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A FAMíLIA NO BRASIL
~çou;;rk.,DE_OWY..~
ELZA BERQu6
INTRODUÇÃO
Por razoes que não cabe aqui detalhar, a família brasileira tem si-
do pouco tratada na perspectiva demográfica, embora um de seus pro-
cessos dinâmicos - a fecundidade - tenha recebido considerável aten
ção por parte dos estudiosos. Não obstante, o crescente interesse
pelo tema t~m levado a resultados extremamente interessantes que a-
pontam para a necessidade de um aprofundamento da investigação a
níveis regional e local.
• ,- ,.. TC.
2.
Nas quatro
perlmentou
décadas do perlodo
taxas de crescimento
-- - ---
--
19~0-1980,
--_._--
variáveis,
.
a população brasilp.1ra ex
ora para mais ora para
merios•
•
Entre 1940 e 1960, seu ritmo de crescimento anual foi acelerado,
passa~do de 2,4%, entre 1940 e 1950, para 3,0% no segundo decênio
nos
1970, declinando ainda ma1s até atingir a taxa a'nual de 2,5%
'--_
a população
---
brasileira
sua fecund1dade,
..
registrou uma redução sem precedentes
---
que chegou a atingir 19%. Os dados da Tabel~ 1 e-
em
--,-
do pais, maiores entretanto, no Centro-Oeste (da ordem de 25%) e
no Nordeste (da ordem de 20%), onde as mulheres reduziram em mais
de Q~ filho sua fecundidade.
. ,
4.
8ras i1 5,76 4,54 7,72 ",35 3,63 6,40 3,53 3,03 5,32
Sudu te 4,56 3,83 7,14 3,45 3,17 5,46 2,96 2,70 4,99
Sul 5,42 ",06 6,86 3,63 3,20 4,55 3,04 2,79 3,62
C,ntre-Oesh 6,42 5,31 7,71 4,51 3,97 5,98 3,38 3,06 4,57
A c0nstataçio desta vigorosa queda em todo o pais faz supor que sua
t·
populaçio crescera' nestes quatro anos a uma taxa anual de 2,~~.
Pirâmide nâo-casados
Brasil 1980
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ri adas traje tÓJ'ias conjugai s, assoc i ndas no exccdcn te de //I1l] IIf' r'(~!:
É evidente, porem,
. que o tamanho da família resulta também de ou-
tros fatores além da fecundldade. Dessa maneira, embora a família
continue reduzindo de tamanho, o faz em ritmo menos acelerado que a
(1) Utllizarem::>s
neste trabalho o ccnceito de fanil1a censitar-í.a,
em razão da
fonte'àos dados dí.sponives, O ccoceíto envolve residênciaCcm.JTI e
í relação
de parentesco entre seus merrbros.
r.
7.
GRAnco I
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1950 1960 1970 1980 1984
1940
taBEla 2 - t••• nho .;dlD d. f•• rll. n •• diferente. rlvlõe •• Br •• l1 IV~O - 19B~
URBANA [ RURAL
GRAfltO i . 19!10
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GRÁFICO 5 - 1980
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o Urbano • Rural
t
11.
absolutos.
_.
em termos relati-
O que presenciamos
nos anos 70, portanto. representa uma acumulação de processos e
TABELA 3 - Ta.anho .;dio da fa.flia ea areas urbanas e rurais. Brasil 1950 - 1980
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L‡-ero de pessoas
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3 /4 5 6 (- 8 d : /. 22 23 2x 215 /2
LÁ-ero de pessoas
> /62. ) 2:7(] é 2:81 3 2:e-ç
s
/2-
dos casos por seus filhos+ esta constitui a unidade familiar tipica
no =rasil+ com proporõoes estíveis nas ‡ltimas dúcadas (Rabela 2)-
4/+7% em /75.+casa/s com filhos perfa{iam 4.+6% das famllias em "+
/76.- Qe a eles acrescentamos os casais sem filhos- as familias de +
,
00
tipo conjugal atingem no =rasil 50+6% em /75. e 50+5% em /76.-
conjugal
* * desde tempos coloniais+ nôo havendo ra{†es para esperar
qualquer peso significativo de,arranjos estendidos- ; presenõa de
uma vasta parentela+ freqSentemente associada z familia na ;múrica
Iatina- nôo se aplica ao caso brasileiro- com eyceõôo de alguns seÁ
mentos sociais abastados em algumas regi†es brasileiras do passado
(EBPJ;LL+ /7269 UFIIBJQ+ /7319 CP;L>M+ /7549 Q;J;P;+ /76/)-
R;=BI; 2 , >o-posiõôo da fal(lia brasilrira el /75. e /76. !)&
s
RFNM AB C;J•IF; /75. /76.
