutido,
porém, geralmente são abordados
temas de livre escolha dos pacientes e
variam de acordo com os desejos e
dores destes.

(YALOM, 2007)
OS FATORES Fator 1 – Instilação de esperança
TERAPÊUTICOS NA
PSICOTERAPIA DE GRUPO
A esperança possibilita ao participante perceber
que outras pessoas que enfrentam os mesmos
(SANTOS, 2012; YALOM, 2006) problemas estão apresentando melhora, o que
faz com que o sujeito tenha confiança em sua
própria melhora.
O terapeuta pode favorecer esse mecanismo
através da psicoeducação, reforçando-os as
expectativas positivas, compartilhando
informações a respeito dos benefícios da terapia
e grupo e corrigindo preconceitos quanto a essa
modalidade. Além disso, pode periodicamente
chamar a atenção para os avanços obtidos por
cada membro.
OS FATORES Fator 2 – Universalidade
TERAPÊUTICOS NA
PSICOTERAPIA DE GRUPO
A terapia de grupo é uma excelente oportunidade
de entrar em contato com pessoas que
(SANTOS, 2012; YALOM, 2006) apresentam preocupações semelhantes.

Isso diminui o isolamento, a vergonha e o


estigma, validando os sentimentos, pensamentos
e demais problemas apresentados por eles. O
terapeuta cumpre um papel fundamental nesse
fator, ao favorecer entre os membros do grupo
movimentos que envolvam compartilhamento de
experiências e autorrevelação dos participantes.
OS FATORES Fator 3 – Compartilhamento de informações
TERAPÊUTICOS NA
PSICOTERAPIA DE GRUPO
A psicoeducação é uma parte importante dos
programas de psicoterapia em grupo, pois a
(SANTOS, 2012; YALOM, 2006) explicação e o esclarecimento funcionam em
parte como agentes terapêuticos. O
compartilhamento de informações pode envolver
a instrução didática sobre saúde mental,
transtornos mentais ou outros temas necessários.
Os membros se beneficiam ao aprenderem sobre
o funcionamento psíquico ou sobre alguma
demanda que seja tema da discussão.
OS FATORES Fator 4 – Altruísmo
TERAPÊUTICOS NA
PSICOTERAPIA DE GRUPO
Nos grupos de terapia, os membros ganham por
darem, não apenas por receberem ajuda. A
(SANTOS, 2012; YALOM, 2006) experiência de perceberem que podem ter
contribuído para outra pessoa pode ser
considerada renovadora para a autoestima dos
participantes. O formato da terapia de grupo é
interessante por proporcionar esse contato e a
oportunidade de ajudar outras pessoas.
OS FATORES Fator 5 – Recapitulação corretiva do grupo familiar
TERAPÊUTICOS NA primário

