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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARTRS"

CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS


CURSO DE PóS-GRADUAÇSO EM HISTÓRIA

HISTÓRIA DEMOGRÁFICA DA PARÓQUIA


DE SSO JG20 BATISTA DE CAMPOS NOVOS

1 8 7 2 - 1 9 4 0

por

SÉRGIO LAZZARINI

Dissertação apresentada ao Curso de

Pós-Graduação em História do Centro de

Filosofia e Ciências Humanas da

Universidade Federal de Santa Catarina,

como requisito parcial à obtenção do

grau de MESTRE EM HISTÓRIA.

t-lor ianópol is — abril de 1993


HISTÓRIA DEMOGRÁFICA DA PARóôUIA
DE SSO J020 BATISTA BE CAMPOS NOVOS

1 8 7 2 - 1 9 4 0

por

SÉRGIO LAZZARINI

Dissertação julgada e aprovada em sua

■forma final, pelo Orientador e Membros

da Banca Examinadora, composta pelos

Professores :

Florianópolis, abril de 1993

ii
AGRADECIMENTOS

A t oci os aquelas que cl :Lv t>I: a ou :i. n cl :i. r £?(: a ni f_>n L


auxiliaram ria e l a b o r a ç ã o de?te trabalho.

Em e s p e c i a l :

- P r o f a. Dr a . Marly Anna F. Ei. Mira - Orientadora.


RESUMO

Cam pos N o v o s , situado geograficamente no p l a n a i t o de


Santa C a t a r i n a , fox elevado à cateyoria de F r e g u e s i a em i.6
de j u n h o de 1834. Foi inicialmente? povoada por elementos
oriundos de Sao P a u l o e do litoral de Santa C a t a r i n a . 0
crescimento populacional acelerou-se no s é c u l o XX, sobretudo
após a solução do problema do Contestado em Í9Í7, com
migrantes vindos de á r e a s vizinhas, como as de L a g e s e de
Cur i t i ba no s e também do R i o Gr a n d e do S u l .

A hi p ó t a s e que o r i e n t o u a pesquisa desta dissertação,


foi de que uma populaçao de características tradicionais
apresentou uma t e n d ê n c i a a se modernizar. Esta evolução de
uma s o c i e d a d e nao m a l t h u s i a n a para uma s o c i e d a d e malthusiana
r e f l e t e - se nas t a ><a s de mo g r á f i c a s .

Esta hipótese foi testada através de indicadores


demográficos de natalidade, r.le fecundidade e de
nupcialidad*?. Outros fatores demográficos como idade do
homem e da mul he r ao c a s a r e as cruzamentos inter-étnicos na
escolha do c ô n j u g e , também c o n t r i b u í r a m p a r a as a n á l i s e s de
modernização da s o c i e d a d e . F'or outro lado, p o d e - s e me d i r a
influência da Igreja Católica no mo v i me n t o sazonal dos
casamentos e das c o n c e p ç o e s e, dos nascimentos, no í n d i c e de
i l e g i t iini dade , rios i m p e d i m e n t o s m a t r i m o n i a i s .

Ds dados f or am coletados das fontes primárias


representados pelos registros paroquiais de b a t i s m o e _ de
c a s a me n t o . A metodologia de pesquisa proposta por HENRY &
FLEURY e por NIELSEN foi utilizada rieste trabalho de
pesquisa. Os eventos vitais analisados para o período
Í876-Í940, possibilitaram a conclusão de que a sociedade
c a mp o n o v e n s e não a l t e r o u seus procedimentos.

iV
ABSTRACT

Campos N o v o s , whi c h lies on the plateau of Santa


Catarina, became a p a r i s h orí j u n e 16, 1854. At First, it was
peopled by e l e m e n t s who came fron Sao P a u l o and f r o m the
coast of Santa C a t a r in a . The incraasa of its population
became bigger in this century, especially after solving the
problem o f the Contestado (a local con flict) in :1.917, with
migrants who came f r om n e i g h b o r i n g areas, s u c h as L a g e s and
C u r i t i b a nos, as w e l l as f r om R i o Gr a n d e do S u l .

The hipothesis that guided the research of this


dissertation was that a population with traditional
characteristics presented a tendency to become modernised.
This e v o l u t i o n from a n o n - H a l t h u s i a n society t o a mal t hus i.au
one r e f l e c t e d in this population growth.

This hipothesis was tested through birth rate


fertility and nuptiality indicators. Other demographic
factors s u c h as ma n ' s and wo ma n' s a g e at the time of getting
married, and interracial marriages also contributed to the
analyzes of modernisation of the s o c i e t y . On t h e other hand,
o n e cam me a s u r e the influence of the catholic c h u r c h on the
of weddings, of conceptions, of births, of illegality of
unions, of impedi ments o f weddings.

The facts we r e collected from primary sources


represented by the parochial files of baptisms and w e d d i n g s .
The m e t h o d o l o g y of research used in this report is the one
suggested by HENRY & FLEURY an by NI ELSEN. The vital
elements analyzed for the period of 1870-1940 made it
possible to conclude that the s o c i e t y of Campos N o v a s has
not changed itsmanners o f proceeding.

V
SUMARIO

Pá g i na
Agradecimentos ....................................... ................................................ iii

Resumo .......................................................................................................... iv

Abstract ..................................................................................................... v

Lista de Tabel as; ................................................................................... vi i i

Lista de F i g u r a s ................................................................................... >< i.

Introdução ................................................ í.

CAPÍTULO i - Metodologia e Fontes ...................... 6

í.í - Problemática .............................................................. 7

i.S - Fontes ............................................................................ 9

.1..3 - Metodologia .............................................. .................. 13

i . 3.1 ~ Os R e g i s t r o s E c l e s i á s t i c o s e sua
I n d e x a ç ã o ................................................... i3
.1. . 3 . 2 ~ T r a t a m e n t o E s t a t í s t i c o dos Even­
t o s V i t a i s ................................................ i8
1 . 3 . 3 - D i f i c u l d a d e s ............................................ 2S

CAPÍTULO 2 - Esboço Histórico de Campos Novos ....... £4

i?.. 1 - Or i g e n s » ; P o v o a m e n t o e Fundaç ão ..................... S5

8.2 - A Paróquia de SSo J o a o B a t i s t a ................... 27


o
2.3 - 0 Município de Campos N o v o s ............................ 48

vi
CAPÍTULO 3 - Estrutura da População da Paróquia 413

3.1 - Crescimento Populacional .................................. 49

3.2 - Estrutura Demográfica ......................................... 53

3 . 2 . :L - S e x o ........... .................................................. 53
3. S . S - I d a d e ............................................................ 56
3.2.3 - E s t a d o C i v i l ........................................... 50
3 .2.4 - I n s t r u ç ã o e R e l i g i ã o ......................... 62

CAPÍTULO 4 - Dinâmica Demográfica ......................................... 67

4.í - Mo v i me n t o N a t u r a l da P o p u l a ç ã o .................... 68

4 . 2 ~ Mo v i me n t o A n u a l de: B a t i s m o s / N a s c i m e n t o s «
Ca s a me nt o s .................................................................. 68

4.3 - Mo v i me n t o D e c e n a l de B a t i s m o s / N a s c i m e n t o s
e Ca s a me nt o s .............................................................. 71

4. 4 - N u p c i a l i d a de .............................................................. 7&

4.4.1 - Or i g e m doa N o i v o s ................................ 77


4.4.2 - C r u z a m e n t o s é t n i c o s ........................... 32
4.4.3 - I d a d e dos N o i v o s .................................. 86

4.5 - Natalidade ................................................................... 89

4.5.1 - Intervalo entre Nascimentos e


D a t i sitio ....................................................... 92
4 .5 .2 - I l e g i t i m i d a d e ......................................... 95
4.5.3 - P r e no me s M a s c u l i n o s e F e m i n i n o s . 100

CAPÍTULO 5 - Sazonal idade ...................... í 05

5.1 - Movimento Sasonal de Casamentos .. 106

5.2 - Distribuição Semanal de Casamentos í í S.

5.3 - Movimento Sazonal de Nascimentos e Con­


cepções .................................... íi5

Conclusão ................................................. LSI

Bibliografia .............................................. 125

Anexos ..................................................... i3J.

vi i
LISTA DE TABELAS

Página
Oi - L i v r o s de R e g i s t r o de B a t i s m o . P a r ó q u i a São João
B a t i s t a de Campos No v o s .......................................................... í£

OH - L i v r o s de R e g i s t r o de C a s a me n t o . P a r ó q u i a São J o ã o
I i a t i s t a de Campos No v o s .......................................................... 18

03 - L i v r o s de Tombo. P a r ó q u i a São J o ã o B a t i s t a de Cam­


pos N o v o s .......................................................................................... 13

04 - P o p u l a ç ã o L i v r e , E s c r a v a e Total. Paróquia São


J o ã o B a t i s t a de Campos lío v o s ............................................... 50

05 - C o e f i c i e n t e de C r e s c i m e n t o P o p u l a c i o n a l . Paróquia
Sao J o ã o B a t i s t a de Campos N o v o s ..................................... 58

06 - D i s t r i b u i ç ã o por Sexo e p o r C o n d i ç ã o S o c i a l . P a r ó ­
q u i a Sao J o ã o B a t i s t a e M u n i c i p i o de Campos N o v o s . 54

07 - Ra;rão de M a s c u l i n i d a d e / F a i x a E t á r i a . P o p u l a ç ã o To ­
t a l . P a r ó q u i a São J o ã o B a t i s t a e M u n i c í p i o de; Cam­
pos N o v o s .......................................................................................... 54

08 - C o m p o s i ç ã o da P o p u l a ç ã o L i v r e , E s c r a v a e T o t a l por
F a i x a E t á r i a . P a r ó q u i a São J o ã o B a t i s t a e Municí­
p i o de Campos Novos ................................................................... 5¿

09 - P o p u l a ç ã o L i v r e e E s c r a v a . P a r ó q u i a São João Ba­


t i s t a de Campos Novos - i 8 7 2 .............................................. 57

LO - P o p u l a ç ã o L i v r e . P a r ó q u i a São J o ã o B a t i s t a e Muni ­
c í p i o de Campos Nov os - 1940 ............................................... 58

Li - D i s t r i b u i ç ã o da P o p u l a ç ã o por S e x o e E s t a d o C i v i l .
P a r ó q u i a São J o ã o B a t i s t a e Município de Campos
N o v o s ................................................................................................... 60

ÍS - D i s t r i b u i ç ã o da P o p u l a ç ã o C o n f o r m e o Grau de Ins­
t r u ç ã o . P a r ó q u i a São J o ã o B a t i s t a e Município r.U>
Campos N o v o s .................................. ................................................. A3

vi i i
13 - D i s t r i b u i ç ã o da População C o n f o r me a Religião.
P a r ó q u i a São J o ã o B a t i s t a e Município de Campos
N o v o s ................................................................................................... ¿5

14 ~ B a t i s m o s e C a s a m e n t o s . P a r ó q u i a São João Batista


de Campos N o v o s - 1875. -19AO ................................................ 69

15 - Média Dec & nal di:? Batismos e Casamentos, i871-19 40. 7B

16 - M é d i a s D e c e n a l in da P o p u l a ç ã o e das Taxas B r u t a s de
i N u p c i a l i d a d # . P a r ó q u i a São J o ã o B a t i s t a de Campos
Ho v o s ................................................................................................... 75

17 - I m i g r a ç ã o e M i g r a ç ã o . O r i g e m dos N o i v o s . Paróquia
São Jo ã o B a t i s t a de Campos N o v o s . 1 9 0 Í - 1 9 4 0 ........... 78

18 ~ P r o c e d ê n c i a dos N o i v o s e das N o i v a s . P a r ó q u i a São


J o ã o B a t i s t a de Campos WoVos .............................................. 81

19 - Casament os de A c o r d o com a Or i g e m é t n i c a . P a r ó q u i a
São Jo ã o B a t i s t a de Campos No v o s ..................................... 83

20 - Cas ame nt o s R e a l i z a d o s D e n t r o e F o r a do Grupo de


Or i gem é t n i c a . P a r ó q u i a São J o ã o B a t i s t a de Campos
N o v o s . í 8 7 6 - 1 9 4 0 .......................................................................... 85

21 - Idade dos N o i v o s ao C a s a r . P a r ó q u i a São João Ba­


tista de Campos N o v o s .............................................................. 87

82 - M é d i a s D e c e n a i s e A n u a i s das Ta x a s B r u t a s de N a t a ­
l i d a d e . P a r ó q u i a São J o ã o B a t i s t a de Campos N o v o s . 90

23 - I n t e r v a l o de Tempo e n t r e N a s c i m e n t o s e Batismos.
P a r ó q u i a São J o ã o B a t i s t a de Campos N o v o s ................ 93

24 - D i s t r i b u i ç ã o dos B a t i s m o s por S e x o e Condição de


L e g i t i m i d a d e . P a r ó q u i a São João B a t i s t a de Campos
N o v o s . 1871- 1940 .......................................................................... 97

85 - B a t i s m o s de F i l h o s L e g í t i m o s e Naturais. Totais
Decenais. Paróquia São João Batista de Campos
N o v o s ................................................................................................... 98

26 - Nomes M a s c u l i n o s . P a r ó q u i a São João Batista de


Campos N o v o s ................................................................................... 100

27 - Nomes F e m i n i n o s . Paróquia São João Batista de


Campos N o v o s ................................................................................... 10:L

ix
¡28 - Distribuição Me n s a l de Casamentos. Paróquia Sao
João B a t i s t a de Campos N o v o s . 1 8 7 6 - 1 9 4 0 .................... íO7

29 - Me s e s de Mo v i me n t o Máxi mo e Mí n i mo de Ca s a me nt o s
em D i f e r e n t e s P a r ó q u i a s . P o p u l a ç ã o L i v r e .................. ííO

30 “ Distribuição Semanal de C a s a m e n t o s . Paróquia Sâo


João B a t i s t a de Campos N o v o s . 1 8 7 6 - 1 9 4 0 .................... 112

31 - B a t i s m o s e C o n c e p ç õ e s . P a r ó q u i a São Jo ão Batista
de Campos N o v o s . 1871- 1940 ................................................... 116

32 - Meses de Mo v i me n t o Máximo e Mí n i mo de Batismos


C o n s t a t a d o s em D i f e r e n t e s P a r ó q u i a s . P o p u l a ç ã o L i ­
v r e ....................................................................................................... iJ.9

X
LISTA DE FIGURAS

Página
Oi. - Registro Padronizado de B a t i s m o ..................................... !4

OS - Registro Padronizado de Ca s a me nt o ................................ í6

03 - Mapa do E s t a d o da S a n t a Catarina ................................... 44

04 - Crescimento P o p u l a c i o n a l ......................................................... 5í

05 •• Ra x ã o de M a s c u l i n i d a d e . P a r ó q u i a Bao J o ã o B a t i s t a
e M u n i c í p i o de Campos N o v o s .............................................. 55

06 - P i r â m i d e cie I d a d e . Po pul a ç ã o L i v r e . P a r ó q u i a São


J o ã o B a t i s t a de Campos N o v o s . 1872 ................................ 59

07 - P i r â m i d e de I d a d e . População Escrava. Paróquia


São J o ã o B a t i s t a de Campos N o v o s . 1878 ..................... 59

08 - P i r â m i d e de I d a d e . P o p u l a ç ã o Total. Paróquia São


J o ã o B a t i s t a de Campos N o v o s . 5.940 ................................ 59

09 ■ D i s t r i b u i ç ã o da P o p u l a ç ã o por E s t a d o C i v i l . P a r ó ­
q u i a Sã o J o ã o B a t i s t a de Campos N o v o s ....................... 6i

:L0 - Grau de I n s t r u ç ã o . P a r ó q u i a São João Batista e


M u n i c í p i o de Campos N o v o s ................................................... 64

11 - B a t i s m o s e C a s a me n t o s . P a r ó q u i a São J o ã o Batista
de Campos N o v o s . 5.87i - í 940 ................................................ 70

:LS • M é d i a s D e c e n a i s de B a t i s m o s e Casamentos. Paró­


q u i a São J o ã o B a t i s t a de Campos N o v o s . í 87.1 ~ í 9 40 . 73

13 - T a x a s D e c e n a i s B r u t a s de Nupc i a l :i. dade . Paróquia


São J o ã o B a t i s t a de Campos No v o s ................................... 76

:L4 • L o c a i s de Or i g e m dos M o i v o s e das N o i v a s da P a r ó ­


q u i a Sã o J o ã o B a t i s t a de Campos N o v o s ....................... 79

15 • Idade dos N o i v o s ao C a s a r . P a r ó q u i a S ã o J o ã o Ba­


tista de Campos N o v o s ............................................................ 88

i. 6 • T a x a s B r u t a s D e c e n a i s de N a t a l i d a d e . P a r ó q u i a São
J o ã o B a t i s t a de Campos N o v o s ............................................ 9í

X I
Pagina
17 - D i s t r i b u i ç ã o dos B a t i s m o s . F i l h o s L e g í t i m o s e Na­
t u r a i s . P a r ó q u i a Sao J o a o B a t i s t a de Campos N o v o s 99

18 a 24 - D i s t r i b u i ç ã o Somanal de C a s a me n t o s . P a r ó q u i a
Sao J o ã o t i s t a de Campos N o v o s .......................... 5.Í3

25 a 3.1 - Movims>nto S a z o n a l de B a t i s m o s e Concepções.


P a r ó q u i a São J o ã o B a t i s t a de Campos N o v o s . . . í í7

xi i
INTRODUCTO
e

A presente dissertação de m e s t r a d o faz urn estudo


histórico-dem ográfica da Paróquia de Sao J o ã o Batista de
Campos N o v o s no p e r í o d o 1878-1940. Pretende-se verificar se
ocorriam mudanças c o m p o r t a m e n t a i s na s o c i e d a d e camponovense.

A pesquisa utilizou as fontes primárias representadas


pelos Livros de Registros de C a s a me n t o e de Batismo da
Paróquia de Sao J o ã o B a t i s t a de Campos N o v o s .

0 conhecimento da . p o p u l a ç ã o do passado permite


conhecer comportamentos sociais face ao casamento e à
concepção. E como, para a maior parte destas populações,
inexistem dados e s t a t í s t i c o s , há n e c e s s i d a d e de c r i á - l o s . E
a História Demográfica propoe como fontes primárias pa r a o
estudo populacional, os r e g i s t r o s de batismos, de c a s a m e n t o s
e de óbitos, realizados pela Igreja Católica Apostólica
Romana, de agora em diante, Igreja Católica. Estes
assentamentos, reunidos em livros apropriados, ficam, em
geral, guardados nos A r q u i v o s Paroquiais, onde permanecem
desconhecidos. 0 Arquivo da P a r ó q u i a de Sao J o ã o B a t i s t a de
Campos Novos está bem conservado, mas totalmente
i rtexplora d o .

Fez-se o levantamento dos r e g i s t r o s de batismo e


casamentos da P a r ó q u i a de Bao João B a t i s t a de Campos No v o s
entre os anos de Í 872 a i 9 4 0 , para estudo do mo v i me nt o da
população.

Os censos provinciais mandados elaborar pelos


Presidentes de Província, bern como os r ecenceamentos
realizados em 1872, 1890, Í900, S.920 e Í940, foram
utilizados em e s t u d o s da e s t r u t u r a demográfica.

Apesar da Paróquia de Sao João Batista de Campos »


Novos ter sido criada pela Resolução n° 377, de 16 de junho
de 1854, apenas a p a r t i r de 1876 p a s s a a tev livros próprios
para os registros paroquiais. Entre Í854 a 5876, os
a s s e n t a m e n t o s eram Feitos nos r e s p e c t i v o s livros tia P a r ó q u i a
de N o s s a S e n h o r a das P r a z e r e s de L a g e s e a impossibilidade
de uma p r e c i s a identificação do l o c a l do e v e n t o , L. a g e s; ou
Campas N o v o s , conduziu a que se u t i l i z a s s e m estes dados
s o me n t e quando a P a r ó q u i a de Campos N o v o s passa a ter padre
residente. Consequentemente, quando os assentamentos
pa s s a r a m a ser feitos em livros que ficavam na própria
Paróquia começar am os estudos e análises da H istória
Demográfica de São J o ã o B a t i s t a de Campos N o v o s - SC.

Como o r i e n t a ç ã o metodológica, tomou-se por base o


trabalho de N I EL S EN* 4-», FLEUR Y S HENRY**» e HENRY<s> » , que
apresentam metodologia para levantamento e análise dos
registros paroquiais .

Esta dissertação abrange cinco partes, a saber:

a. Na p r i m e i r a parta, serão expostas as fontes selecionadas


e a metodologia adotada;

b. A segunda parte do trabalho realiza um e s b o ç o histórico


da P a r ó q u i a de São João B a t i s t a de Campos Novos e do
municipio de Campos N o v o s ;

c. A terceira part-e é relativa a estrutura da população.


Ana l i s a ni-s e o s dados s o b r e o crescimento médio anual da
população, pirâmides etárias e estrutura por sexo e por
i dade ;

d. A quarta parte, estuda os resultados obtidos a partir dos


da d o s de R e g i s t r o s de B a t i s m o e de C a s a me n t o . Através de
séries continuas de ba t ís ím e de casamento, foram
observados o mo v i me n t o a n u a l , decenal e intervalo entre
nascimento e batismo e uso de p r e no me s masculinos e
femininos;

e. A quinta parte analisa o mo v i me n t o s a z o n a l de c a s a m e n t o s ,


nascimentos e concepções.
4

Pretende esta d i s s e r t ai ; : ao, ao est uda r a Freguesia dt?


Sao João B a t i s t a de Campos N o v o s c o n t r i b u i r par a a História
de S a n t a C a t a r i n a .
N O T A S

<1> NI ELSEN, Lawrence James. Uma.... WK.t;.tt.ci.o.I.W.9.;i.a....dg;.... I::.tí.».íi.u.isa.


í>.íVv:a....a...Há.?,Lt;.cn:;i,:A...teniaar.á.F.i.c;.a. UFSC, i 977 . Mi me o.

<6?> F LEUR Y , H i c ha e l 6, HENRY, Louis. Ko.UV.eftU.... lis.r.lM.e.1.... rift


l!aRav.ilJ..e’.ni.s.r.i.t....a.t...JD..'.EKRl.».;L.t’.a.ti.o.j:i...!ia...L.!’.K.it:.a.l;....Cji.y..iJ.. Ancisi.a,
S éme E d . , Paris, INED, 1976.

t5s> HENRY, Louis . J à fa iic a .s .... .cf.*?..... Am ili.s.e..... æm.... El.erap.ar.aii.a


H.lî>..tàv:.ic;a. C u r i t i b a , A.M. Cavalcante, 1972.
CAPÍTULO I

Metodologia e Fontes
7

1.1 — Problemática

A população da P a r ó q u i a de Sao J o ã o B a t i s t a de Campos


Ho v o s , constituida da m i s t u r a de brancos, indios e negros,
c.aracteriza-se demográficamente como uma c o muni dade
tradicional ou agrícola. 0 desenvolvimento econômico da
região conduz a uma e v o l u ç ã o sócio-dem ográfic a , onde os
comportamentos tradicionais, no que se refer e ao;;
nascimentos e às mortes, tendiam a se transformar em
p r o c e d i m e n t o s mo de r no s com " t a x a s industriais" da n a t a l i d a d e
e da m o r t a l i d a d e .

As características demográficas de uma sociedade


tradicional agrícola mostram e l e v a d a s taxas de n a t a l i d a d e e
mortalidade, cerca de 40% e de 35%, respectivamente. Como
consequência, o crescimento populacional é lento. 0
desenvolvimento econômico e as melhorias na s a ú d e e nas
condições sanitárias provocam declínio na mortalidade
enquanto a natalidade mantem seus níveis e, portanto, há
crescimento populacional. A população a ume nt a num r i t m o mai s
rápido até que o c o r r a uma queda na n a t a l i d a d e para índices
me n o r e s . Equilibram-se, assim, mortalidade e natalidade em
níveis ma i s baixos, em t o r n o de í0% e £5% r e s p e c t i v a m e n t e , -
é a chamada "transição d e m o g r á f i c a " <-A * .

Para os países nao e u r o p e u s não é possível aplícal­


es te mo d e l o de transição demográfica. 0 processo nesses
pa í s e s pe r c o r r e u c: a mi n ho s próprios. P r i m e i. r o ocorr eu o
controle a rtificial da m o r t a l i d a d e e depois da natalidade,
que também é r e s t r i n g i d a por meios não naturais< 5 í.

A área pertencente à Paróquia em e s t u d o , recoberta,


em sua maior parte, por campos naturais, permitiu a
sobrevivência econômica de s e u s habitantes com uma única
atividade - a pecuária. Os caboclos, que er am a m a i o r i a da
população, praticavam a agricultura de subsistência. A
população tendia a rarefação e ao isolamento com contactos
esparsos entre aï variais -Fazendas ou propriedades e com a
sede da P a r ó q u i a .

Como em t o d a s as sociedades tradicionais, também em


Gao Jo ã o Batista de Campos Novos houve a tendência à
precocidade no c a s a m e n t o e altas taxas de n a t a l i d a d e e de
•Fecundi dade .

Este comportamento demográfico sofre modif i c a ç o e s com


a vinda de m i g r a n t e s oriundos, principalmente do R i o Gr a n d e
do S u l . Foram a t r a í d o s pelas possibilidades da a g r i c u l t u r a e
da p e c u á r i a e de sa tornarem proprietários de um p e d a ç o de
c hão.

0 estudo da m o r t a l i d a d e nao Foi possível devido aos


p o uc o s d a d o s c o l e t a d o s dos registros paroquiais de óbitos,
com l a p s o de m u i t o s ano s i mp edi ndo qualquer análise.

A hipótese que o r i e n t o u o estudo é o da t r a n s f o r m a ç ã o


de uma s o c i e d a d e tradicional em uma s o c i e d a d e moder na no que
se refere ao comportamento demográfico da natalidade e da
mortalidade, ou s e j a , a transição demográfica.

Na verificação da hipótese se observaram alguns


i n d i c a do r e s d e mo g r á f :i.c o s , c o mo :

- a população de Campos; Novos é predominantemente


formada por lu so -b ra sileiro s, originários de Lages
e do R:i.o Gr ande do Sul, ligados à exploração da
pecuár i a ;

- s e n d o a po pu1aç á o t r a d i c i o na 1 , e s pe r a - s e um a 1 1a
taxa de natalidade, em t o r n o de 35% para todo o
período;

- a tradicionalidade da s o c i e d a d e c o nd uz a obediência
nos preceitos religiosos de restrição quanto aos
períodos de c a s a m e n t o e de c o n c e p ç o e s ;
9

- o comportamento da n a t a l i d a d e ssgua o traçado de


alterar índices intermediários de índices
moderados¡

- o crescimento populacional foi lento até 1900,


acelerando-se depois, e mostra uma mi se i genaç: ao di?
elemento l u s o - b r a s i l e Ar c> com í n d i o s , africanos e
descendentes de e u r o p e u s ;

~ as m i g r a ç õ e s e o tradicionalism o da s o c i e d a d e cam-
ponovense resulta em e l e v a d a s taxas de n u p c i a l i d a d * ?
em t o d o o p e r í o d o em e s t u d o .

1.2 — Fontes

A H istória Demográfica surgida a partir das no v a s


propostas metodológicas para o estudo da H i s t ó r i a e dos
enfoques voltados para a História E c o n ô mi c a e Social, criou
técnicas específicas no t r a t a r as fontes e os dado s com os
quais trabalha. Ao tratar, sobretudo, com f o n t e s primárias,
precisa utilizar a metodologia histórica no manusear or>
d o c u me n t o s ; a crítica externa e interna dos mesmos é
im prescindível. Muitas v e ires a H istória Demográfica
necessita cr i ar s e us próprios nú ui e r o ao t r a ns f o r ma r
informaçoes qualitativas em d a d o s quantitativos. HEMRY<A>, o
mestre da H i s t ó r i a Demográfica, estabeleceu uma metodologia
adequada para retirar dos d o c u me n t o s informações
estatísticas e também uraa m o s t r a de e s t r u t u r a social. E fez
isto principalmente através da r e c o n s t i t u i ç ã o fam iliar.

S e g undo H O L L I N G S W O R T H ' as fontes podem e n q u a d r a r - s e


em t r ê s distinções: a) Fontes escritas e não e s c r i t a s , em
que as primeiras são ma i s importantes para o estudo das
sociedades; b) A existência de dados que abr ang e m a
totalidade da p o p u l a ç ã o e não apenas parte dela, mesmo que
esta fração seja representativa; c) A existência de dados
10

seriais em um momento (censos) e dados de mudanças» de e s t a d o


- "dados estatísticos e dados dinâmicos".

Os r e g i s t r o s de c a s a m e n t o s , batismos e óbitos sao d t.;


grande importância nas c o mu n i d a d e s cristas, pois sao os
únicos d o c u me n t o s v i t a i s o-Ficiais, ao menos a t é o século XI X
para os países europeus. Ho Brasil, os registros
eclesiásticos representam d o c ume n t o s o - F i c i a i s a t é meados do
século XX p e l a precariedade dos r e g i s t r o s civis. D e s t e modo,
todo e s tu d o dinâmico da p o p u l a ç ã o - nascimentos, casamentos,
óbitos e, inclusive, migrações -- necessita u tilizar os
registros eclesiásticos. As informaçoes contidas nestes
assentamentos sao bastante completas, em g e r a l , e a b r a ng e m
um e s p a ç o de t empo s u f i c i e n t e para identificar alterações no
comportamento demográfico. Ho Brasil, os registros
paroquiais pertencem, em geral, à Igreja Católica, exceto
nas á r e a s de c o l o n i n a ç a o a l e m ã , eslava e outras.

Na p a r ó q u i a São J o ã o Batista de Campos N o v o s , os


registros most r am que os padres oficiantes s e g u i a m as normas
preconizadas pela Igreja Católica, como local, data, nomes
do s participantes e outras informações.

Dom J o s é de Camargo Barros, Bispo da Diocese de


Curitiba, em v i s i t a pastoral a Campos N o v o s , no ano de S.898,
assim p r o n u n c io u - s e a respeito deste assunto:

"Recosiendaaos as vigário que se acha encarregado desta Parochia que


continue a fazer pontualmente a escripturação deste livro, devendo
lazer os terios de abertura e encerraoento, bera cono nunerar as suas
folhas e rubricalas na fon» costuaeira nesta Diócesi.'"*8’

A Igreja Católica a partir do C o n c í l i o de Trento


í IÜ45--Í.563, tornou o b r i g a t ó r i o os a s s e n ta m e n to s de batismos,
casamentos e óbitos, eui l i v r o s especificam ente dedicados
para e s t e fim. Tais livros deveriam ter um t e r m o de a b e r t u r a
e um de e n c e r r a m e n t o e tocl as as s u a s páginas rubricadas pelo
pároco.
il

A pr i o v i d a de ao t r a b a l h o com d o c ume nt o s eclesiásticos


deve-se a que e s t e s registros se constituem na ú n i c a fonte
para o es tu d o dos e v e n t o s vitais antes da o b r i g a t o r i e d a d e do
registro civil. Nos países em que o registro civil foi
organizado há rnais t e mpo , os a s s e n t amen t o s religiosos mantém
seu v a l o r e sua importância para o estudo demográfico da
populaçao. E, nada i mp e d e que s e j a m utilizados os dois
assentamentos, civil e religioso, no estudo da população,
pr :i. nc:i p a i nu:; n t e no Br a s :i. 1 .

A importancia das fontes oficiais, representadas por


Recenseamentos, FaJ.as e Relatórios de Presidentes de
Província e Governadores do E s t a d o , Relatórios de C h e f e s de
Polícia entre outros, deve ser destacado complementando os
dado s do s r e g .i s t: r o s e c 1e s i á s t i c o s .

Para acompanhar a história da paróquia de grande


valor são os Livros de Tombo, o nd e s e encontram observações
e comentários sobre a situarão doutrinária, financeira e do
comportamento r e l i g i o s o . Foram consultados os Livros de
Tombo r e f e r e n t e à Paróquia de São J o ã o Batista de Campos
Novos.

Para o presente trabalho, foram pesquisados os Livros


de R e g i s t r o s de B a t i s m o s e de C a s a me n t o s , relacionados nas
tabelas Oí e OH, bem como, os L i v r o s de Tombo (Tabela 03)

hl o A r q u i v o Público do Estado foram pesquisados os


L:ivros r e f e r e n t e s aos relatórios remetidos ao P r e s i d e n t e da
Província pelas autoridades municipais.

Os l i v r o s com o s registros de batismo e casamento


referentes à Paróquia Sao J o ã o B a t i s t a de Campos N o v o s , tem
assentamentos feitos em Í876, quando as s umi u a Paróquia o
primeiro vigário residente, Padre Thomas S o b r i n h o , espanhol.

A Paróquia de Síxo J o ã o Batista de Campos N o v o s foi


criada em 1854, mas, a p e n a s em 1876, quando a s s u mi u o
12

primeiro vigário residente, Padre Toman S o b r i n h o , espanhol,


é que s e c o nt a m os; l i v r o s próprios.

TABELA Oi

Livros de Registros de Batismo.


Paróquia São João Batista de Campos Novos.

Mo. do L i v r o No. de F o l h a s Anos


--------------------------------

01 98 1876 - 1884
02 50 1884 - 1887
03 50 1887 - 1889
04 93 1883 - 1893
05 100 1893 - 1897
06 168 1897 ~ 1905
07 168 1905 - 1910
08 :1.00 :L910 - 1911
09 100 1911 - 1913
,L0 20 0 1913 - 1914
lá 150 1914 - 1919
i£ 200 1919 - 1922
13 200 1922 - 1924
14 150 1924 - 1927
15 150 1927 - 1930
16 ISO 1930 - 1935
17 150 1935 - 1936
18 150 1936 - 1941
------------ ------------------------- -------------------------------------- ................... ....... ------------------
Fonte-, Arquivo da P a r ó q u i a Sao J o ã o Batista de Campos N o v o s ,
de a g o r a em di ente? - APSJBCN

TABELA OS

Livros de Registros de Casamento.


Paróquia São João Batista de Campos hiovos.

No. do L i v r o ! No. de F o l h a s ! Anos

01 193 1876 - 1909


02 100 1909 - 1918
03 99 1918 - 1919
04 100 1915 - 192 4
05 80 1924 - 1930
0ó 84 1925 - 1940
07 80 1940 - 1940

Fonte: APSJBCN
TABELA 03

Livros de Tombo.
Paróquia São João Batista de Caœpos Novos.

No. do L i v r o ! P á g i nas ! Per iodos

0 5. i Í00 i - í.900
O E i P.00 i 1900 - 1940
03 i eoo I 19 40 -•
i i

F o n t e : AP8JBCN.

1.3. Metodologia

Adotou-se neste trabalho, as m e t o d o l o g i a s propostas


por HENRY <q>> e de WIELSEN * i o * o primeiro estabeleceu um
procedimento teórico e metodológico no o b t e r e trabalhar oü

dados. WIELSEN a d a p t o u a metodologia francesa e inglesa à


realidade b rasileira.

0 modelo de f i c h a proposto para cada tipo de everito,


apresenta os itens mai s gerais que s a o obrigatórios nos
respectivas registros, como: data, local, nome dos
participantes, legitim idade, assinatura, nome do o f i c i a n t e .

Os a s s e n t a m e n t o s de batismo e casamento após sua


transcrição nas respectivas fichas foram tabulados f.?

tratados estatisticam ente.

i.3.1. Os Registros Eclesiásticos e sua Indexação

a) Registro de Batismo

t) R e g i s t r o de B a t i s m o corresponde ao R e g i s t r o Civil
de N a s c i m e n t o . 0 d o mí n i o da R e l i g i ã o Católica Apostólica
Romana tornava o b a t i s m o um a t o obrigatório.
Ho l i v r o de Tombo da P a r ó q u i a , o padre Gervasio
Kr aemer quando e r a vigário, -Fez a s e g u i n t e anotação:

"Só ea batizar crianças consiste toda a religião da maior parte


desses parochianos'1*11*.

0 Registro de B a t i s m o geralmente era incompleto. Has,


a partir da vinda de Livros de Batismo i mp r e s s o s ; s?
padronizados;, estes eventos pas s ou a s e r ma i s completo. 0
model o utilizado paios primeiros padres, totalmente
manuscrito, seguia o exemplo:

"Aos once dias do oes de fevereiro de rail oito centos itenta e oito
na Capela de São Sebastião do Herval, bsptisei solenewente a Haria,
nascida ea vinte e cinco ds noveabro de ail oito centos oitenta s
sete, filha legitisia de Esaelindro Dias de Horaes e Alexandrina
Ferreira de Barros. Forão padrinhos Joaquim Pachsco de Ainsida e
Anna Ferreira de Barros".

0 vigário padre Thosss Sobrinho<ie>.

Com os livros impressos «• padronizado*.;, o


assentamento de b a t i s m o passou a s e r realizado como aparece
na F i g u r a Oi ‘ d30 .

FIGURA 01

No. . . . 2 2 3 . . , . 4 - .15. de ..A80ST0....... de ail novecentos ............ Data da Conf.tr-


n..............., o Rev.......... batisou a .JEROHIHO HARIA. «ação............
Noise do batisado.. ..........., nascidO. a .i.de JUtHO....... de œil novecen- Data do casa-
JERÜNIHO HARIA... tos .37., filhO .LG..... de .JOSE EDANIE.................. aento religio-
Data da ia. Coaun- e de .FRANCISCA.................. foraa padrinhos ........... so................
hão ................. .FRANCISCO BEHENECH e S.H. FILOHEHA..........................................

