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Capítulo 5
Especiação
Uma das principais ideias que guia essas decisões é o conceito biológico de espécie.
Se indivíduos de uma mesma população podem se intercruzar, mas não podem cruzar
com indivíduos de outras populações, eles constituem um grupo distinto no qual ocorre
fluxo gênico, ou seja, eles são unidades evolutivas independentes. Essas unidades
evolutivas independentes são chamadas de espécies.
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Espécie
Há mais de 200 anos, o biólogo sueco Carolus Linnaeus descreveu centenas de
espécies, desenvolvendo um sistema para nomeá-las, que é utilizado até hoje. Como
nada se sabia sobre as relações evolutivas dos organismos que Linnaeus estava
nomeando, ele os classificou com base em suas aparências; em outras palavras, utilizou
o conceito morfológico de espécie. Em muitos casos, espécies que foram reconhecidas
com base em sua morfologia mostraram ser unidades evolutivas independentes.
Atualmente, as espécies continuam sendo identificadas por seu aspecto morfológico,
embora, com frequência, também sejam utilizados dados moleculares.
Uma definição de espécie que tem sido utilizada por muitos biólogos é o conceito
biológico de espécie, proposto por Ernst Mayr, em 1942.
Especiação
A especiação é um evento evolutivo em que ocorre a formação de novas espécies.
Esse evento é marcado pelo isolamento reprodutivo entre populações de uma linhagem.
Especiação alopátrica
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Esquema de especiação alopátrica em uma população de besouros.
A efetividade de uma barreira para impedir o fluxo gênico depende, entre outras
coisas, do tamanho e da mobilidade da espécie em questão. Uma barreira intransponível
para uma lesma terrestre pode ser totalmente desprezível para uma borboleta ou um
pássaro. Populações de plantas polinizadas pelo vento estão isoladas pela distância
máxima que seu pólen atinge ao ser transportado pelo vento, embora as plantas estejam
isoladas, individualmente, por distâncias bem menores. Entre as plantas polinizadas por
animais, a amplitude da barreira é determinada pela distância a qual os animais
percorrem transportando pólen. Mesmo animais com grande capacidade de dispersão
tendem a ser relutantes em cruzar faixas estreitas de hábitat inóspito. Para animais que
não podem nadar ou voar, até pequenos cursos-d'água podem ser barreiras efetivas.
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Especiação simpátrica
A especiação simpátrica ocorre sem que haja separação geográfica de uma
população. Ela pode ocorrer, por exemplo, quando a seleção natural atua em duas
direções opostas ao mesmo tempo, ou seja, favorecendo dois fenótipos diferentes ao
mesmo tempo. Assim, mesmo sem o isolamento geográfico, pode ocorrer especiação
dentro da população.
A poliploidia pode criar novas espécies mais facilmente entre as plantas do que entre
os animais, uma vez que várias espécies de plantas podem reproduzir-se por auto-
fecundação. Estima-se que cerca de 70% das angiospermas e 95% das espécies de
pteridófitas são poliploides. A maioria dessas espécies surgiu como resultado da
hibridização entre duas espécies, seguida por autofecundação.
SAIBA MAIS
Anagênese e cladogênese
A cladogênese, por sua vez, ocorre quando uma espécie dá origem a duas ou
mais espécies. Isso pode acontecer quando uma população de uma mesma
espécie é dividida por uma barreira geográfica. Por causa da separação, a
seleção natural vai atuar de maneiras diferentes em cada população, de modo
que serão acumuladas características distintas em cada uma, podendo resultar
em alterações anatômicas e funcionais que impeçam a reprodução entre as duas
populações. Assim, pela ausência de fluxo gênico entre elas, duas espécies
diferentes podem ser originadas com o passar do tempo.
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TOME NOTA
Mecanismos de isolamento
reprodutivo
Os processos evolutivos ocorridos em duas ou mais populações, estejam elas isoladas
geograficamente ou não, levam ao acúmulo de diferenças entre elas, o que pode
ocasionar o isolamento reprodutivo. Assim, sem conseguir trocar genes, essas
populações se tornam espécies distintas.
Barreiras pré-zigóticas
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Exibição de macho da família Pipridae para fêmea, em ritual de acasalamento.
Barreiras pós-zigóticas
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A esterilidade do híbrido é um dos mecanismos de isolamento reprodutivo pós-zigótico.
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LEITURA COMPLEMENTAR
O ornitólogo Jürgen Haffer formulou, em 1969, a teoria dos refúgios florestais. Sua
influência reverbera na academia até hoje
[...]
Haffer percebeu que a elevação dos Andes não poderia ter sido a única
responsável, nem a mais importante variável, para explicar a incrível diversidade
de aves na Amazônia. Haffer passou a defender que a origem da biodiversidade
amazônica se devia às flutuações climáticas no globo durante o período
Pleistoceno, os últimos 2,5 milhões de anos, quando ocorreram ao menos dez
eras glaciais.
[...]
MOON, Peter. O alemão que intuiu o passado da Amazônia. O eco, 15 mar. 2020. Disponível em: https://
www.oeco.org.br. Acesso em: 28 jun. 2021.
ATIVIDADES ESSENCIAIS
Questão 01
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O esquema ilustra uma população de insetos separada em duas novas populações por
uma barreira geográfica. Com o passar de milhares de anos, as novas populações
adquirem diferenças entre si.
a) especiação.
b) hibridização.
c) deriva genética.
d) convergência evolutiva.
Questão 02
A afirmação “os seres humanos e os macacos possuem um ancestral comum” corrobora a
ideia da especiação por
a) mutação.
b) anagênese.
c) cladogênese.
d) partenogênese.
e) convergência evolutiva.
