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221129523707
GUSTAVO SILVA
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Gramática
Período Composto por Coordenação e Subordinação
Gustavo Silva
SUMÁRIO
Período Composto por Coordenação e Subordinação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Período Composto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Conceitos Iniciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Orações Coordenadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
Orações Subordinadas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
Resumo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
Questões de Concurso. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
Gabarito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72
Gabarito Comentado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73
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Período Composto por Coordenação e Subordinação
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PERÍODO COMPOSTO
Quando se constroem os textos, empregam-se frases, as quais podem se apresentar
como estruturas simples, mas também como construções complexas. Com efeito, as frases
podem ser nominais e verbais, contexto em que se pode passar a falar também em orações
e períodos.
Iniciemos nosso estudo por recordar os conceitos associados a frase, oração e período.
CONCEITOS INICIAIS
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Período Composto por Coordenação e Subordinação
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Tudo bem?
Que frio!
Socorro!
Bom dia.
Naturalmente se observa que as frases nominais têm emprego limitado em vista do
pouco potencial expressivo. A utilização de verbos na estrutura enriquece enormemente as
possibilidades informativas da frase, que passa a ser chamada de frase verbal. Eis alguns
exemplos, nos quais se destacam os verbos.
Uma lua clara iluminava o céu.
O julgamento será às 14 horas.
Eles ainda terão de lidar com as ameaças dos discordantes.
A presença de verbos na construção das frases traz consigo outro conceito a ser
recordado: oração.
Provocação 2: Entre as várias frases empregadas por Ziraldo em seu cartum, quantas
são orações? (Resposta ao final desta seção).
2. ORAÇÃO
Oração é estrutura centrada em verbo ou locução verbal. Observe que o critério para a
identificação de uma oração é puramente estrutural, não semântico. Em outras palavras,
não importa se a estrutura possui ou não sentido completo, caso ela apresente verbo, isso
já basta para que se diga que se trata de uma oração.
Por favor, volte para casa ainda hoje.
A notícia foi transmitida de manhã.
Ela deve estar regando as flores agora.
Desejamos que você vença.
“Vim,deste
O conteúdo vi, livro
venci.”(Júlio César)para Marianna Santos - 05420570343, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
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Período Composto por Coordenação e Subordinação
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É comum o raciocínio de que, quando se tem um verbo, tem-se uma oração; caso sejam
dois verbos, duas orações; três verbos, três orações... Essa forma de pensar é correta desde
que cada verbo expresse autonomamente seu sentido. Caso se tenha uma locução verbal
(vários verbos trabalhando juntos como um todo sintático-semântico), tem-se uma só
oração. Revejamos os exemplos apresentados com a verificação da quantidade de orações,
com base na quantidade de verbos autônomos ou de locuções verbais.
Por favor, volte para casa ainda hoje. (1 verbo >> 1 oração)
A notícia foi transmitida de manhã. (1 locução verbal >> 1 oração)
Ela deve estar regando as flores agora. (1 locução verbal >> 1 oração)
Desejamos que você vença. (2 verbos autônomos >> 2 orações)
“Vim, vi, venci.” (3 verbos autônomos >> 3 orações)
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Período Composto por Coordenação e Subordinação
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Já o período composto é integrado por duas ou mais orações. Para formar um período
dessa natureza, podem ser utilizadas duas diferentes maneiras de agrupamento das orações:
a coordenação e a subordinação. Em vista disso, existem dois tipos de período composto,
consoante veremos a seguir.
a) Período composto por coordenação
O período composto por coordenação reúne orações estruturalmente independentes,
ou seja, uma não desempenha função sintática para a outra. As orações são denominadas
coordenadas.
Vejamos os exemplos seguintes.
Ele trabalha muito, mas não consegue pagar as próprias dívidas.
1.ª oração: Ele trabalha muito.
2.ª oração: (ele) não consegue pagar as próprias dívidas.
Observemos que, se analisarmos sintaticamente cada uma das orações, perceberemos
que cada uma delas possui sua própria estrutura básica (sujeito, verbo, complemento e
acessórios). Para a primeira, “Ele” é sujeito, “trabalha” é verbo intransitivo e “muito” é
adjunto adverbial, ou seja, a estrutura da frase está, por si, completa. No caso da segunda,
tem-se sujeito oculto, “consegue pagar” é locução verbal cujo verbo principal é transitivo
direto, “as próprias contas” é o objeto direto e “não” é adjunto adverbial, isto é, novamente
se tem uma estrutura oracional completa.
A conjunção “mas”, assim como qualquer outra conjunção, não exerce função sintática.
Tal palavra serve para conectar as duas orações e enfatizar a relação de sentido estabelecida
entre as ideias expressas pelas duas orações.
b) Período composto por subordinação
O período composto por subordinação reúne orações dependentes, ou seja, uma delas
exerce uma função sintática para a outra. Aquela que exercer a função sintática será
denominada oração subordinada, enquanto a outra, principal.
Conforme já apontado anteriormente, estruturas oracionais podem assumir funções
sintáticas originariamente exercidas por nomes (substantivos, adjetivos, advérbios).
Observe os exemplos seguintes.
O servidor afirmou o desconhecimento do fato.
O servidor afirmou que desconhecia o fato.
Veja que, nas frases apresentadas, o termo “o desconhecimento do fato” e a oração “que
desconhecia o fato” exercem a função de objeto direto. Nesse contexto, pode-se afirmar
que tal oração, que “trabalha” para a outra, é a oração subordinada.
De outra forma, no período “O servidor afirmou que desconhecia o fato”, eis o que se tem:
1.ª oração: O servidor afirmou = oração principal
2.ª oração: que desconhecia o fato = oração subordinada
Vejamos outro exemplo.
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Período Composto por Coordenação e Subordinação
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ORAÇÕES COORDENADAS
A coordenação é uma relação de igualdade e independência. É comum que ela ocorra
entre termos componentes de uma enumeração. Veja as frases seguintes.
O secretário, o diretor e o chefe finalmente chegaram a um acordo sobre o horário de
atendimento ao público externo.
Já providenciamos cerca elétrica, alarme e novas fechaduras. Em seguida, vamos contratar
mais um vigia.
A colaboração entre o governo, a sociedade civil e a família se faz essencial para a superação
do problema da violência no ambiente escolar.
Observe que, nos exemplos apresentados, em cada uma das frases, os termos sublinhados
são coordenados entre si, ou seja, são sintaticamente iguais. No primeiro exemplo, “secretário”,
“diretor” e”chefe” são núcleos do mesmo sujeito. No segundo caso, “cerca”, “alarme” e
“fechaduras” são núcleos do mesmo objeto direto. Finalmente, na última frase, “governo”,
“sociedade” e “família” atuam como complementos nominais de “colaboração”.
Essa mesma igualdade e independência também pode ocorrer entre orações componentes
de um período. Nesse contexto, tais orações são denominadas orações coordenadas. Veja
os exemplos a seguir.
Tenho avançado muito nos estudos, mas ainda quero fazer mais!
Eles se dedicaram intensamente aos estudos – certamente alcançarão um bom resultado.
Não visito minha irmã: brigamos muito.
Em cada exemplo, as orações componentes do período possuem seu próprio sujeito (ainda
que oculto) e seu predicado. Com base nessa constatação é que se verifica a independência
sintática (estrutural)
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Período Composto por Coordenação e Subordinação
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Segundo o que se verifica até aqui, é fundamental que se tenham em mente as conjunções
coordenativas para que, com sua identificação, se proceda à identificação do tipo específico
de oração coordenada sindética. Assim, à medida que apresentarmos os vários tipos de
orações coordenadas sindéticas, recordaremos as principais conjunções de cada grupo.
