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Escola Estadual Maria Gabriela Ramos de Oliveira.

Disciplina – História.
Turma- 2º ano

O que foi o Período Regencial?

Na História de nosso país, houve um importante hiato entre o Primeiro Reinado e o Segundo
Reinado, que ficou conhecido como Período Regencial. Ele teve início assim que o imperador
D. Pedro I abdicou de seu trono, dando lugar ao seu filho, em 1831.O seu fim, em 1840, ficou
marcado por um dos mais importantes eventos da História do Brasil, o Golpe da Maioridade,
que foi quando D. Pedro II foi coroado imperador.

Período Regencial.

É correto afirmar que o Período Regencial foi resultado do fim do Primeiro Reinado, que, por
sua vez, ficou marcado pelos confrontos cada vez mais frequentes entre brasileiros, portugueses
e o autoritarismo do imperador.
A forte da pressão da época e as tensões se agravando foram os principais fatores que levaram o
imperador D. Pedro I a abdicar de seu trono no Brasil em abril de 1831. Dessa forma, seu filho
seria seu sucessor automaticamente.
No entanto, Pedro de Alcântara não pôde assumir o cargo de seu pai naquele momento, visto
que a lei impedia que uma criança de apenas cinco anos de idade fosse coroada como
imperadora do Brasil.
De acordo com a Constituição de 1824, a única alternativa legal para aquele momento seria a de
manter o país sendo governado por regentes durante o período de transição entre o Primeiro e o
Segundo Reinado. Esse período deveria ter durado até 1844, quando Pedro de Alcântara teria
completado 18 anos, mas foi antecipado por meio de um golpe parlamentar, em 1840.

Período Regencial: política

A intensa movimentação política por todo o Brasil foi uma das características do Período
Regencial que mais o marcou. Os acalorados debates políticos giravam em torno de três grupos
que, posteriormente, viriam a se transformar nos dois partidos do Segundo Reinado.

Os três grupos políticos que existiam durante o Período Regencial eram:

Restauradores — representado pelas pessoas que defendiam o retorno de D. Pedro I como


imperador do Brasil. Seus maiores expoentes eram os Irmãos Andradas (José Bonifácio foi um
deles);
Liberais Exaltados — eram abertamente defensores do federalismo. Ou seja, tinham o objetivo
de aumentar o número de províncias por todo o país. O nome mais influente desse meio foi
Cipriano Barata, um dos maiores defensores da república;
Liberais Moderados — em sua grande maioria, eram monarquistas que defendiam que o poder
deveria ser limitado ao imperador. O padre Feijó foi um de seus maiores representantes.
Durante o decorrer do Período Regencial, os três grupos foram se fundindo e acabaram se
transformando no Partido Conservador (uma mistura dos grupos de restauradores e liberais
moderados) e no Partido Liberal (uma mistura dos grupos exaltados, moderados e liberais).
Período Regencial: revoltas

Sem dúvida, um dos elementos que caracterizou o Período Regencial foram as revoltas do
Período regencial, que aconteciam nas mais diversas regiões do Brasil. De forma resumida, as
revoltas provinciais ocorriam por conta da insatisfação do povo em relação às políticas, à
desigualdade social e pobreza e aos rumos que o país tomava.

As principais revoltas que aconteceram durante os anos do Período Regencial foram:

Cabanagem (Grão-Pará) — entre 1835 e 1840 — rebelião por disputas políticas locais e
insatisfação popular;
Balaiada (Maranhão) — entre 19838 e 1841 — rebelião por disputas políticas locais;
Sabinada (Bahia) — entre 1837 e 19838 — rebelião de cunho separatista que visava implantar
uma república na Bahia;
Revolta dos Malês (Salvador) — 1835 — o mais importante levante de escravos de origem
islâmica que aconteceu na província da Bahia;
Guerra dos Farrapos (Rio Grande do Sul) — entre 1835 e 1845 — revolta motivada pela
insatisfação da elite local em relação a questões políticas e econômicas impostas pelo governo.
Fim do Período Regencial
As disputas políticas entre conservadores e liberais resultaram no fim do Período Regencial. Os
liberais se revoltavam mostrando sua insatisfação com a regência de Araújo Lima, defendendo a
antecipação da maioridade de Pedro de Alcântara (príncipe do Brasil naquele período).
Ao conseguirem conquistar o apoio de grande parte dos senadores e deputados, os liberais
puderam realizar o Golpe da Maioridade, em 1840. Como o próprio nome já deixa claro, Pedro
de Alcântara conseguiu antecipar sua maioridade com esse golpe, tornando-se então imperador
do Brasil aos 14 anos de idade.
Os liberais esperavam que, com o início do Segundo Reinado, os conservadores tivessem o
poder tirado de suas mãos e as revoltas que ocorriam em todo o país chegassem ao fim, de fato.

EXERCÍCIO

01)-Sobre as revoltas ocorridas no Brasil durante o período regencial, assinale o que for
INCORRETO:
a) A Cabanagem (1835-1840), ocorrida na província do Grão-Pará, recebeu esse nome porque
boa parte dos integrantes dessa revolta moravam em cabanas e eram chamados de cabanos.
b) A Guerra dos Farrapos (1835-1845) foi um conflito separatista ocorrido no sul do país. Foi
uma revolta mobilizada por grandes proprietários de terra.
c) A Revolta dos Malês (1835) teve como fator motivador o fato de escravizados de origem
islâmica quererem sua liberdade religiosa.
d) A Sabinada (1837-1838), liderada por Francisco Sabino Álvares da Rocha Vieira, aconteceu
por conta da insatisfação da população com a falta de autonomia política e administrativa da
Bahia e também pelo recrutamento obrigatório para os baianos em função da Guerra dos
Farrapos.
e) A Balaiada (1838-1841), ocorrida na província do Paraná, foi mobilizada através da
reivindicação por melhores condições de vida da população.

02)-(UEL-PR) “[…] explodiu na província do Grão-Pará o movimento armado mais popular do


Brasil […]. Foi uma das rebeliões brasileiras em que as camadas inferiores ocuparam o poder.”
Ao texto podem-se associar:
a) A Regência e a Cabanagem.
b) O Primeiro Reinado e a Praieira.
c) O Segundo Reinado e a Farroupilha.
d) O Período Joanino e a Sabinada.
e) A abdicação e a Noite das Garrafadas.

03)- (Mackenzie) Do ponto de vista político podemos considerar o período regencial como:
a) Uma época conturbada politicamente, embora sem lutas separatistas que comprometessem
a unidade do país.
b)Um período em que as reivindicações populares, como direito de voto, abolição da
escravidão e descentralização política foram amplamente atendidas.
c) Uma transição para o regime republicano que se instalou no país a partir de 1840.
d) Uma fase extremamente agitada com crises e revoltas em várias províncias, geradas pelas
contradições das elites, classe média e camadas populares.
e)Uma etapa marcada pela estabilidade política, já que a oposição ao imperador Pedro I
aproximou os vários segmentos sociais, facilitando as alianças na regência.

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