PSICOTERAPIA DE GRUPO Na terapia de grupo existe a possibilidade de os


membros reviverem e recapitularem padrões
(SANTOS, 2012; YALOM, 2006)
comportamentais semelhantes aos que
apresentavam grupo familiar primário. Os líderes
e outros membros podem ser vistos como figuras
parentais, o que produz reações associadas a
essas figuras. Os conflitos familiares revividos na
terapia de grupo devem ser conduzidos de modo
que sejam corrigidos através de pontuação dos
outros membros e do terapeuta.
OS FATORES Fator 6 – Desenvolvimento da socialização
TERAPÊUTICOS NA
PSICOTERAPIA DE GRUPO A aprendizagem de habilidades sociais é um
elemento muito presente nas terapias de grupo.
(SANTOS, 2012; YALOM, 2006)
Lidar com o ambiente grupal favorece o
desenvolvimento de habilidades que muitas vezes
são o objetivo do tratamento. Essas habilidades,
como resolução de conflitos e expressão de
empatia, são importantes tanto para o processo
no grupo, quanto para interações sociais
externas.
OS FATORES Fator 7 – Comportamento imitativo
TERAPÊUTICOS NA
PSICOTERAPIA DE GRUPO
os membros podem se beneficiar observando e
imitando os outros a lidarem com seus
(SANTOS, 2012; YALOM, 2006) problemas, e até mesmo experimentarem outros
comportamentos que não apresentariam em seu
repertório pessoal.
A partir dessa constatação, ressalta-se o papel do
terapeuta em propiciar espaços para que todos
possam compartilhar experiências e estratégias
utilizadas para lidarem com as questões e
demandas debatidas.
OS FATORES Fator 8 – Aprendizagem interpessoal
TERAPÊUTICOS NA
PSICOTERAPIA DE GRUPO
Os membros passam a manifestar
comportamentos interpessoais mal adaptativos
(SANTOS, 2012; YALOM, 2006) no grupo. Isso possibilita que sejam entendidos
na dinâmica de interação, identificados e
corrigidos pelo grupo.
É de fundamental importância que o terapeuta
propicie uma atmosfera grupal que possibilite
interações espontâneas o desenvolvimento
autêntico desse microcosmo, de modo que essas
questões problemáticas possam vir à tona, sejam
expressas abertamente e corrigidas pelos demais
membros.
OS FATORES Fator 9 – Coesão grupal
TERAPÊUTICOS NA
PSICOTERAPIA DE GRUPO
A coesão grupal diz respeito ao sentimento de
pertencer a um grupo. Ela é entendida como a
(SANTOS, 2012; YALOM, 2006) atração de um grupo por seus membros. É um
mecanismo importante, pois ter afinidade com
seus membros facilita a aceitação dos demais,
além de possibilitar o estabelecimento de
relacionamentos mais profundos com os outros.
OS FATORES Fator 10 – Catarse
TERAPÊUTICOS NA
PSICOTERAPIA DE GRUPO
A expressão de emoções e a identificação com as
emoções dos outros membros favorece a
(SANTOS, 2012; YALOM, 2006) liberação e elaboração compartilhadas. Nesse
sentido, a catarse é entendida como um fator
importante em todo o grupo. Ela pode possibilitar
a formação de vínculo entre os membros. Além
disso, é importante que a expressão emocional
seja acompanhada de uma reflexão sobre a
experiência.
OS FATORES Fator 11 – Fatores existenciais
TERAPÊUTICOS NA
PSICOTERAPIA DE GRUPO
O grupo é um importante cenário para
abordagem dos grandes temas existenciais (como
(SANTOS, 2012; YALOM, 2006) a doença e a morte). Isso pode auxiliar as pessoas
a lidarem com essas questões, uma vez que a
troca de experiências sobre o assunto possibilita
uma percepção mais ampla a respeito desses
temas.
PSICOTERAPIA DE
GRUPO
TERAPEUTA: Responsável pela condução
do grupo no que diz respeito a tomada de
decisões e apresentação do material e do
trabalho. Assume a função de manter o
grupo focado nas metas.
COTERAPEUTA: Observa as relações e
interações grupais.
A responsabilidade pelo registro das
sessões, planejamento e organização, é
função de ambos.
PROCESSO GRUPAL: Rede complexa de
interações interpessoais entre membros,
nas suas carcacterísticas pessoais e
interação.
PSICOTERAPIA DE
GRUPO
Atualmente, a psicoterapia em grupo é
uma das possibilidades de tratamento
existentes.
Um paciente pode ser indicado para o
tratamento em grupo juntamente com
outras modalidades.
Além do grupo, modalidades como
terapia de família, de casal e individual
podem ser indicadas como tratamentos
alternativos ou complementares.
É importante que o profissional esteja
preparado para avaliar e justificar a
melhor alternativa de tratamento para o
paciente.
(Neufeld & Rangé, 2017)
TIPOS DE TERAPIA DE
GRUPO
Grupos temáticos
(ressignificar traumas);
Grupos de suporte (foco a
reintegração da pessoa nos
lugares em que vivia);
Grupos psicoeducacionais;
Grupos cognitivo-
comportamentais.
TCC EM GRUPOS -
HISTÓRICO

A TCC aplicada a grupos iniciou por volta


de 1955, poucos anos após a primeira
proposta da terapia racional emotiva,
idealizada por Ellis;

Assim como a prática individual, a TCC


aplicada a grupos foram também
realizadas com pacientes deprimidos,
posteriormente expandido para outros
transtornos mentais (desde a transtornos
de ansiedade a esquizofrenia).

