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APRESENTAÇÃO

Meu nome é Ana Carolina Bittencourt, sou enfermeira graduada há 10 anos e médica
formada no Paraguai, na Universidad Privada del Este, sede Ciudad del Este. Durante a faculdade
de enfermagem e medicina ministrei aulas de imunologia, microbiologia e bioquímica,
auxiliando alunos de classes anteriores. Também fui instrutora de microbiologia na faculdade
de medicina durante 4 nos, e continuei a ser professora particular após a minha graduação.

Realizei alguns cursos de didática e oratória durante a minha formação, através do quais
desenvolvi métodos de didática onde meus alunos pudessem absorver melhor o conteúdo.

Após a minha formação de medicina, fiz o curso intensivo para o revalida da Aristo, e
através somente desse curso por 4 meses de estudo intenso consegui aprovar na prova do
revalida INEP com uma boa pontuação. Tirei 41 pontos na prova discursiva, e após o resultado
abri dois grupos de Whatsapp, auxiliando médicos formados no exterior durante os seus
estudos, através da resolução de questões objetivas e discursivas.

Nesse período, dezenas de pessoas me procuraram e pediram uma mentoria privada e


particular para realizar a prova discursiva do INEP. Foi a partir daí que nasceu o MEDescomplica
revalida.

Após a prova objetiva, a pedido das pessoas que eu acompanhava, construí o


MEDescomplica Habilidades clinicas, uma mentoria prática para a prova de habilidades clinicas
do revalida INEP. Com sucesso absoluto e mais de 50 alunos na primeira edição, resolvi montar
esse material com questões discursivas para auxiliar os novos médicos que irão prestar a prova
objetiva do INEP.

Para acompanhar o meu trabalho, meus grupos e os próximos materiais, sugiro que siga
o meu perfil do instagram @Karolbittenn.

Agradeço o incentivo e a confiança dos mais de 100 alunos que fizeram parte desse
processo, e desejo a todos que assim como eu, consigam a tão sonhada aprovação na prova do
revalida.
INTRODUÇÃO

Estudar para a prova discursiva do INEP pode ser um desafio para muitas pessoas que não tem
habilidades na escrita. A prova discursiva causa muito medo na preparação do médico formado
no exterior, que durante anos foi habituado a realizar provas orais e objetivas na faculdade, em
uma língua estrangeira e de forma totalmente diferente do que é preconizado aqui no Brasil.

Porém, a prova discursiva é fundamental para a aprovação ou não do candidato, e pode ser o
seu diferencial na realização da prova.

A prova discursiva exige um domínio e aprofundamento do conteúdo teórico, bem como


algumas estratégias para terminar a avaliação no tempo preconizado do INEP e seguindo as suas
determinações.

Na prova discursiva será avaliado pelo INEP o seu conhecimento sobre o tema em questão, o
seu raciocínio e a sua capacidade de explicar o tema de forma coesa e coerente, a sua habilidade
em ter uma ligação lógica entre as ideias apresentadas na questão, a sua capacidade de construir
argumentos para explicar e justificar as perguntas abordadas e o domínio da língua portuguesa.

A maior dificuldade de responder uma prova discursiva é que não basta apenas saber a resposta
da pergunta apresentada, é preciso elaborar e explicar o seu raciocínio de forma rápida,
coerente e lógica. Mas nesse material eu vou dar algumas dicas que eu segui para um bom
desempenho da prova.

PRIMEIRA DICA: O conhecimento do tema é fundamental! Assim como estudar para prova
objetiva exige que você resolva muitas questões objetivas, para a prova discursiva é necessário
que você possua conhecimento sobre o tema que vai abordar. Uma dica para aumentar e
fortalecer o seu conhecimento é verbalizar em voz alta sempre após estudar determinado tema.
Tente explicar o tema que você estudou durante o dia, de forma rápida e objetiva, para algum
companheiro de estudo, familiares, amigos ou até você mesmo.

SEGUNDA DICA: Estudar para a prova do revalida não é fazer resumo! Calma, esse é um ponto
polêmico. Mas você deve concordar que passamos seis anos durante a faculdade escrevendo
milhares de folhas com resumos gigantescos, e hoje você com certeza não se recordará dos
resumos que escreveu/digitou em fisiopatologia no primeiro/segundo ano. A época de escrever
resumos longos já passou. Se você é aquela pessoa que absorve melhor o conteúdo quando
escreve, tente anotar apenas postos-chaves, frases curtas, esquemas ou mapa mental, que te
faça raciocinar e fazer links mentais ao ler, acessando todo o conteúdo estudado na sua
memória. Uma outra forma que me ajudou bastante durante os estudos foi gravar áudios
explicando o assunto sem ler, e acessar esses áudios sempre que esquecer o assunto ou tiver
dificuldades em resolver algumas questões sobre o tema.