0 vigário Ernesto

Fonte: APSJBCH. L i v r o de B a t i s m o 18, p . 42


iïï

Os r e g i s t r o s de batismos manuscritos e impresso*»,


foram transcritos pa r a fichas conforme o mo d e l o proposto por
NIELSEN <*•«> (Anexo O í ) .

Sempre e n c o n t r a m - s e nos batismos a legitim idade da


criança, isto é, se eram filhos legítim os, naturais e
expostos. 0 estudo da l e g i t i m i d a d e permite concluir sobre o
comportamento moral da c o mu n i d a d e que s e está estudando.

Os f i l h o s legítim os eram r e c o n h e c i d o s pela expressão


"fLlho(a) legítim o(a) de ..." com a i d e n t i f i c a d a o de nome
dos pais.

A expressão "filh o(a) natural de ..." seguindo pelo


nome da mãe ou de outra qualificarão, permite a
identificação da c r i a n ç a como ilegítim a.

Os e x p o s t o s foram c o n s i d e r a d o s ilegítim os.

Organizaram-se cronologicamente as tabelas referentes


à data de b a t i s m o e à data de nascimento para facilitar
análises posteriores, a g r u p a d a s em l e g í t i m o s e ilegítim os ou
naturais.

b> Registro de Casamento

0 Registro de Ca s a me nt o é o mai s completo,


p o s s i b i 1 i t ando i de n t i f i c a r Fa iní 1 i a s e as 1 :i. g a ç o e s de
parentesco.

As i n f o r m a ç o e s contadas nos assentos de casamentos


nao s e r e f e r i a m s o m e n t e aos noivos, mas também a o s pais dos
me s mos .

0 mo d e l o de ficha proposto por NIELSEN (Anexo 02),


possibilitou a transcrição de todos os dados que,
inicialmente eram m a n u s c r i t a s , seguindo o padrão trasncrito:
16

"Aos dez dias do nes de narço do ano de nil novecentos e dezoito si


Capinzal depois das (¡enunciações canônicas e sais formalidades
prescriptas não apparecendo iipedinento algui, por palavras de
presente na foraa do ritual, eo ainha presença e na das testeaunhas
Antonio Bressan e Floriano Spada, receberam-se es oatriaonio
Valentia] Duricos e Hargarita Faccin ambos solteiros, elle cos vinte
e nove anos de idade filho legitiœo de Paulo Duricoa e Agosta
Pozzobon, nascido e baptizado es Belluno, Italia ela coo 21 annos
filha legitima de Boningo Faccin e Theresa Toaasi, nascida e
baptizada en Nova Hilão es Rio Grande do Sul. Esi seguida dei-lhe as
bênçãos na tsissa. E para constar lavrei este terão que assigno".

0 administrador Pe. Antonio Nieberle“ s>.

A partir des t e século, os livros apresentara folhas


impressas e padronizadas, tendo o padre apenas que preencher
o s campos; em b r a n c o .

FIGURA 0£

Registro Padronizado de Casamento

Huaero: ... í 4 AOS VINTE E CINCO ............ de FEVEREIRO ..... de nil novecentos E 1RINTA ..
Houe dos nubentes. E CINCO ..., nESTA PAROCHIA'.............. eu presença do Rav. Fr. GREGORIO
.LUIZ e HARIETA Fr KURF’IR, OFH ............ e das testeaunhas CESAR IROKI e PEDRO T. ALHEIBA .....
.................................... . depois de corapetenteaents exasinados e UNA
Profissão ......... vez... proclamados receberaa-se en natrisonio LUIZ AUGUSTO DE OLIVEIRA .......
.. PROFESSOR ..... ............................................. , elle filho .L6.... de JUVENAL A. OLI­
Data do Acto civil VEIRA ............ e de CAROLINA LIMA HAGALDI ...., nsscido es .TATUY - SP ....
. HESNO DIA ....... coa .84.. annos de itlade; ella, filha. .LG..... de JOSE FRAHCIQ...................
Receberas a benção ..................... e de RACKEL GERER ........................... , nascida ei BEHTO .
aatrinonial aos .. GONÇALVES ........, coi .27___ annos de idade, AMBOS __ freguezEZ... desta
Parochia.

Processo uatriao- E para constar, lavrei es duplicata o presente, que assigno.


nial archivado sob
No.................... 0 Vigario .................................. (Ass. do Vigario)
Fonte: Livro cie casamento 05, folha 09, depositado no
Arquiva da P a r ó q u i a de Campos H o v o s - S C .
í7

Ma m a i o r i a dos assentamentos manuscritos, os v i g á r i o s


omitiam a or ig e m e idade dos noivos, l a c u n a mai n rara com os
livros impressos.

Os r e g i s t r a s de casamentos também f o r a m o r g va n i n a d o s
cronologicamente.

0 assentamento de ó b i t o s é o mai s incompleto quanto


ao tipo de i n f o r m a ç ã o e ao período abrangido. Ma P a r ó q u i a de
S a o J oã o Batista de Campos N o v o s a ausência de séries
contínuas im possibilitou o seu uso em análises ma i s
completas. Serão apenas complementares aos dados de batismo
e de c a s a m e n t o .

Com base nas fichas individuais de batismo e


casamentos, -fez-se a agregação numérica dos e v e n t o s por mês
e arto e e s t a b e l e c e r i d o - s e c o o r t e s decenais para as análises,
assim e s t a b e l e c i d o s :

A) Coorte í : 3.87 í - 1880


B) Co o r t e 2: 188:1. - 1090
C> Co o r t e 3 -. Í 8 9 Í - 1900
D) Coor t e 4: 1901 - 1910
E > Coor t e 5 : í 9í í - 1920
F) Coorte 6: i 9 Hl - 1930
G) Coor t e 7: Í93.1. - 1940

As t a b e l a s elaboradas para casamentos e batismos


permitiram estudos comparativos dos C o o r t e s e identificando
mudanças de c o m p o r t a m e n t o da e s c o l h a de é p o c a s preferidas
para o casamento e dos batismos.

A partir destas tabelas, u tili.sou -se um modelo


populacional de 1200 e v e n t o s , com a pr o p o r c i o n a 1i d a de entre
o mo d e l o e o r e a l , possibilitando c o mp a r a ç ã o de localidades
dispersas no tempo e no e s p a ç o .
18

Para o estudo das migrações agregaram-se


numericamente, a origem do n o i v o (coluna horizontal) e da
noiva (coluna vertical) e para 0¾ coorl.es considerado»
(Anexos 9 e .10). Estabeleceram--se as seguintes indicações da
origem dos noivos e das noivas:

A) Paróquia
B) P a r ó qu i a s L i m i t r o f e s
C) Paróquias da P r o v í n c i a / Estado nao l i m í t r o f e
D) Paróquias lim ítrofes de o u t r a s Províncias/Estados
E) Províncias / Estados do B r a s i l
F) Estrangeiros
G) Origem nao d e t e r m i n a d a

0 estudo da i d a d e ao c a s a r dos noivos e das noivas


foi feito num i n t e r v a l o de três anos, exceto pa r a o s me n o r e s
de 15 ano s e os m a i o r e s de s e t e n t a anos, agrupados m sua
totalidade.

1.3.S - Tratamento Estatístico dos Eventos Vitais

Para a análise do c o m p o r t a m e n t o dos casamentos e


batismos há n e c e s s i d a d e de s e e s t a b e l e c e r índices e taxas
que são obtidos a partir do relacionamento entre a
frequência do evento e a respectiva população geral em
d e t e r mi na d o a no .

Os í n d i c e s e taxas que podem ser obtidos sao os


segui n t e s :

a > X».Ka....f;tK....aw.i?.í;.ÍÃvli.tia.d.e

A taxa de n u p c i a l i d a d # é a frequência dos casamentos


relacionada à população em determinado ano, através da
fórmula:
í9

ni
N = --- (ÍOOO)
P

Em que : N - Taxa de n u p c i a 1 i d a d e
ui - Número de de m a t r i m ô n i o s
p Populaça o g e r a l do r e s p e c t i v o ano

b ) J.aKa....í;ls....asX.1:.al

A taxa bruta de n a t a l i d a d e ê igual à relação entre o


número de nascidos vivos e a população mé d i a dentro de um
ano. A fórmula a ser utilizada é a seguinte-.

nv
N = ---- ( iOOO >
P

E in que : N ~ 11 a t a 1 i d a d e
nv - nascidos vivos
P ~ população geral do r e s p e c t i v o ano

c ) Ra^.ã«....clK...Ma5».c.uI.inji.da.c).e;

Os v a l o r e s absolutos da população da P a r ó q u i a podem


ser estudados em. um de s e u s c o n s t i t u i n t e s básicos, ou seja,
o sexo. Para tanto, pode-se fazer o estudo da razão e da
taxa de m a s c u l i n i d a d e , utilizando a seguinte fórmula:

I-!
Rrn = ----- (100)
M

Em que-. Rm -■ R a z ã o de m a s c u l i n i d a d e
H ~ Homens
H - Hulheres

d) ;iloj;li.c.^.....d.e...j;;.v:.fi^s.c;.;i.ni.ç,,.o.t.o....a.aua.,t.

0 índice de crescimento anual permite identificar


como se está processando o incri»mynto da população v.
ci O

estabelecer comparações corn o terri, t ó r i o catarinense e


brasileiro. A Fórmul a u t i l i n a d a é :

\/pe - p4

A fórmula a c i ma é indicada quando s e quer calcular a


população ern coortes. Já, quando se que r calcular a
p o p u l a ç ã o ein a n o s , u t i 1i z a - s e a seguinte fórmula:

P X W
i 00

Ein que: PE ~ População Final


F'i =••• P o p u l a ç ã o in icial
Te Tempo f i n a l
Tj. ~ Tempo i n i c i a l
P - População
W = Taxa a n u a l de c r e c i ment o

e> Wtty.;k»j.an.í;.o....s.íi/7.aí.ijaJ....

Das f i c h a s individuais de batismos e de casamentos


e l a b o r a r am- s e a a g r e g a ç ã o numérica dos e v e n t o s pelos coortes
especificados. Hum m o d e l o de população estável a tendencia
de o c o r r ê n c i a dos Fenómenos s e r i a igual para todos o s me s e s .

A probabilidade de o c o r r ê n c i a de, ao menos, um e v e n t o


por mês, num e s p a ç o de i 0 0 anos, resulta que h a j a um total
de í . 200 a s s e n t a m e n t o s -- o chamado “universo 5. . 2 0 0 " . Deve-se
salientar que t a l padronização não o c o r r e na r e a l i d a d e , com
flutuações mensais e portanto anuais, decorrentes de
influências do meio ambiente, dos grupos sociais e do s
aspectos econômicos. Assim deve-se procurar identificar tais
desvios e as r a z õ e s dos mesmos.
Para se? conhecer os valores no universo I . ¡200,
aplica-se a seguinte -Fórmula:

Nm X 1.200
hl

Ein que: Nm Quociente do va .for total mensal do


evento pelo número de d i a s do mes,
H Soma dos valores de N pa r a os ÍB me s e s .

0 ' estudo da Frequência de casamentos nos dias da


semana reflete, igualmente, condicionamentos sociais e
econômicos.

A ocorrência de, ao menos, um evento por dia,


totaliza s>ete ao l o n g o da s e mana, o que no Fim de um século
(Í0 0 anos) resulta em s e t e c e n t o s registros.

Dm X 700
100

Em que: Dm -= Maior absoluto do e v e n t o por d:i.a da


s e ma n a .

f > .1.¾.Ksi...cte....1 I.e. a i .t.;üni . íi sí.cák

A Frequência dos filhos ilegítim os será considerada


pelos s e g u i n t e s c á 1c u 1o s de nt r o da s c o o r t e s pr o p o s t a s :

p.. 1 de b a t i s m o de filhos ilegítim os x í 000


total de batismos

Para a a n á lis e de c o n c e p ç ã o deve-se considerar adata


de n a s c i m e n t o s que, na m a i o r parte das v e z e s encontra-se nos
registros, estabelecendo-se a correlação entre o mês de
nascimento e o mês da c o n c e p ç ã o .

.q.?.....Mád.Í3.s.....ci.e.cjsmai.y.

Estas mé d i a s foram calculadas t omando os valores


anuais do p e r í o d o e dividindo pelo número de a n o s .
i.3.3 - Dificuldades

Os l i v r o s de casamento e batismo, apresentam-se em


bom e s t a d o , revelando cuidados na sua c o n s e r v a ç ã o . Apenas
a l g u ma s falhas, nos primeiros livros dos e v e n t o s , mostram-se
amareladas, corri p a r t e s destruídas, mas que não impedem a sua
leitu ra.

Os r e g i s t r o s in iciais estavam incompletos; nos de


batismos constavam, apenas, a data do evento, nome da
criança e dos paisj nome d os noiv as e data da c e r i m ô n i a , nos
de casamento. Os problemas resultaram de omissoes nos
assentamentos.

A dificuldade marior foi o baixo número de registros


de ó b i t o s . Alérn do número r e d u c i d o , sem c o n t i n u i d a d e , os
a s s e n t a me n t o s e x i s t e n t e s s a o b a s t a n t e i nc: o mp Xe t o s , im p e d i n d o
análises ma i s e l a b o r a d a s .

Muitos dos d o c u me n t o s referentes à história do


município, livros de atas, de i m p o s t o s , de leis, foram
destruídos por representarem um e s t o r v o . " Er a muito papel
velho" - segundo a a d m i n i s t r a ç ã o municipal.
<A> BELTRÍ50, Pedro Calderon. Ds.raa.ftï.'.ai.ia.... ~.... (li.íí.n.C.ia.....¡da.
Eo.R.ul.?Xc:.-la.;..A.tmli.s-.f,;... s... I&gxj..a.. Por to Alegre, Bul :i.na,
Í97S. p p . .1.68 e 1.69.

<» > BELTR&O, Pedro Calderon. Op. cit. pp. 172-174.

<6 >
HE WRY, Louis . .li'.c.atc.suï.....d.e.... ¿uml.is.e..... tî.iri.... I3je.raa.ftr.ai.ia
dïï.;Lc;.a. c u r i t j. ba , A . M. Ca v a 1 c a n t e , :1.972 .

<V > HOLLINGSWORTH, Thomas H. Um Conceito de Demografia


História. In: MARCI LI O, Maria Luiza. ftfmtt.q.v:.3.:Lu¡t.
hl.la.t.Ó.r.i.C.a • Sa o P a u l o , Livraria Pioneira, Í 9 77.

<F3> A r q u i v o da Paróquia Sao J o a o Bat:i.s»ta de Campos Novos


-- APSJBCN - Livro de C a s a me n t o s n° 5., í. 5.8.

<9í HENRY, Louis. Op. cit.

< 1.0 >


HI f ' L SEN, L a w r e n c e James . ÜMft.... K&:.t.0 ..d.Q.la.ftiil....d£.... E&s.q.u.is.a.
í^a.K.a...a...HisLt;.ó.r.j..B....Mm.Q.9r..á.£i.ç;.a. UFSC, :1.977 . Mi m e o .

< 11 )
APSJBCN, Livro de Tombo n ° Oí., 93 .

(,ve> APSJBCN, i v r o de B a t i s m o
1... r i° 0 3 , 14.

< xa > APSJBCN, Livro de Batismo n° 5.:8 , 48 .

<14) NIELSEN, L.J . Op . cit. p.

< .13) APSJBCN, Livro de Casament o ri*3 03, Oí

< .1. >


APSJBCN, Livro de Casament o n° 0 5 , 09
C A P Í T U L O II

Esboço Histórico de Campos Novos


2.1. Origens: Povoamento e Fundação

A história do po v o a me nt o do a l t i p l a n o catarinense,
onde s e situa Campos N o v o s , se inicia com as primeiras
tentativas de colonização do sul do Brasil. 0 litoral
catarinense c o me ç o u a ser povoado, com gente vinda de São
Vicente (Sao Paulo) que f undaram Sao Francisco (í.658),
Desterro <ió62) e Laguna <i682).

A região situada a oeste da S e r r a Geral, antes da


fundação de Lages (1771), já vinha sendo explorado por
jesuítas espanhóis. Encontra-se em LUCIO, descrição do
planalto catarinense ou ma i s precisamente a região coberta
por pinhais, que a b r a n g e o território camponovense.

"... uma altissisa serraria que corre por detrás de la isla de Santa
Catarina, frente de la Laguna de Los Patos, hasta encontrari dichos
pinares que tomai 'un circulo impenetrable' y es tan aspera que no
pueden subir por ela aninales, y con suaa dificultad y industria los
tambres. Desde ela se descubre el aras, y registran algunas
poblaciones de portugueses'. As populações de portugueses devian ser
Desterro e Laguna417’ .

A passagem dos j e s u í t a s , tornando a r e g i ã o conhecida,


aliados a existencia dos campos naturais favoráveis à
criação de g a d o , motivaram interesses por parte do governo
da C a p i t a n i a de São Paulo em f u n d a r urna p o v o a ç ã o na parte
mai s m e r i d i o n a l cla P r o v í n c i a de São P a u l o . Não eram s ó os
paulistas que desejavam domi nar a área, mas também P o r t u g a l ,
po r m o t i v o s estratégicas, políticos e econômicos.

Os p a u l i s t a s , na busca de í n d i o s para escravizar, cie


ouro e pedras preciosas, eram incentivados por Portugal
desejoso de a m p l i a r seu t e r r i t ó r i o até o Rio da P r a t a , e
mant e r as l i g a ç õ e s com a c o l ô n i a do S a c r a m e n t o .

Mo r g a d o de M a t e u s , governador de São P a u l o , ordenou a


Antonio Correia Pinto, C a p i t ã o lió r do Sertão de Curitiba,
para que fundasse uma p o v o a ç ã o no s e r t ã o do s u l , na p a s s a g e m
26

chamada L a g e n s . Correia Pinto chegou neste local em nov e mbr o


de 1766 e em Í7 7 Í, fundou a Vila de N o s s a Senhora dos
Prazeres de L a g e s .

"Correia Pinto peraaneceu na sua vila, dando-lhes todo o esforço de


que carecia para adiantar-se. Perdida no sertão, ses comunicações
con o litoral tendo-as apenas con as vilas de Curitiba e São Paulo,
tornou-se centro de criação de gado, cercada de latifúndios,
contando número reduzido de «oradores, e tendo sido niito lento o
seu progresso durante o século XVIII. Dela, entretanto, partirai! os
pioneiros que descobriras e desbravaran os Caspos Novos e
Curitibanos indo nesio até as coxilhas gaúchas e 'aos espanhóis
confinantes' a oeste“<10>.

A história da c o l o n i z a ç ã o de Campos N o v o s está ligada


às e x p e d i ç õ e s rumo a o s c ampos das m i s s õ e s , üs exploradores,
que p e r c o r r e r a m o território c ani ponovense nas primeiras
décadas do século XI X, tinham por objetivo atingir as
missões j e s u í t i c a s localizadas no s u l do p a í s .

"Do anno de 1814 en diante cantiou o comandante da expedição alguns


sertanistas, a fi» de explorar aquelle território no intuito de
abrir através dele usa vereda que coaunicasse por aquelle lado esta
Província (de São Paulo), coo as nissões de São Pedro; e só es 1819
i que se poude levar a cabo esta tentativa, tomando-a a si
Atharagildo Pinto Hartins, que levou por guia das «atas ao indio
Jonj ong cathecuaeno do aldeamento; e esse guia por tener de aigus
encontro cos as Kordas selvagens, quanto lhe foi possível
entranhar-se œuito pela mata que fica ao nul de Guarapuava,
inclinando sua direção para oriente; e esta precaução deu aos
sertanistas o conheciiento especial do caspo da Palaas, coa o qual,
depararão, podendo ser atravessado sen aaior exaae, visto que
deverão prosseguir naquella tentativa que nesse ano realizarão
surgindo nos caapos da Vaccaria do Sul"<1,>.

A té .1.820 t o d o o P l a n a l t o Catarinense subordinava-se à


Capitania de São P a u l o ; pelo Alvará de 09 de s e t e m b r o deste
ano L a g e s e s e u t e r mo passam para a j u r i s d i ç ã o da Capitania
de Sa nt a C a t a r i n a .

Depois de 1848 a área das pastagens naturais


tornaram-se conhecidas, atraindo povoadoras paulistas c»
g a úc ho s . Os gaúchos e r a m, provavelmente, fugitivos da
27

"Guerra dos Farrapos". Também v i a r a ta para Campos Novos


habitantes de P a l ma s e de L a g e s e Curitibanos em b u s c a de
no v a s terrai» para a p ecu ária.

Eni j a n e i r o de í 850, as s umi u o g o v e r n o da P r o v í n c i a de


Santa C a t a r i n a o Dr . João Jo sé Countinho. Em 1858, o governo
João José Coutinho criou o D istrito de Campos N o v o s . Em seu
governo -Foi criada a Freguesia de Campos Novos, pela
Resolução n ° 377 de Í6 de j u n h o de í 8 5 V e o > , desmembr ada da
Vila de N o s s a S e n h o r a dos P r a z r r e s de L a g e s .

“E« sessão extraordinária leran-se os Officios recebidos desde a


dltiaa sessão ordinária e tratando-se logo da prezidencia que craou
UB novo Districto de Paz nos Quarteirões reunidos dos Curitibanos e
Caapos Novos... nandou a Casara que se desse as ordcins nscessarias
ao Juiz de Paz nais votada para que reúna... a «esa parocheal no dia
20 de julho próxirao e de as nais providencias para se convocar o
povo daquelles quarteirões para naquelle dia votarew eu quatro
juizes de paz çie deverão servir às eleições gerais de i852, o que
foi cuaprido"‘8i\

2.2. Paróquia de São João Batista de Campos Novos

O b i s p a d o ao c r i a r uma Paróquia lava era c o n t a o bem


espiritual que esta fará ao povo, as necessidades e o
interesse dos fiéis.

Outros; m o t i v o s que levam a criítçao de uma riova


Paróquia é a extensão territorial e o número de habitantes.
Também i n - F l u e n c i a , fatores políticos, como a presença dos
"coronéis" que comandavam a vida política e adm inistrativa
local.

A Resolução da p r e s i d ê n c i a da P r o v í n c i a , datada de .1.6


de j u n h o de 1854, criou a Freguesia de São J o ã o B a t i s t a de
Campos N o v o s .
£8

“Resolução de 16 de junho de 1854 n° 377

João José Coutinho, Presidente da Província de Santa Catarina.

Faço saber a todos os seus habitantes, que a Assembléia Legislativa


Provincial Decretou, e eu sancionei a Resolução seguinte.

Artigo í° - 0 Districto de Canpos Novos, fica desmesbrado ds


Freguesia de Mossa Senhora dos Prazeres da Villa de
Lages, para fornar huia Hova Freguesia, sob a invocação
di> - São Joio de Campos Novos - procedendo as licenças
do ordinário, na Forra da Constituição do Bispado.

Artigo 2“ - Os lioiites (festa Freguesia, continuão a str os líeseos,


que ora tea aquelle Districto, ficando o Presidente da
Província authorizado a designar os do centro.

Artigo 3o - Ficão revogadas as disposições en contrario. Hando por


tanto a todas as authoridades, a que» o conheciisento e
execução da referida Resolução pertencer, çie a cuaprão,
e fação cusprir tão inteiraeante coro nella se contee. 0
Secretário desta Província a faça iepriair, publicar e
correr. Dada no Palácio do Governador da província de
Santa Catarina, aos desasseis dias do eêz de junho de
oito centos cincoenta e quatro, Trigésiio Terceiro da
Independência e do Inperio. LC<e8>.

O territó r ia catarinense, religiosam ente, estava


também subdividido, como o era política a
administrativamente. A faixa litorânea jurisdicionava~se ao
Bispo do R i o de J a n e i r a , enquanto o P l a n a l t o subordinava-se
ao de São P a u l o . Só quando da c r i a ç ã o do B i s p a d o do Paraná,
Santa Catarina, em 1892, s e urie r e l x g i o s a m e n t e <ea,>

A responsabilidade da assistência religiosa no


período de 1854 a 1876 e r a do v i g á r i o de Lages, pois não
havia pároco residente. Este fato resultou na a u s ê n c i a dos
registros próprios dos eventos vitais e, portanto, dos
livros paroquiais. (Is assentamentos provavelmente foram
transcritos entre os da p r ó p r i a Paróquia de N o s s a Senhora
dos P r a z e r e s de Lages ou p e r d e r a m - s e ; no p r i m e i r o caso, a
ausência do local de r e a l i z a ç ã o da cerimônia i mpe de a sua
utilização neste estudo demográfico.
29

Mo L i v r o de Tombo n“ 01 da Paróquia de Sac» Jo ão


Batista de Campos Novo», o primei.ro registro se refere a
demarcação de l i m i t e s entre Campos H ovoa e Cuy i tibaños.

A necessidade desta demarcação deve-se que todo o


planalto catarinense era inicialm ente jurisdicionado pela
Paróquia de L a g e s , da q u a l Foi desmembrada em :1.834, Campo;;
Novos e em í 8 6 4 , Curitibanos. 0 desconhecimento geográfico
da r e g i ã o levou a conflitos, fruto das i n t e r p r e t a ç õ e s - Pe i t a s
por particulares. 0 Bispo do R i o de J a n e i r o , D. Pedro Ma r i a
de L a c e r d a resolveu o impasse em 18 de j u l h o de 1882.

"Io - 0 Rio Taquarusstí et todo o seu curso até sua barra no Rio
Haronbas separará as jurisdições Eclesiásticas das Freguesias
de Caopos Novos e de Curitybanos, ficando desde já o
território da aarge* direita pelo rio abaixo do «esso
Taquarusstí para Caspos Hovos e o da aargea esquerda para
Curitybanos.

2o - Dessa barra do Rio Taquarusstí a linha divisória entre as


Freguesias de Caapoos Novos e de Curitybanos segue pelo
Haronbas abaixo até a barra do Rio Canoas pelo rio abaixo até
o Rio Pelotas“<B4>

0 s e g unda document o transcrito no L i v r o de Tombo da


Paróquia é uma Carta Pastoral que trata cia Consagração
Episcopal de Dom J o s e de Camar g o B a r r o s , Bispo do P a r a n á e
Santa C a t a r i n a . A data da C a r t a Pastoral é de 24 de j u n h o de
í 894.

No L i v r o de Tombo n ° 0.1., até a página 78, apenas se


transcreveram d o c ume nt o s ou c a r t a s pastorais do B i s p o ou da
Cúria Diocesana. As n o t í c i a s a respeito da v i d a da Paróquia
e dos paroquianos -Foram em número r e d u z i d o .

A primeira Capela da Paróquia Sao João B a t i s t a cie


Campos N o v o s , que f o i benzida, segundo o que consta nos
Livros de Tombo da mesma, é a Capela da S e r r i n h a . Esta foi
abençoada pelo Frei Rogério Neuhaus GFM, responsável pala
Paróquia, aos Í 4 de j u l h o de Í900.
30

"Certifico que ao prinsiro de julho de ail e novecentos visitei a


Capela de Nossa Senhora da Conceit»} na Serrinha na Paróquia de
Canpos Novos e banzi a «esaa Capella na foria indicada pala Provisão
do Exiao. e Revao. Sr. Bispo Diocesano. E para constar passo o
presente terao"<BS*.

Noa L i v r o s de Tombo da P a r ó q u i a a p a r e c e m s e g u i d a m e n t e
pedidos de dispensa de i m p e d i m e n t o s diversos de casamentos.
A seguir se transcreve correspondência datada de 30 j u l h o de
1908, que diz respeito a tão importante assunto.

"Diz Frei Rogério Neuhaus GFH., Vigário de Curitybanos, que vea


huisildsisnte lançar-se aos pés de V. Exaa. Rsvaa. pedindo se digne
conceder-lhe e aos seus coadjutores F. Humilio, F. Henander, F.
Gaspar a faculdade de dispensar dos iupedimantos aatrinoniais, tanto
de affinidade coso taabéa de consanguinidade no quarto, terceiro e
segundo grau attingente ao primeiro nos casos e* qua impossível for
requere previattente à Coearca Eclesiástica, por causa da longa
distância, a fie de preservar deste isodo os nubentes de uiaa vida
desregrada, fazendo seapre oençlo de faculdades concedidas11<BA>.

Frei Fïogério Ne uha us , em :L906, recebeu ordens


superiores para reconstruir a Igreja M atriz, lista deveria
ser reconstruída com t á b u a s dobradas e c o b e r t a cie t e l h a s de
barro.

E ih s e t e de o u t u b r o de 1907, Frei Rogério recebeu


a u t o r iza r,:ã o p a r a a s s i n a r o Livro de B a t i s m o e das Co nt a s
Paroquianas. Net mesmo ano de 5.907, no mês de dezembro, Frei
Rogério é nomeado v i g á r i o de Campos» N o v o s .

"Aos 07 de dezesibro de Í907 foi passada provisão de vigário


encarregado da Parochia de Campos Novos e* favor de Rev. Frei
Rogério Neuhaus CFH. ño seseo fia foras concedidas varias faculdades
es favor do besito recdo. Frei Rogério Heuhaus 0FH<e7>.

Dom J o ã o B e c k e r , a partir de 18 de o u t u b r o de 1903,


passou a a d m i n i s t r a r a Diocese de F l o r i a n ó p o l i s . Um ano após
o início de sua administração frente ao r e b a n h o católico
catarinense, sai em v i s i t a para o i n t e r i o r do E s t a d o . Um dos
locais visitados foi a Paróquia de Campos N o v o s , na é p o c a a
3 i

Paróquia mais a oeste? do Estado. De «lia visita, tem--«e o


seguinte relato:

"Fazemos saber que est visita pastoral a esta nossa Diocese de


Florianópolis, chegamos após una viages cheia de sacrifícios, no dia
6¿ de novembro de 1909, a Parochia de Campos Hovos, administrada
pelos exBos pp. franciscanos residentes sa Curitybanos. Fosos
festivamente recebidos, offerecendo-se carinhosamente hospedasen o
Sr. Capitão Francisco Fagundes, integro Superintendente Municipal, a
quea de iodo especial apresentasos nossos sinceros agradecimentos,
que estetismos à sua distincta família. Nossa pernansncia foi de tres
dias incompletos. Partimos no dia 09 do sesao ces para Curitybanos.
Benzeaos a nova egreja aatriz que é de tadeira. Cuatprindo exataaente
tudo o que deve observar na visita canónica. Houve os seguintes
movimentos religiosos: ISO confissões, 110 comunhoes, 362 crissas,
02 casanentos e 10 baptizados"'58*.

E ntre os dias £5 a 30 de janeiro de 1910, f oi .


celebrada era F l o r i a n ó p o l i s uma semana e s p i r i t u a l pa r a todo o
clero da Diocese. Os padres da paróquia de Campos Movos
participaram. Seguiram para a sede diocesana o Frei Ga s p a r
Flesch, que e r a vigário da P a r ó q u i a na época, além de seu
coadjutor, Frei Rogério Neuhaus OFW.

Mo L i v r o de Tombo n ° O í , fulha 87, encontramos urna


provisão que d i n respeito à Pund a c a o da C a p e l a de Limeira,
h o je Joaçaba. 0 pedido para a c o n s t r u ç ã o da C a p e l a partiu de
Fre:i. R o g é r i o Heuhaus, que era coadjutor da Paróquia cie
Campos Nov os na é p o c a . A provisão dix o seguinte:

"... haveaos por bei pela presente conceder licença para que al
lugar chaiado Liseira perto da extação da estrada de ferro São Paulo
- Rio Brande, se possa erigir uiaa igreja sob a invocação de H.
Senhora da Conceição, contanto que seja eo lugar alto, livre de
humidade e que tenha aabito en roda para passares prossiçoes,
devendo ser o lugar para tal fundação assignado pelo Revoo Snr
vigário, a quei autorizados a benzer, por se ou por ui dos seus
coadjutores, a priieira pedra do edificio na foraa do Ritual Remano.
Ha nesoa Egreja não se poderão celebrar Officios Divinos set nova
Provisão Nossa"<B9>.

No mesmo ano, 19.1.0, foi concedida licença para


reconstrução da C a p e l a Sao S e b a s t i ã o do M e r v a l , hoje l - l er vai
3?.

Velho. Para tanto foi escolhida uma comissão e esta nao


poderia contrair dívidas, sem licença da autoridade
diocesana. Ma mesma é p o c a , Fo:i expedida P r o v is ã o para a
construção de uma c a p e l a na B a r r a do R i o do P e i x e . Deveriam
ser obedecidos os preceitos canônicos. Esta sííc Iíí

localizava-se onde hoje está a sede do município de


Piratufoa.

A primeira notícia de m i s s õ e s em s o l o camponovense,


s ã o do ano de :1.9.1.1. Estas missões Foram pregadas pelos
padres lazaris ta s . Entre 02 a 09 de a g o s t o , pregaram na
localidade chamada Serrinha, na C a p e l a dedicada a M ossa
Se nho r a da C o n c e i ç ã o . Do d i a Í0 até o dia \.7 de agosto,
pr e g a r a m a s santas missões na M a t r i x de Campos N o v o s . No d i a
18 de a g o s t o , foram pregar m i s s õ e s em H e r v a l . Apenas nesta
localidade os padres m i s s i o n a r i.os encontraram algumas
dificuldades.

"Infeliziente o povo en geral não soube aproveitar-se das graças da


Santa Nissão. Até o Revoa padre Henrique Lacote foi insultado
durante o seraão por ua aoço libertino. Contudo houve ¿0 confissões
e comunhões e 14 ne conaungantes. Várias pessoas que estavaa casadas
só civilnente santificaran a sua união pela recepção do Sacrasento
do MatrinSniou<ao>.

Em, Í9Í8, Frei Gervásio Kraemer percorreu a Paróquia


de Campos N o v o s . F e z 960 comunhões e con-Fissões. Cerca da
200 comunhões foram -Feitas pela primeira vex, por ocasião do
matrimônio.

No a no de i9í3, Frei Gervásio ao v i s i t a r a Capela de


São Bom J e s u s na S e r r a dos P a d i l h a s , procurando e x p l i c a r a
nova tabela diocesana sobre taxas e contribuições
eclesiásticas, Fo i chamado de l a d r ã o e matuto, a l é m de ser
ameaçado de m o r t e por um homem armado.
33

Geralmente o padre queix-ava-se que o s p a r o q u i a n o s de


Campos N o v o s eram r e b e l d e s e a religião destes consistia
a p e n a s em b a t i z a r crianças.

Ao p e r c o r r e r a Paróquia, o padre ensinava para as


crianças a doutrina. Para os adultos, prcrgava duas v e ¿ï e s ao
dia. Também os a d u l t o s er am c o n v i d a d o s par a r e c e b e r e m os
sacramentos da c o n f i s s ã o e da s a g r a d a eucaristia.

Numa das visitas que o Frei fea até a Capela Sao


Francisco do Umbu, aconteceram escaramuças, envolvendo a
Frei Gervasio.

"... pelo sais se deu no Domingo de Raíaos us facto grave de


banditismo na Capela de São Francisco do Usbu. 0 frei Gervasio por
segunda vez neste tempo de quaresma chegou na Capella na véspera do
Domingo de Rasos convidando encarecidamente o povo para cumprir suas
obrigações religiosas. Nenhuiia pessoa porá» ve* se confessar, ias
logo depois do terço do rosário foram bailar a noite inteira si usa
casa perto da Capella. Cobo sempre também desta vez o padre ficou
ssa recurso, jogado no asoalho da Capella para ali dorair. A raia
noite vei ua grupo de desordeiros e pretendiam arrombar a porta da
Egreja e deras una infinidade de tiros e fazias cos o sino pendurado
fora da Egreja us barulho infernal. Hão se assustou nes incosodou-se
coa isto o padre, já muitos annos acostumado a tantas bandaiteiras
deste povo descrente. Pior porési tornou-se a situação noutro dia na
hora da Santa Hissa, que o padre quasi não podia findar devido a
tanto barulho coa o sino e coo tiros e con pancadas nas paredes da
Capella. Horrorosos insultos contra o padre e blasfemias contra
Deus. Ko SS Sacraaento gritavas os desordeiros, entraras durante a
aissa pela janela da sacristia, fazendo ali desordens, enchendo as
botas do padre coa pedras, capim e terra e jogando pau grande para
trancar a porta. Acusada esta selvageria ao Juiz de Direito de
Campos Novos e ao comissário da polícia, porque insultos públicos
contra Deus e estorvação maliciosa contra actos religiosos se não
deve persitir es paiz que se julga civilizado as autoridades
competentes acharam melhor abandonar seus cargos dsixando o padre
para o futuro exposto de ser perseguido ou satado por qualquer.
Estas breves noticias por enquanto bastam para entender a situação e
desmoralização do povo caaponovense, de maneira que uns sais
ajuizados desaconselharas o padre es seguida andar pelos
sítios"*81»-

Ao p e r c o r r e r as c a p e l a s desde a barra do R i o Uruguai


até o Rio das Antas, queixava-se constantemente o padre
34

vigário do indiferentism o religioso do povo. A causa


encontrada pelo padre para tão pouco Fervor religioso do
povo, d eve-se ao a s c s s s o de dinheiro ganho na c o n s t r u ç ã o da
estrada de Ferro. Por outro lado, a vinda de imigrantes
deixava o padre -Félix, por qua a presença destes nutria «
realimentava o espírito cristão das c o m u n i d a d e s . Segundo o
padre, isto já se podía observar nas c a p e l a s de C a p i n æ a l i?
Rio do F’e i x e - Piratuba.

A o s 29 de a b r i l de í 9.13, o F' r ei G e r v a s i o inicia urna


visita pastoral a partir da Capela de N o a sa Senhora da
Conceição, Serrinha. Sobre o povo da s e r r a o padre fez o
seguinte comentário :

".. . se ha lugar nesta parochia aonde tes povo religioso, cebara


isuito simples e sen instrução é na Ssrrinha. D que é de lastiaar
pores que nestas Serras tanta gente casada se aparta illegalraente e
pretende casar-se civilaente con outra1'* * ’ .