Questão 03
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Duas espécies de plantas intimamente relacionadas (do mesmo gênero) são encontradas
em uma floresta, produzem flores na mesma época e partilham os mesmos
polinizadores. No entanto, mesmo que ocorra polinização entre indivíduos das duas
espécies, não haverá produção de frutos e sementes. Que tipo de barreira reprodutiva
mantém essas espécies separadas na natureza?
Questão 04
Sabendo-se que existem diferentes formas de definir espécie, assinale a opção que
apresenta corretamente seu conceito biológico.
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ATIVIDADES PROPOSTAS
Questão 01
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Leia o trecho extraído do livro O maior espetáculo da Terra, do biólogo evolutivo e
escritor britânico Richard Dawkins.
“… imaginemos que toda a terra firme fosse reunida em um imenso continente no meio
de um mar sem outros acidentes geográficos. Não há ilhas perto da costa, nem lagos ou
cordilheiras em terra: nada para quebrar a monótona, uniforme vastidão. Em um mundo
assim, um animal pode ir facilmente de uma parte a qualquer outra, limitado apenas
pela distância, jamais tolhido por barreiras inóspitas. Esse não é um mundo favorável à
evolução. A vida na Terra seria uma tremenda chatice se não houvesse ilhas.”
Questão 02
Do cruzamento entre plantas de trigo de Triticum turgidum (28 cromossomos) e de
Triticum tauschii (14 cromossomos) surgiu um indivíduo estéril de 21 cromossomos.
Erros no processo meiótico deste híbrido permitiram o surgimento do Triticum sativum
(42 cromossomos) em um evento que denominamos de especiação por poliploidia.
a) alopátrica.
b) simpátrica.
Questão 03
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De acordo com evidências científicas, novas espécies surgem normalmente por
diversificação de uma espécie ancestral, por meio de dois diferentes processos: a
especiação alopátrica e a especiação simpátrica. Sobre especiação, analise os seguintes
eventos:
a) III, I e II.
b) II, III e I.
c) I, II e III.
d) I, III e II.
e) III, II e I.
Questão 04
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O esquema a seguir se refere a dois modelos de especiação (A e B).
II. O modelo A representa especiação por anagênese, que envolve seleção natural e
adaptação a modificações graduais nas condições ambientais.
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) III, apenas.
d) I e III, apenas.
e) II e III, apenas.
Questão 05
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Analise as informações a seguir, relacionadas aos mecanismos de isolamento
reprodutivo.
III. As fêmeas de vaga-lumes não respondem aos sinais de luz emitidos pelos machos
de outras espécies.
Questão 06
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Sobre isolamento reprodutivo, avalie as afirmações a seguir.
I. Os machos das espécies Rana sylvatica e Rana pipiens possuem sons diferentes e
específicos que atraem somente as fêmeas da mesma espécie, esse é um exemplo
de isolamento reprodutivo etológico ou comportamental.
a) I.
b) I e III.
c) III e IV.
d) I, II e IV.
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ATIVIDADES DE APROFUNDAMENTO
Questão 01
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(ENEM) O processo de formação de novas espécies é lento e repleto de nuances e
estágios intermediários, gerando uma diminuição da viabilidade entre cruzamentos.
Assim, plantas originalmente de uma mesma espécie que não cruzam mais entre si
podem ser consideradas como uma espécie se diferenciando. Um pesquisador realizou
cruzamentos entre nove populações – denominadas de acordo com a localização onde
são encontradas – de uma espécie de orquídea (Epidendrum denticulatum). No diagrama
estão os resultados dos cruzamentos entre as populações.
FIORAVANTI, C. Os primeiros passos de novas espécies: plantas e animais se diferenciam por meio de
mecanismos surpreendentes. Pesquisa Fapesp, out. 2013. (adaptado)
Questão 02
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Na região ilustrada a seguir existem três populações, A, B e C, formadas por centenas de
roedores. As populações estão isoladas, geograficamente, por uma cordilheira e um rio.
Cruzamento II: 25% dos descendentes morriam nos primeiros dias e os demais, quando
adultos, eram férteis.
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Questão 03
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(Enem) Uma população (momento A) sofre isolamento em duas subpopulações
(momento B) por um fator de isolamento I. Passado um tempo, essas subpopulações
apresentam características fenotípicas e genotípicas que as distinguem (momento C),
representadas na figura pelas tonalidades de cor. O posterior desaparecimento do fator
de isolamento I pode levar, no momento D, às situações D1 e D2.
Questão 04
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Recentemente, uma nova espécie de caramujo aquático foi descrita para a América do
Norte. Os pesquisadores estavam estudando o que acreditavam se tratar de duas
populações de uma espécie bem conhecida, quando observaram que os indivíduos da
população A apresentavam características morfológicas diferentes daquelas observadas
nos indivíduos da população B. Para confirmar que a população A representava uma
nova espécie, os pesquisadores analisaram e compararam o DNA dos indivíduos
provenientes das duas populações e provaram, por meio de experimentos de
laboratório, que esses indivíduos não são capazes de se acasalar. As diferenças
observadas no DNA e o fato de os indivíduos das duas populações não terem acasalado
e, portanto, não gerarem descendentes férteis foram interpretados pelos cientistas como
provas de que essas duas populações correspondem a duas espécies diferentes.
III. Por meio de mutações no DNA e da ausência de fluxo gênico, alelos diferentes vão
sendo fixados nas duas populações, levando à formação de duas espécies
diferentes.
a) I, II e V.
c) I, III, IV e V.
d) III, IV e V.
e) I, II, III, IV e V.
ATIVIDADES DISCURSIVAS
Questão 01
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(FCMSCSP-Adaptada) Na América do Norte existem duas subespécies de corujas
manchadas, a coruja manchada do norte (Strix occidentalis caurina) e a coruja manchada
mexicana (Strix occidentalis lucida), que vivem em áreas geográficas diferentes.
a) Com base somente nas informações apresentadas no texto, qual tipo de especiação
originou essas duas subespécies de corujas? O que caracteriza esse tipo de
especiação?