(Neufeld & Rangé, 2017)


TCC EM GRUPOS -
HISTÓRICO

Na segunda metade da década de 1970,


houveram resultados positivos na
redução da sintomotologia inicial de
pacientes deprimidos, sendo estes
resultados superiores a outras
abordagens terapêuticas e também ao
uso de antidepressivos.

(Neufeld & Rangé, 2017)


TCC EM GRUPOS -
HISTÓRICO
O fator especial que abriu espaço para a
TCCG nos cuidados com a saúde foi a
diminuição dos custos do tratamento, já
que se trata de uma terapia breve, em
que um dos dois terapeutas são
responsáveis pelos cuidados oferecidos e
um grupo de 6 a 8 pacientes
simultaneamente, em vez de apenas um,
como acontece no tratamento individual;

Há o indicativo de que a intervenção de


grupo se mostrou mais apropriada no
tratamento do Transtorno de Ansiedade
Social (TAS) do que individualmente.
(Neufeld & Rangé, 2017)
TCC EM GRUPOS -
HISTÓRICO - BRASIL

A prática da TCC no Brasil ocorreu por


volta da década de 1980, com um grupo
de professores universitários que entrou
em contato com a abordagem por meio
da participação em eventos internacionais
e do acesso à literatura;

Ao logo dos mais de 30 anos, cresceu no


País não só a abordagem, mas também a
modalidade de intervenção em grupo.

(Neufeld & Rangé, 2017)


TCC EM GRUPOS -
HISTÓRICO - BRASIL

Os primeiros grupos em TCC realizados


no Brasil que tiveram seus dados
publicados foram do tipo: treinamento e
terapêutico;

As primeiras publicações sobre grupos


terapêuticos foram realizadas por Eliane
Falcone, em 1989, com pacientes com
Ansiedade Social.

(Neufeld & Rangé, 2017)


ASPECTOS TEÓRICOS E
TÉCNICOS E O PROCESSO EM
TCCG
Abordagem fundamentalmente
fenomenológica, no qual se compreende
que características sintomáticas ou
metas principais devem ser comuns
entre os participantes.

Em TCCG, devem ser proporcionados


aos participantes ocasiões para que

ASPECTOS TEÓRICOS
estes possam aprender e práticar
comportamentos e cognições.

(NEUFELD & RANGÉ, 2017)


OBJETIVOS DA TCCG

Estimulação cognitiva: "O que está


passando pela sua cabeça agora?";
Restruturação Cognitiva: Modificar
crenças;
Feedback e aconselhamento entre os
membros;
Crenças Condicionais - Testagem e
ASPECTOS TEÓRICOS Hipóteses;
Crenças Centrais - Autoavaliação.

(NEUFELD & RANGÉ, 2017)


ESTRUTURAS DAS
SESSÕES EM TCCG
O grupo também tem suas
sessões estruturadas e
geralmente é baseado em
protocolo e cronograma
preestabelecidos. Isso não
significa que as sessões não
possam ser flexíveis, caso
necessário ou que os conteúdos
não possam ser mais bem
adaptados aos participantes em
questão.
(NEUFELD & RANGÉ, 2017)
ESTRUTURAS DAS
SESSÕES EM TCCG
4 Aspectos importantes:

1- Revisão da tarefa de casa, do


humor e na semana;
2- Apresentação de novas
informações ou discussão do
objetivo na seguinte sessão;
3- Prática dos conteúdos
discutidos;
4- Planejamento da tarefa de casa
para a próxima sessão.
(NEUFELD & RANGÉ, 2017)
ESTRUTURAS DAS
SESSÕES EM TCCG
Analisar a continuidade e
andamento do tratamento;

Plano de ação focado no


problema.

