CONCEPÇÃO CIENTÍFICASOBRE PLANTAS MEDICINAIS - Resumo do artigo
Nazaré da Mata, 2020
Planta medicinal é toda planta que administrada ao homem ou animal, por qualquer via ou forma, exerça alguma ação terapêutica. As plantas medicinais são um dos componentes da biodiversidade do nosso planeta. A fitoterapia, por sua vez, é caracterizada pelo tratamento com o uso de plantas medicinais e suas diferentes formas farmacêuticas, sem a utilização de prin- cípios ativos isolados.
A maior parte da população, especialmente dos países em
desenvolvimento, confiam nos derivados de plantas medicinais para seus cuidados com a saúde. cerca de 25% de todas as prescrições médicas são formulações baseadas em substâncias derivadas de plantas ou análogos sintéticos derivados destas. Neste contexto, entende-se que o conhecimento das plantas medicinais comumente usadas pela população é muito importante aos profissionais de saúde. Pois estes precisam estar atentos às melhores maneiras de orientar e minimizar os riscos relacionados ao uso incorreto destas plantas.
As plantas medicinais já são usadas há milênios pela humanidade. Até o
século XIX os recursos terapêuticos eram constituídos predominantemente por plantas e extratos vegetais, o que pode ser confirmado pelas Farmacopéias da época. Após o século XX, mesmo com toda a evolução em relação aos medicamentos, ainda são muito utilizadas. A partir do século XX, além do uso popular, iniciou-se também a tendência ao isolamento de princípios ativos nas plantas.
Quanto ao uso popular, as plantas representavam, e ainda representam,
um importante papel na saúde da população. Suas atividades terapêuticas foram sendo descobertas empiricamente por vários povos, e costumam ser passadas verbalmente de geração em geração, até os dias de hoje. Algumas vezes, quando investigadas, têm o seu potencial reconhecido e acabam virando medicamentos. Outras, não têm a sua atividade comprovada.
Com o advento da indústria farmacêutica, durante um período, plantas
medicinais foram colocadas um pouco de lado, tidas como algo um tanto primitivo. De algum tempo pra cá, no entanto, cada vez mais têm chamado a atenção, mesmo das grandes empresas. Que percebem agora o enorme potencial desta área. Apesar disto, grande parte das plantas medicinais ainda não estudos que proporcionem informações técnicas suficientes , que possam garantir qualidade e segurança no uso destas plantas. Atualmente, percebe-se o interesse governamental e profissional em associar o avanço tecnológico ao conhecimento popular e ao desenvolvimento sustentável visando a uma política de assistência em saúde eficaz, abrangente, humanizada e independente da tecnologia farmacêutica.
Levando em consideração todo o histórico citado, podemos observar, a
cada dia, crescer a necessidade de ampliação e incentivo a estudos etnobotânicos e etnofarmacológicos, para que haja um aumento do acervo de informações acerca das plantas medicinais.