Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CAMPINAS,
2024
Agradecimentos:
Gostaria de agradecer à agência de fomento à pesquisa, FAPESP, que em
tempos de desmonte foi a esperança para muitos. A Unicamp que foi uma grande
provedora de conhecimento, mas também de vivência, cultura, comunidade e suporte.
Aos meus orientadores, Germana e David, pela oportunidade. À minha madrinha, Beá,
pela persistência. Aos meus pais, Helô e Jota, por tudo
RESUMO
O AmazonFACE é um megaprojeto científico, Big Science no meio da maior
floresta natural tropical do mundo, e pretende trazer respostas chave sobre a resposta
da floresta amazônica em cenários futuros em que a concentração de CO2 no ar
atmosférico será 50% maior que a de hoje. Deve-se prestar contas à sociedade sobre
toda iniciativa, principalmente, quando há recursos públicos envolvidos. Este projeto
Comunicando o programa AmazonFACE busca criar canais de comunicação com a
população para responder a questionamentos e garantir a divulgação do programa e o
diálogo com a sociedade. Esta pesquisa jornalística traça um plano de comunicação e
executa ações de comunicação para esclarecer o funcionamento do AmazonFACE e
ações de mitigação de seus possíveis impactos.
Para tanto, planejou-se entrevistas e diálogos com pesquisadores e técnicos,
comunidade acadêmica externa e membros de comunidades direta e indiretamente
impactadas pelo AmazonFACE em Manaus (AM). Baseados nos dados coletados foram
produzidos conteúdos de divulgação científica para contribuir para compartilharmos
objetivos, metodologia e resultados do projeto com a sociedade. Outro objetivo foi traçar
um plano para facilitar a continuidade dos esforços de divulgação. As ações de
comunicação estão planejadas em três níveis: midiático, institucional e canais de
comunicação com a população.
ABSTRACT
AmazonFACE is a scientific megaproject, Big Science in the largest natural
rainforest in the world, and intends to answer key questions about the Amazon forest’s
response in a future scenario in which the carbon dioxide concentration in the
atmospheric air will be 50% higher than today. It is needed to report to society about
every initiative, specially, when there is public money involved. This project
Communicating the AmazonFACE program seeks to create communication channels
with the people to answer questions and ensure the program's dissemination and the
dialogue with the society. This journalistic research project will be responsible for
establishing a communication plan and also will be communicating back to society how
AmazonFAce works and its mitigation actions of potential impacts.
For this purpose, we intend to interview and dialogue with the researchers and
technicians; the external academic community; and members of the community in
Manaus (AM) directly and indirectly impacted by AmazonFACE. Based on the gathered
data, scientific dissemination content will be produced to contribute to enlighten the
project's goals, methodology and results to the society. Another goal is to draw a plan to
bring and enable continuity to the communication efforts. The communication actions
are planned in three levels: mediatic, institutional and communication channels with the
societ
Sumário
1 - INTRODUÇÃO ….………………………………………………….…... 5
2 - DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES E RESULTADOS ……………..… 7
2.1 - PLANO DE COMUNICAÇÃO PARA AS REDES ………... 7
2.2 - PRODUÇÕES JORNALÍSTICAS ………………………..… 8
2.3 - PRODUÇÕES PARA REDES ……………………………... 8
2.4 - ACOMPANHAMENTOS DE SERVIÇOS …………….….... 9
2.5 - COBERTURAS DE EVENTOS ………..………………...… 10
2.6 - DEMANDAS COMUNICATIVAS …….…………………..… 11
3 - DISCUSSÃO …….…………………………………….……………..… 11
4 - OBJETIVOS …………...…………………………..……………..……. 15
5- METODOLOGIA ………………………………………………………... 15
6 - CRONOGRAMA ….…………….…………………………………..…. 16
7 - REFERÊNCIAS ………….…………………..……………………..…. 18
8 - ANEXOS ……………………….………………………………….…… 19
I - Reportagem sobre a reunião do comitê científico …………. 19
II- Exemplos de postagens
II.I- Sobre artigo escrito por Nathielly Martins
…………………………………………………………….………… 21
II.II- Sobre livro de Fenologia publicado por cientista AmazonFACE
a ser usado como dado comparativo aos resultados do experimento
………….………….………….………….…………………………. 23
II.III- Sobre as câmaras de topo aberto (open-top chamber)
……………………………………………………………………….. 24
II.IV- Sobre a reunião do comitê científico ……………... 25
II.V- Sobre painel na COP 28 ……………………….…… 27
III- Cartilha de uso interno durante filmagens da BBC ………… 28
IV- Release BBC ………………………………………………...… 31
V- Release COP 28 ………………………………………………... 34
VI- Release para ser compartilhado/ atualizado …………….….. 37
VII- Fotos institucionais ………………………………………….… 40
VIII- Certificado de curso sobre redes sociais …………………... 41
5
1. INTRODUÇÃO
“A comunidade científica precisa de um rosto público, para
justificar o aumento de financiamento” (tradução livre, p. 2523,
Barata, Caldas & Gascoigne, 2017)
A primeira etapa desta bolsa Mídia-Ciência da Fapesp1, foi também um trabalho
de conclusão de curso da especialização em jornalismo científico do Laboratório de
Estudos Avançados em Jornalismo (LabJor) da Unicamp que atingiu a nota máxima (A)
e foi concluído no mês de março de 2023. Sua continuidade se dá devido à demanda
comunicativa do projeto e à vontade das partes de seguir com o trabalho.