(NEUFELD & RANGÉ, 2017)


ESTÁGIOS DA TCCG

PRÉ-GRUPO:

Planejamento do processo de
intervenção e a formação do
grupo.
ESTÁGIOS DA TCCG
ESTÁGIO INICIAL:

Instalar a estrutura inicial;


Fornecer orientações;
Explorar expectativas e
características dos membros do
grupo;
Ansiedade dos integrantes;
Acolhida e estabelecimento do
vínculo - Rapport.
ESTÁGIOS DA TCCG
ESTÁGIO SECUNDÁRIO:

Transição;
Resistências e Dificuldades;
Plano de Metas.
ESTÁGIOS DA TCCG
ESTÁGIO TERCIÁRIO:

Intervenções específicas;
Estágio de trabalho;
Manutenção e reforço da coesão
grupal;
Intervenções típicas.
ESTÁGIOS DA TCCG
ESTÁGIO QUATERNÁRIO:

Estágio final;
Consolidação das aprendizagem;
Prevenção de recaídas;
Sondar questões relacionadas a
ansiedade em relação ao
término;
Indicação de outros recursos;
Término do grupo.
ESTÁGIOS DA TCCG
PÓS-GRUPO:

Acompanhamento e avaliação
dos pacientes;
Encorajamento;
Avaliação do desfecho pelos
terapeutas (coterapeutas).
MODALIDADES DE GRUPOS
EM TCCG
Grupos de Apoio
São voltados para sintomas crônicos que passaram por
intervenção ou para quem está em tratamento, sejam
cuidadores, sejam pacientes;
Geralmente são grupos abertos, com cerca de mais ou
menos 15 membros e funcionam bem em ambulatórios;
Com sessões semanais, os conteúdos e demandas da
sessão são instituídos pelos pacientes;
Apesar da vantagem de em relação ao número de
participantes e à flexibilidade na estrutura e na
composição de grupo, é a modalidade com menos
literatura em TCCG. (Neufeld & Rangé, 2017)
MODALIDADES DE GRUPOS
EM TCCG
Grupos de Psicoeducação
O objetivo principal é oferecer informações e
autoconhecimento sobre os sintomas, demandas ou
transtornos dos participantes, que vão desde a natureza
do problema até os tratamentos disponíveis e
prognósticos;
Pode ser realizado com um número maior de
participantes (mais de 15), mas tem sessões mais
estruturadas, semanais, pautadas na psicoeducação e na
resolução de problemas;
Costumam ocorrer em um período mais curto, entre 4 e
6 semanas. (Neufeld & Rangé, 2017)
MODALIDADES DE GRUPOS
EM TCCG
Grupos de Treinamento e/ou Orientação
Esses grupos visam orientar e treinar os participantes
para que atinjam mudanças cognitivas, comportamentais
e emocionais;
Os grupos são fechados, com sessões semanais, não
excedendo 15 participantes, ocorrendo em mais de 8
sessões;
Nesse modelo as técnicas cognitivas e comportamentais
são mais utilizadas, com maior foco em exercícios para
casa, além de se aprofundarem no modelo cognitivo e
de reestruturação cognitiva. (Neufeld & Rangé, 2017)
MODALIDADES DE GRUPOS
EM TCCG
Grupos Terapêuticos

Trabalham com ações estruturadas voltadas para


demandas específicas;
Tem configuração fechada, com sessões semanais,
geralmente não ultrapassando os 12 integrantes e com
duração mínima de 12 sessões;
Constituem a maioria dos estudos da literatura em
TCCG.

(Neufeld & Rangé, 2017)


