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Este processo também é conhecido como cultura sem solo (Soil Less).
DESVANTAGENS
Fonte: www.h2s.com.br
Hidroponia
As plantas são cultivadas em canais ou recipientes por onde circula uma solução
nutritiva, que é composta de água pura e de nutrientes dissolvidos de forma
balanceada, de acordo com a necessidade de cada espécie vegetal. Esses
canais ou recipientes podem ou não ter algum meio de sustentação para as
plantas, como pedrinhas ou areia. A solução nutritiva tem um controle rigoroso
para manter suas características, periodicamente é feito um monitoramento do
pH e da concentração de nutrientes, assim as plantas crescem sob as melhores
condições possíveis.
Já que o cultivo é feito longe do solo, as plantas não tem contaminantes desse
meio, como bactérias, fungos, lesmas, insetos e vermes. As plantas são mais
saudáveis, pois cresceram em um ambiente controlado procurando atender as
exigências da cultura. Todo produto hidropônico é vendido embalado, não
entrando em contato direto com mãos, caixas, caminhões, etc. Devido ao cultivo
em ambiente fechado, o ataque de pragas e doenças é quase inexistente,
diminuido ou anulando a aplicação de defensivos. Pela embalagem você pode
identificar: marca, cidade da produção, nome do produtor ou responsável
técnico, características do produto e telefone de contato. Os vegetais
hidropônicos duram mais na geladeira. A única possível desvantagem pode ser
o preço: maior em alguns poucos centavos.
TEM DESVANTAGENS?
Fonte: www.geocities.com
A Hidroponia é uma técnica bastante difundida em todo o mundo e seu uso está
crescendo em muitos países. Sua importância não é somente pelo fato de ser
uma técnica para investigação hortícola e produção de vegetais; também está
sendo empregada como uma ferramenta para resolver um amplo leque de
problemas, que incluem tratamentos que reduzem a contaminação do solo e da
água subterrânea, e manipulação dos níveis de nutrientes no produto.
Através dos anos 1990, a expansão continuou ainda que a taxa de incremento
tenha diminuído notavelmente no norte da Europa. Alguns países tais como
Espanha, se desenvolveram muito nos últimos anos, e não sabemos se a área
hidropônica de algum país tenha diminuído nesta década.
No lado técnico, estão sendo usados uma ampla gama de substratos incluindo
alguns novos. Se desenvolveram um número de versões modificadas de
técnicas já existentes, mas nenhuma teve maior impacto. Sem dúvida, os
equipamentos de rega e equipamentos de controle e as técnicas têm melhorado
muito, como ter métodos de desinfecção de soluções nutritivas recirculantes. No
entanto, não apareceu uma nova técnica hidropônica significativa nos últimos 20
anos.
Segundo Furlani et. al. (1999), no Brasil, tem crescido nos últimos anos o
interesse pelo cultivo hidropônico, predominando o sistema NFT (Nutriente film
technique). Muitos dos cultivos hidropônicos não obtêm sucesso, principalmente
em função do desconhecimento dos aspectos nutricionais desse sistema de
produção que requer formulação e manejo adequados das soluções nutritivas.
Outros aspectos que interferem igualmente nos resultados relacionam-se com o
tipo de sistema de cultivo. Para a instalação de um sistema de cultivo
hidropônico, é necessário que se conheça detalhadamente as estruturas básicas
que o compõem (Castellane e Araujo, 1994; Cooper, 1996; Faquin et. al., 1996;
Martinez e Silva Filho, 1997; Furlani, 1998). Os tipos de sistema hidropônico
determinam estruturas com características próprias, entre os mais utilizados
estão:
LAMINAR DE NUTRIENTES
“FLOATING”
2. Tipos de Sistemas
A maioria das plantas têm o solo como o meio natural para o desenvolvimento
do sistema radicular, encontrando nele o seu suporte, fonte de água, ar e
minerais necessários para a sua alimentação e crescimento. As técnicas de
cultivo sem solo substituem este meio natural por outro substrato, natural ou
artificial, sólido ou líquido, que possa proporcionar à planta aquilo que, de uma
forma natural, ela encontra no solo (Canovas Martinez apud Castellane e Araújo,
1995).
Existem diversos tipos de sistemas de cultivo sem solo variando de acordo com
a estrutura, substrato e fornecimento de oxigênio:
LÃ DE ROCHA (57%)
AREIA
Chegou a ser popular como meio hidropônico no início dos anos 70,
especialmente nos EEUU, onde foi desenvolvido camas compridas e profundas
de cultivo de areia. Se estabeleceram grandes unidades no Sul dos EEUU mas
depois fecharam. Também se estabeleceram unidades em vários países
desérticos do Médio Oriente. Esta foi a técnica original usada quando se
estabeleceu o Land Pavilion en Epcot Center de Walt Disney na Flórida. Um
grande problema experimentado com a técnica foi manter sobre controle
enfermidades de raízes, motivo pelo qual agora é raramente usado.
Por anos se usaram bolsas de areia de certo grau em muitos países; no entanto,
têm existido uma grande onda recentemente em seu uso, devido que está sendo
a base de uma rápida expansão na produção de tomate hidropônico na
Espanha.
ESCÓRIA
É uma rocha ligeiramente aerada, natural conhecida com vários nomes: “tuff” em
Israel e “picón” en Ilhas Canárias. Ainda que é um meio efetivo, é pesado (800
kg/m3) e portanto só é usado onde é um recurso local.