O objetivo geral deste projeto é auxiliar na comunicação do AmazonFACE. É um
programa de longa duração, com grande aporte financeiro, que pode surgir muitos
questionamentos. Os objetivos específicos foram atender ao público geral (através das
redes) e o público específico (através da assessoria de imprensa e utilização dos
materiais produzidos na primeira etapa desta bolsa); fazer a cobertura dos principais
eventos do programa, presencialmente e virtualmente; atender às demandas
comunicativas específicas do programa (como o auxílio na produção do plano científico,
acompanhar a produção da identidade visual do programa e de um site novo); e auxiliar
nas questões de comunicação (elaboração de régua de logos, diretrizes para contato
com a imprensa, coordenação de campanhas com outras instituições, etc).
Este projeto objetivou construir um plano de comunicação para as redes sociais
(ver anexos II.I a II.V), mais especificamente o Instagram, com cronograma de
postagens que visava aproximar o público das atividades dos cientistas do
AmazonFACE (artigos publicados e trabalho de campo), assim como do programa em si
e dos eventos internos (como workshops e reunião do comitê científico) e externos
(como a participação do coordenador do evento de 15 do projeto de mudanças
climáticas da FAPESP e a COP28). Outro objetivo deste projeto foi o de suprir as
necessidades da imprensa, produzir e fornecer imagens, e contato com os cientistas.
Assim como suprir as necessidades específicas de comunicação como auxiliar na
contratação de um novo site e da identidade visual do programa.
1
Vigente a partir de 01/11/2022, processo número 2022/11568-7, título Estratégias de Comunicação
Organizacional para o projeto AmazonFACE.
6
Tecnologia e Inovação (MCTI), por meio do Dr. Carlos Alberto Quesada. O Met Office
(Serviço Nacional de Meteorologia do Reino Unido) tornou-se um parceiro científico. Os
financiadores são o governo britânico através do FCDO (Ministério das Relações
Exteriores, Commonwealth e Desenvolvimento) e o governo brasileiro, Ministério de
Ciência Tecnologia e Inovação (MCTI), através da Finep e do FNDC. A Fundação de
Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e da Fundação de Amparo à
Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM) também foram financiadores do
programa.
3. DISCUSSÃO
A alfabetização científica, [...] precisa abrir espaço para aproximação e diálogo
e, inclusive, convocar pessoas para debates amplos sobre a relação entre ciência e
sociedade, ciência e mercado, ciência e democracia. (Bueno, 2010, p. 10)
2
Reportagem sobre boicote às mercadorias brasileiras na União Europeia, por Edison Veiga, Deutsche
Welle, 20/06/2020. Europa aperta o cerco contra produtos brasileiros – DW – 20/06/2020
3
Reportagem sobre um dos primeiros atos do presidente Lula
https://g1.globo.com/meio-ambiente/noticia/2023/01/03/apos-lula-reativar-fundo-amazonia-noruega-diz-qu
e-r-3-bilhoes-ja-podem-ser-investidos.ghtml
13
4. OBJETIVOS
O principal objetivo deste projeto é manter os canais de comunicação com a
sociedade abertos e atualizados: as redes sociais, o site e a comunicação com a
imprensa. Os objetivos específicos são os de:
● dar continuidade ao trabalho iniciado;
● continuar com as postagens;
● analisar os dados para aprimorar em qualidade e alcance;
● iniciar postagens em outras redes sociais com maior alcance na
comunidade científica e internacional, em inglês;
● continuar com o trabalho de assessoria de imprensa e apoiar a
comunicação interna do time AmazonFACE, assim como com as
instituições parceiras;
● trabalhar e publicar os materiais coletados na viagem de campo.