Recomenda-se que seja memorizada a maior quantidade possível desses conectivos
sempre os associando ao sentido que expressam, pois isso é que, no final das contas, dará
a classificação das orações coordenadas sindéticas. Além disso, a resolução da maioria dos
itens de prova associados às orações coordenadas passa pela simples identificação do tipo
de conjunção ali presente.
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1. Nos exemplos, as orações “Ela sofria”, “Os alunos estudaram”, “Não queria atrapalhar” e
“Esforçou-se para ser agradável” são orações coordenadas assindéticas.
2. Não perca de vista as conjunções coordenativas adversativas: mas, porém, contudo,
entretanto, no entanto, todavia, não obstante, senão (= mas sim), etc.
3. As conjunções adversativas – exceto a conjunção mas – aceitam deslocamento de sua
posição original na oração. Atente para o fato de que tal movimentação gerará quebra na
ordenação natural da frase, o que, por sua vez, resultará em uso de vírgula(s) interna(s) à
oração coordenada sindética adversativa e em eventual emprego de ponto e vírgula entre
as orações coordenadas.
Veja os exemplos seguintes.
Os alunos estudaram, não conseguiram, no entanto, aprovação.
Não queria atrapalhar; acabou sendo o responsável pelo atraso do processo, todavia.
Esforçou-se para ser agradável; o futuro sogro não simpatizou com ele, não obstante.
4. Vale ainda acrescentar que a possibilidade de deslocamento da conjunção adversativa
está associada à possibilidade de enfatizar tal conjunção com vírgula estilística. Em outras
palavras, como conseguimos deslocar as conjunções adversativas – exceto a conjunção mas
–, podemos usar facultativamente vírgula estilística depois delas – exceto a conjunção mas.
Em tais situações é mais frequente o emprego do ponto e vírgula para separar as orações
coordenadas.
Observe os exemplos seguintes.
Os alunos estudaram; no entanto(,) não conseguiram aprovação.
Não queria atrapalhar; todavia(,) acabou sendo o responsável pelo atraso do processo.
Esforçou-se para ser agradável; não obstante(,) o futuro sogro não simpatizou com ele.
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1. Nos exemplos, as orações “São todos pobres”, “Ele agrediu o chefe” e “A pista está
alagada” são orações coordenadas assindéticas.
2. Não perca de vista as conjunções coordenativas conclusivas: portanto, por isso, por
conseguinte, logo, assim, então, destarte, pois (após o verbo), etc.
3. Algumas conjunções conclusivas podem ser deslocadas de sua posição original na
oração. Semelhantemente ao que ocorre com as conjunções adversativas, tal movimentação
gerará quebra na ordenação natural da frase, o que, por sua vez, resultará em uso de
vírgula(s) interna(s) à oração coordenada sindética conclusiva e em eventual emprego de
ponto e vírgula entre as orações coordenadas.
Veja os exemplos seguintes.
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1. Nos exemplos, as orações “Deve ter chovido à noite”, “A casa foi roubada”, “Não chore”
e “Não me desobedeça” são orações coordenadas assindéticas.
2. Não perca de vista as conjunções coordenativas explicativas: pois, porque,
porquanto, que.
3. Conforme já mencionado anteriormente, a conjunção pois merece especial atenção,
uma vez que pode apresentar valor explicativo ou conclusivo a depender da posição em
relação ao verbo.
Antes do verbo, pois significa porque e expressa a ideia de explicação.
Ele não veio, pois tem medo.
Ele não veio, porque tem medo.
Após do verbo, pois significa portanto e expressa a ideia de conclusão.
Ele não veio; tem medo, pois.
Ele não veio; tem medo, portanto.
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Período Composto por Coordenação e Subordinação
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Provocação 7: Há, na tirinha, frase nominal e frases verbais, períodos simples e períodos
compostos. Entre eles, você consegue identificar o período composto por coordenação que
expressa ideia de exclusão? (Resposta ao final desta seção).
5. ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS ALTERNATIVAS
Orações coordenadas sindéticas alternativas, como o nome sugere, estabelecem uma
relação de alternativa ou alternância com a ideia anterior. Isso implica afirmar que a opção
por uma implica a recusa da outra, daí por que se pode também dizer que há expressão
de exclusão.
Nos períodos seguintes, destacam-se as conjunções e as orações alternativas.
Siga o mapa ou peça informações.
Ou irei à praia, ou viajarei para Santos.
A vida a seu lado ora era boa, ora era desgastante.
Vamos resolver o problema, seja vendendo o carro, seja devolvendo-o para a loja.
Quer queira, quer não, você vai se acertar com ele!
1. Nos exemplos, as orações “Siga o mapa”, “Vamos resolver o problema” e “você vai se
acertar com ele” são orações coordenadas assindéticas.
2. No caso da última frase, convém ressaltar que há duas orações coordenadas sindéticas
alternativas, mas o verbo da segunda está elíptico: Quer queira, quer não (queira), você
vai se acertar com ele!
3. Não perca de vista as conjunções coordenativas alternativas: ou, ou... ou, ora... ora, quer...
quer, etc.
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1. Nos exemplos, as orações “Saiu”, “Não trabalha”, “Canto”, “Tenta”, “Tanto os amigos se
compadeceram de sua situação” e “Eu não só estudo” são orações coordenadas assindéticas.
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2. Não perca de vista as conjunções coordenativas aditivas: e, nem (= e não), não só/não
somente/não apenas... mas também/mas ainda/senão, tanto... quanto, tanto... como,
etc.
3. Conforme já comentado, a conjunção e, além do sentido aditivo, pode apresentar valor
adversativo e conclusivo.
Bati e porta em porta, e nada consegui. (= mas >> adversativa)
Você lutou bravamente, e mereceu a vitória. (= portanto >> conclusiva)
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ORAÇÕES SUBORDINADAS
A subordinação é um processo de dependência sintática, ou seja, o termo subordinado
se apresenta estruturalmente preso a outro para o qual exerce função complementar ou
acessória. Nesse contexto, as denominadas orações subordinadas “trabalham” para uma
outra oração, chamada de principal, exercendo uma função sintática, daí a relação de
dependência estrutural.
Vejamos os seguintes exemplos, nos quais se destacam as orações subordinadas.
1. Agir assim pode provocar problemas graves de relacionamento na esfera familiar.
2. Ele garantiu a todos que tudo estava sob controle.
3. Nessas circunstâncias, nada diga sem que esteja acompanhado por um advogado.
4. Assim que o impasse for resolvido, apresente seu relatório à chefia imediada.
5. Os acionistas que estiverem insatisfeitos certamente se manifestarão.
6. Tratei diretamente com Fulano de Tal, que era o presidente da comissão nessa época.
Nos exemplos apresentados, todas as orações destacadas (subordinadas) exercem função
sintática para a outra (oração principal). Em 1, a oração subordinada funciona como sujeito
e, em 2, a subordinada exerce a função de objeto direto. Em 3 e 4, as orações sublinhadas
são adjuntos adverbiais para a oração principal. Finalmente, as orações destacadas em 5 e
6 atribuem característica a substantivos, de sorte que atuam como adjunto adnominal e
aposto dos substantivos “acionistas” e “Fulano de Tal”, respectivamente.
