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Universidade Federal do Paraná Curso de Psicologia

Disciplina: Psicologia, Comunicação e Semiótica 29/06/2017


Aluna: Sibele Heil dos Santos
Análise do Complexo Cultural através do filme “A Lista de Schindler”

Introdução
O filme “A lista de Schindler”, filmado por Steven Spielberg em 1993, acompanha a
história de Oskar Schindler, europeu filiado ao partido nazista e envolvido no holocausto vivido
por judeus durante a Segunda Guerra Mundial. O tema, embora não traga novas reflexões
sobre o Complexo Cultural, teve como motivação o interesse pessoal de uma descendente de
imigrantes alemães, que desde muito cedo se deparou com o horror de uma explicação pouco
plausível sobre o massacre executado pelos irmãos de seus antepassados. A questão: o que
levou os alemães a executarem tamanho absurdo?, me acompanhou desde criança,
levando-me mais tarde quando adulta, à Polônia para conhecer Auschwitz. Até hoje essa
pergunta ainda ecoa em minha psique, embora várias respostas já tenham sido aventadas sem
muita satisfação. Este trabalho pode ser considerado mais uma tentativa de resposta, desta
vez sob a ótica da Teoria do Complexo Cultural, dentro da Psicologia Analítica.

O Complexo Cultural
O filme se inicia retratando os primeiros contatos de Oskar Schindler com os integrantes
do alto escalão do partido alemão nazista em Cracóvia, Polônia. Filho de um industrial bastante
rico, Schindler cresceu numa família muito religiosa, de classe média católica que pertencia à
comunidade que falava alemão nos Sudetos, hoje República Tcheca. Sua origem nos fala de
um sentimento germânico e de uma educação religiosa que muito provavelmente contribuiu
para sua adesão aos ideais nazistas de supremacia, superioridade e principalmente, de
segregação e ódio aos judeus.
Para entendermos a qual complexo cultural Schindler encontrava-se submetido, é
preciso considerarmos as origens históricas da ascensão do nazismo na Alemanha, uma vez
que o conceito de complexo cultural, além de considerar a cultura fundamental e determinante
nas constituições dos traumas e conflitos inerentes a uma cultura, pressupõe o fenômeno
coletivo cultural como fruto de uma possível interação entre os conscientes e inconscientes
individuais dos membros deste determinado grupo.​(SINGER, KIMBLES, 2004)
Após a Primeira Guerra Mundial, a Alemanha encontrava-se completamente arrasada
em termos financeiros e psicológicos. Seus cidadãos sempre acostumados a uma ordem e a
um sentimento gregário, encontravam-se completamente perdidos e a mercê da miséria
econômica. Como constatou Jung, a maré de primitividade, violência, e a expressão de todos
os poderes obscuros que haviam crescido após a Primeira Guerra Mundial, anunciava-se nos
sonhos individuais dos alemães na forma de símbolos coletivos e mitológicos (​JUNG​, OC X/2,
par. 449). Este estado psicológico refletia a situação do próprio país que havia sofrido graves
reveses, onde a classe média culta havia sido totalmente destruída, o país encontrava-se em
estado de completa miséria e absoluta insegurança, e vagalhões de pânico afogavam a
população (​JUNG​, OC XVIII/2, par. 1323). Segundo Jung, no caso de um indivíduo, este seria
um sintoma de uma conflagração iminente, e toda conflagração deste tipo traz a tona material
arcaico, arquétipos que se ligam ao indivíduo e ao povo, sendo uma espécie de regressão na
história, significando uma possível redução do nível cultural (​JUNG​, OC XVIII/2, par. 1323).