PUMECITA
ARGILA EXPANDIDA
VERMICULITA
Foi anunciada anos atrás mas agora não se usa comercialmente, só em poucas
misturas. (Donnan, 2003).
b) Sistemas com Meios Orgânicos
SERRAGEM
MUSGO
Foi um dos primeiros meios tratados e não é considerado por alguns como meio
hidropônico. É usado em certo grau em muitos países que possuem uma
quantidade disponível de qualidade, e é o principal método usado na Finlândia e
Irlanda. Seu uso é enorme dentro da indústria.
FIBRA DE COCO
PRODUTOS DE ESPUMA
GEL
AEROPONÏA (0,2%)
Sistemas Hidropônicos
Sistemas Porcentagem
Lã de rocha 57%
Outros meios inorgânicos 22%
Substratos orgânicos 12%
NFT 5%
Cultivo em água 3%
Técnicas em cascalho 1%
Total 100%
3.1 VANTAGENS
• Produção de melhor qualidade: pois as plantas crescem em um
ambiente controlado, procurando atender as exigências da cultura e com isso o
tamanho e a aparência de qualquer produto hidropônico são sempre iguais
durante todo o ano.
3.2 DESVANTAGENS
4.1.1 RESERVATÓRIO
01. Mesmo com o motor ligado, a bomba não realiza o trabalho de sucção.
Causas prováveis:
4.2 ESTUFAS
O modelo mais utilizado é a capela (duas águas), que fornece amplo espaço
interno, com bom escoamento da água das chuvas e boa proteção interna.
Dependendo do tamanho da estufa podem ser colocadas várias bancadas no
seu interior, conforme Figura 04.
Figura 04 – Modelo de estufa com possibilidade de abrigar quatro bancadas
ao mesmo tempo.
4.3 Bancadas
Segundo Furlani et. al. (1999), as bancadas para a técnica hidropônica são
compostas de suportes de madeira ou outro material, os quais formam uma
base de sustentação para os canais de cultivo, que podem ser de diversos tipos.
Podem ser usadas telhas de amianto com ondas rasas (2,5 cm de altura e
espaçadas a 7,5 cm), indicadas para produção de mudas ou para algumas
culturas de pequeno porte (rúcula, agrião, etc.) servindo para condução das
plantas até a fase de colheita. As telhas com ondas maiores (5 cm de altura e
espaçadas a 18 cm) também são utilizadas para o cultivo de plantas de ciclo
curto (alface, salsa, morango, etc.). Constrói-se a bancada, colocando-se as
telhas de maneira a ficar com as extremidades encostadas umas nas outras ou
sobrepostas. Após montada, a bancada é revestida com filme plástico para que
a solução nutritiva seja conduzida de forma perfeita e para prevenir vazamentos.
Em cima da bancada, para sustentação das plantas, são utilizadas placas de
isopor, preferencialmente com espessura de 15 a 20 mm. Essas placas devem
ser vazadas com furos de 50 mm de diâmetro (Figura 06) e espaçamento entre
os furos de 18 cm x 20 cm.
Segundo Furlani et. al. (1999), os canos de PVC utilizados para esgoto (tubos
brancos ou pretos) ou para irrigação (azuis) são ainda os mais encontrados em
sistemas hidropônicos NFT. Serrando-se os canos ao meio, obtêm-se dois
canais de cultivo com profundidade igual à metade do diâmetro do tubo (Figura
07). Pode-se unir quantos canais forem necessários, utilizando-se, para tanto,
cola para encanamentos, silicone e, se necessário, arrebites.
Os tubos de PVC podem ser usados inteiros com furos na parte superior dos
mesmos. Eles dispensam qualquer tipo de sustentação para as plantas já que
são fechados, fornecendo o apoio suficiente para a maioria das plantas.
De acordo com Furlani et. al. (1999), a lâmina usada para confeccionar as
embalagens tipo longa vida (TetraPark®) tem sido empregada com sucesso na
cobertura de mesas de cultivo e sustentação das plantas. É um produto
relativamente barato e de excelente durabilidade. É de fácil limpeza, tem boa
capacidade de isolamento térmico e resiste aos raios solares.
C) TUBOS DE POLIPROPILENO
A Alface é a mais cultivada, mas pode-se encontrar nos sistemas de cultivo sem
solo: rúcula, feijão-vagem, repolho, couve, salsa, coentro, melão, agrião, pepino,
berinjela, pimentão, tomate, arroz, morango, forrageiras para alimentação
animal, mudas de plantas frutíferas e florestais, plantas ornamentais, etc;
teoricamente, qualquer planta pode ser cultivada no sistema.
5. Aeroponia
Segundo Furlani et. al. (1999), no sistema DFT não existem canais, mas sim
uma mesa ou caixa rasa nivelada onde permanece uma lâmina de solução
nutritiva. O material utilizado para sua construção pode ser madeira, plástico ou
fibras sintéticas (em moldes pré-fabricados).
Um dos princípios básicos para produção vegetal, tanto no solo como sobre
sistemas de cultivo sem solo (hidroponia) é o fornecimento de todos os
nutrientes de que a planta necessita.
O solo que sustenta as raízes das plantas também é importante para fornecer
oxigênio, água e minerais. Ele é formado por partículas de minerais e material
orgânica, e apresenta poros e microporos que ficam cheios de água e ar. Nesta
água estão dissolvidos sais formando a solução do solo, que leva os nutrientes
para as plantas.
Carbono C Magnésio Mg
Hidrogênio H Manganês Mn
Oxigênio O Ferro Fe
Nitrogênio N Zinco Zn
Fósforo P Boro B
Potássio K Cobre Cu
Enxofre K Molibdênio Mo
Cálcio Ca Cloro Cl
• Orgânicos: C, H, O
• Minerais:
• macronutrientes: N, P, K, Ca, Mg, S;
• micronutrientes: Mn, Fe, B, Zn, Cu, Mo, Cl.