TERCEIRA DICA: Não se perca no conteúdo! Enquanto para a prova objetiva é necessário
aprofundar detalhes importantes para não cair nas pegadinhas do INEP, a prova discursiva
sempre segue um padrão. Em qualquer assunto abordado você deve ter conhecimento sobre a
definição, fatores de risco, fisiopatologia, classificação (se houver), critérios diagnósticos,
diagnósticos diferenciais exames complementares laboratoriais e de imagem, tratamento não
farmacológico e farmacológico, condutas e orientações. Seguindo esse raciocínio fica muito mais
fácil resolver as questões e não se perder durante a resolução das questões.

(O Restante do material é fornecido de forma particular. Entre em contato!)


QUESTÃO DISCURSIVA

Paciente masculino, 32 anos, portador de diabetes mellitus tipo 1 descoberta há 20 anos,


valvulopatia reumática e dupla troca de valvas tricúspide e mitral por valvas biológicas há 6 anos,
foi internado em unidade de terapia intensiva devido grave quadro de cetoacidose diabética
descompensada por sepse com foco a esclarecer iniciada há 3 semanas. Foi intubado e adaptado
ao respirador mecânico devido a insuficiência respiratória aguda e iniciou medidas adequadas
com ressuscitação volêmica, controle glicêmico rigoroso e insulinoterapia. Paciente mantendo
há 3 dias quadro de febre superior a 38 °C, com aparecimento de nodulações em subcutâneo e
lesões características de vasculite séptica em planta dos pés e palma das mãos.

a) Qual a principal hipótese diagnostica?


b) Quais os critérios que são utilizados para diagnosticar a sua hipótese?
c) Explique a fisiopatologia da sua hipótese diagnostica
d) Quais os fatores de risco apresentados pelo paciente?
e) Quais os exames complementares são necessários para o paciente?
f) Qual o tratamento especifico para o paciente?
GABARITO - QUESTÃO 3

a) A principal hipótese diagnostica é endocardite infecciosa aguda


b) Os critérios utilizados para diagnosticar a endocardite infecciosa são os critérios de Duke
modificados.
Os critérios maiores são:
1. microrganismos típicos isolados em duas amostras de hemoculturas separadas ou única
cultura positiva para Coxiella burnetti
2. evidencia de envolvimento endocárdico através de ecocardiograma apresentando vegetação
e/ou nova regurgitação valvar.
Os critérios menores são:
1. Condição predisponente: uso de drogas endovenosas ou condição cardíaca predisponente
2. Febre > 38º C
3. Fenômenos vasculares: êmbolos arteriais, infartos sépticos pulmonares, aneurisma mic[ótico,
hemorragia intracraniana, hemorragia conjuntivais, lesões de Janeway
4. Fenômenos imunológicos: glomerulonefrite, nódulos de Osler, manchas de Roth, fator
reumatoide
5. Evidencias microbiológicas: hemoculturas positivas que não preenchem os critérios maiores.
O diagnóstico é feito com dois critérios maiores, ou um critério maior e três menores, ou cinco
critérios menores.

c) Um jato de sangue concentrado ou em alta velocidade pode lesar o endotélio, em situações


de hipercoagulabilidade onde o corpo tende a formar trombos não infectados de plaquetas e
fibrina determinando um distúrbio chamado endocardite trombótica não bacteriana. Na
presença de uma bacteremia, as bactérias se fixam naquela lesão e se reproduzem, formando
uma vegetação, que pode enviar êmbolos sépticos para qualquer região do corpo. Normalmente
as lesões são localizadas nas valvas mitral e aórtica, por ser locais de menor pressão, facilitando
a adesão das bactérias e formação de colônias.

d) O paciente apresenta os seguintes fatores de risco: Diabetes mellitus complicada com


cetoacidose diabética, valvulopatia reumática e próteses valvares.

e) Os exames complementares necessários são: hemograma completo, coagulograma,


eletrólitos, ureia e creatinina, glicemia capilar, VHS, exame de urina tipo 1, radiografia de tórax,
eletrocardiograma, 3 hemoculturas colhidas em 24h com técnicas assépticas e 10ml para cada
frasco e um ecocardiograma

f) O tratamento é feito com antibioticoterapia endovenosa: oxacilina 2g 4/4h por 6 a 8 semanas


+ gentamicina 3mg/kg/dia por 2 semanas + rifampicina 300mg VO 8/8h por 6 a 8 semanas
Para ter acesso ao material completo com o restante das
dicas, orientações e questões discursivas, entre em
contato comigo! Você pode mandar um direct através do
meu perfil do Instagram @karolbittenn, ou uma
mensagem privada para o WhatsApp +595 992337401 ou
+45 999011422, no horário comercial.

Bons estudos!

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