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ADM2

SULEAR:
O Decolonialismo e a
Filosofia Africana

Equipe: Alriane Maia, Caren Mabelle,


Francisco Alisson, João Vitor, Joicilene Aguiar,
Laís Moura, Luiz Emanuel, Maria Clara, M.
Eduarda Anjos, Mariana Anibal, M. Vitória.
Tópicos

01 Introdução 02 Desenvolvimento
do trabalho
-Por que "Sulear"?
-Colonialismo -Lei 10.639
-Decolonialidade -Só a Europa produziu Filosofia?
-Nossa pesquisa

03 Conclusão
-Uma educação decolonial
-Oficina dos Mitos Aficanos
-Banner
-Folder
01
Introdução
"É tempo de aprendermos a nos libertar do
espelho eurocêntrico onde nossa imagem é
sempre, necessariamente, distorcida. É tempo,
enfim, de deixar de ser o que não somos."
-Anibal Quijano
Por que "Sulear"?
O termo sulear foi aqui escolhido por nós, para
ilustrar a Decolonidade.
Com SULear pretende-se dar valor e visibilidades às
perspectivas e às epistemologias do Sul, como forma
de contrariar a lógica dominante da episteme
eurocêntrica que apresenta o Norte e o sentido do
norte como referência universal, qualquer que seja o

Origem do termo
hemisfério.

Esse termo foi criado por Marcio D’Olne Campos


em 1991 para problematizar e, opor-se ao termo
nortear (norte: acima, superior; sul: abaixo, inferior)
fortemente presente entre a população brasileira
como sinônimo de orientar-se numa determinada
direção - embora encontre-se, por vezes, o sentido
figurado de direção moral.
O Colonialismo
É uma doutrina política, econômica e militar que
embasa as conquistas territoriais com o intuito de
estabelecer o controle e autoridade da metrópole, por
meio da imposição administrativa e cultural.
Na prática, o que ocorre é a exploração dos recursos
naturais da colônia em benefício da metrópole
colonizadora. Como resultado, a população que
explora se desenvolve economicamente, enquanto a
explorada é aniquilada, escravizada ou, na melhor das
hipóteses, dominada e oprimida ao máximo.
Decolonialidade
O pensamento decolonial tem origens na produção
teórica de Aníbal Quijano e no desenvolvimento do seu
conceito de colonialidade do poder na década de 1990.
A teoria decolonial coloca em xeque os parâmetros de
validade do conhecimento produzido pelo velho mundo e
posiciona o sul global na condição de norte
epistemológico. Um novo princípio orientador para
explicação e interpretação do “processo civilizatório”,
cujo modelo canônico de desenvolvimento e
modernização deixa de ser a Europa, em favor da
compreensão de experiências plurais que levem em
conta expressões culturais de grupos distintos e
cosmovisões diferenciadas, especialmente, ameríndias e
afro-diaspóricas (ARROYO, 2011; McEWAN, 2019)
Decolonialidade
Essa perspectiva tem fornecido novas leituras analíticas,
teóricas e conceituais que contribuem para a renovação
das ciências sociais latino-americanas, a partir da
narrativa que identifica a América Latina como continente
fundacional do colonialismo, tendo a seu serviço o
racismo, a diferença colonial e a estrutura opressora no
tripé colonialidade do poder, saber e ser (BALLESTRIN,
2013)1 .
02
Desenvolvimento
da pesquisa
"Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares,
torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira.
§ 1o O conteúdo programático a que se refere o caput deste artigo incluirá o estudo da
História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o
negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas
áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil.
§ 2o Os conteúdos referentes à História e Cultura Afro-Brasileira serão ministrados no âmbito
de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de Educação Artística e de Literatura e
História Brasileiras.

LEI 10.639\2003
Só a Europa
produziu Filosofia?
Só a Europa produziu
Filosofia?
A filosofia corresponde a mais
antiga das “disciplinas”, é
apresentado como a Mãe das
ciências. Filosofia Africana

No entanto, ela totalmente atribuída ao Ensinamento de Ptah-


europeus. Em todo o currículo dos três anos do hotep
ensino médio, estudamos os filósofos, as
correntes, as temáticas. Uma diversidade de Henry Odera Oruka
temas. Mas o que eles tem em comum.. o lugar
de fala, a Europa. Não entra no currículo as Léopold Sédar Senghor
formas de pensamento de outros povos ou
Wole Soyinka
culturas.
Ebiegberi Alagoa
Nossa pesquisa
Fizemos um levantamento de dados com os alunos aqui da
escola. Entrevistamos 446 alunos.