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Provocação 11: Você consegue identificar dois objetos diretos oracionais na tirinha?
(Resposta ao final desta seção).
b) Orações Subordinadas Substantivas Objetivas Diretas
Tais orações exercem a função sintática de objeto direto para o verbo da oração principal.
Veja os exemplos seguintes. Neles, as orações destacadas são subordinadas substantivas
objetivas diretas.
Ele não sabe se ela virá.
O diretor comunicou aos funcionários que o horário de expediente seria alterado.
Alguém confirmou se está tudo pronto para partirmos?
Ele fez que tudo acontecesse no seu tempo certo.
O médico pediu que eu fizesse um breve relato dos sintomas apresentados até então.
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sintática que tal pronome assumir será também a função sintática da oração subordinada
substantiva por ele substituída.
Testemos com os exemplos anteriormente apresentados.
Ele não sabe se ela virá.
Ele não sabe ISSO.
O diretor comunicou aos funcionários que o horário de expediente seria alterado.
O diretor comunicou aos funcionários ISSO.
Alguém confirmou se está tudo pronto para partirmos?
Alguém confirmou ISSO?
Ele fez que tudo acontecesse no seu tempo certo.
Ele fez ISSO.
O médico pediu que eu fizesse um breve relato dos sintomas apresentados até então.
O médico pediu ISSO.
Em todas as frases simplificadas, o pronome ISSO atua como objeto direto. Desse modo,
as orações por eles substituídas também atuam como objetos diretos, ou seja, são orações
subordinadas substantivas objetivas diretas.
2. Na penúltima frase, com o verbo fazer, há a possibilidade de se empregar a
preposição com.
Ele fez que tudo acontecesse no seu tempo certo.
Ele fez (com) que tudo acontecesse no seu tempo certo.
Observe-se, no entanto, que o verbo fazer é VTD e que, consequentemente, tal preposição
é expletiva, servindo tão somente como elemento de realce, de sorte que a oração “que
tudo acontecesse no seu tempo certo” continua sendo objetiva direta.
3. Na última frase, o verbo pedir é VTD; portanto, não deve vir seguido da preposição
para, cuja presença geraria erro gramatical.
O médico pediu para que eu fizesse um breve relato dos sintomas... (E)
O médico pediu que eu fizesse um breve relato dos sintomas... (C)
A forma “pedir para” só é aceitável quando se subentende licença ou permissão para
fazer algo.
Ela pediu para entrar. (Ela pediu licença/permissão para entrar.)
4. Tenha muito cuidado com a presença do pronome apassivador SE associado a um
VTD ou VTDI, pois ele transforma o que seria o objeto direto em sujeito passivo.
Observe que todos os cuidados devem ser tomados. (= VTD / OD)
Observe-se que todos os cuidados devem ser tomados. (= VTD-PA / sujeito passivo)
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Provocação 12: Existe oração subordinada no cartum? Se sim, de que tipo? (Resposta
ao final desta seção).
c) Orações Subordinadas Substantivas Objetivas Indiretas
Essas orações atuam como objeto indireto para o verbo da oração principal.
Veja os exemplos seguintes. Neles, as orações destacadas são subordinadas substantivas
objetivas indiretas.
Precisamos de que atitudes mais firmes sejam tomadas.
O grupo luta por que os direitos das minorias sejam respeitados.
As reclamações se referem a que os trabalhadores não têm recebido as horas extras devidas.
Insistimos em que você durma aqui hoje.
Avisaram-no de que as coisas seriam diferentes com a nova administração.
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Insistimos NISSO.
Avisaram-no de que as coisas seriam diferentes com a nova administração.
Avisaram-no DISSO.
Nas frases simplificadas, “DISSO”, “por ISSO”, “a ISSO”, “NISSO” e “DISSO” atuam como
objetos indiretos. Do mesmo modo, as orações por eles substituídas também atuam como
objetos indiretos, ou seja, são orações subordinadas substantivas objetivas indiretas.
2. Inúmeros autores aceitam que, no caso das orações subordinadas substantivas
objetivas indiretas, a preposição fique eventualmente subentendida. De tal forma, também
estariam corretas as frases seguintes.
Precisamos que atitudes mais firmes sejam tomadas.
Insistimos que você durma aqui hoje.
Avisaram-no que as coisas seriam diferentes com a nova administração.
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Provocação 14: Na tirinha, há uma oração que funciona como complemento nominal.
Você consegue identificá-la? (Resposta ao final desta seção).
f) Orações Subordinadas Substantivas Completivas Nominais
As orações subordinadas substantivas completivas nominais exercem função sintática de
complemento para um nome da oração principal, geralmente um substantivo ou um adjetivo.
Veja os exemplos seguintes. Neles, as orações destacadas são subordinadas substantivas
completivas nominais.
Os alunos tinham necessidade de que alguém os ajudasse.
A vontade de que tudo desse certo nos mantinha unidos.
Ele estava certo de que ela voltaria um dia.
Não havia certeza se a viagem seria totalmente tranquila.
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1. Apesar de se tratar de orações estruturalmente diferentes das usuais, já que não são
iniciadas pelas conjunções integrantes que e se, as orações subordinadas substantivas
justapostas são identificadas mediante o mesmo processo de substituição pelos pronomes
ISSO/ESSE/ESSA. Se não, vejamos.
I – ESSE se expõe desnecessariamente.
II – ESSES receberão meu auxílio.
III – Não sei ISSO.
IV – Apresento-lhes ESSE/ESSA.
V – Cito agora ISSO.
VI – Já me adiantou ISSO.
VII – Nunca me disse ISSO.
VIII – Diga-me ISSO.
IX – Você pode me informar ISSO?
X – Jamais revelou à família ISSO.
2. Conforme se verifica, é mais frequente que a orações substantivas justapostas sejam
subjetivas (I e II) ou objetivas diretas (demais exemplos). Contudo, também pode ocorrer
justaposição (ausência da conjunção integrante) com os demais tipos de orações subordinadas
substantivas.
Veja os exemplos a seguir.
“Amar é quando não dá mais pra disfarçar.” (= Amar é ISSO.)
(Oração Subordinada Substantiva Predicativa)
Recorda-te de quais erros cometestes para aprender com eles. (= Recorda-te DISSO...)
(Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta)
Não tenho a mínima noção de onde estou! (= Não tenho a mínima noção DISSO.)
(Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal)
“A saudade é como o sol do inverno: ilumina sem aquecer.” (Berilo Neves)
(Oração Subordinada Substantiva Apositiva)
3. No contexto das orações subordinadas substantivas justapostas apresenta-se oração
que atua como agente da passiva. Veja o exemplo.
Não raro somos machucados por quem nos é mais próximo.
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(A palavra que – seja como conjunção, seja como pronome relativo – muito frequentemente
atua como conectivo subordinador.)
Resposta à provocação 10: O sujeito de “chega” é a oração anterior: “Quem nasceu
para Magali”. Tanto é assim, que poderíamos substituir a tal oração pelo pronome ESSA:
ESSA nunca chega a Eva!
Assim como o pronome “ESSA” atua como sujeito de “nunca chega a Eva”, a oração
substituída (“Quem nasceu para Magali”) também atua como sujeito, ou seja, é uma oração
subordinada substantiva subjetiva.