Mo L i v r o de Tombo n ° 0.1. e n c o n t r o u - s e cópia da última


Carta P a s t o r a l escrita por Dom João Be cke r, em 191H. Nesta
carta, despede-se dos fiéis de S a n t a Catarina, pois iria
a s s u mi r o bispado de P o r t o Alegre.

Em Í9Í4, o Kovimento do Contestado atinge no


município de Campos Movas, seu auge. Para os Freis da
Paróquia, foram t empos d ifíceis. Nos L i v r o s de R e g i s t r o s da
Paróquia não existem muitos comentários a respeito do
mo v i me n t o . 0 que s e g u e é um e x e m p l o :

"0 anno ccnecou bua triste para esta parochia de Campos Novos,
porque alastra-se pelos dois aunicípios de Curitybanos e Caapos
Novos u« üoviisnto fanático que atrahiu muitos hoaens desta parochia
para o aatto ei Taquarussú, aonde esperavan a vinda do nonge José
Naria junto coa São Sebastião. Toaando o governo este movimento por
ser sério e «andando forças ailitares para combaterea os fanáticos -
taabéa estes resistiras à forca tanto contra ua piquete de paisanos
quanto contra soldados e consta que uns 40 fanáticos aorreraa no
coabate de Taquarussú que houve aos 08 de fevereiro deste anno.
Devido este aoviaento bellico e aais ainda por usas aortes bárbaras
nos fundos de Campos Novos, no Campo de Napoleão Lopes e Capinzal
3b

não podia-se por aezes festejar nenhuna festa e não havia


concurrencia dos fiéis nea para o dia de natal e lien para a festa
popular ea Herval aos 80 de janeiro. Podia-se prever estes teapos
tristes e coso padre avisei bastante o povo a respeito do seu
indiffersntisao religioso de maneira que sofreu actualaente tudo
este castigo e Deus, que ninguea sabe quando vae acabar porque
tornou-se o movimento em revolução aberta contra o governo. Pelo
tenpo da quaresaa percorri por toda a parochia pregando e ensinando
todos os dias, pores poucos coiao sempre vieras a receber os SS
Sacramentos, cifrando-se o número deles até e® 93 confissões e
comunhõesM<aa>.

Ko d i a 02 do; a b r i l de Í9ÍA foi indicada cm Roma o


novo B i s p o de Santa Catarina, Dom J o aqui m Do mi ng us s da
01 i v e i r a .

Ko mesmo mês e ano foram d e s i g n a d o s , respectivamente,


como v i g á r i o s e coadjutores da P a r ó q u i a de Bao J o ã o Batista
os F reis Re de mpt o Cul l ma n n e Di mas W o l f , com r e s i d ê n c i a na
cidade du> C u r i t i b a n o s .

No ano de Í 9 i ó , foi suspensa a r e s i d e n c i a dos padres


franciscanos en C u r i t i b a n o s . As p a r ó q u i a s de Campos Movos a
de C u r i t i b a n o s passaram a p e r t e n c e r à jurisdição do vigario
de L a g e s por or dem do E xilio. S r . B i s p o Dom Joaqui m Do mi ng ue s
de O l i v e i r a . 0 vigário passou a ser da.í em diante o Frei
Gabriel Zi mmer . Neste mesmo ano , parte dos f i é i s de Campos
Novos passar am a ser atendidos pelos Freis da P a r ó q u i a de
União da V i t ó r i. a .

"Es atenção às enorsies distâncias foi de concentiaento coa o Ex. S.


Bispo lavrado ura acordo coa os padres franciscanos na União da
Vitoria para eles pastoreare* a zona do Rio do Peixe desde a estação
de Harcellino Raeos - juntaaente coa as Capailas de Herval, Rio
Bonito e Ponte Alta, tendo para este fita livros de assentaiento para
baptizados e casanentos e reeetendo annualasnta a percentages das
espotulas à Cauara Eclesiástica de Florianópolis"*"4’ .

Dom J o aqui m f e z uma v i s i t a pastoral em mai o de i9i7,


deixou e s c r i t o no L i v r o de Tombo a s impressões a respeito do
36

p ovo de Campos Novos. Referem-se ao mo v i me n t a religioso


quando de s ua v i s i t a à Paróquia Sao João B a t i s t a .

"... não houve suita concorrência durante a visita. 0 novisento


religioso da visita foi o seguinte: praticas 05; novenas 09;
confissões 72; cosunhoes 45; baptizados 17; chrisaas 158 alév de un
fovisento religioso e* Herval onde fizeaos chrisaas e
casaiEntos"<aa>.

Nesta mesma oportunidade f orai n visitadas as


comunidades de? Umbu, Capinzal, Estação Her v a l z i nho e H e r v a l ,
apenas para conhecer aquelas comunidades.

Havia um indiferentismo por grande parte da


população, face a Religião Católica na Paróquia. A
frequência à missa dominical ara "triste causa". Era motivo
de s a t i s f a ç ã o o aprendizado por parte do p o v o , do r o s á r i o e,
das moças que c o l a b o r a v a m nas missas cantando. Os fiéis
comportavam-se bem na I g r e j a , mas rião c o n t r i b u í a m quando da
passagem da b a n d e j a .

No i n t e r i o r o p ovo r e c e b i a instrução religiosa com


boa v o n t a d e . A realidade religiosa do p o v o cio i n t e r i o r assim
era v is ta pelo vigário em í.936:

"Hingués iisagina a ignorância religiosa desta gente, e Be fez buí


prazer a ensinar os eeus caboclo, ensino as crianças, ellas gostas
de santinhos e caramelos que não chegas; comprei das freiras de
Capinzal bastante rosários a ííOOO e visito as capelas nestes
sertões brutos conform tinha força dá. Hão é aqui o logar dos
terrores e bestialidades falar, cüiuo e porque se natavan nestes
natos, valia vida aqui asnos do que ui<a taça de café, e se quer
persuadir dessas coisas, olhe para as cruzes nestas capoeiras... Eh
Huitas casas do sitio achei bon trato e gentileza, mas taabéa passei
sagros dias e dorai es caaas cheias de isundices e pulgas.. .,,<aA>.

Mo an o cie .1.936, está anotado no L i v r o de Tombo n ° 02,


um r e l a t ó r i o a respeito da r e a l i d a d e m aterial e espiritual
das c a p e l a s localizadas rio município de Campos Novos e
pertencentes à Paróquia de Sao J o ã o B a t i s t a .
"Sato Antonio - A primeira capella que os italianos construirai
laquelle ponto. Huito abandonaran o logar, para se estabeleceres no
ponto favorável, Nossa Senhora da Saúde. Possue a capaila pedra
sagrada, un ciborio, ua casulo, ue sino.

Sao José - Ua oratorio coa distancia de senos de usa hora de Nossa


Senhora da Saúde, a pedido deles proseti para o ano vindouro dt
rezar usa nissa no dia de São José na referida Capaila, uaa vez que
aconpanha a Capella de Nossa Senhora da Saúde.

São Paulo - Un pequeño oratorio, nuna distancia de isia hora da


Capella de Santo Antonio a pedido deles prometí para o ano vindouro
(fe arranjar una Jurisdição Diocesana para se rezar usa vez por ano
usa sissa na referida Capella. Hão ten alfaias.

Hossa Senhora Aparecida - Us oratorio perto da estrada geral, ales


do Usbu, não tea ainda al gusa coisa para o serviço de Deus; situado
nuna altura mui vistosa; fizeras una doação es 20 estros quadrados
sais ou senos e ne dizeran 91e no inventario do ultimo defunto...
foi feita menção deste terreno para Capella e Ceaitério. Finanças:
quasi nada, ião teu alfaias, sas querem aranjalas.

São Sebastião da Lagoa - Visitei, disse por tres dias nissa, terço,
etc, ... a Capela tes usa pequena inagea de São Sebastião, un
pequeno sim, mais nada... alfaias querea aranjar, finanças nada.

Oratório Nossa Senhora - No caninho do Usbu pra ca. Finanças nada, 0


oratório e belo dentro e fora; altar es cisa de defuntos, precisa
ver se nessas condições se pode dizer usa sissa. Povo sui pouco -
região de fazendas.

Boa Jesus no Faxinai - Capella de tasanho boa, falta ainda ultinar 0


serviço das janelas, da porta, de alfaias. Tea pedra sagrada,
casula, una pequena inagen de Nosso Senhor Flagelado, ui sino
pequeno. Ua povo de 30 faaílias mais ou nenos. Tes una professora
que ensina religião na escola.

Nossa Senhora Apparecida - Espinilho - encontrei lá duas capelinhas


juntas. Lugar agradável, campo 0 terreno não tea ainda doação a
nitra diocesana. A capella tes usa inagei de Nos.» Senhora
Apparecida, us altarzinho, «ais nada.

Campina do Apostolo São Mateus - Aqui queres fazer una capelinha,


fui la, disse lissa e dei instrução, finanças nada ainda. Lugar
situado entre Novo Princípio e Espinilho. Pouco povo, ocupação quasi
colonia.

Caspo de Baixo - Queres fazer uca capella aqui. Povo pouco, lugar
situado na Barra do Biguy con Canoas. Fui lá disse sissa e dei
instrução. Finanças nada ainda.
38

Sao Pedi o - Capella pequena, perto da estrada para Lages. Ainda não
te» doação à nitra diocesana. A Capella tea pedra sagrada, cálix,
pat. ciborio, casula con alba para aissa. Povo pouco, porsa
religioso. Tea aqui usa imagem regular de São Pedro. Finanças,
pouco.

São Roque - Capella situada na Barges do Canoas perto da estrada de


Lagas. Povo não numeroso. A capela tes pedra sagrada, ua ciborio,
aissal e casulo e alba para «issa. 0 povo é religioso. Finanças,
nada.

tiossa Senhora - Capella na Serrinha. Distancia £ horas na estrada do


Marombas; a capella te» as alfaias todas menos o aissal e o povo e
docil. 0 lugar vistoso. Finanças, nada.

SfoJosá “ Na picada do Haroabas, coa bastante povo. Sertão bruto


dizia-se antes. Fui lá disse nissa. les só us altarninho. Finanças,
nada.

São Sebastião - Ha balsa do Horoabas; achei lá usa capelinha, coa


altarzinho e una pequena e bonitinha inragaœ de São Sebastião. 0 povo
é religioso, aas pouco es núaero. Finanças - nada.

São Sebastião do Bimiy - No caainho para a capelinha da colonia dos


italianos; nráero de povo regular, caspo. 0 povo é religioso. A
capella é pequena. É propriaisante ua oratório e çsta em construção.
Alfaias não teu. Finanças ainda nada.

São Sebastião - No logar dsnoœinado Ponte Alta.

&aÜKlnhfl - Onde queresi construir a capella. Estive lá fazendo o


serviço religioso; o povo é docil. Logar situado no sertão bruto,
conhecido do tempo dos fanáticos de Taquarussú, perto do rio deste
nose.

Oratório do Faxinai - Nuaa distancia de uma pequena hora da Capella


do Faxinai dos F'adilhas Bos Jesus. Coe pequena população. 0 oratório
não tea nada; pores arruaaraa as alfaias, cono diversas faiiilias se
repartira» nas doações. Finanças - iBIOOOu<a7>.

Dam D a n i e l llostini, Bispo cit.? L a g ^ i s , indicado no d i a 29


cie s e t e m b r o de 1.929, realizou uma v i s i t a pastoral à Paróquia
de Campos» N o v o s no ano p o s t e r i o r à sua p o s s e . No L i v r o tk>
Tombo p a r o q u i a i encontram-se as s e g u i n t e s anotaçoes:

"Fazeaos saber que, et visita pastoral, chegasos à Paróquia São João


Batista de Caspos Hovos, no dia 06 de abril do ano de Nosso Senhor
Jesus Cristo de 1940, pelas 16 horas. A entrada na cidade, fosos
39

recebidos festi vaneóte pelo nosso Revoo vigário Geral padre Bernardo
Bortolotti Ofh, que aqui já se achava ha tres dias, a fin de
preparar os fiéis para recepção dos santos sacramentos, pelo vigário
da Paróquia Revno padre Roberto S&nke, pelas autoriades civis, pelo
dirator, professoras e alunos do grupo escolar Gustavo Richard, pelo
Apostolado da Oração e grande nassa do povo. Et frente ao edificio
da Prefeitura nunicipal, saudou-nos o advogado Dr. Ualderaar Rupp.
Paranentano-nos no salão nobre da Prefeitura, seguindo após curta
deaora, processinalnente para a Igreja Matriz, que se achava
caprichosamente ornanentada"*38’ .

Dom D a n i e l -l-'icou i m p r e s s i o n a d o ao c o n s t a t a r o estado


de adandonu e tu que encontrava a Paróquia. U tilizou a
expressão: "um verdadeiro rebanho sem pastor", p o i s além da
parte religiosa estar quase abandonada, a parte mataria!
também não a n d a v a m u i t o bem. A Igreja matriz não p o s s u í a as
alfaias necessárias.

Nesta visita, além da sede, foram visitadas as


seguintes capelas e lugares: Bao F r a n c i s c o de A s s i s do Umbu;
Wossa S e n h o r a da Saúde de Abdon Batista; São Pedro do
Lageadinho; São Sebastião da Lagoa; Sagrado Coração de
Jesus, Faxinai dos Padilha; Fazenda Sa nt a Cr uz ; São
Sebastião da F a z e n d a da Entrada; íáão Sebastião do bicui;
No s s a S e n h o r a da Saúde do Ra nc ho Quei mado; São S e b a s t i ã o da
Ponte A lt a e Imaculada C o n c e i ç ã o da S e r r i n h a . Em t o d a s e si t as
Capelas e lugares visitados, Dom D a n i e l foi bem recebido
pelo povo.

Até por volta de Í930, os padres que a t e n d i a m Campos


Movos, eram itinerantes. A residência fixa destes era
Curitibartos. Em Í940, foi construída a casa paroquial de
Campos Mo v o s ; até esta data os padres eram h o s p e d a d o s por
fam ílias quando deviam a t e n d e r a paróquia. No L i v r o de Tombo
há r e f e r ê n c i a a entrega da casa paroquial aos padres qua
trabalhavam na P a r ó q u i a .

“En Catpos Hovos, serão entregues, hoje coa toda a solenidade, pelas
autoridades locais ao Exso Sr. Bispo Diocesano DomDaniel Hostin
40

QFN, as chaves da residência paroquial, recentenente


construída"(a,>.

A pedido de Dom D a n i e l Hostim, o vi g á r i o de Campos


Novos r e c e b e u a incumbência de e s t u d o s preliminares par a
instalar uma paróquia em Abdom Batista, povoada com
migrantes italian os.

Ho d i a íB de j a n e i r o de í94é, Abdom Batista Foi


desmembrada da Paróquia de Campos Novos, para junto com
outras comunidades v i z i n h a s formar nova P a r ó q u i a .

“Q prise iro fato de inportància digno de ser registrado é a fundatão


da Paróquia de Abdon Batista. Por este fato desaeæbrou-se a parte
espiritual mais adiantada da Paróquia“<40).

A partir de 1946, os Frais da P a r ó q u i a , passaram a


pedir c o n s t a n t e m e n t e j u n t o ao bispado de L a g e s , para que a
Paróquia Fosse entregue a uma congregação religiosa. f.)
motivo alegado pelo vigário, era a extensão territorial da
mesma.

A Paróquia -Foi oferecida aos Conegos Premonstraten­


ses <Ordem -fundada por Sao Mor b e r t o ) , que por motivos
ignorados por nós , riao a c e i t a r a m a proposta - Fei t a pelo Bispo
pava nela se fixarem.

Nova proposta foi feita à Congregaçao do s F’a d r e s


Carlistas, que a a c e i t a r a m .

"... a continuaren no zelo apostolico e dedicação do padre Peters, o


Exiao Bispo Dob Daniel Hostia, boas pastor do não pequeno rebanho que
c o da Diocese de Lages, convidou os padres da Congregação de São
Carlos - Scalabriniani. 0 Superior Provincial dos Carlistas, padre
Reinaldo Zaiizotti, de boa gosto aceitou a Paróquia, vendo abrir-se
us novo caapo no Estado de Santa Catarinau<,,t>.

Os p r i m e i r o s padres carlistas a trabalharem em Campos


Nevos f orai n o padre Joao Simonet t o , vigário e o padre José
4:L

Corradim, como c o o p e r a d o r . Foram e mpo s s a do s por F r e i Edgar,


vigário de Joaçaba. A paróquia pas s ou a ser administrada
pelos padres c a r l i s t a s a partir l m< 8 < <l m < i j e í 1 de 1940 .

Os p a d r e s c a r 1 i s t aC ( xarok i ' z i z i m ( Imímnvol"'iriz ( mC><:i ¿r:i. t u a l


e culturalmente a c o m u n i d a d e t a ui ponoven^a, contando-se entre
suas iniciativas a instalação de uma e s c o l a secundária e de
uma e m i s s o r a radiofônica.

Kuitos jovens do município de Campos Novos


dirigiam-se a cidades vizinhas para e s t u d a r . Por volta de
Í958, a l g u ma s pessoas da cidade, sentiram a necessidade de
se i n s t a l a r uma e s c o l a secundária na s e d e m u n i c i p a l . Estas
p e s s o a s eram l i g a d a s à Igreja.

"Hossa Paróquia está precisando de us ginário, não semente para


aoças, sas tamben para rapazes. Hais de concoenta entre alunos e
alunas de Caspos Novos frequenlan ginásio e« Lagas, Curitiba e
outras cidades... ea vista dessa situação, existe o perigo de alguna
sntidade areligiosa ou aesso protestante tose a iniciativa de fazer
UB ginário aqui ea Campos Novos"Me>.

0 prédio do g i n á s i o a ser construído, seria entregue


pa r a o s padres carlistas, devendo s e mp r e funcionar como
estabelecimento de ensino «secundário, administrado pelos
padres carlistas.

Para a d i a n t a r os preparativos para o F u n c i o n a me n t o do


ginásio, Foi convidado para trabalhai na Paróquia o Revmo
padre Q uintilio Cost.ini. 0 pa dr e Ouintilio a s s u mi u a
Paróquia como vigário e também as s umi u toda a
responsabilidade pela organização e construção do g i n á s i o .

Com uma área de a p r o x i m a d a m e n t e liiO quilômetros de


cobertura a Rádio Cultura de Campos N o v o s Foi f u n d a d a em Í9
de marco de 1957, com a p e n a s H30 w a t s . T i n h a como sócios
proprietários os senhores Alcides Se c o Zanatta, Alfredo Joao
Da l mi na , Er nar i i Machado R o s a .
42

No mesmo ano da sua -Fundação, a Radio teve que sa i r


do ar por ordem do H i n i s t é r i o da A g r i c u l t u r a , responsável
também p e l o s meios radiofónicos naquela época. A rádio
apresenta irregularidades tanto na d o c u me n t a ç ã o como no seu
funcionamento no que d i z respeito a programação, legislação,
administração e falta de p e s s o a s especialiHadas.

No d i a 02 de abril de 1958, o padre Qu:i. n t i l i o


Costini, mostrou-se interessado em l e g a l i z a r a emissora,
Comprou dos sócios fundadores os direitos através de
documentação, onde o s s ó c i o s transferiram a responsabilidade
de r e c o l o c á - l a ¿Mn funcionamento, após a legalização nos
órgãos competentes. A rádio cultura passou a ser propriedade
da P a r ó q u i a São J o ã o B a t i s t a de Campos N o v o s e , por questões
hierárquicas, ficou ligada à Diocese de L a g e s . Em Í 9 7 5 , com
a criação da D i o c e s e de J o a ç a b a , a Paróquia de Campos Novos
e a Rádio Cultura pas s ar am a ser controladas pelo novo
organismo clerical.

Ainda era Í 9 7 5 , o Bispo da r e c é m c r i a d a Diocese, Dom


Henrique M u lle r doou a Rádio à Congregação dos padres
Carlistas, cujos sacerdotes trabalham na Paróquia
camponovense.

A Paróquia de Campos N o v o s Sofreu perdas t e r r i tor ias :


1950 - cria-se a Paróquia de H e r v a i Velho; em 07 de mar ço da
.1905.a Paróquia da Var g e m; e em Í969, a Paróquia de
Palmares.

2.3 — Município de Campos Novos

A província de Santa Catarina teve li novos


municípios criados entre 1850 e 1899. A Lei n ° 823 de mar ç o
de 1881 e l e v o u o distrito de Campos N o v o s à categoria de
município sob a d e n o mi n a ç ã o de Sã o J o ã o de Campos Novos,
sendo desligado do municipio de C u r i l í b a n o s que v i u assim
seu v a s t o território ser dividido.

Era 188.1, Xi m i t a v a - s e Campos Movos, com Lasas a


Curitibanos (Santa Catarina) P a l ma s (região cons t e s tada
entre Paraná a Santa C a t a r i n a ) e, ao s u l com o E s t a d o do R i o
Gr ande do S u l (Figura 3).

Campos Novos também sofreu com a Campanha da


Contestado pois dividia-se seu território era duas r e g i õ e s : a
pastoril e a do s e r t ã o bruto, situado às mar gens do R i o do
Peixe. E, consequentemente, a população da r e g i ã o pastoril
conhecia a abastança e a do s e r t ã o bruto, a miséria.

"Recursos parcos possuiau estas populações, e excetuados


naturalmente os centros pastoris e as cidades que aonopilizavaa o
comércio do sertão. Os produtos da caça, da pequena agricultura, a
erva cortada trazia-os o sertanejo a esses centros, trocando-os por
gêneros de iaediata nscessiade: pano, pólvora, chumbo e sal"<4a>.

A população "•fanática" composta pelos caboclos


embrenhou-se nas mat as e x i s t e n t e s no i n t e r i o r do município
de Campos N o v o s . Estes sertanejos invadiam as f a z e n d a s em
busca de a l i m e n t o s , praticando vandalismos e colocando em
risco a vida de m u i t o s cidadãos.

"Faço saber a todos os habitantes deste sunicípio que o Cünselho


Municipal de Caapos Hovos decretou e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. Io - Para reprisir as depredações dos denominados fanáticos que
infectan a tempos este município, onde praticas toda a
sorte de vandalismo, para garantir a população seus bens,
suas vidas, para defender esta Villa contra us aais do que
provável assalto da parte dos fanáticos, por elles
projectado há tempo, já que poderão levar a efeito cdho
fizeram eo Curitybanos, achando-se esta Villa privada de
todo e qualquer auxílio de força dos governos estadoal e
federal, entregeu abandonada a si, para enfia tosar todas
as providências que o estado das circunstâncias exige,
tosar todas as medidas que se possa toaar para garantir a
Villa contra a pilhages dos ditos fanáticos, fica o
Superintendente authorizado dispender a quantia áe cinco
conts de réis (5:000$000), para ser applicado es defeza do
«unicípio"*44*.
45

Após o término do c o n f l i t o , am 1916, o município de


Campos N o v o s volta à normalidade. E, apesar de e s t a r isolado
e longe da capital catarinense, Campos Novos r e i n i c i a sua
loriga c a mi n h a d a rumo ao progresso. Muito contribuiu a
"Estrada de Ferro Sao Paulo-fíio Grande" por onde eram
escoada a produção cairiponovense.

Corn o acordo de lim ites, são criados novos


municípios, a saber: Mafra, Porto Uniao, Cruzeiro e Cha pe c ó .
D e s t e modo, Campos N o v o s p a s s a a lim itar-se com o s seguintes
municípios: norte - Porto União; leste, Cur :¡. t i banos e L a g e s ;
sul, Estado do R i o Gr ande do S ul e oeste, Cruzeiro. Nesta
época a área do m u n i c í p i o e r a de a p r o x i m a d a m e n t e 4.Í.70 Km® e
sua população com a p r o x i m a d a m e n t e 15.000 mil haf oi t a n t e s *.

A partir r.le 1934, iniciaram -se os des me mbr ame nt os que


atingem o m u n icíp io de Campos N o v o s . Os p r i m e i r o s distritos
a s e e ma n c i p a r e m são Caçador e Rio das Antas. Depois, em
1943, ocorrer o desmembramento dos D i s t r i t o s de N e r v a l , Rio
Uruguai, Rio Bonito e P erd izes. Neste ano, são incorporados
os D istritos de Ouro e Ipira. Em í 949 ocorre novo
desmembrament o de D istritos - Piratuba, Our o, Ipira a
Capinzalj no ano de Í 9 6 3 há a e m a n c i p a ç ã o do D i s t r i t o de
Herval Velho. Em 1990 c o n s e g u i r a m autonomia os D i s t r i t o s de
Abdon B a t i s t a . Ho n t e C a r l o e Va r g e m.
46

N O T A S

LI SCANO, Historia de la Conquista. In: LUCIO, A.


M«.n;i,!c.x.Ri.o.....ç|.e....C.aniR».s...i'Ja.v.a5 ..... “ ...Es.fc.aj(;la....sl&...S:mt&.... C.a.t.ar.lo.a ■
Ed. Especial de "A Tribuna". Í94Í. p. .1.2.

< .1 8 >
CABRAL, Oswa 1 do Ro dr i s u e s . l.l.iíã.t.Ó.i:.Ã.Q.....d.e....S.«.lJ.t.Q.... ,C .a k r Í M •
Florianópolis, Lunard e l l i , 1987. p. 75.

< ,1 9 >
RODRIGUES, Ha n o e l Coelho. Q.u.e.s.t.».e.?K....d.e...Li.uii.te.s....í;j.itx.e:....«
Es..ta.d.o.....do....E.ar.a.rAá....í?...i>.a):i.l;.a...C.a.t.a.r.i.t).a. E i o de J a n e i r o , Typ.
e Lith de Ol y r api o de Campos & C. Í 9 0 6 . p. 736.

<C»0 > m e i r i n h o , Jai i . .... sis:.... S.&ata.....Ga.kar.lna


£ 5 .Q .Q .- 1 $ 8 .5 • Florianópolis, Ed. da UFSC, 1987. p . 10/.

<SUS. > LEI-10S, Zélia de Andrade. C.u.v:.l.t.ÍJmr.l£).S.... .a&.Jiis.fc.Óxi.a.... í.1»


C.Q.0.t.£î5i.]k.fà.(J.tt• F l o r i a n ó p o l i s , Ed. do G o v e r n o do E s t a d o d*>
Santa Catarina, i.987.

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39a.

PIAZZA, Walter F . A.... l9r.£,.ta....e.ra.....Sa.iifca. .Xa.fc.ar..x.na.¿....


Ra.r:.a....&w.a.....H;l.:-;il\ck'J..a. F l o r i a n ó p o l i s , Ed. do Governo do
Estado de S a n t a Catarina, i . 9 7 7 . p. 3.40.

APSJBCN. Livro de Tombo O í , Oí.

<e.>» > I b i d . Folha 62a.

<£âé» > I b i d . Folha 84.

Ibid. Folha 84.

<Fü©> I b i d . Folha 86.

Ibid. Folha 86.

<a°> I b j _d _
47

< S» .1. >


Ibid. Folha 93.

<aia > I b i d . Folha 94.

<a a > I b i d . Folha 96.

<k»a > I b i d . Folha 98.

<a s >
Ibid. Folha 99.

<sus > AF'SJBCN. L i v r o de Tombo OS, i S / 1.3.

< 3 7 >
Ibid. F"ol has 05 e í í .

<39 > AP8JBCN. L i v r o de Tombo O í , Í01.

<Ï9«? > I b i d . Folha íí£.

< 4 0 )
Ibid. Folha 80.

<4 .1. > I b i d . Folha í 9£ .

<-=K=?> I b i d . Livro de Tombo 03, 37

<4 a > C o o r d e n a d o r Geral ~ Pro-F . F a i s s a l Ellcha T:i.b. História


de S a n t a C a t a r i n a . Vol. I. Cur :i. t i ba --PR, G r a F i p a r , 1970.
p. 163.

< > Lei n ° £04 de £ de o u t u b r o de í.9.14. In: Livro Leis e


Deere to s , i 907~: ! . 9£0. p. il£.

( 4 S )
FONTES, Henrique. Santa Catarina após o Acordo. R.tf.V.i.S.fca
.T):J.juKs.t.):si.l.....d.o...J.aa.t.i.t.u.J;.«...Hi5K]l;.ájf:.ic.a...sí....üsiji;).fl)r.á£is:.a....cl.a...S.an.l;.A
£.&.t.SU:.;i,.0.a.. V o l . VI. Florianópolis, Typ. da Escola de
Aprendizes A rtífices, i9:L7.
C A P Í T U L O I I I

Estrutura da População da Paróquia


49

3.1. Crescimento Populacional

ft o c u p a ç ã o luso-brasileira do Planalto Catarinense


ligou-se aos c a mi n h o s e s t a b a l e e i dos pelas tropas de g a do
que , saindo do R i o Gr ande de Sao P e d r o , se destinavam à
•Feira de Sorocaba. Mas também m o t i v o s estratégicos, como
ma n t e r ligações terrestres coiii a Colônia do S a c r a m e n t o e
•Firmar posses de territórios em d i s p u t a com o s espanhóis,
d e t e r m i n a r a m um po v o a me nt o ma i s e f e t i v o , ft p o v o a ç ã o de N o s s a
Senhora dos P r a z s r e s de L a g e s tornou-se o apoio para novas
fazendas coin s u a s invernadas e "pousos de tropas" em t o d o o
planalto.

Da v i l a de L a g e s partiram os primeiros povoadores de


Campos N o v o s ; eram f a z e n d e i r o s e tropeiros.

Dirigiram-se par a este município, no século XIX,


imigrantes de o r i g e m italiana e alemã, que s e j u n t a r a m aos
elementos de o r i g e m l u s o - b r a s i l e i r a . De o r i g e m italiana, são
as f a m í l i a s B ottini, Bess, B lasi. . . e de o r i g e m alemã, as
fam ílias Ru p p , B leichvel...

Até í 9í 7, p o uc o s m i g r a n t e s de o r i g e m italiana e a l e mã
vieram p a r a Campos N o v o s . Antes desta data, o C sl. Henrique
Rupp, que r e s i d i a em Campos Novos, f undou uma c o l ô n i a de
migrantes italianos, em H e r v a l Velho, vindos do R i o Brande
do S u l . Situa-se esta colônia na c o mu n i d a d e de Hori te A l e g r e .
Fa z i a m p a r t e desta leva de m i g r a n t e s , as fam ílias Dalacosta,
B ilibio, Bettega, Mo l i m, C ristofoli, Caveção, P arisi...

Em P i r a t u b a , fixaram-se os alemães; em Abdom B a t i s t a ,


Herval Velho, Herval D' O e s t e , Tangará e Ca pin za l fãxaram~se
migrantes de o r i g e m italiana. Estes migrantes Foram t r a z i d o s
p o r Co mpanhi as C o l o n i z a d o r a s e, v i nha m de l o c a l i d a d e s , como:
Lagoa Vermelha, P a s s o Fundo, Caxias do S u l , Alfredo Chaves,
Antonio Prado, Bento Go nç al ve s, Ouaporé... (anexo 9 e 3.0).
30

Este fluxo m igratório continua ata, apr oxi madament e, a


década de 1.9-10.

Apesar da Freguesia de Sao J o a o Batista de Campos


No v a s 1 e r sido criada ern 1854, os dados populacionais
aparecem a p a r t i r de 1861 em d i a n t e , antes englobados na
Paróquia da N o s s a San h o r a do s P r a t e r e s da L a g a s .

Qualquer análise da popula ta o deverá considerar a


existência de dois segmentos políticos até .1.888 - população
livre e população escrava. Num p r i m e i r o momento, se estudará
o incremento da população livra, população escrava a
população total; após 1888, apenas da p o p u l a ç ã o total.

TABELA 04
População Livre, Escrava e Total.
Paróquia São João Batista de Campos Novos.
A H 0 ! POP. LI VRE ! POP. ESCRAVA ! POP TOTAL

1 8 7 2 i 1 . 93ó i 200 i 2 1 3 6 <A>


1 8 9 0 i — i - i 3 0 1 2 <e>
1 9 0 0 i — 1 - i 6 6 3 ó ‘ a>
1 9 2 0 i — i — i 16 938
1 9 4 0 i 52 6 8 9 <s>
¡ i i

R e c e n s e a m e n t o G e r a l do I m p é r i o do B r a s i l , 5878.
<e?> R e c e n s e a m e n t o G e r a l do B r a s i l de Í 8 9 0 .
S i n o p s e do R e c e n s e a m e n t o - 1900. R:i.o de J a n e i r o , T i p . de
E s t a t í s t i c a , 1905.
<* i R e c e n s e a m e n t o do B r a s i l . Mo l . I V - 1® p a r t e , 1920.
<w> Ceriso Demográfico - 1940. S é r i e Regional. Parte XI X,
Santa C a t a r i n a .

0 número de e s c r a v o s em 1872 e r a de 200 pessoas e,


a p ó s sua e m a n c i p a ç ã o , são incorporados à população livra

As t a x a s de c r e s c i m e n t o populacional são: de 1872 a


:1890, 1,9%; de 1890 a 1900, 8,i%; da :L900 a 19.20, 4,8% e d*
1930 a 1940 a t a x a de c r e s c i m e n t o foi de 5, 9%. Estão s e mpr e
FIG-04 - CRESCIMENTO POPULACIONAL PAROQUIA SÃO JOÃO
BATISTA DE CAMPOS NOVOS
I
CL

soim osav soa3wr>N


O
M-

FONTE : TABELA OS
51
a c i ma dos v a l o r e s brasileiros que e n t r e 1871/1890 foi do 2%;
de 2,8% e n t r e .1.900 / Í 9 2 0 e de i , 4% e n t r e 1920/1940.

TABELA 05
Coeficiente tie Crescimento Populacional.
Paróquia São João Batista de Campos Novos
POPULACSO i COEFICIENTE
A N O i DE
TOTAL I CRESCIMENTO
!
8 7 2 S. 136 ‘ * » ¡ 0,9
i
8 9 0
9 0 0
9 2 0
3 . o j . e <e>
6 . 6 3 6 ‘ 30
i 6 . 9 3 8 <4>
i
!
8,4 . 8í
í ,9

9 4 0 52.778< i 5.9

< .i > R e c e n s e a m e n t o G e r a l do I m p é r i o do B r a s i l , Í 8 7 2 .
<*2> R e c e n s e a m e n t o G e r a l do B r a s i l de 1890.
<»> S i n o p s e do R e c e n s e a m e n t o - 1900. R i o de J a n e i r o , T i p . de
E s t a t í s t i c a , 1905.
< > R e c e n s e a m e n t o do B r a s i l . V o l . I V - í ® p a r t e , 1920.
<K> Censo Demográfico - 5940. S é r i e Regional. Parte XI X,
Santa C a t a r i n a .

Como s e vé, foi neste século que s e a p r e s e n t a r a m os


valores ma i s e l e v a d o s devido a forte imigração; com o f i m do
conflito do C o n t e s t a d o e a c r i a ç ã o de c o l ô n i a s .

Ao s e r desmembrado de Curitibanos ííiii 1869, Campos


Novos continuou a aument ar s ua população num ritmo
progressivo.

Fatores contrários, c o mo o isolamento dos núcleos


populacionais e a posse da t e r r a para p o uc o s proprietários
nao impedem que a p o p u l a ç ã o c o n t i n u e em c r e s c i m e n t o . Vindos
de L a g e s e a r r e d o r e s , muitos deles em b us c a de t r a b a l h o e d f..»
terras agrícolas, aceleram o incremento demográfico. Heste
século, o deslocamento de m i g r a n t e s de á r e a s de p e c u á r i a do
R i o Gr ande do S u l pa r a a r e g i ã o , acentuou-se; a partir da
d é c a d a de 1920, acelerou-se esta migração com o consequente
desenvolvimento populacional.
53

3.S. Estrutura Demográfica

3.2.1 — Sexo

A T a b e l a 06 e » 1 ' i y ur a 05 most ram a d i s t r i b u i ç ã o pur


sexo da p o p u l a ç ã o livre, da p o p u l a ç ã o escrava a da p o p u l a ç ã o
total.

E iíi c o n d i ç õ e s normais, existem í00 homens para 5.00


mulheres; índices superiores a 100 i n d i c a m predomínio de
homens; inferiores de m u l h e r e s .

A população livre a p r e s e n t o u um p r e d o m í n i o de homens


ao longo do período em estudo. Quantitativamente, a
percentagem de homens é s u p e r i o r a das mui h e r e s em mé di a 5%
em t o d o o período considerado. Esta distribuição por sexos
ocorreu também pa r a a população total. A necessidade de
mao-de-obra masculina pa r a realizar o trabalho nas fazendas
explica o maior ma i o r número de homens nesta comunidade. Em
geral, tem-se notado pa r a as á r e a s de a t i v i d a d e pecusíria que
o homem a p a r e c e s e mpr e ern maior número, tal aconteceu em
Maçaria no Rio Gr ande do S u l * * ' 6’ * e em Lages, Santa
Catarina‘ S » .

A população e s c r a v a apresenta proporções elevadas de


homens. Ho ano de 1 8 7 2 , r e f l e t i n d o um c o m p o r t a m e n t o comum
neste segmento populacional.

Comparando-se os c e n s o s de í.872 e 1940 (Tabela 07) no


que s e refere à distribuição dos s e x o s por faixa etária,
nota-se o seguinte: i) há um p r e d o m í n i o de homens na faixa
etária de 00 a 09 a n o s nas duas d a t a s analisadas ; 2) em
1872 em t o d a s a s faixas etárias o número de homens é sempr e
superior ao das m u l h e r e s ; 3) em 19 40, nas faixas etárias 10
a 29 a n o s e a c i ma 80 anos predomi nam a s mulheres; 4) nas
faixas etárias de 30 a 79 a n o s o s homens s ã o ern número mai or
no que s e refere a Í940.
TABELA OÁ
Distribuição por sexo e por condição social.
População da Paróquia São João Batista e Municípios
de Campos Novos
! POPULAÇSD LIVRE ». P0FULAÇ20 ESCRAVA .! P0FULÇ20 TOIAL
n li u
A 11 A .