C jntd C
Srbano C Pural C 'otal Srbano C Pural
C C C J
>asal su ei lhos //+1 C /.+3 C /.+7 /0+. //+4 C 22-:
>asal se- filhos e parentes 0+0 C 0+/ C 0+0 /+7 0+ F C ]-:
Julher chefe se- c…njuge >MF filhos e parentes 0+1 C /+0 C /+6 C 0+4 /+1 C 0-/
Eo-e- chefe sei c…njuge co- filhos /+0 C /+7 C /+3 C /+0 /+4 C C*n
Eo-e- chefe sei c…njuge cal filhos e parentes .+3 C .+3 C .+3 C .+2 .+2 C .+2
Mutros tipos 2+0 C 0+5 C 1+2 C 2+. 0+4 C G-3
s---
db&
/4-
Nor estes dados podemos ver que+ alúm das famllias ampliadas serem
uma minoria+ nôo implicam via de regra+ na presenõa de uma vasta pÁ
rentela- ;o contrírio+ as fam•lias ampliadas contam+ em múdia * com
duas pessoas adicionais tanto em /75. quanto em /76.- Jais uma ve{+
as pequenas diferenõas eyistentes sugerem um numero maior de pareÁ
tes acrescidos z famllia conjugal nas cidades+ reforõando o argumeÁ
to Áue anteriormente sustentamos-
/5-
Rl=lll Á _ -Á-tro -•dio d- Á-r-nt-+ d‰‰‰ bol ./ /‰‰ ./ nl- fl-9lil ‰‰‰ pliadl' C, Ár'll urblnl' i
/75. /76.
bBl Eo ‰‰ns CJulh-r+s CRotll Eo-+"s 'Julher ‰‰ CRotal
C C C C
Srbana
Pural
.+50
.+6. *C /+/1
.+73
C /+63
C&/+53
.+57
.+63 *C /+/1
.+71
C /+7/
C /+56
Rotal .+53 C /+.5 C /+6/ .+6. C /+.6 C /+66
'0( f eycedente de milheres em relaõio aos hanens vem crescendono =rasil- ;AI,
bnÇ (/764) chana a atenõio para este fato+ situandoos indices em /-./6
lheres para cada /-'OO(" harens em /74.9 /-.06 em /75.9 e /-.10 em /76.-
/6-
Lo caso brasileiro+
-
isso e verdade tanto
-
para as areas de agricultÁ
ra tradicional+ quanto para aquelas onde predomina uma agricultura
altamente capitali{ada- Las primeiras+ as familias chefiadas por mÁ
lheres teriam menos condiõ†es de satisfa{er os requisitos da divi,
sôo seyual do trabalho em que se ap„ia a produõôo familiar- Las ‡l,
timas+ com a transferüncia maciõa da môo,de,obra para as cidades+os
que permanecem no campo sôo homens so{inhos (trabalhadores safris,
tas migrantes ou trabalhadores masculinos altamente especiall{ados)
ou familias completas+ quando ainda parte da môo,de,obra nôo quali,
ficada ú recrutada em familias (MIFTBFP;+ /76/)-
rurais-
/;'BI; 4 _ t+tado conju7al dMF chtfts de f‰‰ flia- =r-sil /75. ‰ /76.
/75. /76.
