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Ada Lovelace

Augusta Ada Byron King, Condessa de Lovelace (nascida Byron, 10 de dezembro de 1815
— 27 de novembro de 1852), atualmente conhecida como Ada Lovelace, foi uma matemática e
escritora inglesa. Hoje é reconhecida principalmente por ter escrito o primeiro algoritmo para ser
[1][2]
processado por uma máquina, a máquina analítica de Charles Babbage. Durante o período
em que esteve envolvida com o projeto de Babbage, ela desenvolveu os algoritmos que
permitiriam à máquina computar os valores de funções matemáticas, além de publicar uma
coleção de notas sobre a máquina analítica. Por esse trabalho é considerada a primeira
[3][4]
programadora de toda a história.
Lovelace nasceu em 10 de dezembro de 1815 e é a única filha legítima do poeta Lord Byron e
[5]
sua esposa Anne Isabella "Anabella" Byron, Lady Wentworth. Todos os outros filhos de Lorde
[6] [7]
Byron nasceram fora do casamento. Byron foi escritor de uma das versões de Don Juan. Se
separou da esposa um mês depois do nascimento de Ada e deixou a Inglaterra para sempre,
quatro meses depois. Acabou morrendo doente durante a Guerra da Independência Grega,
quando Ada tinha oito anos de idade. A mãe de Ada promoveu o interesse de Ada em
matemática e lógica, em um esforço para impedi-la de desenvolver o que ela via como a
insanidade de Lord Byron. Mas Ada permaneceu interessada em seu pai e, a seu pedido, foi
[8]
enterrada ao lado dele quando morreu.
Na juventude, seus talentos matemáticos levaram-na a uma relação de trabalho e de amizade
com o colega matemático britânico Charles Babbage e, em particular, o trabalho de Babbage
sobre a Máquina Analítica. Entre 1842 e 1843, ela traduziu um artigo do engenheiro militar
italiano Luigi Federico Menabrea sobre a máquina e complementou com um conjunto de sua
própria autoria, que ela chamou de Anotações. Essas notas contêm um algoritmo criado para
ser processado por máquinas, o que muitos consideram ser o primeiro programa de
computador. Ela também desenvolveu uma visão sobre a capacidade dos computadores de
irem além do mero cálculo ou processamento de números, enquanto outros, incluindo o próprio
[9] [10]
Babbage, focavam apenas nessas capacidades. Sua mentalidade da "ciência poética" a
levou a fazer perguntas sobre a máquina analítica (como mostrado em suas notas) e a examinar
como os indivíduos e a sociedade se relacionam com a tecnologia como uma ferramenta de
[11]
colaboração.
Casou-se, aos 20 anos com William Lord King. Este foi nomeado Conde de Lovelace em 1838,
[carece de
e Ada tornou-se Lady Lovelace. Ada morreu de câncer de útero, aos 36 anos de idade.
fontes]

História

Infância
Ada Lovelace nasceu Augusta Ada Byron em 10 de dezembro de 1815, em Londres, na
Inglaterra. Filha do poeta George Gordon Byron, 6º Barão Byron, e de Anne Isabella "Annabella"
[12]
Milbanke, Baronesa Byron. George Byron esperava ser pai de um menino e ficou
[13]
desapontado quando sua esposa deu à luz uma menina. Augusta recebeu esse nome por
[14][4]
causa da meia-irmã de Byron, Augusta Leigh, e foi chamada de "Ada" pelo próprio George.
Em 16 de Janeiro de 1816, Annabella, a pedido de George, se mudou para a casa de seus pais
[15]
em Kirkby Mallory levando Ada com ela, que na época tinha apenas um mês de idade.
Embora a lei Inglesa desse ao pai a custódia total de seus filhos em caso de separação, Byron
não fez nenhuma tentativa de reivindicar seus direitos, mas pediu para que sua irmã o
[16]
mantivesse informado sobre o bem-estar de Ada. Em 21 de abril, Byron assinou a escritura
[17]
de separação, com muita relutância, e deixou a Inglaterra para sempre alguns dias depois.
Além de não aceitar bem a separação amarga, Annabella fez acusações sobre o
[18]
comportamento imoral de Byron, durante toda sua vida. Este conjunto de eventos deixaram
Ada famosa na sociedade vitoriana. Byron não tinha um relacionamento com sua filha e nunca
mais a viu. Ele morreu em 1824, quando ela tinha oito anos. Sua mãe era a única figura parental
[19]
significativa em sua vida. Ada não foi autorizada a ver qualquer retrato de seu pai até seu
[20]
vigésimo aniversário. Sua mãe se tornou Baronesa Wentworth em 1856.
Ada não era próxima de sua mãe e era deixada aos cuidados de sua avó materna Judith Hon,
Lady Milbanke, que a mimava. Porém, devido aos costumes da época, Lady Byron teve de se
comportar como uma mãe amorosa aos olhos da sociedade. Ela enviava cartas para Lady
Milbanke onde falava sobre o bem-estar da menina, mas sempre com uma nota instruindo a avó
a guardar as cartas para que a mesma pudesse usá-las para provar seu amor maternal. Em
uma das cartas, Lady Byron se referiu à Ada como “aquilo”: “Falarei com aquilo para lhe
satisfazer, e não para deleite próprio, e deverás ser grata quando aquilo estiver sobre tua
[21]
guarda”. Durante sua adolescência, Ada foi vigiada por conhecidos de Lady Byron, a fim de
lhe reportar qualquer sinal de desvio moral, a menina os apelidou de “Fúrias” e dizia que
[21]
inventavam histórias exageradas sobre sua pessoa.
No início de sua infância, Ada se encontrava doente com frequência. Aos oito anos de idade, a
[22]
menina sofria de fortes dores de cabeça que prejudicavam sua visão. Em junho de 1829, Ada
ficou paralisada após contrair sarampo, foi obrigada a ficar de repouso em sua cama por quase
um ano, o que afetou sua capacidade de andar. Em 1831, a menina se locomovia com o uso de
muletas. Mesmo após ter tido sequelas devido à doença, Ada conseguiu desenvolver suas
habilidades matemáticas e tecnológicas.
Aos doze anos de idade, Ada decidiu que queria voar, desejo que lhe traria o apelido de
“Senhora Fada” carinhosamente dado por Charles Babbage. Ela então focou-se metodicamente
em seu plano, desenvolveu-o com cuidado, imaginação e amor. Em fevereiro de 1828, Ada deu
seu primeiro passo e decidiu construir um par de asas, algo que demandou uma pesquisa de
diversos materiais, como papéis, seda a prova d’agua, arames e penas. Ela também estudou a
anatomia dos pássaros para encontrar a proporção exata entre o corpo e as asas dos animais.
Ada decidiu escrever um livro chamado “Flyology”, podendo ser traduzido como o “Estudo do
voo”, que foi ilustrado com suas ideias. Ela decidiu que precisaria de uma bússola para
“atravessar o país pelo caminho mais curto” e vencer montanhas, rios e vales. Seu último passo
[6]
seria juntar o vapor à “arte de voar”.
No início de 1833, Ada teve um caso com seu tutor, e tentou fugir ao seu lado após ter sido
descoberta, mas foi reconhecida pelos parentes do tutor, que contataram a sua mãe. Lady
Byron, junto a seus amigos, conseguiram esconder o incidente antes que virasse um escândalo
[21]
público. Ada nunca conheceu sua meia irmã, Allegra, filha de Lord Byron e Claire Clairmont,
a criança morreu aos cinco anos de idade em 1822. Ada teve contato com Elizabeth Medora
Leigh, a filha da meia irmã de seu pai, Augusta Leigh, que a evitava o máximo possível ao ser
[23]
introduzida a Corte.

Vida adulta
Ada tornou-se amiga próxima de sua tutora Mary Somerville, que a apresentou para Charles
[21]
Babbage em 1833. Ela respeitava e adorava Mary, as duas trocaram cartas por muitos anos.
Dentre outros conhecidos de Ada estavam os cientistas Andrew Crosse, Sir David Brewster,
Charles Wheatstone, Michael Faraday e o autor Charles Dickens. Aos dezessete anos foi
[23]
apresentada à Corte e ficou conhecida por sua mente brilhante. Em 1834 Ada já frequentava
a Corte com frequência e passou a participar de vários de seus eventos. Dançava com
frequência e encantava as pessoas com seu charme e era vista como uma moça delicada; já um
amigo de seu pai, John Hobhouse, a descrevia como “uma jovem mulher volumosa de pele
[23]
áspera, mas com traços semelhantes ao de um amigo, especialmente os lábios”. Esta
descrição foi seguida de um encontro em 24 de fevereiro de 1834, onde Ada deixou claro que
não gostava de John, provavelmente devido a sua mãe, Lady Byron, que a influenciava a não
gostar dos amigos de seu pai. Mesmo após esta má impressão, os dois viraram amigos mais
[23]
tarde.
Ada casou-se com William 8th Baron King, em julho de 1835, e tornou-se Lady King. Eles
possuíam três casas: Ockham Park em Surrey; uma casa de campo escocesa no vilarejo de
Loch Torridon em Ross-shire na Escócia; e uma casa em Londres. Os dois passaram a lua de
mel em Worthy Manor em Ashleu Combe, próximo à Porlock Weir, Somerset. A mansão foi
construída inicialmente para ser uma cabana de caça em 1799 e foi reformada por William
especialmente para a lua de mel e mais tarde foi transformada em uma casa de veraneio e
passou por novas melhorias. Em 1845, a casa principal da família ficava em Surrey, na
Inglaterra, chamava-se East Horsley Towers e foi reconstruída pelo arquiteto Charles Barry
[24][25]
durante o movimento neogótico.
Eles tiveram três filhos: Byron, nascido em 12 de Maio de 1836; Anne Isabella, apelidada de
Annabella, nascida em 22 de Setembro de 1837; e o caçula Ralph Gordon, nascido em 2 de
Julho de 1839. Após o nascimento de Annabella, Ada sofreu de “uma enfadonha e dolorosa
[23]
enfermidade, e levou meses para se curar”. Ela era descendente dos extintos Barões de
[26]
Lovelace e, em 1838, seu marido se tornou Conde de Lovelace e Visconde de Ockham,
tornando-a Condessa de Lovelace. Em 1843-1844, Lady Byron, mãe de Ada, indicou William
[21]
Benjamin Carpenter para ser tutor de seus netos e tutor “moral” de Ada. William
apaixonou-se por ela e a encorajou a expressar quaisquer sentimentos reprimidos, dizendo que
seu casamento significava que ele nunca poderia agir inapropriadamente, mas quando ficou
[21]
claro que ele desejava ter um caso com Ada, ela rapidamente o cortou.
Em 1841, a mãe de Ada, Lady Byron, revelou à moça e à Medora (filha de Augusta Leight, que
[23]
era meia-irmã de Lord Byron) que o pai de Ada e Medora eram a mesma pessoa. Em 27 de
fevereiro daquele ano, Ada escreveu uma carta para sua mãe, dizendo “Não estou nem um
pouco surpresa, na verdade a senhora apenas me confirmou uma dúvida que vem aterrorizando
[23]
minha mente por anos, e que não tinha capacidade de lhe sugerir que suspeitava de tal fato”.
Ada não culpou seu pai pela relação incestuosa, pelo contrário, ela culpou Augusta: “Temo que
[27]
ela é inerentemente mais perversa do que ele jamais foi”. Na década de 1840, Ada
[21]
envolveu-se em diversos escândalos, primeiro em relações extramatrimoniais e segundo em
[28]
jogos de azar. Ela supostamente perdeu mais de 3 mil libras ao apostar em cavalos. As
apostas incentivaram-na a criar uma associação com seus amigos que a levou a uma tentativa
de criar um modelo matemático ambicioso que resultava em sucesso em apostas grandes em
1851. Ada falhou desastrosamente, perdeu milhares de libras para a associação e teve de
[21]
contar o ocorrido ao marido. Ela teve um relacionamento escondido com John Crosse, filho
do cientista Andrew Crosse, em 1844 e diante. John destruiu maior parte das correspondências
trocadas após a morte de Ada, como parte de um acordo legal. Ela deixou como herança para
[21]
John as relíquias que seu pai lhe deu em vida. Em seus dias finais, Ada temia a ideia de que
[21]
John seria privado de visitá-la.

Educação
[22]
Mesmo quando Ada ficava doente durante sua infância, a menina continuava a estudar. Com
o objetivo de acabar com quaisquer sinais de insanidade herdados de seu pai Lord Bryon, a
mãe de Ada se certificou que a criança aprendesse matemática desde cedo. Ada foi educada
em casa, aprendia matemática e ciências com William Frend, William King e Mary Somerville.
Mais tarde seria tutorada pelo matemático e lógico Augustus De Morgan. Aos dezessete anos,
[23]
em 1832, suas habilidades matemáticas começaram a emergir e o interesse neste campo
esteve presente durante sua vida adulta. Augustus sugeriu em uma carta endereçada à mãe de
Ada, Lady Byron, que as habilidades matemáticas da jovem poderiam torna-la “uma
[22]
investigadora matemática de primeira”.
Ada acreditava que a intuição e a imaginação eram fundamentais para pôr em prática conceitos
matemáticos e científicos de forma eficaz. Ela valorizava a metafísica tanto quanto a
[11]
matemática, sendo ambas ferramentas para explorar "mundos invisíveis ao nosso redor".

Morte
Ada faleceu com a mesma idade que seu pai, aos 36 anos em 27 de novembro em decorrência
[29]
de um câncer uterino, provavelmente agravado pela sangria realizada por médicos. A doença
perdurou por meses, nos quais Annabella assumiu controle sobre quem visitava Ada, excluindo
todos seus amigos e confidentes. Sob influência de sua mãe, Ada teve uma transformação
religiosa e foi persuadida a se arrepender de sua conduta e fazer de Annabella sua
[21]
inventariante. Ela perdeu o contato com o marido após confessar-lhe algo em 30 de agosto, o
[21]
que o levou a abandonar seu leito. Não se sabe o que ela disse. Ada foi enterrada, como
desejava, ao lado de seu pai na Igreja de Santa Maria Madalena em Hucknall, Nottinghamshire.
Uma placa escrita em latim em sua memória e em memória ao seu pai foi feita na capela ao
lado de Horsley Towers.

​ Início
​ Biografia
​ Alternar a subsecção Biografia
​ Infância e Educação
​ Carreira
​ Alternar a subsecção Carreira
​ Segunda Guerra Mundial
​ UNIVAC
​ COBOL
​ Padrões
​ Aposentadoria
​ Ver também
​ Referências

Grace Hopper
Grace Murray Hopper (Nova Iorque, 9 de dezembro de 1906 — Condado de Arlington, 1 de
janeiro de 1992) foi almirante e analista de sistemas da Marinha dos Estados Unidos nas
décadas de 1940 e 1950, criadora da linguagem de programação de alto nível Flow-Matic (em
desuso) — base para a criação do COBOL — e uma das primeiras programadoras do
[1]
computador Harvard Mark I em 1944.

Biografia
Antes da Marinha, Hopper conquistou o Ph.D. em matemática na Universidade de Yale e foi
professora de matemática na Faculdade Vassar.
Tentou entrar na Marinha durante a Segunda Guerra Mundial, mas foi rejeitada por ter 34 anos.
Por consequência, entrou na Navy Reserves (em tradução livre, a Reserva da Marinha).
Em 1944, começou sua carreira em computação, quando trabalhou no Mark I de Harvard no
time conduzido por Howard H. Aiken. Neste período, foi co-autora de três artigos científicos
baseados nesse projeto.
Em 1949, ela passou a participar do Eckert-Mauchly Computer Corporation e fez parte do time
que desenvolveu o computador UNIVAC I. Enquanto estava no Eckert-Mauchly, começou o
desenvolvimento do seu compilador. O programa dela convertia termos em Inglês para código
de máquina e em 1952, tinha terminado o desenvolvimento do seu programa ligador
(originalmente chamado de compilador), o qual foi desenvolvido para o Sistema A-0.
Não participou efetivamente na criação da linguagem COBOL, mas de um subcomitê originado
de um dos três comitês (o de Curto Prazo) propostos em uma reunião no Pentágono em Maio
de 1959, que desenvolveu as especificações da linguagem COBOL. Ele era formado por seis
pessoas: William Selden e Gertrude Tierney da IBM; Howard Bromberg e Howard Discount da
RCA; Vernon Reeves e Jean E. Sammet da Sylvania Electric Products.
A concepção de Hopper de que havia a necessidade de se criar uma linguagem orientada para
negócios comuns deu origem ao acrônimo COBOL (Common Business Oriented Language).
Tudo foi feito sem definir os comandos para minimizar melindres entre os técnicos das
empresas convocadas a participar da criação de um denominador comum entre todos os
fabricantes existentes na época. Grace Hopper participou contribuindo com a abertura dos
comandos FLOW-MATIC.
É dito que é de autoria de Hopper o termo "bug" usado para designar uma falha num
código-fonte. Quando procurava um problema em seu computador; percebeu que havia um
inseto morto no computador causando transtorno, desde então o termo bug passou a ser usado.
Mas existem outras versões que contradizem a origem verdadeira do termo "bug". Uma das
versões é de Thomas Edison que casualmente tem muita semelhança com a história da
analista. Um inseto que causou problemas de leitura em seu fonógrafo em 1878
Em 1998 recebeu a honra de ter seu nome em um navio da Marinha. O contratorpedeiro USS
Hopper entrou no serviço ativo em 1998. Além disso, o supercomputador da NERSC foi
nomeado em sua homenagem, chamando Cray XE6 "Hopper". Durante a sua vida, ela recebeu
40 diplomas honorários de universidades ao redor do mundo. Uma faculdade na Universidade
de Yale foi renomeada em sua homenagem. Em 1991 recebeu uma Medalha Nacional de
Tecnologia e no dia 22 de Novembro de 2016 foi postumamente premiada com a Medalha
[2]
Presidencial de Liberdade pelo Presidente Barack Obama.