5. METODOLOGIA
Entre os modelos de comunicação utilizados para a divulgação científica do
AmazonFACE destaca-se o diálogo público, conforme descrito por Bucchi (2008). Esse
modelo prevê uma ampla interação entre diversos atores sociais, os quais discutem as
implicações da ciência por meio de rodadas propositivas. A partir desses diálogos e do
trabalho colaborativo, foram elaborados os cronogramas e os conteúdos a serem
divulgados. Apesar de ser um modelo amplamente apoiado pela comunidade
acadêmica que estuda a divulgação científica, ainda não parece ser amplamente
adotado na prática, conforme apontado por Metcalfe (2019).
O modelo conhecido como "modelo de déficit", amplamente praticado pela
comunidade de divulgadores científicos, tem como objetivos primordiais promover a
ciência, atrair talentos para carreiras científicas, informar a população sobre os
resultados e avanços científicos, educar as pessoas e combater a desinformação e
superstições (Bucchi, 2008; Metcalfe, 2019). No entanto, este modelo pressupõe uma
comunicação unidirecional, conhecida como "top-down" (de cima para baixo), na qual
os produtores de informação enviam mensagens aos receptores sem priorizar o debate
16
6. CRONOGRAMA
4
“the power of storytelling to ensure that messages resonate with people’s diverse values and
emphasize scientific consensus while carefully explaining uncertainty and the scientific method.”
17
Meses
Cronograma das Atividades
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12
Preparação do cronograma de
postagens do ano
Postagens Instagram
Cobertura atividades
AmazonFACE
Acompanhar demandas da
mídia
Postagens no Twitter
Media day
Relatório final
7. REFERÊNCIAS:
Ainsworth, E. A & Long, S. P. 30 years of free-air carbon dioxide enrichment (FACE): What have
we learned about future crop productivity and its potential for adaptation? In: Global Change
Biology, 2020. Disponível em:
https://lab.igb.illinois.edu/long/sites/lab.igb.illinois.edu.long/files/2020-11/GCB_15375_Final.pdf
Almeida, J. & Fleury, L. C. A construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte: conflito ambiental
e o dilema do desenvolvimento. In: rev. Ambiente & Sociedade. 12/2013 (disponível em:
https://doi.org/10.1590/S1414-753X2013000400009)
Barata, G. F., Caldas, G & Gascoigne, T. Brazilian science communication research: national
and international contributions. In: Annals of the Brazilian Academy of Science, v. 89, p. 1-20,
2017. (disponível em: https://doi.org/10.1590/0001-3765201720160822).
Bucchi, M. Of deficits, deviations and dialogues Theories of public communication of science. In:
Bucchi, M. & Trench, B. (edit.) Handbook of Public communication of science and technology.
Routledge Taylor & Francis Group. 2008.
CGEE. Percepção Pública da C&T no Brasil – 2019. Resumo Executivo. Brasília, DF: Centro de
Gestão e Estudos Estratégicos, 2019.
(https://www.cgee.org.br/documents/10195/4686075/CGEE_resumoexecutivo_Percepcao_pub_
CT.pdf)
Chassot, A. Alfabetização científica: uma possibilidade para a inclusão social. Revista Brasileira
de Educação, Rio de Janeiro, n. 22, p. 89-100, jan. / abr. 2003. disponível em:
https://www.scielo.br/j/rbedu/a/gZX6NW4YCy6fCWFQdWJ3KJh/?lang=pt&format=pdf
19
Howarth, C., Parsons, L. & Thew, H. Effectively Communicating Climate Science beyond
Academia: Harnessing the Heterogeneity of Climate Knowledge. In: One Earth, Vol. 2, n. 4.