Pergunta 1 Pergunta 2
Sabem o que é "Colonialismo"? Tiveram aulas de Filosofia No
Fundamental?

Pergunta 3 Pergunta 4
Já estudaram Filosofia Africana? Conhecem o termo
"Decolonialidade"?
Nossa pesquisa
40

ADM1 30

ADM2
20

ADM3
10

0
Pergunta 1 Pergunta 2 Pergunta 3 Pergunta 4
Nossa pesquisa
40

AGRO1
30

AGRO2

AGRO3
20

10

0
Pergunta 1 Pergunta 2 Pergunta 3 Pergunta 4
Nossa pesquisa
25

INFO1 20

INFO2 15

INFO3 10

0
Pergunta 1 Pergunta 2 Pergunta 3 Pergunta 4
Nossa pesquisa
30

INFO1

INFO2 20

INFO3
10

0
Pergunta 1 Pergunta 2 Pergunta 3 Pergunta 4
Nossa pesquisa
Pergunta 4
29

Pergunta 1
148

Pergunta 3
130

Pergunta 2
100
O que concluimos?

A escola Osmira recebe alunos das mais diversas localidades do


município. Tanto da sede como dos 08 distritos. De mais de 400
alunos entrevistados pouco mais de 100 conhecerem a discussão
sobre o tema demonstram como ainda estamos longe de realizar
de fato uma educação que dialogue com a nossa realidade étnico
racial. E mais ainda, como mesmo depois de 20 anos da lei 10.639,
que institui a obrigatoriedade da temática no ensino não é
respeitada.
03
Conclusão
Uma educação decolonial
Partindo da ideia de que Decolonializar diz respeito às tentativas de criar algo novo que transcenda a lógica
da colonialidade,ou seja, significa ter acesso a outras formas de conhecimentos produzidos pela diferentes
povos, de outra lógicas além dos modelos europeus.
Nesse sentido nos questionamos o porquê da filosofia africana não ser considerada como tal pelo
pensamento eurocentrista. Negar a existência de uma filosofia africana, ou outras filosofias quaisquer, nega
a capacidade do pensamento raciocinado e com encadeamento lógico por parte de outros povos ou etnias,
como ocorre com o pensamento africano, é um grave sintoma de intolerância e opressão, que teve
seu início marcado na história de humanidade (ou desumanidade) através de uma diáspora permeada
pelo genocídio, etnocídio e epistemicídio dos povos do continente africano.
Para Renato Noguera (2015), o represamento do pensamento como uma imposição eurocêntrica colonial
tem gerado recorrentes epistemicídios para a manutenção do eurocentrismo e seu mito europeu do
nascimento de uma filosofa grega.
Oficina dos Mitos Africanos
Por fim, o estudo de temática da filosofia
africana na escola é possível. Nós
começamos aqui na escola um projeto de
oficinas .
A primeira delas foi realizada com duas
turmas de 1 série. Discutimos o conceito
de eurocentrismo e os perigos de se ter
uma única história. E apresentamos os
Mitos africanos de MAWU-LISA e
MACUAS, OS DOIS BURACOS NA
TERRA. Após a apresentação os alunos
ilutraram os mitos.
Com essa atividade foi possível
conhecer, apreciar e considererar a
variedade das manifestações culturais
dos povos povos africanos, bem como
conhecer a produção culturais de
diferentes povos para valorizá-las e
respeitá-las
Uma educação decolonial
Por fim, esta questão é latente no próprio ensino da filosofia
no Brasil que historicamente negou ou invisibilizou os
conhecimentos relacionados à intelectualidade africana,
ignorando a intrínseca relação entre Brasil e África por meio
de grande da parte da sua população. Por isso é tão
significativo e necessário um momento como este, de
discutir o tema da filosofia africana e sua relevância no
ensino brasileiro. Apontando novos caminhos novas rotas,
enxergando um Sul!
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Folder
Obrigada pela
atenção!

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