Nutrientes Funções
Participa das proteínas, ácidos
Nitrogênio nucleicos e das clorofilas; é ligado
à formação de folhas.
Fósforo Participa dos nucleotídeos, ácidos
nucléicos e de membranas
vegetais. Interfere no metabolismo
das plantas como fonte de energia.
É importante para o enraizamento,
floração e frutificação.
Ativador enzimático, atua na
fotossíntese (formação de
açúcares). Translocação de
Potássio açúcares nas plantas, influencia na
economia de água e na resistência
ao acamamento, a pragas, a
doenças, ao frio e à seca.
Constituinte da parede celular,
Cálcio ajuda na divisão celular, atua como
ativador enzimático.
Integra a molécula da clorofila, é
Magnésio ativador enzimático e aumenta a
absorção de Fósforo.
Constituinte das proteínas e
clorofila, de vitaminas e óleos
Enxofre
essenciais, importante para fixação
de Nitrogênio.
Participa do processo de síntese
do ácido indolacético (hormônio
vegetal), dos ácidos pécticos
Boro
(parede celular), dos ácidos
ribonucleicos, das proteínas e do
transporte de açúcar nas plantas.
Cloro Participa do processo fotossintético
É ativador enzimático; influencia na
Cobre respiração, na fotossíntese e no
processo de fixação nitrogenada.
Ativador enzimático; importante na
síntese da clorofila e dos
Ferro citocromos, influencia a respiração,
fotossíntese e fixação do
Nitrogênio.
Manganês Ativador enzimático e participa da
fotossíntese e da respiração (como
ativador enzimático).
Ativador da encima urease (que faz
Níquel
a hidrólise da uréia nas plantas).
Ativador enzimático, síntese do
Zinco
ácido indolacético.
1.1 – Com verde clara (esmaecida) na folha, abrangendo nervuras e limbo. Com
a evolução da carência passa a clorose seguido de seca e queda das folhas.
........................................................................................................ NITROGÊNIO
2.3 – Clorose interneval com reticulado fino, evoluindo para folha toda
amarela ...................................................................................................................
.. FERRO
2.4 – Clorose interneval com reticulado grosso .........................................
MANGANÊS
Nutrientes Funções
Em geral, não-identificados. Atraso
Nitrogênio e redução de floração e frutificação
e acamamento.
Em geral, não-identificados. Atraso
Fósforo e redução de floração e frutificação
e acamamento.
Indução de deficiência de Cálcio
Potássio
e/ou Magnésio provavelmente
Indução de deficiência de
Cálcio Magnésio e/ou Potássio
provavelmente.
Indução de deficiência de Potássio
Magnésio
e/ou Cálcio provavelmente.
Clorose interneval em algumas
Enxofre
espécies.
Clorose interneval em algumas
Boro
espécies.
Necrose das pontas e margens,
Cloro amarelecimento e queda das
folhas.
Manchas aquosas e depois
necróticas nas folhas.
Cobre Amarelecimento das folhas, da
base para o ápice, seguindo a
nervura central.
Manchas necróticas nas folhas,
Ferro
manchas amarelo-parda
Deficiência de Ferro induzida,
Manganês depois manchas necróticas ao
longo do tecido condutor.
Manchas amarelas globulares do
Níquel
ápice da planta.
Indução de carência de Fósforo e
Zinco
ou Zinco.
7.2 A ÁGUA
Se a água contém boa quantidade de Ca ou B, por exemplo, este valor deve ser
descontado no momento de adicionar os adubos na solução. Tem-se
recomendado que este desconto deve acontecer quando o valor de um dado
macronutriente ultrapassar a 25% do que seria adicionado a solução
(formulação), e 50% para os micronutrientes. (www.labhidro.cca.ufsc.br).
Em hidroponia a condutividade elétrica deve ser inferior a 0,5 mS/cm, com uma
concentração total de sais inferior a 350 ppm. (Hanger 1986 apud Castellane e
Araújo 1995). Entretanto, Maroto (1990) apud Castellane e Araújo (1995),
considera que o ideal é menos que 200 ppm de sais totais, com cloro e sódio
livres inferiores a 5 e 10 ppm, respectivamente. Quando for utilizada no sistema
NfT, Lejeune e Balestrazzi (1992) apud Castellane e Araújo (1995), consideram
ser a água de boa qualidade quando seus teores máximos de Ca, Mg, SO4 e
HCO3 estão abaixo de 80, 12, 48 e 224 mg/l, respectivamente. Para ferro, boro,
flúor, zinco, cobre e manganês, os teores máximos permitidos são,
respectivamente: 1, 12; 0,27; 0,47; 0,32; 0,06 e 0,24 mg/l.
Não existe uma solução nutritiva ideal para todas as espécies vegetais e
condições de cultivo. Cada espécie vegetal tem um potencial de exigência
nutricional. (Teixeira, 1996).
Por exemplo, quando se usa uma única solução nutritiva para o crescimento de
diferentes hortaliças de folhas, pode-se antever que as plantas de espinafre e
rúcula irão absorver maiores quantidades de cálcio que as plantas de agrião,
alface e almeirão, para cada unidade de potássio absorvido. Se isso não foi
considerado na reposição de nutrientes, ocorrerá deficiência de Ca para essas
culturas com maior capacidade de extração. (Furlani et. al. 1999).
Os produtores desejam freqüentemente obter uma fórmula ótima, que sirva para
todas as culturas, mas isto não é possível. Existem muitas variáveis a considerar
na nutrição de plantas, como:
Estas quantidades dos sais são para preparar 450 ml de solução estoque. Utilize
água quente para dissolver bem os sais. Use 150 ml desta solução por 1000
litros de solução de cultivo.