Infância e Educação
Grace Murray nasceu na cidade de Nova Iorque, sendo a mais velha de três irmãos. Seus pais,
Walter Fletcher Murray e Mary Campbell Van Horne, eram de descendência Escocesa e
Holandesa e cursaram o West End Collegiate Church. Seu bisavô, Alexander Wilson Russell,
um almirante da Marinha Americana, lutou na Batalha da Baía de Mobile, durante a Guerra de
[3]
Secessão.
Foi sempre foi uma criança curiosa, um traço que a marcou pela vida. Aos sete anos decidiu
descobrir como funcionava um despertador. Desmontou sete despertadores antes que sua mãe
percebesse o que estava fazendo - aí Grace foi autorizada a mexer em apenas um
[4]
despertador.
Grace Hopper foi à Hartridge School em Plainfield, Nova Jersei. Foi inicialmente rejeitada no
processo de admissão no Vassar College aos 16 anos (suas notas em latim eram baixas), sendo
admitida no ano seguinte. Graduou-se em 1928 como bacharel em Matemática e Física e, em
1930, concluiu seu mestrado na Yale University. Em 1934, também na Yale University,
[5][6]
conquistou seu Ph.D. em Matemática sob a orientação de Øystein Ore. A dissertação dela
[7]
"Novos Critérios de Irredutibilidade" foi publicada no mesmo ano. Começou a ensinar
Matemática no Vassar em 1931 e foi promovida a professora associada em 1941.
Foi casada com um professor da Universidade de Nova Iorque, Vincent Foster Hopper
[8] [5]
(1906–1976 ) de 1930 a 1945, quando se divorciou dele. Nunca se casou novamente, mas
manteve o sobrenome Hopper.

Carreira

Segunda Guerra Mundial


Assinatura de Grace Hopper na inscrição de oficial de serviço para o Bureau of Ships Computation
Project at Harvard (em tradução livre, Escritório do Projeto de Computação de Navios em Harvard), no
qual foi construído e operado o Mark I

Hopper tentou se alistar na Marinha no começo da Segunda Guerra Mundial, mas foi rejeitada
por algumas razões. Com 34 anos, ela era muito velha para se alistar e o seu Índice de Massa
Corporal (IMC) era muito baixo. Outra razão foi a determinação de que o seu emprego como
matemática e professora de matemática na Faculdade Vassar eram valioso demais para o
[9]
esforço da guerra.
Em 1943, Grace tirou uma licença de Vassar e foi empossada na Marinha dos Estados Unidos.
Foi uma das várias mulheres a se voluntariar no WAVES. Precisou de uma autorização
excepcional para alistar-se, pois estava 6,8 kg abaixo do peso mínimo exigido pela Marinha (54
kg). Apresentou-se em Dezembro, e treinou na Escola Naval Reserve Midshipmen's do Smith
College em Northampton, Massachusetts. Formou-se em 1944 como a primeira da turma e foi
designada para a Bureau of Ships Computation Project da Harvard University como tenente
júnior.
Ela serviu na equipe de programação Mark I computer dirigida por Howard H. Aiken. Hopper e
Aiken escreveram três artigos sobre o Mark I, também conhecido como a Calculadora
Automática Controlada por Sequência. O pedido de transferência de Hopper para a Marinha
regular no final da guerra foi recusado devido à sua idade (38 anos). Continuou a servir na
Reserva da Marinha e permaneceu no Laboratório de Computação de Harvard até 1949,
recusando uma cátedra em Vassar para trabalhar como pesquisadora num contrato da Marinha
[10]
na Harvard University.
Grace Hopper em um quarto de computador em Washington, D.C., 1978, fotografado por Lynn Gilbert

UNIVAC
Em 1949, Grace Hopper tornou-se empregada da corporação Eckert-Mauchly Computer como
[11]
matemática sénior e compôs a equipa de desenvolvimento UNIVAC I. Ela também serviu
como diretora do UNIVAC de Desenvolvimento Automático de Programação para Remington
Rand. O UNIVAC foi o primeiro computador eletrônico de larga escala conhecido a estar no
[12]
mercado em 1950 e era mais competitivo em processamento de informação do que o Mark I.
Quando Hopper recomendou o desenvolvimento de uma linguagem de programação que usaria
palavras inteiramente em Inglês, ela "foi informada rapidamente que [ela] não conseguiria fazer
isso porque computadores não entenderiam Inglês". Mesmo assim, ela persistiu. "É muito mais
fácil para muitas pessoas escreverem uma declaração em Inglês do que utilizar símbolos," ela
explicou. "Então eu decidi que processadores de dados deveriam conseguir escrever seus
[13]
programas em Inglês, e que computadores traduziram eles para código de máquina".
A sua ideia não foi aceita por 3 anos. Enquanto isso, ela publicou o seu primeiro artigo científico
sobre o assunto, compiladores, em 1952. No começo dos anos 1950 a empresa em que
trabalhava foi incorporada pela empresa Remington Rand e foi nesse período que desenvolveu
seu compilador, que ficou conhecido como O COMPILADOR e sua primeira versão foi em
[14]
A-0.
Em 1952 teve um compilador operacional, o qual na época era referido como um compilador.
Posteriormente, ela disse que "Ninguém acreditava nisso," e disse que "tinha um compilador
rodando e ninguém o tocava. Eles me diziam que computadores apenas podiam fazer
[15]
aritmética". Ela vem falar que o seu compilador "traduzia manipuladores. Poucas pessoas
são realmente manipuladores de símbolos. Então decidi que processadores de dados deveriam
conseguir escrever programas em inglês, e que computadores iriam traduzir traduzi-los para
linguagem de máquina. Esse foi o começo de COBOL, a linguagem de computação para
processadores de dados. A ideia seria que poderia dizer "subtraia a taxa do pagamento" ao
[16]
invés de tentar escrever isso em código octal ou usando diversos símbolos.

Grace Hopper no console do UNIVAC I, em 1960

Em 1954, Hopper foi nomeada a primeira diretora de programação automática, e seu


departamento divulgou algumas das primeiras linguagens de programação baseadas em
compilador, incluindo ARITH-MATIC, MATH-MATIC e FLOW-MATIC.

COBOL
Na primavera de 1959, especialistas da industria e do governo juntaram-se em uma conferência
que durou dois dias conhecida como a Conference on Data Systems Languages (CODASYL).
Hopper foi consultora técnica para a comitê, e muitos dos seus funcionários contribuíram para a
curto prazo na comitê que definiu a nova linguagem COBOL (um acrônimo para COmmon
Business-Oriented Language). A nova linguagem estendeu a linguagem FLOW-MATIC de
Hopper com algumas da equivalente da IBM, o COMTRAN. Ela acreditava que programas
deveriam ser escritos na linguagem mais próxima do Inglês (ao invés de código de máquina ou
em linguagens próximas de código de máquina, como a Linguagem Assembly) foi capturado na
nova linguagem de negócio, e COBOL se tornou a linguagem de negócio mais onipresente até a
[17]
atualidade. Dentre os membros da comitê que trabalhavam com COBOL foi o ex-aluno Jean
[18]
E. Sammet da faculdade Mount Holyoke College.
De 1967 até 1977, Hopper trabalhou como diretora do Grupo de Linguagens de Programação da
Marinha no Escritório de Planejamento de Sistemas de Informações da Marinha e foi promovida
[19]
para a posição de capitã em 1973. Ela desenvolveu validação de software para COBOL e o
[19]
seu compilador como parte do programa de uniformização do COBOL para toda a Marinha.

Padrões
Nos anos de 1970, Hopper defendeu para que o Departamento de Defesa substituísse grandes,
centralizados sistemas com redes de pequenos computadores distribuídos. Como qualquer
usuário de qualquer node de computador conseguia acessar bases de dados comuns
[20]
localizadas na rede. Ela desenvolveu a implementação de padrões para testar sistemas de
computadores e componentes, principalmente para as linguagens de programação FORTRAN e
COBOL. Os testes da Marina de conformidade em relação a esses padrões levaram a
convergências significativas entre os dialetos de linguagens de programação dos vendedores
dos principais computadores. Já nos anos de 1980, esses teste, e a sua administração oficial,
foram assumidos pelo Escritório Nacional de Padrões (NBS), conhecido atualmente como o
Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia (NIST).

Aposentadoria
De acordo com os regulamentos de atrito da Marina, Hopper se aposentou da Reserva da
[21]
Marina com o cargo de comandante com 60 anos no final de 1966. Ela foi chamada
novamente para dever ativo em Agosto de 1967 por seis meses que se transformou em
indefinido. Ela se aposentou novamente em 1971 mas foi chamada novamente em 1972. Ela foi
[22]
promovida para capitã em 1973 pelo Admiral Elmo R. Zumwalt, Jr.
Depois que o Representante Republicano Philip Crane viu ela em um segmento Março 1983 de
60 Minutes, ele forneceu patrocínio à H.J.Res. 341, uma resolução colaborativa originada na
Câmera de Representantes, a qual levou a promoção dela em 15 de Dezembro de 1983 por
[22]
nomeação especial Presidencial pelo Presidente Ronald Reagan.

Hedy Lamarr
Hedy Lamarr, nome artístico de Hedwig Eva Maria Kiesler (Vienna, 9 de novembro de 1914 —
Altamonte Springs, 19 de janeiro de 2000), foi uma atriz e inventora austríaca radicada no
Estados Unidos.
Em 28 anos de carreira, participou de mais de 30 filmes e fez uma importante contribuição
tecnológica durante a Segunda Guerra Mundial, uma co-invenção, com o compositor George
Antheil, um sistema de comunicações para as Forças Armadas dos Estados Unidos que serviu
[1][2]
de base para a atual telefonia celular. Em reconhecimento do valor de seu trabalho e da
importância da tecnologia por ela inventada, seu nome foi postumamente inserido no National
[3]
Inventors Hall of Fame em 2014.
Nascida na capital da Áustria-Hungria, Viena, Hedy começou sua carreira de atriz em vários
filmes alemães, austríacos e tchecos, inclusive o controverso filme Ecstasy (1933). Em 1937, ela
fugiu de seu marido, o fabricante de armas austríaco, Friedrich Mandl, mudando-se para Paris e
depois se refugiando em Londres. Lá ela conheceu Louis B. Mayer, diretor dos estúdios da
Metro-Goldwyn-Mayer (MGM) e lhe ofereceu um contrato em Hollywood, onde ela logo foi
[4]
promovida como sendo a "mulher mais bonita do mundo".
Hedy se tornou uma estrela por sua atuação em Algiers (1938), seu primeiro filme rodado nos
[5]
Estados Unidos. Trabalhou com grandes atores da época como Clark Gable, em Boom Town
e Comrade X (ambos de 1940), e com James Stewart, em Come Live with Me (1941). Outros de
seus filmes para a MGM foram Lady of the Tropics (1939), H.M. Pulham, Esq. (1941),
[5]
Crossroads e White Cargo (ambos de 1942).
Emprestada aos estúdios da Warner Bros., ela estrelou em The Conspirators e para a RKO em
Experiment Perilous (ambos de 1944). Cansada de sempre trabalhar nos mesmos papéis,
Lamarr co-fundou um novo estúdio e estrelou nos filmes The Strange Woman (1946) e
[6]
Dishonored Lady (1947). Seu grande sucesso foi no papel de Dalila no longa de Cecil B.
[7]
DeMille, Sansão e Dalila (1949).
Seu último filme foi The Female Animal (1958). Hedy foi homenageada com uma estrela na
[8]
Calçada da Fama de Hollywood, em 1960.

Biografia
Hedy nasceu como Hedwig Eva Maria Kiesler, em Viena, na Áustria-Hungria, em 9 de novembro
de 1914. Era a filha única de Gertrud Lichtwitz Kiesler (1894–1977), uma pianista de família
judaica de Budapeste, vinda de uma família de classe média, e de Emil Kiesler (1880–1935),
[6]
gerente financeiro de um grande banco de Viena. Seu pai nasceu em uma família de judeus
[6][9]
da Galícia em Lemberg, hoje a cidade de Lviv, na Ucrânia. Ainda que sua mãe tivesse
origem judaica, Gertrud se converteu ao catolicismo por influência de seu primeiro marido e
[9]
acabou criando Hedy como católica, ainda que ela não tivesse sido formalmente batizada.
O interesse na atuação veio desde cedo, quando Hedy, ainda criança, assistia a peças de teatro
e a filmes. Estudou balé e piano até os 10 anos e aos 12 anos, ganhou um concurso de beleza
em Viena. Hedy era muito ligada ao pai, com quem tinha conversas sobre política, ciência,
[6][9]
tecnologia e ele foi uma grande inspiração para sua invenção futura.
Seu pai faleceu em 1935 devido a problemas cardíacos. Depois da Anschluss, Hedy, que já
morava nos Estados Unidos, ajudou a mãe a sair da Áustria e se mudar para o Canadá e depois
[6][9]
para os Estados Unidos, onde se tornou cidadã norte-americana.

Carreira na Europa

Primeiros trabalhos
Usando o nome de Hedy Kiesler, ela começou a ter aulas de atuação em Viena. Um dia, ela
falsificou uma permissão assinada pela mãe e foi bater na porta da Sascha-Film, uma produtora
austríaca que a contratou aos 16 anos como secretária do diretor. Um dia, ela ganhou um papel
de figurante no filme Money on the Street (1930) e depois teve um papel pequeno em Storm in a
Water Glass (1931). O produtor Max Reinhardt a escalou para uma peça chamada The Weaker
Sex, apresentada no Theater in der Josefstadt, um teatro em Viena. Ele se impressionou com o
[6]
trabalho de Hedy e a chamou para voltar com ele a Berlim, onde ele morava.
Hedy nunca trabalhou em nenhum de seus filmes rodados em Berlim. Depois de conhecer o
produtor russo de teatro Alexis Granowsky, ela foi escalada para fazer sua estreia como
protagonista em The Trunks of Mr. O.F. (1931), junto de Walter Abel e Peter Lorre. Granowsky
mudou-se para Paris, mas Hedy permaneceu em Berlim trabalhando. No filme No Money
[6][9]
Needed (1932), uma comédia, Hedy estrelou como a atriz principal, digerida por Carl Boese.

Ecstasy
No começo de 1933, aos 18 anos, Hedy recebeu o papel principal no filme de Gustav Machatý,
o longa Ecstasy, onde ela interpreta uma mulher negligenciada pelo marido mais velho e pouco
afetuoso. O filme se tornou lendário e polêmico por mostrar o rosto da atriz encenando um
orgasmo, além de algumas cenas de nudes e closes de partes de seu corpo. Quando se
interessou pelo papel, Hedy entendia pouco sobre filmagens e, ansiosa pelo trabalho, assinou o
[6][9]
contrato sem ler o roteiro.
Em uma cena externa, quando o diretor pediu que ela ficasse nua, Hedy reclamou e ameaçou
se demitir do filme, mas ele disse que se ela saísse teria que pagar pelo custo de todas as
cenas já rodadas. Para acalmá-la, disse que usaria cenas filmadas de longe, onde qualquer
outro detalhe de seu corpo não pudesse aparecer. Na estreia do filme, em Praga, ao notar que
os closes foram feitos e que o diretor não cumprira com sua palavra, Hedy saiu do cinema em
[6]
prantos, pensando em seus pais e que sua carreira de atriz tinha acabado.
Ainda que estivesse inconformada com a forma como foi tratada na produção, Ecstasy ficou
famoso e até foi premiado em um festival em Roma. Pela Europa inteira, ele foi considerado
como um grande trabalho artístico. Nos Estados Unidos, porém, o filme foi banido por ser
considerado imoral e por ser "degradante para mulheres". Também foi banido na Alemanha por
[10]
conta da ascendência judaica de Hedy. Seu futuro marido, Fritz Mandl, teria gastado cerca de
[6]
300 mil dólares comprando cópias do filme para depois destrui-las.

