Você está na página 1de 10

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Bárbara de Troi Silva

A inclusão da Cultura Maker na Publicidade e Empreendedorismo, através de


práticas sustentáveis.

Frutal-MG
2021
Bárbara de Troi Silva

Projeto de pesquisa solicitado pelo Prof. Dr. Fernando


Luiz Zanetti, na disciplina de Metodologia da Pesquisa
em Publicidade, do curso de Comunicação Social:
Publicidade e Propaganda da Universidade do Estado de
Minas Gerais, Unidade Frutal.
Orientador: Prof. Dra. Priscila Kalinke

A inclusão da Cultura Maker na Publicidade e Empreendedorismo, através de


práticas sustentáveis.

Frutal-MG
2021
Resumo
Grosso modo, o termo Cultura Maker tem como princípio a ideia de que o ato de criar e
produzir produtos possa ser feito por qualquer pessoa. Resultando a adoção dessa
prática em ambientes colaborativos, diretamente ligados ao empreendedorismo e à
publicidade, é possível que os processos de co-criação junto às marcas sejam
alternativas viáveis de engajar consumidores às empresas. Aliada a esta proposta
buscamos vincular, neste projeto, às práticas sustentáveis principalmente pela relevância
das empresas atuarem cada vez mais de forma ecológica. Com esta contextualização, o
objetivo deste estudo é entender como a cultura maker pode ser empreendida na
publicidade, bem como fazer uma aplicação por meio da criação de produtos
sustentáveis em uma serralheria e divulgar esta empresa em redes sociais mediante
produções audiovisuais. Quanto aos procedimentos teórico-metodológicos, serão
baseados em estudos bibliográficos sobre a cultura maker, publicidade e
sustentabilidade e, posteriormente, aplicados através de um projeto experimental de
produção audiovisual.

Palavras-Chave: Cultura Maker. Publicidade e Propaganda. Empreendedorismo.


Sumário

1. INTRODUÇÃO...................................................................................................5
2. OBJETIVOS........................................................................................................6
2.1 OBJETIVOS GERAIS.................................................................................6
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS......................................................................6
3. JUSTIFICATIVA................................................................................................7
4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA......................................................................7
5. METODOLOGIA................................................................................................8
6. CRONOGRAMA.................................................................................................9
7. BIBLIOGRAFIA PRELIMINAR......................................................................9
Título: A inclusão da Cultura Maker na Publicidade e Empreendedorismo, através de
práticas sustentáveis.

1. INTRODUÇÃO
De forma rápida e com fácil acesso, vivemos em uma época cuja informação
chega para todos em quantidades massivas e diretas. Um período pautado por inovações
sociais, tecnológicas e ambientais que trazem mudanças bruscas, em que
constantemente há questionamentos quanto a como se adaptar a elas no meio
profissional e na vida em sociedade como um todo. As pessoas estão em plena transição
da Sociedade Industrial para a Sociedade do Conhecimento, e o conhecimento, que
antes era complexo de ser transferido, organizado e armazenado, tornou-se um ativo
mais facilmente gerenciável. (BROCKVELD, 2017, p. 3).
O termo Maker está vinculado à expressão utilizada por alguns teóricos do
assunto relacionado diretamente a chamada “Terceira Revolução Industrial - TRI” ou
“Nova Revolução Industrial”. Já tem algum tempo que a TRI é colocada como a última
fase da grande saga industrial e a primeira da era colaborativa emergente. Ao invés de
um sistema totalmente vertical, propõe-se uma estrutura horizontal e colaborativa, onde
o capital social passa a ter mais importância que o capital financeiro e as relações são
cada vez mais deslocadas de uma propriedade privada baseada em objetos, para uma
participação coletiva em espaços abertos de domínio público possibilitada. Há uma
revolução acontecendo agora e o movimento Maker é parte disso. “A primeira
revolução substituiu músculos por máquinas e introduziu as fábricas. A segunda
substituiu o poder de pensar dos cérebros por computadores. A terceira é uma
combinação das duas.” (MONFREDINI; FROSCH, 2019).
Segundo Rifkin (2011) a Terceira Revolução Industrial 1 terá um impacto tão
significativo no século XXI que provocará mudanças em aspectos do trabalho e da vida
das pessoas. A organização convencional está cedendo às relações colaborativas e
distributivas da Era Industrial Verde, emergente. A versão atual do DIY (Do It
Yourself), teve início na primeira década do século XX, quando norte-americanos