Ainda segundo Furlani et. al., (1999), o Instituto Agronômico tem uma proposta
de preparo e manejo de solução nutritiva para cultivo hidropônico, destinada a
diversas hortaliças de folhas e já utilizada por muitos produtores em escala
comercial. No seu preparo, são usadas as quantidades de sais/fertilizantes,
conforme consta do quadro 06.
A seguir faça a medição do pH, ele deverá ficar na faixa de 5,5 a 6,5. Se estiver
mais alto que isto adiciona-se ácido sulfúrico ou ácido clorídrico. O ácido deve
ser misturado com um pouco de água e depois ser colocado aos poucos no
reservatório. Mistura-se bem e mede-se de novo o pH, faça isto até chegar ao
valor certo. Se o pH estiver abaixo de 5,5 faz-se a correção com hidróxido de
potássio ou hidróxido de sódio.
No final acrescenta o ferro, pois ele é pouco solúvel e deve ser colocado na
forma complexada com EDTA para ficar dissolvido e disponível para as plantas.
Quando é colocado puro ele precipita e as plantas não conseguem absorvê-lo.
TEMPERATURA
A temperatura da solução não deve ultrapassar os 30ºC, sendo que o ideal para
a planta é a faixa de 18ºC a 24º C em períodos quentes (verão) e 10ºC a 16ºC
em períodos frios (inverno). Temperaturas muito acima ou abaixo desses limites
causam danos à planta, bem como uma diminuição na absorção dos nutrientes
e, conseqüentemente, uma menor produção, com produtos de baixa qualidade,
que serão vendidos a preços mais baixos.
OXIGÊNIO
PRESSÃO OSMÓTICA
CONDUTIVIDADE ELÉTRICA
A solução pode ser apresentar ácida, alcalina ou neutra. Valores baixos (acidez
< 5,5) provocam uma competição entre o íon H+ e os diversos cátions
essenciais (NH+-, Ca2+, Mg2+, K+, Cu2+, Fe2+, Mn2+, Zn2+) e valores
elevados acidez > 6,5 e alcalinidade) favorecem a diminuição de ânios (NO3-,
H2PO42-, MoO4-). Valores inadequados podem levar à precipitação de
elementos.
B – PH DA SOLUÇÃO NUTRITIVA
C – CONDUTIVIDADE ELÉTRICA
No caso de se optar pelo uso de uma solução nutritiva com condutividade de 1,0
ou 1,5 mS ou 1.000 ou 1.500 mS (recomendado para o verão e para locais de
clima quente – região Norte e Nordeste), basta multiplicar por 0,50 ou 0,75 os
valores das quantidades indicadas dos macronutrientes, mantendo em 100% os
micronutrientes.
Segundo Furlani et. al. (1999), a espuma fenólica é um substrato estéril, de fácil
manuseio e que oferece ótima sustentação para as plântulas, reduzindo
sensivelmente os danos durante a operação de transplantio. Dispensa tanto o
uso de bandejas de isopor como a construção do “floating”, pois após a
emergência as mudas são transplantadas diretamente para os canais de
crescimento. É comercializado em placas com 2 cm ou 4 cm de espessura e
com células pré-marcadas nas dimensões de 2 cm x 2 cm.
b) Lavar muito bem cada placa com água limpa. Uma maneira fácil de efetuar
essa operação é enxaguar as placas diversas vezes para eliminar possíveis
compostos ácidos remanescentes de sua fabricação. O uso de um tanque com
dreno facilita o trabalho. Para evitar que a placa de espuma se quebre, usar um
suporte com perfurações que poderá ser, por exemplo, a parte dorsal (base) de
uma bandeja de isopor ou uma chapa de madeira, plástico, PVC ou acrílico com
perfurações de 0,5-1,0 cm de diâmetro, alocadas de forma aleatória. Essas
perfurações auxiliam a drenagem do excesso de água da espuma fenólica;
Por outro lado, uma estufa mal planejada, ou um manejo inadequado das
cortinas, ou ainda uma solução nutritiva com problemas, pode favorecer o
ataque de doenças. Um ambiente quente, úmido e mal ventilado é “doença na
certa”. Na hidroponia, uma vez estabelecida a doença, seu alastramento é
rápido e fulminante. O mesmo acontece quando se permite o ataque de insetos.
Uma vez estabelecido uma infestação, tem-se que tomar medidas rápidas de
controle, principalmente quando se pretende produzir sem agrotóxicos.
(www.labhidro.cca.ufsc.br).
Os substratos utilizados devem ser inertes, pois no caso do uso de turfas pode
haver contaminação por Pythium, Fusarium ou Thelaviopsis.
Duas bacterioses:
• Clavibacter michigenense
• Xanthomonas salacearum
• Colletotrichum
• Fusarium
• Thielaviopsis
• Verticillium
• Pythium
• Phytophtora
• Plasmopara
• Cercospora
• Bremia
Fonte: www.fruticultura.iciag.ufu.br
Porém, esta técnica sòmente foi chamada de Hidroponia, em 1935, pelo então
professor e pesquisador de Nutrição de Plantas, da Universidade da Califórnia,
Dr. William Frederick Gericke, por muitos chamado Pai da Hidroponia.
Além disso, o solo não existe sòmente para o benefício das plantas.
Larvas e insectos também saem do solo, e se alimentam das plantas que nele
existirem, algumas constituindo muitas pragas que às vezes dizimam lavouras
inteiras.