Casamento

Hedy Lamarr em The Heavenly Body (1944)

Hedy estrelou em várias peças de teatro, incluindo Sissy, uma peça sobre Isabel da Baviera,
Imperatriz da Áustria, produzida em Viena em 1933, quase ao mesmo tempo da estreia de
[11]
Ecstasy. A atriz foi bastante elogiada por público e crítica na época. Admiradores mandava
rosas para seu camarim e tentavam acessar os fundos do teatro apenas para vê-la. O mais
[11][12]
insistente deles era Friedrich Mandl, que se tornou obcecado por Hedy e para conhecê-la.
Friedrich Mandl era um fabricante de munições e armas, conhecido como o terceiro homem
mais rico da Áustria. Hedy se apaixonou por Mandl, ainda que seus pais discordassem da união,
mas temendo as conexões de Mandl com homens poderosos como Benito Mussolini e Adolf
[6][9]
Hitler, optaram por não interferir no relacionamento.
Em 10 de agosto de 1933, aos 18 anos, Hedy se casou com Mandl, que na época tinha 33 anos
e já era divorciado. Era filho de um judeu e de uma católica, mas ele insistiu que Hedy se
convertesse ao catolicismo antes do casamento deles na catedral de Karlskirche, em Viena.
Mandl é descrito como sendo um marido controlador, possessivo e impediu que Hedy
continuasse sua carreira de atriz depois do casamento. Hedy relatou que foi tratada como
prisioneira do próprio marido em uma das residências do casal, o castelo de Schwarzenau, perto
[6][11]
da fronteira com a Chéquia.
Mandl tinha amizades e fazia negócios com o governo italiano, vendendo munições e armas e,
apesar de ter um pai judeu, também tinha conexões com o governo nazista na Alemanha. Hedy
acompanhava Mandl em festas e reuniões, onde ele trabalhava com cientistas e outros
envolvidos na tecnologia armamentista. Nestas reuniões Hedy começou a se interessar pela
ciência aplicada e começou a ler livros e compêndios que existiam na biblioteca da mansão de
[13]
Mandl.
Sabendo que seu casamento chegaria a um ponto irreversível e infeliz por viver sob um marido
controlador, Hedy fugiu do marido e do país. Segundo sua autobiografia, ela se disfarçou de
empregada e fugiu para Paris. Ela teria persuadido Mandl a deixá-la usar suas jóias mais caras
[14][15]
no jantar formal naquela noite e desapareceu em seguida.

“ Eu logo soube que jamais seria atriz enquanto fosse sua esposa. (...) Ele era o
monarca absoluto deste casamento. (...) Eu era como uma boneca. Uma
coisa, um objeto de arte que ele guardava - e encarcerava - sem inteligência,
sem vida própria.
[11] ”
Lamarr foi casada seis vezes:

1. Friedrich Mandl (1900–1977), casamento: (1933–1937). Presidente da


Hirtenberger Patronen-Fabrik, uma fábrica de armamentos fundada por seu pai,
Alexander Mandl. Mandl, embora descendente de judeus, foi adepto do
nazi-fascismo;
2. Gene Markey (1895-1980), roteirista e produtor, com quem foi casada entre
1939–41; adotaram um filho em 1941, James Lamarr Markey (nascido em
[16]
1939);
3. John Loder (nascido John Muir Lowe, 1898–1988), ator, casados entre 1943–47;
tiveram dois filhos: Anthony Loder (nascido em 1947) e Denise Loder (nascida
em 1945). Loder adotou o filho de Hedy, James Lamarr Markey, e lhe deu seu
sobrenome;
4. Teddy Stauffer (1909-1991), empresário de clube noturno, casados entre
1951–52;
5. W. Howard Lee (1909–1981), um texano do ramo petrolífero, casados entre
1953–60. Em 1960, Lee casou com a atriz Gene Tierney;
6. Lewis J. Boies (nascido em 1920), um advogado (seu advogado do divórcio),
casados entre 1963–65.

Hollywood
Depois de chegar a Londres, em 1937, Hedy conheceu Louis B. Mayer, diretor da MGM, que
[17]
caçava talentos pela Europa na época. No começo, ela recusou a oferta do diretor de 125
dólares por semana, mas comprou uma passagem de navio para Nova York, sabendo que
encontraria Mayer e a esposa na mesma viagem. Lá, ela impressionou a esposa de Mayer e o
próprio diretor, conseguindo assegurar um salário de 500 dólares por semana, mais um contrato.
Mayer, por sua vez, a persuadiu a mudar seu nome a fim de distanciá-la da atriz de Ecstasy. Foi
a esposa de Mayer, Margaret, quem sugeriu o sobrenome "Lamarr" em homenagem à uma atriz
[11]
do cinema mudo, Barbara La Marr.
[4]
Hedy chegou a Hollywood em 1938, onde foi promovida como a "mais bela mulher do mundo".
Mayer a apresentou ao produtor Walter Wanger, que estava trabalhando em Algiers (1938), uma
versão norte-americana do filme francês Pépé le Moko (1937). Hedy contracenou com Charles
Boyer e o filme foi um grande sucesso, em especial devido ao marketing do estúdio sobre o
nome de Lamarr. A esperança da MGM é que ela se tornasse uma nova Greta Garbo ou
[9]
Marlene Dietrich.
Em seus filmes seguintes, Hedy era sempre chamada para fazer os mesmos papéis, a mulher
glamorosa e sedutora de origem exótica. Seu segundo filme nos Estados Unidos foi I Take This
Woman (1940), onde co-estrelou com Spencer Tracy, sob a direção de Josef von Sternberg, que
foi demitido no meio da produção e substituido por Frank Borzage. A produção foi suspensa e
enquanto isso, Hedy estrelou em Lady of the Tropics (1939). I Take This Woman foi retomado
[6][9]
com outro diretor e foi um fracasso de bilheteria.

James Stewart e Lamarr em Come Live with Me (1941)

Já o filme Boom Town (1940), com Clark Gable, Claudette Colbert e Spencer Tracy foi um
grande sucesso de público. Animados com o sucesso, o estúdio escalou Hedy e Clark Gable em
Comrade X (1940), uma comédia com o mesmo estilo de Ninotchka (1939), e foi outro
[9]
sucesso. Em Come Live with Me (1941), Hedy interpreta uma refugiada de Viena, ao lado de
[11]
James Stewart.
Em White Cargo (1942), ela interpretou uma jovem nativa sedutora, outro grande sucesso. Este
papel enfatiza o tipo de papel para o qual costumavam escalar Hedy nessa época, sempre
mulheres provocadoras, belas, sensuais no modo de agir e de falar. O fato de nunca ter papéis
desafiadores a aborreciam e ela teria se voltado para a ciência e tecnologia quando estava
[6][18]
entediada. Em uma entrevista em 1970, ela revelou que ganhava menos apenas por ter se
[19]
recusado a dormir com Mayer.
Hedy trabalhou na comédia The Heavenly Body (1944) e foi emprestada para a Warner Bros.
para o filme The Conspirators (1944), que reuniu vários atores de Casablanca (1942),
parcialmente inspirado em Algiers e com uma protagonista escrita especificamente para
[20]
Lamarr.
De volta à MGM, Lamarr foi escalada para trabalhar em Her Highness and the Bellboy (1945),
com Robert Walker, onde ela interpreta uma princesa que se apaixona por um novaiorquino. Foi
[6][9]
um filme de sucesso, mas seria seu último filme com um contrato pela MGM.

A invenção
Lamarr inventou o sistema que serviu de base para os telefones celulares. Durante a Segunda
Guerra Mundial, criou um sofisticado aparelho de interferência em rádio para despistar radares
nazistas que patenteou em 1940, usando o seu verdadeiro nome, Hedwig Eva Maria
[21][22]
Kiesler.
A ideia surgiu ao lado do compositor George Antheil em frente a um piano. Eles brincavam de
dueto, ela repetindo em outra escala as notas que ele tocava, experimentando o controle dos
instrumentos, inclusive com a música para o Ballet Mecanique, originalmente escrita para o filme
abstrato de Fernand Léger, em 1924. Ou seja, duas pessoas podem conversar entre si
[21]
mudando frequentemente o canal de comunicação. Basta que façam isso simultaneamente.
Juntos, Antheil e Lamarr submeteram a ideia ao Departamento de Guerra norte-americano, que
o recusou, em junho de 1941. Em agosto de 1942, foi patenteado por Antheil e "Hedy Kiesler
Markey". A versão inicial consistia na troca de 88 frequências e era feito para despistar radares,
[21]
mas a ideia pareceu difícil de realizar na época.
O projeto não foi concretizado até 1962, quando o aparelho passou a ser utilizado por tropas
militares dos EUA em Cuba, quando a patente já expirara; a empresa Sylvania adaptou a
invenção. Ficou desconhecida, ainda, até 1997, quando a Electronic Frontier Foundation deu a
[1] [21]
Lamarr um prêmio por sua contribuição. Antheil morreu em 1959.
A ideia do aparelho de frequência de Lamarr e Antheil serviu de base para a moderna tecnologia
de comunicação, tal como COFDM usada em conexões de Wi-Fi e CDMA, usada em telefones
celulares. Patentes similares foram registradas por outros países, tais como a Alemanha, em
1935, em que os engenheiros da Telefunken Paul Kotowski e Kurt Dannehl registraram as
[21]
patentes em 1939 e 1940.
Considerada a "mãe do telefone celular", Lamarr fora casada com um fabricante de armas
alemão, do qual se separou ao notar o envolvimento dele com o nazismo; foi nesta época que
notara como era fácil a um terceiro bloquear o sinal contínuo usado para o controle dos mísseis.
Apesar de ter patenteado a ideia de uma frequência que fosse variável no percurso entre
emissor e receptor, não ganhou dinheiro com isto. Em 1997 recebeu do Governo dos Estados
[23]
Unidos menção honrosa "por abrir novos caminhos nas fronteiras da eletrônica".
[24]
Recebeu o EFF Pioneer Award de 1997. Em 2014 foi introduzida no National Inventors Hall of
[25][21]
Fame.

Últimos anos
Lamarr se tornou cidadã norte-americana aos 38 anos, em 10 de abril de 1953. Sua
auto-biografia, chamada Ecstasy and Me, foi publicada em 1966. Em uma entrevista de 1969, no
The Merv Griffin Show, ela disse que não escreveu ou participou da confecção deste livro e que
a maior parte era fruto de ficção. Em 1966, ela processou a editora para parar a publicação,
dizendo que muitos detalhes foram inventados pelo ghost writer, Leo Guild. Ela perdeu o
[26]
processo.
No final da década de 1950, Lamarr e o marido, W. Howard Lee, abriram um resort de ski,
[27]
chamado de Villa LaMarr, em Aspen, no Colorado. Depois do divórcio do casal, seu marido
[28]
acabou ficando com o resort. The Female Animal (1958) foi seu último filme. Nos anos 1960,
ela ainda tentou conseguir um papel no filme Picture Mommy Dead (1966) mas foi mal-sucedida.
[6]
O papel acabou sendo atribuído a Zsa Zsa Gabor.
Em 1966, foi detida, sob a acusação de furto, numa loja de departamentos, em Los Angeles,
mas as acusações acabaram sendo retiradas. Em 1991, foi novamente detida por furtar
medicamentos no valor de pouco mais de 20 dólares, em uma loja da Flórida. Ela não contestou
a acusação, para evitar ter de comparecer ao tribunal e, em troca da promessa de não infringir
[29]
mais nenhuma lei por pelo menos um ano, as acusações foram mais uma vez retiradas.

Sepultura de Hedy Lamarr no Cemitério Central de Viena, Grupo 33 G, Sepultura Nr. 80.
Em seus últimos anos, a atriz viveu reclusa em sua casa, em Casselberry, região metropolitana
de Orlando. Ela recusou vários roteiros, comerciais de televisão, peças de teatro, dizendo que
nenhum deles lhe interessava. Em 1974, ela entrou com um processo contra a Warner Bros., no
valor de 10 milhões de dólares, declarando que a paraódia de seu nome ("Hedley Lamarr") por
Mel Brooks, na comédia Blazing Saddles, era uma invasão de privacidade. O estúdio encerrou o
caso com um acordo fora dos tribunais, enquanto Mel Brooks alegou que a atriz "nunca
[6]
entendeu a piada".
Com problemas de visão, Hedy Lamarr se retirou da vida pública e se estabeleceu em Miami
[9]
Beach, na Flórida, em 1981.
Em 1996, uma grande imagem de Lamarr ganhou o concurso da CorelDRAW naquele ano para
a capa da caixa do produto. Por muitos anos, a partir de 1997, todas as caixas do programa
vinham com uma ilustração baseada em uma foto de Lamarr. Ela processou a empresa,
alegando que eles usaram sua imagem sem autorização, mas a Corel alegou que Lamarr não
[30][31]
tinha os direitos daquela foto. O processo terminou em um acordo em 1999.
O único lucro que Lamarr obteve com sua invenção foi em 1997, quando a companhia
canadense WiLAN propôs um acordo com ela para adquirir 49% dos direitos de marketing de
sua patente, enquanto ela continuava com 51%. Ela logo ficou muito amiga do presidente da
[32]
companhia, Hatim Zaghloul.
Hedy e o filho, James Lamarr Loder, cortaram relações abruptamente, quando ele foi morar com
outra família. Os dois não se falaram pelos próximos 50 anos e quando Lamarr morreu, James
descobriu que ficou fora do testamento da atriz. Ele então entrou na justiça pelo controle dos 3,3
[33]
milhões de dólares da atriz em 2000. Ele acabou ficando com 50 mil dólares da fortuna.
Em seus últimos anos, Lamarr entrava em contato com o mundo apenas pelo telefone, mesmo
com seus filhos, netos e amigos mais próximos. Ela costumava ficar pendurada no telefone por
seis a sete horas todos os dias, mas praticamente não aceitava visitas, nem encontrava outras
[6]
pessoas.

Morte
[34]
Hedy Lamarr morreu em Casselberry, na Flórida, em 19 de janeiro de 2000, aos 85 anos. O
atestado de óbito cita, como causas da sua morte, insuficiência cardíaca, doença crônica da
válvula cardíaca e doença cardíaca arteriosclerótica. Conforme era seu desejo, seu filho,
Anthony Loder, levou suas cinzas para a Áustria e espalhou-as nos Bosques de Viena. Em
[35][36]
2014, um túmulo simbólico foi construído no Cemitério Central de Viena.

Legado
Por sua contribuição para o cinema, Hedy Lamarr tem uma estrela na Calçada da Fama, no 6
[37]
247 Hollywood Blvd. Ela também foi inspiração para Walt Disney desenhar a Branca de
[6]
Neve, "a mais bela", seu primeiro desenho animado de longa metragem em 1937.
O sistema de comunicações que Lamarr criou para as Forças Armadas dos Estados Unidos
atualmente acelera as comunicações de satélite ao redor do mundo e foi usado para criar a
telefonia celular. No jogo de computador Half-Life 2, o Dr. Isaac Kleiner possui um headcrab de
estimação chamado Lamarr, em homenagem à atriz.

Margaret Hamilton
(cientista da
computação)
Margaret Heafield Hamilton (Paoli, Indiana, 17 de agosto de 1936) é uma cientista da
computação, engenheira de software e empresária estadunidense. Foi diretora da Divisão de
Software no Laboratório de Instrumentação do MIT, que desenvolveu o programa de voo usado
no projeto Apollo 11, a primeira missão tripulada à Lua. O software de Hamilton impediu que o
pouso na Lua fosse abortado.
Margaret publicou mais de 130 artigos, atas e relatórios relacionados aos 60 projetos e seis
programas importantes nos quais ela esteve envolvida. Em 22 de novembro de 2016 foi
premiada com a Medalha Presidencial da Liberdade pelo presidente dos Estados Unidos Barack
Obama, honraria recebida por seu trabalho sobre o desenvolvimento do software de voo a bordo
[1][2]
das missões Apollo da NASA.