2020 (In: https://www.cell.com/action/showPdf?pii=S2590-3322%2820%2930152-4)
Metcalfe, J. Comparing science communication theory with practice: An assessment and critique
using Australian data. In: Public Understanding of Science 2019, Vol. 28(4) 382–400. 2019.
Targino, M. G. Comunicação científica: uma revisão de seus elementos básicos. In: Informação
e Sociedade: Estudos, v. 10, n. 2, p. 67-85, 2000.
8. ANEXOS:
I - Reportagem sobre a reunião do comitê científico
Comitê científico do AmazonFACE se reúne para delinear os próximos passos
Durante a atual seca histórica na região amazônica e em paralelo à Semana de Ciência
e Tecnologia, reuniu-se em Manaus, na última semana (de 16 a 20 de outubro), o
Comitê Diretivo Científico Anual do programa de pesquisa AmazonFACE. Nesse
encontro, realizado antes do início da pesquisa em si, o órgão discutiu seu novo plano
científico e as áreas de estudo a serem privilegiadas.
Os cinco dias do encontro definiram o novo plano científico do programa, que já mudou,
em relação ao plano orginal, de 2014, quanto à divisão das áreas de pesquisa e às
perguntas científicas a serem levadas em consideração. Ian Hartley, diretor do comitê
científico, conta que “os trabalhos-chave e mais duros são feitos aqui em Manaus, e
também em outras universidades pelo Brasil, mas o comitê diretor científico busca
apoiar esse trabalho aconselhando e orientando com o que puder”.
Participaram das reuniões por volta de 70 pessoas envolvidas no projeto.
Houve um jantar de boas-vindas e uma visita ao sítio experimental. Nas palavras de
David Lapola, diretor do AmazonFACE pela Unicamp e pesquisador do Centro de
Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri), o objetivo foi
atualizar o plano científico. "Primeiro quisemos inspirar as pessoas, trazendo-as aqui
para ver o experimento”. As discussões iniciaram-se no dia 18 com uma cerimônia de
transferência de posse das torres do Met Office (Serviço Nacional de Meteorologia do
Reino Unido), representado por Joe Davies, gerente de diplomacia climática do órgão,
para o Inpa, representado por Marina Anciães, diretora de pesquisa do instituto. O Inpa
sedia o programa e financiou a construção das primeiras torres. “Esse é um gesto oficial
que consolida um pouco mais a soberania nacional na pesquisa sobre a Amazônia”,
comentou Marko Monteiro, professor do Instituto de Geociências da Unicamp e líder da
área de pesquisa socioambiental.
Osvaldo Moraes, diretor do Departamento para o Clima e a Sustentabilidade da
Secretaria de Políticas e Programas Estratégicos do Ministério da Ciência, Tecnologia e
Inovação também esteve presente no evento. Nessa oportunidade, o comitê pôde
conhecer os dois primeiros anéis de torres construídos e vê-los de cima de um
guindaste de 45 metros de altura, que serve também como ferramenta de pesquisa e
não apenas para a construção dos anéis. “Ciência não é feita por cabeça certinha”,
disse Moraes ao falar sobre como nasceu a ideia do AmazonFACE. “Tem que ter
pensamento revolucionário para pensar ciência revolucionária”, completou Moraes.
O gás carbônico a ser liberado nos anéis ainda não conta com financiamento. Há
material apenas para a fase de testes. E outro lado, toda a estrutura a ser usada no
experimento está garantida. “O custo de gás carbônico é difícil de ser estimado agora,
mas serão dezenas de milhões de reais, podendo chegar a centenas”, disse Bruno
Takeshi, gerente operacional e gerente de projetos.
“O processo de armazenamento de carbono é um processo lento e por isso precisamos
de dez anos de experimento para ver alguma mudança significativa,” disse Lapola. “Nós
buscamos, agora, parceiros que nos ajudem a garantir o suprimento de CO2 por dez
anos”, afirmou Andy Wiltshire, líder de ciência terrestre e de mitigação do Met Office.
“Temos de garantir o benefício dessa ciência para todos aqui no Brasil, benefício esse
que, na verdade, será vantajoso para o mundo todo”, completou.