FOCO NA TAREFA
Otimiza para que o grupo faça
ótimo uso de sua energia
construtiva;
Um grupo harmônico possui
focalização na tarefa;
O condutor/terapeuta deve
determinar seus próprios
métodos para atingir o foco na
tarefa que transmita um senso
completo de empatia e
preocupação.
MODELO COGNITIVO PARA
TERAPIA DE GRUPO
Foco: interação dos pensamentos, sentimentos e
comportamentos;
Pensamentos: Conteúdos mentais vivenciados
pelos indivíduos, representado por imagens,
representação, percepção, raciocínio, atenção e
atribuições de sentidos;
Sentimentos: Experiências emocionais contínuas
dos indivíduos.
Comportamentos: Ações ou atitudes realizadas
pelos indivíduos, passíveis de observação desde
o micro ao macro.
MÉTODOS UTILIZADOS EM TCCG
Registro de Pensamentos Automáticos (RPD):
Identificação de pensamentos, sentimentos e
comportamentos.
Contestação de Pensamentos: Contestar seus
próprios pensamentos, no que diz respeitos aos
sintomas clínicos comportamentais
desadaptativos;
Monitoração do Humor: Pede-se ao paciente
para classificar como se sente regularmente;
Hierarquia Emergente: Pacientes devem
identificar os estímulos que os fazem sentir
ansiosos e classificá-los do menos ao mais
ameaçador.
MÉTODOS UTILIZADOS EM TCCG
Monitoração de atividades: Registro de
atividades almejadas em certo período de tempo,
geralmente uma semana;
Resolução de Problemas: Processo pelo qual o
grupo gera respostas adaptativas aos problemas
imediatos;
Treinos de Relaxamento: Habilidades ensinadas
para a flexibilização dos momentos de crise;
Avaliação do Risco: Auxiliar para que se
enxergue quais são realmente as origens da
ameaça/risco.
MÉTODOS UTILIZADOS EM TCCG

Protocolo de Tratamento: Conjunto de


habilidades clínicas que orientam o paciente e
terapeuta em seu desenvolvimento;

Prevenção de Recaída: Abordar as problemáticas


da vida em relação as situações vivenciadas,
proporcionando um conjunto sólido de
resolutividade destas, sem almejar uma cura.
NOÇÕES GERAIS DE
TÉCNICAS DE GRUPO
Técnicas de Apresentação
É utilizado em grupos que não se
conhecem, mas pode ser realizado
quando o objetivo é que os
integrantes tenham um conhecimento
mútuo maior entre si. podendo ser
aplicada a qualquer contexto.

Ex: Super Herói; apresentação inversa,


brasão... (Neufeld & Rangé, 2017)
NOÇÕES GERAIS DE
TÉCNICAS DE GRUPO
Técnicas de Integração
Momento em que os participantes podem
aprender realmente a trabalhar em grupo,
interagindo e descobrindo as melhores
estratégias de se comportar com essas
pessoas que realizarão as atividades,
tornando-se capaz de exprimir os mais
diversos sentimentos em relação ás
atividades e àqueles que estejam a sua
volta, sem perder sua indivualidade dentro
do grupo. São melhores para o contexto
educacional. (Neufeld & Rangé, 2017)

Ex: Teste de Sobrevivência


NOÇÕES GERAIS DE
TÉCNICAS DE GRUPO
Técnicas de Sensibilização

São atividades realizadas com a


finalidade de aquecer e/ou preparar o
grupo para uma atividade, podendo
ser nomeadas dessa forma.

Ex: Dinâmica das emoções

(Neufeld & Rangé, 2017)


NOÇÕES GERAIS DE
TÉCNICAS DE GRUPO
Técnicas para Fomentar Liderança
Finalidade de desenvolvimento ou
compreensão do assunto pelos
participantes do grupo, esta pode ser
melhor aplicada em grupos de nível
educacional, institucional, comunitário
e esportivo.

Ex: Tribunal (Neufeld & Rangé, 2017)


NOÇÕES GERAIS DE
TÉCNICAS DE GRUPO
Técnicas Focada na Tarefa
São todas as atividades principais dos
encontros e procuram trabalhar as
temáticas centrais para os quais o
grupo foi organizado.

Ex: Balão do preconceito

(Neufeld & Rangé, 2017)


NOÇÕES GERAIS DE
TÉCNICAS DE GRUPO
Técnicas de Encerramento
Conjunto de atividades que podem ser
utilizadas nos diferentes níveis de
grupos.

Ex: Resumo em palavra.