1
Como citado no projeto, a Terceira Revolução industrial nesse período teve avanços e aprimoramentos
tecnológicos até então nunca vistos. A Terceira Revolução Industrial, também conhecida como
Revolução Técnico-científica, iniciou-se em meados do século XX (1950), no período Pós-Segunda
Guerra Mundial. O momento de maior avanço tecnológico, caracterizado especialmente pela inserção da
tecnologia no campo científico, atrelando-o à indústria e ao sistema produtivo, transformando as relações
sociais e o dia a dia da sociedade.
defensores do movimento Art and Crafts promoveram o interesse pelo estilo simples do
mobiliário e a arquitetura doméstica, assim, saíram ao mercado magazines como
mecânica popular e ciência popular publicando artigos sobre como fazer coisas e
encorajar aos donos de casa a empreender algumas de suas remodelações. Nessa
dinâmica, aparece em 1912 à frase Do It Yourself, encorajando aos donos de casa a
pintar eles mesmos sua casa, em lugar de contratar um pintor profissional.
(GOLDSTEIN, 1998, p.18|).

2. OBJETIVOS

2.1 OBJETIVOS GERAIS


Compreender como a Cultura Maker está se inserindo na Publicidade por meio de um
estudo sistemático do mercado e da prática em agências, bem como a aplicação em um
projeto experimental audiovisual focando esta relação com práticas sustentáveis.
Delimitando os objetivos dessa pesquisa em contexto geral e específico, analisando
como o empreendedorismo sustentável abrange diferentes empresas, firmas, agências ou
qualquer outro tipo de negócio, que se preocupa com os fatores ambientais e sociais,
utilizando também meios da Cultura Maker e Publicidade.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS


1) Aprofundar a pesquisa quanto aos conceitos de Cultura Maker, Publicidade, Práticas
Sustentáveis e Empreendedorismo a fim de conseguir articular estas ideias no
desenvolvimento de um produto audiovisual.
2) Investigar práticas da utilização da Cultura Maker em agências de publicidade com
vistas a perceber trabalhos de inovação e criatividade na área, além de servir como
inspiração para a construção do produto audiovisual.
3) Elaborar um material audiovisual com o emprego da Cultura Maker e
sustentabilidade na publicidade, direcionando a um cliente real, no caso uma serralheria
localizada na cidade de Frutal.

3. JUSTIFICATIVA
Tratando-se de setores empresariais, pelos quais o compartilhamento de ideias,
inovações e compromisso com o cliente tornam-se diferenciais da atualidade, fazendo
com que até mesmo o público participe de uma realidade direta dos que nela atuam. A
economia gerada nas grandes e pequenas empresas atualmente por meio de mão de obra
barata, eficaz e ágil, vem mostrando como se é necessário utilizar meios como estes.
Principalmente quando se relaciona a práticas sustentáveis, que além de ajudar o meio
ambiente, pode ocorrer a diminuição de gastos exorbitantes com materiais novos de
fábrica.
O cenário de inovações e de práticas sustentáveis vem se inserindo no mercado
publicitário, apesar dos estudos acadêmicos iniciarem há pouco tempo as pesquisas
sobre estas relações. Levando em conta toda a inovação do meio empreendedor e meio
mercado juntamente com a publicidade, todo o trabalho realizado poderá ser acessado
em uma plataforma de forma pública (Youtube), podendo alcançar e abranger diversos
públicos. Ainda assim a Cultura Maker associada à Publicidade e Empreendedorismo
pode ser uma boa estratégia para tornar jovens empreendedores mais engajados e
conectados com o futuro do meio mercado.
Em síntese, abordaremos temas e interesses sustentáveis em plataformas da
atualidade, mostrando todo o processo criativo da campanha, desde o início do produto,
até o fim dele. De forma livre, buscando sempre acompanhar a atualidade e levando em
conta como principal formato de criação, a contemporaneidade. Com segurança e
responsabilidade, os vídeos serão postados e repostados em redes sociais que já estão
sendo monitoradas, utilizando textos simples e explicativos sobre o que foi produzido,
com simplicidade de uma gravação tradicional e caseira, porém, com um segmento sério
e padronizado.

4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Com um mundo cada vez mais tecnológico e inovador, a necessidade de estar
conectado com o mercado e buscando novas formas de empreender, se torna diferencial.
Ícaro de Abreu, head de inovação da IBM, e Heloisa Neves, fundadora do FabLab,
destacam e mostram em uma entrevista, como agências e marcas podem aprender com a
Cultura Maker:
De tempos em tempos, algumas expressões do mercado criativo
independente caem no gosto do mundo corporativo, e a “Cultura
Maker” é uma delas. Em essência, as metodologias makers priorizam
a execução dos projetos e o momento “mão na massa” em detrimento
do planejamento excessivo, embora seja associado ao movimento
DIY, o movimento Maker pressupõe a colaboração plena e não
hierarquizada entre profissionais de diferentes áreas (ABREU;
NEVES, 2019).
Segundo Cabeza; Moura, (2015),
No cenário contemporâneo, o DIY vem tomando força novamente
com os avanços das tecnologias de fabricação digital e a diluição da
fronteira entre os bits e os átomos, dando origem a novos tipos de
comunidades que propõem novas formas de produção. (...) Ao
contrário da maioria das espécies naturais, os humanos se
caracterizam por fabricar artefatos para seu benefício ou para adaptar
o entorno natural a suas necessidades. Essa característica gerou uma
conexão entre mão e cérebro, entre o fazer e o pensar, inseparáveis da
condição humana, que tem permitido ao homem, no decorrer de sua
existência, transformar, recriar, projetar, refletir sobre, explicar e
transformar constantemente sua realidade, desafiando a sua própria
inteligência. (CABEZA; MOURA, 2015, p.1).