Para este autor, o arquétipo que surgia na psique inconsciente dos alemães correspondia ao
redespertar do deus nórdico Wotan, o incansável errante, o agitador, o que provoca a disputa e
que em tempos passados tinha sido transformado pelo cristianismo em um demônio. Este
redespertar significava um passo atrás, ou uma volta do rio, que uma vez represado voltava a
irromper em seu antigo leito. Entre as duas grandes guerras, um país verdadeiramente culto
como a Alemanha estava novamente às voltas com o antigo deus da tormenta e da
embriaguez, que encerrava em si o motivo do errante não incorporado por Cristo, e que
precisou ser projetado para os judeus da mesma maneira que encontramos, nos outros,
conteúdos que se tornaram inconscientes para nós ​(JUNG, ​OC X/2, par. 374​). Para Jung
portanto, não foi uma mera coincidência que o antissemitismo atingisse seu ponto mais alto na
Europa, ao mesmo tempo em que Wotan redespertava na Alemanha.
Para Singer e Kimbles, autores do conceito de complexo cultural, esses complexos
funcionam no reino intermediário entre o nível pessoal e arquetípico da psique, participando de
ambos, mas também sendo absolutamente únicos, na medida em que seu conteúdo e
atividade são a ponte e o elo entre o indivíduo, a sociedade e os reinos arquetípicos. (SINGER
e KIMBLES, 2004)
Para os autores um dos elementos que formam o complexo cultural é o trauma vivido
pelos grupos, embora o trauma sozinho não fragmente a psique coletiva, mas invoque defesas
arquetípicas que provocam a fragmentação (SINGER e KIMBLES, 2004). No caso analisado
podemos entender como o trauma da Alemanha entre guerras, justamente sua derrota na
Primeira Guerra Mundial, bem como suas trágicas consequências para o país. Como já
citamos, o país passava por uma crise moral e econômica que se refletia duramente na psique
inconsciente de seus cidadãos na forma de símbolos violentos e cruéis, possibilitando a fácil
ascensão de líderes que corporificassem esta defesa arquetípica inconsciente.
No momento em que esses símbolos aparecem num grande número de indivíduos e não
são assimilados eles começam a unir com força magnética os indivíduos isolados. Assim
tem origem uma massa. Rapidamente surgirá um líder no coração daquele que possuir a
menor força de resistência, a menor consciência de responsabilidade e que, devido a sua
inferioridade, demonstrar a mais forte vontade de poder. (JUNG, OC X/2, par. 449)
Para Jung, ao invés de ter se ocupado da riqueza de suas potencialidades espirituais, o
povo alemão deixou-se seduzir pelos enganos e volúpia de Wotan. Além disso, como um
rebanho hipnotizado, se deixou arrastar para o matadouro pelas mãos de um líder psicopata
(JUNG, OC X/2, par. 432), fazendo aflorar uma defesa arquetípica que ganhou corpo e
uniforme através das insígnias nazistas. Com foco exclusivo na defesa do grupo, um falso self
foi estabelecido no mundo externo enquanto o verdadeiro self adormecia ​(SINGER e KIMBLES,
2004). Assim como um complexo pessoal ativado pode ter sua própria linguagem corporal e
tom de voz, operando abaixo do nível da consciência (SINGER e KIMBLES, 2004), o nazismo
expressou sua força e voz através da expressão “Heil Hitler”, dando voz ao seu complexo
através dos discursos inflamados de Hitler, segundo o qual Jung pontuou: “​quando o Estado
fala através dele, então sua voz é de trovão, e sua palavra é tão poderosa que recolhe milhões
de pessoas como folhas que caem no outono​” (JUNG, ​OC XVIII/2, par. 1326​).