Participaram das reuniões por volta de 70 pessoas, entre membros do comitê científico,
doutorandos, pós-doutorandos, pesquisadores colaboradores, conselheiros e
representantes dos financiadores do projeto (Financiadora de Estudos e Projetos,
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Ministério das Relações Exteriores do
21
Reino Unido e Met Office), da fundação que gerencia os recursos recebidos pelo
governo britânico, Fundação Aurthur Bernardes (Funarbe), do Inpa e da Unicamp.
Experimento
O AmazonFACE, um experimento envolvendo o aumento da concentração de CO2 em
uma área de floresta, é único no mundo. Esse esforço, idealizado há 12 anos, promete
criar um grande laboratório a céu aberto, como dizem os cientistas envolvidos. Com um
financiamento britânico de 7 milhões de libras (aproximadamente R$ 42 milhões), no fim
de 2022, foi possível iniciar a construção dos primeiros anéis necessários para a
realização do estudo. No total serão seis anéis. A montagem dos demais e de um
alojamento para os cientistas conseguiu viabilizar-se graças a um financiamento do
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação no valor de R$ 32 milhões e obtido por
meio da Finep.
A combinação do experimento na floresta com o uso de modelos matemáticos (modelos
ecossistêmicos) promete trazer respostas-chave para entender o futuro da Floresta
Amazônica em meio às mudanças climáticas. Pela primeira vez, a tecnologia FACE
(free-air CO2 enrichment, aumento da concentração de gás carbônico em um espaço
aberto) é aplicada em uma floresta tropical hiperdiversa como a Amazônia, algo citado
por especialistas da área como necessário desde os anos 90.
Para entender como a floresta responderá ao aumento da concentração de CO2 na
atmosfera foram projetadas torres de 35 metros de altura, que ultrapassam a copa das
árvores. No total, haverá 16 torres dispostas dentro de círculos de 30 metros de
diâmetro e uma torre central, na qual estarão os sensores. Em cada plot (“lote” em
inglês), haverá um guindaste de 45 metros de altura.
O experimento completo consiste em seis plots. Em três deles, ocorrerá a liberação de
ar enriquecido com CO2. Os outros três servirão como controle. Além dos dados a
serem coletados durante o experimento, serão usados os dados coletados em 2015,
nas mesmas áreas. Os cientistas também desenvolveram um tipo de algoritmo, um
modelo ecossistêmico chamado Caetê, para prever melhor o futuro da floresta
Amazônica.
comportamento de raízes 🏨
raízes finas na serrapilheira e no ciclo do fósforo na floresta
que crescem “para fora da terra”
. A abordagem do
é quase inexistente
na literatura. O artigo em tradução livre é: “Presença de raízes finas e aumento da
disponibilidade de fósforo estimulam a decomposição da madeira em floresta tropical na
Amazônia Central” e faz parte dos experimentos da fase de base do programa
AmazonFACE.
22
👩🏻🔬
espécies que foram coletadas ao longo de 50 anos pelo grupo de pesquisa do INPA. A
📄
primeira autora, Izabela Aleixo
seu doutorado .
, faz parte do time AmazonFACE e o livro é fruto do
Como as árvores podem ser centenárias, o monitoramento precisa de muitos anos para
que seus ciclos sejam entendidos. As espécies estudadas são de uso humano e estão
presentes no experimentos em condições muito parecidas (são do mesmo continuum
florestal).
A Fenologia é o estudo do ciclo dos seres vivos e da relação desse comportamento
com o ambiente. Cada espécie apresenta seus ciclos, no caso das árvores amazônicas,
o padrão fenológico indica quando elas produzem flores, frutos ou troca de folhas
(perda e produção de folhas novas). Como podemos saber informações sobre o ciclo de
vida das árvores? Através de observações e coleta de dados ao longo de muitos anos
24
💨
Você sabia que nós estamos desde 2019 fazendo experimentos na floresta
enriquecimento de CO2 ?
🌳 com
Sim, através das OTCs (Open-Top Chambers)!
25
Nessas câmaras de topo aberto (OTCs) liberamos um ar enriquecido com 50% a mais
de CO2 que no ar de hoje em dia (a mesma concentração que o experimento
AmazonFACE estudará). São 4 OTCs com ar enriquecido e 4 OTCs controle, com ar
atmoesférico atual.