Primeiros anos
Margaret Heafield é filha de Kenneth Heafield e Ruth Esther Heafield (sobrenome de solteira
[3]
Partington). Ela se formou na Hancock High School em 1954 e estudou matemática na
[4]
Universidade de Michigan. Formou-se em Matemática pelo Earlham College no estado de
[5]
Indiana (EUA) no ano de 1958 e fez pós-graduação em Meteorologia no MIT (Instituto de
Tecnologia de Massachusetts). Depois de se formar lecionou matemática e francês no ensino
médio por pouco tempo, enquanto seu marido terminava a graduação. Ela se mudou para
Boston, Massachusetts para fazer pós-graduação em matemática pura na Universidade
Brandeis. Em 1960 assumiu uma posição interina no MIT para desenvolver programas de
predição climatológica nos computadores LGP-30 e PDP-1 (no Project MAC de Marvin Minsky)
[4][6]
para o professor Edward Norton Lorenz no departamento de meteorologia. Naquela época,
ciência da computação e engenharia de software ainda não eram disciplinas; em vez disso,
[7]
programadores aprendiam trabalhando e adquirindo experiência.
De 1961 a 1963 trabalhou no Projeto SAGE no MIT, onde foi uma das primeiras programadoras
a escrever software para o computador de interceptação AN/FSQ-7 computer (the XD-1
computer) procurar aeronaves "não-amigáveis". Também escreveu software para os
Laboratórios de Pesquisa da Força Aérea em Cambridge (Air Force Cambridge Research
Laboratories).

NASA

Hamilton ao lado do software de navegação que ela e sua equipe no MIT produziram para o projeto
Apollo.

Hamilton durante sua época como principal designer de software do projeto Apollo.

Depois disso, Hamilton se juntou ao Laboratório Charles Stark Draper no MIT, que nessa época
estava trabalhando na missão espacial Apollo. Ela se tornou diretora e supervisora da
[8]
programação de software para os projetos Apollo e Skylab.
Na NASA, a equipe de Hamilton foi responsável por estar à frente do software de orientação de
bordo da Apollo, necessário para navegar e pousar na lua, e suas variações usadas em várias
[7]
missões (incluindo a Skylab, posteriormente).

Apollo 11
[9]
O trabalho de Margaret Hamilton evitou que o pouso na lua da Apollo 11 fosse abortado.
Quando faltavam três minutos para a Apollo 11 pousar na lua, vários alarmes do módulo lunar
começaram a tocar. O computador ficou sobrecarregado com atividades do radar de
aproximação, desnecessárias para o pouso. No entanto, devido à arquitetura robusta do
software, o sistema continuou funcionando de maneira que as atividades prioritárias
interrompessem as menos prioritárias. Mas ela sabia, por ter escrito o código do computador,
que ele seria capaz de realizar o pouso, pois foi programado para desconsiderar as tarefas
desnecessárias no momento da alunissagem. A falha foi atribuída a um erro humano na lista de
[10][11]
comandos a serem executados pelos astronautas.

Devido a um erro na lista de comandos, o interruptor do radar de aproximação ficou na


posição errada. Isso fez com que ele mandasse sinais errados para o computador. O
resultado foi que o computador estava sendo requisitado a executar todas as suas
funções normais para o pouso ao mesmo tempo que recebia uma carga extra de
dados espúrios que usavam 15% do seu tempo. O computador (ou melhor, o software)
foi inteligente o suficiente para reconhecer que estava sendo requisitado a executar
mais tarefas do que devia. Então ele mandou um alarme, que queria dizer ao
astronauta "Eu estou sobrecarregado com mais tarefas do que devia estar fazendo
agora e vou manter só as tarefas mais importantes"... Na verdade, o computador foi
programado para mais do que reconhecer condições de erro. Um conjunto completo
de programas de recuperação estava incorporado no software. A ação do software,
neste caso, foi eliminar tarefas de baixa prioridade e restabelecer as mais importantes
... Se o computador não tivesse reconhecido esse problema e se recuperado, duvido
que a Apolo 11 tivesse pousado na lua com sucesso.

[12]
— Margaret Hamilton

Empresas
Margaret Hamilton foi CEO de 1976 a 1984 de uma empresa co-fundada por ela, chamada
[13][14][15]
Higher Order Software (HOS), que criou um produto chamado USE.IT.
Em 1986 ela fundou sua própria empresa, a Hamilton Technologies Inc com sede em
Cambridge, Massachusetts. A companhia foi desenvolvida com base em seu paradigma para
Sistemas e Design de Software Development Before the Fact (em tradução livre para o
[16][17][18][19]
português ficaria algo como: Desenvolvimento antes do fato).
Legado

Foto oficial para a NASA, 1989.

[20][21]
Margaret Hamilton é creditada por ter criado o termo "engenharia de software". Ela foi uma
das desenvolvedoras dos conceitos de computação paralela, priority scheduling, teste de
sistema, e capacidade de decisão com integração humana, tais como mostradores de prioridade
[22]
que viriam a ser o fundamento do design de software ultra confiável.

Prêmios e reconhecimento
[5]
● 1986, Prêmio Augusta Ada Lovelace, Association for Women in Computing.
● 2003, NASA Exceptional Space Act Award for scientific and technical contributions.
O prêmio incluiu US$37.200, a maior soma dada a um indivíduo na história da
[9][22][23]
NASA.
● 2009, Prêmio para Ex-Alunos Notáveis (Outstanding Alumni Award), Earlham
[5]
College.
● 2016, Recebeu a Medalha Presidencial da Liberdade, a maior honraria civil dos
[1][2]
Estados Unidos.

Vida pessoal
Ela conheceu James Cox Hamilton no Earlham College. Eles se casaram no fim dos anos 50,
depois que Margaret se formou. Eles tiveram uma filha chamada Lauren. O casal se divorciou
[24]
posteriormente.

Katherine Johnson
Katherine Coleman Goble Johnson (White Sulphur Springs, 26 de agosto de 1918 – Newport
News, 24 de fevereiro de 2020) foi uma matemática, física e cientista espacial
[1][2]
norte-americana.
Ela fez contribuições fundamentais para a aeronáutica e exploração espacial dos Estados
Unidos, em especial em aplicações da computação na NASA. Conhecido pela precisão na
navegação astronômica informatizada, seu trabalho de liderança técnica na NASA se estendeu
por décadas onde ela calculava as trajetórias, janelas de lançamento e caminhos de retorno de
emergência para muitos voos de Projeto Mercury, incluindo as primeiras missões da NASA de
John Glenn, Alan Shepard, o voo da Apollo 11, em 1969, à Lua e trabalho contínuo por meio do
[3][4]
programa dos ônibus espaciais e sobre os planos iniciais para a missão a Marte.
[5]
Em 2016, foi incluída na lista de cem mulheres mais inspiradoras e influentes pela BBC.

Biografia
Katherine nasceu em 1918, em White Sulphur Springs, Virgínia Ocidental, condado de
[6][7]
Greenbrier, filha de Joshua e Joylette Coleman. Uma entre cinco filhos, seu pai trabalhava
[6][8]
como madeireiro, agricultor e carpinteiro no Hotel Greenbrier. Sua mãe era ex-professora.
Muito cedo, Katherine mostrou talento para matemática e seus pais enfatizavam a importância
da educação para os filhos. Como o condado de Greenbrier não oferecia escola para estudantes
negros após a oitava série, as crianças da família foram para o ensino médio no condado de
Kanawha, no chamado Instituto, onde hoje é a universidade de West Virginia. A família dividia
seu tempo entre os estudos durante o ano e o verão em Sulphur Springs.

“ Eu contava tudo. Contava os passos na rua, os passos até a igreja, o número


de pratos que eu tinha lavado. Tudo o que pudesse ser contado.
[9] ”
[10]
Katherine formou-se, no ensino médio, aos 14 anos. Aos 15 anos, ela iniciou os estudos na
universidade, onde estudou em todos os cursos que ofereciam matemática. Vários professores
apadrinharam-na, incluindo a matemática e química Angie Turner King, que a orientou durante o
ensino médio e W.W. Schiefflin Claytor, o terceiro negro a receber um doutorado em matemática
no país, que chegou a criar novos cursos de matemática especialmente para Katherine. Ela se
[7][8][11]
formou em 1937, com notas máximas em matemática e francês, aos 18 anos. Depois da
formatura, ela se mudou para Marion, Virginia, para ensinar matemática, francês e música em
uma escola de ensino infantil.
Em 1939, Katherine se tornaria a primeira negra a se dissociar da graduação na Universidade
da Virgínia Ocidental, em Morgantown e a única mulher entre três estudantes negros
selecionados a integrar a graduação depois da decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos,
que decidiu separar as escolas e universidades para negros e brancos. As universidades
estaduais seriam instituições para brancos e a universidade Lincoln deveria criar cursos para
atender a negros. Caso não houvesse cursos, outras universidades deveriam atender aos
[8][12]
alunos.

Carreira
Katherine na NASA em 1966

Katherine optou pela matemática, com interesse em pesquisa na área, um caminho com muitas
portas fechadas para negras na época. Os primeiros empregos que conseguiu eram para
lecionar. Em uma reunião de família, um parente mencionou que a NACA, que viria a se tornar a
NASA, estava com processo seletivo aberto para mulheres, em especial negras, para seu
departamento de navegação. Katherine inscreveu-se em 1953 e foi imediatamente aceita no
novo time da NASA.
Segundo um arquivo oral do Projeto de Líderes Nacionais Visionários:

“ Primeiro ela trabalhou em um


departamento feminino que fazia cálculos
matemáticos. Katherine se referia às
mulheres do departamento como
"computadoras de saias". Seu principal
trabalho era ler os dados das
caixas-pretas de aviões e realizar outras
tarefas matemáticas precisas. Então, um
dia, Katherine (e uma colega) foram
temporariamente designadas para ajudar
uma equipe de pesquisa de voo toda ela
composta por homens. O conhecimento
de Katherine em geometria analítica lhe
fez conquistar a confiança dos colegas e
chefes homens, a ponto de esquecerem
de devolvê-la para seu antigo setor.
Embora as barreiras de raça e gênero
estivessem sempre ali, Katherine as
ignorou. Ela era assertiva, pedindo para
entrar nas reuniões editoriais (onde
nenhuma mulher esteve antes). Ela
simplesmente dizia às pessoas que tinha
feito seu trabalho e que ela pertencia ao
lugar.
[13][14] ”
De 1953 a 1958 ela trabalhou como computadora, fazendo análises para tópicos como a
redução da rajada para as aeronaves. Originalmente designada para a seção da West Area
Computers, onde era supervisionada por Dorothy Vaughan, Katherine foi redesignada para a
Divisão de Controle e Orientação da Divisão de Pesquisa de Voo. Porém, Katherine e as outras
mulheres negras da divisão de computação eram conhecidas como "computadoras de cor" e
sujeitadas à segregação, trabalhando, comendo e usando banheiros separados de seus colegas
[15]
brancos até que essa divisão segregada fosse terminada em 1958. De 1958, até sua
aposentadoria em 1986, ela trabalhou como técnica aeroespacial. Katherine ainda trabalhou
para a seção de Controles aeroespaciais, onde calculou a trajetória de voo de Alan
[16][17]
Shepard, o primeiro norte-americano no espaço, em 1959. Calculou também a janela de
[18][19]
lançamento do Projeto Mercury, em 1961. Katherine plotou cartas de navegação,
orientando naves pelas estrelas em caso de falha eletrônica e, em 1962, verificou os primeiros
[9]
cálculos de computador da órbita de John Glenn ao redor da Terra. Glenn pediu por ela
pessoalmente para verificar os números de seu computador de bordo e se recusou a voar até
[20]
que ela fizesse a verificação.
Em seguida, Katherine trabalhou com computadores digitais, tais como os conhecemos hoje.
Sua habilidade e reputação por precisão em cálculos deu confiança aos colegas para trabalhar
[16]
com a nova tecnologia. Ela calculou a trajetória da missão Apollo 11, em 1969. Durante o
pouso, Katherine estava em uma reunião nas montanhas Pocono, ao redor da televisão junto de
várias outras pessoas, assistindo aos primeiros passos na Lua. Em 1970, ela trabalhou na
missão da Apollo 13. Assim que a missão foi abortada, Katherine trabalhou nos procedimentos
de backup e nas cartas que auxiliaram o retorno em segurança dos astronautas para a Terra,
quatro dias depois. Mais tarde, Katherine ainda trabalharia no programa dos ônibus espaciais,
[18][21]
nos satélites de observação terrestres e na futura missão a Marte.

Legado

Sendo premiada com a Medalha Presidencial da Liberdade em 2015


[13]
Katherine foi co-autora de 26 artigos científicos. A NASA mantém uma lista de artigos mais
significativos de Johnson com links para sua ferramenta de busca de arquivo para encontrar
[16]
outros. O impacto de seu legado pioneira para a ciência espacial e computação lhe rendeu
diversas honrarias e medalhas, além de servir como modelo para outras
[22][23][24][25][26][27]
estudantes. Desde 1979, antes de se aposentar da NASA, sua biografia tem
[28][29]
lugar de destaque entre a lista de negros pioneiros em ciência e tecnologia.
Em 24 de novembro de 2015, o presidente Barack Obama incluiu Katherine na exclusiva lista de
dezessete estadunidenses que receberam a Medalha Presidencial da Liberdade e seu nome foi
citado como exemplo pioneiro de mulheres negras na ciência, tecnologia, engenharia e
[30]
matemática.
Em março de 2016, começaram as finalizações do filme Hidden Figures, que foi lançado em
2017, sobre três cientistas negras da NASA que calcularam as trajetórias de voo do Projeto
Mercury e do Apollo 11 nos anos 1960. O filme é baseado no livro de Margot Lee Shetterly que
documentou as carreiras e as contribuições de Katherine Johnson, Dorothy Vaughan e Mary
[31]
Jackson. Katherine é interpretada pela atriz indicada ao Oscar Taraji P. Henson.
Em 5 de maio de 2016, a nova Instalação Katherine G. Johnson de Pesquisa em Computação
foi formalmente dedicada pela agência no Centro Langley de Pesquisa, em Hampton, Virginia,
no aniversário de 55 anos do voo histórico de Alan Shepard em seu foguete, que Katherine
[32]
tornou possível.

Vida pessoal
Em 1939, ela se casou com James Francis Goble e constituíram família. O casal teve três filhas:
Constance, Joylette, e Katherine. Em 1956, James morreu devido a um tumor inoperável no
cérebro. Em 1959, Katherine se casou com o tenente-coronel James A. Johnson e continuou
sua carreira na NASA. Katherine cantou no coro da igreja presbiteriana Carver por cinquenta
anos e era membro da sororidade Alpha Kappa Alpha. Katherine teve seis netos e quatro
bisnetos e vivia em Hampton, Virginia. Ela continuou a encorajar estudantes a perseguir suas
[33]
carreiras em ciência e tecnologia.

Na cultura popular
Hidden Figures, um filme sobre sua figura e seus colegas afro-americanos da NASA, foi
baseado no livro de não ficção de mesmo nome de Margot Lee Shetterly, lançado em janeiro de
2017. O filme conta a história de Johnson e outras matemáticas afro-americanos (Mary Jackson
e Dorothy Vaughan) que trabalharam na NASA. A atriz Taraji P. Henson interpreta Johnson no
filme. Ela esteve presente na cerimônia do Oscar de 2017 ao lado das atrizes do filme e foi
aplaudida de pé pelo público. Em uma entrevista anterior, Katherine fez o seguinte comentário
sobre o filme: "Foi bem feito. Os três protagonistas fizeram um excelente trabalho nos
retratando".
Em um episódio de 2016 da série Timeless da NBC, intitulado Space Race, Nadine Ellis
desempenha o papel de matemática.
A escritora científica Maia Weinstock desenvolveu um protótipo de Lego feminino para a NASA
em 2016 e apresentou Johnson, embora ela tenha se recusado a ter sua imagem impressa no
produto final. A Mattel anunciou uma boneca Barbie parecida com Johnson com um cartão de
identificação da NASA em 2018.
Em 6 de novembro de 2020, um satélite com o seu nome (ÑuSat 15 ou "Katherine", COSPAR
2020-079G) foi lançado ao espaço. Em fevereiro de 2021, a Northrop Grumman nomeou sua
espaçonave Cygnus NG-15, que fornecia a Estação Espacial Internacional, "SS Katherine
Johnson" em sua homenagem.