Uma vez que a característica adicional dos complexos é serem bipolares ou possuírem
duas partes (sendo que uma se prende ao ego e a outra é projetada sobre um outro adequado)
(SINGER e KIMBLES, 2004)​, o complexo cultural aqui apresentado não estaria completo se a
escalada nazista não trouxesse consigo a projeção do mal, a perseguição e a discriminação
sobre um “outro”. Esta projeção se apresenta bem clara no filme analisado, através da
perseguição aos judeus. A partir de propagandas sistemáticas e massivas, a população alemã
era lembrada constantemente da pretensa subversão judaica, retratando os judeus como
parasitas culturais ambulantes. As propagandas colocavam ainda os semitas como causa
indireta da miséria econômica vivida pelo país, ao retratar os judeus como detentores do
dinheiro que, por direito, pertenceria aos alemães. Ainda como uma característica própria do
trauma, os nazistas iniciam sua perseguição a partir de uma sombra de vítima traumatizada,
estabelecendo um senso de direito que acompanha exigências de reparação ​(SINGER e
KIMBLES, 2004), e que vêm a justificar a desapropriação de imóveis e bens de judeus como
retratado no filme. Esta bipolaridade do complexo leva, portanto, a uma interminável série de
escaramuças repetitivas com o outro ilusório, ou projeções - que pode ou não caber no outro
(SINGER e KIMBLES, 2004). Uma vez que este é um processo inconsciente, faz parte deste, o
aumento da sombra, os padrões rígidos de moral, a cisão entre o bem e o mal, e a perseguição
do que está fora do padrão, ou seja, toda a discriminação que percebemos em “A lista de
Schindler”, e que segundo Singer é também um dos elementos que compõem o complexo
cultural. Como afirmou Jung sobre o holocausto: ​como ninguém é capaz de reconhecer o grau
de possessão demoníaca de inconsciência em que vive, projeta-se o próprio estado interior
para seus semelhantes, legitimando dessa forma, o gás mais venenoso e os maiores canhões​.
(JUNG, ​OC X/2, par. 463​)
Singer ressalta como mais um elemento formador deste processo os sentimentos de
opressão e inferioridade que podem ser encontrados em grupos que sofrem de um complexo
cultural. No caso dos alemães, Jung comenta em um de seus artigos sobre o nazismo que, em
sua ​opinião a nação sofre de profunda baixeza, como contrapeso ao seu espírito elevado
(JUNG, OC X/2, par. 476). Afirmou ainda:
Jamais foi indiferente para o alemão a sua imagem no estrangeiro. Ele não suporta ser
desaprovado nem criticado. De fato, os sentimentos de inferioridade produzem alto grau
de sugestibilidade e tentativas compensatórias de imposição, buscando enaltecer a
massa e demonstrar com furor as 'habilidades alemãs' até ao terror do fuzilamento de
reféns.(...) ​Não sou o primeiro, de forma alguma, a apontar o sentimento de
inferioridade dos alemães​. (O que não disseram Goethe, Heine e Nietzsche a respeito
de sua própria terra?)(...) Isso pode facilmente provocar uma dissociação histérica da
personalidade, que consiste basicamente no fato de uma mão não saber o que a outra
faz, em se querer saltar a própria sombra e projetar no outro tudo que é obscuro, culpado
e inferior. Nesse estado, tem-se a sensação de estar sempre cercado por pessoas sem
compreensão, animadas apenas de más intenções e por pessoas inferiores, maldosas,
homens de segunda classe, 'subomens' que precisam ser exterminados para que a
própria superioridade possa ser preservada. " (JUNG, OC X/2, par. 416-417)