Resposta à provocação 11: Objeto direto oracional é uma oração que exerce a função de
objeto direto, ou seja, trata-se de uma oração subordinada substantiva objetiva direta. Na
tirinha, observa-se tal ocorrência no primeiro e no quarto quadrinhos. São objetos diretos
oracionais as orações “que muitas pessoas acham o Natal a época mais estressante do ano”
(1º quadrinho) e “ser bonzinho” (4º quadrinho). Tanto é assim, que poderíamos substituir
tais orações pelo pronome ISSO: Este artigo diz ISSO; Eu odeio ISSO.
Assim como o pronome “ISSO” atua como objeto direto dos verbos “diz” e “odeio”, as
orações substituídas (“que muitas pessoas acham o Natal a época mais estressante do
ano” e “ser bonzinho”) também atuam como objetos diretos, ou seja, são objetos diretos
oracionais ou ainda orações subordinadas substantivas objetivas diretas.
Resposta à provocação 12: Existe uma oração subordinada substantiva objetiva indireta
no cartum: “em colocar insufilme”. Tanto é assim, que poderíamos substituí-la por NISSO:
Tô pensando NISSO.
Assim como “NISSO” atua como objeto indireto do verbo “pensando”, a oração substituída
(“em colocar insufilme”) também atua como objeto indireto, ou seja, é objeto indireto
oracional ou ainda oração subordinada substantiva objetivas indireta.
Resposta à provocação 13: Existem duas orações subordinadas substantivas predicativas
na tirinha: “que você não consegue interagir” e “que eu não tô nem aí”. Tanto é assim, que
poderíamos substituí-las por ISSO/ESSE: Mas o fato é ISSO/ESSE; O fato é ISSO/ESSE.
Assim como “ISSO/ESSE” atua como predicativo em relação ao verbo de ligação “é”, as
orações substituídas (“que você não consegue interagir” e “que eu não tô nem aí”) também
atuam como predicativos, ou seja, são predicativos oracionais ou ainda orações subordinadas
substantivas predicativas.
Resposta à provocação 14: A oração que atua como complemento nominal se encontra
ao final da primeira fala da personagem: “[...] e ela tem medo de que eu não goste”. Nesse
trecho, a oração “de que eu não goste” completa o nome “medo”. Tanto é assim, que
poderíamos substituí-la por DISSO: [...] e ela tem medo DISSO.
Assim como “DISSO” atua como complemento nominal em relação ao substantivo “medo”,
a oração substituída (“de que eu não goste”) também atua como complemento nominal,
ou seja, é uma oração subordinada substantiva completiva nominal.
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Provocação 16: Na fala do médico, há uma oração que qualifica um substantivo anterior.
No contexto, tal oração esclarece ou restringe o sentido do substantivo? (Resposta ao final
desta seção).
b) Orações Subordinadas Adjetivas Explicativas
Tais orações apresentam uma qualidade ou característica inerente ao ser ou ao conjunto
de todos os seres a que se referem; tem-se, portanto, a noção de que tal atributo se
refere à totalidade dos seres em referência. Orações Subordinadas Adjetivas Explicativas
apresentam sempre pontuação imediatamente antes do relativo que as inicia.
Nos exemplos a seguir, destacam-se as orações subordinadas adjetivas explicativas.
I – Vozes d’África, que é um poema épico, apresenta um raro momento da poesia.
II – O homem, que é um simples mortal, julga-se eterno.
Veja que, em I, a característica atribuída (poema épico) é inerente, própria do ser (Vozes
d’África). Trata-se, assim, de um acréscimo acessório de informação, uma explicação
dispensável. Tanto é assim, que poderíamos efetivamente retirá-la sem que isso implicasse
prejuízo ao sentido e à coerência da frase: Vozes d’África apresenta um raro momento
da poesia.
Em II, a característica atribuída (simples mortal) também é inerente, própria do ser
(homem). Novamente, por se tratar de explicação acessória, pode ser retirada da frase
sem prejuízo ao sentido e à coerência da frase: O homem julga-se eterno.
c) Orações Subordinadas Adjetivas Restritivas
Orações Subordinadas Adjetivas Restritivas, como o nome sugere, restringem, especificam
o sentido do substantivo a que se referem, limitando um subconjunto dentro de um
conjunto amplo. Tais orações em regra não apresentam pontuação imediatamente antes
do pronome relativo que as inicia.
Nos exemplos a seguir, destacam-se as orações subordinadas adjetivas restritivas.
I – Os técnicos preferem jogadores que obedecem a esquemas.
II – As regiões que produzem laranjas tiveram problemas com o frio.
Observemos que, em I, a oração “que obedecem a esquemas” restringe os jogadores que
são preferidos pelos técnicos. Em outras palavras, há o conjunto composto por todos os
jogadores e, entre eles, somente os obedientes a esquemas têm a preferência dos técnicos.
Em II, temos ocorrência similar. Não foram todas as regiões existentes que tiveram
problemas com o frio, mas somente aquelas produtoras de laranjas.
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de tal vocábulo não se apresentar explícito na frase. Ainda assim, é possível subentendê-lo
e trazê-lo de volta à estrutura frasal.
Vejamos os exemplos seguintes.
Vi pessoas pedindo esmolas.
Este é o processo a ser analisado pelo juiz.
Observe que, em tais frases, não se veem prontamente pronomes relativos. Porém,
eles podem ser trazidos novamente à frase, de sorte a permitir a identificação das orações
adjetivas.
Vi pessoas que pediam esmolas. (= oração subordinada adjetiva restritiva)
Este é o processo que será analisado pelo juiz. (= oração subordinada adjetiva restritiva)
Feito isso, conclui-se que as orações antes vistas também têm natureza adjetiva.
Vi pessoas pedindo esmolas. (= oração subordinada adjetiva restritiva)
Este é o processo a ser analisado pelo juiz. (= oração subordinada adjetiva restritiva)
Nota: Estas últimas orações adjetivas são ditas orações reduzidas (de gerúndio e de
infinitivo, respectivamente). Falaremos de tais orações mais à frente.
2. Conforme visto, orações subordinadas adjetivas explicativas apresentam pontuação
imediatamente antes do pronome relativo que as inicia. Convém ressaltar que tal pontuação
pode ser representada por vírgula, travessão ou parênteses.
O homem, que é um simples mortal, julga-se eterno.
O homem – que é um simples mortal – julga-se eterno.
O homem (que é um simples mortal) julga-se eterno.
Contentou-se com aquele momento de derrota, que ele mesmo já previra.
Contentou-se com aquele momento de derrota – que ele mesmo já previra.
Contentou-se com aquele momento de derrota (que ele mesmo já previra).
3. Em questões de reescritura de texto, atente para a retirada ou para a inserção de
pontuação imediatamente antes do pronome relativo, pois isso gerará a alteração da
classificação e do sentido da oração adjetiva, ainda que se mantenha a correção gramatical.
Veja os exemplos a seguir.
I – O rapaz, que estava desesperado, não parava de chorar.
II – O rapaz que estava desesperado não parava de chorar.
Na frase I, tem-se uma oração subordinada adjetiva explicativa, a qual passa a ser oração
subordinada adjetiva restritiva na frase II.
Para além da mudança de classificação, há também alteração semântica, uma vez que,
em I, trata-se de um só rapaz, e ele está eventualmente desesperado. Já na frase II, pode-
se inferir que, no contexto, há vários rapazes e se está fazendo referência a um entre todos
esses, o qual estava desesperado.
III – A proposta, que foi analisada durante a sessão, foi prontamente recusada.
IV – A proposta que foi analisada durante a sessão foi prontamente recusada.
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Em III, tem-se uma oração subordinada adjetiva explicativa e trata-se de uma só proposta.