Questão 02
(UNICAMP) As figuras a seguir mostram o isolamento, por um longo período de tempo, de
duas populações de uma mesma espécie de planta, em consequência do aumento do
nível do mar pelo derretimento de uma geleira.
PURVES, W. K. et al. Vida: a ciência da Biologia. Artmed Ed., 2005. p. 416. (adaptado)
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Capítulo 6 - Classificação dos seres vivos Anotações e destaques Detalhes
Capítulo 6
Coleção de aves do Museu Nacional de História Natural, localizado em Washington, nos EUA.
O primeiro sistema de classificação com critérios mais robustos foi aquele proposto
no século XVIII pelo cientista sueco Carolus Linnaeus, ou simplesmente Lineu. Além de
organizar os seres vivos com base em uma grande quantidade de características
anatômicas, Lineu também propôs um sistema de nomenclatura, que facilitou bastante a
comunicação entre os cientistas e a compreensão da biodiversidade.
Com o avanço da Sistemática, ramo da Biologia que tem como objetivo classificar os
seres vivos de acordo com suas relações evolutivas, muitos dos agrupamentos propostos
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por Lineu se revelaram artificiais. Assim, novas propostas de classificação foram feitas e
continuam sendo formuladas.
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O conceito biológico de espécie, proposto em 1942 por Ernst Mayr, diz que:
“Espécies são grupos de populações naturais que se cruzam ou potencialmente
se intercruzam, estando isolados reprodutivamente de outros grupos”. Apesar de
esse conceito ser bem aceito atualmente, ele não pode ser aplicado em espécies
com reprodução assexuada ou espécies extintas que só se conhece pelo registro
fóssil.
Ainda hoje, as categorias taxonômicas propostas por Lineu são mantidas, tendo sido
acrescentados mais dois táxons: o filo e a família. Tais alterações resultaram em sete
principais categorias hierárquicas, segundo os Códigos Internacionais de Nomenclatura
Zoológica e Botânica.
Admite-se ainda subdividir mais esses sete grupos taxonômicos, originando outros
táxons (superclasse, subclasse, infraclasse, superordem, subordem etc.) para qualquer
grupo de organismos. Atualmente, existem mais de 30 grupos taxonômicos diferentes.
Tal quantidade, apesar de originar um sistema complexo, é necessária para expressar as
relações evolutivas de grupos muito diversos, como é o caso dos insetos.
Esquema dos principais táxons usados atualmente no sistema de classificação biológica. Note
que eles se organizam de forma hierárquica.
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A classificação dos seres vivos em
reinos
Em seu sistema de classificação, Lineu defendia a existência de três reinos: o mineral,
o vegetal e o animal. Com o avanço do conhecimento científico, os minerais acabaram
excluídos das classificações biológicas. Em 1866, Ernst Haeckel propôs um novo sistema
de classificação no qual os seres vivos foram divididos em três reinos: animal, vegetal e
protista. Os protistas compreendiam todos os microrganismos conhecidos na época,
como protozoários e bactérias. Já os fungos foram classificados por Haeckel no reino
vegetal.
Os estudos com microscopia logo revelaram que as bactérias eram muito diferentes
dos demais microrganismos, em razão da ausência de núcleo envolvendo seu material
genético. Assim, Herbert Copeland propôs um novo sistema de classificação em 1956,
agrupando os organismos em quatro reinos: Monera (bactérias e cianofíceas), Plantae
(plantas e algas verdes), Animalia (animais) e Protoctista (protozoários, fungos e demais
algas).
Em 1969, com base nas evidências fornecidas pela Bioquímica, a Biologia Molecular e
a Sistemática, um novo sistema de classificação foi proposto por Robert Whittaker. Esse
sistema dividiu os seres vivos em cinco reinos: Monera, Plantae, Animalia, Protista e
Fungi. Nessa nova proposta, foi reconhecido que os fungos não deveriam fazer parte do
reino vegetal, dada sua nutrição heterótrofa, sendo colocados em um reino à parte dos
demais organismos.
A divisão em cinco reinos foi mantida na proposta feita por Lynn Margulis e Karlene
Schwartz na década de 1980, mas elas reclassificaram alguns organismos, a exemplo das
algas, que foram todas incluídas dentro do reino Protoctista.
ANIMALIA
Heterótrofos;
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PLANTAE
Autótrofos fotossintetizantes;
PROTOCTISTA
Autótrofos ou heterótrofos;
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MONERA
Heterótrofos ou autótrofos;
FUNGI
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Árvore filogenética mostrando as relações evolutivas entre os cinco reinos com base em dados
moleculares. Note que os reinos Monera e Protoctista não apresentam um ancestral comum
exclusivo como os reinos Plantae, Fungi e Animalia.v
O reino Protoctista (ou Protista) também não tem mais significado do ponto de
vista filogenético, sendo o termo Protista usado apenas para se referir
informalmente aos seres eucariontes e unicelulares.
Com base nessas evidências, Carl Woese e colaboradores propuseram, em 1990, que
os seres vivos fossem classificados em três domínios: Bacteria, Archaea e Eukarya.
Árvore filogenética mostrando as relações evolutivas entre três domínios. Note que o domínio
Archaea é mais próximo evolutivamente de Eukarya do que de Bacteria.
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BACTERIA
ARCHAEA
EUKARYA
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Nomenclatura científica
Lineu também desenvolveu um sistema para nomear os seres vivos, que ainda hoje
continua válido. Como todos os cientistas no mundo utilizam o mesmo sistema de
nomenclatura científica, evitam-se possíveis confusões que ocorreriam caso fosse
utilizado o nome popular ou se fosse considerada a diferença da língua de cada país.
Como exemplo, pode-se citar a raiz comestível de nome científico Manihot esculenta.