Hornea HulherITotal ! RH iHoaes IHulher!Total RH ! Hüües IHulher ! Total ! RK


i i i i i i i i
1872 u> Í.Í4Í 795 ií.936 142,3 ! Í04 ! 96 Í 200 107,2 ! 1.245 ! 891 ! 2.Í36 Í 138,6
1890 <e> i - - ! - ! - i - - ! 1.532 ! 1.480 ! 3.012 ! 103,5
1900 <a> 1- - 1- i - i - - ! 3.376 » 3.260 ! 6.636 ! 103,5
1920 i - - i - i - i - - ! 8.834 ! 8.104 116.938 ! 109,0
1940 t5> i - - j - i - i - - 126.924 125.765 *52.689 ! 104,4
j i ! 1 ! ! ! !
11* - Recenseamento Geral do Império do Brasil, Í872.
<B> - Recenseamento Geral do Brasil de Í890.
<a> - Sinopse do Recenseanento - Í900. Rio de Janeiro, Tip. de Estatística, Í9Ü5.
‘4> - Recenseamento do Brasil. Mol. IV - i* parte, 1920.
<a> - Censo Deaográfico - 1940. Série Regional. Parte XIX, Santa Catarina.
RH- Razão de Masculinidade

TABELA 07

Razão de Masculinidade / Faixa Etária. População


Total. Paróquia São João Batista e Município de
Campos N o v o s .
1 8 7 2 19 4 0
FAIXAS ET4RIAS
Hobííi 1 Mulher ! RH Hoi2« ! Mulher RH
i
00 — 09 «6 291 I 150,1 9.725 9.302 104,5
10 — 19 246 206 ! 119,4 6.242 6.419 97,2
20 — 29 215 149 ! 144,2 4.278 4.337 98,6
30 — 39 129 107 ! 120,5 2.907 2.637 110,2
40 — 49 137 97 ! 141,2 1.946 1.619 120,1
50 — 59 56 36 ! 155,5 1.001 827 121,0
60 — 69 15 4 ! 375,0 577 407 141,7
70 — 79 - - i 188 138 136,2
80 e nais 1 1 ! 100,0 60 79 75,9
Id. Ignorada 10 - i - - -

TOTAL 1.285 891 ! 138,7 26.924 25.765 104,4


!
Fonts: Recenseaaento Geral do Iispe do Brasil, 1872.
Censo feaográfico, 1940. Se Regional. Parte XIX, Santa Catarina.
FIG. 05 - RAZÃO DE MASCULINIDADE PARÓQUIA SÃO JOÃO BATISTA DE
CAMPOS NOVOS

O
ii
H-
I—
CL
g

SOMirajStMÍI
1872 1890 1900 1920 1940
FONTE: TABELA 06
O predominio do sexo masculino em 1872 nao é só
resultado do maior número de nascimento de homens, mas
também da m i g r a ç ã o dominante deste sexo.

0 d o m í n i o m a s c u l i n o em í 9 40 r e s u l t o u nao s ó do ma i o r
número de n a s c i m e n t o s de homens, mas também da e n t r a d a de
migrantes deste sexo, ocorrida rieste século. A influência da
atividade criatória na a t r a ç ã o de m a i s m ã o - d e - o b r a m a s c u l i n a
e: a própria agricultura comercial e extensiva, bases
econômicas da á r e a em e s t u d o , seriarn, igualmente, - Fat or e s
responsáveis por este comportamento demográfico.

3.2.2 - Idade

0 estudo da e s t r u t u r a etária considera a distribuição


populacional por , c l a s s e s de i d a d e , compreendido:

Jovens-. de 00 a Í 9 a n o s ¡
Adultos: de 20 a 59 a n o s ;
Velhos: de 60 e ma i s a n o s .

TABELA 8

Composição da População Livre, Escrava e Total por


-faixa etária. Paróquia São João Batista e município
de Campos N o v o s .
Grupos ! í 8 7 2 í 9 4 0
1
Etários ! Pop. Livre Pop. Escrava Pop. Total ! X Pop. Total X
i i
00 !— 19 í i .167 100 1.267 i 59,6 31.688 60,15
20 !— 59 ! 740 99 839 ! 39,5 19.552 37,10
¿0 e sais ! 20 - 20 ! 0,9 1.449 2,75
Id. Ignorada ! 09 Oi Í0 ! 0,0 -■ -
Total ! 1.927 200 2.136 ! 100,0 52.689 100,00
!

Fonte-, Recenseamento Geral do Iispério do Brasil, Í87S.


Censo Demográfico, 1940. Série Regional. Parte XIX, Santa Catarina

A população da P a r ó q u i a e o municípios de Campos


Novos a p r e s e n t o u um p r e d o m í n i o de j o v e n s . No c e n s o de :L872,
r e p r e s e n t a m 59, 6% e , em 1940, a taxa é di? 60, 1%. A população
adulta apresentou em Í872 v a l o r e s relativo» de 39, 5% e em
1940 3 7 , 1 %. A população considerada velha no c ô mp u t o geral
foi de s o m e n t e 0, 9% em 1872 e 2 , 8 , em Í 9 4 0 (Tabela 08).

As pirâmides etárias permitem a n a l i s a r - se a


distribuição por sexo e por faixa etária. Tanto a população
escrava como a livre de 1872 e a população total de 1940,
foram a g r up a d a s em f a i x a s etárias de 10 a n o s .

A partir da t a b e l a 09, que s e rsfsre a 1872, foram


construídas duas pirâmides etárias. Uma par a a população
livre e outra para a p o p u l a ç ã o escrava (Figuras 06 e 0 7 ) .

TABELA 09

Popu lação L ivre e Escrava.


Paróquia São João Batista de Campos Moves — 1872
! População Livre ! População Escrava
Faixas !-------------------------------------- 1---------------------------------------
!1 Konens ! Huiheres ! Total ! Hoeens Mulheres Total
Etários . ...

! Abs. X ! Abs. ! X ! Total ! Abs % Abs % Total


1 1
00 !— 10 ! 391 20,2 ! 349 i 18,0 ! 740 ! 38 19,1 30 15,1 68
Í1 !— 20 ! 218 11,3 ! 183 ! 9,4 ! 402 ! 28 14,1 26 13,0 54
21 !— 30 ! 199 10,3 ! 133 ! 6,9 ! 332 ! 22 11,1 16 9,0 40
31 !— m ! 122 6,3 ! 77 ! 4,0 ! 199 ‘ 7 3,5 15 7,5 22
41 !— 50 ! 131 6,8 ! 36 ! 1,8 ! 167 ! 6 3,0 6 3,1 12
51 !— 60 ! 54 2,8 ! 13 ! 0,7 ! 67 ! 2 1,0 1 0,5 3
61 !— 70 ! 15 0,8 ! 4 ! 0,2 ! 19 i - - -
70e sais ! 1 0,0 I i ! 1 i - - - -
Id. Ignorada ! 9 0,5 i i ! 9 ! 1 - - - 1
TO Tft L ! 1.141 59,0 ! 795 ! 41,0 ! 1.936 ! 104 51,8 96 48,2 200
! ! 1 I i
Fonte: Recenseanento Geral do Iapério do Brasil, 1872.

Verificou-se que tanto as pirámides etárias de Í872


como a de 1940 (Figura 08 e Tabela 10), apresentam base
ampl a e e s t r e i t a m e n t e na b a s e c e n t r a l e superior.

A análise destas pirâmides t o ma d a s em conjunto


indicam a e x i s t ê n c i a de uma p o p u l a ç ã o j o v e m em m a i o r número
que a adulta bom como a existência de altas taxas ckí
natalidade e - Fecundi dade e de m o r t a l i d a d e .

Pode-se afirmar que a p o p u l a ç ã o da P a r ó q u i a São João


Batista e município de Campos Hovos comporta-se como uma
população que não c o n t r o l a v a as c o n c e p ç õ e s a m a n t e v e em todo
o período em estudo ( í 870--Í 940 >, características de uma
população tradicional.

A pirâmide e t á r i a da p o p u l a ç ã o em í 8 7 S a p r e s e n t a uma
redução acentuada da Faixa 0 ! ----- 9 anos para a faixa
Í0 ! ---- . Pode-se supor que tenha ocorrido uma o m i s s ã o na
declaração de i d a d e s ou que a m o r t a l i d a d e infan til antigisse
níveis altos (até 300 p o r m il).

TABELA IO

População Livre. Paróquia São João Batista e


Município de Campos Novos — 1940
!j HON.....
E N S NULHERES
FAIXASETÁRIAS TOTAL
! Absoluto ! X Absoluto X
i i
00 !— 09 ! 9.727 i 18,5 9.308 17,7 19.035
10 !— 19 ! 6.£42 ! 11,9 6.419 12,1 12.661
80 !— 29 ! 4.276 ! e,i 4.331 8,3 8.610
30 !— 39 ! 8.907 ! 5,6 2.637 5,0 5.544
40 !— 49 ! 1.946 ! 3,7 S.619 3,0 3.565
50 !— 59 ! i.OOi ! 1,9 827 1,6 1.828
60 !— 69 ! 577 ! 1,0 407 0,8 984
70e aais ! 2« ! 0,4 217 0,4 465
TOTAL ! 26.924 ! 51,1 25.765 48,9 52.689
; j

Fonte: Canso Demográfico, 1940. Série Regional. Parte XIX, Santa Catarina.

3.S.3 — Estado Civil

Analisou-se a população da P a r ó q u i a S ã o J o ã o Batista


e município de Campos N o v o s para o s ano s de Í872, Í890, Í920
e 1940, para se conhecer a estrutura pov e s t a d o civil.
mm
71 - ♦
(i - 70
J, SIXO riHIHlHO

51 - ..

41 - 50
31 - 40
L
21 - 30

11 - 20 — h
00 - 10
I I I I I I I I
3 i 9 12 IS IS 21 24
FONTE: RECEHSEAItEHTO CERAL PO ItIPERIO DO BRASIL.

FIG.& - PIRAMIDE DE IDADE. POPULACAO LIVRE. PAROQUIA SAO JOAO BATISTA / CAKPOS NOVOS

1DADES
51 - Í0
JO
SEXO HASCULINO 41 - 50 SEXO FEBlHINO
k
31 - 40
21 - 30

11 - 20

00 - 10
I I I I I I I I I 1 1 1 '
24 21 18 15 12 Î 6 3 0 0 3 6 9 12 15 18 21 24
FONTE: ÍECEHSEAHENIO GERAL CO MPERIO DO BRASIL - 1872.

FIG.7 . PIRAMIDE DE IDADE. POPULACAO ESCRAVA. PAROQUIA SAO JOAO BATISTA / CAKPOS NOVOS

IPADES

FCME: CENSO PEUOGRAFICO - 1940 - SERIE RE610HAL. PARTE XIX - SC.


iZO-li HORIZONTAL:0,8 «I. 3* tA fOFULACAO.

FIG. 8 - PIRAMIDE DE IDADE. POPULACAO TOTAL. PAROQUIA SAO JOAO BATISTA / CAMPOS NOVOS
60

A tabela 11 e Figura 09 most r am que o número de


pessoas solteiras apresentou índices elevados com r e l a ç a o ao
número de p e s s o a s casadas da P a r ó q u i a . 0 percentual atingido
pelos solteiros fo:i. de 71, 7% em 1872; 69, 8% em 1890; 68, 0%
em 1920 e 66,3% em 1940. A porcentagem atingida pelos
casados foi de 23, 2% (1872); 27, 9% era 1890; 28, 8% em S.920 e
30, 9% em 1940.

TABELA 11
Distribuição da População Livre por Sexo e Estado
Civil. Paróquia São João Batista e município de
Campos Novos — S C .
VALORES ABSOL UT OS
ESTADO
1 8 7 2 (a) ! 18 90 (b) i 1 92 0 (c)
i--------------------- +---------------------+--------------------- 19 40 (d)
CIVIL
! Ho». ! Nul. !Total ! Hora. ! Hul. !Total ! Ho». ! Hul. !Total I. ! Hul. !Total
H-----
I i i i i I i i I i
Solteiros 776 ! 552 Íl.328 il.íOV ! 994 I2.Í03 16.158 15.374 !ÍÍ.532!Í8.372!Í6.666135.038
Casados 340 ! 222 ! 562 ! 399 ! 434 ! 833 12.463 12.384 ! 4.847! 8.169! 8.17Ü16.340
Viúvos 25 ! 21 ! 46 ! 21 ! 48 ! 691 190 í 333 ! 523* 336! 864! í.200
Sea Dados i -I - ! 3 ! 4 ! 7 ! 23 ! 13 ! 36! 47! 64! 111
TOTAL •í.141 ! 795 11.936 '1.532 !1.480 13.012 !8.834 '8.104 !16.938!26.924!25.769!52.689
I i i i i » t i i

VALORES RELATIVOS
i I f i f I
Solteiros 40,0 28,5 ! 68,5 36,8 33,0 ! 69,8 36,3 31,7 ! 68,0 i 34,8 Í 31,5 1 66,3
Casados 17,5 11,5 ! 29,0 Í3,5 14,4 ! 27,9 14,5 14,3 ! 28,8 ! 15,4 ! 15,5 ! 30,9
Viúvos 1,3 1,2 ! 2,5 0,6 1,5 ! 2,1 1,1 1,9 ! 3,0 ! 0,6 ! 1,6 ! 2,2
See Dados - i-
0,1 0,1 ! 0,2 0,1 0,1 « 0,2 ! 0,1 ‘ 0,5 ! 0,6
-

TOTAL 58,8 41,2 !100,0 51,0 49,0 1100,0 52,0 48,0 !100,0 ! 50,9 ! 49,1 !100,0
i i i i I (
Fonte: a - Recenseamento Geral do Ispério do Brasil, 1872.
b- Recenseamento Geral do Brasil de 1890.
b- Recenseamento do Brasil, Vol. IV- ia parte, 1920.
c- Censo Demográfico. 1940. Série Regional. Parte XIX, Santa Catarina.

Quanto a distribuição por sexo, os homens solteiros


s ã o s e mpr e em m a i o r número que a s mulheres. Esta diferença
tende a diminuir do i n í c i o para o final do período. 0
percentual entre os casados de ambos o s s e x o s se equivale,
nao ha v e ndo variações entre o número de de homens e de
fig-09 - Distribuição da População por Estado Civil - PAROQUIA SÃO jOÃO BATISTA DE CAMPOS NOVOS

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WH9 VJLN33d 3d
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p
o
o
FONTE: TABELA 11
Ó.L
6S

mulheres, ü número de viúvos(as) ê relativamente baixo. Em


nenhum momento o t o t a l de v i ú v o s atinge mai s que 3¾ em todo
o período estudado.

Deve-se chamar a a t e n ç ã o que de Í 8 9 0 a 19 40 e x i s t e um


predomínio de viúvas. Esta situação é uma característica
demográfica em t o d a s a s populações, em s i t u a ç õ e s normais. 0
homem v i ú v o tem mai s probabilidade de raaliæar uni segundo
casamento, que a t é é incentivado pela sociedade, A mul he r
viúva encontra um u n i v e r s o de p o s s í v e i s novos casamentos
bastante reduzido, determinado pela idade e pelos encargos
representados pelos filhos; além disso, a própria sociedade
nao i n c e n t i v a um r e c a s a m e n t o por parte das m u l h e r e s .

3.2.4 — Instrução e Religião

0 desenvolvimento de uma comunidade pode ser


demonstrado pelo acesso ao ensino e pelo consequente nível
de i n s t r u ç ã o .

A Paróquia Sao J o ã o Batista e município de Campos


Novos composto por pessoas jovens, conforme mostram as
pirâmides etárias de í 8 78 e 1940, tem valorizado pouco a
educação. A preocupação pela educação foi s e mp r e mí ni ma,
conforme se pode o b s e r v a r na t a b e l a 1H e F i g u r a Í O, onde o
número de a n a l f a b e t o s é sempre superior a 50% da população
total. Deve-se notar que para Í878 foi considerada a
população total, isto é, livres e escravos. Já em 1940 a i n d a
há um p r e d o m í n i o dos que não sabem 1 e r , mas em í n d i c e s mai s
baixos.

Em nenhum momento h o uv e a s u p r e m a c i a de a l f a b e t i z a d o s
sobre o número de a n a l f a b e t o s .
63

TABELA 12
Distribuição da População Conforme o Grau de
Instrução. Paróquia São João Batista e município de
Campos Novos.
GRAU í 8 7 S (a) ! í S ? 0<b) ! 1 9 0 0 (c) ! 1 9 4 0 (d)
DE
IHSTRUÇSO Absoluto ! X ¡Absoluto ! X {Absoluto ! X ¡Absoluto ! X
t i
---------
a V 1<s'

Sabes 1er 486 ! 525 ! 17.5 ! 1.079 ! 16,3 ! IB.153 i 34,4


Hão sabeo 1er 1.650 ! 2.487 ! 82.5 ! 5.557 ! 83,7 ! 34.536 ! 65,6
Outros 1 - i I I i
TOTAL
o

2.136 i 3.012 i 100,0 I 6.636 ! 100,0 ! 52.689 ! 100,0


H

j j ! ! 1 1
I
I
i
1

Fonte: a - Recsnssaissnto Geral do Iispério do Brasil, 1B7H.


-!

b- Recenseaeento Geral do Brasil, 1890.


c- Sinopse do Recenseaaento, 1900. Rio de Janeiro, Tip. de Estatística, 1905.
d- Censo Deaográfico, 1940. Série Regional. Parte XIX, Santa Catarina.

A l g u ma s das explicaçoas p av a «ata situação,


r e f e r em~se à pobreza a que erara submetidos os peoes ou
ajudantes nos trabalhos das f a z e n d a s . Por outro lado, não
havia a necessidade ter frequentado a e s c o la para realizar
as tarefas domésticas a, cuidar do gado e das pequenas
lavouras localizadas p r ó x i ma s às residências. F i Ihos de
fam ílias abastadas e s t u d a v a m em o u t r a s cidades, como L a g e s a
Blumenau.

O censo de Í872 apresenta 77,3X de p e s s o a s que não


sabiam l a r a 22,7% que sabi am lar. 0 canso de 1890 a L900
apresentam a l t a s taxas de analfabetismo. 82, 5% e 83, 7¾ nao
sabem l a r , respectivam ente. A situação modifica-sa no canso
de Í 9 4 0 . A criaçao de e s c o l a s e a presença do e l e m e n t o de
origem e u ro p é ia (italianos e aleniãas) que v a l o r i z a m mais a
educaçao, m odifica-se a realidade educacional. O número de
pessoas que s a b i a m 1er passou para 3 4 , 4 %, enquanto que o
número de pessoas que nao sabi am 1er cai p a r a 65, 6% s o b r e o
total.
Ó4

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A população da P a r ó q u i a Sa o J o ã o B a t i s t a e municipio
de: Campos N o v o s , a t r a v é s dos dados coletados junto ao censo
de Í B 7 S , 1890 e 1940, era predominantemente c a t ó l i c a (Tabula
.13). 0 censo de Í940 é ma i s d e t a l h a d o ao analisar este
aspecto, pois apresentou uma distribuição mai s d e t a l h a d a «
específica q u a n t o ao c r e d o .

0 número de c a t ó l i c o s s e mp r e foi elevado na Paróquia


Sao J o ã o B a t i s t a e município de Campos N o v o s . Ho i n í c i o do
período estudado, os católicos representam a maioria,
a t i n g e m a c i - Fr a de 99, 7% s o b r e o total da p o p u l a ç ã o . S o me n t e
no f i l i a l do período ocorre uma diminuição no número de
católicos, quando a p o r c e n t a g e m atinge 95, 8% s o b r e o totaJ.
da população. Ha variável acatólicos pr edomi nam os
protestantes corn 4, 0%, em 1940.

TABELA 13
Distribuição da População Conforme a Religião.
Paróquia São João Batista e município de Campos
Novos
1 8 72 (a) 18 9 0 (b) 1 9 40 (c)
RELIGI80
Absoluto ! X Absoluto X Absoluto ! X
i
Católicos 2.131 9?,7 3.Olí 99,9 50.491 ii 95,8
Acatólicos 5 0,3 í 0,1 2.198 i 4,2
TOTAL 2.136 100,0 3.0Í2 100,0 ffi.689 i 100,0
i
Fonte: a - Recenseamento Geral do Império do Brasil, 1872.
b - Recenseaaento Geral do Brasil, 1890.
c - Censo Demográfico, 1940. Série Regional. Pavte XIX, Santa Catarina.
66

N O T A

< 4<<. >


BORGES, Maria Heli F. y.a.c.a.v:i.a............... Hi.i'.t.ó.r.i.c.o.r
DejnQ.ará.f.iK.3....-.... iZ 6 .i-i.9 3 .ft. Florianópolis, UFSC, :L982.
Dissertação de M e s t r a d o .

<47 > L I S A N T I , Lui s». & MARCxLIÜ, Haria Lui x a . E.ïj±X'..u.Î;.W.ï:.ft


ftnum.g.v::Á.fJ..t;.ia.,...laacl.al.....a ....E£jo.r.\«jwi.£.3....íl.a.....y.;UJ..a..... d«..... La.siK5».A.
liil.Q.8 . Ei. tu do 15 H istóricos, Mar i l i s , (8): 9-üí,
1969. p. 17.
CAPÍTULO Iy

Dinâmica Demográfica
68

4.1 — Movimento Natural da População

0 mo v i me n t o natural da população diïr respeito a


nascimentos, casamentos, óbitos e migração. A partir destsu
eventos, é possível analisar a natalidade, a fecundidade, a
nupcial idade e a origem desta população.

Nao se abordará a mortalidade pelos motivos já


c i ta dos.

4.2. Movimento Anual de Batismos e Nascimentos

Os v a l o r e s absolutos de casamentos e batismos entre


1871 e 1940, da Paróquia Sao J o ã o Batista de Campos Novos
estão organizados em t o t a i s gerais e decenais (Tabela 14 e
Figura íí).

Os batismos foram agrupados conforme a data de


nascimento dos "inocentes".

A Paróquia Sao João Batista de Campos Novos foi


criada em :1.833, mas s o m e n t e , passa a t e r padre residente em
1876, quando a ssumi u o Padre Tomáz Sobrinho, que foi
indicado como vigário. Antes da vinda do Padre Tomá/í
Sobrinho, foi nomeado p á r o c o de Campos N o v o s , o Padre Braz
Grassano, que não e x e r c e u o vicariato***0 .

Quant o a o s batismos, notou-se que o mo v i me nt o foi


s e mp r e c r e s c e n t e , se bem que o s c i l a n t e . Passa do mí ni mo de 2
em 1873 p a r a o de 1 . 1 2 6 em :1925. A partir de 1875 o s v a l o r e s
mostram-se em crescimento, resultante do aument o
populacional através da m i g r a ç ã o . Ma d é c a d a de i 8 6 0 o fluxo
de p e s s o a s vindas tie outras paragens para Campos Novos
d e t e r m i n o u uma r á p i d a elevação do numero de batismos. 0
69

TABELA i4

Batismos e- Casamentos. Paróquia Sao João Batista de?


Campos Novos. 1871 — 1940.

AMOS BATISMOS CASAMENTOS ANOS BATISMOS CASAMENTOS

i 871 — :L9 J. :L 479 105


1872 4 — 1912 510 92
1873 2 1913 542 73
— ri.9.1.4 443 O.*CrJ
%
1874 13
1875 75 .... 1915 498 29
Í 8 76 75 86 1916 534 70
1877 71 :L7 1917 625 59
i 878 50 18 1918 602 46
1879 64 10 1919 570 7u
1880 80 38 1920 652 83
434 109 5.455 668
1881 96 5 1921 706 67
1882 .1.40 26 1922 8 47 124
1883 114 20 1923 950 99
1884 128 32 1924 1 . 266 1 4:L
1885 163 37 1925 1 . 126 92.
1886 158 16 1926 1 . 018 155
1887 205 37 1917 1 . 116 1¿>6
1888 182 44 1928 1 .1 L7 152
1889 219 35 1929 1 . 042 í 65
1890 200 37 1930 690 87
1 .605 289 9.878 1 . 248
1891 2:1.9 24 1931 7.1. 4 69
1892 205 38 1932 625 65
:L893 239 27 1933 533 75
1894 228 8 1934 541 82
:L895 313 47 1935 602 54
1896 275 76 1936 503 78
1897 26 4 35 .1.937 477 65
1898 282 77 1938 523 90
1899 278 58 1939 546 66
1900 319 54 1940 7 05 105
2.622 444 5.769 749
1901 212 45
:1.902 348 ò 2 9 . 328 4 . 187
1903 3.L0 45
1904 284 29
1905 361 75
1906 339 86
•1907 372 92
1908 407 87
1909 371 92
1910 561 123
3.565 680

Fonte: APSJBCN. Livros de B a t i s m o s « de C a s a me n t o s


FIG. 11 - BATISMO E CASAMENTO PARÓQUIA SÃO JOÃO BATISTA DE CAMPOS
NOVOS - SC

s o ifim s -m
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51P
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70
71

decênio 19J. i- 1 9 2 0 quando da "Guarva dos Fanáticos" Fo.L


instável sobretudo cm 1914 e 1915. Solucionado est e: conflito
e t ambiérii resolvido o p r o b l e ma dos lim ites entre Santa
Catarina e o Paraná, tanto os batismos como o s casamentos se
t ornam m a i s numerosos. Além do m a i s , a migração para Campo:*
No v o s tornou-se intensa refletindo-se na i n t e n s i f i c a ç ã o dos
casamentos e aume nt o no número de; n a s c i m e n t o s .

Os a n o s de 1924 e 1988 a p r e s e n t a m número e l e v a d o de


eventos. Observou--ss que há momentos distintos quando a
distribuição de eventos vitais de nascimentos. 0 marco
divisório é o ano de :1924, conforme mostra a Tabela 14 e a
Figura 11. Até esta data acorreu aument o gradativo, se bem
que irregular e, após, há um declínio resultante,
provavelmente, da p a r t i l h a territorial da P a r ó q u i a .

Ho que s e refere ao número de c a s a m e n t o s , manteve-se


com a ume nt o c o n s t a n t e e poucas o s c i l a ç õ e s . 0 menor val! o r é 6
em 1902 e o máxi mo 166, em 1927. A representação gráfica dos
casamentos a p r e s e n t a uma c u r v a instável, mas com tendências
a crescer, sobretudo no século XX. Entre 1901 e 1930 os
casamentos m a n t e m- s e em altos índices, sobretudo após a
resolução do s problemas político-adm inistrativos do
Contestado e quando s e a c e n t u a a m i g r a ç ã o para a P a r ó q u i a .

4.3 — Hoviraento Decenal de Batisraos/Nascimentos e


Casamentos

0 estudo do mo v i me n t o decenal de batismo/nascimentos


e casamentos permite entender as linhas de tendência destes
eventos.

A mé di a para o evento nascimento varia de 43,4


(primeiro período) a 987,8 (sexto período), mantendo-se
ascendente. De 1930 a 1940, verifica-se um declínio no
7 fi

número de batismos devido a criação de novas Paroquiai»


(Tabela 15 e F i g u r a 12)

Para o evento casamento, a mé d i a varia de 10,9 a


:1.24,8. A mé di a ma n t ê m- s e ascendente até :1.930, quando se
verifica uma queda rio número de c a s a m e n t o s , como s e observa
na T a b e l a J.4 , no d e c ê n i o :l.92i-i930, a inflexão do declínio
ocorre a partir de 1924. A razão deste declínio deve-se
sobretudo, a perdas territoriais, no caso, a criação da
Paróquia Santa Terezinha do Heni ri o J e s u s (Joaçaba).

TABELA 15
M édia D e c e-n a l de B a t is m o s e Casam entos.
1871 - 1 940.

PERÍODOS ! BATISMOS ! CASAMENTOS


------------------------------- --------r
:L872 ----- 1880 ! 43, 4 ! 10, 9
Í88Í ----- 1890 ! 160,5 ! 28,9
iB9i ---- 1900 ! 262,2 ! 44, 4
1901 ---- 19Í0 ! 356, 5 ! 68,0
.191 i ----- 1920 ! 545,5 ! 6 6 , »3
í 921 --------- 1930 ! 987,8 ! 124,8
1931 --------- 1940 ! 576,9 ! 74 ,9

Fonte: APSJBCN. L i v r o s de B a t i s i u o s e de C a s a me n t o s .

4.4 — Nupcialida.de

0 entendimento das taxas de n u p c i a l i d a d e da Paróquia


São J o ã o Batista de Campos Novos exige a análise das
circunstâncias que podem provocar modificações no seu
comportamento. P a r a Campos N o v o s , a mobilidade da população
e a c o n s a g u in id a d e , são fatores mai s s a l i e n t e s .

Por ser uma comunidade isolada, ocorriam muitos


casamentos e n t r e parentes, entre noivos que possuiam posses.
Esta realidade perdurou até a vinda das correntes
migratórias (italian os), após os primeiros anos deste
século.
FIG -12 MÉDIAS DEC. BATISMO E CASAMENTO - PAROQUIA SÃO JOÃO BATISTA DE CAMPOS
NOVOS

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FONTE : TABELA 1S
73
7A

Juvenal Thibes, as ï ; ini sxpressou-se a respeito deste


a <•,sun t o :

"JT- 79 - Hiiitos nosorava e logo casava. Huitos. Eu nãü. Alguns prá


rapais e ioça elss ajeitava o casasento. Has coaigo não aconteceu
isso. Eran casamento ajeitado. Chegava prá «oça: - você vai casá coa
fulano. As veis vinha se conheci una senana antes de casá. Naquele
teipo.

SL - 8i - Ouvi diser que existia luito casamento entre parentes.

JT- 81 - Houve «uitos. 0 büu por exenplo. 0 asu é. Amilher é


parente sinha.

SL - 82 - Has por quê isso acontecia?

JT- 83 - Falta de «oça. è cuita poca «oça, não. Por exeœplo: aqui
a família Alaeida. é uma família que é casada, é patas faaília que
tinha naquele teepo. A família Alueida; a faaília Thibes; a família
Antunes era pequena. Então casava-se ouito"<49>.

Foi também e n t r e v i s t a d a a senhora Theodora Thibes e


ao ser perguntada sobre este teiria, assim se e x p r e s s o u :

"SL - 285 - Aqui en Caspos Novos taabés era cqbub haver mitos
casaaentos entre parentes?

TT- Í86 - Casavas suito. 1, casava sobrinha coa tio, pristo coa
prisa. Huito, suito.

SL - Í87 - Por quê?

TT- 288 - Porque não havia usa... não entrava outras faaílias de
fora. Não se conheciam, sabe. Só se conheciaa entre parentes. Ha
linha fasília seseo, casou-se a sinha irsã cos ui prino. 0 finado
papai era prino coa a finada «aaãe. 0 finado Victor Thibes era priio
coa a aãe do Juvenal. Era assin, sabe"'30*.

A região de Campos Novos, que e s t a v a sob jurisdição


da Paróquia São João Batista, era composto por ricos
(Fazendeiros) e pobres ( p e o a s ) . Sabe-se que em c o mu n i d a d e
-/
d es ta maneira o r g a n i z a d a s socialmente, os r i c o s dominam os:
pobres, é d ifícil ocorrer urna união entre duas classes
distintas. Ha Paróquia ocorreram muitos casamentos
ajeitados. 0 casamento era considerado como um n e g ó c i o de
75

interesses m ateriais, isto é, unir partrimônlos e ampliar


poder político, al ém de dar continuidade às linhagens.

Duí m a n e i r a geral, as taxas de n u p c i a l i d a d e a pr e s e mt am


irregularidades em t o d o o p e r í o d o . 0 decênio das taxa*. mai s
elevadas de n ú p c i a s , situa-se entre os ano s de 1 8 8 1 -1 8 9 0 ,
com í 0 , 5 casamentos por mil habitantes. A menor taxa de
nupcialidade por período aparece de 1931-1940, com 1,7
casamentos por mil habitantes. Esta v a r ia ç ã o é um indicador
das i r r e g u a l i r i d a d e s das taxas de n u p c i a l i d a d e . Em t o d o o
período, nenhuma taxa foi além de 09 c a s a m e n t o s por mil
habitantes (Tabela 16 e F i g u r a 13)).

As taxas brutas de nupcialidade registradas


apresentam v a l o r e s maiores no início do século até 1930,
quando o c o r r e uma queda, devido, principalmente, a redução
do t e r r i t ó r i o da p a r ó q u i a .

TABELA ±<â

Médias Decenais da População e das Taxas Brutas de


Nupcialidade. Paróquia São João Batista de Campos
Novos

! P 0 P U L A Ç 2 0 ! TAXAS BRUTAS
PERÍODOS ! ------ --- ---------- ------------------j. _ ----------------- -------------------
! Total ! M. A n u a l ! Total ! H . Anual
i i i i
1872 - í 880 ! 20.623 1 2.062,3 ! s e ,o i 5,2
188i - 1890 ! 2 7 . 41.L ! e . 741.,1 ! 105,0 ! 10, 5
Í89Í - í 900 ! 47.448 ! 4.744,8 ! 93,0 ! 9,3
190.1. - 19:10 ! 86.907 ! 8.690,7 ! 78,0 ! 7,8
Í9ÍÍ - í 920 ! 139.368 ! 13.936,8 ! 47,0 ! 4,7
1921 - 1930 ! 236.513 ! 23.651,3 ! 52,0 ! 5,2
Í93Í - 1940 ! 419.634 ! 41.963,4 ! 17,0 ! 1, 7

Fonte: Anexo íí e ïabela 14


FIGURA 13-TAXAS DEC. BRUTAS NUPQAUDADE PAROQUIA SAO JOAO BATISTA DE
CAMPOS NOVOS

SViTlHti
SYXVI
i
’ST
76

FONTE:TABELA 16
77

4.4.1 — Origen dos Noivos

Conforme tabela í7, verificou-se que do total de


3.345 c a s a i s analisados, 767 eram n a s c i doo» na Paróquia,
representando a p o r c e n t a g e m H2,9% para o total de cabais
analisados; 26, 0% dos n u b e n t e s nao eram n a t u r a i s da P a r ó q u i a
de Campos N o v o s . Os n o i v o s originários da mesma Paróquia,
que não a de Campos N o v o s , representam :L3,:L%.

Qua nt o a relação existente entre noivo nascido ria


Paróquia e noiva nascida na P a r ó q u i a notou-se que: os noivos
nascidos na P a r ó q u i a preferiam casar-se com n o i v a s naturais
da P a r ó q u i a . Para os quatro períodos analisados, a p e n a s 6, 3%
do s noivos naturais da Paróquia, casaram-se com n o i v a s não
naturais da P a r ó q u i a . Em t o d o s os p e r í o d o s a porcentagem foi
baixa, variando de í , 0% a 8, 5%; quando ma i s intensa foi a
migração, 1 9 2 7 -1 9 3 0 , também ma i o r Foi o número de c a s a m e n t o s
entre noivos da P a r ó q u i a e noivas originárias de outras
paróquias. Quando a n o i v a era natural da P a r ó q u i a e o noivo
não, os valores f oram mais altos, í4,3% do t o t a l oscilando
e n t r e 2, 0% <i 9 0 : L - i 9 : l 0 ) e 18, 8% <i9ii~20>.

Quando os noivas na s c e r am fora da jurisdição


paroquial a média foi a ma:i.s alta de todo o período
estudado. Em .1.98.1--í 930 a p a r e c e r a m o s valores relativos ma i s
altos - 396 e v e n t o s , representando a porcentagem de 3 1, 7%.
Estes dados mostraram as levas de migrantes vindos do Rio
Gr ande do Sul e das Paróquias vininhas (Curitibanos t?
Lciges) . Entre os locais de origem dos migrantes
riograndenses, destacaram-se Passo Fundo e Vacaria. Nos
outros períodos ocorreu um declínio no número de noivas
naturais de o u t r a s Paróquias.

Quant o ao ú l t i m o grupo, noivos e noivas originárias


da mesma localidade, exceto os naturais de Campos Novos,
verificou-se que o s v a l o r e s foram s i g n i f i c a t i v o s , sobretudo
em i 9 3 1 - 4 0 .
78

Cerca de um, t e r ç o do s c a s a m e n t o s eram r e a l i z a d o s com


os noivos originários da mesma Paróquia, que nao Campos
Mo v o s . Ge r i a m nascidos e batizados :2111 Paróquias
circunvizinhas a Campos N o v o s ou d e l a desmembradas em é p o c a s
recentes.

TABELA i.7

Imigração e Migração — Origem dos noivos. Paróquia


São João Batista de Campos Novos. 1901-1940

Noivo e NoivaINoivo nascido!Noiva nascida Hoivo e Noiva


originários !na Paroquia, !na Paróquia, Noivo e Noiva originários Não
COORTES da ! ! da eesaa ci­ TOTAL
Paróquia ! Noiva não ! Noivo nao não nascidos dade, exccto
de ! nascida na ! nascido na os naturais Consta
Caapos Novos ! Paráquia ! Paráquia na Paróquia da Paróquia
22 07 14 157 27 453
1901-Í9ÍO
3,5 i,0 2,0 24,5 3,9 65,1 100,0
195 46 126 181 53 67 668
Í91Í-Í920
29,5 ó,8 18,8 27,0 7,9 10,0 100,0
—+-
319 106 216 396 172 39 1.248
19EÍ-Í930
25,5 8,5 17,5 31,7 13,7 3,1 100,0

231 53 123 138 188 16 749


Í93Í-Í940
30,8 7,0 16,5 18,5 25,1 2,1 100,0
767 212 479 872 575 3.345
TOTAL
22,9 6,3 14,3 26,0 13,1 17,5 100,0

Fonte: APSJBCN. Livros de Casanentos.

ft s i t u a ç ã o geográfica de Campos N o v o s para a época


apresentou condiçoes peculiares. Por ser região de p a s t a g e n s
naturais contígua a outras áreas povoadas, anteriormente,
apresentava-se com b a i x a densidade populacional e, portanto,
atraente para a po pul aç ã o c a r e n t e de terras de o u t r a s áreas
coloniais, sobretudo do R i o Gr a n d e do Su.'L.
79
FIG . 14 - Locais de or igem dos noivos e das noivas da Paróquia

São João Batista de Campos N ovo s- 1901 -1940

FLORUNOPOU!