Finalmente, os complexos culturais baseiam-se sobretudo em experiências repetitivas e


históricas de grupo que se enraizaram na psique coletiva e na psique individual de membros
individuais do grupo. Desta forma, faz-se importante lembrar também, que a projeção da
sombra nazista sobre os judeus se dá a partir de fatores históricos de segregação
sistematicamente repetidos ao longo de quase dois mil anos de história, onde se reforçou ​a
crença de que os judeus eram responsáveis ​pela morte sofredora e traumática do jovem deus
cristão. Essa crença - reforçada por uma longa história de amplificação teológica e perseguição
política, social e religiosa - alimentou uma virulenta emoção coletiva de aversão e raiva que
queimou sem interrupção por séculos (SINGER e KIMBLES, 2004) por toda a Europa,
culminando de forma trágica no holocausto que se apresenta no filme.

A história de Oskar
O jovem Schindler, que esperava seguir os passos do seu pai e tomar conta da fábrica
de máquinas agrícolas, tornou-se desempregado quando a família perdeu o respectivo negócio
durante a grande depressão. Pouco depois do início da guerra, em Setembro de 1939,
Schindler ruma para a ocupada Cracóvia. A cidade, casa para cerca de 60.000 judeus e sob a
administração alemã, a Generalgouvernement, provou ser muito atrativa para os empresários
alemães, que desejavam capitalizar as adversidades existentes no país ocupado. Naturalmente
astuto e sem escrúpulos, em outubro de 1939, apropriou-se de uma fábrica de utensílios até
então propriedade judaica, como resultado de várias negociações comerciais, do dinheiro de
investidores judeus e do conselho comercial de um contabilista judeu polonês, Itzhak Stern.
Schindler fundou a fábrica de utensílios de cozinha Emalia para enriquecer com a guerra. Nela
empregou entre 1939 e 1944 muitas centenas de judeus após o decreto que proibia aos
mesmos serem proprietários de negócios. (​http://alistadeschindler.com​)
Desde cedo Schindler adotou um estilo de vida extravagante, divertindo-se à noite na
companhia de altos oficiais da SS, comprovando sua identificação com os ideais nazistas e seu
talento para tirar proveito das amizades importantes e influentes. Itzhak Stern, com o
argumento de que os trabalhadores judeus representavam uma lucratividade maior para o
negócio, convenceu Schindler a fazer destes 100% da força de trabalho empregada em sua
fábrica. Com o tempo, famílias judias passaram a trocar suas reservas financeiras por postos
de trabalho, mantendo-se assim longe dos campos de concentração e permitindo que a fortuna
de Oskar crescesse ainda mais.
A guerra avançou e Hitler lançou a campanha de "Solução Final", que acabaria
definitivamente com os guetos, transferindo toda a população judia para os campos de
concentração. Amon Goeth foi o comandante de um desses campos e um dos amigos mais
próximos que Schindler teve entre os oficiais da Gestapo. Quando os trabalhadores de sua
fábrica começaram a ser transportados para o campo de Plaszóvia, Schindler convenceu
Goeth a colocá-los num ambiente separado dos outros, um lugar onde ficassem mais
protegidos. (​http://alistadeschindler.com​)
A desidentificação com o Complexo Cultural
Schindler nunca desenvolveu qualquer resistência ideológica contra o regime nazista.
No entanto, a sua crescente repulsa e horror relativos à insensível brutalidade da perseguição
nazista à população judaica, provocou uma curiosa transformação no oportunista imoral.
Gradualmente, o seu objetivo egoísta de ganhar dinheiro passou para segundo plano, dando
mais importância ao fato de pretender salvar o máximo de judeus das execuções nazistas.
(​http://alistadeschindler.com​)
Oskar viveu, como afirmou Jung, a assombrosa tensão entre os contrários que havia se
instalado na psique germânica da época (JUNG, ​OC X/2, par. 485​). ​Esta desidentificação com
o complexo cultural não se deu de uma hora para outra, como podemos perceber no decorrer
do filme. A abertura do ego de Oskar à função transcendente, ou seja, em relação ao mundo e
ao outro que considerava subumano, se deu de forma paulatina através de momentos de
angústia, e da tensão das forças psíquicas. Estas, ora se preocuparam com a acumulação de