No sistema de nomenclatura científica que propôs, Lineu definiu uma série de regras
que devem ser seguidas rigorosamente na denominação de uma nova espécie. A seguir,
são apresentadas algumas dessas orientações.
Na designação de uma nova espécie, o idioma empregado deve ser o latim; caso o
termo seja derivado de outra língua, deverá ser latinizado.
Na grafia de uma espécie, sempre são utilizadas duas palavras, daí falar-se em
sistema binomial. A primeira dessas palavras é o epíteto genérico, que se refere ao
gênero; é sempre um substantivo e deve ser escrito com a letra inicial maiúscula. A
segunda palavra refere-se ao epíteto específico, que é geralmente um adjetivo, sendo
escrito com a primeira letra minúscula. Ambos os termos devem ser destacados do
restante do texto. Esse destaque pode ser feito em itálico ou sublinhando essas
palavras. Exemplos de nomes científicos são: Homo sapiens (ser humano), Canis
familiaris (cachorro doméstico) e Solanum tuberosum (batata-inglesa).
O epíteto específico pode ser substituído por “sp.” quando não se sabe a identificação
exata de uma espécie, mas apenas o gênero. Assim, pode-se falar Felis sp. para se
referir a uma espécie de gato, por exemplo. Quando for se referir a várias espécies
pertencentes ao gênero Felis, deve-se usar a abreviatura “spp.”.
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O epíteto específico nunca deve ser escrito sozinho, uma vez que ele pode ser comum
a várias espécies pouco aparentadas. Por exemplo, o epíteto “domestica” aparece
tanto no nome científico da mosca (Musca domestica) quanto no de um marsupial
(Monodelphis domestica).
Ao aparecer pela primeira vez no texto, o nome científico deve ser escrito de forma
completa, citando o epíteto genérico e o específico por extenso. Nas outras vezes em
que aparecer, o epíteto genérico pode ser abreviado. Por exemplo, se o nome
científico Homo sapiens já tiver sido citado uma primeira vez, na seguinte poderá ser
escrito apenas como H. sapiens.
Exemplos de espécies que apresentam mesmo epíteto específico: Musca domestica (1) e
Monodelphis domestica (2).
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ATIVIDADES ESSENCIAIS
Questão 01
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De acordo com o sistema atual de classificação dos seres vivos que foi proposto por
Lineu, assinale a alternativa que apresenta, em ordem decrescente, a classificação
biológica.
Questão 02
Entre as categorias taxonômicas apresentadas a seguir, assinale aquela na qual os
indivíduos apresentam maior grau de características semelhantes.
a) Ordem
b) Classe
c) Família
d) Reino
e) Gênero
Questão 03
O sistema de nomenclatura científica binomial foi proposto por Lineu e é válido até os
dias atuais. Assinale a alternativa em que o nome da espécie está de acordo com as
normas propostas por esse sistema.
a) TAENIA solium
b) Taenia saginata
c) ascaris lumbricoides
d) Canis lupus
e) Dieffenbachia SEGUINE
Questão 04
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A respeito da classificação dos seres vivos em domínios e reinos, é correto afirmar que
c) o domínio Eukarya engloba seres eucarióticos dos reinos Protista, Fungi, Plantae e
Animalia.
e) os domínios são uma categoria superior a reino e dividem os seres vivos em três
grupos diferentes: um grupo de procarionte e dois grupos de eucariontes.
ATIVIDADES PROPOSTAS
Questão 01
Phytophthora infestans e Solanum tuberosum são nomes científicos de um fungo e de
uma planta, respectivamente. Segundo as regras de nomenclatura científica,
a) para plantas e para fungos há normas diferentes, pois as definições de espécie não
são iguais.
d) tanto o nome do gênero quanto o epíteto específico podem ser utilizados de maneira
abreviada.
e) os nomes dos gêneros devem começar com letra maiúscula apenas quando iniciarem
frases.
Questão 02
Um estudante de biologia observou, na Serra de Baturité-Ceará, os pássaros Eupsittula
cactorum (periquito-do-sertão) e Pyrrhura griseipectus (periquito-de-cara-suja).
Considerando as regras de nomenclatura, é correto afirmar que esses animais pertencem
a) à mesma espécie.
b) a espécies diferentes.
c) ao mesmo gênero.
d) à mesma subespécie.
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Questão 03
O quadro apresenta organismos da fauna e da flora brasileiras e informações sobre cada
um deles.
a) espécie.
b) classe.
c) domínio.
d) reino.
e) ordem.
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Questão 04
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O cladograma ilustra a evolução dos seres vivos com base na classificação em domínios
proposta por Carl Woese.
Questão 05
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Analise o seguinte esquema como representativo das principais categorias sistemáticas,
partindo de reino, e identifique a alternativa correta que descreve e caracteriza tais
categorias. Para efeito de simplificação, cada categoria está representada por um
subconjunto.
d) O subconjunto B representa uma classe, que é constituída por uma ou mais ordens.
Questão 06
Avaliar
Os biólogos agrupam os seres vivos de acordo com as regras de nomenclatura e
classificação, utilizando-se dos critérios taxonômicos e filogenéticos. Entre os estudiosos
da classificação, destaca-se Karl Von Linné (1707-1778), também conhecido como Lineu.
Suas ideias sobre classificação biológica foram publicadas no livro Systema Naturae.
II. O sistema de nomenclatura de espécies criado por Lineu ficou conhecido por
nomenclatura binomial. Este sistema é utilizado até os dias de hoje e, segundo as
regras internacionais de nomenclatura, a primeira palavra deve indicar o gênero
(escrita com inicial maiúscula) e a segunda, o epíteto específico (com inicial
minúscula). Ambas devem ser escritas em itálico ou sublinhado, por exemplo, Homo
sapiens.