FONTE: Livros de Casamento nOs 03 a 07


80

C o n f o r me o s dados da Tabela 18 n o t o u - s e o grands?


número de n o i v o s na P a r ó q u i a , vindos de o u t r a s regiões.

Me s t a tabela os noivos agruparam-se sm 07 c a t e g o r i a s .

a) Noivo e noiva originários da P a r ó q u i a ;


b) Noivo e noiva originários de P a r ó q u i a s lim ítrofes
(Lages, Curitibanos, Porto União e J o a ç a b a );
c: > N o i v o e n o i v a provenientes de P a r ó q u i a s nao limí ­
trofes do E s t a d o ;
d) Noivo e noiva provenientes de P a r ó q u i a s lim ítrofes
de o u t r o s E s t a d o s ;
e) Noivo e noiva provenientes de o u t r o s Estados;
f> Hoivo e noiva provenientes do e s t r a n g e i r o ;
g) Noivo e noiva provenientes de o r i g e m indetermina­
da .

Para o decênio í90i-í9i0 constatou-se que a maioria


dos n o i v o s era proveniente de o u t r o s Estados, equivalente a
1 3 , 0% do total. As noivas originárias de outros estados
c o r r e s p o n d e r a m a 8, 1%. Cs noivos da P a r ó q u i a representavam
4,4% e as noivas, 5,3%. Ocorreu um grande número de
registros era que a o r i g e m da n o i v a Foi omitida, situando-se
em t o r n o de 78, 7%, enquanto os homens tem 68, 9%.

Verificou-se, assim, que a P a r ó q u i a c a mp o n o v e n s s Foi


núcleo absorvente de m i g r a n t e s vindos de r e g i õ e s vizinhas,
6, 4% dos noivos e 5, 3% das noivas.

De 5.9í í a Í980, houve a predominância de noivas


naturais da P a r ó q u i a , isto é, 327 ou 4 8 , 9 %. L o g o após v i e r a m
as noivas de outros Estados, com í8,5%, seguidas pelas
noivas de P a r ó q u i a s vizinhas com i7, : L%. Os n o i v o s naturai:>
da P a r ó q u i a também representaram a m aioria: H40 n o i v o s ou
35, 9%. Os n o i v o s originários de o u t r o s Estados colocaram-se
ein s e g u n d o lugar, com 2 Í , 5 % e, após, o i:, noivos vindos de
Paróquias vizinhas.

TABELA 18

Procedência dos Noivos e das Noivas.


Paróquia São João Batista de Campos Novos

Procedência 1901 - 1910 1911 - 1920 1921 - 1930 1931 - 1940


dos Noivo ! Noiva Noivo ! Noiva Noivo Noiva Noivo ! Noiva
Noivos Abs. X !Abs. X Abs. X !Abs. X Abs. X •Abs. X Abs. X !Abs. X
i i
A 30 4,4Í 36 5,3 240 35,9 327 48,9 437 35,0 585 46,9 336 44,8!I 447 59,
B 44 6,4! 36 5,3 102 15,2 114 17,1 243 19,5 197 15,8 214 28,5ii 107 14,
C 14 2,0!1 2 0,3 38 5,7 18 2,7 79 6,3 69 5,5 26 3,5ÍI 62 8,3
D 1? 2,7! 15 2,2 26 3,9 13 1,9 32 2,6 55 4,4 16 2,1!i 8 1,
E 8? 13,0Í 55 8,1 144 21,5 124 18,U 354 28,3 276 22,1 99 13,2ÍI 67 8,9
F 18 2,6! 1 0,1 31 4,6 11 1,6 34 2,7 20 1,6 5 0,7Íi 1 0,1
G 466 48,9! 535 78,7 87 13,2 61 9,3 69 5,6 46 3,7 53 7,2!■ 57 7,7
TOTAL 680 100,0! 680 100,0 668 100,0 668 100,0 1248 100,0 749 100,0Í 749 100,
CU
8
O

! !
LEGENDA:
A) Noivo e noiva originários da Paróquia;
ÍO Noivo e noiva originários de Paró<juias liçítrofes (Lages, Curitibanos, Porto União e Joaçaba);
C) Noivo e noiva provenientes de Paroquias não liaítrofes do Estado;
D) Noivo e noiva provenientes de Paróquias li aítrofes de outros Estados,-
E) Noivo e noiva provenientes da outros Estados;
F) Noivo e noiva provenientes do estrangeiro;
B) Noivo e noiva provenientes de origsa indeterminada.
Fonte: APSJBCN. Livros de Casanentos - 03 a 07

Entre 192i e 1930, encontraram-se predominantemente


noivos naturais da Paróquia São J o ã o Batista de Campos
Novos. Os homens contribuíram com 35, 0% dos c a s o s e as
mulheres com 46, 9%. Seguiram-se os noivos e n o i v a 4.»
originários de Estados vizinhos com £8, 3% e ££,!%
respectivamente. Das Paróquias vizinhas vieram 19,5% dos
noivos e 15,8% das noivas.

Os ma i s a l t o s valores de n o i v o s naturais da Paróquia


surgiram no p e r í o d o de 1931 a :L940. R e p r e s e n t a v a m 59, 7% do
total de n o i v a s e 44,8% dos noivos. Os n u b e n t e s originários
de P a r ó q u i a s vizinhas e s t a v a m em s e g u n d o lugar ao contrário

do que acontecia nas categorias anteriora*», totalizando


r28, 5% do s noivos e í 4,3% das noivas.

0 número de noivos estrangeiros s e mp r e foi muito


pe que no. Nunca s u p e r i o r a 10% do t o t a l . Ap e n a s no primeiro
coorte, :1911-1920, situou-se em 4,6%, sendo o valor mai s
expressivo.

Das P a r ó q u i a s lim ítrofes de outros Estados, como


Vacaria no R i o Gr ande do S u l , P al mas e U n i ã o da V i t ó r i a no
Paraná, vieram migrantes em grande número. Conclue-se que,
pa r a as regiões vininhas, Campos Hovos r e p r e s e n t a v a um p o n t o
atrativo. Gr a nd e parte do s o l o c a mp o n o v e n s e é f o r ma d o por
pastagens naturais, ú acessível à agricultura, o vale do
Rio do Peixe, Abdon B a t i s t a e Tangará, que sao regiões
propícias a implantarão de minifúndios agrícolas. Estas
regióes receberam grande número de migrantes vindos de
outros Estados. Principalmente do R i o Gr a n d e do S u l .

0 Rio Gr ande do Sul já estava "ocupado por


proprietários" Campos Novos, para a época, era região ck?
fronteira e estava aberto à migração. Foram m i g r a n t e s do R i o
Grande do Sul que p o v o a r a m Campos Ho v o s , principalmente ao
longo do vale do rio do Peixe. Ao referir-se ao assunto
mi. g r a c: a o , L..A tí 0 , a f :i. r ma :

"A literatura sobre o assunto habitualmente se refere, para


caracterizar o fanôseno da ocupação hum
ana nas terras do œeio oeste
catarinense, coso decorrência da foraação de "excedentes" nas
colônias antigas do Rio 6rands e de outras, no próprio Estado de
Santa Catarina."<S1>.

4.4.2 — Cr u z a i T J & n t o s étnicos

A Paróquia de Sao J o ã o Batista de Campos Ho v o s , e


todo o município, foi po t i t o de atração, não só para a
83

população das á r e a s próximas c:omo também p a r a m o r a d o r e s tie


áreas ma i s afastadas. Com a definição político-
administrativa em 1917 e o término das l u t a s contra 0¾

-Fanáticos, Campos Nov os c omeçou a ser povoada por colonos,


vindos do Rio Grande? do Su.I. e descendentes de a l e m ã e s e
italianos. Assim, surgiu uiri inter-relacionamento étnico
mu l t o intenso refletido nos casamentos entre os grupos
povoadores luso-brasileiros, alemães <-;• italianas,
principalmente.

Para ver como s e c o mp o r t a v a m e s t e s grupos no momento


da e s c o l h a do s e u par no c a s a m e n t o , elaboraram~se as tabelas
19 e SO o r g a n i z a d a s de a c o r d o com a e t n i a dos noivos.

TABELA 19

Casamentos de Acordo com a Origem étnica.


Paróquia São João Batista de Campos Novos.
1876-1880 188Í-Í890 !i89i-i900 1901-1910 1911-1920 1
1
1921-1930 1
1
1931-1..
940.. ! TOTAL
.. .... .
HQIM
Û NOIVA ±

Abs. X Abs. X !Abs. X Abs. X Abs. X íAbs. X !• Abs. X !Abs. X


» ----- 7 r----
! 1 1
I I - i í 0,1 37 5,5! 165 13,5 24 3,5! 227 5,5
A I - - - - i 2 0,5 2 0,5 2 0 ,2 ! 9 0,7 - - ! 15 0,3
L I - - 2 0,6 ! 3 0,6 3 0,4 4 0,5! 48 3,8 27 3,6! 87 2,0
0 I - - - - i - - 1 0,1 - - 1 - - - - ! 1 0,1
I A - - - - i - - - 7 1,0! 9 0,7 - - ! 16 0,3
A A 1 0,9 - - ¡ 2 0,5 1 0,1 4 0,5! 6 0,4 1 0,1! 15 0,3
L A “ í 0
n
U
A
R
_,3Íi 6 5,5 3 0,5 3 0,4!1 7 0,5 5 0,6!125 0,5
i L í 0,9 4 Í,3Í 3 0,6 7 1,0 23 3,5! 53 4,5 14 1,8! 105 2,5
A L - 5 1,7! 4 0,9 7 1,0 B 1,1! 13 1,0 10 1,3! 47 1,1
L L Í07 98,2 277 94,í! 403 90,7 650 95,5 567 84,8! 906 72,5 666 88,9!3576 85,4
0 L - - - - 1 1 0,2 2 0,5 2 0,2! e 0,1 - - ! 7 0,1
L 0 - - - - i - - - 4 0,5! 6 0,5 1 0,1! 11 0,5
A 0 - - - - i - - 1 0,1 - - 1 5 0,4 1 0,1! 7 0,1
I 0 - - - - i - - 1 0,1 3 0,4! 7 0,5 - - ! íi 0,5
0 0 - - - - i 20 4,5 1 0,1 4 0,5! 12 0,9 - - ! 37 0,8
109Í00,0 289 100,oi 444 100,0 680 100,0 668 100,0!i248 100,0 749 100,0!4187 100,0
1 ! !

Legenda: I = Italiano, A= Alenio, L = Luso-brasileiro, 0 = Outros, N.A. = Núisros Absolutos.

Ponte: APSJBCN. Livros de Casasento Oi a 07.

0 grupo étnico luso-brasileiro sempre foi maioria,


conforme pode-se constatar na Tabela 19. A população da
84

Paróquia de Campos Novos pava o in icio do período, era


c o mp o s t a essencialiiiente por 1 u s o -■b r a s i 1e i r o s . l üst es
r e p r e s e n t a v a m 98, 2% do total de n u b e n t e s , &m o p o s i ç ã o aos
1,8% de o u t r a s etnias. Este número e l e v a d o de descendentes
de l u s o - b r a s i l e i r o s atingiu a mar ca ma i s b a i x a em t o d o o
período estudado na d é c a d a de 2 1 - 3 0 . A á r e a territorial que
estava sob jurisdição da Paróquia vinha recebendo grandi?
número de m i g r a n t e s desde o -Fi nal do c o n f l i t o do C o n t e s t a d o .
Neste período atingiu 72, 5% sobre o total. Na década
seguinte ( í 93.1.-1940) é c r i a d a a Paróquia de S a n t a Kerezinha
de J o a ç a b a , constituída, principalmente, por elementos nao
l u s o - b r a s i l e i r o s . Com i s s o a etnia luso-brasileira volta a
ser maioria absoluta na P a r ó q u i a c:ampon ó v e n s e com 88, 9%
sobre o t o t a l .

0 grupo italiano, cuja migração para a região foi


mai s intensa a partir da década de 10 deste século,
apresentou um c o m p o r t a m e n t o interessante. Entre 1911 a 1920,
5,5% dos casamentos realizados ligaram descendentes de
italianos, passando para 13,5% e n t r e 1 9 2 1 -3 0 e d e c a i n d o para
3,5% em 1 9 3 1 -4 0 . Apenas na d é c a d a de 2 1 - 3 0 , com a c h e g a d a d e ;
migrantes italianos pa r a a área de Abdon B a t i s t a e Capinzal,
sob a j u r i s d i ç ã o eclesiástica da P a r ó q u i a de? Campos Novos,
foi que o c o r r e u um aument o m a i o r das u n i õ e s dentro do g r u p o .
Observou-se ao mesmo t empo , que o r e l a c i o n a m e n t o com o grupo
luso-brasileiro foi bastante intenso, também, na p r o c u r a do
parceiro. Assim, neste século <1 9 1 1 -1 9 2 0 ) 4,0% dos
casamentos foram com luso-brasileiros e apenas 1,2% com
alemães e o u t r o s . Para 1 9 2 1 -1 9 3 0 , os v a l o r e s pas s ar am para
8, 3% e 1,4% respectivamente; entre 1 9 3 1 -1 9 4 0 s i t u o u - s e em
5,4% p a r a o p r i m e i r o grupo. Para o sécu lo passado, quando o
grupo italiano era menos representativo, os
inter-relacionarnentos s e m p r e s e m a n t i v e r a m ma i s f o r t e s com o
luso-brasileiro.
Os alemaes, como grupo étnico m inoritário,
apresentou, 3.5 e v e n t o s nupciais ein que o a n u b e n t e s era m de
o r i geni a l « m a . Os c a s a m e n t o s ocorridos Fora do g r u p o , s a o 93.
Deste total, Aí nubentes sao do s e x o -Femi ni no. 16 mulheres
casaram-se com i t a l i a n o s . £5 com l u s o - b r a s i l e i r o s . Os noivos
a l e mae í » que c a s a r a m -Fora do g r u p o de o r i g e m , totalizam 69
casos. Destes, :!.5 com o grupo é t n i c o italiano e 47 com
l u s o - b r a s i l e i ros e 7 com o u t r a s etnias.

Ha t a b e l a :L9 a p a l a v r a "outros" re-Fera-se aos noivos


pertencentes a grupos étnicos m inoritários, como os
franceses, poloneses, espanhóis, argentinos e outras etnias.
O c o r r e r a m 37 e v e n t o s dentro de diversos grupos m inoritários.
Das £9 m u l h e r e s pertencentes a esta categoria, li casaram--sf.>
com i t a l i a n o s , í 5. com luso-brasileiros e 07 com alemães.
Apenas 08 homens casaram-se corn e l e m e n t o s luso-brasileiros
(07) e italianos ( Oí ) .

TABELA £0

Casamentos Realizados dentro e -Fora do grupo de


origem étnica. Paróquia São João Batista de Campos
Novos. i87a - 1940.

Grupo de Orige» Ho Grupo ! Fora do Grupo TOTAL


Etnia Hub. Abs. X ! Nua. Abs. ! X Nus. Abs. X
i i
Luso-brasileiros 3.576 95,7 i. Í59 ! 4,3 3.735 100,0
Italianos 227 68,7 ! 103 ! 31,3 330 100,0
Alemão 15 26,7 ! 4Í ! 73,3 56 Í00,0
Outros 37 55,3 ! 89 ! 44,7 66 100,0
Total 3.855 92,7 ! 332 ! 7,3 4.Í87 Í00,0
! ;

Fonte: Tabela i9

Quant o ao número de c a s a m e n t o s realizados dentro e


fora do grupo de origem, em todo o período, o
luso-brasileiro por ser o dominante, representou 9 P. , í % do
86

total de n u b e n t e s em t o d o o período. Outras e t n i a s pouco


representam. 0 grupo italiano representa í 1 , ?.% sobre o
total; o g r upo a l e m ã o r e p r e s e n t a 2, 6% a p e n a s . Gr upo s é t n i c o s
m inoritários (poloneses, argentinos, etc..) representam 2, i%
do t o t a l de e v e n t o s realizarlos.

Conclue-se que ria P a r ó q u i a de Sao João B a t i s t a de


Campos No v o s não e x i s t i a m grupos étnicos fechados.

4.4-.3 — Idade dos Koivos

A T a b e l a 21 e F i g u r a 15 p e r m i t i u conhecer a idade dos


noivos e das n o i v a s da Paróquia São J o ã o B a t i s t a de Campos
Novos. Verificou-se que apenas a niuJ,her c a s a v a ma i s cedo,
com i d a d e inferior a 2Í anos. Para os homens a i d a d e para
casar oscilava entre 24 e 27 artos.

Para o primeiro coorte (S.872-Í880) não foram


anotados, pelo padre c e l e b r a n t e , as idades dos noivos, razão
Pela qual ria t a b e l a 2í está ausente este período.

No segundo coorte, as mulheres casavam-se


predominantemente entre íó e í8 anos (79 mulheres); e 5i
noivas t i nham i d a d e inferior a L5 a n o s . Os homens c a s a v a m - s a
ma i s tarde, 22 a 24 a n o s é a idade preferida pelos noivos,
seguida pela de 19 a 2 i anos.

0 terceiro coorte manteve tendência da i d a d e inferior


a 18 a n o s p a r a a m u l h e r . Do t o t a l de 457 n o i v a s , 299 c a s a r a m
entre os Í5 e í8 anos. Hota~se que a p r e f e r e n c i a era de í 6 a
18 a no s (169 n o i v a s ) , 19 a 2 i anos (83 n o i v a s ) e menos de 16
anos (60 noivas). Os hoirie ris também continuam a se casar
entre os 22 a 24 anos; 121 noivos preferiram esta idade,
e n q u a n t o 83 e s c o l h i a m a de í9 a 2í anos.
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FIG-15 - IDADE DOS NOIVOS AO CASAR PAROQUIA SÃO JOÃO BATISTA DE CAMPOS NOVOS
S
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2
UI X

2
o:

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UJ

1881-90 1891-00 1901-10 1911-20 1921-30 1931-40


FONTE : TABELA 21

89

0 quarto coorte < 1 9 0 1 -1 9 1 0 ) também não apr e s e n t o u


modificações. Gr ande parte das m u l h e r e s casavam a n t e s dos 18
anos, <306 a v e n i o s ) . Significativam ente, a faixa etária de
19 a 81 ano s mantém o s e g u n d o lugar como idade preferida. A
maioria tios homens c o n t i n u a v a a se casar antes dos 26 anos
de idade, mant endo a tendência observada nos coortes
anteriores.

0 quinto coorte ( 1911-1980) , c ompar ado com os


períodos anteriores, nao a p r e s e n t o u mudanças» s i g n i f i c a t i v a s .
Nenhum homem, como nos paríodos anteriores, casava-se antes
dos 15 a n o s . A idade preferida para os casamentos é de 22 a
8 4 anos para o s homens e a n t e s dos 18 a n o s pa r a as m u l h e r e s .

0 sexto coorte <1 9 2 1 -1 9 3 0 ) e o sexto coorte


(1931-1940) sao praticamente idênticos no apresentar os
dados. Nao há casamentos tardios em grande número. As
mulheres continuaram a casar-se antes dos Si anos e os
homens c a s a m - s e a n t e s dos 84 a n o s , geralmente.

Para todo o p e r í o d o estudado, a idade preferida pelo


homem a o c a s a r - s e situa-se entre 88 e 84 a n o s e da mulher,
i.6 e 18 a n o s .

4 . 4 — N atalidade

A p o p u l a ç a o da Paróquia Sao J o ã o Batista de Campos


Novos aurnentou significativam ente devido ao crescimento
vegetativo e as m i g r a ç õ e s . A vinda de m i g r a n t e s determinou
não s ó o aumento a b s o l u t o de habitantes, como também uma
elevação na f e c u n d i d a d e .

As t a x a s de natalidade apresentavam-se altas, aliás


como de r e s t o no Brasil para o período estudado. 0 índice
90

elevado s e g u i a o mo d e l o das s o c i e d a d e s tradicionais em que


há n e c e s s i d a d e de pessoas pa r a o trabalho agrícola.

A Tabela EE e Figura 16 mo s t r a m taxas brutas de


natalidade elevadas em praticamente todo o período,
situando-se em t o r n o de 40 por m i l para o p e r ío d o 1 8 8 1 -1 9 3 0 .
0 primeiro período apresenta-se taxas brutas de natalidade
b a i x a s era decorrência da precariedade dos assentamentos
r e alixado s na P a r ó qu i a de o r i g e m-, e o ú 1 1 i mo período
(193:1.-1940) as taxas apresentam-se em declínio como
r e s u 11a d o de de s ine mb r a me n t o da p a r ú qu i a .

Como f o i visto, a população da Paróquia cresceu


continuamente e isto refletiu -se nas taxas de n a t a l i d a d e .

A explicação pa r a a a l t a taxa de natalidade devia-se


a proporção elevada de m u l h e r e s que c a s a v a m - s e precocemerite.
At é os Ei anos c as av am- s e 44,7% das m u l h e r e s na P a r ó q u i a de
Sa o J o a o B a t i s t a de Campos N o v o s .

tabela ea

Médias Decenais e Anuais das Taxas Brutas de


Natalidade. Paróquia São João Batista da Campos
Novos.

POPULAÇSO TAXAS BRUTAS


PER í 0 B0 S
Total ! Hédia Anual Total Hédia Anual
i
1872 - 1880 £5.149 i 2.514,9 172,5 17,25
1881 - 1890 38.834 ! 3.883,4 408,0 40,80
1891 - 1900 56.864 ! 5.686,4 460,2 46,02
1901 - Í910 86.897 ! 8.689,7 406,8 40,68
1911 - 1920 139.371 ! 13.937,1 393,68 39,36
1921 - 1930 836.513 ! £3.651,3 426,67 42,66
1931 - 1940 421.723 ! 42.172,3 126,66 12,66

Fonte: Anexo í e Tabela 14.


FIG-16 TAXAS BRUTAS DEC. DE NATALIDADE - PAROQUIA SÃO JOÃO BATISTA DE CAMPOS
NOVOS

svm us svxvi
i
O

FONTE : TABELA 22
ve

"As causas da precocidad? do casaaento são diversas causas


biológicas, ligadas ao inicio da puberdade; causas demográficas,
ligadas a usa esperança de vida curta, e» certas regiões, o que
provoca por reação inconsciente ub casamento prematuro; causas
económicas, principalmente e o itspdea a constituir familia,
etc."‘3e>.

4.5.1 — Intervalo entre Nascimento e


Batismo

O batismo era para a sociedade e para Igreja, o


atestado de existência da pessoa. Mas o b a t . i.sino nao era
automaticamente imposto ao recém-nascido. Er a c o s t ume
primeiro se batizar o Filho em c a s a para, após, ser batizado
na I g r e j a ou na p r e s e n ç a do p a d r e .

A impossibilidade dos p a i s e padrinhos se deslocarem


à sede da P a r ó q u i a pa r a o b a t i s m o imediata do recém-nascida
em r a z ã o das distancias e do t r a b a l h o levava a que houvesse
o batismo em c a s a para prevenir a eventualidade do ó b i t o da
criança.

A análise dos i n t e r v a l o s do t empo e s t a b e l e c e r a m - s e a


partir das datas de n a s c i m e n t o e de batismo anotados nos
registros de batismo.

Antes de c o m p l e t a r 01 ano de i d a d e , foram batizadas \


65, 3% d a s c r i a n ç a s residentes na P a r ó q u i a (Tabela 23).

Entre o nascimento e o primeiro mês de v: i da, os


batismos não foram r e a l i z a d o s em grande númer o. ü valor
mé d i o foi de 7, 1%, variando de 4,8% (1881-1890) a 9,8%
(1921-1930). Para o Coorte 1 9 2 1 -1 9 3 0 , deve-se destacar a
presença do migrante de origem italiana que geralmente
c os t uma batizar os filhos logo após o n as ci m en to .
93

TABELA 23
In terv alo tie T e m p o e n t r e N a s c i m e n t o e Batism o.
Paróquia São João B atista de Campos Novos.
1871- 1940.

COORTES Ü872-1880 Ü881-1890 Ü891-1900 Ü901-1910 !í9íí- 1920 !1921-1930 Ü931


+'
INTERVALO ifib----------------+-------------------
s. X!ftbs. X+-------------------+-------------------+--------
iAbs. X!Abs. XiAbs. X!Abs. X!Abs.
t I I i i
00 - Oi ais 35 8,0! 78 4,8! 122 4,6! 185 5,5i 302 5,5! 970 9,8! 391 6,7! 2083 7,i
01 - 05 Beses 232 53,4! 6í6 38,3! 644 24,5!1007 28.0Ü816 33,0!4378 44,5!2348 40,7!11041 37.6
06 - ii œeses 83 19,5! 382 23,8! 502 19,5! 748 20,9!i06i 19,0!1979 20,0!1315 22,7! 6070 20.6
01 - 02 anos 47 10,8! 277 17,6! 542 20,6! 656 18,4! 874 16,0!1266 12,8! 897 15,5! 4559 15.5
02 - 05 anos 26 5,9! i8i ii,2! 576 21,9! 740 20,7!1005 18,5! 989 10,0! 645 11,i! 4162 14.5
06 - i0 anos 5 í,í! 45 2,8! 92 3,5! 127 3,5! 251 4,6! 148 1,4! 75 1,3! 743 2.5
ii anos s + 5 i,1! 12 0,7! 28 i,0! 44 1,2! 65 1,1! 19 0,1! 3 0,4! 176 0,6
Id. Indetero. i 0,2! Í4 0,8! 116 4,4! 58 1,6! 81 1,4! 129 1,3! 95 1,6! 494 1.6
TOTAL 434 i00,0!i605 10Ô,0!2622 i00,0!3565 i00,0!5455 100,0!9878 100,0*5769 100,0!29328 100,0
i i i I i i I

Fonte: APSJQBCN. Livros de Batismos.

A maior parte das c r i a n ç a s eram batizadas antes de


c o m p l e t a r e m Oi ano. A p e r c e n t a g e m em c a d a c o r t e aprsísentava
os segu in tes valores: 80, 9% U 87Í-Í880); 66, 9% (ÍB 8Í-Í890);
48,6% <:L89i-i9<>0> ; 34, 4% <:L90.1-19J.O) ; 57, 5% <: L 9 i l - i 9 £ 0 > ;
74, 3% <Í9£Í-Í930>; 7 0 , ÍX (Í93Í-Í940).

Os dados most r am que os batismos realizavam-se


geralmente, após o p r i m e i r o mi s de v i d a .

Os . i n t e r v a l o s » que.» abrangem a s crianças que foram


s u b m e t i d a s ao b a t i s m o com Oi a 08 anos; e x c l u s i v o e 02 a 05
anos inclusive, tem-se 8.721 eventos que r e p r e s e n t a m £9, 7%
dos batismos realizados em t o d o o p e r í o d o estudado.

Ao se tornar os intervalos que representavam os


batismos feitos com c r i a n ç a s que a p r e s e n t a v a m idade inferior
a 05 anos, atingiu-se a marca de 95,:1.% desses eventos
realizados na P a r ó q u i a Sao J o ã o B a t i s t a de Campos N o v o s .

Para idades superiores a 01 a no exclusive, eram


batizadas cada vez menos crianças. O intervalo que abrange
crianças com i d a d e entre 02 a 05 anos inclusive, atingiu
94

14, L% s o b r a o total de batismos realizados. Para este


intervalo nao há variação entre os coortes. 0 primeiro
coorte apresentou 5,9% s o b r e o total deste coorte. Já, para
os seguintes, aumentaram as porcentagens. A mai s alta
porcentagem o c o r r e u entre 190:1-19.1.0, com 20, 6% sobre o
total.

Para o intervalo seguinte (06 a Í0 anos) observou-se


unia queda c o n s t a n t e . Para todo o período em e s t u d o , nesta
intervalo foram batizadas apenas 8, 5% das crianças
caniponovenses.

Ac i ma de í i anos, ocorreram poucos batismos. Ap e n a s


0, 6% em t o d o o período. E, as fichas que nao apresentavam
dados s u f i c i e n t e s par a se calcular os intervalas entre
nasci mento e b a t i s m o , representavam :L, 6% s o b r e o total geral
do p e r í o d o .

Os dados analisados permitiram concluir que o


intervalo entre o nascimento e o batismo com mai s alto
índice situou-se na f a i x a etária de menos de Oí ano. Este
c o mp o r t a me n t o deve-se ao f a t o de a c o m u n i d a d e c a mp o n o v e n s e
ser essencialmente religiosa. Levava a sério as práticas
religiosas. Ap e n a s a seu modo. Era costume batizar as
crianças. Apesar de se r e m c a t ó l i c a s , algumas c o mu n i d a d e s do
interior er am a v e s s a s às pregações dos padres que queriam
mudar a or dem e s t a b e l e c i d a pelos costumes dos paroquianos. 0
p o v o nao a c e i t a v a novas r e g r a s . Quando e s t a s eram impostas,
ocorriam c o n f l i t o s . 0 problema riao e r a a religião católica,
mas si m o t r a d i c i o n a l i s m o religioso do c a b o c l o . 0 sacramento
do m a t r i m o n i o nao e r a muito c o n s i d e r a d o . Em c o mp e n s a ç ã o , o
batismo e r a lei. Tinha um significado especial para o
caboclo. Al ém do aspecto religioso, existia mai s uma
possibilidade a cada evento, de se ter ura n o v o c o mp a d r e .
Geralmente os c o mp a d r e s eram pessoas a i ni g a s . Isto
significava proteção para o c a b o c l o , principalmente.
95

"SL - 185- Para ser padrinko, a pessoa tinha que ter posses ou ser
amiga?

JT- Í86 - Ser amigo. Pessoas amigas. Pessoas da fasília. Outros que
eras atsigos.

SL - Í87 - 0 compadre tinha mito valor?

Jf - 18B- 0 cospadre ssapre se considerava, por que o afilhado...


Diz que o segundo pai é o padrinho. Então escolhia as pessoas
melhor. Eu falta do pai, tinha o padrinho. Então escolhia as pessoas
selhor. Eu tinha barbaridade de afilhado. Tinha «ais de cea
afilhado. Nsn conheço roais.

SL - 189- Por que o senhor foi tão procurado para ser padrinho?

JT - 190 - Procurava porque tinha bastante amizade. Huitos


conhecido. Tinha bastante amizade. Desde os teapo 91e estudei, tinha
uns quatro cinco neninos lá qua eo era padrinho de crissa. Crissaro
lá, »e pegaro prá padrinho. Tes 0 Joaquin Rosa Ta es Canboritl. S3
padrinho dele. Te« diversos ai. Has muitos já Borrero tam bém. fiuee
¡sais?

SL - í9í - 0 senhor era padrinho tambes de gente humilde?

Jl' -192-0 qué?

SL - 193- Simples.

JT- 194- Hein?

SL - Í95 - Caboclo.

JT- 196- Cabodo tea barbaridade ai. Pessoal do sato ai. Tenpo de
senaria, toda a missa... todo o tenpo de missa tinha batismo. Cada
Hissa eo tinha treis quatro cinco afilhado. Tinha suito. Eo não
conheço Biais nenhum. A terça parte de afilhado. E as compadre
> também... a maioria já não vive nais. Ainda tes ubi afilhado aqui. 0
Hario Cordeiro. As veis «e dá a benção - Bença m eo padrinho. As vais
vê a «uié: - Bença minha madrinha. As veis fico cos vergonha,uaa>.

4.5.2 — Ilegitimidade

D estudo referente à legitim idade das <: r i a n ç a s


nascidas na Paróquia Sao João Batista de Campos Novos,
96

distinguia sa» o b a t i z a d o ara F:i.'J.ho l e g í t i m o , ilegítim o ou s e


e s t: a i n Fo r ni a ç a o e s t a v a a u s e n t e .

As ma i s allas taxas s e ni a notar,: Su eta condição de


legitim idade, situavam-se após a Paróquia ter p a us a d o à
responsabilidade dos p a d r e s Franciscanos (1893), contorna se
pode v e r ria T a b e l a 24 e F i g u r a í.7.

Um dos primeiros padres Franciscanos a percorrer o


territorio c a mp o n o v e n s e Fo:i Frei Rogério Neuhaus, que nao
a vu:>t a va o s assentos corretamente. T a n t o os de b a t i s m o como
os de c a s a m e n t o . Este descuido nos r e g i s t r o s vai até 1899.

Os Filhos nascidos sob condição legítim a,


representavam £6.3.13 e v e n t o s , isto é, 89, 7% s o b r e o total de
eventos (29.3E8). Ate? 1392, as informaçoes eram completas,
com uma mé d i a de 84, ü% de bsti ¿r. ados a p r e s e n t a n d o condição
1e g í t i ma (Tabela H4 )

Apó s Í90Í, a mé di a de filhos legítim os wantêve-se


alta, isto é, a c i ma de 8 0 %. 0 ano de :1.986, apresentou a ma i s
alta taxa de legitim idade, 97, 4% s o b r e o total.

Qua nt o ao i n t e r v a l o em que foram anotados os filhos


de c o n d i ç ã o natural, verificou-se um decréscimo do início
pava o f i n a l do p e r í o d o . Até :L893, a mé di a fo:i. de 17 , 7 %
sobre o total dos batizados. Após, ocorreu uma queda e nos
últimos decênios, atingiu a mé d i a de 4,4% s o b r e o total de
riasc i m e n t o s .

Para o intervalo em que foram a n o t a d o s os filhos


nascidos sob a condição "exposto", verificou-se número
reduzido destes eventos. Os números s ã o insignificantes. A
porcentagem para todo o p e r ío d o Foi de 0, 05% s o b r e o total
geral dos e v e n t o s de b a t i s m o .
97

TABELA 24
Distribuição dos Batismos por Sexo e Condição de
Legitimidade. Paróquia São João Batista de Campos
Novos. 1871 - 1940

L EGi TI K0 NATURAL ! EXPOSTO NãO CONSTA


ANOS 1" ' 1 TOTAL
Absoluto X Absoluto X Absoluto % Absoluto %
h“"*-- -
.
1871
1872 í 25,0 3 75,0 - - - - 4
1873 2 100,0 - - - - - - 2
1874 9 69,2 4 30,8 - - - - 13
1875 70 93,4 5 6,6 - - - - 75
1876 67 89,4 8 10,6 - - - - 75
1877 63 88,7 8 11,3 - - - - 71
1878 44 88,0 6 12,0 - - - 50
1879 57 89,0 6 9,5 - - 1 1,5 64
1880 66 82,5 Í2 15,0 - - 2 2,5 80
1881 84 87,5 12 12,5 - - - 96
1882 117 83,6 21 15,0 i 0,7 1 0,7 140
1883 89 7B,0 25 22,0 - - - - 114
1884 109 85,4 18 14,0 - - 1 0,7 128
1885 133 81,5 30 18,5 - - - - 163
1886 125 79,2 28 17,7 í 0,6 4 2,5 158
1887 168 82,0 35 17,0 - - 2 1,0 205
1888 148 82,4 31 17,0 - - 3 1,6 182
18B9 192 87,7 23 10,5 - - 4 1,8 219
1890 171 85,5 25 12,5 i 0,5 3 1,5 200
1891 170 77,7 39 17,8 - - 10 4,5 219
1892 169 82,4 28 13,6 - - 8 4,0 205
1893 181 75,7 33 13,8 - - 25 10,5 23?
1894 181 79,5 17 7,4 - - 30 13,1 228
1895 226 72,2 23 7,3 - - 64 20,5 313
1896 127 46,4 34 12,4 - - 113 41,2 274
1897 49 18,5 28 10,7 - - 187 70,8 264
1898 100 35,5 20 7,0 - - 162 57,5 282
1899 57 20,5 23 8,7 i 0,3 197 70,8 278
1900 91 28,5 34 10,7 - « 194 60,8 319
1901 201 94,8 LO 4,7 - - 1 0,5 212
1902 321 92,2 20 5,7 í 0,4 6 1,7 348
1903 180 58,0 27 8,7 - - 103 33,3 310
1904 243 85,5 37 13,0 0,5 3 1,0 284
1905 319 90,2 31 8,7 - - 11 1,1 361
1906 286 84,5 49 14,4 - - 4 1,1 339
1907 323 86,8 45 12,2 - - 4 1,0 372
1908 365 89,6 38 9,5 - - 4 0,9 407
1909 343 92,4 24 6,6 - - 4 1,0 371
1910 508 91,8 41 7,2 - - 12 1,0 561
1911 437 91,2 35 7,3 - - 7 0,5 479
1912 476 93,4 28 5,4 í 0,í 5 1,1 510
1913 517 95,3 21 4,0 i 0,i 3 0,5 542
1914 413 93,4 27 6,0 i 0,8 2 0,4 443
1915 457 91,7 39 7,9 « 2 0,4 498
1916 509 95,4 22 4,1 - - 3 0,5 534
1917 589 94,2 36 5,8 - - - - 625
1918 572 95,0 26 4,4 - - 4 0,6 602
1919 542 95,2 26 4,5 1 0,3 1 0,3 569
1920 622 95,3 29 4,4 - - 1 0,1 652
1921 670 94,9 28 3,9 i 0,3 7 0,9 706
1922 794 93,7 43 5,0 3 0,5 7 0,8 847
1923 901 94,8 33 3,6 • 16 1,6 950
C o nt i n u a ç ã o da Tab el a
L EGí TI H0 NATURAL EXPOSTO m C0HBTA
ANOS L
r _- n—
- ,-i»n
— -i~ TOTAL
Absoluto X Absoluto X Absoluto % Absoluto X

1924 1215 95,9 43 3,5 8 0,6 1266


1925 Í087 96,2 34 3,0 - - 5 0,8 1126
1926 992 97,4 24 2,4 i 0,1 1 0,1 1018
1927 1083 97,0 32 2,8 - í 0,1 1116
1928 1087 97,3 28 2,5 - - 2 0,2 1117
1929 Í023 98,2 Í7 1,6 - - 2 0,2 1042
1930 622 95,6 26 4,0 - - 42 0,4 690
Í93Í 688 96,4 25 3,5 - -
í 0,1 714
1932 600 96,0 25 4,0 - - - 625
1933 505 94,7 28 5,3 - - - - 533
1934 512 94,6 29 5,4 - - - - 541
1935 581 96,5 21 3,5 - - - -
602
1936 474 94,3 29 5,7 “ - - - 503
1937 452 94,7 25 5,3 - - - - 477
1938 498 95,4 24 4,5 0,1 - - 523
1939 526 96,5 19 3,4 0,í í 1 ,1 546
1940 .
674 95,4 31 4,6 - - 705
1

TOTAL 262/3 89,7 1754 5,9 17 0,05 1284 4,2 29388


Fonts: APSJBCN. Livros ás Batismo Oi a S .