(Neufeld & Rangé, 2017)


NOÇÕES GERAIS DE
TÉCNICAS DE GRUPO
Técnicas de Treinamento e Desenvolvimento
visa trabalhar o desenvolvimento de
determinadas habilidades (aquelas que
forem descritas como objetivos do grupo).
Sua principal característica é que os
participantes possam se desenvolver na
situação grupal e generalizar esses
comportamentos para outros contextos.
Normalmente, elas estão relacionadas com
uma temática específica dentro desse
treinamento.
(Neufeld & Rangé, 2017)
Ex: Dramatização em cena
NOÇÕES GERAIS DE
TÉCNICAS DE GRUPO
Técnicas Ludopedagógicas
Também chamadas de "jogos", esta
tem a finalidade de descontrair e/ou
dinamizar os grupos.

ex: Quem sou eu?; Imagem e Ação;


Baralho das emoções; baralho do
autoconhecimento...
(Neufeld & Rangé, 2017)
NOÇÕES GERAIS DE
TÉCNICAS DE GRUPO
Técnicas de Relacionamento Interpessoal
Esse conjunto de atividades em geral
se preocupa com a questão de
habilidades necessárias para o
relacionamento entre pessoas. Pode
ser utilizado em todos os níveis de
modalidades grupais, bem como em
diferentes momentos.

Ex: Dramatização em cena, dinâmica


(Neufeld & Rangé, 2017)
do abraço...
NÃO ESQUECER...
Estabelecimento do empirismo
colaborativo, no qual terapeuta e cliente
estão trabalhando juntos para alcançar os
melhores resultados possíveis;
O estabelecimento da Agenda;
O feedback, para compreensão do
retorno do processo como um todo;
O estabelecimento dos objetivos
terapêuticos;
O Plano de Ação (Tarefa de casa), no qual
serão testadas as hipótese das
experiências de vida, observando o que
pode ser útil e verdadeiro para o cliente.
NÃO ESQUECER...
A psicoeducação, tanto para a
compreensão do modelo cognitivo,
quanto da explicação de questões
importantes do tratamento psicológico;

O Questionamento Socrático, com o


intuito de revelar os pressupostos
subjacentes.

Usar a criatividade!
INDICAÇÕES
REFERÊNCIAS
BECHELLI, L. P. C.; SANTOS, M. A. PSICOTERAPIA DE GRUPO: COMO SURGIU E EVOLUIU. Rev Latino-am Enfermagem
2004 março-abril; 12(2):242-9.
BECK, J. S. Terapia Cognitivo-Comportamental: teoria e prática. Tradução ROSA, S. M. Revisão técnica: KNAPP, P.; MEYER, E.
2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2013.
COGNITIVO. 11 Técnicas de Terapia Cognitivo-Comportamental muito utilizadas. Atualizado em Agosto de 2019. Disponível
em: <https://blog.cognitivo.com/tecnicas-cognitivo-comportamentais/>. Acesso em: 23 de julho de 2023.
EUREKKA. Terapia em grupo: o que é, tipos, benefícios e como começar. Disponível em: https://blog.eurekka.me/terapia-em-
grupo/#:~:text=com%20a%20Eurekka-,O%20que%20%C3%A9%20terapia%20em%20grupo%3F,e%20meia%20e%20duas%2
0horas. Acesso em: 22 de julho de 2023.
NEUFELD, C. B.; RANGÉ, B. P. Terapia Cognitivo-comportamental em grupos: das evidências à prática. Porto Alegre: Artmed,
2017.
SANTOS, L. F. et al. Fatores terapêuticos em grupo de suporte na perspectiva da coordenação e dos membros do grupo. Acta
paul. enferm., São Paulo , v. 25, n. 1, p. 122-127, 2012 .
YALOM, I. D.; LESZEZ, M. Psicoterapia de grupo: teoria e prática. Porto Alegre, Artmed: 2006.
Yalom, Irvin D. Psicoterapia de grupo : teoria e prática [recurso eletrônico] / Irvin D. Yalom, Molyn Leszcz ; tradução Ronaldo
Cataldo Costa. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre : Artmed, 2007.
Profa. Dhâmaris Fonseca do Amarante
Psicóloga - CRP 11/17528
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Especialista em Gênero e Sexualidade

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