IV. De acordo com as regras internacionais de nomenclatura, o nome das famílias dos
animais recebe o sufixo “idae”, por exemplo, Felidae. Já para as plantas, para a
designação de famílias, utiliza-se, em geral, a terminação “aceae”, por exemplo,
Rosaceae.
a) I e II
b) II e IV
c) I, II e III
d) I, II e IV
e) II, III e IV
ATIVIDADES DE APROFUNDAMENTO
Questão 01
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(ENEM) A classificação biológica proposta por Whittaker permite distinguir cinco grandes
linhas evolutivas utilizando, como critérios de classificação, a organização celular e o
modo de nutrição. Woese e seus colaboradores, com base na comparação das
sequências que codificam o RNA ribossômico dos seres vivos, estabeleceram relações de
ancestralidade entre os grupos e concluíram que os procariontes do reino Monera não
eram um grupo coeso do ponto de vista evolutivo.
Archaea
Monera
Bacteria
Protista
Fungi
Eukarya
Plantae
Animalia
a) tipos de células.
b) aspectos ecológicos.
c) relações filogenéticas.
d) propriedades fisiológicas.
e) características morfológicas.
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Questão 02
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Relacione, corretamente, os domínios e reinos da natureza com as características dos
seus respectivos organismos, numerando a Coluna II de acordo com a Coluna I.
Coluna I Coluna II
a) 2, 1, 5, 6, 3, 4.
b) 1, 2, 6, 5, 4, 3.
c) 3, 4, 1, 2, 6, 5.
d) 4, 3, 5, 1, 2, 6.
e) 2, 1, 5, 3, 4, 6.
Questão 03
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Considere as fichas taxonômicas a seguir, apresentando os táxons, sendo que sempre a
linha superior refere-se a uma categoria mais abrangente que a linha inferior.
1 2 3 4
Chrysocyon
Potos flavus Canis latrans Canis lupus
brachyurus
Questão 04
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No intervalo dos estudos para a prova de Biologia, três amigos, Paulo, Ricardo e Thiago,
conversavam à mesa de uma lanchonete enquanto esperavam o lanche que haviam
pedido. Para passar o tempo, um deles propôs o seguinte desafio: considerando o
sistema de classificação taxonômica de cinco reinos, cada um deveria listar os reinos aos
quais pertenciam os organismos que deram origem aos ingredientes de seus respectivos
lanches. Pagaria a conta aquele cujo lanche contasse com o menor número de reinos
representados.
Paulo havia pedido omelete com queijo fresco, presunto e cebola; Ricardo pediu pão de
fermentação natural recheado com coalhada seca e ervas; Thiago pediu filé de frango
com cogumelos frescos grelhados em azeite de oliva.
ATIVIDADES DISCURSIVAS
Questão 01
(UNESP) Divulgou-se recentemente (Revista Pesquisa Fapesp, nº 100, junho de 2004) a
identificação de uma nova classe dos Cnidaria, chamada de Staurozoa. A característica
marcante das medusas adultas de uma das duas ordens dessa nova classe é que elas
vivem agarradas a rochas ou algas por meio de uma estrutura chamada pedúnculo. Antes
da proposição de um sistema de classificação biológica por Lineu em 1758, alguns
naturalistas consideravam os cnidários como plantas. A natureza animal desses
organismos somente foi reconhecida no século XIX, quando alguns naturalistas os
classificaram juntamente com as esponjas.
a) Essa mudança, proposta recentemente, de uma nova classe para os cnidários altera
ou fere de alguma forma os critérios gerais de classificação biológica propostos por
Lineu em 1758? Justifique sua resposta.
Questão 02
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(UNESP) Alunos de uma escola, em visita ao zoológico, deveriam escolher uma das
espécies em exposição e pesquisar sobre seus hábitos, alimentação, distribuição etc. No
setor dos macacos, um dos alunos ficou impressionado com a beleza e a agilidade dos
macacos-pregos. No recinto desses animais, havia uma placa com a identificação:
Essa foi a espécie escolhida por esse aluno. Chegando em casa, procurou informações
sobre a espécie em um site de busca e pesquisa na internet. O aluno deveria digitar até
duas palavras-chaves e iniciar a busca.
a) Que palavras o aluno deve digitar para obter informações apenas sobre a espécie
escolhida?
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Capítulo 7 - Sistemática filogenética Anotações e destaques Detalhes
Capítulo 7
Sistemática filogenética
Por meio de registros fósseis como esse, temos alguns recortes de retratos da
diversidade de espécies no passado e podemos fazer inferências sobre a história
evolutiva da diversidade de seres vivos que encontramos hoje. Além do registro fóssil,
algumas adaptações dos seres vivos são consideradas evidências da evolução, como a
camuflagem, o mimetismo e o aposematismo. Tais características são adaptações, pois
conferem menor probabilidade de que os indivíduos sejam predados e, assim, tenham
mais chances de sobreviver e deixar descendentes. Outras adaptações, como o
desenvolvimento de asas em mamíferos, aves e insetos, bem como nadadeiras em peixes
e mamíferos, também são evidências da evolução uma vez que surgiram como resultado
de pressões seletivas similares em espécies distintas, com histórias evolutivas distantes.
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Representação de espécie de Tiktaalik, gênero do período Devoniano com adaptações para a vida
aquática e terrestre.
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Os fundamentos da sistemática
filogenética
A sistemática filogenética ou cladística é a área da Biologia que se propõe a agrupar
as espécies de acordo com suas relações evolutivas. Os fundamentos dessa escola de
classificação biológica foram propostos em 1950 pelo biólogo alemão Willi Hennig
(1913-1976) e continuam válidos até hoje.