TABELA H5

B a t is m o s de F i l h o s L e g í t i m o s e N a t u r a i s . Totais
Decenais. P a r ó q u ia São João B a t i s t a de Cam pos N o v o s .

CÜNDIÇ80 ! L EG íTI H0 NATURAL


j__ __ TOTAL
PERÍODOS ! Absoluto X Absoluto X
i
1872 - 1880 i 379 87,9 52 12,1 431
1881 - 1890 ! 1336 84,3 248 15,7 1584
1891 - 1900 ! 1351 82,8 279 17,2 1630
1901 - 1910 ! 3089 90,5 322 9,5 3411
1911 - 1920 ! 5134 94,6 289 5,4 5423
1921 - 1930 ! 9474 96,8 308 3,2 9782
1931 - 1940 ! 5510 95,5 256 4,5 5766
!

Fonte: APSJBCN. Livros de Batismo.

A taxa de f i l h o s legítim os Fo:¡. a l t a . Para o período


ern estudo, atinge 89, 7¾. En q u a n t o que para os filhos
naturais; a t a x a é de 5, 9% em t o d o o período. Se bem que
•Fosse m u i t o comum a s u n i o a s não l e g a l i z a d a s p í .í I o casamento,
quando do batismo dos filhos;, era provindericiado peio
oficiante a celebração do m a t r i m ô n i o .
FIG -17 - DISTRIBUIÇÃO DOS BATISMOS - PAROQUIA SÃO JOÃO BATISTA DE CAMPOS
NOVOS

FONTE : TABELA 25
99
100

4.5.3 - Prénomes Masculinos e Femininos

0 estudo dos nomes apoiou-se numa amostra dos


assentamentos de b a t i s m o s por coortes de :L0 a n o s . A escolha
deste procedimento, a mo s t r a g e m e períodos analisados, foi
uma decisão pessoal, procurando seguir metodologia
apropriada. Es s a a mo s t r a abrangeu 14.880 batismos, s e nd o
7.838 h o ma n s e 7 . 0 48 mu I he r a s , c o r r e s p o n de rulo a 4 8 , 3% do
total.

A escolha dos nomes p a r a os filhos reflete muito do


cotidiano da v i d a social, política e religiosa de qualquer
comunidade. As tabelas 86 e £7 identificam as preferências
na escolha do nome para homens a para mulheres,
respectivamente. Huitos nomes foram c o l o c a d o s em uma ou duas
crianças, ra;rãü de ser em t o d o s agrupados sob "outros".

TABELA

Nomes M a s c u l i n o s . P a r ó q u i a Sao João B a t i s t a de


Campos Novos
PERÍODOS Í&78 i860 ! 189Í - 1900 1911 - 1920 1931 - 1940
HOHES Absoluto X ¡Absoluto X Absoluto ! X Absoluto X
i i
Anantino 4 1,71 ! 6 0,5 8 ! 0,5
Antonio 15 6,6 ! 82 6,2 125 ! 4,5 15i 5,2
Boningos - - ! 13 0,9 35 ! 1,5 22 0,7
Francisco 9 3,9 ! 40 3,0 71 ! 2,5 72 2,4
Joaquii 9 3,9 ! 55 4,5 49. ! 1,7 38 1,3
João £9 12,7 ! 168 12,7 136 ! 4,9 79 2,7
Coaposto/João - - ! 53 4,0 137 ! 4,9 229 7,8
.tosé íí 5,0 ! 69 5,2 146 ! 5,3 119 4,5
Ceníposto/José - - i 27 ! 0,9 92 3,5
Hanoel 9 3,9 ! 45 3,4 37 ! 1,5 33 1,1
Osvaldino - i 12 ! 0,4 30 1,0
Salvador 5 2,5 ! 6 0,4 13 ! 0,5 13 0,4
Sebastião 8 3,5 ! 82 6,2 184 ! 6,7 235 8,0
Vidal 4 1,7 ! 9 0,6 15 ! 0,5 5 0,1
Outros 184 54,6 ! 693 52,4 1787 ! 63,7 1784 61,3
TOTAL 227 ' 100,0 ! 1321 ! 100,0 2782 ! 100,0 2902 100,0
Fonte: APSJBCN. Livros de Batismos
ÍOÍ

Quant o ao us o de nomes m a s c u l i n o s , veriFicou-se que ao


longo do período analisado, alguns nomes eram mai s populares.
Homes como Do mi n g o s , Francisco, Vidal, Osvaldino, Aman <: i no «
outros eram o s ma i s comuns.

Geralmente o uso de nomes tinha, por intuito, prestar


homenagens, como por exemplo, aos padrinhos. Se a c r i a n ç a tivesse
ma d r i n h a com o nome I s u l i n a , receberia o nome I s u l i n a <5S* ’ . e s e o
padrinho tivesse o nome V irgílio, a criança receberia o nome
V : i . r g í l i o <í3K>

TABELA ¡27
Noiraes Femininos. Paróquia São João Batista de Campos
Novos
e
-e
K-

PERÍODOS 1880 ! Í89Í 1900 1911 - Í920 ! 1931 - 1940


t
c

HOM
ES 'Absoluto % ¡Absoluto % bsoluto % ¡Absoluto X
i i 1
Alexandrina i 3 1,5 ! 25 2,0 19 0,7 i 15 0,5
Ana ou Anna i i - ! 31 1,0
Compostos/Ana t - i - - - ! 31 1,0
Antonia ! 7 3,5 ! 31 2,5 31 l,í ! 11 0,4
Cecilia ! 5 2,5 ! 24 1,8 18 0,6 ! 21 0,7
Christina ! 4 2,0 ! 10 0,8 8 0,2 ! 7 0,2
Francisca ! 8 4,0 ! 39 2,9 34 1,2 ! 25 0,8
Joana i 1 19 i,4 12 0,5 ! 5 0,í
Joaquina ! 6 3,0 ! 20 1,5 13 0,5 ! 7 0,2
Julia ! 3 1,5 ! 28 2,4 30 í,5 ! 8 0,2
Haria ! 24 12,5 ! i65 12,6 124 4,6 ! 119 4,5
Conposto/Haria i -
! 76 5,8 267 9,9 ! 342 11,9
Sebastiana i - ! 20 1,5 37 1,4 ! 36 1,2
Outros ! Í47 69,5 ! 844 64,8 2080 77,8 ! 2209 71,7
TOTAL ! 207 Í00,0 ! S301 100,0 2673 100,0 ! 2867 100,0
Fonte: ftPSJBCN. Livros de Batisao.

0 santo do d i a também e r a m u i t a s vezres home nag e ado.


Ex e mp l o : Antonio para quem n a s c e no d i a :L3 de j u n h o ; Joao,
pa r a o s que nascem no d i a 84 de j u n h o .

Usava-se o nome Do mi ng o , para quem n a s c e no domi ngo


ou N a t a l i n o , N atalicio, N a t a l i a <=<b> e o u t r o s sim ilares par a
quem n a s c e no domi ng o e no d i a de n a t a l .
í 02

Era comum os pais utilizarem nonies de Santos. 0


padroeiro Sao João Batista era um dos prefer id o s. São
Sebastião tarnbéni foi homenageado muitas vezes, pois em
Campas N o v o s existiam 04 C a p e l a s dedicadas a este Santo.

Outro nome também mu i t o utilizado é o c o mp o s t o de


João, qual seja, João l i a r i a . Provavelmente a preferência por
este nome devia-se a que o povo dedicava a esta
personalidade, considerada e estimada, muita devoção. Ainda
hoje o povo fala em São Jo ã o M a r i a e J o s é Maria.

Reflete esta preferência pelos nomes de J o ã o M a r i a e


José» M a r i a a "devoção" popular do c a b o c l o , que envolveu-se
diretamente nas lutas do C o n t e s t a d o .

João Maria era o Monge que na é p o c a anterior ao


"Movimento do Contestado" "cristianizava" a população da
região. E, o povo esperava a sua volta juntamente com São
Sebastião, outro riome m u i t o us a do para crianças, seja na
f o r ma ma s c u 1 .i. na ou f e m i n i n a .

José Maria atuou na l u t a dos "fanáticos", organizando


os c a b o c l o s e resistindo à ordem e s t a b e l e c : i d a <*s'7’ * .

Homes como Do mi ng o s , Manoel, Vidal, J o a q u i m,


Francisco, são de o r i g e m portuguesa. Por ser a Paróquia de
Campos N o v o s habitada po r elevado número de descendentes
lu so-brasileiros, existiam muitas crianças as quais lhes foi
dado e s t e s nomes.

Qua n t o à s mulheres, os nomes variam menos. Eram


repetidos mais vezes. Os nomes ma i s comuns eram Maria,
composto de M a r i a , Anna ou Ana e c o m p o s t o s de Ana e o u t r o s .

Através da escolha do nome da criança, os pais


procuravam ho me nag e ar os padrinhos, os s a n t o s do d i a , No s s a
Senhora, principalmente. Homenageava-se o pai (Júnior),
tios, avós e bisavós. Famílias tradicionais prestavam
103

homenagens a o s patriarcas, como é o caso da f a m í l i a Rupp.


Geralmente em cada fam ília Rupp, há a l g ué m com o nome
Ma n r i q u e (patriarca).

H u i t as v e z e s o nome do s a n t o nao e r a usado apenas por


pessoas devotas, mas era exigência dos padras. Nomes
p r o f amos não e r am de uso comum, exemplo: Ma d a l e n a .
i04

N O T A S

* * BOI TEUX, Jo ir.tí Ar t hur . S .iccia jiá x .i.o .......l:l;Li¿..l.áv:i.í;.a....... e.


.. (te....S.an.¾....C.»..ta.r:.¿ai* . v. i . Kio de
Janeiro, Ed. Azevedo l ' r maos, 19Í5. p. .IBS.

<* ' 9i Entrevista realizada com J u v e n a l Th i b e s , p. 13. Acervo


particular do a u t o r .

«sao» E n t r e v i s t a realizada com T h e o d o r a Thibes, p. Ei . A c e r v o


particular do a u t o r .

tetA> LAGO, Paulo Fernando. S.&ixfc.a.... .C.ft.Uir.i.aa.;..... M.me.i:i.t5.».es..... £


£&n.S£.fòC.fc.lU&.%. F l o r i a n ó p o l i s , UFSC, 1978. p. :IE7.

<«e> HUGüN, Paul. D¡e.i«a.<í.í:.íAi.ia.... B .r.aa.llssix.a. Sao P a u l o , Atlas,


EDUBP, i 973.

<SS3> E n t r e v i s t a realizada com J u v e n a l Thibes, p. i H. Acervo


particular do a u t o r .

<ra*> APSJBCN. Livro de B a t i s m o ÍE, Í77.

<KS!5> I b i d . oó, 56.

<K,<S> .T.b i d . iS, i 03.

<» í v » E x i s t a n , m u i t a s o b r a s publicadas sobre o Contestado e os


Fanáticos quu? podem e s c l a r e c e r me l h o r este t ema.
Saæormlitíade
í.06

5.1. Movimento Sazonal <Se Casamentos

A partir das fichas de casamentos estudou-se a


distribuição me n s a l de c a s a m e n t o s . A influência do c o t i d i a n o
na v i d a do paroquiano camponovense, ou seja, tradição,
religiosidade e atividades sdcio-economicas refletia-se na
escolha do mês e inclusive do d i a da semana, pa r a r e a l i z a ç ã o
das n ú p c i a s .

0 número de casamentos mostrou-se em valores


c r e s c e n t e s ac ompanhando a e v o l u ç ã o populacional.

Os mes e s preferidos para o c a s a me n t o variaram


conforme se verifica na Tabela 28. 0 mês com maior
preferência foi d e z e mb r o (três coortes), vindo depois
janeiro (dois coortes), outubro e junho (um c o o r t e cada). Os
meses mai s e v i t a d o s foram novembr o (dois coortes), ma r c o ,
abril, julho, agosto, setembro (um coorte cada).
Verificou-se que a escolha ou rejeição liga-se ma i s à
influência de f a t o r e s económicos e sociais que a r e f l e x o s da
religiosidade que não e r a muito forte na p o p u l a ç ã o .

Quant o ao p r i m e i r o coorte, observou-se a preferência


p e l o mês de d e z e m b r o com Í7 e v e n t o s , se&uindos pelos mes e s
de o u t u b r o (15 e v e n t o s ) , janeiro e agosto (íi eventos). Os
meses e v i t a d o s pelos nubentes são: nov e mbr o (03 e v e n t o s ) e
■Fe v e r e i r o (06 e v e n t o s ) .

Para o segundo c o o r t e observou-se que os nubentes


continuavam a p r e f e r i r o mês de d e z e mb r o com 31 e v e n t o s e
fevereiro com 30 e v e n t o s , e o mês de a g o s t o com 88 eventos.
Os rneses com menos escolha para a realização de núpcias
f o r a m: novembr o (íi eventos), julho ( í .9 eventos) e ma r g o /
setembro (82 e v e n t o s ) .

0 terceiro coorte apresentou o s meses de j a n e i r o (Í88


eventos), d e z e mb r o (47 eventos) e junho (36 e v e n t o s ) como
S.07

sendo os mes e s preferidos. Já os mes e s de abril (03


eventos), setembro (05 e v e n t o s ) e outubro (14 e v e n to s ), eram
o s meses ma i s evitados pelos noivos para a realização de
núpcias.

TABELA £S

Distribuição Mensal de Casamentos. Paróquia São


João Batista de Campos Novos. 1876-1940.

PERÍODO 1876-1880 1881-1890 ! 1891-1900 ! 1901--1910 1911-1920 1921--1930 1931-1940


HESES Abs. Rei. Abs. Rei.! Abs. Rei.! Abs. Rei. Abs. Rei. Abs. Rei. Abs. Rei.
i t
Janeiro 11 121 25 104! 188 508! 90 159 127 228 103 99 63 101
Fevereiro 6 66 30 124!i 30 82! 69 123 39 70 73 70 49 78
Harço 10 110 22 91i 15 40! 46 81 44 79 124 119 28 45
Abril 9 99 24 99! 3 9Í 52 91 45 82 132 127 71 114
Haio 6 66 26 108!1 25 67! 51 90 59 105 95 91 62 99
i
Junho 8 88 26 108Í1 36 97!j 40 70 80 143 142 137 95 152
Julho 6 66 19 79i 29 78i 52 92 39 70 28 27 50 80
Agosto 11 121 28 117! 31 84! 21 37 43 77 81 78 58 94
Setesbro 7 77 22 92i 5 13! 36 63 30 54 102 98 68 109
Outubro 15 163 25 104Í 14 38! 74 131 47 85 176 169 59 94
Novenbro 3 34 11 46Í1 21 57Í 38 67 40 73 84 81 66 106
Dezetsfaro 17 128 31 128! 47 127! 111 196 75 134 108 104 80 128
TOTAL 109 1200 289 1200! 444 1200! 680 1200 66B 120012« 1200 749 1200
! j
Fonte: APSJBCN. Livros de Casamentos.

Entre 1901 e í.910 apresentou os me s e s de de z e mbr o


(1 1 1 eventos), janeiro (90 e v e n t o s ) e outubro (74 eventos),
como s e n d o os meses preferidos. 0s meses de agosto ( £1
eventos), setembro (36 e v e n t o s ) e julho (40 eventos), Foram
o s meses em que s e realizaram menos c a s a m e n t o s .
í 08

0 quinto coorte <: l 9i : l . - i 9H0 ) apresenta o mês de


janeiro ( 127 eventos) seguido pelos me ses de junho <80
eventos) e dezembro <75 evento»), como sendo os meses
preferidos para a realização de núpcias. Os meses ma i s
evitados er am: setembro <30 e v e n t o s ) , seguido pelos meses de
fevereiro e julho, ambos com 39 e v e n t o s ) .

Para 192.L a 1930 o c o r r e u a repercussão de um novo


contingente populacional com r e f l e x o s no c a s a m e n t o . Aumentou
o elemento de o r i g e m italiana que v e i o fixar-se na região.
Alteraram-se o s me s e s preferenciados: outubro passou a s e r o
preferido, com 176 e v e n t o s . Segue-se junho corn 142 eventos,
e abril com 132 e v e n t o s . Os me s e s e v i t a d o s pa r a a r e a l i z a ç ã o
do c a s a m e n t o s ã o : j u l h o <28 e v e n t o s ) , fevereiro <73 e v e n t o s )
e agosto <8í eventos).

Para o último coorte < 193.1.-1940) , destacou-se na


preferência, junho <95 e v e n t o s ) , d e z e mb r o <B<) eventos) «
abril com 71 eventos. Já os me s e s de mar ç o <28 eventos),
fevereiro 49 e v e n t o s e julho <50 e v e n t o s ) f o r a m o s me ses da
merior e s c o l h a para a realização de n ú p c i a s .

Na m a i o r i a das vezes a sazonal idade dos casamentos


estava relacionada a fatores sócio-econõm icos.

Quant o a o s meses de j a n e i r o e dezembro, a preferência


seria explicada pela tradição e o clima. Huitos preferiam
casar-se nestes me s e s , que a p r e s e n t a v a m temperaturas altas e
favoráveis aos festejos matrimoniais. Também, deve-se levar
em c o n t a a distância que era percorrida desde a residência
até Campos N o v o s . Isto para a é p o c a , exigia bons c a v a l o s . Ha
região de Campos N o v o s e r a comum a ma n g u a r e a d a . Escolhiam-se
12 c a v a l o s que f i c a v a m c o n f i n a d o s na m a n g u e i r a à n o i t e e de
dia ficavam no piquete. Quando se aproximava a data do
casamento, os c a v a l o s estavam prontos para a longa jornada
rumo a c i d a d e onde se r e a l i z a v a a celebração nupcial.
iOV

Por outro lado, a partir de nov e mbr o, o gado já


estava gordo e pronto pa r a o a b a t e . Isto significava um bom
churrasco, isto é, uma F e s t a .

Devido à impossibilidade de construírem a casa o nd e


passariam a residir, por motivos econômicos - falta de
dinheiro para c o mp r a r madeira, para pagar a construção,
havia a p r e fe r ê n c ia p e l o s me ses mais q u e n t e s . Os me s e s que
a n t e c e d i a mm ao mês de junho, isto é, abril e ma i o , eram
meses de po u c o t r a ba I ho . Tr a d i c i o na 1 ni e n t e os f a mi 1 i a r f.?s
coristruiam a casa para os noivos e, justamente nestes meses
era possível tal empreendimento. P o rta n to , casavam-se em
junho pessoas que t i nham c e r t a estabilidade econômica. Junho
é mês de i n v e r n o . Hesmo a s s i m neste mês o gado e s t a v a gordo
e pronto para o a b a t e . Por outro lado, o «lê s de j u n h o é mês
de pouco s e r v i ç o .

Os meses de r e t r a ç ã o e r am: julho, setembro e agosto.


A explicação pode ser buscada no aspecto econômico
(agrícola) e clim ático. A partir de j u l h o , o gado estava
magr o; isto é, já não s e prestava para o abate. Também nau
havia comércio para esta atividade econômica. Quant o ao
clima, estes meses s a o o s ma i s Frios e o que cie c e r t a Forma
retraía o espírito festivo do p o v o . Para o final de a g o s t o e
o início do mês de setembro, começava o t r a b a l h o agrícola.
Com o preparo da terra para a plantação de p r o d u t o s que
compunham a a l i m e n t a ç ã o básica do p o v o rJa P a r ó q u i a .

0 que c a u s o u e s t r a n h e z a , na r e a l i z a ç ã o das núpcias,


•Foi a r e d u z i d a ou i n e x i s t ê n c i a da influência da I g r e j a na
s azonal :i .dade. 0 povo não r e s p e i t a v a a Quaresma e também não
respeitava o tempo do A d v e n t o . Os mes e s de fevereiro a
ma r ç o , são os uteses quar esma i s e os meses de no v e mb r o
(fin al) e d e z e mb r o s ã o o s meses do A d v e n t o .

0 mês de agosto, um dos me s e s mai s evitado, não


mo s t r o u r e t r a ç ã o progressiva em todo o período. Isto rios
ÍÍO

leva a concluir que não e x i s t i a superstição ou preconceito


relacionado a este mês. Nos dias atuais, isto nao a c o n t e c e .

Cor t cl ue- si e qua a e s c o l h a do mês p a r a a r e a l i z a ç ã o de


núpcias estava ma:i.s ligado ao aspecto econômico e à
tradição. ü calendário religioso praticamente não
influenciava, apesar de a população s e r predominantemente
católica. Quant o ao a s p e c t o econômico, nao h o u v e mudanças em
todo o período. A pecuária foi a base e c o n ô m i c a da P a r ó q u i a .

TABELA 29

Meses de Movimento Máximo e Mínimo de Casamentos


Constatados era Diferentes Paróquias. População
Livre.

HESES BE KDVIHENT0
PARÓQUIAS PERÍODOS
Háxiao Hínino
São João Batista de Campos Novos (a) 1876-1940 jan, dez, jun. jul, set, ago.
N.S. Oliveira - Vacaria (b) 1850-1930 fev, aiai, jan. out, nov, ago.
S.H. da Boca do Konte (c) 1844-1882 fev, «ai, jan. aar, dez, abr.
H.S. da Luz - Curitiba (d) 1851-1880 fev, jun, jul. ïar, dez, abr.
H.S. Sant'Ana (e) 1883-1879 fev, jan, jun. aar, nov, out.
Ss - São Paulo <f) 1782-1850 fev, oai, set. mar, dez, abr.

a - APSJBCN.
b- B0RŒ S, Hariü Heli. Vacaria - Evolução Histórico Iienonráfica. Í7M-1930- Florianópolis. Í982.
Dissertação de Kestrado.
c - BELINAZZO, Terezinha Haria. APQpulacão da Paróquia ds Santa Haría da Boca do Honte. 1844-1882.
Curitiba, UFPR, 1981. Dissertação de Mestrado,
d- MIRANDA, Beatriz Teixeira de Helo. J^qrífil&uiíLM^ ■
Curitiba, UFPR, 1978. p. 98.
e - GONÇALVES, Haria Aparecida Cezar. E^Uuk.femqráf.ka ds.P.anQg»iiLJk..Ha£Si.ig.al:tQl^.SM.'iiia..-de
Ponta Grossa. 1883-18/9. Curitiba, UFPR, 1979. p. 91. Dissertação de Hestrado.
f - HARCILIO, Haria Luisa. ACidade de SãoPatilo - Povoaaento e População. 1750-1850. São Paulo,
Pioneira, EDUSP, 1973. p. 155.

O estudo também m o s t r o u que no d e c o r r e r do período,


os meses quentes de v e r ã o , são os preferidos, seguidos de
j unho. O final do i n v e r n o apresentava uma r e t r a ç ã o quanto à
realinação de n ú p c i a s .
5.ÍÍ

A P a r ó q u i a S fío J o a o Batista se» c o mp a r a d a com outras


P « r ó qu i a s L)V a s i 1 e i r a <5, a pr e s e n t a r á t: o ui p o r t a tue n t o
diferenciado quanto a escolha do mes para a r e a l i z a ç ã o de
núpcias .

C) mo v i me nt o s a ao n a l de ca ir»a men t o s da Paróquia Sao


João B a t i s t a de Campos N o v o s Foi diferente das P a r ó q u i a s di;
Santa Haria da Baca do H o n t e , Santa Haria-RS; Nossa Senhora
da Lu*, Cur i t i ba™PR i M ossa Sanhora S a n t 'Ana, Ponta
Grossa-PR; Sé, Sao P a u l o - S P e Nossa Senhora da Oliveira,
Vacaria-RS (Tabela 29). As Paróquias que ma i s s e aproxi man!
da de Campos Novos sao a de Vacaria e Ponta Grossa, nos
mes e s de mo v i me n t o máxi mo, ou seja, janeiro, d e z e mb r o e
junho. Os meses de mo v i me n t o mí ni mo nao apresentam
semelhanças e n t r e Campos N o v o s e a s demais P a r ó q u i a s . Estas
apresentam comportamento que s e g u e as prescrições da Igreja
Católica. As f r e q u ê n c i a s máxi mas ocorrem em f e v e r e i r o e as
irríriimas nos períodos de a b s t i n ê n c i a da Igreja Católica.
Campos N o v o s , apesar de s e r composto por católicos em sua
quase totalidade, nao a p r e s e n t o u tal comportamento.

5.2 — Distribuição Semanal de Casamentos

0 mo v i me n t a de eventos nupciais distribuídos na


semana, mo s t r a r a m uma p r e f e r ê n c i a pelo sábado (846 eventos
em t o d o o período) e do mi ng o (674 eventos em todo o
período), estando acima da mé di a de c a s a m e n t o s realizados em
cada dia da semana. A mé di a diária é de 5 9 2 , 4 e v e n t o s . Todos
os o u t r o s dias da semana e s t ã o abaixo de ss a média (Tabela 30
e- F i g u r a s Í8 e 24) .

A sexta-feira aparece como um do s dias da semana


menos e s c o l h i d o s para a realização das núpcias. Em três
decenios (Í872-Í880, com 20; í90i-í9í0, com 78; 19.U-Í920,
1.12

cora 85 c a s a m e n t o s ) é o d i a com m« nor f r e q u e n t : i a . Has de ni al s


décadas é o segundo d :i.a e s c o l h i d o para c a s a r (Í.88Í-Í890, com
35; i 891- i 9 0 0 , com 78; 1 9 8 1 -1 9 3 0 , com 87 e 1 9 3 1 -1 9 4 0 , com 73
eventos). Em Í8 8 1 --Í8 9 0 e Í.8 9 1 -Í9 0 0 , a preferência em menor
número r e c a e na s e g u n d a - f e i r a e, em 1 9 2 1 -1 9 3 0 a Frequência
menor é terça-feira ( 8 5 e 73 eventos, respectivam ente). ft
quinta-feira teve uma e s c o l h a menor no d e c ê n i o 1 9 2 1 -1 9 3 0 .

0 sábado e o domi ngo ag r upav am ma i s de um t e r ç o da


preferência, ou s e j a , 1599 e v e n t o s .

TAB E LA 30

D istrib u ição Semanal de Casam entos. P aróqu ia São


João B a tista de Campos Novos. 1 8 7 6 —1 9 4 0 .

PERÍODO Í876-Í880 ! 1881-1890 ! 1891-1900 ! 1901-1910 1911-1920 ! 1921-1930 ! 1931--1940


DIA DA SEHANA Abs. Rei.! Abs. Rei.! Abs. Rei.! Abs. Rei. Abs. Rei.! Abs. Rei. ! Abs. Rei.

Doaingo 23 147! 60 145! 74 117! 114 117 92 96! 223 125i 118 110
1 i 1 j
Segunda 19 122 i 14 35! 28 44! 91 94 93 97 i 162 91 i 88 82
t I i 1
Terça 20 128i 55 1331 76 120! 102 105 94 99Í 155 87i 95 89
i i i j
Quarta B 52! 40 97! 67 106! 90 93 87 91! 159 89! 95 89
i i i
Quinta 10 65! 22 53! 73 115! 87 89 93 97! 158 89! 104 97
I ■ i ( I
Sexta 3 19! 14 34Í 47 74! 82 85 82 86! 145 81 i 80 75
i i i
Sábado 26 167! 84 203! 79 124! 114 117 127 134Í £46 138i 169 158
i i i 1 j
TOTAL 109 700! 289 700! 444 700! 680 700 668 700! 1248 700! 749 700
! 1 t i 1

Fonte: APSJBCN. Livros de Casanentos.

A escolha por um d i a da semana po de ser determinada


na v i d a econômica dos paroquianos. Do i n í c i o até o f:i.m do
período estudado, a atividade econômica esteve s e mp r e ligada
à economia de subsistência, isto é, criação de gado
(pecuária extensiva) e plantio de m i l h o , feijão. A festa do
c a s a me n t o e a r e a l i z a ç ã o deste aos sábados e domingos não
DISTRIBUIÇÃO SEMANAL DE CASAMENTOS
PAROQUIA SAO JOAO BATISTA DE CAMPOS NOUOS. i 13
DOM SEG TER QUA QUI SEX SAB

160 FIGURA 18
1876 - 1888

100 ------- ' r ca------- ------- FIGURA 19


1881 - 1898

160 FIGURA 28
1891 - 1900
DISTRIBUIÇÃO SEMANAL DE CASAKENTOS
ÍÍ4
PAROQUIA SAO JOAO BATISTA DE CAMPOS NOVOS

DOU SEG TER QUA QUI SEX SAB

1B0 FIGURA 21
1901 - 1910

100 FIGURA n
1911 - 1920

100 n
■¡Hsseg

} [ ________ If
FIGURA 23
1921 - 1930

100 n n FIGURA 24
1931 - 1940

LEGEHDA : ESCALA VERTI CAL/ i CH. = 20 EUEHTOS


FOHTE: TABELA 30
í í5

atrapalhava o dia-a-dla dos p a r o q u i a n o s . A observaçao das


F: i g u r a s Í8-24, que r e p r e s e n t a r a os períodos, vê-se que riao
houve mudanças quanto ao dia da semana em que eram
realizadas as núpcias.

Ha P a r ó q u i a existia um d i t a d o popular que d i ï ' i a : "dia


da semana, casamento de negro". Através de um estudo
pormenorizado, descobrimos que muitas pessoas de
descendência européia casavarn-se também nos d i a s da semana,
excetuando-se o s á b a d o e o domi ngo. Por outro lado, pode-se
também c o n c l u i r que e x i s t e ? mu i t o de verdade neste ditado,
pois a maioria da populaçao era formada por
luso-bra s i l ei r o s .

5.3 - Movimento Sazonal de Nascimentos e


Concepções

0 ritmo sazonal de nascimentos permite conhecer como


a populaçao vê a natalidade e a concepção face a sua
mentalidade e aos condicionantes da v i d a social, ambiental e
económica.

A análise do mo v i me nt o natural da população,


representado pelos indicadores de n a s c i m e n t o , concepçoes «
casamentos deve mostrar a ma i o r ou menor influência da
Igreja no compor tame rrto d e s t e s eventos ao l o n g o do a n o , isto
é, na sazonali dade. Tanto nos casamentos como nas
concepçoes, os períodos de a b s t i n ê n c i a sexual ordenados pela
Igreja - Quaresma e A d v e n t o - , que c o r r e s p o n d e r i a m , "grosso
modo" , a o s mes e s de mar ç o e d e z e mb r o , sao os que apresentam
ma i s a l t o índice.

A Tabela 3 í e as F i g u r a s 25 a 3 í permitem identificar


os p e r í o d o s de m a i o r incidência de n a s c i m e n t o s . Observa-se
que nos períodos de í87í a 19Í0 pr edomi nam o s nascimentos em
lió

d e z e mb r o (duas vezes), janeiro (uma v e z ) e setembro (uma


v e z ) . Nos períodos entre Í9 3 .Í a 1940, setembro é o mês de
ma i o r incidência. A concepção ocorreu em ma r ç o , dezembro,
abril e janeiro.

Até Í9Í0 a população era constituída predominante­


ment e p o r caboclos e luso-brasileiros. De 1911 em d i a n t e a
imigração torna-se a maior responsável pelo crescimento
populacional, trazendo novos comportamentos demográficos.

TABELA 31

Batismos e Concepções. Paróquia São João Batista de


Campos H o v o s . 1871— 1940

PERÍODO 1872-1880 ! 1881-1690 ! 1891-•1900 1901-1910 ! Í9Í1-1920 ! 1921-1930 ! 1931-1940


HES Abs. Rel.! Abs. Rel.! Abs. Rel. Abs. Rel.! Abs. Rel.! Abs. Rel.! Abs. Rel.
BAT. CONC. i i 1
Jan. Abv. 42 116!i 170 127!i EBB 132 350 118! 499 110! 771 94!f 488 102
Fev. ttai. 32 88!t 90 67!i 204 93 224 75! 378 83I 710 86jj 390 81
Nar. Jun. 31 86!1118 88!i 186 85 226 76! 403 89i 736 90!1427 89
Abr. Jul. 26 72!i 110 82!i 140 64 231 78!{ 407 89Í1700 85i1414 84
Mai. Ago. 29 80!i 122 91ii 176 81 292 98!} 466 103!1828 101! 483 100
Jun. Set. 25 69!I 153 115!i 194 89 314 106fI 430 95!\ 877 107!( 476 99
Jul. Out. 44 122!i 124 93.ii 206 94 273 92! 425 93!1827 100!} 485 101
Ago. Nov. 41 113!i 157 117!i 275 126 328 111!\ 509 112!1 957 116!1 548 114
Set. Dez. 51 :141ii 171 128!i 219 100 301 101!1 463 102!1 859 104!i 536 111
Out. Jan. 30 83!i 141 106!i 251 115 341 115Íj 548 119!1 983 119!1 557 116
Nov. Fev. 26 72!i 129 96!i 196 90 304 102! 478 105! 831 101!j 491 108
Dez. Har. 57 158!i 120 90!i 287 131 381 128!1 455 100!1 799 97!1 4/4 99
TOTAL 434 1200!1605 1200!2622 1200 3545 1200!5455 120019878 1200Í5769 1200
i t j t t
Fonte: AF5JBCN. Livros de Batisaos.
MOVIMENTO SAZONAL DE UATISMOS E CONCLTCOES
rnnoquiA sno j o a o u a t i s t a de c a m p o s h ovos 5í 7

jan FEV haíi Aim mai jun jul ago set out hov dez = ijatisho
ABU MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAH= CONCKl’COES

FIGUíM 25
Q 1U72-1000
100

FIGURA 26
r ~ i— i 1GB1-1B9B
líiB
- C L

100
F 1GUP.A 27
IQDl-l'JÜO
ttW MENTO SAZOHAL DE UATÜÎKOS E CONCEl’COES
l'AHOqUIA CAO JUAO DAT ïîiTA DE CAHPOS NÜV05 li8

JAN FEU «AH Alilt MAI JUN JUL AGO ÍJET OUT NOV DEZ= IJATISNO
AMI MAI JUN JUL AGO SET OUT HOU DEZ JAN FEU HAÜ= CONCEPCOES

h FIGURA 20
100
1901-1910

FIGUnA 29
100 1911-1920

FIGUIlfl 30
10B a 1921-193Q

100 n r R
FIGUnA 31
1031-19*10

FONTE: TABELA 31
E.VERT. lcm= 20 e v e n t o s
ÍÍ9

Nos» me s e s com menor valor, há uma p r e d o m i n â n c i a para


fevereiro (04 v e z e s ) e abril (OH v e x e s ) e julho (uma vez),
com as c o n c e p ç õ e s em m a i o , julho e setembro.

0 que s e observou foi que na P a r ó q u i a de Siso Joao


Batista de Campos Movos não se respeitou à Quaresma e ao
Advento. Resulta da nao o b e d i ê n c i a aos preceitos religiosas,
da a t i v i d a d e econômica e da v i d a social.

Ao s e comparar a Paróquia de Sao J o ã o Batista de


Campos Movos com o u t r a s Paróquias do s u l do B r a z i l ( Tab el. a
31), verificou-se que o mo v i me n t o sazonal de batismos
r e g i s t r a do s e m Campos Mo v o s a p r s s í>nt ou s e m e l h a n ç a s , ou s e j a ,
as frequências máxi mas ocorrem nos meses quentes,
g e r a l me n t e . Nos me s s?s cl e mo v i me n t o mx irim o, t a mb é ni
v e r i f icou-se semelhanças entre as P a r ó q u i a s em que foi feifca
a análise, pois estas ocorreram nos meses de i n v e r n o .

TABELA 3H

Meses de Movimento Máximo e Mínimo de Batismo


Constatados em Diferentes Paróquias. População
Livre.