Nas OTCs conseguimos estudar plantas 🌱 de até três metros de altura no sub-bosque
da floresta. Como essas árvores estão abrigadas abaixo da copa das árvores maduras,
experimental 🌳🏗️
Nos dois primeiros dias do comitê saímos para jantar 🍽️🍷 e visitamos o sítio
. No terceiro dia, iniciamos com uma fala da diretora de pesquisa do
INPA Marina Anciães e falas dos nossos financiadores Carlos Alberto Aragão de
Carvalho Filho (FINEP - Financiadora de Estudos e Projetos) e Rossa Commane
(FCDO - Ministério das Relações Exteriores, Commonwealth e Desenvolvimento
britânico). O coordenador do programa, David Lapola, falou em nome da Ana Carolina
26
👩🔬👨🔬
objetivo é, em coletivo, delinear metodologia, perguntas a serem respondidas e
objetivos do programa AmazonFACE.
As cinco áreas de pesquisa do novo plano científico são: carbono, nutrientes, água,
biodiversidade e socioambiental.
🔎☀️🌱
📷 1: Mesa de abertura
📷 2: Acordo entre Met Office e INPA
📷 3: Cientistas da área de pesquisa carbono
📷 4: Cientistas da área de pesquisa nutrientes
📷 5: Cientistas da área de pesquisa água
📷 6: Cientistas da área de pesquisa biodiversidade
📷 7: Cientistas da área de pesquisa socioambiental
📷 8: Todos os grupos unidos para discutir coletivamente
27
At the frontier of knowledge, AmazonFACE aims to answer how the Amazon rainforest
will respond to climate change.
This scientific program conducted in Brazil is unique globally in utilizing carbon dioxide
enrichment technology in a tropical forest. The scientific outcomes of the program are of
global interest.
AmazonFACE is the scientific experiment designed to simulate the increased
concentration of carbon dioxide (CO2) in a controlled environment of a small section of
forest to comprehend how Amazon will respond. The combination of experimentation in
the forest and mathematical models (ecosystem models) will provide key answers to
understand the future of the Amazon forest in the face of climate change. It is the first
time the Free-air CO2 Enrichment (FACE) technology will be applied in a hyper-diverse
tropical forest.
The scientific program is at the frontier of knowledge. AmazonFACE will test the
hypothesis, which is one of the primary sources of uncertainties concerning the future of
the Amazon in light of climate change. Researchers seek to understand how the world's
largest tropical forest will react in 30 or 50 years to increased CO2 in the atmosphere.
The test will evaluate whether the so-called 'CO2 fertilization effect' exists and how
long-lasting it is. In other words, the experiment aims to determine if the additional CO2
in the future atmosphere will act as a fertilizer for plants, making them more resilient in
dealing with a hotter and drier future, or if vegetation will adapt. Researchers will monitor
responses in leaves, roots, soil, water cycles, and forest nutrients.
The data generated by the program are of international scientific community interest due
to the forest's significance as a global climate regulator, especially to enhance climate
models and enable more reliable projections regarding the future of the Amazon.
Infrastructure – The experimental site of AmazonFACE, located about 80 km north of
Manaus, Brazil, occupies a total area of 2.5 hectares. The plot is within a 20,000-hectare
research area at INPA. Six rings will be constructed.
Each ring, also called a plot, consists of 16 aluminum towers, 35 meters in height, 30
meters in diameter and at the center there is a monitoring tower. In total, the experiment
33
will have 96 towers. Three rings will have CO2 injection, and the other three will be used
for control purposes.
Attached to the ring is a fixed crane, 45 meters in height and 27 tons. The equipment
was used to complete the tower assembly. It carries a 55-meter boom capable of
supporting 1.3 tons at the tip. Researchers will access the canopy through this structure.
Each ring surrounds approximately 50 mature trees. Around 400 different tree species
were registered in the designated experiment area.
Testing period – The construction of the first two rings was completed in August 2023.
Since then, teams have been working on implementing networks and systems. Only
after completing this stage, the test operation of the first two rings will begin. These tests
will indicate if there is a need for potential adjustments for the pioneering use of FACE
technology in a tropical forest. Until now, this technology has been used in temperate
forests.