Já em IV, a oração subordinada adjetiva restritiva indica que se trata de várias propostas,
e uma delas foi analisada e recusada durante a sessão.
V – Os alunos, os quais eram portadores de arritmia cardíaca, apresentaram os atestados
à diretora.
VI – Os alunos os quais eram portadores de arritmia cardíaca apresentaram os atestados
à diretora.
A oração explicativa presente em V permite depreender que todos os alunos em referência
são portadores de arritmia cardíaca e que todos eles apresentaram atestado. Já a oração
restritiva de VI nos leva à conclusão de que, entre todos os alunos, há um grupo que tem
arritmia cardíaca e de que somente os componentes desse grupo apresentou atestado.
Em outros termos, geralmente, a alteração da pontuação das orações subordinadas
adjetivas pode até manter a correção gramatical, mas haverá alteração de sentido.
4. Apesar de ser comum a possibilidade de alteração de pontuação de orações adjetivas
com manutenção da correção gramatical, fique atento para o caso de orações explicativas que
se refiram a um ser único, individualizado. Nessas situações, geralmente, a oração subordinada
adjetiva precisa ser explicativa, pois a própria semântica não permite a especificação do
antecedente, uma vez que não se pode restringir o que, por si, já é restrito, é único.
Vejamos exemplos.
I – Monteiro Lobato, que criou os personagens do Sítio do Pica-pau Amarelo, foi um
nacionalista.
II – O Supremo Tribunal Federal, que é a mais alta Corte do País, julgará a constitucionalidade
da lei sob comento.
III – A Lei n. 8.112/1990 – que dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da
União, das autarquias e das fundações públicas federais – já passou por várias modificações.
IV – Ele (que sempre cultivou sentimentos amorosos pela prima) mal conseguia se conter
na presença dela.
Observe que, em todos os exemplos, o antecedente caracterizado pela oração adjetiva é
único, individualizado, visto que não existe outro Monteiro Lobato, outro Supremo Tribunal
Federal, outra Lei n. 8.112/1990 ou – no caso da frase IV, que deve ser entendida num
contexto em que se trata de um personagem específico – outro “Ele”.
Para esse tipo de situação, a sugestão de retirada da pontuação geraria uma semântica
tão imprópria e uma incoerência tamanha, que acarretaria a impossibilidade de se aceitar
a frase em si. Isso implicaria considerar a construção errada, uma vez que ali o emprego
da oração subordinada adjetiva explicativa se impõe como obrigatório. Como dito: não se
pode restringir aquilo que, por si, já é restrito, individualizado, único.
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Provocação 17: Há, na tirinha, um pronome relativo. Você consegue identificá-lo, bem
como a função sintática que ele exerce? (Resposta ao final desta seção).
d) Função Sintática dos Pronomes Relativos
Um dos aspectos cobrados em provas que mais costuma deixar o candidato inseguro
é a função sintática exercida pelo pronome relativo.
Veja o exemplo seguinte.
Esta é a garota que mora no Rio.
Nessa frase, o pronome relativo “que” exerce a função de sujeito de “mora”. Contudo,
para muitos candidatos, não é simples enxergar isso, uma vez que a maioria fará a análise
pelo sentido por meio da pergunta usual: “Quem mora no Rio?” Ora, a resposta natural para
essa indagação será “a garota”; ela é que mora no Rio. Isso levará à conclusão incorreta de
que o termo “a garota” é o sujeito de “mora”...
Lembre-se de que fazemos análise sintática, análise da sintaxe, análise da estrutura. O
sentido, a interpretação é tão somente um apoio secundário. O raciocínio, portanto, deve
sempre partir da estrutura, deve ser frio e estrutural. Nesse contexto, a melhor forma de
analisar a função sintática do pronome relativo é seguir o seguinte passo a passo.
1. Isole a oração adjetiva;
2. Substitua o pronome relativo pelo antecedente correspondente;
3. Se necessário, organize a oração na sequência canônica (sujeito, verbo, complemento)
4. Analise a função do antecedente associado ao relativo: a função identificada será
a mesma exercida pelo pronome relativo.
Vejamos na prática o passo a passo.
I – Esta é a garota que mora no Rio.
1. que mora no Rio
2 e 3. a garota mora no Rio
4. O termo “a garota” exerce a função de sujeito; logo, o pronome relativo “que”, que
estava em seu lugar, também exerce a função de sujeito no trecho “que mora no Rio”.
II – Não concordo com as atitudes as quais ele tomou.
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1. Como o relativo quem em regra exige preposição antes de si, nunca exercerá função de
sujeito. Por outro lado, se eventualmente se apresentar vinculado a VTD, exercerá função
de objeto direto preposicionado.
O palestrante a quem convidei é juiz do trabalho.
1. a quem convidei
2. o palestrante convidei
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2. Como o pronome relativo onde sempre está associado à noção de “lugar em que”,
exercerá sempre a função de adjunto adverbial de lugar.
3. O pronome relativo cujo, seguido de substantivo concreto sempre exercerá a função
de adjunto adnominal e expressará ideia de posse/pertinência. Contudo, se for seguido de
substantivo abstrato, poderá também exercer a função de complemento nominal (situação
em que não indicará posse/pertinência). Nesse contexto, será útil o mesmo raciocínio já
empregado anteriormente para diferenciação de Adjunto Adnominal (que tem natureza
Ativa, que é dono de algo – ideia de posse) e Complemento Nominal (que tem natureza
paCieNte).
Vejamos exemplos.
I – O cientista, cuja descoberta revolucionou o mundo, morreu recentemente.
1. cuja descoberta revolucionou o mundo
2 e 3. a descoberta do cientista revolucionou o mundo
(Observe que, no contexto, o cientista descobre alguma coisa; portanto, ele Age. Desse
modo, o que se tem é Adjunto Adnominal. Além disso, a descoberta pertence ao cientista;
a ideia de posse/pertinência confirma a natureza de Adjunto Adnominal do relativo “cuja”.)
4. O termo “do cientista”, vinculado ao substantivo abstrato “descoberta”, exerce a
função de adjunto adnominal; logo, o pronome relativo “cuja”, que é seu equivalente, também
exerce a função de adjunto adnominal no trecho “cuja descoberta revolucionou o mundo”.
II – O remédio, cuja descoberta traz esperança a muitos, será fabricado em larga escala
a partir do próximo mês.
1. cuja descoberta traz esperança a muitos
2 e 3. a descoberta do remédio traz esperança a muitos
(Observe que, no contexto, o remédio foi descoberto; portanto, ele tem natureza
paCieNte. Desse modo, o que se tem é Complemento Nominal. Além disso, a descoberta
não pertence ao remédio, ou seja, não há ideia de posse/pertinência, o que confirma a
natureza de Complemento Nominal do relativo “cuja”.)
4. O termo “do remédio”, vinculado ao substantivo abstrato “descoberta”, exerce a função
de complemento nominal; logo, o pronome relativo “cuja”, que é seu equivalente, também
exerce a função de complemento nominal no trecho “cuja descoberta traz esperança
a muitos”.
Resposta à provação 15: Orações que desempenham papel de qualificador de um
substantivo são orações subordinadas adjetivas, as quais costumam ser iniciadas por
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Provocação 18: Assim como os advérbios, certas orações podem expressar circunstâncias
diversas (tempo, causa, consequência, condição, concessão, comparação, etc.). Você consegue
identificar na tirinha alguma circunstância expressa por uma oração? (Resposta ao final
desta seção).
3. ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS
As orações subordinadas adverbiais equivalem a adjuntos adverbiais, ou seja, elas indicam
a circunstância em que ocorre a ação verbal da oração principal.
Observe as frases seguintes.
Após a demissão do empregado, a empresa não lhe devolveu a carteira de trabalho.
Depois que demitiu o empregado, a empresa não lhe devolveu a carteira de trabalho.
Observe que o termo “Após a demissão do empregado” e a oração “Depois que demitiu
o empregado” cumprem o mesmo papel: ambos expressam uma circunstância de tempo
em relação ao fato expresso pelo verbo da oração “a empresa não lhe devolveu a carteira
de trabalho”. Em outras palavras, ambas as estruturas são adjuntos adverbiais de tempo.
Assim, pode-se afirmar que orações subordinadas adverbiais são adjuntos adverbiais
com verbo em sua estruturação.
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1. Nos exemplos, as orações “O futuro se nos oculta”, “foi embora logo”, “Estudou muito”
e “Orai” são orações principais.
2. Não perca de vista as conjunções subordinativas adverbiais finais: para que, a fim
de que, de sorte que, de modo que, porque, etc.
b) Orações Subordinadas Adverbiais Proporcionais
As orações subordinadas adverbiais proporcionais expressam proporcionalidade,
simultaneidade de ocorrência de fatos, de forma que uma ocorrência acompanha a outra.
Nos períodos seguintes, destacam-se as conjunções e as orações adverbiais proporcionais.
A inundação aumentava à medida que subiam as águas.
Os descontos
O conteúdo se elevam
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é licenciado passo que
Marianna o salário
Santos aumenta.
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1. Nos exemplos, as orações “ninguém acreditou”, “a festa acabou”, “O rapaz ficou pálido”
e “ela não falou com ninguém” são orações principais.
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1. Nos exemplos, as orações “A memória dos velhos é menos pronta”, “não pôde sair”,
“Não foi atendido” e “a aula foi interrompida” são orações principais.
2. Não perca de vista as conjunções subordinativas adverbiais causais: porque, porquanto,
visto que, pois que, como, já que, dado que, uma vez que, na medida em que, sendo que...
3. Não confunda as locuções conjuntivas à medida que (proporcional) e na medida em
que (causal). Além disso, vale destacar que não existem estruturas misturadas dessas duas.
O medo aumentava à medida que chovia. (Certo, sentido proporcional.)
Ele não veio na medida em que está doente. (Certo, sentido causal.)
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Ele não veio na medida que está doente. (Errado, a locução destacada não existe na
gramática.)
e) Orações Subordinadas Adverbiais Consecutivas
As orações subordinadas adverbiais consecutivas indicam a consequência do fato
expresso pela oração principal.
Nos períodos seguintes, destacam-se as conjunções e as orações adverbiais consecutivas.
O menino correu tanto no caminho, que chegou cansado.
A criança fez um escândalo tal na loja que os pais ficaram envergonhados.
Ontem estive doente, de forma que não saí.
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e a qualquer público.
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Provocação 22: Qual é a ideia expressa pela oração iniciada pela palavra “como”?
(Resposta ao final desta seção).
f) Orações Subordinadas Adverbiais Conformativas
Orações conformativas, com o nome sugere, indicam relação de adequação ou
conformidade com o fato expresso pela oração principal.
Nos períodos seguintes, destacam-se as conjunções e as orações adverbiais conformativas.
As coisas não são como dizem.
Farei tudo conforme você pediu.
Segundo consta, ele não é uma pessoa confiável.
1. Nos exemplos, as orações “As coisas não são”, “Farei tudo” e “ele não é uma pessoa
confiável” são orações principais.
2. Não perca de vista as conjunções subordinativas adverbiais conformativas: conforme,
segundo, consoante, como.
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1. Nos exemplos, as orações “O rapaz lutou”, “A decisão foi (tão) justa” e “A luz é mais
veloz” são orações principais.
2. Não perca de vista as conjunções subordinativas adverbiais comparativas: (tão)...
como/quanto, mais... (do) que, menos… (do) que, assim como, tal qual, tal como etc.
3. Conforme se observa no exemplo apresentado, o termo “do” é expletivo, ou seja, pode
ser dispensado sem prejuízo à correção gramatical e ao sentido.
4. Tome bastante cuidado com a conjunção como, já que ela pode apresentar quatro
sentidos diferentes.
Como previsto, irei à festa. (= conforme >> conformativa)
Como você pede, irei à festa. (= já que >> causal)
Como você, também irei à festa. (comparativa)
Tanto li o livro como assisti ao filme. (aditiva)
Provocação 24: Tanto a fala da mãe (3º quadrinho) quanto a fala de Calvin (4º quadrinho)
apresentam um mesmo tipo de oração subordinada adverbial. Você sabe que tipo é esse?
(Resposta ao final desta seção).
h) Orações Subordinadas Adverbiais Condicionais
Essas orações indicam uma condição sob a qual se realiza o fato expresso pela oração
principal.
Nos períodos seguintes, destacam-se as conjunções e as orações adverbiais condicionais.
Se chover, não iremos.
Você sairá caso arrume seu quarto.
Você não sairá salvo se arrumar seu quarto.
Comprarei o livro, desde que seja barato.
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1. Nos exemplos, as orações “não iremos”, “Você sairá” e “Comprarei o livro” são orações
principais.
2. Não perca de vista as conjunções subordinativas adverbiais condicionais: se, caso,
desde que, contanto que, salvo se, exceto se, sem que (=se não), a não ser que, etc.
3. Em caso de reescrita de texto, atente para o fato de a conjunção condicional se empregar
verbo no futuro do subjuntivo, ao passo que as demais usam o presente do subjuntivo.
Você sairá se arrumar o quarto. (= futuro do subjuntivo)
Você sairá caso/desde que/contato que arrume o quarto. (= presente do subjuntivo)
4. A locução desde que pode ser temporal ou condicional. A distinção é feita mediante
a verificação do modo verbal: no contexto, a oração temporal emprega verbo no indicativo
e a oração condicional, no subjuntivo.
Ele está estranho desde que discutimos.
(O verbo no indicativo demonstra que se trata de oração temporal.)
Você sairá desde que arrume o quarto.
(O verbo no subjuntivo demonstra que se trata de oração condicional.)
i) Orações Subordinadas Adverbiais Concessivas
As orações concessivas concedem ou admitem uma condição contrária ao fato expresso
pela oração principal. Trata-se de oposição fraca, ou seja, a oração concessiva apresenta
uma informação que se contrapõe à outra contida na oração principal, mas sem capacidade
de alterá-la.
Nos períodos seguintes, destacam-se as conjunções e as orações adverbiais concessivas.
Todos saíram, embora estivesse chovendo.
Por mais que gritasse, ninguém o socorreu.
Vim trabalhar posto que estivesse doente.
Permanece firme mesmo que estejas cansado.
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Provocação 25: Você saberia dizer qual é a classificação da oração “sem ler”? (Resposta
ao final desta seção).
Há duas orações subordinadas adverbiais que não são previstas pela Nomenclatura
Gramatical Brasileira (NGB), mas que se apresentam nas lições de vários gramáticos: as
modais e as locativas. Vejamos.
j) Orações Subordinadas Adverbiais Modais
As orações modais, como o nome sugere, indicam circunstância de modo. Tais orações
são iniciadas pela locução conjuntiva sem que.
Entrou e saiu sem que o percebessem.