HESES DE HOVIHENTO
PARÓQUIAS PERÍODOS
Káxitso Híniaio

São João Batista de Caapos Novos 1871-1949 out, ago, jan. fev, abr, jun.
N.S Oliveira - Vacaria (a) 1761-1930 ago, set, out. fev, abr, gar.
N.S. da L uh - Curitiba (b) 1851-1880 jan, jun, fev. ago, nov, sar.
H.S da Luz - Curitiba (c) 1801-1850 dez, fev, nov. jul, ago, sai.
Sé - São Paulo (d) 1800-1850 sai, jan, ago. dez. nov,

a - BORGES, liaria Neli. EmludaJülíóriaLlifcmQgráfica.1761-1930. Florianópolis, Í982. Dissertação


de Hestrado.
b - MIRANDA, Beatriz Teixeira de Helo. ôâi»eíJtatJtejíaará£ixflSL_de.Jiuna_XjudtóLíte_E5J^aaejB^Jía_^jil^_
Curitiba. 1851 a 1880. Curitiba, UFPft, 1978. p. 85. Dissertação de Hestrado.
c - KlíBO, Elvira Hari. ÔSfi£dt!aJtegdiÍ&EL^...l^ÍtÍl&^ . Curitiba, ÜFPR,
1974. p. 66. Dissertação ds Hestrado.
d- HARCILIQ, Hsria Luiza, ft Cidade de São Paulo-. Povoaaento e População, 1750-1850. São Paulo,
Pioneira, EDUSP, 1973. p. 155.
í BO

Para todo o p e río d o , a s a z o n a l :i.dade de c a s a m e n t o s e


concepções é influenciada pela atividade econômica
(pecuária). Portanto, ao c o n t r á r i o do que s e tara verificado
em outras Paróquias já estudadas, o comportamento
demográfico da p o p u l a ç ã o refletiu antes a influência do me i o
e? da e c o n o m i a do q u ce d a s t r a d i c a e s r e 3. :i. g i o s a s .
C O N C L U S a O
i'd'à

Mo p l a n a l t o catarinense» na á r e a da Campas N o v o s v i v i a
unta p o p u l a ç ã o que d e s e n v o l v i a atividades ligadas à pecuária
extens»iva.

0 primeiro núcleo populacional & ser fundado na


r e g i 3o fo i La ges, 1 i g a da a que s t r í e s e s t r a t é g i r.: i s e
adm inistrativas. Deste c e n t r o irradiou-se um p o v o a m e n t o que
deu o r i g e m a o u t r a s comunidades, como a Freguesia de São
João Batista de Campos Novos. Criada em .1.854, era
constituída até iE)08 por elementos de cond:i.r,:ao livre e
escrava, para a s e y u ir, ser composta essencialmente por
elementos de c o n d i ç ã o livre.

Para todo o período estudado ( i 8 7 ó - í 940), a população


da P a r ó q u i a São Jo ã o Batista, apresentou c o mp o s i g : ã o etária
jovem. Na i n í c i o da p e r í o d o <í 8 6 2 ) a população era composta
por P B, 2% de e s c r a v o s e 7 í , 8% de l i v r e s . A partir de iïï&E a
população escrava diminui sensivelmente. A população livre
ma n t e v e um i n c r e m e n t o positivo, seja devido ao crescimento
vejetativo, seja pela migração - sobretudo neste século.

Devido a atividade econômica principal ser a


pecuária, a predominância era de homens.

0 elevado número de j o v e n s determinou que as> p es;so a s


solteiras, de ambos o s s e x o s , Fossem em número e l e v a d o .

As a l t a s taxas de n a t a l i d a d e , eni g e r a l , em t o r n o de
40 por mil ( 4 6 , OS por mil -• i 8 9 .í~ í.9 0 0 > junto com os
migrantes, Foram os m a i o r e s responsáveis pelo crescimento
populac i o n a l .

Os migrantes v i nham de Santa Catarina (Lages,


Curitibanos, Bl umenau, Biguaçú, etc); do R i o Gr a n d e do Sul
(Passo Fundo, Caxias do S u l , Taquara do Hundo N o v o , Honte
Me g r o , Vacaria, Be nt o G o n ç a l v e s , etc:.). De S a n t a Catarina,
vieram principalmente, o grupo étnico composto pelos
descendentes luso-brasileiros. Do Rio Gr a nd e do Sul,
Í'ã3

descendentes de alemães e italianos. De outros Estados


brasileiros, como Sao P a u l o e Paraná, vieram migrantes para
Campos N o v o s . A essa população nacional, juntou-se a de
outros países, sendo que a Itália contribuiu com ma i s
imigrantes que os outros países ( A l e ma n h a , Espanha,
Argentina, Polônia e ou tros).

Quant o a dinâmica demográfica, verificou-se que a


s a z o n a l i da de de c a s a m e n t o s , em todo o período ( :1.876--:1.940 ) ,
determinou maior frequência nos meses quentes, janeiro e
de z e mbr o . Não s e v e r i f i c o u queda de c a s a m e n t o s na quar e s ma e
no a d v e n t o , como r e s u l t a d o do nao r e s p e i t o às tradições
religiosas da Paróquia. 0 mo v i me n t o de casamentos,
distribuídos ao longo dos d.i.as da semana, apresentou
preferência pelo sábado e d o mi n g o .

Através do r i t m o sazonal de nascimentos e concepções,


procurou-se conhecer a mentalidade e os c o n d i c i o n a n t e s da
vida social dos camponovenses. Quant o aos nascimentos,
observou~se a predominancia dos me s e s de a g o s t o e outubro e
c o n c e p ç õ e s máxi mas em no v e mb r o e j a n e i r o .

Na P a r ó q u i a o povo não o b s e r v o u o preceito de b a t i z a r


as crianças logo após o nascimento, pois os dados mostraram
q u e os ba t :l s mo s r e a l i z a v a m- s e a p ó s o p r i me i r o mê s de v i da .
Entre a data de n a s c i m e n t o e cinco anos inclusive, f orai n
batizadas 9 5 , :\.% das c:r:ia n r;a s assentadas nos Livros de
Registro de B a t i s m o da P a r ó q u i a Sao J o ã o B a t i s t a de Campos
Novos.

Veri-Ficou-se, após terem s i d o testados os indicadores


demográficos, a não i n f l u e n c i a dos preceitos religiosos na
c o muni da de com ma i o r influencia da a t i v i d a d e econômica nos
procedimentos da p o p u l a ç ã o .

Chegou-se a conclusão de que a p o p u l a ç ã o da Paróquia


São J oã o Batista de Campos Novos, após terem sido
verificados e a n a l i Ha dos o s e v e n t o s vitais, nao a l t e r o u seus
procedimentos demográficos. Estudos posteriores, ao
a n a l i z a r ism a s décadas de 50 a 80, poderão i d e n t i - Pi car se
ocorreram m odific a ç o e s no c o m p o r t a m e n t o da p o p u l a ç a o face
aos e v e n t o s vitais, -Fazendo a transição para a chamada
sociedade i n dus t: r i a 1 .
1 . Fontes

1.1. Arquivo da Paróquia São João Batista de Campos


Novos

Livros» de B a t i z a d o s
N° Oí, 0 2 , 03, 04, 05, 06, 07, 08, 09, Í0, íí, Í2, 13, Í4,
15, 16, 17, 18, 19, SO, £1 e EH.

Livros de C a s a me n t o s
N° 0.1, 0í?., 03, 04, 05, 06 e 07.

Livros de Tombo
W° 0 í , 02 e 03.

i.£. Arquivo Público do Estado de Santa Catarina


- Florianópolis

Correspondências das Camaras Municipais com o Presidente


de P r o v í n c i a - H0"' 35 - 6i .

0F í c i o s C h e f e de P o l í c i a paia o Presidents? da P r o v í n c i a
Í8 6 3 - £° Tomo.

Relatório do S e c r e t á r i o Geral Caetano Vieira da Costa,


junho de 1903.

1.3. Recenseamentos

Recenseamento G e r a l do I m p é r i o do B r a s i l , 187E.

R e c e n s e a me n t o G e r a l do B r a s i l de á.890.

Sinopse do F l e c e ns e ame nt o -• 1900. Rio de J a n e i r o , Tip. de


E s t â t í.s t i c a , i 905 .

Censo D e m o g r á f i c o . 5.940. Série Regional. Parte XI X, Santa


Catarina.

1.4. Arquivo Histórico Municipal Dr. Waldemar Rupp -


Campos Novos

- Livros de L e i s - 1907 - Í9S0


126

2. B ib lio g ra fia

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WACHOWICZ, Rui Chr i s t o v a r a . Ab.r.a.r.it.b.«.a.¿....wnj....«s.tw.d.o.....d.íi...H.iai.p.r.j..ft


]C!je.m.Q.í?.):.ái.Í.CB.. C u r i t i b a , Gráfica V i c e n t i na , í.976 .

VRI GLEY, E . A . J:J.;i.5.tÓ.r.Í.A...X..f:.Q.I:Ll/a.t;.Íí;).r.l. Madr :i. d , Guada ñama S . A . ,


í 969 .
A N E X O S
i 32

AHEXQ Oi

Ficha padrão para indexar registros d e batismo.


Freguesia São João Batista d e Campos N o v o s .

D A TA : ........................................................................................................................................................

LU GA R: .....................................................................................................................................................

NOUE : .......................................................................................................................................................

N ASCEU : ..................................................................................................................................................

F IL H O L E G IT IM O ....................................... N ATU RAL ...................................... EX P O STO

P A I: ...........................................................................................................................................................

O R IG E H : ...................................................................................................................................................

HAE: ...........................................................................................................................................................

O R IG E H : ...................................................................................................................................................

AMOS PA TERN O S : .................................................................................................................................

AVO S M ATERNOS: ..................................................................................................................................

P A D R IN H O : ................................................................................................................................................

MADRINHA : ................................................................................................................................................

CO M EN TA R IO : ..........................................................................................................................................

L IV R O No P A G IK A No.
.1.33

ANEXO P.

F ich a padrão u t i l i z a d a p ara in d e x a r r e g i s t r o s de


casam ento .
F r e g u e s ia São João B a t i s t a de Campos N o v o s .

! D ATA: ..........................................................................................................................................................................................

! LUGAR: ........................................................................................................................................................................................

! N O IVO

! N O N E: .................... ......................................................................................................................................................................

! ORIGEM -. .....................................................................................................................................................................................

! ID A D E : .......................................................................................................................................................................................

! P A I: .............................................................................................................................................................................................

! O R IG E M : .....................................................................................................................................................................................

MAE: .............................................................................................................................................................................................

O R IG EM : .....................................................................................................................................................................................

N O IV A

HOME: ...........................................................................................................................................................................................

O R IG E M : ...................................................................... ..............................................................................................................

ID A D E : ........................................................................................................................................................................................

P A I: ................................................................................. ...........................................................................................................

O R IG EM : .....................................................................................................................................................................................

MAE : .............................................................................................................................................................................................

O R IG EM : ...........................................; .......................................................................................................................................

TESTEM U NHAS

1 - ................................................................................................................................................................
2 - ................................................................................................................................................................................................

A S S IN A R A H

i - S IH ........................................ NAO .................................. 2 - S IM ........................................... HAD

CO M EN TA R IO .............................................................................................................................................................................

LIVRONo. PAGINA Ho.


.1.34

ANEXO 3

Ficha padrão utilizada para indexar registros de


úbi t o s .
Freguesia São João Esatista de Campos l>!ovos.

D A TA : ....

LU GAR: ...

NOHE: ....

ID A D E : ...

F'A I : ............

HAE: ...........

c m JU G E : .

C A U SA : ...

C E H IT E R IO :

C O H E N TA R IO

L IV R O PAGINA
ANEXO 4

Ba t i zados. Freguesia S3o João Batista de Campos


Movos-SC. Números Absolutos.

Período: 187Í - 1880.


j i i
H ES
Jan ! Fev ! M ar Abr Ha i Ju n Jul fig o Sst ! Out H ov Dsh TO TA L
; i i
fiHO

i i
. . _ _
18 7 1
- ! - 1 - li 1 - - i í - - í 4
18 7 2
13 7 3 1 . i 1 i - - - - - - - ! - - 2
18 7 4 1 ! i ! 1 1 - - 8 1 - i 3 3 13

13 7 5 4 ! 6 ! 5 3 3 4 6 8 7 ! 5 8 16 75
18 7 6 8 ! 7 ! 6
0
■J O 4 7 7 12 ! 3 7 8 75
18 7 7 9 ! 5 ! 6 2 5 •5 9 6 11 ! 4 2 7 71
Í8 7 B 6 ! 3 ! 4 6 4 2 7 2 7 ! 5 - 4 50
18 7 9 7 í 3 ! 3 4 3 4 4 10 7 ! 5 5 9 64
Í8 8 0 ó ! 6 ! 6 7 ÍO 5 9 7 6 ! 8 1 9 80
i i }
T 0 T ft L 40 ! 32 ! 31 26 29 25 44 4Í 51 i 30 26 57 434
i j 1

Período 1881 - 1890.


HES
Jan Fev Har Abr H ai Jun Jul A go Set Out Hov Bez TO TA L
ANO

Í8 B 1 7 6 7 4 6 12 lí 3 6 11 10 13 96
7 10 14 21 7 15 13 14 0
18 8 2 6 / 14 7 8 18
n
Í8 8 3 16 6 7 4 10 12 7 11 8 11 8 12 114
18 3 4 12 13 10 9 7 5 12 16 14 15 10 5 12 8
18 8 5 2? Q 11 8 14 19 11 16 18 9 14 12 16 3
18 8 Ó 20 10 10 17 19 16 7 17 10 17 6 9 15 8
Í8 8 7 23 12 12 18 18 16 18 13 25 22 19 9 205
18 3 8 15 6 15 14 14 15 13 25 19 14 18 14 18 2
Í8 8 9 28 16 14 17 13 21 18 20 26 1.3 16 17 219
18 9 0 21 5 18 12 13 19 15 22 24 22 13 16 20 0
CU
CU

14 1 j.í? 120 1 .6 0 5
i“

T O T A L 17 0 90 118 110 15 3 12 4 15 7 17 1
H
í3 6

Período 1891 — 1900.


HES
Jan Fev Kar Abr Hai Jun Jul Ago Set Out Hov Dez TOTAL
n
U
------------1---- ----- ------------ ----- ---- ---- ---- ---- --- -----

1891 87 16 19 13 21 12 17 23 23 19 14 15 219
1892 16 9 13 11 14 14 16 15 19 26 24 28 205
1893 36 18 æ 13 15 17 24 27 12 15 17 23 239
1894 36 13 18 8 12 14 10 28 26 eo 19 24 228
1895 38 20 13 16 20 29 lf: 36 24 35 30 34 313
1876 £4 18 19 16 15 17 32 23 25 34 16
<irr
35 274
1897 23 17 17 20 15 2í 17 26 23 30 LJ 30 264
27 18 25 36 583
1898
1899
36
21
22
37
17
19
15
13
22
16
23
19 23 01
31 28 19
11
24 PA 278
1900 31 34 29 15 26 28 22 33 21 28 16 36 319
TAL 288 204 186 140 176 .194 206 275 219 251 196 287 2.622

Período 1901 1910


KES !
Fav Abr Hai Jun Jul Sat fev Dez TOTAL
ARO
! Jan
!
Har Ago ë
1
1901 31 16 11 13 23 21 10 9 8 20 9 41 212
1902 36 13 17 22 25 38 36 24 28 35 23 51 348
1903 30 20 19 20 39 26 20 23 16 32 29 36 310
Í904 22 22 17 19 2í 23 27 17 17 32 37 30 284
1905 34 20 23 31 29 37 23 36 31 36 23 38 361
1906 33 19 33 20 25 21 34 38 35 27 31 23 339
1907 38 25 27 26 38 32 38 27 26 31 27 37 372
1908 38 38 22 29 30 39 25 31 27 36 38 54 407
1909 39 33 27 30 33 37 16 44 25 25 35 27 37Í
1910 49 18 30 21 29 40 44 79 88 67 52 44 561
TOTAL 350 224 cBó 231 292 314 273 328 301 341 304 381 3.565

Período 1911 — 192 0.


HES
Jan Fev Har Abr Hai Jun Jul Ago Set Out Huv Dez TOTAL
AHO

1911 52 46 47 40 28 32 4?! 43 40 33 31 44 479


1912 44 31 40 48 44 50 43 50 37 45 41 37 510
1913 46 33 38 36 3? 56 43 54 45 59 57 36 542
1914 52 38 43 34 42 30 27 33 41 38 40 25 443
1915 54 32 33 45 42 32 39 40 48 57 37 39 498
1916 4n7 27 34 28 49 46 39 57 48 56 58 45 534
1917 n
OL 34 36 45 67 39 5Í 77 54 62 64 64 ¿25
1918 5 1 34 48 35 62 44 50 63 46 56 59 54 602
1919 AO 50 40 48 45 40 41 46 46 63 50 58 570
1920 */70
r* 53 44 48 48 61 49 46 58 73 41 53 652
TOTAL 499 378 403 407 466 430 4.25 509 463 542 478 455 5.455
i37

Período 19£1 - 1930.


HES
Jan Fev Har Abr H ai Jun Jul Ago Set Out Hov Bez TO TA L
ANO

19 21 54 35 63 41 60 54 50 87 57 ■ 88 52 65 706
19 8 2 56 A4 63 56 64 74 74 76 73 93 83 71 847
19 23 60 68 69 62 69 90 81 96 87 98 91. 80 950
19 2 4 77 97 87 SB 95 115 10 9 14 6 114 13 9 113 í .1.6 1 .2 6 6
19 25 114 10 3 87 10 5 115 83 81 93 90 98 92 65 1 .1 2 6
19 26 77 53 60 89 96 81 80 9í 10 7 112 77 85 1 .0 1 8
19 2 7 87 66 81 94 iO í 10 4 1Í4 95 93 80 10 4 97 1 .1 1 6
19 28 90 91 9i 79 94 113 89 110 92 10 7 72 89 1 .1 1 7
19 29 97 79 99 69 95 10 1 10 3 94 80 89 76 70 1 .0 4 2
19 3 0 59 54 36 47 50 52 46 69 66 79 71 61 69 0

T O T A L 771 7.1.0 736 700 828 877 827 957 859 983 831 799 9 .8 7 8

Período 1931 - 1940.


i
HES
Ja n Fev H ar Abr M ai •Jun Jul A có Set Out N au ! B sz TO TA L
i
ANO

qrv
19 3 1 81 54 58 42 u7 47 39 70 51 91 u7 63 7 14
19 3 2 44 45 50 54 48 56 40 62 67 53 59 47 ¿2 5
19 3 3 38 27 32 32 45 52 47 63 53 48 43 48 533
19 3 4 44 38 28 32 54 45 43 54 64 50 39 50 541
19 3 5 40 40 38 45 58 47 60 48 60 59 59 48 602
19 3 6 45 36 39 35 24 50 53 52 40 54 32 43 503
19 3 7 49 30 40 38 45 33 35 46 38 51 32 40 477
19 3 8 48 35 44 36 43 40 54 49 44 47 37 46 *33
19 3 ? 47 44
iA
~n 45 45 45 5? 44 4? 44 50 37 JTU
19 4 0 52 41 54 55 62 ¿1 62 60 70 60 76 52 705

T O T A L 488 390 427 4 14 483 476 485 548 536 557 491 474 5 .7 6 9

F o n te : A P S JB C N . L iv r o s de B a t is m o .
i 38

ANEXO 5

Concepções. Freguesia São J&ão B<í.tista de Cat upos


N o v o s —B C . Números Absolutos.

Período: 5.87 í — 1080.

H ES
Abr M ai Jun Jul Ago Set Out h'üV Dez Jan Fçv N ar TO TA L
ANO

. - - _
18 71
- - - - 1 1 - - 1 - - i 4
18 7 2
- - - - - - - - - - 2
18 7 3 1 1
t - - - - 3 0 Í3
18 7 4 í í 1 1 2 1
n
18 7 5 4 6 5 3 0 4 é 8 7 5 8 16 75
18 7 6 8 7 ¿ 3 3 4 7 7 12 3 7 8 75
A cr / n
18 7 7 7 J C- 2 5 5 ? 6 11 4 C 7 71
»■ > 5 - • 50
18 7 8 é u 4 6 4 2 7 2 7
g n
0 4 4 10 7 5 64
18 7 9 7 tj 3 4 3
0 6 8 Í 9 80
Í8 8 0 6 6 6 7 SO 5 7

00 31 26 2? 25 44 41 5i 30 26 57 434
T O T A L 45 Ui.

Período 18S1 — 1890.


i
HES
Abr H ai Jun Jul Ago Set Out Hov Dez Jan Fev H ar ! TO TA L
ANO
----------------- h- - H
i

18 8 1 7 6 7 4 6 12 H 3 6 ii 10 13 i 96
18 3 2 6 7 :).4 7 8 18 10 14 2! 7 15 13 ! 14 C
Í8 8 3 16 6 7 4 10 12 9 11 8 il 8 12 ! 15 4
18 34 12 13 10 9 7 5 12 16 14 15 10 5 ! 128
.n-"i 14 12 ! 16 3
18 8 5 cc 9 11 8 14 19 SI Í6 18 9
18 8 6 20 10 10 17 19 16 7 17 10 17 6 9 ! 15 8
'•••s ne*
18 8 7 CO 12 12 18 58 16 18 13 Cü 22 19 9 ! 205
18 8 8 15 ó 15 14 14 15 13 25 19 14 18 14 ! 13 2
18 8 ? 28 16 14 17 13 2i 58 20 26 13 Í6 57 ! 2 19
18 9 0 21 5 18 12 13 19 15 22 24 22 13 16 ! 20 0
i

0 T A L 17 0 90 118 110 122 15 3 18 4 15 7 17 1 14 1 129 12 0 ! 1 .6 0 5


!
.1.39

Período 1891 - 1900.


!
HES
Abr Ha i Jun Jul A go Set Out Hov Dez ! Jan Fev Har TO TA L
1
AHO

Í8 9 Í 27 16 19 13 21 12 17 23 23 i 19 14 11. 259
18 9 2 16 9 13 11 14 14 16 15 19 ! 26 24 21' 205
18 9 3 3í 18 22 13 15 17 24 27 12 ! 15 17 23 239
18 9 4 36 13 18 8 12 14 10 28 26 ! 20 19 24 228
18 9 5 38 20 13 16 20 29 18 36 24 ! 35 30 34 3 13
18 9 6 24 18 19 16 15 17 32 23 25 ! 34 16 35 274
18 9 7 23 17 17 20 15 21 17 26 23 ! 30 25 30 264
18 9 8 36 22 17 15 22 23 27 31 18 ! 25 11 36 P.82
18 9 9 21 37 19 13 16 19 23 33 28 ! 19 24 26 278
19 0 0 31 34 29 15 26 28 22 33 21 ! 28 16 36 3 19
i

T O T A L 28 8 204 18 6 14 0 17 c 19 4 206 275 2 19 ! 251 19 6 287 2 .6 2 2

P e r í o d o 1 9 0 1 — 1 9 1 0 .

HES
Abr Hai Jun Jul Ago Sat Out Hov ÎI32 Jan F üv H ar TOTAL

Ah'O

09 n
31 16 11 13 £_t> 21 10 9 8 20 7 41 2 12
19 0 1
19 0 2 36 13 17 22 25 38 36 24 28 35 23 51 348
19 0 3 30 20 19 20 39 26 20 23 16 32 a» 36 3 10
19 0 4 22 22 17 19 21. 23 27 17 17 32 37 30 284
07 31 36 23 38 361
19 0 5 34 20 23 31 29 u/ 23 36
19 0 6 33 19 33 20 25 21 34 38 35 27 31 23 339
19 0 7 38 25 27 26 38 32 38 27 26 31 27 37 372
19 0 6 38 38 22 P9 30 39 25 31 27 36 38 54 40 7
19 0 9 39 33 27 30 33 37 16 44 ¿5 25 35 27 371
19 10 49 18 30 21 29 40 44 79 88 67 52 44 561

0 T A L 350 224 226 231 292 3 14 273 328 301 341 304 381 3 .5 6 5

Pe r i o d o 191 1 - 19 £ 0 .
H ES
Abr H ai Jun Jul Ago Set Out Hov Dez Jan Fev hdl" ¡Ü TAL
# 10

19 11 52 46 47 40 28 3? 43 43 40 33 31 44 479
n*7
19 12 44 31 40 48 44 50 43 50 37 45 41 0/ 5 10
19 13 46 33 38 36 39 56 43 54 45 59 57 36 542
»■
*«-*
19 14 52 38 43 34 42 30 27 33 41 00 40 25 443
TA *70 't'T
19 15 \j~i 32 33 45 42 32 ■Ji 40 48 57 0/ 0/ 498
rrn
19 16 47 27 34 28 49 46 39 57 48 56 45 334
19 17 32 34 36 45 67 39 5i 77 54 62 64 64 625
cr.
19 18 51 34 48 35 62 44 50 63 46 56 J7 54 602
19 19 43 50 40 48 45 40 41 46 46 63 50 58 570
19 2 0 78 53 44 43 48 61 49 46 SB 73 41 53 652

T O T A L 49 9 378 403 407 466 430 425 509 463 542 4 78 455 5 .4 5 5
i40

Período 19£1 — 1930.


HES
Abr Ha i Jun Jul Ago Set Out N ov Bez Jan Fev Har TO TA L
AHO

Í9 2 1 54 35 63 45 60 54 50 8? 57 88 52 65 706
Í9 S 2 56 64 63 56 64 74 74 76 73 93 S3 71 847
Í9 2 3 ¿0 68 69 62 ¿8 90 8í 96 87 98 91 80 950
19 5 4 77 97 87 58 95 115 10 9 14 6 114 13 9 113 116 1 .2 6 6
Í9 E 5 114 Í0 3 87 Í0 5 13 5 83 8í 93 90 98 92 65 1 .1 2 6
19 ¾ 77 53 60 89 96 81 80 91 10 7 ne 77 85 1 .0 1 8
Í9 E 7 87 66 8i 94 íO í Í0 4 ÍÍ4 95 93 80 Í0 4 97 1 .1 1 6
19 23 90 91 91 79 94 113 89 110 92 10 7 71 89 1 .1 1 7
Í9 2 ? 97 79 99 69 85 i 01 10 3 94 80 8? 76 70 1 .0 4 2
19 3 0 5? 54 36 47 50 52 46 69 66 79 71 61 690

T O T A L 771 7 10 736 700 888 877 827 957 859 983 831 799 9 .8 7 8

P e r í o d o 1 9 3 Í - 1 9 4 0 .

HE S
Abr Mai Jun Jul Ago Set Ou t No v Bez Jan F íív M ar TO TAL
ANO

19 3 1 81 54 58 48 59 47 39 70 51 91 59 63 7 14
m 59 47 625
Í9 3 2 44 45 50 54 48 56 40 62 0/ 53
19 3 3 38 27 32 3? 45 52 47 63 53 48 48 48 533
Í9 3 4 44 38 28 32 54 45 43 54 64 50 39 50 541
19 3 5 40 40 38 45 58 47 60 48 60 59 5? 48 602
19 3 6 45 36 39 35 24 50 53 52 40 54 32 43 503
19 3 7 49 30 40 38 45 33 35 46 38 51 32 40 477
19 3 8 j*st*
o 35 44 36 43 40 54 49 44 47 37 46 523
A*? 37 54 6
19 3 ? *T/ 44 44 45 45 45 52 44 49 44 50
Í9 4 0 5? 41 54 55 62 61 ¿2 60 70 60 76 52 705

T O T A L 488 390 427 4 Í4 483 476 485 548 536 557 49Í 474 5 .7 6 9

F o n t e : A P S JB C H . L iv r o s de B a t is s io .
1A 1

ANEXO ó

Casamentos. Freguesia São João Batista de Caropos


No v o s —S C . Números Absolutos.

Período 18 7 1 — 1880 .

H ES
Jan Fev H ar Abr Ha i Jun Jul Ago Set Out Hov fe z TO TA L
AHO

_ - _ _ _ _
18 7 1
- - - “ - - - - - - - - ~
18 7 2
- - - - - - - - - - - - —
18 7 3
- - - - - - - - - - - - ~
18 7 4
- - - - - - - - - - - - ~
18 7 5
< 0
18 7 6 4 •j 2 - 2 í 2 2 4 1 4
¿■V

n - - 17
18 7 7 1 3 C 3 i 2 1 1 i C
Í8 7 8 - í 3 í 2 - - 2 3 4 1 1 Í8
18 7 ?
0
u 1 2 Ù1_ i
_ - - - 1 - - 10
A f nn
18 8 0 ■j - -
i
1 c 4 5 á L 6 ~ 10 OO

if i «T
T O T A L li 6 10 9 KJ 8 6 11 i 15 3 1? 10?

Período 1881 - 18 9 0 .
HE S
Jan Fev f ia r Abr Ha i Ju n Jul Ago Set Out Nov Bez TO TA L
AMO

_ c
18 8 1 1 - - - - 1 3 J
A
18 8 2 2 6 5 0 0 CG
( n r\ r
j 2 - i 1 20
18 8 3 2 2 1 i C 1 c
18 3 4 - - 3 5 5 6 - - 4 ï 7 32

18 8 5 5 6 4 - 6 3 4 - - 5 2 2 37
- 1 2 i 1 1 1 16
18 3 6 2 3 1 i 2
C 0
18 8 7 3 6 uv 3 - \J 4 2 2 0 2 4 37
4 6
18 0 8 4 2 1 3 L 4 4 9 4 - 44
<
18 8 9 2 3 3 - 7 3 3 i 4 4 4 35
iB ? 0 4 8 4 11 5
0a 1 “ - 1 37

OQ 11 31 28 9
T O T A L 25 30 22 24 '26 26 19 LU 22 25
í4i?

Período 1891 — 1900.


H ES
Jan Fev H ar Abr Ha i Ju n Jul Ago Set M ! Hov Bez TOTAL
ANO

18 9 1 4 2 3 4 2 2 3 i 2 ? 24
18 9 2 8 6 3 2 1 3 5 1 2 2 ! i 4 38
Í8 9 3 9 5 - - 8 1 - 2 2 - ! - 27
ie ? 4 20 - - - - - - - - - ! 8 8
Í8 9 5 32 - _
i - - - - - - ! 14 47
18 9 6 41 - - - 3 9 3 - - 9 ! 11 76
18 9 7 ao - í - 7 5 2 - - -
0
! - 35
18 9 8 25 15 - - - 12 1 - - o ! 14 7 77
nn
18 9 9 29' - - - - 4 - - - - ! 4 í Ot*
1900 - 2 8 - 2 - 16 25 1 - ! “ 54
T O T A L 188 30 15
0
u 25 36 29 31 5 Í4 ! P.l 47 444

Período 1901 — i9 1 0 .
H ES
Jan . Fev Mar ñbr Hai Jun Jul A go Sat Out Hoy lie z TO TAL
ANO
--------------

. i
19 0 1 3 19 1E 10 45
19 0 2 i - 3 i - - - - - - - 1 A

19 0 3 18 19 1 - - 1 i - - - - 5 45
_ - - - - - -
n - 19 29
19 0 4 2 í
_
19 0 5 7 1 - ü 14 15 5 1 7 6 14 75
Í9 0 6 1? 11 6 9 1 3
r\ li 2 0 12 1 15 86
19 0 7 17 7 9 7 7 ú 2 4 5 13 4 14 92
c iA 87
Í9 0 8 11 íí 10 J ¿^ 3 1 6 6 9 9 2
19 0 9 15 - - 9 6 12 11 4 12 8 3 12 92
19 10 4 í 17 Í6 9 3 8 4 10 18 14 19 12 3

T O T A L 90 69 46 52 5í 40 52 21 36 74 38 il l ¿8 0

Período 1911 — 192 0.


HES
Jan Fev H ar Abr lia i Ju n Jul A 90 Set Out Hov Be? TuTfti
AHO

19 11 8 7
0 7 6 13 5 10 13 11 3 19 10 5
01 11A n
19 12 2 9 4 5 7 15
n0
9
0t
5

O 13 9?

Í9 13 Í0 2 8 r
15 8 0 7 2 73
1L
19 14 13 - 2 7 - 8 B - - - - 39
Í9 15 6 «
X 5 - 1 5 2 3 - - 5 1 29

19 16 20 6 11 L 7
__
E 1 6 1 5 4 5 70
19 17 20 1 - 9 6 i 6 3 4 4 5 59
11
*r/ 8 6 3 ■j0 - - - - - 8 46
19 18
o p 9 & /¿
19 19 14 1 3 3 7 12 1 15
_ 0 83
19 20 23 5 - 1 13 13 1 4 4 16

T O T A L 12 7 39 44 45 59 80 39 43 30 47 40 75 6 ¿8
5 43

Período 19£1 — 1930.


HES
Jan Fev Har Abr Hai Jun Jul Ago Set Out Hov Dez TOTAL
ANO

1921 16 5 1 11 14 3 1 4 7 5 67
Í92E 14 8 4 13 3 9 3 22 10 11 7 20 184
n 17 13 18 6 1 12 1 8 5 7 99
1983 9 C 0
1924 17 2 18 15 8 12 1 U 9 32 23 i 141
1925 í 8 11 6 9 18 - 11 1 18 5 4 92
1926 10 5 ó E3 21 11 5 14 20 IE 9 19 155
i927 6 8 15 20 18 15 3 8
n
14 29 8 22 M
1928 12 13 26 M 4 19 5 C 17 89 10 5 152
Í929 9 ÍE 18 12 ÍO 17 9 5 26 23 10 14 165
1930 9 10 8 9 4 21 1 1 0
•J 10 íi 87
TOTAL 103 73 12 4 13 2 95 14 2 28 81 10 E 17 6 34 10 8 1 .2 4 3

P e río d o 1931 - 19 40.


H ES
Jan Fev Abr N ai Jan Jul Aao Set Out H ov Dez TO TA !.

ANO
------ ------------ ----- ------ -----
19 31 2 1 16 2 9 12 6 11 1 8 1 69
r,
C 1 1 7 - 13 - 6 3 15 6 11 65
19 3 2
19 3 3 12 3 4 2 10 8 - 7 - 9 5 15 75
1
«7
/ 14 i - 9 - 10 14 8 82
19 34
19 3 5
11
6 - *7
/ - 4
A
At 2 7 c
ü 0■
J 8 8 54
j H 7
n r•J 5 2 ? 78
19 3 6 8 12 6 10 6
19 37 7 - 2 4 3 9 4 4
ti 8ti 4 7
C 13 65
r
j 0/ .! 7 90
19 3F ! 5 ?
L
? 25 10 4
'8
5
- 0 j.L
19 3 9
Í9 4 Ò
3
ni
15
6 3
5

5
16
12
0
5
0
/
4
2
in
1/ 7
5
6 12 10 5

T O T A L ó3 49 28 71 62 95 50 58 68 59 66 80 749

Fonte: AP5JBCN. Livros de Casamento.


í 44

ANEXO 7

Dias da. Semana — Celebração de Núpcias.

Período 1876 - 1880.

MES
Jan Fev H ar Abr H ai J u il Jul Ago Set Out Nov Dez TO TA L
AMD

-
D o m in g o 3 5 e i i i e 4 i i 2 23
t
S e g u n d a -f e ir a í i í - í - í - - i Í2 5?
T e r ç a -f e ir a i - 2 3 3 i 3 i i 4 i - 20
Q u a r t a -f e ir a - í - í í - - - - 4 - í 8
Q u in t a -f e ir a - - - - - - 5 - -
8 i 2 IO
S e x t a -f e ir a í - - - - 2 - - - 3
0 4 - -
Sábado 8 i u 2 3 2 I 4 2 26
T O T A L íí 6 ÍO 9 6 8 á íí 7 iS 3 17 ÍO ?

Período 1881 - 1890.


HFS 1
Jan Fev H ar Abr H ai Jun Ju l fig o Set Out Nov Dez TO TA L
AND
--------- --------- --------- --------- --------- ^--------- ----------

D o B Ín g o 2 6 4 9 9 5 5 6 4 4 ï' 4 60
À - - -
S e g u n d a -f e ir a í 2 i i i i 5 1 i 14
0 c 0
T e r ç a -f e ir a 9 5 7 J 2 3 .J 2 3 ? 55
0 0
Q u a r t a -f e ir a 6 3 i i 8 5 4 u 4 i 1 40
Q u in t a -f e ir a í í í - í 4 2 g 2 2 - 6 22
S e x t a -f e ir a 2 2 - 0
L.
n
1 - -
ni4 ?. i - - 14
Sábado 4 íí 8 tí 8 5 8 9 4 5 84
T O T A L 25 30 22 24 26 26 19 23 22 25 li 3i 289

Período 1891 - 1900.


NES
Ja n Fev H ar Abr H ai Jun Jul Ago Set Out Hü v Des TO T A L
AND
--------- --------- ---------- ---------- --------- --------- ---------

D u r a ingo 24 4 4 7 6 ii 4 i 1 12 74
S e g u n d a -f e ir a 50 4 - - - í 2 - - 2 2 7 28
ry nf
T e r ç a - f e ir a 29 6 4 2 4 3 3 4 .L 4 i 9 /0
«n - - n
Q u a r t a -f e ir a C./ i 5 6 0 8 i c 3 9 67
- 4
Q u in t a -f e ir a 37 2 2 5 8 4 6 i í 1 6 73
S e x t a -f e ir a ?G 5 í - - í í 3 - 3 4 3 47
S á bade 34 9 3 i 4 11 5 6 1 2 3 1 79
T O T A L Í8 8 30 Í5 0 25 36 29 3Í 5 Í4 2í 47 444
145

Período 1901 — 1910.


HES
Jan Fev H ar Abr H ai Jun Ju ] Ago Set Out Nüv De 2 TO TA L
ANO ! i ; ; 1 ;
----------
D o m in g o to 13 10 9 9 2 7 4 8 20 3 19 114
S e g u n d a -f e ir a 7 ? 7 7 ÍO 3 7 6 2 12 5 íó 9í
T e r ç a -f e ir a i 7 15 7 6 4 6 6 4 9 10 6 12 10 2
Q u a r t a -f e ir a <r, íí 7 7 6 3 íí í 3 7 3 56 90
Q u in t a -f e ir a ¡4 3 2 7 ii 7 9 2 4 9 6 13 87
S e x t a -f e ir a 56 6 9 7 4 8 1 -
5 7 ÍO 9 82
Sábado ii .12 4 9 7 ii ii 4 5 9 5 26 114
T O T A L 90 6? 46 52 5i 40 52 2 í 36 74 38 ííí ¿8 0

Período 1911 — 1920.