Por exemplo, o polegar opositor, presente no ser humano, nos chimpanzés, nos
gorilas, nos orangotangos e nos gibões, é o estado derivado do caráter “posição do
polegar em relação aos demais dedos da mão”. O polegar não opositor, estado primitivo
desse caráter, está presente nos primatas mais basais, como os macacos do Velho Mundo
e do Novo Mundo. Essa é uma das evidências que sustenta a hipótese de que os primatas
antropoides compartilham um ancestral comum exclusivo, formando um grupo natural
ou grupo monofilético. Já a presença de polegar não opositor não deve ser usada como
evidência para agrupar os macacos do Velho Mundo com os do Novo Mundo, uma vez
que essa característica não pode ser entendida como uma homologia. Usá-la resultaria
em agrupamentos artificiais, que não refletem a verdadeira história evolutiva das
espécies.
Mão de gorila. O polegar opositor foi uma novidade evolutiva que permitiu a manipulação de
ferramentas pelos primatas antropoides.
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Interpretando um cladograma
O grupo formado pelos gibões (C), orangotangos (D), gorilas (E), chimpanzés (F) e
seres humanos (G) é monofilético, uma vez que esses ramos compartilham um
ancestral comum exclusivo, representado pelo terceiro nó do cladograma.
Os macacos do Novo Mundo (A) e do Velho Mundo (B) não formam um grupo
monofilético, pois não compartilham um ancestral comum exclusivo. Se o grupo
AB existisse em algum sistema de classificação, ele seria considerado um grupo
artificial ou grupo parafilético.
O ramo E tem a mesma idade que o grupo FG, uma vez que ambos partem do
mesmo nó nesse cladograma. Já os ramos A, B, C e D são mais antigos, sendo A o
grupo basal, ou seja, o ramo que surgiu primeiro na história evolutiva dos
primatas.
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O eixo vertical do cladograma indica o tempo transcorrido na história evolutiva
do grupo representado. Assim, sabe-se que os chimpanzés (F) divergiram dos
seres humanos (G) há cerca de 5 milhões de anos.
Página 53
ATIVIDADES ESSENCIAIS
Questão 01
Observe os cladogramas a seguir e assinale a afirmativa correta. Considere A, B e C como
três espécies distintas.
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Questão 02
(ENEM) A árvore filogenética representa uma hipótese evolutiva para a família
Hominidae, na qual a sigla “m.a.” significa “milhões de anos atrás”. As ilustrações
representam, da esquerda para a direita, o orangotango, o gorila, o ser humano, o
chimpanzé e o bonobo.
a) gorila e bonobo.
b) gorila e chimpanzé.
c) gorila e orangotango.
d) chimpanzé e bonobo.
e) bonobo e orangotango.
Questão 03
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O cladograma demonstra o grau de parentesco entre cinco grupos de animais
vertebrados.
De acordo com esse cladograma, quais animais apresentam maior semelhança genética?
a) Sapo e jacaré.
b) Jacaré e pardal.
c) Pardal e coelho.
d) Sardinha e sapo.
e) Coelho e sardinha.
Questão 04
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Os três domínios da vida são conhecidos como Bacteria, Archaea e Eukarya. O domínio
Eukarya inclui três reinos de eucariontes multicelulares: Plantae, Fungi e Animalia.
Evidências recentes sugerem que os reinos Fungi e Animalia apresentam parentesco
mais íntimo entre si do que com o reino Plantae.
a) I.
b) III.
c) I e II.
d) II e IV.
e) I e III.
ATIVIDADES PROPOSTAS
Questão 01
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A árvore filogenética a seguir, que é baseada em dados moleculares, reúne, em um
mesmo grupo, os grandes felinos. O nó 2 reúne as espécies que rugem; o nó 3, as que não
têm essa capacidade.
O'BRIEN, S.; JOHNSON, W. A evolução dos gatos. Scientific American Brasil, ano 6, n. 63, p. 56-63, ago. 2007.
(adaptado)
Página 54
Questão 02
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Os cladogramas (1 e 2) a seguir ilustram relações filogenéticas entre os táxons
hipotéticos A, B, C, D e E.
1 2
a) Apenas I e III.
b) Apenas II e III.
c) Apenas II e IV.
Questão 03
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Os conhecimentos sobre a história evolutiva dos seres vivos, seu grau de parentesco e
sua distribuição no planeta são hoje uma valiosa ferramenta que contribui para a criação
de estratégias de conservação da biodiversidade. Um dos ramos da Biologia que se
dedica a estudar e realizar a classificação biológica dos seres vivos é a sistemática.
b) A sistemática dos seres vivos surgiu com Carl von Linné e estabelece graus de
parentesco dos seres vivos com base em suas características evolutivas.
Questão 04
Considere o cladograma a seguir.
Suponha que uma via bioquímica relacionada ao etileno tenha sido encontrada em
diversas ordens de plantas terrestres e algas vermelhas, mas não em algas pardas.
De acordo com o cladograma, faria sentido essa via bioquímica ser encontrada em algas
verdes, dado que essas algas são
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Questão 05
O cladograma hipotético a seguir representa relações de parentesco entre 10 espécies
recentes de seres vivos.
a) 5
b) 6
c) 7
d) 8
e) 9
Questão 06
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A diversificação evolutiva é um fenômeno biológico que se encontra refletido na
composição molecular dos organismos atuais. A hemoglobina, por exemplo, é uma das
moléculas cujas diferenças na composição de aminoácidos são utilizadas para se deduzir
relações evolutivas entre espécies. Considere as espécies animais A, B, C, D e E, cujas
moléculas de hemoglobina possuam diferenças na composição de aminoácidos. Em
relação à hemoglobina da espécie A, as hemoglobinas das espécies B, C, D e E possuem
45, 8, 67 e 32 aminoácidos diferentes, respectivamente.
Sendo assim, assinale o diagrama que melhor representa as relações evolutivas entre
essas espécies.
a)
b)
c)
d)
e)
Página 55
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ATIVIDADES DE APROFUNDAMENTO
Questão 01
Os cladogramas são representações gráficas do processo evolutivo de grupos de seres
vivos.
a) os dinossauros não aviários são mais próximos das cobras do que dos lagartos.