YQSAM >MLGSD;I EMlens CJulhtru Eo-ens C Julh!res
C C
FA;MB
C EMJBLQ
C JSIEBPBQ
/3 , /7
C .-7 C 0+0
0. , 07
C 00+1 /
/2-1
1. , 17
C 04-7 C /4+.
2. , /.7 C 0/-1 /
/6+7
3. , 37
C /3+/ C /7+2
4. , 47
C 6+7 /
/4+6
/ /
5. , ‰ 2+5 /0-2
/ C
Rotal /..+.
/ C /..+.
rMLRB 8 >enso MfaogrÁfico de
/76.- ggh\g
é
0.-
&,
;o contrírio do que muitas ve{es se sup†e+ 6 bhr2'j9 femininn .
e8mf+,)
Julheres chefes de familia sao ae- f e g,Ul mulheres mais velhas (Rabe
Fa 6)- o que reflete o peso das viÁvas e sepnr&dns ou divorciadas-
Bnquanto apenas 06+5% dos homens chefes de fami lia f-üm pe 21 menos
61 anos de idade+ entre as mulhel"eQ chefes esta proporõio atinge
26+4%- >hama a atenõio o fato de que+ embora muito pequena+ À mai,
or a chance de mulheres muito jovens 6ssumireÁ a condlõio de che,
essÁ
é incidüncia se acentue-
00-
con,
; coabitaõôo sem vinculos legais+ no =rasil denominada uniôo
,m tendo cada ve{ mais adeptos em nossa sociedade- Ae
sensual+ T Á
4+3%+ em /74.+ passou a 4+7% em /75.+ para ter seu peso rd Fativo
/l6(ll 6 _ /ipo dr uniio da+ pessoas ta+ada+ de /3 anos ou -ais+ le7undo situaõio urbano,rural do
do-it~lio- =rasil+ /74.+ /75. e /76.
C C C C C C C C C C C C
/74. C 4.-3 C/0+6/ 0.+0 C 4-3 C 5.+2 C/1+4/ 7+/ C4-7 C 30-. C/0-0/ 07-5 C 4+/
C//+-F C
C4/+-4 C C /2+2 C C 5/+2 C/2+4 C4+4 C5+2
C C33+2 C C C
/75.
C
4+7
C C C C/1+1+ 02-7
C
4+"
C /
G76.
C 41-// /4+1 //+6
C 44+5 /4+7 "+F p0+1 /3-/ /4+6
C /.+4
vírios destes elementos podem tambúm ser evocados para dar conta
da presenõa das uni†es consensuais no passado brasileiro- Bntretan
to+ seu aumento recente e nôo o decllnio como vem ocorrendo com as
uni†es religiosas+ leva a pensar que sua anílise requer n cMFlr8/d(',
raõôo de uma ordem nova de fatores-
-
;ntes de mais nada ú preciso esclarecer que atú /756(*) a legis,
Nor outro lado+ nos casos de separaõoes de uma uniôo c/vil e reli,
g/.sa+ tambúm a Fgreja >at„//ca+por considerar o vinculo matrimon/
aF indissol‡vel+ nôo permitia uma segunda uniôo de caríter relig/Á
so ap„s uma separaõôo- ;ssim sendo+ a ‡nica maneira de voltar a se
unir era atravús de uma uniôo consensual- Lôo hí d‡vidas+ portanto+
de que esta situaõôo eyplica parte da prevalüncia das uni†es con
sensuais na sociedade brasileira+ inclusive quando se leva em con,
ta o continuo crescimento no n‡mero de separaõ†es de uni†es legais+
cuja taya evoluiu de /+53+ em /75.+ para 5+16+ em /76/+ por /.-...
l;=ll; ‰ _ Mistribuiõio di' p-FFMF' d- FQ Fno+ ou -Fil FtuFF ‰‰nt- >F'ldll+ "7undo o tipo de uniio
tMncu7i/+ plrl >ldl S'F di' r-gi†-+ di NF;A+ conferi' F 'NM>F do >F"lento
>ivil+ >ivil e C C C C C C
Peligioso 72+. C 73+5 C 71+3 C 7/+4 C 44+. C 71+6/ 61+6
ums AB
Peligioso /+6 C 1+/ C 2+7 T 5+/ C 1.+6 C 3+./ /0+5
/73.