Main research areas – The scientific committee reorganized the research task into six
priority areas: carbon, led by Professor Richard Norby from the University of Tennessee
Knoxville in the United States; water, led by a professor from the University of São Paulo
(USP) in Ribeirão Preto, Tomás Domingues and Lucy Rowland, professor at University
of Exeter; nutrients, led by Professor Ian Hartley from the University of Exeter in the
United Kingdom and by Lucia Fuchslueger, postdoctoral researcher at University of
Vienna; biodiversity, led by Professor Adriane Esquivel-Muelbert from the University of
Birmingham in the UK; socio-environmental, led by a professor from the State University
of Campinas (Unicamp), Marko Monteiro and by the researcher at CNPEM (Centro
Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais - National Center of Energy and Material
Research) Maíra Padgurschi; and ecosystemic modeling, led by Anja Rammig,
professor at TUM (Technical University of Munich).
Investments – The scientific program established in 2015 by the Ministry of Science,
Technology, and Innovation (MCTI) integrates the ministry's strategy to develop science
about the Amazon. The program is coordinated by scientists from the National Institute
of Amazonian Research (INPA), a research unit linked to MCTI, and the State University
of Campinas (Unicamp). The project has international cooperation from the British
government, implemented by the UK's Met Office - the British meteorological service.
The UK is already the second-largest partner of Brazil in scientific research.
This year, MCTI announced the release of R$32 million, resources from the National
Fund for Scientific and Technological Development (FNDCT). The UK has so far
contributed around R$45 million to the project.
Photosynthesis and transpiration in open-top chambers - To understand how the
increased concentration of atmospheric CO2 can alter carbon absorption in different
strata of the Amazon Forest, eight open-top chambers (OTCs) have been installed in the
understory of the AmazonFACE experimental area, with a diameter of 2.5 m and a
height of 3 m. Four of these chambers have elevated CO2 levels, while four are sprayed
only with ambient air, without an elevation of CO2. The atmospheric CO2 concentration
inside the treatment OTCs (with elevated CO2) is maintained at a level 50% higher than
34
typically found in the forest understory, as also intended for the experiment plots. During
the visit, measurements of photosynthesis (CO2 assimilation) and transpiration (water
release) will be demonstrated within one of the OTCs alongside plot 2.
Study of root dynamics in soil - Root system studies are crucial as a component of
biogeochemical cycles and for understanding plant growth. However, compared to
studies of plant aerial parts, little is yet known about root dynamics because a large part
of the individual root measurements are done destructively, causing disturbance in the
experimental areas. Here, we use a system consisting of a transparent tube previously
installed in the soil profile, through which images of plot roots are obtained. Visitors can
witness these non-destructive measurements allowing in situ observations of the root
system, enabling simultaneous measurements of root production and disappearance
rates.
Monitoring phenology and leaf age - Phases of leaf development influence carbon
absorption by the forest and are related to the forest's annual climatic cycles of light and
rain, which can be altered by environmental changes (such as increased CO2), climate,
or extreme events that disrupt these cycles. The AmazonFACE plots feature the longest
leaf demographic monitoring in the Amazon Forest (2016-present), with monthly
censuses of leaf emergence and shedding at a branch level from 25 trees in different
forest strata. Over 5,000 leaves are monitored each month, allowing tracking of changes
in leaf age and developmental stages. Around the towers, visitors can observe the
monitored branches and leaves, marked with pink and yellow ribbons.
Forest structure and composition - A primary question of the AmazonFACE experiment
is how the increased CO2 concentration can alter the Amazon Forest in terms of
structure (carbon allocation in trunks, leaves, and roots) and forest composition
concerning the species inhabiting the forest. The AmazonFACE plots are annually
monitored for the growth of 1,305 plants, productivity, nutrient measurements, and
characteristics of the species across all plots. Visitors will observe the marking of all
trees within the plots, as well as a banner showing the measurements taken on these
plants.
V- Release COP 28
AmazonFACE, a cutting edge experiment, will be presented at COP28
The history of AmazonFACE funding is closely connected to international events such as
COPs. The funds that allowed the construction to begin were announced at COP26.