Com base nesses dados, entende-se que a Cultura Maker está cada vez mais
conectada com o futuro, desta forma, Monfredini; Frosch afirma, (2019),
O padrão de trabalho colaborativo e horizontalizado proposto e
praticado por Linus, após suas várias tentativas e o sucesso obtido
aproximadamente no final do século XX, foi um exemplo para outros
projetos além da área da produção de softwares e contaminou
positivamente outras áreas de criação e processos de serviços,
indústria, educação, entre outros. (MONFREDINI; FROSCH, 2019).

Nota-se que a responsabilidade ambiental está crescendo em meio às pessoas,


pois o meio ambiente está respondendo aos impactos que cada empresa causa no
mesmo.
A responsabilidade ambiental tem se tornado essencial para que as
empresas se mantenham competitivas no mercado, para desenvolver
suas atividades de forma ambientalmente sustentável, as empresas têm
buscado modos de reduzir seus impactos ambientais. (Blog de
Engenharia, 2019).

5. METODOLOGIA
Além da pesquisa bibliográfica, este Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)
também fará a aplicação prática dos conceitos teóricos estudados a priori, ou seja,
também se constituirá de projeto experimental. De acordo com França e Freitas (1997)
projeto experimental no campo da comunicação é uma pesquisa aplicada e direcionada
ao mercado. Em outras palavras, tem como objetivo proporcionar aos estudantes a
oportunidade acadêmica de dialogar com o mundo do trabalho por meio do
desenvolvimento de aplicação prática, de modo mais laboratorial. Para Dias (2009, p.
23), projeto experimental tem como “princípio norteador a integração plena entre as
disciplinas estudadas durante o curso, com objetivo claro de atender às necessidades
mercadológicas (marketing) e de comunicação através de um plano desenvolvido para o
cliente prospectado”. Neste sentido, este trabalho visa o desenvolvimento de um canal
no Youtube para uma serralheria, buscando empregar os conhecimentos sobre produção
audiovisual, Cultura Maker e Publicidade através de práticas sustentáveis.
O projeto também busca empreender e inovar a empresa, utilizando a publicidade, de
maneira simples, e com conteúdos possíveis de serem produzidos. Levando ao
consumidor e ao cliente, o melhor conteúdo de todo o trabalho realizado.

6. CRONOGRAMA
Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro

Levantamento x
bibliográfico

Fichamento x
Coleta de x
dados
Análise de x
dados
Redação da 1ª x
versão
Revisão x
Pré-banca 2022
Análise 2022

Banca Final 2022

7. BIBLIOGRAFIA PRELIMINAR
BROCKVELD, Marcos Vinicius. Co-autoras: TEIXEIRA, Clarissa Stefani; DA
SILVA, Mônica Renneberg. A Cultura Maker em prol da inovação: boas práticas
voltadas a sistemas educacionais. Rio de Janeiro: Conferência Anprotec, 2017.

DIAS, Edson de Paiva. Projeto experimental de propaganda. 2. Ed. São Paulo: Iglu,
2009.
FRANÇA, Fábio; FREITAS, Sidinéia G. Manual de qualidade em projetos de
comunicação. São Paulo: Pioneira, 1997.

MONFREDINI, Ivanise; FROSCH, Renato. O espaço maker em universidades:


possibilidades e limites. EccoS Revista Científica, núm. 49, 2019, pp. 1-20.

CABEZA, E.U.R.; MOURA, M. O DIY vive! V!RUS, São Carlos, n. 10, 2015.

ABREU, Ícaro; NEVES, Heloisa. O que marcas e agências podem aprender com a
cultura maker? Meio e Mensagem, 2019. Disponível em:
<https://sebraers.com.br/momento-da-empresa/cultura-maker-e-empreendedorismo-
tendencias-na-area-educacional/>.
Acesso em: 20/08/2021.

Saiba como reduzir o impacto ambiental com sua empresa. Blog de Engenharia,
2020. Disponível em: <https://fluxoconsultoria.poli.ufrj.br/blog/neutralizacao-de-
carbono/>. Acesso em 19/08/2021.

Você também pode gostar