>onunlual 2+0 + /+0 C /+4 C /+1 + Ã1+0 + /+0Z 1+3
*
C C C C C
C
>ivil+ >ivil t C C C C C
AB /73. Peligioso 7/+4 C 72+/ C 71+. T 66+6 C 41+3 C 7/+6/ 6/++/+
j 2:6: Ptl iTioso /+0 C 0+/ C 2-4 C 6-6 C 07-. T 3+.Z 7+5
>onunsual 5+0 C 1+6 C 0+2 C 0-2 / 5+3 C 1+0/ 3+7
.2 C 2
*
C
*
C C
AB /74.
; /747
>ivil- >ivil e
Peligioso
/
C
63-1 + 7/+5
*
C
C 7/-3
C
C /
C 66-7 C 40-5 C
*
65+3+
C
* 6.+4
Peligioso /+/ C 0+/ C 1-7 C 4+5 C 02+/ C 4+/+ 6+.
>onsensu-l /1+4 C 4+0 C 2+4 C 2+2 C /1+0 C 4+2+ /L *C*
C C C C C *
>ivil+ >ivil t
C C C C C C
AB /75. Peligioso 56+4 C 66+7 C 64+. C 67+/ C 42+4 + 6.+3+ 55+5
; /754 Peligioso /+/ + /+2 + 2+. + 1+2 C /4+. C 4+7+ 4+4
>onsensual 0.+1 + 7+5 + /.+. F 5+3 + /7+2 F /0+7+ /3+5
>ivil+ >ivil e * C C C C C * C
C 7.+5 C 67+2 C 42+.
Peli7ioso 64-1 * 70+0 * * * * 64 22 6.+7
RMR;I
Peligioso
>onsensual
/-0 *
/0+3 *
0+/
3+5 *
C
2+1
3+.
*
*
4-2
2+0
* 01+7
/0+/
*
*
4'//
&C
5+3+
6+4
/.+3
C
CMLRB9 NL;A,/754- CF=DB
F , Pio de Ganeiro9 // , sôo Naulo9 F// , Naraní- Qanta >atarina+ Pio Drande
do Qul9 FT , lFinas Derais+ Bsp~rito Qanto9 T , lFaranhio+ Niau~+ >earí- Pio
Drande do Lorte+ Nara~ba+ ;la7.as+ Qer7ipe+ =ahia9 TF , Aistrito Cederal9
TFF , PondÁnia+ ;cre+ ;u{onas+ Po-roi‰‰ + Narí+ ;lapí+ lFato Drosso+ Doiís-
n -
‰ proporõao de uni†es consensuais passou de 7+/Á para 15+3Á+ entre
/75. e /76. (Jadeira e Uong+ /766)9 Nara as mulheres+ o crescimen,
to embora menor+ passou de 6+5Á a 00+4Á- no mesmo per/.do- Bm con,
traposiõôo+ o casamento civil e religioso passou de 23-3Á a 1/+0Á
para os rapa{es e de 42-/Á para 24+/Á para as moõas-
samentos ocorreram-
Los parece que este tipo de uniôo- de uns tempos para cí+ comeõou
a atrair a atenõôo das pessoas como primeira opõôo na tentativa de
vida conjugal em que o vinculo legal nôo ú tido como necessírio ou
importante- Bste tipo de modelo tem fortes chances de estar preseÁ
te nas camadas mais jovens da populaõôo+ como parte de todo um mo,
vimento mais amplo de questionamento+ ou mesmo negaõao+ de valores
e normas de comportamentos tidos como mais tradicionais -
‰
J;tQ QMIRBFP;Q
R;=BI; /. , Nroporõôo de -ulheres solteiras que tivera- filhos+ por faiya etíria , =rasil /74.+
/75. d /76.