fortuna que a persona demandava, ora se curvaram aos valores éticos de direitos humanos
demandados pelo surgimento de um novo self.
A Gestapo prendeu Schindler algumas vezes, tendo chegado a interrogá-lo sobre
possíveis irregularidades e favorecimento de judeus. Ainda nessas ocasiões Schindler apesar
de sinceramente inclinado a causa judaica, ainda se mostra neste movimento pendular de
confrontação interior onde a energia parece migrar entre dois pólos, abrindo-se e fechando-se
à função transcendente.
É somente no fim de 1944, quando Plaszóvia e todos os campos secundários tiveram
de ser evacuados devido ao avanço dos russos - onde a maioria dos prisioneiros (mais de
20.000 homens, mulheres e crianças) seriam enviados para os campos de extermínio,
juntamente com todos os seus trabalhadores judeus -, que finalmente Schindler parece se
desidentificar do complexo cultural nazista por completo, ao decidir salvar quantos judeus
estivesse ao seu alcance. Após brindar - em despedida - à saúde de seu contador Itzhak Stern,
Schindler passa a noite a fazer as malas e refletir sobre sua vida e sua posição frente ao
mundo. O filme retrata através desta noite, o momento em que a pessoa se volta para si
mesmo; a libido é dirigida para dentro em um processamento interno dos fatos que estão
ocorrendo, e onde os valores rígidos identificados com a persona vão sendo dissolvidos.
No outro dia, ao receber ordem de evacuação, Schindler, que tinha conseguido
aproximar-se do supremo comando do exército, tratou de obter autorização oficial para
continuar a produção numa fábrica que ele e a sua mulher tinham estabelecido em Brünnlitz,
nos Sudetos. Schindler e o contador passaram a noite a digitar os nomes das famílias que
seriam transportadas para a Tchecoslováquia ao invés de irem para Auschwitz. Para cada um
dos 1.100 nomes que comporiam a lista, Schindler viria a pagar um boa soma de dinheiro a
Goeth, que tomaria as medidas necessárias para que o desvio de rota fosse bem sucedido.
Finalmente percebemos a integração do conteúdo inconsciente do complexo, uma vez
que o foco saiu da projeção para uma auto análise. Como pontua Jung, esta integração dos
conteúdos ​inconscientes ​trata-se de uma tarefa extremamente difícil que exige um alto grau de
responsabilidade ética. ​É um ato individual de realização, compreensão e valoração moral,
(JUNG, ​OC X/2, par. 451​) que Schindler conseguiu alcançar antes mesmo do final da guerra
mas não lhe eximiu da culpa.
Nos últimos dias da guerra, mesmo antes da entrada do exército russo na Morávia,
Schindler conseguiu ir para a Alemanha, em território controlado pelos Aliados. O magnata
industrial do tempo de guerra encontrava-se então sem um único centavo, e ao deixar a fábrica
com os seus 1.100 empregados, protagonizou a cena onde foi possível se perceber sua
enorme culpa e arrependimento por ter participado de um dos capítulos mais torpes da
humanidade. Porém, como pontua Jung,
​a consciência da culpa oferece condições para a transformação e melhoria das coisas.
Como se sabe, aquilo que permanece no inconsciente jamais se modifica e as correções
psicológicas são apenas possíveis no nível da consciência. A consciência da culpa pode,
portanto, converter-se no mais poderoso movente moral. (...) ​Onde a culpa é grande, a
graça pode também ser imensa. Semelhante fato produz uma transformação interior
infinitamente mais importante do que as reformas políticas e sociais que, na verdade, de
nada valem nas mãos de homens injustos. (JUNG, OC X/2, par. 440-441)

Apesar de triste, a história de “A Lista de Schindler” nos dá esperança de renovação,


uma vez que a renovação tem início no indivíduo, e o princípio do poder deve ser minado
primeiramente dentro da própria pessoa (JUNG, OC X/2, par. 451).
REFERÊNCIAS

A Lista de Schindler. ​http://alistadeschindler.com​, Acessado em 28/06/2017.

JUNG, C. G. OC X/2 - ​Aspectos do Drama Contemporâneo​. 5a Edição. Petrópolis, RJ:

Vozes, 2012.

__________. OC XVIII/2 - ​A vida simbólica​. 4a Edição. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012.

SINGER, T. & KIMBLES, S. L.. ​The Cultural Complex​. New York, USA: BrunnerSRoutledge,

2004.

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