Questão 02
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Teorias sobre o novo coronavírus (SARS-CoV-2), que passou a infectar os humanos,
surgiram em 2019. Foi aventada a possibilidade de transmissão zoonótica. Um estudo
filogenético, com mais de 2 mil genomas únicos de coronavírus, apresentou a provável
descendência de alguns coronavírus e alertou sobre a importância de investigar os vírus
como estratégia global de monitoramento de endemias, e não apenas em situações de
emergência sanitária.
MACHADO, Denis J. et al. Cladistics, Londres, v. 37, out. 2021, p. 461-488. (adaptado)
Questão 03
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Considere a matriz binária representada a seguir, na qual “0” significa ausência e “1”
presença de determinadas características (c1, c2, c3, c4, c5) em cinco espécies hipotéticas
(E1, E2, E3, E4 e E5).
Espécies
E1 E2 E3 E4 E5
Característi
cas
C1 1 1 1 1 1
C2 0 1 1 1 0
C3 0 0 1 1 0
C4 0 0 0 1 0
C5 1 0 0 0 1
a)
b)
c)
d)
e)
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Questão 04
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A árvore filogenética a seguir foi construída com base nas informações contidas na
tabela que a sucede.
Traço derivadoA
Glând Escam
Garras
Mandí Pulmõ ulas as
Táxon ou Moela Penas Pelos
bula es mamá querat
unhas
rias inosas
Lampr
eia
(grupo - - - - - - - -
extern
o)
Perca + - - - - - - -
Salam
andra
+ + - - - - - -
Lagart
o
+ + + - - - - +
Croco
dilo
+ + + + - - - +
Pomb
o
+ + + + + - - +
Camu
ndong + + + - - + + -
o
Chimp
anzé
+ + + - - + + -
Com base nos dados apresentados, é correto afirmar que os números I, II e III, na figura,
correspondem, respectivamente, a
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d) pulmões, moela, dentes incisivos com crescimento constante.
e) garras ou unhas, escamas queratinosas, penas.
Página 57
ATIVIDADES DISCURSIVAS
Questão 01
(UNESP) De acordo com resultados de estudos moleculares recentes, os Ctenóforos
seriam o grupo mais distante de todos os outros animais. Esses resultados diferem das
visões tradicionais sobre momentos importantes na evolução animal, como o da origem
dos neurônios e do sistema nervoso. Observe os cladogramas a seguir, que representam
duas hipóteses para a origem dos neurônios e do sistema nervoso nos animais.
Com base nos dados dos cladogramas, indique se a presença dos neurônios nos
Ctenóforos, Cnidários e Bilatérios é classificada como homologia ou como analogia nas
hipóteses I e II, respectivamente. Justifique sua resposta em cada caso.
Questão 02
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(FUVEST-Adaptada) A figura mostra um cladograma simplificado das hipóteses
filogenéticas já propostas para a evolução da vida na Terra. Ele inclui dois grupos de
bactérias, seis de protistas, dois de animais, dois de fungos e dois de plantas, e seus
pontos A a P indicam o surgimento de características específicas durante a evolução.
Bactérias ( ) ( )
Protistas ( ) ( )
Animais ( ) ( )
Fungos ( ) ( )
Plantas ( ) ( )
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Capítulo 8 - Plantas e os grandes grupos vegetais Anotações e destaques Detalhes
Capítulo 8
Vale da Serra do Mar, litografia da Mata Atlântica, de Jean-Baptiste Debret, publicada no livro
Voyage pittoresque et historique au Brésil, em 1839.
COSTA, Thiago; DIENER, Pablo. O Brasil pitoresco de Debret. 2013. Disponível em: http://
periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/polifonia/article/download/1673/1274. Acesso em: 6 jul.
2020.
Com cerca de 40 mil espécies de plantas descritas, o Brasil é o país com a flora mais
diversa no mundo, abrigando desde musgos com milímetros de comprimento a árvores
com dezenas de metros de altura. Não é à toa que essa enorme variedade de plantas
impressionou os naturalistas europeus que retrataram as paisagens brasileiras no século
XIX e continua a impressionar os botânicos atualmente. Estima-se que, em média, 250
espécies novas de plantas são descritas, por ano, no Brasil.
Avaliar 58
Acredita-se que as plantas tenham evoluído de um ancestral de algas carofíceas, um
grupo de algas verdes (filo Charophyta). Semelhanças como a presença de clorofila a e b
nos cloroplastos e a parede celular de celulose são alguns dos indícios que sugerem essa
história evolutiva comum entre as plantas e as algas verdes. É válido salientar que as
algas, ao contrário das classificações tradicionais, são atualmente incluídas no reino
Protista.
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TOME NOTA
Além disso, a aparição de uma camada de cera que reveste a superfície das folhas,
formando uma cutícula impermeabilizante, impediu a perda de água por
evapotranspiração nessas plantas. Simultaneamente, surgiram os estômatos, estruturas
que possibilitaram as trocas gasosas, por meio da cutícula, entre as folhas e a atmosfera,
necessárias para a realização da fotossíntese.
Isso mudou apenas com as gimnospermas, primeiro grupo de plantas a produzir grão
de pólen, estrutura que abriga, em seu interior, um gameta masculino não flagelado.
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Quando o grão de pólen chega à estrutura reprodutora feminina, forma-se o tubo
polínico, que conduz o gameta masculino ao gameta feminino, sem a necessidade de um
meio aquoso. Plantas que apresentam grão de pólen e tubo polínico, como as
gimnospermas e as angiospermas, são chamadas de sifonógamas.