Últimos anos e morte


Ele passou seus últimos anos incentivando os alunos a entrar nas áreas de ciência, tecnologia,
engenharia e matemática (STEM). A família morou em Newport News, Virgínia, desde 1953,
primeiro com Johan Goble até sua morte em 1956 e desde 1959 com James Johnson. Seu
casamento com Johnson durou 60 anos, até sua morte em março de 2019, aos 93 anos de
idade Katherine, que tinha seis netos e onze bisnetos, morava em Hampton, Virgínia. Ela
incentivou seus netos e alunos a seguirem carreiras profissionais em ciência e tecnologia. Ele
participou do mesmo coro da Igreja Presbiteriana Carver por 50 anos.
Ela faleceu em um lar de idosos em Newport News em 24 de fevereiro de 2020, com 101 anos
de idade. Após sua morte, o administrador da NASA Jim Bridenstine a descreveu como "uma
heroína americana" e declarou que "seu legado pioneiro nunca será esquecido ".

Marie Curie
Marie Skłodowska-Curie, nascida Maria Salomea Skłodowska (Varsóvia, 7 de novembro de
1867 — Passy, 4 de julho de 1934), foi uma física e química polonesa naturalizada francesa,
que conduziu pesquisas pioneiras sobre radioatividade. Ela foi a primeira mulher a ganhar o
Prêmio Nobel, sendo também a primeira pessoa e a única mulher a ganhá-lo duas vezes, além
de ser a única pessoa a ser premiada em dois campos científicos diferentes. Ela teve papel
fundamental no legado da família Curie, de cinco prêmios Nobel. Ela também foi a primeira
mulher a se tornar professora na Universidade de Paris e, em 1995, se tornou a primeira mulher
a ser sepultada por seus próprios méritos no Panteão de Paris.
Nascida em Varsóvia, no que era então o Reino da Polônia, parte do Império Russo, ela estudou
na clandestina Universidade Volante de Varsóvia e iniciou seu treinamento científico prático na
mesma cidade. Em 1891, aos 24 anos, seguiu sua irmã mais velha, Bronisława, para estudar
em Paris, onde obteve seus diplomas superiores e conduziu seus trabalhos científicos
subsequentes. Ela compartilhou o Prêmio Nobel de Física de 1903 com seu marido, Pierre
Curie, e com o físico Henri Becquerel. Ela também ganhou o Prêmio Nobel de Química de 1911.
Suas realizações incluem o desenvolvimento da teoria da "radioatividade" (um termo que ela
[2][3]
cunhou), técnicas para isolar isótopos radioativos e a descoberta de dois elementos
químicos, o polônio e o rádio. Sob sua direção, foram conduzidos os primeiros estudos para o
tratamento de neoplasias usando isótopos radioativos. Ela fundou o Instituto Curie em Paris e
sua contraparte em Varsóvia, que continuam sendo grandes centros de pesquisa médica.
Durante a Primeira Guerra Mundial, ela desenvolveu unidades de radiografia móvel para
fornecer serviços de raio-X a hospitais de campanha.
Apesar de ter-se tornado uma cidadã francesa, Marie Skłodowska-Curie, que usava os dois
[4]
sobrenomes, nunca perdeu o senso de identidade polonesa. Ela ensinou às filhas a língua
polonesa e as levava em visitas à Polônia. Ela nomeou o primeiro elemento químico que
[nota 1]
descobriu, o polônio, em homenagem ao seu país natal. Marie Curie morreu em 1934, aos
66 anos, em um sanatório em Sancellemoz (Alta Saboia), na França, de anemia aplástica,
causada por exposição à radiação durante sua pesquisa científica e seu trabalho radiológico em
[6]
hospitais de campanha durante a Primeira Guerra Mundial.

Vida

Primeiros anos

Local de nascimento, ulica Freta 16, Varsóvia

Marie Skłodowska nasceu em Varsóvia, na Polônia do Congresso do Império Russo, em 7 de


novembro de 1867, a quinta e mais nova dentre os filhos dos conhecidos professores
[7]
Bronisława e Władysław Skłodowski. Os irmãos mais velhos de Marie (cujo apelido era Mania)
eram Zofia (nascida em 1862, apelidada de Zosia), Jósef (nascido em 1863, apelidado de
Józio), Bronisława (nascida em 1865, apelidada de Bronia) e Helena (nascida em 1866,
[8]
apelidada de Hela).
Tanto no lado paterno quanto no materno, a família perdeu suas propriedades e fortúnio devido
a envolvimentos patrióticos em levantes nacionais poloneses que buscavam restaurar a
[9]
independência da Polônia (o mais recente foi a Revolta de Janeiro, de 1863 a 1865). Isto
condenou a geração subsequente, incluindo Marie e seus irmãos mais velhos, a uma difícil luta
[9]
para progredir na vida.
Władysław Skłodowski ensinou matemática e física, disciplinas em que Marie viria a se
especializar, e também foi diretor de dois ginásios (escolas secundárias) para meninos, em
Varsóvia. Depois que as autoridades russas eliminaram as aulas em laboratório das escolas
polonesas, ele trouxe grande parte do equipamento para casa e instruiu seus filhos em como
[10]
usá-los. Ele acabou sendo demitido por seus supervisores russos, devido aos seus
sentimentos pró-poloneses, e foi forçado a assumir cargos com salários mais baixos; a família
também perdeu dinheiro com um investimento ruim e acabou optando por complementar sua
[10]
renda alojando meninos em casa.
Władysław Skłodowski e as filhas (da esquerda) Maria, Bronisława e Helena, 1890

A mãe de Marie, Bronisława, administrava um prestigiado internato para meninas, em Varsóvia;


[10]
ela renunciou ao cargo depois que Maria nasceu. Morreu de tuberculose em maio de 1878,
quando Maria tinha dez anos. Menos de três anos antes, a irmã mais velha de Maria, Zofia,
[10]
havia morrido de tifo contraído de um pensionista. O pai de Maria era ateu; sua mãe, uma
católica devota. As mortes da mãe e da irmã de Maria fizeram com que ela abandonasse o
[10]
catolicismo e se tornasse agnóstica.

Maria (esquerda), irmã Bronisława, c. 1886

Quando tinha dez anos, Maria começou a frequentar o internato de J. Sikorska; em seguida,
frequentou um ginásio para meninas, no qual se formou em 12 de junho de 1883, com uma
[7] [10]
medalha de ouro. Após um colapso, possivelmente devido à depressão, ela passou o ano
seguinte no campo com parentes do pai e, no ano posterior, permaneceu com o pai em
[7]
Varsóvia, onde recebeu aulas de um tutor. Incapazes de se matricularem em uma instituição
regular de ensino superior por serem mulheres, ela e sua irmã Bronisława se envolveram com a
clandestina Universidade Volante (às vezes traduzida como Universidade Flutuante ou
Voadora), uma instituição patriótica polonesa de ensino superior que admitia estudantes
[7][10]
mulheres.
Krakowskie Przedmiescie 66, Varsóvia: aqui Maria fez seu primeiro trabalho científico, 1890-91

Maria fez um acordo com Bronisława, de que daria assistência financeira à irmã enquanto ela
realizava seus estudos médicos em Paris, em troca de assistência semelhante dois anos
[7][11]
depois. Em conexão com isso, Maria assumiu uma posição de governanta: primeiro como
professora particular em Varsóvia e, depois, por dois anos como governanta em Szczuki, com a
[7][11]
família Żorawskis, que eram parentes de seu pai. Enquanto trabalhava para os Żorawskis,
[11]
ela se apaixonou pelo filho da família, Kazimierz Żorawski, um futuro eminente matemático.
Seus pais rejeitaram a ideia de ele se casar com uma parente empobrecida e Kazimierz não
[11]
conseguiu se opor a eles. O fim do relacionamento entre Maria e Żorawski foi trágico para
ambos. Ele logo obteve um doutorado e seguiu uma carreira acadêmica como matemático,
tornando-se professor e reitor da Universidade Jaguelônica. Mesmo assim, já velho e professor
de matemática na Politécnica de Varsóvia, ele se sentava contemplativamente diante da estátua
de Maria Skłodowska que havia sido erguida em 1935 no Instituto do Rádio, que ela havia
[9][12]
fundado em 1932.
No início de 1890, Bronisława – que alguns meses antes havia se casado com Kazimierz Dłuski,
médico polonês e ativista social e político – convidou Maria para se juntar a eles em Paris. Maria
recusou porque não podia pagar as mensalidades da universidade; ela levaria mais um ano e
[7]
meio para reunir os fundos necessários. Ela foi ajudada pelo pai, que novamente conseguira
[11]
garantir uma posição mais lucrativa. Todo esse tempo ela continuou a se educar, lendo livros,
[11]
trocando cartas e instruindo-se. No início de 1889, Maria voltou para a casa do pai, em
[7] [11]
Varsóvia. Ela continuou trabalhando como governanta e permaneceu lá até o final de 1891.
Ela estudou na Universidade Volante e iniciou seu treinamento científico prático (1890 a 1891)
em um laboratório de química no Museu de Indústria e Agricultura, localizado na Krakowskie
[7][10][11]
Przedmieście, número 66, perto da Cidade Velha de Varsóvia. O laboratório era dirigido
por seu primo Józef Boguski, que fora assistente do químico russo Dmitri Mendeleiev, em São
[7][11][13]
Petersburgo.
Nova vida em Paris
[14]
No final de 1891, ela deixou a Polônia para ir para a França. Em Paris, Maria (ou Marie, como
seria conhecida na França) alojou-se brevemente com sua irmã e cunhado, antes de alugar um
sótão mais próximo da universidade, no Quartier Latin. Ela prosseguiu com seus estudos de
[15][16]
física, química e matemática na Universidade de Paris, onde se matriculou. Por essa
época, ela sobrevivia com escassos recursos; durante os invernos frios, mantinha-se quente ao
vestir todas as roupas que possuía. Ela se concentrou tanto em seus estudos que às vezes se
[16]
esquecia de comer.
Marie estudava durante o dia e dava aulas particulares à noite, mal conseguindo se sustentar.
Em 1893, formou-se em física e começou a trabalhar em um laboratório industrial do professor
Gabriel Lippmann. Enquanto isso, ela continuou estudando na Universidade de Paris e, com a
[7][16][nota 2]
ajuda de uma bolsa, conseguiu um segundo diploma em 1894.
Skłodowska iniciou sua carreira científica em Paris com uma pesquisa sobre as propriedades
magnéticas de vários tipos de aço, encomendada pela Sociedade para o Incentivo à Indústria
[16]
Nacional. Nesse mesmo ano, Pierre Curie entrou em sua vida; foi o interesse mútuo pelas
[17]
ciências naturais que os uniu. Pierre Curie era instrutor na Escola Superior de Física e
[7]
Química Industriais de Paris (ESPCI). Eles foram apresentados pelo físico polonês Józef
Wierusz-Kowalski, que soube que ela estava procurando um espaço maior para o seu
[7][16]
laboratório, algo que Wierusz-Kowalski achou que Pierre Curie poderia oferecer. Embora
Curie não tivesse um grande laboratório, ele conseguiu encontrar um espaço para Skłodowska,
[16]
onde ela começou a trabalhar.
A paixão mútua pela ciência os aproximava cada vez mais e eles começaram a desenvolver
[7][16]
sentimentos recíprocos. Por fim, Pierre Curie propôs casamento a Marie, mas, a princípio,
ela não aceitou pois ainda planejava voltar ao seu país natal. Curie, no entanto, declarou que
estava pronto para se mudar com ela para a Polônia, mesmo que isso significasse ser reduzido
[7]
ao trabalho de professor de francês. Enquanto isso, nas férias de verão de 1894, Skłodowska
[16]
retornou à Varsóvia, onde visitou sua família. Ela ainda estava trabalhando com a ilusão de
que seria capaz de trabalhar em seu campo de especialidade na Polônia, mas foi-lhe negada
[9]
uma vaga na Universidade Jaguelônica porque ela era mulher. Uma carta de Pierre Curie
[16]
convenceu-a a voltar a Paris, para realizar um doutorado. Por insistência de Skłodowska,
Curie havia escrito sua pesquisa sobre magnetismo e recebeu seu próprio doutorado em março
[16]
de 1895; ele também foi promovido a professor na ESPCI. Uma piada contemporânea dizia
[9]
que Skłodowska fora "a maior descoberta de Pierre".
[18]
Em 26 de julho de 1895, eles se casaram em Sceaux, Sena; nenhum dos dois quis uma
[7][16]
cerimônia religiosa. A roupa azul escura de Marie, usada no lugar de um vestido de noiva,
[16]
serviria por muitos anos como roupa de laboratório. Eles compartilhavam dois passatempos:
longas viagens de bicicleta e viagens ao exterior, o que os aproximou ainda mais. Em Pierre,
Marie havia encontrado um novo amor, um parceiro e um colaborador científico em quem podia
[9]
confiar.
Novos elementos

Pierre e Marie Curie no laboratório, c. 1904

Em 1895, Wilhelm Roentgen descobriu a existência dos raios-X, embora o mecanismo por trás
[19]
de sua produção tenha permanecido desconhecido. Em 1896, Henri Becquerel descobriu que
[19]
sais de urânio emitem raios que se assemelham aos raios-X em seu poder penetrante. Ele
demonstrou que essa radiação, diferentemente da fosforescência, não dependia de uma fonte
externa de energia, mas parecia surgir espontaneamente do próprio urânio. Influenciada por
essas duas importantes descobertas, Curie decidiu considerar os raios de urânio como um
[7][19]
possível campo de pesquisa para uma tese.
Ela usou uma técnica inovadora para investigar amostras. Quinze anos antes, seu marido e o
irmão deste haviam desenvolvido uma versão do eletrômetro, um dispositivo sensível para medir
[19]
a carga elétrica. Usando o eletrômetro do marido, ela descobriu que os raios de urânio faziam
com que o ar em torno de uma amostra conduzisse eletricidade. Usando essa técnica, seu
primeiro resultado foi descobrir que a atividade dos compostos de urânio dependia apenas da
[19]
quantidade de urânio presente. Ela levantou a hipótese de que a radiação não era o
[19]
resultado da interação de moléculas, mas seria proveniente do próprio átomo. Essa hipótese
[19][20]
foi um passo importante para refutar a suposição de que os átomos eram indivisíveis.
Em 1897, sua filha Irène nasceu. Para ajudar no sustento da família, Marie Curie começou a
[14]
lecionar na Escola Normal Superior de Paris. Os Curies não tinham um laboratório exclusivo;
[14]
a maior parte de suas pesquisas foi realizada em um galpão convertido ao lado da ESPCI. O
galpão, anteriormente uma sala de dissecação da faculdade de medicina, era pouco ventilado e
[21]
nem sequer era à prova d'água. O casal também não tinha conhecimento dos efeitos
deletérios da exposição à radiação, em seu trabalho contínuo e desprotegido com substâncias
radioativas. A ESPCI não patrocinou a pesquisa de Marie, mas ela receberia subsídios de
[14][21][22]
empresas metalúrgicas e de mineração e de várias organizações e governos.
Os estudos sistemáticos de Curie incluíram dois minerais de urânio, pechblenda e torbernita
[21]
(também conhecido como calcolita). Seu eletrômetro mostrou que a pechblenda era quatro
vezes mais ativa que o próprio urânio e a calcolita duas vezes mais ativa. Ela concluiu que, se
seus resultados anteriores, relacionando a quantidade de urânio à sua atividade, estavam
corretos, esses dois minerais deveriam conter pequenas quantidades de outra substância que
[21][23]
era muito mais ativa que o urânio. Ela iniciou uma busca sistemática por substâncias
adicionais que emitem radiação e, em 1898, descobriu que o elemento tório também era
[19]
radioativo. Pierre Curie ficou cada vez mais intrigado com o trabalho da esposa. Em meados
de 1898, ele estava tão investido nele que decidiu abandonar seu trabalho em cristais e se
[14][21]
juntar a ela.

A ideia [da pesquisa] era dela; ninguém a ajudou a formulá-la e, embora ela aceitasse
a opinião do marido, ela claramente estabeleceu se tratar de um projeto seu. Mais
tarde, ela registrou o fato duas vezes na biografia que escreveu sobre o marido, para
garantir que não houvesse qualquer possibilidade de ambiguidade. É provável que já
neste estágio inicial de sua carreira [ela] tenha percebido que ... muitos cientistas
achariam difícil acreditar que uma mulher possa ser capaz do trabalho original em que
[24]
estava envolvida.