Na prática da hidroponia, as plantas não têm contacto com o solo, pelo que
ficam isentas da invasão das larvas, insectos e bactérias dele provenientes.
Embora não seja uma exigência da hidroponia, as culturas levadas a efeito pela
sua prática, são feitas dentro de estufas, umas mais, outras menos sofisticadas,
de acôrdo com o clima da região onde são instaladas, e mesmo para atender às
necessidades das plantas a cultivar.
Por serem as plantas hidropónicas muito sãs, sua durabilidade após colhidas é
muito grande, sendo normal atingirem vida útil de dez a vinte vezes maior do
que as plantas oriundas de culturas em solos convencionais.
Muitas plantas, como a alface, são fornecidas aos consumidores com as raizes,
e se forem de colheita recente, poderão ser conservadas em casa, num vaso
com água, vivas e prontas para consumo quando necessário.
Lembremo-nos que, o veneno que mata, também cura, desde que devidamente
utilizado. O envenenamento provocado pela mordida de uma cobra, é curado
pela ingestão controlada do veneno da própria cobra.
Existem agrotóxicos naturais e artificiais, sendo que os naturais, regra geral, não
são danosos ao ser humano.
A Neem, também possui vários princípios ativos de cunho medicinal para muitas
afecções, pelo que na Índia, essa árvore é conhecida como "A Farmácia das
Aldeias".
Cabe ressaltar aqui, que devemos hoje abandonar a utilização dos chás,
infusões, ou extratos de folhas de tabaco, pois seu princípio ativo é a nicotina,
composto hoje comprovadamente cancerígeno, quando utilizado sem controle.
Assim, podemos dizer que não são residuais, e na sua maioria, são constituidos
de sais de metais muitas vêzes necessários ao ser humano em doses ínfimas,
chamados de micronutrientes.
As plantas hidroponicas são muito sãs, resistem muito bem a muitas pragas, e
geralmente são colhidas antes que tais pragas possam ser-lhes prejudiciais.
Porém, quando as pragas produzem seu efeito antes da colheita das plantas,
necessário se faz o uso de agrotóxicos, e dentre êstes, os hidroponistas utilizam
sempre os naturais, ou, em doses homeopáticas, os artificiais inorgânicos.
Fonte: www.hydor.eng.br
O QUE É HIDROPONIA
O termo hidroponia vem do grego hidro ponos, que significa “trabalho na água”.
É uma técnica alternativa de cultivo de plantas com solução nutritiva na ausência
ou na presença de substratos naturais ou artificiais.
Solução nutritiva é a mistura de água e adubos colocada no reservatório, que
chega diretamente ao cultivo. Nela estão contidos todos os nutrientes de que a
planta necessita.
Vermiculita
Fibra de coco
Lã de rocha
Areia lavada
Substratos de origem vegetal
HISTORIA
Os primeiros de quem se têm notícia que usaram a hidroponia (do grego hidro
ponos, que significa trabalho em água) foram os Sumérios, habitantes de antiga
Mesopotâmia, que surgiram por volta do quinto milênio antes de Cristo. Na
região, foram encontrados vestígios de poços e canais para a irrigação. Na
Babilônia, os jardins suspensos da rainha Semíramis foram construídos
baseados no cultivo hidropônico. As plantas eram cultivadas em terraços
isolados por uma camada de folhas metálicas, sobre as quais provavelmente se
colocava um substrato composto essencialmente de areia, um pouco de terra e
limo. A água caía em cascata do terraço irrigando esses jardins, considerados
uma das sete maravilhas do mundo. Outros exemplos de cultivos hidropônicos
são os jardins flutuantes chineses da dinastia Chou (1027-770 a.C.) e as
chinampas astecas que flutuavam em águas pantanosas no território de
Tenochtitlan (México).
Mas o desenvolvimento científico da hidroponia – como a origem e a
identificação dos nutrientes - só começou a ser estudado no século XVII. Em
1600, Jan Van Helmont realizou uma experiência com touceira de salgueiro com
a qual concluiu que as plantas retiravam nutrientes da água para seu
crescimento. Ao longo dos séculos seguintes várias experiências foram
realizadas para se tentar descobrir a fórmula dos nutrientes essenciais para as
plantas. A partir de 1850, surgiram diversas fórmulas básicas e algumas delas,
apesar de terem sido apresentadas no início do século XX, ainda são utilizadas,
modificadas ou não.
Em 1925, surgiu o interesse comercial das indústrias de casa de vegetação ou
estufa pela utilização dos cultivos em solução nutritiva para resolver os
problemas da necessidade de rotação de cultura, pragas, doenças, fertilidade e
estrutura do solo com o objetivo de substituir o cultivo convencional. Entretanto,
naquela época não havia um sistema hidropônico comercial.
Em 1929, William F. Gericke desenvolveu uma técnica de cultivo sem solo onde
foram cultivados tomates, cereais, frutas, flores e tubérculos em grande escala.
Em 1940, Gericke apresentou um trabalho descrevendo um sistema hidropônico
quase comercial, pela primeira vez utilizando o termo hidroponia. Em razão das
diferenças climáticas, disponibilidade de materiais, escassez de água e mão de
obra de cada lugar, aos poucos o sistema hidropônico de Gericke foi sendo
modificado. Mais tarde, o cultivo hidropônico foi analisado cientificamente e
foram reconhecidas as suas principais vantagens.