This year, at COP28, the first two built FACE rings are presented in discussion panels at,
both, Brazil and UK Pavilion, and also through videos and a scale model that is
exhibited between 6-11.Dec exposed. The project, now a scientific programme, started
in 2011, and the first funds came after the Rio+20 meeting, a UN meeting for
Sustainable Development.
On the 9th December at 10:30 (Dubai time), there was a panel in Brazil Pavilion held by
both coordinators, Beto Quesada (Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia - INPA)
35
and David Lapola (Universidade Estadual de Campinas - Unicamp), along side with
Andy Wiltshire (Met Office) and Adriane Esquivel (Birmingham University) both
members of the Scientific Steering Committee of AmazonFACE, and representing the
brazilian government and mediator of the talk, Osvaldo Moraes from MCTI (Ministério de
Ciência, Tecnologia e Inovação) and Stephen Mooney (FCDO - Foreign and
Commonwealth Office).
Stephen Mooney opened the floor and spoke about the collaboration between Brazil and
the United Kingdom and addressed the scientists. Quesada presented the project, its
importance and the research questions about carbon, followed by Wiltshire who
explained the water research area. He showed how rainfall all over the globe is
influenced by the Amazon Rainforest. Esquivel talked about biodiversity, and the
scientific challenges that it represents. The last speaker was Lapola, who presented the
connections between the ecology being studied and the impacts it can have on people
(the social environmental research area).
After the lecture, the audience had the chance to present questions, such as the site
location, how long it will take to have scientific answers about the impact of elevated
CO2 in the forest, the tipping point of the forest and how it is seen by the programme
and by AmazonFACE scientists, other questions regarding scientific research details
regarding what is being observed, hardship to connect processes and research areas
and hypothesis about biodiversity and what is known about the increased CO2 caused
by human emissions and its impacts.
AmazonFACE is an experimental study in the Amazon forest that will test the response
of increased CO2 in the atmosphere. The programme is a scientific cooperation project
between Brazil and the United Kingdom, through the institutions INPA, Unicamp and Met
Office. Its results will help humanity understand how a high carbon atmosphere will
affect the forest, alter the species, change water, nutrients and carbon cycle and how it
will affect humanity, especially the forest peoples.
To understand the future of the forest the scientists will simulate the estimated
atmosphere of 2050, that is with 50% more CO2 than today (200 ppm higher than now),
and monitor every part of the trees. From roots and microbial life (fungus and bacteria
that grow on the soil) to the top of the canopy. This is the first time that a FACE
experiment is built in a hiperdiverse tropical forest. The site is at a designated area for
research, so there is data since 1996 and in 2015 AmazonFACE started the base-line
research phase.
FACE technology was developed in the 90s in an agricultural context. They wanted to
experiment if the increase of carbon dioxide would cause the plants to grow faster, to
use water more efficiently, to produce more, etc. In the early literature it was highlighted
that it would be important to build such an experiment in a tropical forest. Until today,
FACE experiments happened only in temperate forests with two or three species.
36
The AmazonFACE experiment consists in six plots of 30m diameter. In each circle there
are sixteen 35m high towers that will have pipes connected to the CO2 tanks. In the
middle of each plot (how the circles are called), there is a measurement tower. To every
plot there is a crane (45m high), which allowed the montage and construction, but is also
a scientific tool, since it is a way to reach the canopy leaves. The enriched air will be
released in only three of the plots, so the data from the area where the air will be today's
atmosphere serve as control.
Main research areas – The scientific committee reorganized the research task into six
priority areas: carbon, led by Professor Richard Norby from the University of Tennessee
37
Knoxville in the United States; water, led by a professor from the University of São Paulo
(USP) in Ribeirão Preto, Tomás Domingues and Lucy Rowland, professor at University
of Exeter; nutrients, led by Professor Ian Hartley from the University of Exeter in the
United Kingdom and by Lucia Fuchslueger, postdoctoral researcher at University of
Vienna; biodiversity, led by Professor Adriane Esquivel-Muelbert from the University of
Birmingham in the UK; socio-environmental, led by a professor from the State University
of Campinas (Unicamp), Marko Monteiro and by the researcher at CNPEM (Centro
Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais - National Center of Energy and Material
Research) Maíra Padgurschi; and ecosystemic modeling, led by Anja Rammig,
professor at TUM (Technical University of Munich).