“Vivodeste
O conteúdo sem viver
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Resposta à provocação 26: A oração reduzida se apresenta na fala do repórter: “ao ser
abordada por um ladrão na rua”. Ela equivale à seguinte oração desenvolvida: quando é
abordada por um ladrão na rua. Isso implica afirmar que a oração é subordinada adverbial
temporal reduzida de infinitivo.
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RESUMO
As orações subordinadas adjetivas são, disparadamente, as que mais caem em provas.
Por isso, deixarei, aqui, um resumo delas.
Domínio público.
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QUESTÕES DE CONCURSO
No primeiro período do texto, a oração introduzida por “que” (linha 2) funciona como
complemento direto de “têm apontado” (linha 1).
A palavra “se” (ℓ.5) classifica-se como conjunção e introduz uma oração completiva.
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Tendo como referência os aspectos gramaticais do texto, julgue o próximo item. A oração
“usar a iluminação natural” (l.7) exerce a função de complemento do adjetivo “possível” (l.6).
RECADO DE PRIMAVERA
Meu caro Vinícius de Moraes:
Escrevo-lhe aqui de Ipanema para lhe dar uma notícia grave: A Primavera chegou. Você
partiu antes. É a primeira Primavera, de 1913 para cá, sem a sua participação. Seu nome virou
placa de rua; e nessa rua, que tem seu nome na placa, vi ontem três garotas de Ipanema que
usavam minissaias. Parece que a moda voltou nesta Primavera — acho que você aprovaria.
O mar anda virado; houve uma lestada muito forte, depois veio um Sudoeste com chuva e
frio. E daqui de minha casa vejo uma vaga de espuma galgar ocostão sul da Ilha das Palmas.
São violências primaveris.
O sinal mais humilde da chegada da Primavera vi aqui junto de minha varanda. Um tico-
tico com uma folhinha seca de capim no bico. Ele está fazendo ninho numa touceira de
samambaia, debaixo da pitangueira. Pouco depois vi que se aproximava, muito matreiro,
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um pássaropreto, desses que chamam de chopim. Não trazia nada no bico; vinha apenas
fiscalizar, saber se o outro já havia arrumado o ninho para ele pôr seus ovos.
“[...] saber se o outro já havia arrumado o ninho para ele pôr seus ovos.” 2º§ A oração
destacada nessa frase é classificada como:
a) substantiva objetiva direta.
b) substantiva predicativa.
c) adjetiva restritiva.
d) adverbial condicional.
e) adverbial concessiva.
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No quadrinho
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051. (FGV/2022/TJ-GO/JUIZ LEIGO) “Por exemplo, minha tolerância em relação a mim, como
pessoa que escreve, é perdoar eu não saber como me aproximar de um modo ‘literário’ (isto
é, transformado na veemência da arte) da ‘coisa social’.”
Nesse período do texto, a oração reduzida “eu não saber” pode ser adequadamente substituída
pela seguinte oração desenvolvida:
a) que eu não sabia;
b) que eu não tivesse sabido;
c) que eu não soubesse;
d) que eu não soube;
e) que eu não saiba.
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O emprego de vírgula após “rural” (linha 7) e “estadual” (linha 8) justifica-se por isolar
oração subordinada adjetiva de sentido explicativo
A inserção de uma vírgula logo após “professor” ( .1) alteraria os sentidos originais do texto.
Sem prejuízo para a correção gramatical do texto, as vírgulas que isolam a oração “que hoje
se consideram constitutivas da nacionalidade” (l. 17 e 18) poderiam ser suprimidas.
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A correção gramatical do texto seria mantida, mas seu sentido seria alterado, caso o trecho
“que se infiltra no ambiente no qual dormimos” (ℓ. 18 e 19) fosse isolado por vírgulas
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GABARITO
1. C 37. b
2. C 38. a
3. C 39. b
4. C 40. c
5. E 41. d
6. c 42. d
7. a 43. b
8. c 44. b
9. b 45. e
10. d 46. e
11. b 47. d
12. c 48. d
13. a 49. c
14. b 50. b
15. b 51. e
16. b 52. d
17. a 53. E
18. b 54. C
19. c 55. C
20. e 56. C
21. d 57. C
22. c 58. C
23. d 59. E
24. d 60. C
25. a
26. c
27. d
28. c
29. b
30. a
31. c
32. a
33. d
34. a
35. d
36.
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conteúdo
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GABARITO COMENTADO
Ao substituir a oração “de que me ajudassem a subir as escadas.” pelo elemento “DISSO”,
confirmamos que se trata de uma oração subordinada substantiva. Depois, ela completa
o nome “necessidade”. Por isso, classifica-se como completiva nominal.
Certo.
A oração “que você perca peso” classifica-se como subordinada substantiva objetiva
direta, já que o verbo QUERO, o qual compõe a oração principal, é transitivo direto.
Certo.
No primeiro período do texto, a oração introduzida por “que” (linha 2) funciona como
complemento direto de “têm apontado” (linha 1).
Reduza toda a oração introduzida pela palavra QUE a palavra ISSO. Agora, leia:
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A palavra “se” (ℓ.5) classifica-se como conjunção e introduz uma oração completiva.
A palavra SE introduz uma oração subordinada substantiva objetiva direta, a qual completa
o verbo decidir. Ou seja, essa oração tem função completiva.
Decidir ISSO.
Certo.
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Tendo como referência os aspectos gramaticais do texto, julgue o próximo item. A oração
“usar a iluminação natural” (l.7) exerce a função de complemento do adjetivo “possível” (l.6).
A oração em destaque não exerce função de complemento, mas sim de sujeito oracional.
É possível ISSO.
ISSO é possível.
ISSO = Oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo.
é = verbo de ligação
possível = predicativo do sujeito
Errado.
Pareceu-me ISSO.
ISSO me pareceu.
ISSO = oração subordinada substantiva subjetiva. (Sujeito oracional)
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Pareceu = VTI
me = OI (para mim)
Letra c.
RECADO DE PRIMAVERA
Meu caro Vinícius de Moraes:
Escrevo-lhe aqui de Ipanema para lhe dar uma notícia grave: A Primavera chegou. Você
partiu antes. É a primeira Primavera, de 1913 para cá, sem a sua participação. Seu nome virou
placa de rua; e nessa rua, que tem seu nome na placa, vi ontem três garotas de Ipanema que
usavam minissaias. Parece que a moda voltou nesta Primavera — acho que você aprovaria.
O mar anda virado; houve uma lestada muito forte, depois veio um Sudoeste com chuva e
frio. E daqui de minha casa vejo uma vaga de espuma galgar ocostão sul da Ilha das Palmas.
São violências primaveris.
O sinal mais humilde da chegada da Primavera vi aqui junto de minha varanda. Um tico-
tico com uma folhinha seca de capim no bico. Ele está fazendo ninho numa touceira de
samambaia, debaixo da pitangueira. Pouco depois vi que se aproximava, muito matreiro,
um pássaro preto, desses que chamam de chopim. Não trazia nada no bico; vinha apenas
fiscalizar, saber se o outro já havia arrumado o ninho para ele pôr seus ovos.
“[...] saber se o outro já havia arrumado o ninho para ele pôr seus ovos.” 2º§ A oração
destacada nessa frase é classificada como:
a) substantiva objetiva direta.
b) substantiva predicativa.
c) adjetiva restritiva.
d) adverbial condicional.
e) adverbial concessiva.
Saber ISSO.