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Cladograma que mostra algumas das características compartilhadas pelos diferentes grupos de
plantas. As plantas vasculares e as sem sementes são grupos artificiais, segundo a sistemática
filogenética.
Esquema de um musgo.
Outro aspecto relevante das briófitas é a dominância da fase gametofítica (n) sobre a
fase esporofítica (2n) em seu ciclo de vida. Desse modo, o gametófito é a parte perene e
mais visível nessas plantas, ao contrário do que se observa nos demais grupos vegetais.
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Pteridófitas
As pteridófitas são as primeiras plantas vasculares, tendo surgido por volta de 425
milhões de anos atrás. No Período Carbonífero, havia muitas espécies de pteridófitas
arbóreas, formando grandes florestas. Os estudos em sistemática vegetal sugerem que
elas não formam um grupo natural.
Gimnospermas
Angiospermas
Página 62
ATIVIDADES ESSENCIAIS
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Questão 01
Assinale a alternativa que ordena corretamente três novidades evolutivas, de acordo
com o seu surgimento no processo de evolução, das plantas terrestres.
Questão 02
Em termos evolutivos, as angiospermas apresentam duas estruturas que permitiram a
sua adaptação e diversificação. Essas estruturas, que não estão presentes nos outros
grupos de plantas, são
a) flor e fruto.
b) raiz e folha.
c) folha e caule.
d) flor e semente.
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Questão 03
O reino Plantae é subdividido em filos e alguns deles apresentam plantas vasculares e
outros avasculares. As plantas avasculares não possuem vasos condutores de seiva, e as
plantas vasculares, também chamadas de traqueófitas, possuem esses vasos. Os filos
que apresentam plantas avasculares são
Questão 04
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Atualmente, encontram-se catalogadas mais de 320 mil espécies de plantas, algumas de
estruturas relativamente simples, como os musgos, e outras de organizações corporais
complexas, como as árvores. Assim sendo, assinale a alternativa que relaciona
corretamente o grupo vegetal a suas características.
a) Gimnospermas: plantas avasculares, com raízes, caule, folhas, flores e frutos, cujas
sementes estão protegidas dentro desses frutos. Exemplo: arroz.
b) Briófitas: plantas de pequeno porte, vasculares, sem corpo vegetativo. Exemplo: algas
cianofíceas.
ATIVIDADES PROPOSTAS
Questão 01
Ao longo do processo evolutivo, a provável sequência temporal de aparecimento dos
diversos grupos vegetais é
Questão 02
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Analise as afirmações apresentadas sobre os grupos vegetais.
a) I, II e III.
b) I, III e V.
d) II, IV e V.
e) III, IV e V.
Questão 03
Sobre as plantas terrestres, é correto afirmar que
d) nas gimnospermas, ocorreu fechamento dos carpelos e, por isso, as sementes ficam
dentro dos frutos.
Questão 04
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De acordo com o cladograma a seguir, é correto afirmar que
Questão 05
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(ENEM) Durante sua evolução, as plantas apresentaram grande diversidade de
características, as quais permitiram sua sobrevivência em diferentes ambientes. Na
imagem, cinco dessas características estão indicadas por números.
a) 1.
b) 2.
c) 3.
d) 4.
e) 5.
Página 64
Questão 06
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O Projeto Flora do Brasil 2020 tem como objetivo fazer a divulgação de descrições,
chaves de identificação e ilustrações para todas as espécies de plantas, algas e fungos
conhecidos no país. A tabela a seguir mostra a distribuição das 46 104 espécies nativas
reconhecidas até o momento.
Angiospermas 32 813
Fungos 5 711
Algas 4 747
Briófitas 1 526
Gimnospermas 30
Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: http://
floradobrasil.jbrj.gov.br/. Acesso em: 1º abr. 2023.
a) 32 813.
b) 32 843.
c) 34 120.
d) 35 646.
e) 39 831.
ATIVIDADES DE APROFUNDAMENTO
Questão 01
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O gráfico mostra a evolução da pressão de gás oxigênio na atmosfera terrestre, em cinco
estágios, ao longo de bilhões de anos.
a) 5.
b) 4.
c) 3.
d) 2.
e) 1.
Questão 02
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A seguir, estão listados grupos de organismos clorofilados e as características que os
distinguem.
Considere que cada grupo corresponde a um conjunto e que a interseção entre eles
representa o compartilhamento de características. Sendo P um pinheiro-do-paraná
(araucária), indique a alternativa em que P está posicionado corretamente, quanto às
características que possui.
a)
b)
c)
d)
e)
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Página 65
Questão 03
Vegetais são organismos muito importantes na história evolutiva do planeta. Foram
classificados conforme seu grau de complexidade em briófitas, pteridófitas,
gimnospermas e angiospermas. Em relação às diferenças anatômicas e fisiológicas
desses grupos, assinale a alternativa correta.
Questão 04
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Em botânica, área da Biologia que estuda os grupos vegetais, um aluno encontrou um
registro faltando partes importantes da identificação dos grupos vegetais. Os conceitos
que faltam estão indicados pelos numerais 1, 2, 3 e 4.
Reduzido,
Gametófito 1 Reduzido 2 dependente
do esporófito
Reduzido,
dependente
Esporófito Duradouro 3 Duradouro
do
gametófito
ATIVIDADES DISCURSIVAS
Questão 01
(UNICAMP) A Mata Atlântica é um ambiente bastante úmido. Nela, é comum encontrar
diversos tipos de plantas verdes, de pequeno porte (alguns centímetros), crescendo
sobre troncos e ramos de árvores, bem como recobrindo certas áreas na superfície do
solo. A reprodução dessas plantas não ocorre por meio de flores, mas, no seu ciclo, há
gametas envolvidos.
Questão 02
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(UFJF–Adaptada) O cladograma a seguir mostra algumas características compartilhadas
pelos vegetais. Responda corretamente às perguntas sobre esse grupo.
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