Vantagens
Maior rendimento por área. Por dispensar o uso de terra, a hidroponia pode ser
verticalizada. No Japão, há casos de cultivos hidropônicos em subsolo;
Melhor qualidade do produto. Por ser cultivado em local fechado, o vegetal está
menos suscetível a pragas e enfermidades. Além disso, recebe todos os
nutrientes de que precisa durante todo o crescimento, o que torna a planta mais
saudável e faz diminuir a necessidade de fertilizantes;
Desvantagens
Os sistemas hidropônicos podem ser divididos em dois grupos básicos, que são
os ativos e os passivos. Nos sistemas passivos, a solução hidropônica
permanece estática, e é conduzida às raízes através de um meio de cultura com
alta capilaridade, geralmente ligado a um pavio. Nos sistemas ativos, é
necessária a utilização de uma bomba para a circulação da solução de
nutrientes, e grande parte deles necessita de um sistema paralelo em conjunto
para a aeração ou oxigenação da solução. Existem centenas de sistemas
hidropônicos, mas todos eles são derivados ou a junção de seis sistemas
básicos, que são: Sistema de Pavio, Sistema de Leito Flutuante, Sistema de
Sub-Irrigação, Sistema NFT, Sistema de Gotejamento, e Sistema Aeropônico.
Sistema de Pavio
Este sistema pode ser ativo ou passivo. Quando a oxigenação das raízes é feita
através de borbulhamento de ar, o sistema é considerado passivo. Quando a
oxigenação é feita por circulação da solução de nutrientes, usando-se ou não
algum tipo de injetor de ar, o sistema é ativo. O Leito Flutuante é considerado o
sistema mais simples entre os ativos. As plantas são ancoradas em uma
plataforma que flutua diretamente na superfície da solução de nutrientes contida
em um depósito. As raízes ficam total ou parcialmente imersas na solução. A
oxigenação da solução é necessária. Este sistema é usado geralmente em
plantas de pequeno porte que necessitam de muita água.
Sistema de Sub-Irrigação
Sistema de Gotejamento
Solução Perdida
Recuperação de Solução
A falta de energia elétrica ou desarranjos nas bombas são problemas para este
sistema, assim como possíveis entupimentos nos orifícios dos gotejadores, que
necessitam ser inspecionados com freqüência.
Sistema Aeropônico
Deficiências de Nutrientes
Toda planta necessita de nutrientes para sua sobrevivência, mas cada uma
exige mais ou menos alguns deles. Entretanto, a falta desses nutrientes acarreta
em problemas comuns às plantas. Segue abaixo uma lista do que ocorre com as
plantas na falta de cada nutriente.
Nitrogênio
Fósforo
A planta inteira fica verde azulada, podendo desenvolver um aspecto vermelho
ou roxo. As folhas de baixo devem ficar amarelas, secando de um marrom
esverdeado para o preto. O crescimento é retardado.
Potássio
As folhas ficam com aspecto de papel, com áreas mortas ao longo dos limites
das folhas. O crescimento é retardado.
Magnésio
As folhas de baixo ficam amarelas ao longo das pontas e das margens e entre
as veias. As folhas de baixo murcham.
Cálcio
Zinco
Os tecidos das folhas entre as veias ficam mais claros e amarelados, com
aparência de papel.
Ferro
Cobre
Os limites das folhas ficam verde escuro ou azul, além de se curvarem para
cima. As folhas jovens murcham permanentemente.
Enxofre
Manganês
Molibdênio
As folhas ficam mirradas, verde pálido e com má formação.
Boro
Fonte: www.portalhidroponia.com.br
Hidroponia
Princípios de funcionamento
Vantagens da Hidroponia
Alternativa seria a mecanização, mas neste sentido, tem sido comum o agricultar
passar anos trabalhando, apenas para manter o parque de máquinas e
implementos.
Para piorar a situação, o produtor de hoje tem contas mensais para pagar, seja
luz, água, escola, prestações... Há inclusive pagamentos à vista. Antigamente
ele pagava apenas quando chegava o período de safra.
Diferenciais da hidroponia
Fonte: www.consuagrojr.com.br
Na hidroponia o solo é substituido por um meio inerte onde a planta possa ter
sustentação e os elementos que o vegetal iria retirar da terra são fornecidas por
uma solução contendo sais dos elementos necessários para seu
desenvolvimento. É o que ocorre em países arenosos, que para poderem fazer
uso do solo arenoso utilizam um processo de cultivo similar ao que será
apresentado a seguir.
A areia é usada para sustentar o vegetal, e muitos utilizam até cascalho em seu
lugar, outros não utilizam meio de sustentação, deixando as raízes submersas
na solução nutritiva. Por exemplo, no cultivo de alface utiliza-se uma placa de
isopor com buracos onde as folhas do alface sustentam o próprio vegetal. Mas o
aspecto principal, onde todos os métodos de hidroponia possuem um ponto em
comum, é a solução nutritiva. A solução nutritiva é a chave mestra do cultivo.
Existem vários tipos de soluções nutritivas com as mais variadas formulações
para os mais variados cultivos, mas em todos os cultivos deve haver uma
solução nutritiva.
E por que trocar o solo pela solução nutritiva? O solo já não fornece os mesmos
elementos que a solução nutritiva? Qual a vantagem do uso da hidroponia? A
hidroponia possui várias vantagens em relação ao cultivo no solo.
Claro, que a terra possui os elementos que a planta necessita, mas na forma de
sais pouco solúveis, daí um esforço maior para retirar esses elementos do solo,
pois as raizes da planta absorvem os elementos do solo na forma de íons.
Na solução nutritiva todos os íons estão solubilizados, daí seu esforço para
retirta-los da solução é muito menor, além disso, na hidroponia, utilizam-se
soluções de concentração aproximadamente 50 vezes maior que encontrada na
terra.