O verbo saber é transitivo direto e o seu complemento veio na forma de oração. Logo, temos
uma oração subordinada substantiva objetiva direta.
Como o vocábulo “se” (conjunção integrante) está presente, essa oração está na forma
desenvolvida.
Letra a.
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O segmento acima, se considerado como uma só oração, deve ser classificado corretamente
como
a) oração subordinada adjetiva restritiva.
b) oração subordinada substantiva predicativa.
c) oração subordinada substantiva subjetiva justaposta.
d) oração subordinada adjetiva explicativa.
e) oração principal.
Ao substituir toda a oração em destaque pelo pronome VOCÊ, Temos: Você sente-se...
Ou seja, “você” tem valor de sujeito.
Assim, trata-se de uma oração subordinada substantiva subjetiva.
São denominadas justapostas as orações subordinadas substantivas que não vêm introduzidas
pelas conjunções integrantes “que” e “se”. Em regra, essas orações são iniciadas com pronomes
indefinidos ou advérbios interrogativos, tais como “quem”, “quando”, “como” etc.
Letra c.
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A oração em destaque está antecipada, pois o usa da vírgula confirma essa afirmação.
Além disso, a forma “Ao + verbo” expressa tempo. Logo, temos uma oração subordinada
adverbial temporal antecipada.
Letra d.
A conjunção MAS introduz uma oração coordenada sindética adversativa. Trata-se, portanto,
de um período composto por coordenação.
Letra b.
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As orações em destaque são independentes e se conectam por meio de vírgulas. Isto é, não
existe conjunção. Logo, temos orações coordenadas assindéticas.
Letra a.
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A oração que o trabalho de identificação das vítimas nessas situações requer profissionais
com conhecimentos específicos em identificação humana (linhas 18 e 19), quanto à
sintaxe, é classificada como
a) substantiva subjetiva.
b) subordinada substantiva apositiva.
c) subordinada substantiva predicativa.
d) subordinada substantiva objetiva direta.
e) subordinada substantiva completiva nominal.
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Pareceu-me ISSO.
Isso me pareceu.
Isso = oração subordinada substantiva subjetiva.
pareceu = VTI
me = OI.
Muitos dirão que se trata de uma oração apositiva devido à presença do sinal de pontuação.
Todavia, vale considerar que o aposto consiste na relação SUBSTANTIVO – SUBSTANTIVO.
Assim, não podemos ter aposto, já que a oração em destaque completa o verbo ouvir.
“... ouvir no telefone ISSO”.
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A forma verbal “diz” é transitiva direta e seu complemento apareceu na forma de oração.
Rodrigues diz ISSO.
O oração em destaque é subordinada substantiva objetiva direta. Essa oração também
pode ser chamada de complemento verbal ou objeto direto oracional.
Letra d.
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ISSO é importante.
Expor a realidade = oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo.
é = Verbo de ligação
importante = predicativo do sujeito.
Letra c.
A forma verbal ACEITAR é transitiva direta. Assim, a oração que a complementa é subordinada
substantiva objetiva direta.
Letra b.
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Acham ISSO.
O sujeito é indeterminado e o verbo ACHAR é transitivo direto. Logo, a oração “que eu devia
ser feliz” é subordinada substantiva objetiva direta.
Curiosidade: com o apareceu a conjunção subordinativa integrante “que”, a oração objetiva
direta está na forma desenvolvida.
Letra a.
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A oração destacada está encabeçada pelo conectivo EMBORA, o qual introduz uma oração
subordinada adverbial concessiva.
São elementos concessivos: ainda que, mesmo que, malgrado, em que pese, conquanto,
apesar de, não obstante, embora, posto que.
Letra c.
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“Minha mãe, que havia ficado doente, não pode passear naquela semana”
“Minha mãe, a qual havia ficado doente, não pode passear naquela semana”
que = introduz uma oração subordinada adjetiva explicativa.
Letra d.
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Em março deste ano, fortes chuvas fizeram com que o nível do rio Acre, que corta a cidade,
ultrapassasse a cota de transbordo, de 14 metros, alagando ruas e casas de cinco bairros
do município. Pelo menos 100 famílias foram afetadas pela cheia, que praticamente todos
os anos provoca transtornos aos moradores da cidade.”
Em março deste ano, fortes chuvas fizeram com que o nível do rio Acre, O QUAL corta a cidade,
ultrapassasse a cota de transbordo, de 14 metros, alagando ruas e casas de cinco bairros
do município. Pelo menos 100 famílias foram afetadas pela cheia, A QUAL praticamente
todos os anos provoca transtornos aos moradores da cidade.”
QUE = introduz orações adjetivas explicativas.
Letra b.
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A junção “Ao + verbo” introduz oração subordinada adverbial temporal. A vírgula após
“governamentais” revela que toda a oração adverbial está deslocada/antecipada.
Letra d.
A relação “Por mais que” introduz uma oração subordinada adverbial concessiva, a qual se
encontra antecipada.
Logo, ratificamos a existência de subordinação entre as orações.
Letra c.
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ela é transformada por meio de cura, fermentação, defumação ou salga para aumentar o
sabor e a vida útil.” O conectivo quando introduz uma oração:
a) Subordinada substantiva subjetiva.
b) Subordinada adverbial temporal.
c) Subordinada adjetiva explicativa.
d) Subordinada adverbial proporcional.
051. (FGV/2022/TJ-GO/JUIZ LEIGO) “Por exemplo, minha tolerância em relação a mim, como
pessoa que escreve, é perdoar eu não saber como me aproximar de um modo ‘literário’ (isto
é, transformado na veemência da arte) da ‘coisa social’.”
Nesse período do texto, a oração reduzida “eu não saber” pode ser adequadamente substituída
pela seguinte oração desenvolvida:
a) que eu não sabia;
b) que eu não tivesse sabido;
c) que eu não soubesse;
d) que eu não soube;
e) que eu não saiba.
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Na verdade, o pronome relativo QUE introduz uma oração subordinada adjetiva restritiva,
já que há ausência de sinal de pontuação anteposto a ele.
Errado.
Que = os quais
Introduz oração subordinada adjetiva explicativa. (Com pontuação)
Certo.
No texto, temos uma oração subordinada adjetiva explicativa, a qual foi introduzida pelo
pronome relativo QUE.
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A retirada da vírgula acarretaria apenas mudança no sentido, já que a oração deixa de ser
explicativa e passa a ter valor restritivo.
Certo.
Que = os quais
Introduz oração subordinada adjetiva explicativa.
Certo.
O emprego de vírgula após “rural” (linha 7) e “estadual” (linha 8) justifica-se por isolar oração
subordinada adjetiva de sentido explicativo
Que = o qual
Introduz oração subordinada adjetiva explicativa antecipada.
Certo.
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A inserção de uma vírgula logo após “professor” ( .1) alteraria os sentidos originais do texto.
No texto, o pronome relativo QUE introduz oração subordinada adjetiva restritiva. Com a
inserção da vírgula, passamos a ter oração de valor explicativo, o que provoca mudança no
sentido original do texto.
Certo.
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Gramática
Período Composto por Coordenação e Subordinação
Gustavo Silva
Sem prejuízo para a correção gramatical do texto, as vírgulas que isolam a oração “que hoje
se consideram constitutivas da nacionalidade” (l. 17 e 18) poderiam ser suprimidas.
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A correção gramatical do texto seria mantida, mas seu sentido seria alterado, caso o trecho
“que se infiltra no ambiente no qual dormimos” (ℓ. 18 e 19) fosse isolado por vírgulas
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