C/+. C
C/+6 C
C1+4
/3 , 02 C
03 , 12 J 4+2 2/.+3 2/3+6
13 , 22 +/.+2 +/5+1 +00+2
s Rodas as idades C1+. + 3+1 C5+3
C C C
CMLRB8 >ensos Aeaogr•ficos de /74.+
/75. e /76.- CF=DB
Á-
; Rabelall apresenta a prevalüncia de môes solteiras para trüs fai
yas etírias que cobrem etapas bem diversas da vida das mulheres+
por um periodo de vinte anos- >omo se vü+ houve uma elevaõôo na
proporõôo de mulheres solteiras com filhos+ nos trüs grupos etíri,
os+ quando se passa de /74. a /76.9 foi+ entretanto+ no grupo mais
jovem que se deu o maior aumento relativo+ ou seja+ de /..%+ entre
/75. e /76.- Ms dados da Rabela /. permitem ainda visuali{ar esta
elevaõôo por coortes- Aaquelas mulheres solteiras que em /74.+ ti,
nham entre /3 a 02 anos+ que sobreviveram e continuaram solteiras
atú /75.+ atingindo idades entre 03 e 12 anos e+ destas+ as que sÁ
breviveram e continuaram solteiras atú /76.+ com idades na faiya
de 13 e 22 anoe+ a proporõôo com filhos evoluiu da seguinte manei,
ra8 /+.%+ /.+3% e 00+2%- Fsto mostra que a intensidade com a qual
elas foram se tornando môes foi,se acentuando-
-
de idade-
dentÁs
Nor outro
financeiramente+
lado+ mesmo naqueles
que optaram
casos de mulheres
.
por nao se casar mas decidiram
indepeÁ
R;=BI; // , Nroporõôo de -ulheres solteiras que tivera- filhos+ por faiya et•ria e situaõôo de
do-icflio- =rasil /75. e /76.
s
x/
JMP;LAM QMXFLE;Q
M morar s„ encerra toda uma gama de situaõ†es que vao desdÁ uma 1G
õôo deliberada de privacidade e pra{er atú uma contingüncia depen,
dente de causas eyternas que afetam a vida dos individuos- Rantoos
eytremos deste gradiente quanto as situaõ†es intermediírias depen,
dem de processos demogríficos+ psico,s„cio,culturais e econ…micos-
Lota,se .
que sao as pessoas mais velhas que predominam no universo
dos so{inhos- ; frequüncia mais acentuada no grupo com 4. ou mais
anos de idade+ em /76.+ pode ser interpretada+ em parte+ como de,
corrente da reduõôo da mortalidade nas idades mais avanõadas+ au,
mentando assim o n‡mero de sobreviventes- Bsta hip„tese encontra
apoio no fato de que na populaõôo total tambúm este grupo etírio
‰ seu peso
teve relativo aumentado de 6+5% para 7+7%- no mesmo pe,
rtodo-
‰
R;=BI; /0 , Mistribuiõôo'etíria da populaõôo que Áora so{inha e da populaõôo total+ e, /75. e /7=M
FA;AB NopulÁõôo C Nopulaõôo populÁõôol Nopulaõôo Nroporõôo ,ANopu laõ ôo populÁõôo CNopulaõôo
61 C Rotal 61 C Rotal Rotal que vive s„ (Á) 61 C Rotal
C C 2+5.
C 1+2Z
/3 , /7 /6+7 24+2 Z5+5 25+. .+56
C C 2+.4
C 0+51
1. , 22 00+7 06+" 0.+6 04+7 Z+3&
C C 2+17
C 1+00
23 , 37 03+6 /4+1 01+" /4+0 1+.0
C
4. ou ) 10+2 -
C
C
6+5 17- F
C
C
7+7 6+04 5+1"
C
2+14
s--
l
---
10-
solteiras e separadas-
R;=BI; /1 _ Aistribuiõio di popullõio s„ C di popullõio totll+ por s'yo C idldr- =rlsil /76.
*
C
*
FQ , 07 03+/
* 7+2 25+/
* 24+7
1. , 22
23 , Q7
04+.