2 - Economia de espaço
3 - Economia de tempo
As pragas que geralmente estão no solo (como larvas que comem as raízes dos
vegetais e outras) não conseguem infestar as culturas hidropônicas, não
havendo assim a necessidade do uso de defensivos agrícolas.
Fonte: www.fisgall.com
Hidroponia
Mas como?
O trabalho é mais leve e mais limpo. Não precisa realizar operações como:
aração, gradeação, coveamento, capina. Não há preocupação com rotação de
culturas. A produtividade e uniformidade da cultura é maior. Maior qualidade e
aceitação do produto. Sem desperdício de água e nutrientes. Redução de
pulverizações. Pode ser realizada em qualquer local, mesmo onde o solo é ruim
para a agricultura.
Tem desvantagens?
Fonte: www.portalverde.com.br
INTRODUÇÃO
No Brasil, tem crescido nos últimos anos o interesse pelo cultivo em hidroponia,
predominado o sistema NFT (Nutriente Film Technique). Muitos dos cultivos
hidropônicos não obtêm sucesso, principalmente devido ao desconhecimento
dos aspectos nutricionais deste sistema de produção, isto é, à formulação e
manejo mais adequado das soluções nutritivas. Outros aspectos que também
interferem, estão relacionados com o tipo de sistema de cultivo hidropônico.
Para a instalação de um sistema de cultivo hidropônico é necessário também,
que se conheça detalhadamente as estruturas básicas necessárias que o
compõe (Castellane & Araujo, 1994; Cooper, 1996; Faquin et al., 1996; Martinez
& Silva Filho, 1997; Furlani, 1998).
c) Sistema com substratos: Para hortaliças frutíferas, flores e outras culturas que
têm sistema radicular e parte aérea mais desenvolvidos, utilizam-se vasos
cheios de material inerte, como areia, pedras diversas (seixos, brita), vermiculita,
perlita, lã-de-rocha, espuma fenólica, espuma de poliuretano e outros para a
sustentação da planta, onde a solução nutritiva é percolada através desses
materiais e drenada pela parte inferior dos vasos, retornando ao tanque de
solução.
CONJUNTO HIDRÁULICO
Reservatório
Moto-Bomba e Encanamentos
BASE DE SUSTENTAÇÃO
CANAIS DE CULTIVO
Os canais de cultivo, por onde escoa a solução nutritiva são determinantes para
o sucesso do sistema NFT. A conformação do canal, sua profundidade e largura
influem na qualidade do produto final colhido e diversos são os tipos de canais
que podem ser utilizados.
A) FILME DE POLIETILENO/ARAME
A figura 4 ilustra a montagem deste tipo de canal de cultivo para plantas de ciclo
curto. As bancadas de filme plástico são de construção barata porém trabalhosa,
de difícil manuseio e manutenção e não permitem variações no espaçamento
dos canais e, apesar dos bons resultados que promovem, são cada vez menos
utilizadas. Para plantas de porte maior, os canais dispensam a base de arame
para sustentação do filme plástico, pois são apoiados diretamente em pequenas
valetas abertas no terreno, como será discutido mais adiante.
B) Telhas de amianto
As telhas de amianto com ondas rasas (2,5 cm de altura e espaçadas a 7,5 cm)
são indicadas para a produção de mudas. Para algumas culturas de pequeno
porte, como a rúcula, o almeirão e o agrião, este tipo de canal serve para a
condução das plantas até a fase de colheita. A bancada é construída colocando-
se as telhas de maneira a ficarem com as extremidadades encostadas umas nas
outras ou sobrepostas (Figura 5). Normalmente possuem 0,5 m de largura por
2,44 m de comprimento. São relativamente baratas mas necessitam de atenção
na montagem. Primeiramente, é necessário revestir as telhas com filme plástico
para evitar o contato da solução nutritiva com o cimento amianto e também
vazamentos. Recomenda-se usar o mesmo tipo de filme plástico usado para a
cobertura da estufa, porém com no máximo 100 µ de espessura para facilitar a
sua colocação sobre a telha. Uma desvantagem que apresentam é a limitação
no espaçamento das linhas da cultura, que vão sempre obedecer a múltiplos de
7,5 cm.
Figura 5. Telhas de fibrocimento com as extremidades sobrepostas para
formar os canais
C) TUBOS DE PVC
D) TUBOS DE POLIPROPILENO
E) Canais individuais
Como opção para culturas de sistema radicular e parte aérea maiores, pode-se
confeccionar os canais sobre o solo ou, preferencialmente, sobre uma base
baixa. Faz-se o acerto da declividade do solo onde deve correr o canal e em
seguida instala-se um fio de arame esticado nas pontas com mourões e
esticadores de modo que fique a uma distância de aproximadamente 20 cm do
solo ou da base. Sobre o fundo estende-se o plástico de dupla face (preto e
branco) (Duplalon®) com a face branca para fora ou duas camadas de filme
plástico, o transparente primeiro e depois o preto, que são dobrados para cima e
presos ao “varal” de arame, formando um canal de fundo chato e formato
triangular (Figura 8). A entrada de solução se dá por uma linha de canos que
percorre a cabeceira dos canais e o escoamento ocorre por gravidade até a
canaleta de drenagem que leva ao depósito de solução em nível inferior,
enterrado ou não, de acordo com o terreno. Estes canais também podem ser
utilizados com substrato sólido. Este tipo de estrutura tem sido usado para as
culturas de tomate, pepino, pimentão e outras de maior porte pois fica mais fácil
a sustentação e condução da parte aérea, uma vez que as plantas estão no
nível do solo, adaptando-se aos sistemas de tutoramento apropriados para
essas culturas. Além disso, as extremidades das plantas ficam mais afastadas
do teto da estufa, onde se acumula o ar quente que pode prejudicar o
desenvolvimento vegetal, notadamente o florescimento.