Pierre, Irène e Marie Curie, c. 1902

Ela estava ciente da importância de publicar prontamente suas descobertas e, assim,


estabelecer sua precedência. Se Becquerel, dois anos antes, não tivesse apresentado sua
descoberta à Académie des Sciences no dia seguinte à sua realização, o crédito pela
descoberta da radioatividade (e até mesmo do Prêmio Nobel) teria ido para Silvanus Thompson.
Curie escolheu o mesmo meio rápido de publicação. Seu artigo, apresentando um relato breve e
simples de seu trabalho, foi apresentado à Academia em 12 de abril de 1898, por seu
[25]
ex-professor, Gabriel Lippmann. Contudo, assim como Thompson havia sido derrotado por
Becquerel, Curie foi derrotada na corrida para demonstrar que o tório emite raios da mesma
maneira que o urânio; dois meses antes, Gerhard Carl Schmidt publicara sua própria descoberta
[26]
em Berlim.
Naquela época, ninguém mais no mundo da física notou o que Curie registrou em uma frase de
seu artigo, descrevendo o quanto as atividades da pechblenda e da calcolita eram maiores que
as do próprio urânio: "O fato é muito notável e leva à crença de que esses minerais podem
conter um elemento muito mais ativo que o urânio". Mais tarde, ela lembraria como sentia "um
[26]
desejo apaixonado de verificar essa hipótese o mais rápido possível". Em 14 de abril de
1898, os Curies pesaram de maneira otimista uma amostra de cem gramas de pechblenda e a
moeram com um pilão e almofariz. Na época eles não sabiam que o que estavam procurando
estava presente em quantidades tão pequenas que seria necessário processar toneladas de
[26]
minério.
Em julho de 1898, Curie e seu marido publicaram um documento conjunto anunciando a
existência de um elemento chamado "polônio", batizado em homenagem à sua Polônia natal,
que por mais vinte anos permaneceria dividida entre três impérios (Russo, Austríaco e
[7]
Prussiano). Em 26 de dezembro de 1898, os Curies anunciaram a existência de um segundo
[14][21][27]
elemento, denominado "rádio", da palavra latina "raio". No decorrer de suas pesquisas,
[7]
eles também cunharam a palavra "radioatividade".
Para provar cabalmente suas descobertas, os Curies procuraram isolar o polônio e o rádio na
[21]
forma pura. A pechblenda é um mineral complexo; a separação química de seus constituintes
era uma tarefa árdua. A descoberta do polônio tinha sido relativamente fácil; quimicamente,
lembra o elemento bismuto, e o polônio era a única substância semelhante ao bismuto no
[21]
minério. O rádio, no entanto, era mais esquivo; quimicamente, está intimamente relacionado
ao bário, e a pechblenda contém os dois elementos. Em 1898, os Curies obtiveram traços de
rádio, mas quantidades consideráveis, não contaminadas com bário, ainda estavam além do seu
[28]
alcance.

Pierre e Marie Curie, c. 1903

Os Curies empreenderam a árdua tarefa de separar o sal de rádio por cristalização diferencial.
De uma tonelada de pechblenda, um décimo de grama de cloreto de rádio foi separado em
[21][29]
1902. Em 1910, ela isolou o metal puro de rádio. Ela nunca conseguiu isolar o polônio,
[21]
que tem uma meia-vida de apenas 138 dias.
Entre 1898 e 1902, os Curies publicaram, em conjunto ou separadamente, um total de 32 artigos
científicos, incluindo um que anunciava que, quando expostas ao rádio, células doentes
[30]
formadoras de tumores eram destruídas mais rapidamente do que células saudáveis.
Em 1900, Curie tornou-se a primeira mulher docente da Escola Normal Superior e seu marido
[31][32]
ingressou na faculdade da Universidade de Paris. Em 1902, ela visitou a Polônia por
[14]
ocasião da morte de seu pai.
Em junho de 1903, supervisionada por Gabriel Lippmann, Curie recebeu seu doutorado na
[14][33]
Universidade de Paris. Naquele mês, o casal foi convidado à Royal Institution, em
Londres, para fazer um discurso sobre radioatividade; sendo mulher, ela foi impedida de falar, e
[34]
Pierre Curie discursou sozinho. Enquanto isso, uma nova indústria começou a se
[31]
desenvolver, baseada no rádio. Os Curies não patentearam sua descoberta e se
[21][31]
beneficiaram pouco com esse negócio cada vez mais lucrativo.

Prêmios Nobel

Retrato de Curie para o Prêmio Nobel de 1903

Em dezembro de 1903, a Academia Real Sueca de Ciências concedeu a Pierre Curie, Marie
Curie e Henri Becquerel o Prêmio Nobel de Física, "em reconhecimento aos serviços
extraordinários que prestaram por suas pesquisas conjuntas sobre os fenômenos de radiação
[14]
descobertos pelo professor Henri Becquerel." Inicialmente, o comitê pretendia homenagear
apenas Pierre Curie e Henri Becquerel, mas um membro do comitê e defensor de mulheres
cientistas, o matemático sueco Magnus Gösta Mittag-Leffler, alertou Pierre sobre a situação e,
[35]
após uma reclamação sua, o nome de Marie foi adicionado à nomeação. Marie Curie foi a
[14]
primeira mulher a receber um Prêmio Nobel.
Curie e o marido preferiram não ir a Estocolmo para receber o prêmio pessoalmente; eles
estavam ocupados demais com seu trabalho, e Pierre Curie, que não gostava de cerimônias
[34][35]
públicas, estava se sentindo cada vez mais doente. Como os laureados com o Nobel eram
[35]
obrigados a proferir uma palestra, os Curies finalmente empreenderam a viagem em 1905. O
[35]
dinheiro do prêmio permitiu aos Curies contratar seu primeiro assistente de laboratório. Após
o recebimento do Nobel, galvanizada por uma oferta da Universidade de Genebra, que
propusera contratar Pierre Curie, a Universidade de Paris ofereceu a ele sua cátedra de física e
um cargo de professor titular, embora os Curies ainda não tivessem um laboratório
[14][31][32]
adequado. Com a reclamação de Pierre Curie, a Universidade de Paris cedeu e
[35]
concordou em fornecer-lhes um novo laboratório, mas que só ficaria pronto até 1906.
[35]
Em dezembro de 1904, Curie deu à luz sua segunda filha, Ève. Ela contratou governantas
[36]
polonesas para ensinar às filhas sua língua nativa, e as enviou ou levou em visitas à Polônia.
Diploma do Prêmio Nobel de 1903

Em 19 de abril de 1906, Pierre Curie foi morto em um acidente viário. Atravessando a Rue
Dauphine sob forte chuva, foi atingido por um veículo puxado por cavalos e caiu sob as rodas,
[14][37] [38]
sofrendo uma fratura no crânio. Curie ficou arrasada com a morte do marido. Em 13 de
maio de 1906, o departamento de física da Universidade de Paris decidiu reter a cadeira criada
para seu falecido marido e ofereceu-a a Marie. Ela aceitou, esperando criar um laboratório de
[38][39]
classe mundial como uma homenagem a Pierre. Ela foi a primeira mulher a se tornar
[14]
professora na Universidade de Paris.
Seu papel de educadora foi significativo. Irène Joliot-Curie afirmou que sua mãe, em parceria
com outros cientistas, nessa época também participava de um projeto de ensino nomeado de
"cooperativa de ensino", que visava ensinar ciência aos próprios filhos de forma mais prática e
experimental. As próprias crianças faziam os experimentos, sempre supervisionadas, buscando
sempre instigá-las a terem interesse pelo aprendizado. Jean Baptiste Perrin, Paul Langevin,
Marie Henriette Mouton, Henriette Perrin, Alice Chavannes e Jean Magrou são cientistas que a
[40][41]
ajudaram nesse projeto. Sua metodologia exaltou a criação de ambientes dinâmicos e
[42]
ativos de aprendizagem, mas esse trabalho durou apenas dois anos (entre 1907 e 1908).
A busca de Curie para criar um novo laboratório não terminou com a Universidade de Paris, no
entanto. Nos últimos anos, chefiou o Instituto do Rádio (Institut du radium, atualmente Instituto
Curie, Institut Curie), um laboratório de radioatividade criado para ela pelo Instituto Pasteur e
[39]
pela Universidade de Paris. A iniciativa para a criação do Instituto do Rádio veio em 1909, de
Pierre Paul Émile Roux, diretor do Instituto Pasteur, que ficara desapontado em ver que a
Universidade de Paris não fornecera um laboratório adequado a Curie e sugerira que ela se
[14][43]
mudasse para o Instituto Pasteur. Somente então, com a ameaça de saída de Curie, a
Universidade de Paris cedeu. O Pavilhão Curie se tornou uma iniciativa conjunta da
[43]
Universidade de Paris e do Instituto Pasteur.
Na Primeira Conferência Solvay (1911), Curie (sentada, segundo da direita) conversa com Henri
Poincaré; em pé, quarto da direita, está Rutherford; segundo da direita, Einstein; na extrema direita,
Paul Langevin

Em 1910, Curie conseguiu isolar o rádio; ela também definiu um padrão internacional para
[39]
emissões radioativas que acabou sendo nomeado em homenagem a ela e a Pierre: o curie.
[14] [44]
No entanto, em 1911, a Academia Francesa de Ciências falhou, por um ou dois votos, em
elegê-la como membro. Em vez disso, foi eleito Édouard Branly, um inventor que havia ajudado
[45]
Guglielmo Marconi a desenvolver o telégrafo sem fio.
Apesar da fama de Curie como cientista que trabalhava para a França, a atitude do público
tendia à xenofobia – a mesma que levou ao Caso Dreyfus – e também alimentou falsas
[14][44]
especulações de que Curie era judia. Durante as eleições da Academia Francesa de
[44]
Ciências, ela foi difamada pela imprensa de direita como estrangeira e ateia. Mais tarde, sua
filha comentou a hipocrisia da imprensa francesa, ao retratar Curie como uma estrangeira
indigna quando fora nomeada para uma honra francesa, mas como uma "heroína francesa"
[14]
quando recebera honras como os seus prêmios Nobel.
Em 1911, foi revelado que Curie estava envolvida em um caso de um ano com o físico Paul
[46]
Langevin, um ex-aluno de Pierre Curie, um homem casado que se separou de sua
[44]
esposa. Isto resultou em um escândalo de imprensa que foi explorado por seus oponentes
acadêmicos. Curie (então com 40 e poucos anos) era cinco anos mais velha que Langevin e foi
[47]
deturpada nos tabloides como uma judia estrangeira destruidora de lares. Quando o
escândalo estourou, ela estava ausente em uma conferência na Bélgica; ao voltar, encontrou
uma multidão enfurecida em frente à sua casa e teve que procurar refúgio, com as filhas, na
[44]
casa de sua amiga Camille Marbo.

Diploma do Prêmio Nobel de 1911

O reconhecimento internacional por seu trabalho tinha crescido a novos patamares e a Real
Academia Sueca de Ciências, superando a oposição provocada pelo escândalo Langevin, a
[9]
homenageou uma segunda vez, com o Prêmio Nobel de Química de 1911. Este prêmio foi "em
reconhecimento por seus serviços ao avanço da química, por meio da descoberta dos
elementos rádio e polônio, do isolamento do rádio e do estudo da natureza e dos compostos
[48]
desse elemento notável". Ela foi a primeira pessoa a ganhar dois prêmios Nobel e, ao lado de
Linus Pauling, é a única ganhadora do Nobel em dois campos de premiação distintos. Uma
delegação de célebres intelectuais poloneses, liderada pelo romancista Henryk Sienkiewicz,
[9]
incentivou-a a voltar à Polônia e continuar sua pesquisa em seu país natal. O segundo Prêmio
Nobel de Curie permitiu que ela convencesse o governo francês a apoiar o Instituto do Rádio,
[43]
construído em 1914, onde eram realizadas pesquisas em química, física e medicina. Um mês
depois de aceitar o Prêmio Nobel de 1911, ela foi hospitalizada com depressão e uma doença
nos rins. Durante a maior parte de 1912, ela evitou a vida pública, mas passou algum tempo na
Inglaterra com sua amiga e colega também física, Hertha Ayrton. Ela voltou ao laboratório
[48]
apenas em dezembro, após um intervalo de cerca de 14 meses.
Em 1912, a Sociedade Científica de Varsóvia ofereceu-lhe a direção de um novo laboratório em
Varsóvia, mas ela recusou, concentrando-se no Instituto do Rádio, em desenvolvimento e que
[43][48]
seria concluído em agosto de 1914, e em uma nova rua, chamada Rue Pierre-Curie. Ela
foi nomeada diretora do Laboratório Curie no Instituto do Rádio da Universidade de Paris,
[49]
fundado em 1914. Ela visitou a Polônia em 1913 e foi acolhida em Varsóvia, mas a visita foi
quase totalmente ignorada pelas autoridades russas. O desenvolvimento do Instituto foi
interrompido pela guerra que se aproximava, à medida que a maioria dos pesquisadores foi
[43][48][50]
convocada para o Exército Francês e retomou suas atividades em 1919.

Primeira Guerra Mundial


Durante a Primeira Guerra Mundial, Curie reconheceu que os soldados feridos eram mais bem
[51]
socorridos quando eram operados o mais rapidamente possível. Ela viu a necessidade de
centros radiológicos de campo perto das linhas de frente para ajudar os cirurgiões do campo de
[50]
batalha.

Curie em um veículo móvel de raios X c. 1915

Após um rápido estudo de radiologia, anatomia e mecânica automotiva, ela adquiriu


equipamentos de raios-X, veículos, geradores auxiliares e desenvolveu unidades móveis de
radiografia, que passaram a ser popularmente conhecidas como petites Curies ("Little
[50]
Curies"). Ela se tornou diretora do Serviço de Radiologia da Cruz Vermelha e criou o primeiro
[50]
centro militar de radiologia da França, operacional no final de 1914. Assistida inicialmente por
um médico militar e sua filha de 17 anos, Irène, Curie dirigiu a instalação de 20 veículos
radiológicos móveis e outras 200 unidades radiológicas em hospitais de campanha no primeiro
[43][50] [52]
ano da guerra. Mais tarde, ela começou a treinar outras mulheres como auxiliares.
Em 1915, Curie produziu agulhas ocas contendo "emanação de rádio", um gás radioativo incolor
emitido pelo rádio, posteriormente identificado como rádon, para ser usado na esterilização de
[52]
tecidos infectados. Ela forneceu o rádio a partir de seu próprio suprimento de um grama.
Estima-se que mais de um milhão de soldados feridos foram tratados com suas unidades de
[53][43]
raio-X. Ocupada com este trabalho, ela realizou muito pouca pesquisa científica durante
[43]
esse período. Apesar de todas as suas contribuições humanitárias ao esforço de guerra
francês, Curie nunca recebeu nenhum reconhecimento formal do governo francês por tais
[50]
atos.
Além disso, logo após o início da guerra, ela tentou doar suas medalhas de ouro do Prêmio
[52]
Nobel ao esforço de guerra, mas o Banco Nacional Francês recusou-se a aceitá-las. Ela
[52]
comprou títulos de guerra, usando o dinheiro do Nobel. Ela disse:

Vou desistir do pouco ouro que possuo. Acrescentarei a isso as medalhas científicas,
que são bastante inúteis para mim. Há outra coisa: por pura preguiça, havia permitido
que o dinheiro para o meu segundo Prêmio Nobel permanecesse em Estocolmo em
coroas suecas. Esta é a parte principal do que possuímos. Gostaria de trazê-lo de
volta aqui e investi-lo em empréstimos de guerra. O Estado precisa disso. Só que não
[51]
tenho ilusões: esse dinheiro provavelmente será perdido.

[54]
Ela também era membro ativa de comitês da Polônia na França dedicados à causa polonesa.
Após a guerra, ela resumiu suas experiências de guerra em um livro, Radiologia na Guerra
[52]
(1919).

Anos do pós-guerra
Em 1920, pelo 25º aniversário da descoberta do rádio, o governo francês ofereceu-lhe uma
[43]
bolsa, sendo que quem recebia tal benefício anteriormente era Louis Pasteur (1822-1895).
Em 1921, ela foi muito bem-vinda quando visitou os Estados Unidos para arrecadar fundos para
pesquisas em rádio. A sra. William Brown Meloney, depois de entrevistar Curie, criou o Marie
[43][55][nota 3]
Curie Radium Fund e levantou dinheiro para comprar rádio, divulgando sua viagem.