01+2 * /1+5
01+3
05+/
/4+1 C
04+6
27-2
61 eu ‰ 03+3 C 31-2 7+2 C /.-0
C
- C
fMLRB8 >enso Aeaografico de /76.8 a-ostra dr 1Á
l;F(I; FÁ _ Aistribuiõôo MT +o+ullõôo totll ‰ +olinh-+ d- /3 -nol ou ‰‰ il+ N-/// +rand'l Á-+i†-+-
Frasil JtjQ
R;l;Q AB >PBQ>FJBLRM
"tMlM ;LS;I B-RPB
PBDFMBQ popuuõlo popuuõlo S5. S6.
h3 RMR;I
NopuÁaõio FpoNulaõio
Qo C Rotal
t-l(ll lÁ _ 'reporcio di popullcio totol C di qut oorl 'Mlinhl nll irto+ urbonl'- por +e-o-
Frllil- /75. C /7/.
/75. /7/.
presente nas íreas urbanas do que nas rurais+ de maneira mais acen
tuada do que a decorrente do processo geral de urbani{aõôo por que
passou o pais+ no perlodo considerado- La populaõôo so{inha+ foram
as mulheres que se concentraram mÁis nas íreas urbanas- Bm que pe,
se o fato jí conhecido de que hí mais mulheres do que homens nes,
tas íreas- quando se trata da populaõôo que vive s„ este diferenc!
aF À ainda maior- Ae fato+ da populaõôo total feminina de /3 anos
ou mais+ 50-2% em /76.- viviam nas cidades+ valor bem inferior ao
de mulheres urbanas so{inhas+ isto À- 6.+6%- o mesmo ocorrera em
/75.- Nara os homens+ entretanto+ dí,se o contrírio+ isto À- hí me
nos homens so{inhos nas cidades+ do que na populaõôo total-
-
La subpopulaõôo
que correspondem
que mora so{inha
a 26+0%+ seguidas
predominam
de
--
viuvas+
as pessoas
12+7%+ cabendo
solteiras
as sÁ
paradas (desquitadas+ divorciadas ou apenas separadas) o menor coÁ
tingente- isto À- /4+7%- Bsta situaõôo+ entretanto+ nôo À uniforme
para os dois seyos- Bntre os homens+ a grande maioria À de soltei,
ros+ 41+1%9 os separados+ superando um pouco os vi‡vos+ correspon,
dem a /7+1%- Gí para as mulheres a situaõôo À bastante diversa+ o
-- - 1(+-
Node,se ver pelo Drífico 7 que uma alta proporõao de homens e mu,
lheres que vivem so{inhas nunca se casaram- >onsiderando,se que as
*
chances de casamento declinam apos os 1. anos+ principalmente para
as mulheres (=BPOSã+ /764)+ ú de esperar,se que o casamento seja
*
tam†em
'
pouco
*
provavel para as mulheres que vivem so{inhas e tenham
1. anos ou mais de idade+ ou seja9 o progn„stico À de que conti,
nuem a viver so{inhas-
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cionadas anteriormente+ vüm crescendo no pais+ nos ‡ltimos anos+as
tayas de separaõôo- Ae fato+ de .+27 por /.-... habitantes- a taya
bruta de separaõôo em /74. passou a 6+1.- em /763- Bm termos da ta 9
ya especiÁlca de separaõôo- isto ú- por /.-... pessoas de /3 anos
ou mais de idade- este aumento foi ainda mais marcante nos ‡ltimos
quin{e anos+ passando de Á53- em /75.+ a /1-//- em .zoV * Bsta si,
tuaõao leva a pensar no crescimento nos pr„yimos anos+ dos separa,
dos+ o que pode aumentar a proporõôo de separados vivendo so{inhos-
‰
17-
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do dec//nio-
timos 13 anos9
b) ;s fam/lias incompletas chefiadas por mulheres vüm aumentando+
mereü da pobre{a e da emergüncia de novos padr†es de independüÁ Á
cia feminina nas camadas múdias da populaõôo- Lesse processo+ o
crescimento das separaõ†es desempenha importante papel9
2.-
ADAEDFCG.BD.
/766 (mimeo)