! i i I
Ü ES
! Ja r, Fev Har Abr ! H ai ! Ju n Jul A go Set Out N ov D sz TO TA L
ANO ! ; ;

D o m in g o ! 25 í íí 5 ! 8 ! Í7 5 2 3 8 4 7 92
S e g u n d a -f e L r a ! 24 5 5 1 ! 6 ! 13 4 5 2 li 7 13 93
T e r ç a -f e ir a ! 17 8 2 7 ! 8 ! ÍO 5 7 7 6 7 ÍO 94
Q u a r t a -f e ir a ! 14 5 5 8 ! 9 ! 10 5 8 3 5 6 9 87
r,
Q u in t a -f e ir a ! Í6 Í3 7 C ! 5 ! 8 ÍO 4 6 0 4 Í2 93
S e x t a -f e ir a ! 19 Ù
A
n 6 ! é ! 8 4 7
A
1 6 6 9 00
UL.
4 IA r
Sábado ! Í9 ÍO ! Í7 ! Í4 6 ÍO J 5 & 15 12 7
/ >r\
T O T A L ï 12 7 39 44 45 ! 59 ! 80 39 43 30 47 40 75 QOD

Período 19c! i - 1930.


HES i f i
Jan Fev Har Abr H ai ! Jun Jul Ago ! Set ! Oui N ov D ez TOTA
ANO ; ; i !
-------- ------- - + ---------- - + ------------- ----------
u 0
D o m in g o 27 19 23 Í8 ! 27 \J 10 ! 19 ! 28 8 14 223
S e g u n d a -f e ir a Í5 9 18 0
12 f ! 18 4 5 ! 8 ! 3Í ÍO 23 16 2
T e r ç a -f e ir a 00
14 11 13 L.\J 9 ! 14 1 15 ! 12 ! 16 15 12 15 5
Q u a r t a -f e ir a Í3 9 Í7 Í5 if , ! ?e í 7 ! í5 1 54 53 15 9
Q u in t a -f e ir a 11 7 12 13 9 ! 15 8 13 ! 10 ! 25 17 18 15 8
S e x t a -f e ir a 5 íí Í9 0
5 9 ! Í4 2 16 ! Í5 ! 34 6 í4 5
i nn
Sábado 18 13 26 27 26 ! òC 9 15 ! 23 ! 24 lí 22 24 6
<oo i'* *n
T O T A L Í0 3 73 124 i-JU 95 ! í 42 28 81 !Í02 !Í7Ó 84 108 1 C *50

Período 1931 — 1940.


HES !
Jan Fev lia r Abr ! H ai Jun Jul A mO Sat Out rio v Des TOTAL
ANO !
L__ ------ - + -------- -------- -------- -------

D o s in g o Í2 9 5 19 ! 5 15 r
J 23 2 4 9 10 5 í8
S e g u n d a -f e ir a 8 4 4 5
n
! 4 12 n
u 4
0
6 12 18 88
T e r ç a -f e ir a ÍO íí 4 i ! 8 Í8 8
A
0 5
n
52 2 95
Q u a r t a -f e ir a 3 5
n
C 9 ! 10 9 6 8 11 7 12 13 95
O u in t a -f e ir a 6 ÍO 6 14 ! ÍO 8 8 2 Í6 7 10 7 504
S e x t a -f e ir a 9 2 1 4 ! 12 12 2 6 9 10 4 ? 80
Sdbado Í5 8 6 Í3 ! 13 2Í if , 12 56 18 8 2í Í6 9
T O T A L 63 49 28 71 ! 62 95 50 58 68 59 ¿6 ao 749

F o n te : A P S JB C N . L iv r o s de C a s a a e n t o O í a 0 7 .
546

ANEXO 8

N o m e s M a s c u l i n o s e F e m i n i n o s m a i s c o m u n s .

P a r ó q u i a S a o J o ã o B a t i s t a d e C a m p o s N o v o s

P e r í o d o í 0 7 í - 1 8 8 0 .

NONE NUM. NONE KU H . NONE HUN.

A le x a n d r in a 3 F e lis b in a 0
3 J u llia «j
A le x a n d i n a 4 F r a n c is c a 8 L a u r e n t in o 4
A r a a n t in o 4 F r a n c is c o 9 M a r ia 24
Anna ÍO G e n e ro so 4 Hanoel 9
A n t o n ia 7 G e rtru d e s 4 H e s s ia s 3
A n t o n io 15 G u ilh e r in in a 4 P a u la 3
B a s t iã o 3 J o a q u is ? P e d ro 5
B a l b in a 3 J o a q u in a é S a lv a d o r 5
C a n d id o 3 João 29 S e b a s t iã o 8
C e c ilia 5 Jo sé íí V id a l 4
C h r is t in a 4

P e r í o d o i 8 9 i - 1 9 0 0

NONE NÜH. NONE HÜH. NOME NÜH.

nc
A le x a n d r in a r .j F r a n c is c a 09 M anoel 45
A lf r e d o 14 F r a n c is c o 40 H a r g a r id a 15
A n r a n t in a 8 G e n e ro so ó H a r ia 16 5
A s a n t in o 6 G e rtru d e s 5 H a r ia A n t o n ia 6
A n t o n ia 3i G r a c ilia n o 7 H a r ia F r a n c is c a ^ 5
A n t o n io 82 G r e g o r io 5 H a r ia da C o n c e iç ã o 19
A u g u s t in h o Ó G u iïh e r m in a 6 íla r ia Jo an n a 25
A u g u sto 15 H o n o ra to 5 H a r ia Jo sé 8
A v e lin o 16 H o r t e n c ia 7 H a r ia L u ir ía 7
B a lb in a 6 I d s lin a 5 H a r ia M a g d a le n a 6
B e r n a r d in a 9 In a c io j M ig u e l 6
B ir ia ir ia 5 Is a b e l 7 f ia r e i s o 6
B r a n d i na 4 Iz a b e l 0 N a t a lia 7
C a t h a r in a 8 Joanna Í9 P a u lin a 5
C e c ilia íM J o a q u im 55 P a u lin o 5
C la r a 5 J o a q u in a 20 P e d ro 24
C h r is t in a 10 J o io 14 8 P o r c in a 5
C o n c e iç ã o 28 J o |o H a r ia 42 P u re z a 8
C re sc e n d o 7 J o ã o P e d ro ii R it a 5
C y p r ia n o 6 Jo sé 69 R o sa 13
D e o lin d a 5 Jo rg e 6 R o s a lin a 7
D o m in g o 10 J u lia 28 O t o r io 9
jn
D o m in g o s lo J u lio iO O t t ilia 11
D o r v a lin a lí Juvenal 5 S a lv a d o r 6
E m ilia 6 J u v e n t in o 6 S e b a s t ia n a 20
F .t e lv in a 7 L d u r e n t in a 13 S e b a s t iã o 82
F e lic id a d e ó Le o d o ro 6 T h e o d o ra 7
F e r s in a ee lu iz lí T h e o d o ro 6
F a r m i no é L u í na 19 U r s u lin a 6
F id e lis é L y d ia 5 V id a l 9
F r a n c e lin a 8 M a g d a le n a 11 V ir g ilio 13
í ■

Per íodo 1915. - 1 9 2 0 .


IH. HOKE HUH. K'OKE

F e lic ia n o 5 Hanoel 37
5
6 F e lic id a d e 6 M a r g a r id a 38

5 F e r r a in a 21 M a lv in a 5
7 F e r r a i no 12 M a r ia A n t o n ia 14
5 F io r a v a n t i 5 H a r ia C a lh a r in a 5
9 F lo r e n t in a e H a r ia C o n c e it ã o 3?
10 F lo r is b e lla 5 H a r ia da L u z 8
19 F r a n c is c a 34 f e r ia da T r in d a d e 7
5 F r a n c is c o 71 K a r ia das D o re s 9

11 G e n e ro sa 9 N a r ia de J e s ú s 9
19 G e rtru d e s 10 H a r ia do H a s c i a e n t o 5
5 G o m e r c in d o 7 H a r ia do R o s a r i o 10
5 G r á c i l ia r t o 10 H a r ia dos Anjo s 13
16 G r e g o r io 7 M a r ia d o s P r a z e r s s 14
8 G u ilh e r iin a 9 H a r ia F r a n c is c a íí
18 H e le n a J.9 H a r ia Jo anna EO
5 H e n r iq u e 8 H a r ia Jo sé 44
10 H e r c ilia 6 H a r ia L u c ia n a 6
7 h 'e r c ilio 12 H a r ia Lu iz a í¿
36 H ild a 7 H a r ia M a g d a le n a 13
7 H o n o ra ta 5 H a r ia R o sa 9
6 H o n o r io / M a r ia S e b a s t ia n a 8
¿ Hor t e r c ia 12 H a r ia T r in d a d e 7
31 In á c io 5 M e rce d e s 15
12 5 In é s ¿ H ig u e l 13
18 Ir a c e m a il N a ir 9

12 Ir a c y 5 H a p o le a o é
7 Is a b e l 10 N a r d in a 7
9 I s a lt in o 14 H a t a lia 28
5 Is a u r a ¿ O c t a c ilio 9

6 Is o lia n a 10 O c t a v io 7
9 Is a b e l 5 O scar 7

11 Joana 12 O s o r io 12
5 J o a q u is ■•19 O s v a ld o 12
18 J o a q u in a 13 O re ste s 5
6 Jo ão 13 6 O t t ilia 23

10 Jo ã o B a t is t a 9 P a u lin a 13

31 J o ã o M a r ia 10 3 P a u lin o 5

8 Jo ã o P e d ro 5 P a u lo lí
in
8 Jo rg e P e d ro ¿0
8 J o r g in a 7 P u re za 6
5 Jo se 14 6 R e a s ilv a 6
R o sa 24
7 Jo sep h s
nn9 31
14 J o s s f ia r ia *1/ R o s a lir a
18 J o v e lin a 8 S a lv a d o r 13

8 J o v e lin o 7 S e b a s t ia n a 37

13 J u lia 30 S e b a s t iã o 184
11 J u lio 9 S ilv a lin a 15

5 J u v e lin a 13 T h e o d o ro 8
5 J u v e lin o 6 T h e re za 22
35 Ju ven al 18 U r s u lin a 5
8 J u v e n t in o 23 V ic e n t e 5

6 L a u d e s iir a 5 V ic t o r 8
L a u r e n t in a 20 V ic t o r ia 9
39
6 L a u ro é M ic t ó r io 5
9 L a v ir .a 11 V id a l 15

L eo d o ro 5 V ir g ilio 13
28
10 Leonor 9 V ir g in a 6
Leonel ¿ V ir g in ia 7
5
9 L e o p o ld o 10 V iv a ld in a
r
18 L e t ic ia V iv a ld in o
24 L u iz 18 Z u ls ir a
20 L u ir ía 20 K a ld e a ia r
12 H a r ia 12 4 U a ld a s ir o
5 4C¡

P e r í o d o 1 9 3 1 - 1 9 4 0
HOME KU H. IM Í m u. ' KME « L ili.

Adão Í4 G e n t il 7 H a r ia da L u z Í7
A l a i de 10 G e rtru d e s ó H a r ia H a g d a le n a 8
A lb in o 5 G e t u lio 5 H a r ia dos P r a z e r e s S8
A lf r e d o 6 H e le n a 10 H a r ia R osa 14
c n
A lg e iü ir o 7 H e lio J H a r ia R o s a r io 0
A lt in o 11 H e r c ilio 6 H a r ia T h e re za B
A lv in a 6 H ild a ÍS H a r ia T e r e z in h a ÍS
A le x a n d r in a 15 H o n o r in a 6 H a r ía V i t a l i n a 5
A lz ir a 6 Id a 8 H a r in a 5
A n a n t in a 7 Ir a c e m a 45 M e rce d e s IS
A m e lia 7 Ir a c i SO Hi guel íi
Ana Si Ir e n e 8 M i n e r v in a 5
Ana li a r ía Si I r is a 9 H aboi 6
A na R i t a iO Is a b e l i3 H a ir 19
A n r e lin a 5 Is o lín a Í4 Hct t a l i a ÍO
A n g e lin a 15 Iv o 16 N a t a lic io 11
Angenar 5 J a n d ir a 9 K e ls o n 7
A n it a 15 J a r d e lin a 7 N sre u 8
A n t e r io r Í7 J a r d e lin o 9 N eu sa 5
A n t o n io 15 1 J e r S n iE O ó N oeaa 8
A n t o n ia ii J o |o 79 O c t a v io 6
A r c id e s 6 J u lo B a t is t a 26 O lg a 5
0
A r is t id e s 8 J o |o F r a n c is c o lí O liv ia /
A v a in d a i i Jo ã o H a r ia 176 O n d in a 7
n7
A rth u r 5 Jo ã o P e d ro 16 O r a n d in a
e
A r v e lin o J Joana 5 O re ste s 5
A tilio 9 J o a q u if f i 38 O r la n d o 5
A u ro ra L3 J o a q u in a 7 Os n i 6
B e s t r is 7 Jo rg e 5 O s v a ld in a 5
j in
B e r n a r d in a 26 Jo sé i 17 O s v a ld o 30
OO
B e r n a r d in o ¿ Jo sé lia r ía /!_ O tilia 9
C a r m e lia 5 J u lia 8 P a u lin a 5
C a t a r in a íó J u lio 9 P a u lin o 14
*7
C e c ilia Si Ju ra d i P a u lo 9
c
C e ls o 5 J u v e lin a •J P e d ro 43
40
C e s a r io ó J u v e lin o í -J P u re a 7
C la r a 5 Juvenal ir . R o g é r io iS
n
C o n c e iç ã o ?.2 J u v e n t in o 0 R o sa 18
C h r is t in a 7 L a u d e lin a 10 R o s a lin a 18
!7 S a lv a d o r 13
D a n ie l 5 L a u d e lin o
lla n t in a ÍO L a u d e is ir a 5 S a n t o lin o 5
D ar cy 16 L a u d e s iir ia ií S e b a s t iã o 235
D e r c ilio 5 L a u ra 6 S e b a s t ia n a i■JO
f
D io n is io 5 L a u r e n t in a 10 S e n h o r in h a 7
D o m in g o 6 L a u r ia n o A S e z in a n d o .r »

t a in jo s
so
LL L a u r in d o U S ilv a lin a 9
S ilv io
Cw»
D o ra sí 7 L a u ro 7
B o r v a lin a 14 L e o n ild a 0 S im p lic ia n o 6
D o r v a lin o
áf Leonor 6 T a r c ilio 5
Ç
D a r v i na 6 L e o p o ld o T e o d o ro 6
E le o n o r 5 L u iz 29 T e re za 58
E ls a 10 L u iz a SO T e r e z in h a 70
E lv ir a Í4 fía n o e l 33 T r in d a d e 9
E lo i 5 M a r g a r id a Si U r s u lin a 6
E iilia ií f e r g a r it a 7 V a l denar 6
E n e d i na 6 H a r ía 19 V a ld e s ir o 16
E r n e s t in a 6 H a r ia d o s A n jo s 7 V a l d e v in a 6
E rn e sto 14 H a r ia A n t o n ia 10 V a l d e v i no 25
E t e lv in s 13 H a ris d a s D o re s 5 V a ld o s ir o 31
Eva 8 H a r ia do C a rm o / V a lu a r 15
r
Euelid e s 10 H a r ia C o n c e iç ã o 37 V e r ó n ic a J

H aría F r a n c is c a
Q V id a l S
E u la lia 7
t
L 'u r y d e s 9 H a r ia Ir a c e m a 0 V id a lv in a 7
*T
F e lic id a d e 5 H a r ia Is o lin a / V ir g ilio 14
F ir d n a 5 H a r ia de J e s ú s 6 Vítor ÍO
F ir n ú n o 10 H a r ia Joana lí V it o r ia 18
F r a n c e lin a 5 H a r ia J o a q u in a ÍO V iv a ld in o 17
F r a n c is c a S5 H a r ia Jo sé 37 Y o la n d a ó
F r a n c is c o 72 H a r ia de L o u rd e s 77 Z u lm ir a 6
n
G e n e ro sa H a r ía L u iz a 13
ANEXO 9

Or i sem cto Noivo. Paróquia São João Batista de


Campos N o v o s .

Período Í90Í - 194 0.

LOCAIS NUH. LOCAIS NUH. LOCAIS


Alagoas i Florianópolis 2 São Joaquim
Alesanha e Guarapuava PR í S.A. da Patrulha RS
Antonina PR i Itália 4 B.B.J. das Hissões
Araranguá í Joazeiro CF í S. Francisco de Assis
Argentina i Lagoa Ueriaelha 14 São Francisco SC
Austria 3 Lages 22 A.J. dos Pinhais
Buenos Aires 3 Laguna i Santa Maria
Barracão í Lapa PR 7 São Hatheus PR
Blumenau i Honte Negro i S.T. Boqueirão RS
Bonfis 8H í Hão Consta 453 Santo Aisaro SC
C. Largo da Piedade í Palmeiras i Santa Cruz
Cam po Belo í Paraíba í S. Fco. de Cima da Per
Cam po Largo í Paraná Soledade
Castro PR 3 Passo Fundo Í4 Sorocaba
Ciisa da Serra 1 Piahy PR i São Paulo
Cam pos Novos 30 Polonia í Santo Aiaro
Cone. do Arroio RS i Porto Belo i Santo Angelo
Corrientes Arg. 3 Porto União í Taquara do H. Novo RS
Cruz Alta RS 3 Prussia í Tijucas
Curitiba í Rio Negro PR 3 Três Forquilhas RS
Curitibanos 1? Rio Grande do Sul 9 Triumpho PR
Desterro 1 Rio Claro PR í VargemGrande SC
Feo. ds Piula RS 1! Roí© í Vacaria
Período 1911 — 1 9 S O .
LOCAIS NUH. LOCAIS NUH. !! LOCAIS
Aleraanha í Itapitinga í S.A. da Patrulha
Alfredo Chaves 5 Itu t Santo Angelo RS
Antonia PR í Jaraguá í Santo Antonio RS
Antonio Prado 4 Jaráguaiva PR i Santa Cruz
Aracajú PR í João Pessoa i Santa Cruz, Tenerife
Argentina J
1 Juiz de Fora NG i S. Fco. de Paula
Austria i Lagoa Vermelha Í6 S. Francisco RS
Bento Gonçalves 3 Lages 59 São Gabriel RS
Bajé RS i Lapa 5 S. João do Barrueri SP
Barrado 2 Honte Líbano i S. José dos Pinhais
Blumenau 4 Nova Petrópolis RS í São Joaquim
Buenos Aires i Não Consta ¿7 São Leopoldo
Brusque 2 Hiethrong í São Lourenço RS
Cachoeira i Nonoai 1
i São Luiz, Hh
Cam po Belo SC 3 Hova Pádia 2 São Harcos
Cam po Largo SC i1 Ponta Grossa i Santa Maria
Canta Galo HG í Palmas 2 São Hartin RS
Caruaru PE 1 Palmeira 2 São Miguel SC
Catinguira PE í Paraná 2 São Paulo
Caxias 17 Paris 1 São Sebastião SP
Cima da Serra 4 Passo Fundo 20 São José
Campos Novos 240 Pelotas i Sarrito de Lagas
Cruz Alta 2 Pernanbuco í Soledade
i
Cruseiro i Petrópolis i Suécia
Curitiba 6 Pindojandoba SP í Syria
Curitibanos 5 Polonia 0
vi Taquara do H. Novo
Cupial PR í Ponta Grossa 2 Taquara
Espanha 4 Porto Alegre 2 Taquaral
rior ianópolis 2 Porto União í Torres RS
Guaporé l* Portugal 8 Tubarão
Guarita RS i Portugal Africa í Urussanga
Holanda 1 Rio de Janeiro 3 Vacaria RS
Itabi i Rio Negro 2 Vila Nova de- Garibaldi
Itajaí i Rio Vernelho RS i Vila Vdha de Vacaria
Itajaí do Norte í Rodeio i Xanxere de Palisas
Italia Li Russia 2 Curitibanos
Itapiranga SP í
Período 1921 - 1930.
LOCAIS NUH. LOCAIS NUH. LOCAIS NUH.
Alfredo Chaves 34 Itália 13 São Bernardo í
Antonio Prado 13 Itapitinga SP i Santa Cecilia 1
Alemanha í Itororó í Santa Clara SP i
Austria 2 Jaguary RS i Santa Cruz RS 1
Bento Gonçalves 32 Jaragua 1 São Doaingos í
Boa Vista RS i Joinville i S. Fco. de Paula 6
Bagé í Júlio de Castilho 2 São Francisco í
Bahia X
i
Lagoa Vermelha 31 São Gabriel 1
Barracão 0
ij Lages ÍÍ5 São José da Costa í
1

Bavaria i Lagoinha BH 1 S. José dos Pinhais 3


Belo Horizonte í Lapa 2 Honte Negro 6
Biguassú i Marechal Hallet p
São Joaquim 10
Bluœenau 0 Honte Negro RS 2 i>30 Jose 2
Botucaray RS i ifaceió i São Leopoldo 1
Canpo Bello íé Hairs í São Lourenço í
Cam po Belo do Sul i Montevidéu 3
L São Luiz 1
Capinzal í Não Consta 39 Santa Haria 9
Castro 0
u Nova Bassano 0
L. São Paulo n
0
Caxias 44 Nova Trento í S. Sebastiao do Csíõ R n
i

Cerrito de Lages »
i Orleans ú São Sebastião 2
Cima da Serra í Porto Alegre 3 São Thiago í
Canipos Novos 437 Ponta Grossa i Saleta 2
Cridva RS i Porto União 7 Siria 1

Cruz Alta i
A Palhoça 4
i Soledade 2
Cruz Hachado 1 Palmas 7 Taquara do Hundo Nove C«
f

Curitiba 3 Palmeira PR é Taquara 24


Encantado í Paraná 6 Tayaro 1
Encruzilhada RS i Paranaguá i
i Tijucas Grande 1

Espanha 4 Passo Fundo 33 Torres RS í

Forteira -i
i Piraquara PR !
Três Ventos RS 1
Florianópolis L
KJ Polonia 4 Trevo da Ilha i
Garibaldi k Ponta Grossa o
■j Tubarão r?
/

Garupaba do Norte í Portugal 4 União da Vitoria í

Gramado ? Rio Canoas 1 Uruguaiana í

Guaporé Í9 Rio de Janeiro 4 V. Capoeira RS í

Guarapuava i Rio Grande 22 Vila S. Francisco RS 1


Hervai Velho 2 Rio Grande do Sul 16 Vale Veneto í
Holanda 0
4
_ Rio Claro F'R 1 Vacaria 24
Iaarui 1 Rio Negro 2 Vila Velha RS 1
Inibituba PR i B.A. da Patrulha 1 Ifersovia i
Itibu í São Bento í Curitibanos Í03
Itajaí 2
Período 1931 — 1940.
LOCAIS HUli. LOCAIS HUH. LOCAIS HUH.

Alfredo Chaves 3 Cruzeiro 3 Pinheiro Seco í


Antonio Prado 4 Entre Rios i Polonia i
Aleeanha i Fspinilho 4 Ponte Alta 3
Alexio i Faxinai 1E Pouso Alto i
Angelina í Fazenda Velha 8 Rio de Janeiro i
Anita Garibaldi £ Florianópolis i Rio Grande IB
Araranguá 3 Garibaldi i Rio Grande do Sul í
Avini i Gramado i Santo Antonio i
Barra Fria í Granada i São Bento í
Bahia •1A Guaporé 19 S. Feo. de Paula 7
Belgado í Herval Velho i S. Feo. dos Pobres ?
Bento Lt Ibicuí 1 São Francisco 1
Belo Horizonte 9 Itália í Sao Joaquín 8
Bicuí i Lagoa Vermelha 6 São José £
Biguá 4 Lages Í05 Santa Haria i
Boa Vista RS 1 Nafra n
r São Paulo i
Butiazinho 3 Karonbas 30 São Pedro 5
Capio Alto i N. Senhora da Ssde i
i São Roque 4
Cam po Baixo 2 N. Senhora de Lourdes 3 Sao Si&íao í
Cam po Belo 10 Não Consta 16 Sarandi i
Cam po Baixo ' í Orleans 0 Serrinha 8
Canoas 40 Porto Alegre 4 •Serró Negro n
t
Capinzal 2 Porto União í Usbu 8
Caxias 4 Paraná i
¡ Urubicy i

Cerrito 3 Passo Alto i Vaca Branca í


Chagas 1 Pastinho i
! Varges 5
Cam pos Novos 884 Pe i
< Vacaria 15
Conceição do Arroio i Pedras Grandes i
i Curitibanos nc

Criciúma 2 Pinhalzinho í

Fonte-. APSJBCH. Livros de Casamentos mineros 02 a 07.


t. r-:o
J Ü

ANEXO iO

Origem da Itoiva. Paróquia SãoJoão Batista de Campos


Novos .

Pet-iodo 1901 — 1910.

LOCAIS HUN. LOCAIS NUN. LOCAIS HUÍ!.


Araranguá i
Lagoa Vermelha in
iU R. Grande do Sul 8
Botucarahy i Lages 19 Río Claro PR 1
Cam po Belo i Lapa 2 Rio Grande 1
Caxias <
i Nao Consta 538 S.ft. Patrulha <
1
Campos Novos 36 Ponta Grossa i
i. S. JoaquimSC 1
Curitibanos 16 Palmas 2 S./co. Ciiaa da Serra í
Da Cruz i Palmeiras i Irás Forquilhas RS n
a
Erexim í Passo Fundo íí Vacaria i¿
Galizia, Polonia 1 Paraná 2

P e r ío d o 1910 -- 1911
LOCAIS NUH. LOCAIS NUH. LOCAIS NUH.
Alemanha i1 Lagoa Vermelha e São Carlos SP
Angatuba SP í Lsges 35 S.F. de Paula §
Antonio Prado 2 Laguna 1 S. Feo. da Sena i
Austria 2 Laps PR i
j1 SJ. dos Barretos SF' 1
Bíinto Gonçalves 3 Marcondes RS Sao Joaquii 6
Barracão RS 5 Honte Negro í São Lourenço RS 2
Biguassú i Não Consta 64 11 Sao Luiz, Curitiba •ciT
Blumenau í Nova Hilano, Itália Santa Haria
BomJardim 1 Nova Trsnto SC í S. Püdro de Alcantara 1
Brusque í Palmas 5 S.S. do Cahy RS i
Campos Novos O
i"./ T'arana ( ï Santa Maria RS p
Cahy ii Paranaguá í Strrito ds Lages. 1<
Calabria 1 Passo Fundo 19 S. João do Triusipho PR 1
Cam po do Heio RS 2 Pelotas í Suiça í
Canoinhas 1 Petrópolis ! Tom ás Coelho PR i
Casca 2 Piratuba í Taquara do Hundo Novo 1
Caxias 10 Polonia i Taquara 5
Ciia da Serra i Porto União 5 Taquaral í
Crua Alta Rb i Portugal it Tijucas i
Curitiba í Rio de Janeiro L Tubarão i
Curitibanos 41 Rebouças i V. Velha, Vacaria i;:8 i
CupimPR í Rio Grande do Sul i Vila Velha RS 4
n
Florianópolis i Rio Burgo i0 Vaporé RS C
Gravatay RS í Rio Grande L. Vacaria 81
Guaporé 4 Rio Negro PR 1 Curitibanos 37
Itália 4 S.A. Patrulha 1
154

Período Í9í2i — 1930.


LOCAIS NUH. LOCAIS NUH. LOCAIS NUH.

Alfredo Chaves 19 Hervai Velho 3 Rio das Antas 3


Antonio Prado RS 12 Herval 2 Sio das Pedras i
ftsparo i Holanda i Rio Vermelho í
Angatuba SP i
i Imbuial 1 Santo Angelo i
Anita Garibaldi í Itajaí í Santa Barbara RS í
Arroial i
í
Itália /
•7
São Bento 1
Arroio i Itapitinga SP 2 Santa Cecilia SC 1
Arroio Grande i Javargeva i S. rco. de Paula 5
Dento Gonçalves RS 23 Joinville í São Francisco í
Barra do Ouro RS i Júlio de Castilho i S. José dos Pinhais PR i
Barracão 4 Lagoa Vermelha 30 S. João dos Pobres SC 5
Bavaria 4
X Lages 87 S. João do Naratá RS i
Picaré í Lapa í S.J. do Honte Negro ó
Blumenau 2 Luiz Alves 1 São Joio 1
Bobí Jesus í Harechal Hallet PR 3 São Joaquim /
Buenos Aires 4i. Honte Negro RS 3 São José ' 1
Carlos Barbosa RS í Haraú RS e São Leopoldo 4
Caiüpo Belo SC 18 Haron X São Lourenço RS 2
Cam po Belo do Sul í Hinas Gerais í São Harcos RS íí
Caapo do Arroio RS £L Honettos i Santa feria 10
Cachoeira SP í Montana í São Paulo 2
Canal do Pereira 1 Nova Bassano RS n
C S. Sebastião do Cahy 7
Canoinhas 1 Nova Pádua RS í São Sebastião í
Capinzal f.
*T Não Consta «TA
Santa Thereza i
Carasinho í Nova Trento RS Î Sacramento KG í
Caxias 25 Porto Alegre 4
X Sananduva RS 1

Cima da Serra 2 Ponta Grossa £ São Pedro RS 1

Cam pos Novos 548 Porto União 9 Séde Velha i


VJ
Conceição da Cachoeira 1 Palmas 0 S. Fco. de Paula í
Cruz Alta 0
U Palsieira PR 1 Silveira Martin i
Cruzeiro SC 7 Parana 0
u Soledade RS í
Curitiba 0
L. Passo Fundo 15 Três Fronteiras RS i
Curitibanos 94 Paulo Frontin í Taquara do Hundo Novo 5
Entre Rios 1 Pelotas i Tapera do Hundo Novo í

Crechisi í Perdizes SC 3 Taquara 30


Erval 1 F'irahy i
X Taquara do Norte i
Espanha i Piratuba í Treviso í
Estrela 2 Polonia 5 Troabudo SC 1
Francisco de Paula 0
n
Porto í Tubarão 3
Florianópolis 2 Portugal 2 Urussanga i
França í Rio Grande 29 Vacaria RS 16
Garibaldi 5 Rio Grande do Sul 5 Videira 1
OraoiSdo í Rio Claro PR 2 Vila Velha i
Guaporé 25
Período 1931 — 1940
LOCAIS NUK. LOCAIS NUH. LOCAIS HUM.

Antonio Prado 3 Faxinai 12 Pastinho í


Alexio 1 Fazenda dos Negros . 1 Pelotas i
Anita Garibaldi 1 Fazenda Velha 2 Pinheiro Preto í
Araranguá 4 Florianópolis 2 Pinheiro Seco i
BoraJesus 2 Guaporé ío Ponte Alta £
Bahia J Hervai Velho 0
w Baia i
Barros i Herval í Rio das Antas RS í
Belo Horizonte n
r. Ibicuí n
C Rio Brands 11
Bicuíj CN í Itajai i S. Feo. dos Pobres «1
Biguá 0
-j Itália i
i Santo Antonio í
Biguassú í Itapetinga 1 S. Fco. de Paula 5
Boí Jesus RS 1 Lages 24 São Joaquim 3
Boqueirão í Lagos Versielha 5 São Paulo í
Butiazinho c Narechal Hallet i São Pedro 6
Cam po Baixo 2 Hachadinho í São Roque 6
Cam po Belo ? Marombas 35 São Sebastião i
Cacique Doble í Nossa Senhora da Sede í São Sisão 2
Canoas 30 N. Senhora de Lurdes 0
U Sarandi i
Capão Alto í Não Consta Í77 Serrinha 9
Caxias 4 Nova Pádua 1 Serrito i
Cerrito 3 Orleans í Tubarão í
Casipos Novos 35é Palhoça A
X Usibu 7
Conceição do Arroio 2 Paisas 2 Urussanga 2
Cruzeiro D
L. Pará 1 Varge» 18
Curitibanos 14 Paraná í Vacaria 4
Espinilho •7
/ Passo Alto 0
L
J.56

ANEXO 11
P c p u l a ç & o L i v r e , E s c r a v a e T o t a l da P a r ó q u i a São
J o ã o B a t i s t a de Cavupos N o v o s — 1 3 6 1 — 1 9 4 0 .

t
P o p u la ç ã o P o p u la ç ã o P o p u la ç ã o I P o p u la ç ã o P o p u la ç ã o i u p u la ç ã o
AMO I ANO
L iv r e E s c ra v a T o ta l I L iv r e E s c ra v a T o ta l
T

I
Í8 6 1 13 18 530 18 4 8 (1) I 19 0 1 6957 (2 5
18 6 2 13 8 5 532 19 17 (1) I 19 0 2 - - 7295 (2 5
18 6 3 Í4 3 0 482 19 3 5 (2 ) I 19 0 3 - “ 7649 (2 5
18 6 4 Í4 7 7 4 37 19 5 3 (2 ) I 19 0 4 - - B020 (2 5
18 6 5 Í5B6 396 19 72 (2 ) I 19 0 5 - “ 8409 (2 5
iB é ó 15 77 360 19 9 1 <2) I 19 0 6 - - 8 8 16 (2 5
- _ 9244 (2 5
18 6 7 16 2 9 326 20 10 {£ > I 19 0 7
18 ¿B 16 8 2 296 2030 (2 ) I 19 0 8 - - 9692 (2 5
18 6 9 17 3 8 26 8 2049 (2 ) I 19 0 9 - - 10 16 0 (2 5
18 7 0 17 9 5 843 20 6 9 (2 ) I 19 10 - - 10 6 6 5 (2 5
18 7 1 18 5 5 220 2089 (2 ) I 19 ÍÍ - - 1117 2 (2 )
18 7 8 19 3 6 20 0 213 6 (3 ) I 19 12 - - 117 14 (2 5
18 7 3 - - 216 3 (2 ) I 1 9 1 -3 - - 122 8 2 (2 5
18 7 4 - - 2204 (E ) I 1 9 :1 4 - - 12 8 7 2 (2 5
- _ 2245 (2 ) 1 19 15 - - 53506 (2 5
18 7 5
18 7 6 - - 228 7 (2 5 I 19 16 - - j 4 15 7 (2 5
18 7 7 - - 2330 (2 5 I 19 17 - Í4844 (25
18 7 8 - - 2374 (2 5 I 19 18 - - 15 5 6 4 (2 5
18 7 9 - - 24 19 (2 ) I 19 x9 - - 56 3 19 (2 5
18 8 0 - - 2465 (2 5 I 19 2 0 - - 16 9 38 (6 5
- _ 19 2 1 - - 17 9 5 2 (2 5
18 8 1 2 5 1í (2 ) I
18 8 2 - - 2559 (25 I 19 22 - - 19 0 27 (2 5
18 8 3 - - 26 08 (2 ) I 19 2 3 - - 20 16 7 (2 5
Í8 8 4 - - 26 57 (2 ) Î 19 24 - - 213 75 (2 )
18 8 5 - - 2708 (2 ) I 19 2 5 - - 22656 (2 5
18 8 6 - - 2759 (2 ) I 19 26 - - 24 0 13 (2 5
18 8 7 - - 28 12 (2 ) I 19 2 7 - “ 25451 (2 5
18 8 8 - - 2865 (2 5 I 19 28 - - 26 976 (2 5
18 8 9 - - 2920 (2 5 I 19 29 - - 28592 (E )
1B 9 0 - 3 0 12 (4 ) I 19 30 - - 30304 (2 )
18 9 1 - - 3255 (2 ) 1 19 3 1 - - - 3 0 12 0 (2 5
- _ - - 3 4 0 4 4 (2 5
18 9 E 3 5 18 (2 5 I 19 3 2
18 9 3 - - 3803 (2 5 I 19 3 3 - - 36 0 8 3 (2 5
18 9 4 - - 4 111 (2 5 I 19 3 4 - - 38244 (2 5
- - 4444 (2 5 I 19 3 5 - - 40535 (2 5
18 9 5
18 9 6 - - 4804 (2 5 I 19 3 6 - - €963 (2 5
- - - _ 45537 (25
18 9 7 5 19 4 (2 5 Î 19 3 7
18 9 8 - - 5 6 14 (2 5 I 19 3 8 - “ 48264 (2 5
18 9 9 - - /■069 ( 2 5 I 19 3 9 - - 5 115 5 (2 5
19 0 0 6636 (5 5 I 19 4 0 52689 (7 5
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FO N TES -, (1) A r q u iv o P ú b lic o de S a n t a C a t a r in a . R t ia t ó r io tío H u n i c í p i o de L a g e s ao P r e s id e n t e da


P r o v ín c ia , 18 S 3
(2 5 E s t im a t iv a
(3 ) R e ce n ce srae n to G e r a l do I i s p é r i o do B r a s i l , Í8 7 2 .
(4 ) R e c e n c s a a is n t o G s r a l do B r a s i l de 1 8 9 0 .
(5 ) S in o p s e d o R e c e n c e s r a e n t o - Í 9 9 0 . R io de- J a n e i r o , Tip. de E s t a t í s t i c a , 19 u 5 .
(6 ) R sce n ce a m sn to do B r a s i l , V o l. IV - 1* p a rte , 19 2 0 .
(7 ) C a n s o B s o io g r á f ic o . 19 4 0 . S a r is R e g io n a l. P a rte XVX, S a n ta C a t a r in a .

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