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Esta obra foi feita com óleo sobre tela e está exposta atualmente no Museu do Prado
em Madrid, Espanha.
De uma forma bastante ousada para a época, o artista põe em evidência alguns dos
rostos socialmente menos marcantes na vida diária da Corte - onde se inclui ele
próprio - colocados quase exatamente ao nível dos Reis de Espanha, Filipe IV e da sua
segunda esposa e sobrinha, Mariana de Áustria, uma das famílias mais influentes e
poderosas da Europa que aqui aparecem refletidos num pequeno espelho ao fundo.
Neste quadro, podemos observar Infanta Margarida (filha dos monarcas, ao tempo a
herdeira directa à sucessão da Coroa espanhola), sendo a personagem principal do
pintor, ocupa o centro da composição, quase em pose, ladeada por duas damas de
honor que são “As Meninas”, D. Isabel Velasco e D. Agustina Sarmiento, numa postura
protetora para com a princesa. Esta parece sobressair sob a aura dum feixe intenso
de luz oriunda duma janela lateral. Ao iluminar todo o espaço cénico anterior do
quadro, cria com os vários degradés de sombras e cor, transmitindo ao observador
uma forte sensação de imagens-vivas.
Perto desta, sobressaem, uma acompanhante, a anã alemã Mari Bárbola que
acompanhava a princesa desde o nascimento da Infanta e o também anão Nicolasito
Pertusato, que veio da Itália, serviu ao Palácio e nesta imagem parece provocar um
cão.
Logo atrás surge no meio da obscuridade, Dona Marcela de Ulloa que era uma viúva
e atuava como guarda-mor da princesa.
Eu gostei bastante deste quadro, porque é uma pintura muito famosa, emblemática
e interessante deste pintor, que acarreta alguns enigmas, que levam à nossa
interrogação sobre certos aspetos. E também nos mostra um pouco de como era o
quotidiano da realeza no séc.17.