Marie e a filha Irène, 1925

Em 1921, o presidente estadunidense Warren G. Harding recebeu-a na Casa Branca para


apresentar-lhe um grama de rádio coletado nos Estados Unidos, e a primeira-dama elogiou-a
[57][58]
como um exemplo de empreendedora profissional que também era uma esposa solidária.
Antes da reunião, reconhecendo sua crescente fama no exterior e envergonhado pelo fato de
ela não ter distinções oficiais francesas para usar em público, o governo francês ofereceu-lhe
[58][59]
um prêmio da Legião de Honra, que ela recusou. Em 1922, tornou-se membro da
[43]
Academia Francesa de Medicina. Ela também viajou para outros países, aparecendo
[60]
publicamente e dando palestras na Bélgica, Brasil, Espanha e Tchecoslováquia.
Liderado por Curie, o Instituto produziu mais quatro ganhadores do Prêmio Nobel, incluindo sua
[61]
filha, Irène Joliot-Curie, e seu genro, Frédéric Joliot-Curie. Posteriormente, a instituição
tornou-se um dos quatro principais laboratórios de pesquisa em radioatividade do mundo, sendo
os outros o Cavendish Laboratory, com Ernest Rutherford; o Institute for Radium Research,
Vienna, com Stefan Meyer; e o Instituto Kaiser Wilhelm de Química, com Otto Hahn e Lise
[61][62]
Meitner.
Em agosto de 1922, Marie Curie tornou-se membro do recém-criado Comitê Internacional de
[63][64]
Cooperação Intelectual da Liga das Nações. Ela esteve no Comitê até 1934 e contribuiu
para a coordenação científica da Liga das Nações com outros pesquisadores de destaque,
[65]
como Albert Einstein, Hendrik Lorentz e Henri Bergson. Em 1923, ela escreveu uma biografia
[66]
de seu falecido marido, intitulada Pierre Curie. Em 1925, ela visitou a Polônia para participar
[43]
de uma cerimônia lançando as bases do Instituto do Rádio de Varsóvia. Sua segunda turnê
estadunidense, em 1929, conseguiu equipar o Instituto de Rádio de Varsóvia; o Instituto foi
[43][58]
inaugurado em 1932, com sua irmã Bronisława como diretora. Essas distrações de seus
trabalhos científicos e a publicidade resultante causaram-lhe muito desconforto, mas forneceram
[58]
recursos para seu trabalho. Em 1930, foi eleita para o Comitê Internacional de Pesos
[67]
Atômicos, no qual serviu até sua morte. Em 1931, Curie recebeu o Prêmio Cameron de
[68]
Terapêutica da Universidade de Edimburgo.

Morte

Estátua de Curie feita em 1935, de frente para o Instituto do Rádio de Varsóvia


[9][69]
Curie visitou a Polônia pela última vez no início de 1934. Poucos meses depois, em 4 de
julho de 1934, ela morreu no sanatório de Sancellemoz em Passy, Alta Saboia, por anemia
[43][70]
aplástica que se acredita ter sido contraída por sua exposição prolongada à radiação.
Os efeitos nocivos da radiação ionizante não eram conhecidos na época de seu trabalho, que
[69]
haviam sido realizados sem as medidas de segurança desenvolvidas posteriormente. Ela
[71]
carregava tubos de ensaio contendo isótopos radioativos no bolso e os guardava na gaveta
[72]
da mesa, observando a fraca luz que as substâncias emitiam no escuro. Curie também foi
exposta a raios-X de equipamentos não blindados enquanto servia como radiologista em
[52]
hospitais de campanha durante a guerra. Embora suas décadas de exposição à radiação
tenham causado doenças crônicas (incluindo uma quase cegueira devido a uma catarata) e,
finalmente, sua morte, ela nunca reconheceu realmente os riscos à saúde da exposição à
[73]
radiação.
[43]
Ela foi enterrada no cemitério de Sceaux, ao lado de seu marido Pierre. Sessenta anos
depois, em 1995, em homenagem a suas realizações, os restos de ambos foram transferidos
para o Panteão de Paris. Seus restos mortais foram lacrados com um forro de chumbo por
[74]
causa da radioatividade. Ela se tornou a primeira mulher a ser homenageada com enterro no
[64]
Panteão por seus próprios méritos. } Por causa de seus níveis de contaminação radioativa,
seus trabalhos realizados na década de 1890 são considerados muito perigosos para serem
[75] [76]
manuseados. Até o livro de receitas dela é altamente radioativo Seus trabalhos são
mantidos em caixas forradas de chumbo e aqueles que desejam consultá-los devem usar
[76]
roupas de proteção. Em seu último ano, ela trabalhou em um livro, Radioatividade, que foi
[69]
publicado postumamente em 1935.

Legado

Monumento Marie Curie em Lublin

Os aspectos físicos e sociais do trabalho dos Curies contribuíram para moldar o mundo dos
[77]
séculos XX e XXI. O professor da Universidade Cornell L. Pearce Williams observa:
O resultado do trabalho dos Curie marcou época. A radioatividade do rádio era tão
grande que não podia ser ignorada. Parecia contradizer o princípio da conservação de
energia e, portanto, forçou uma reconsideração dos fundamentos da física. No nível
experimental, a descoberta do rádio forneceu a homens como Ernest Rutherford
fontes de radioatividade com as quais eles puderam sondar a estrutura do átomo.
Como resultado dos experimentos de Rutherford com radiação alfa, o átomo nuclear
foi postulado pela primeira vez. Na medicina, a radioatividade do rádio parecia
[29]
oferecer um meio pelo qual o câncer poderia ser atacado com sucesso.

Se o trabalho de Curie ajudou a derrubar ideias estabelecidas na física e na química, teve um


efeito igualmente profundo na esfera social. Para alcançar suas conquistas científicas, ela teve
que superar barreiras, tanto em seu país natal quanto em seu país de adoção, que foram
colocadas em seu caminho apenas por ser mulher. Esse aspecto de sua vida e carreira é
destacado em Marie Curie: A Life, de Françoise Giroud, que enfatiza o papel de Curie como
[9]
precursora feminista.
[14][77]
Ela era conhecida por sua honestidade e estilo de vida moderado. Tendo recebido uma
pequena bolsa de estudos em 1893, ela a devolveu em 1897, assim que começou a ganhar
[7][22]
dinheiro. Ela deu grande parte do dinheiro que recebeu em seu primeiro Nobel a amigos,
[9]
familiares, estudantes e pesquisadores. Em uma decisão incomum, Curie evitou
intencionalmente patentear o processo de isolamento de rádio para que a comunidade científica
[78]
pudesse fazer pesquisas sem impedimentos. Ela insistiu que presentes e prêmios monetários
[77]
fossem dados às instituições científicas às quais ela era afiliada e não a ela. Ela e o marido
[14]
frequentemente recusavam prêmios e medalhas. Albert Einstein teria declarado que ela era
[9]
provavelmente a única pessoa que não poderia ser corrompida pela fama.

Sheryl Sandberg
[2]
Sheryl Kara Sandberg (Washington, D.C., 28 de agosto de 1969) é uma executiva de
tecnologia americana, filantropa e escritora. Sandberg atuou como diretora de operações (COO)
[3]
da Meta Platforms, posição da qual ela se afastou em agosto de 2022. Ela também é
[4]
fundadora da LeanIn.Org. Em 2008, ela se tornou COO do Facebook, tornando-se a segunda
[5]
funcionária de maior cargo da empresa. Em junho de 2012, ela foi eleita para o conselho de
administração do Facebook, tornando-se a primeira mulher a servir no conselho. Como chefe do
[5]
negócio de publicidade da empresa, Sandberg foi creditada por tornar a empresa lucrativa.
Antes de ingressar no Facebook como COO, Sandberg foi vice-presidente de vendas e
operações globais online da Google e esteve envolvida em sua divisão filantrópica Google.org.
Antes disso, Sandberg atuou como assistente de pesquisa de Lawrence Summers no World
Bank, e subsequentemente como sua chefe de gabinete quando ele era Secretário do Tesouro
dos Estados Unidos de Bill Clinton.
Em 2012, ela foi nomeada na lista Time 100, uma lista anual das pessoas mais influentes do
[6]
mundo. Na lista de bilionários de 2021 da Forbes Magazine, Sandberg é relatada como tendo
um patrimônio líquido de US$1,7 bilhão, devido às suas participações em ações no Facebook e
[7]
em outras empresas. Em 2022, ela anunciou que deixaria o cargo de COO da Meta no outono,
[8]
mas permaneceria no conselho da empresa.

Primeiros anos e educação


[9][10]
Sandberg nasceu em 1969 em Washington, D.C., em uma família judia, filha de Adele
[2][11]
(nascida Einhorn) e Joel Sandberg, e a mais velha de três filhos. Seu pai é um
oftalmologista, e sua mãe, cujos avós imigraram da Bielorrússia, era professora universitária de
[9][12]
francês.
[9]
Sua família se mudou para North Miami Beach, Flórida, quando ela tinha dois anos. Ela
frequentou a North Miami Beach High School, da qual se formou em 1987, classificada em nono
[9][13]
lugar em sua turma. Ela foi presidente da turma do segundo ano, tornou-se membro da
[13]
National Honor Society e fez parte da diretoria executiva da turma sênior. Sandberg deu
[14]
aulas de aeróbica na década de 1980 enquanto estava no ensino médio.
Em 1987, Sandberg se matriculou na Harvard College. Ela se formou em 1991 summa cum
[15]
laude e Phi Beta Kappa com um diploma de Bacharel em economia e recebeu o Prêmio John
[16]
H. Williams pelo melhor aluno formado em economia. Enquanto estava em Harvard, ela
[13]
co-fundou uma organização chamada Mulheres em Economia e Governo. Ela também
[17]
conheceu o professor Lawrence Summers, que se tornou seu mentor e orientador de tese.
[9]
Summers a recrutou para ser sua assistente de pesquisa no World Bank, onde ela trabalhou
por aproximadamente um ano em projetos de saúde na Índia lidando com hanseníase, AIDS e
[18]
cegueira.
Em 1993, ela se matriculou na Harvard Business School e em 1995 ela obteve seu MBA,
[16]
formando-se com a maior distinção. Em seu primeiro ano na escola de negócios, ela recebeu
[19]
uma bolsa de estudos.

Carreira

Início da carreira
Após se formar na escola de negócios na primavera de 1995, Sandberg trabalhou como
consultora de gestão na McKinsey & Company por aproximadamente um ano (1995–1996). De
1996 a 2001, ela novamente trabalhou para Lawrence Summers, que na época era o United
States Secretary of the Treasury sob o presidente Bill Clinton, como sua chefe de gabinete.
Sandberg auxiliou o Tesouro na questão do perdão da dívida no mundo em desenvolvimento
[18]
durante a Crise financeira asiática.
Mais tarde, ingressou no Google em 2001, onde foi responsável pelas vendas online dos
produtos de publicidade e editoração do Google, bem como pelas operações de vendas dos
[20][21]
produtos ao consumidor do Google e do Google Book Search. Durante seu tempo no
[22]
Google, ela expandiu a equipe de vendas e publicidade de quatro pessoas para 4.000.

Facebook / Meta Platforms

Sandberg com o primeiro-ministro indiano Narendra Modi em Nova Deli, 2014

No final de 2007, Mark Zuckerberg, co-fundador e CEO do Facebook, conheceu Sandberg em


[9]
uma festa de Natal organizada por Dan Rosensweig. Zuckerberg não tinha uma busca formal
por um diretor de operações (COO), mas considerou Sandberg "a combinação perfeita" para
[9]
esse cargo. Em março de 2008, o Facebook anunciou a contratação de Sandberg para o
[23]
cargo de COO e sua saída do Google.
Após ingressar na empresa, Sandberg começou rapidamente a tentar descobrir como tornar o
Facebook lucrativo. Antes de sua chegada, a empresa estava "principalmente interessada em
[9]
construir um site realmente legal; eles assumiram que os lucros viriam depois." Até a
primavera seguinte, a liderança do Facebook havia concordado em depender da publicidade,
"com os anúncios sendo apresentados de forma discreta"; em 2010, o Facebook se tornou
[9]
lucrativo. Segundo o Facebook, ela supervisiona as operações de negócios da empresa,
incluindo vendas, marketing, desenvolvimento de negócios, recursos humanos, política pública e
[24]
comunicação.
Em 2012, ela se tornou a oitava membro (e a primeira mulher) do conselho de diretores do
[25]
Facebook.
Em abril de 2014, foi relatado que Sandberg havia vendido mais da metade de suas ações no
Facebook desde que a empresa foi a público. Na época do IPO do Facebook, ela detinha
aproximadamente 41 milhões de ações na empresa; após várias rodadas de vendas, ela ficou
com cerca de 17,2 milhões de ações, correspondendo a uma participação de 0,5% na empresa,
[26]
avaliada em cerca de US$ 1 bilhão.
The New York Times publicou um relatório em 2018 detalhando o papel de Sandberg no
gerenciamento das relações públicas do Facebook após as revelações de interferência russa
nas eleições dos Estados Unidos de 2016 e seu Escândalo de dados da Cambridge
[27]
Analytica. De acordo com o The Wall Street Journal, durante uma reunião, Zuckerberg culpou
[28]
pessoalmente Sandberg pelo resultado do escândalo, e Sandberg "confidenciou a amigos
[28]
que a troca a abalou, e ela se perguntou se deveria se preocupar com seu emprego."
Em 29 de novembro de 2018, The New York Times relatou que Sandberg havia pedido
pessoalmente à equipe de comunicações do Facebook para conduzir pesquisas sobre as
finanças de George Soros dias depois que Soros criticou publicamente empresas de tecnologia,
[29]
incluindo o Facebook, no Fórum Econômico Mundial. Em comunicado, o Facebook afirmou
que a pesquisa sobre Soros "já estava em andamento quando Sheryl [Sandberg] enviou um
[29]
e-mail perguntando se o Sr. Soros havia vendido a descoberto as ações do Facebook."
[30]
Em 1 de junho de 2022, Sandberg anunciou que deixaria a Meta como COO no outono de
[8]
2022, mas permaneceria no conselho de diretores. Ao explicar sua decisão de sair, Sandberg
[5]
declarou que "é hora de escrever o próximo capítulo da minha vida."

Conselhos
[31]
Em 2009, Sandberg foi nomeada para o conselho da The Walt Disney Company. Ela também
faz parte dos conselhos da Women for Women International, do Centro para o Desenvolvimento
[24] [32]
Global e do V-Day. Anteriormente, ela foi membro do conselho da Starbucks, da Brookings
Institution e do Ad Council.

Outros trabalhos e empreendimentos


Sandberg faz discurso de abertura de formatura na Universidade da Califórnia, Berkeley em 2016

Em 2008, Sandberg escreveu um artigo para o The Huffington Post em apoio ao seu mentor,
[33]
Larry Summers, que estava sendo criticado por seus comentários sobre mulheres. Ela foi
palestrante principal no Business Leadership Council da Jewish Community Federation em
[34]
2010. Em dezembro de 2010, ela fez um discurso TED intitulado "Por que temos poucas
[35]
líderes mulheres". Em maio de 2011, ela fez o Discurso de Formatura na cerimônia de
[36]
graduação do Barnard College. Ela falou como palestrante principal na cerimônia do Dia da
[37]
Classe na Harvard Business School em maio de 2012. Em abril de 2013, ela foi a palestrante
principal durante o segundo fim de semana anual de empreendedorismo na Universidade
[38]
Colgate, em Hamilton, Nova Iorque. Em 2015, ela assinou uma carta aberta que a ONE
Campaign havia coletado assinaturas; a carta foi dirigida a Angela Merkel e Nkosazana
Dlamini-Zuma, instando-as a focar nas mulheres enquanto lideram o G7 na Alemanha e a União
Africana na África do Sul, respectivamente, o que começaria a definir as prioridades no
financiamento para o desenvolvimento antes de uma cúpula principal da ONU em setembro de
[39]
2015 que estabeleceria novos objetivos de desenvolvimento para a geração. Em 2016, ela
fez o Discurso de Formatura na cerimônia de graduação da Universidade da Califórnia,
Berkeley. Foi a primeira vez que ela falou publicamente sobre a morte de seu marido e enfatizou
[40]
a importância da resiliência. No ano seguinte, ela fez o Discurso de Formatura para a turma
de 2017 da Virginia Tech. Em 8 de junho de 2018, ela fez o Discurso de Formatura para o
[41]
Massachusetts Institute of Technology em Cambridge, MA. E ela foi membro do conselho
consultivo da Peter G. Peterson Foundation.