Figura 8. Canal feito sobre o solo com filme plástico dobrado e fixado
com presilha
F) “FLOATING” OU “PISCINA”
No sistema DFT não existem canais, mas sim uma mesa ou caixa rasa nivelada
onde permanece uma lâmina de solução nutritiva. Os materiais utilizados para
sua construção podem ser madeira, plástico e fibras sintéticas (em moldes pré-
fabricados).
G) COM SUBSTRATO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Fonte: www.infobibos.com
Porém, esta técnica sòmente foi chamada de Hidroponia, em 1935, pelo então
professor e pesquisador de Nutrição de Plantas, da Universidade da Califórnia,
Dr. William Frederick Gericke, por muitos chamado Pai da Hidroponia.
Gericke, como tantos outros pesquisadores de nutrição de plantas, usavam esta
técnica a nível laboratorial, e foi êste o primeiro cientista, que desenvolveu sua
aplicação a nível comercial.
Hoje, a Hidroponia está difundida pelo mundo, sendo utilizada para cultivar os
mais diversos vegetais, sejam eles de que tipo ou estatura forem.
Além disso, o solo não existe sòmente para o benefício das plantas.
Ele também é o "habitat" de um sem número de sêres vivos minúsculos, como
larvas e insectos, bem como milhões de bactérias, sendo estas tanto saprófitas
quanto patogénicas.
Larvas e insectos também saem do solo, e se alimentam das plantas que nele
existirem, algumas constituindo muitas pragas que às vezes dizimam lavouras
inteiras.
Embora não seja uma exigência da hidroponia, as culturas levadas a efeito pela
sua prática, são feitas dentro de estufas, umas mais, outras menos sofisticadas,
de acôrdo com o clima da região onde são instaladas, e mesmo para atender às
necessidades das plantas a cultivar.
Cultivo em Tubos
Por serem as plantas hidropónicas muito sãs, sua durabilidade após colhidas é
muito grande, sendo normal atingirem vida útil de dez a vinte vezes maior do
que as plantas oriundas de culturas em solos convencionais.
Muitas plantas, como a alface, são fornecidas aos consumidores com as raizes,
e se forem de colheita recente, poderão ser conservadas em casa, num vaso
com água, vivas e prontas para consumo quando necessário.
Caberá sempre a nós, seja de que maneira fôr, amenizar tais desequilíbrios,
para reduzir ao mínimo essas pragas.
Lembremo-nos que, o veneno que mata, também cura, desde que devidamente
utilizado. O envenenamento provocado pela mordida de uma cobra, é curado
pela ingestão controlada do veneno da própria cobra.
Existem agrotóxicos naturais e artificiais, sendo que os naturais, regra geral, não
são danosos ao ser humano.
A Neem, também possui vários princípios ativos de cunho medicinal para muitas
afecções, pelo que na Índia, essa árvore é conhecida como "A Farmácia das
Aldeias".
Cabe ressaltar aqui, que devemos hoje abandonar a utilização dos chás,
infusões, ou extratos de folhas de tabaco, pois seu princípio ativo é a nicotina,
composto hoje comprovadamente cancerígeno, quando utilizado sem controle.
Assim, podemos dizer que não são residuais, e na sua maioria, são constituidos
de sais de metais muitas vêzes necessários ao ser humano em doses ínfimas,
chamados de micronutrientes.
As plantas hidroponicas são muito sãs, resistem muito bem a muitas pragas, e
geralmente são colhidas antes que tais pragas possam ser-lhes prejudiciais.
Porém, quando as pragas produzem seu efeito antes da colheita das plantas,
necessário se faz o uso de agrotóxicos, e dentre êstes, os hidroponistas utilizam
sempre os naturais, ou, em doses homeopáticas, os artificiais inorgânicos.
As doses de agrotóxicos utilizados na Hidroponia, quando necessários, o que é
um fato raríssimo, são na ordem de um décimo ou um centésimo por cento
daquelas usadas na hoje tão falada Agricultura Orgânica, ou mesmo na
agricultura convencional.
Fonte: www.hydor.eng.br
Hidroponia
Mas como?
Já que o cultivo é feito longe do solo, as plantas não tem contaminantes desse
meio, como bactérias, fungos, lesmas, insetos e vermes. As plantas são mais
saudáveis, pois cresceram em um ambiente controlado procurando atender as
exigências da cultura. Todo produto hidropônico tende a ser vendido embalado,
não entrando em contato direto com mãos, caixas, caminhões, etc. Devido ao
cultivo em ambiente fechado, o ataque de pragas e doenças é baixo, diminuindo
ou anulando a aplicação de defensivos. Com o uso da embalagem você pode
identificar: marca, cidade da produção, nome do produtor ou responsável
técnico, características do produto e telefone de contato. Os vegetais
hidropônicos duram mais na geladeira. A única possível desvantagem pode ser
o preço: maior em alguns poucos centavos.
O trabalho é mais leve e limpo, não sendo necessárias operações como: aração,
gradeação, coveamento, capina. Não há preocupação com rotação de culturas.
A produtividade e uniformidade da cultura é maior. Maior qualidade e aceitação
do produto no ponto de venda é um ponto forte na comercialização. Não há
desperdício de água e nutrientes, diminuindo custos e evitando contaminação do
meio ambiente e diminuição dos recursos naturais. Há uma sensível redução no
número de pulverizações. Devido a independência do tipo de solo, a cultura
hidropônica pode ser realizada em qualquer local.
Tem desvantagens?
Fonte: www.achetudoeregiao.com.br