Lean In
Sandberg lançou seu primeiro livro, Lean In: Women, Work, and the Will to Lead, co-autorado
por Nell Scovell e publicado pela Knopf em 11 de março de 2013.
O livro trata de liderança empresarial e desenvolvimento, questões relacionadas à falta de
[42][43][44][45][46]
mulheres em cargos de liderança governamental e empresarial, e feminismo. Até
o outono de 2013, o livro havia vendido mais de um milhão de cópias e estava no topo das listas
[47]
de best-sellers desde o seu lançamento.
Lean In é destinado a mulheres profissionais para ajudá-las a alcançar seus objetivos de
carreira e a homens que desejam contribuir para uma sociedade mais equitativa. O livro
argumenta que ainda existem barreiras que impedem as mulheres de assumir cargos de
liderança no local de trabalho, como discriminação, sexismo flagrante e sutil e assédio
[48]
sexual. Sandberg afirma que também existem barreiras que as mulheres criam para si
mesmas ao internalizar a discriminação sistemática e os papéis de gênero da sociedade.
Sandberg argumenta que, para que ocorra uma mudança, as mulheres precisam superar essas
barreiras sociais e pessoais, buscando e alcançando cargos de liderança. O objetivo final é
incentivar as mulheres a assumir posições de liderança, porque ela acredita que, ao ter mais
vozes femininas em posições de poder, serão criadas oportunidades mais equitativas para
todos.

Um mundo verdadeiramente igual seria aquele em que as mulheres governassem


metade de nossos países e empresas e os homens governassem metade de nossas
[49]
casas.

A crítica ao livro inclui a alegação de que Sandberg é "muito elitista" e outra de que ela é
"desconectada" dos problemas enfrentados pela mulher comum no local de trabalho. A autora
Marissa Orr, ex-funcionária do Facebook, argumenta em "Lean Out" que as mulheres não
devem ter que imitar os homens e que a sociedade precisa se adaptar às questões das
[50][51][52]
mulheres. Por exemplo, o livro foi criticado por ignorar as dificuldades das mães que
[53]
podem não ser capazes de "se destacar". Sandberg menciona essas questões na introdução
de seu livro, afirmando que está "profundamente ciente de que a grande maioria das mulheres
[54]
está lutando para chegar ao fim do mês e cuidar de suas famílias" e que sua intenção era
"oferecer conselhos que teriam sido úteis muito antes de eu ter ouvido falar do Google ou do
[55]
Facebook." Além disso, após o Escândalo de dados Facebook–Cambridge Analytica, a
disposição de Sandberg em realmente "se destacar" foi questionada. "Ela não está realmente se
destacando", disse McNamee, fazendo referência ao livro amplamente lido de Sandberg
[56]
publicado cinco anos atrás. "Se houve um momento para ela se destacar, este é o momento."
Em seu livro, ela sugere que outras mulheres enfrentem desafios de cabeça erguida.
... estamos deixando de incentivar as mulheres a aspirar à liderança. É hora de
aplaudir as meninas e mulheres que querem sentar à mesa, buscar desafios e se
[57]
destacar em suas carreiras.

Em vez disso, ela tem sido percebida como uma COO que evita se envolver nessa crise.
"Sandberg, a arquiteta do modelo de negócios que agora está sob tanta escrutinação,
[56]
permaneceu em silêncio em público." Em seu livro, ela reconhece aqueles que enfrentam
crises:

Tenho o maior respeito por pessoas que prestam ajuda prática a quem está em crise.
[58]
É o trabalho mais difícil do mundo.

Option B
Sandberg lançou seu segundo livro, Option B, em abril de 2017. Option B é co-autorado por
Adam Grant, um professor da Wharton School da Universidade da Pensilvânia. O livro enfatiza o
[59]
luto e a resiliência psicológica diante dos desafios da vida. Ele oferece dicas práticas para
criar resiliência na família e na comunidade. Foram vendidas 2,75 milhões de cópias desde a
[60]
publicação.

Ban Bossy

Ver artigo principal: Ban Bossy

Em março de 2014, Sandberg e a Lean In patrocinaram a campanha Ban Bossy, uma


campanha de televisão e mídia social projetada para desencorajar o uso da palavra mandona
devido ao seu efeito prejudicial percebido em meninas jovens. Vários vídeos com porta-vozes,
incluindo Beyoncé, Jennifer Garner e Condoleezza Rice, entre outros, foram produzidos,
juntamente com um site que fornece material de treinamento escolar, dicas de liderança e um
formulário de compromisso online no qual os visitantes podem prometer não usar a
[61][62][63]
palavra.

Fundação da Família Sheryl Sandberg & Dave Goldberg


Em novembro de 2016, Sandberg renomeou sua Fundação Lean In para Fundação da Família
Sheryl Sandberg & Dave Goldberg, em homenagem a ela mesma e ao falecido marido. Esta
nova fundação serve como guarda-chuva para a LeanIn.Org e uma nova organização em torno
de seu livro Option B. Sandberg também transferiu cerca de $100.000.000 em ações do
[64]
Facebook para financiar a fundação e outras atividades filantrópicas.

Vida pessoal
[65]
Sandberg casou-se com Brian Kraff em 1993 e se divorciou um ano depois. Em 2004, ela se
casou com Dave Goldberg, na época um executivo da Yahoo! e posteriormente CEO da
[2][47][66] [67]
SurveyMonkey. O casal tem um filho e uma filha.
Sandberg e Goldberg frequentemente discutiam sobre ter um casamento com divisão de renda
[68]
e responsabilidades parentais compartilhadas. Sandberg também levantou a questão de que
a criação de filhos solteiros entra em conflito com o desenvolvimento profissional e econômico
[69]
nos Estados Unidos.
Em 1 de maio de 2015, Dave Goldberg morreu inesperadamente, e sua morte foi originalmente
relatada como resultante de uma lesão na cabeça ao cair de uma esteira enquanto o casal
[70][71]
estava de férias no México. No entanto, uma autópsia posterior sugeriu que a causa da
[72][73]
morte foi uma arritmia cardíaca, conforme confirmado por Sandberg em uma entrevista.
[74]
Sandberg namorou o CEO da Activision Blizzard, Bobby Kotick, de 2016 a 2019. De acordo
com um relatório de 21 de abril de 2022 do The Wall Street Journal, Sandberg fez parte de uma
campanha coordenada para impedir o Daily Mail de publicar uma história sobre uma ordem de
[75]
restrição temporária contra Kotick por uma ex-namorada em 2014. Na época do relatório do
The Journal, a empresa de Kotick estava enfrentando processos judiciais por alegações de
[76][77][78]
misconduct sexual generalizado, das quais Kotick próprio era alegado ter participado.
Essas campanhas ocorreram primeiro em 2016 (quando Sandberg e Kotick começaram a
namorar) e novamente em 2019 (ano em que terminaram). The Journal afirmou que o Facebook
[75]
estava revisando se Sandberg violou as regras da empresa.
Em 3 de fevereiro de 2020, ela anunciou seu noivado no Facebook com o CEO da Kelton
[79][80] [1]
Global, Tom Bernthal. Eles se casaram em agosto de 2022. Bernthal tem três filhos e
[81][82]
Sandberg tem dois, e eles vivem juntos em Menlo Park, Califórnia.

Política
[83]
Sandberg apoiou Hillary Clinton na eleição presidencial de 2016 nos Estados Unidos. Ela
recusou endossar Elizabeth Warren, uma crítica contundente do Facebook, várias vezes durante
as primárias presidenciais do Partido Democrata em 2020, embora tenha afirmado: "Imagino
[84]
que apoiarei um candidato democrata" em vez do incumbente Donald Trump.

Ursula Burns
Ursula M. Burns (20 de setembro, 1958) atua como presidente (desde maio de 2010) e diretora
executiva (desde julho de 2009) da Xerox. Como tal, ela é a primeira mulher CEO
[1]
afro-americana a chefiar uma empresa Fortune 500. Ela também é a primeira mulher a
suceder outra mulher como chefe de uma empresa da Fortune 500, tendo sucedido Anne
[2]
Mulcahy como CEO (diretora executiva) da Xerox. Em 2014, sua classificação pela Forbes é a
[3]
22ª mulher mais poderosa do mundo. Em 2017, foi anunciada sua posição no corpo de
[4]
diretores da Uber.

Infância e Adolescência
Burns foi criada por uma mãe solteira na Baruch Houses, um conjunto habitacional da cidade de
[1]
Nova Iorque. Seus pais eram imigrantes panamenhos.
Ela frequentou a Cathedral High School, uma escola de meninas católicas na rua 56 Leste, em
Nova Iorque. Ela prosseguiu na obtenção de um título de bacharel em Engenharia Mecânica
pelo Instituto Politécnico da Universidade de Nova Iorque em 1980 e mestrado em ciências de
[5]
Engenharia Mecânica pela Columbia University um ano depois.

Carreira na Xerox
Em 1980, Burns trabalhou pela primeira vez para a Xerox como estagiária de verão. Foi
efetivada permanentemente um ano depois, em 1981, depois de completar seu mestrado. Ela
trabalhou em várias funções no desenvolvimento e planejamento de produto no restante da
[6]
década de 1980.
Em janeiro de 1990, sua carreira tomou um rumo inesperado quando Wayland Hicks, um
executivo sênior, ofereceu a Burns um emprego como sua assistente executiva. Ela aceitou e
trabalhou para ele por cerca de nove meses, quando estava pronta para voltar para casa porque
[7]
ia se casar com Lloyd Bean. Em junho de 1991, ela se tornou assistente executiva do
presidente e chefe-executivo Paul Allaire. Em 1999, ela foi nomeada vice-presidente de
[6]
manufatura global.
Em 2000, Burns foi nomeada vice-presidente sênior e começou a trabalhar em estreita
colaboração com Anne Mulcahy, que logo se tornaria CEO, no que ambas descreveram como
uma verdadeira parceria. Nove anos depois, em julho de 2009, ela foi nomeada CEO,
[6]
sucedendo Mulcahy, que permaneceu como presidente até maio de 2010.
Além do conselho da Xerox, ela é diretora do conselho da American Express Corporation e
Exxon Mobil Corporation. Burns também faz aconselhamento de liderança para a comunidade,
educacional e organizações sem fins lucrativos, incluindo FIRST (Para Inspiração e
Reconhecimento da Ciência e Tecnologia), National Academy Foundation, MIT, Comitê Olímpico
dos EUA, entre outros. Ela é uma das fundadoras do conselho diretor de Change the Equation,
que se concentra em melhorar o sistema educacional do USA em ciência, tecnologia,
engenharia e matemática (STEM). Em março de 2010, o presidente americano Barack Obama
nomeou Burns vice-presidente do Conselho de Exportação do Presidente.

Atividades comunitárias
Burns atuou em vários conselhos profissionais e da comunidade, incluindo Exxon Mobil
[8]
Corporation, American Express, Boston Scientific, FIRST, National Association of
Manufacturers, University of Rochester, o MIT Corporation, o Rochester Business Alliance, e o
[5]
RUMP Group. Ela atuou como vice-presidente da Comissão Executiva do The Business
[9][10]
Council em 2013 e 2014. Além disso, ela também está entre os fundadores do Board
Directors of Change the Equation, que é uma organização que se concentra em melhorar a
[11]
educação com base em STEM nos Estados Unidos.→
Foi oradora da formatura do MIT no início de 2011, que também marcou o fim das
[12]
comemorações dos 150 anos do MIT. Proferiu o discurso de formatura de 2011 na
[13]
Universidade de Rochester. Foi oradora na cerimonia de graduação em 12 de maio de 2012
na Xavier University da Louisiana, onde também recebeu um diploma honorário, uma das mais
[14]
altas honrarias da instituição.

Na notícia
Ursula Burns fez manchetes em 2009, quando se tornou a primeira CEO mulher
afro-americana de uma empresa da Fortune 500. Burns tem sido excepcionalmente visível
durante o seu mandato, fazendo aparições públicas frequentes.
Burns pressionou para a aquisição da Affiliated Computer Services de US$ 6,4 bilhões, que
fechou em 2010, embora a Xerox Corp. (NYSE: XRX) ainda não tenha visto qualquer benefício
substancial do negócio. No fim do ano passado, a empresa chamou a polícia antes de anunciar
168 demissões nas suas instalações de Cary, N.C., observando que “estavam esperando
problemas.” Foi a segunda rodada de um total de cerca de 500 demissões.
Burns foi premiada com uma média de 13 milhões de dólares por ano entre 2010 e 2012. Um
antigo funcionário, comentando no Glassdoor, disse: "A maioria da administração superior
[15]
recebeu aumento salarial ao longo dos últimos 6 anos, mas a equipe não teve.”
Ela foi listada várias vezes pela Forbes como uma das 100 mulheres mais poderosas do mundo.
[3]
Em 2014, ela foi listada como a 22ª.

Vida pessoal
[16]
Burns é casada com Lloyd Bean, que também trabalhou na Xerox, e reside em Manhattan,
Nova Iorque. Ela tem uma filha, Melissa, nascida em 1992, e um enteado, Malcolm, nascido em
[6]
1989, que estudou no MIT.

Susan Wojcicki
Susan Diane Wojcicki (5 de julho de 1968) é uma executiva do ramo da tecnologia
[2][3]
norte-americana e diretora executiva do YouTube de 2014 a 2023.

Juventude e formação acadêmica


Wojcicki nasceu em Santa Clara County, Califórnia. É filha de Esther Wojcicki, uma educadora
de ascendência russa judaica, e Stanley Wojcicki, professor de Física na Universidade de
Stanford de ascendência polaca. Tem duas irmãs, a doutora em antropologia e epidemiologia,
[4]
Janet Wojcicki Ela é irmã da bióloga fundadora da 23andMe, Anne Wojcicki. Cresceu no
[5]
campus da Stanford com George Dantzig como vizinho e frequentou a Gunn High School, em
[4]
Palo Alto, California, aonde escreveu para o jornal da escola.
Wojcicki estudou história e literatura na Universidade de Harvard, se graduando com honras em
1990. Fez mestrado em Ciência e Economia pela Universidade da Califórnia, Santa Cruz, em
1993 e mestrado em Administração de empresas pela UCLA Anderson School of Management
[6]
em 1998.

Carreira
Em setembro de 1998, os fundadores da Google, Larry Page e Sergey Brin montaram o
[7][8]
escritório na garagem de Wojcicki em Menlo Park. Antes de se tornar a primeira gerente de
[5]
marketing da Google em 1999, ela trabalhou para a Intel em Santa Clara, Califórnia, e foi
[9]
consultora de gerenciamento na Bain & Company e na R.B. Webber & Company. A carreira de
Wojcicki na Google começou a partir dos programas iniciais de marketing viral, bem como com
os primeiros Doodles do Google. Ela também trabalhou no desenvolvimento de ferramentas de
[10]
sucesso da empresa, como o Google Imagens e o Google Books.
Wojcicki cresceu dentro da Google e se tornou vice-presidente sênior de propaganda e comércio
[6]
e conduziu os projetos como o AdWords, AdSense, DoubleClick e Google Analytics. Ela
[6]
desenvolveu o AdSense, que se tornou a segunda maior fonte de receita do Google ,
supervisionou o Google Video e propôs ao conselho da Google que a empresa deveria comprar
o YouTube. Tratou de duas das maiores aquisições da Google: a compra do YouTube por 1.65
bilhões de dólares em 2006 e a compra da DoubleClick por 3.1 bilhões de dólares em 2007.
Mais tarde, ela se tornou vice-presidente sênior do YouTube, empresa que chefia desde de
[11]
fevereiro de 2014.
[12]
Chamada de a pessoa mais importante da publicidade e a a Googler mais importante que
você nunca ouviu sobre, Wojcicki foi considerada a 16ª na Lista das mulheres mais poderosas
[13]
segundo a revista Forbes em 2011. Em 2012 ela ficou com a 25ª colocação, em 2013 na 30ª
e em 2014 foi nomeada na 12ª posição da lista.
Ela também foi nomeada na lista 50 Most Powerful Women in Business da revista Fortune em
[14] [15] [16] [17]
2010 (43ª) , 2011 (28ª) , 2012 (18ª) e 2013 (19ª) . Além de ser colocada como primeiro
[18] [19]
lugar na The Top 50 Execs Who Make the Wheels Turn da AdWeek em 2013 e em 39º e
[20]
23º lugar em 2012 e 2013, respectivamente, no ranking da Vanity Fair. Ela anunciou sua
renúncia como CEO do YouTube em 16 de fevereiro de 2023 via uma postagem no blog da
[21] [22]
empresa.

Vida pessoal
[23]
Wojcicki casou com Dennis Tropper em Belmont, Califórnia, no dia 23 de agosto de 1998 .
Eles têm cinco filhos. Antes de entrar em licença maternidade de seu quinto filho, ela escreveu
um artigo de opinião para o jornal Wall Street onde falou da importância da remuneração desta
licença. Wojcicki é frequentemente citada quanto a importância de um certo equilíbrio entre
[24]
família e carreira.

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