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ISO 5348
2018
Portuguesa
Vibrações mecânicas e choques
Montagem mecânica de acelerómetros
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T2
C
ICS HOMOLOGAÇÃO
17.160 Termo de Homologação n.º 58/2018, de 2018-03-08
CORRESPONDÊNCIA ELABORAÇÃO
Versão portuguesa da ISO 5348:1998 CT 28 (SPAcústica)
EDIÇÃO
2018-03-15
CÓDIGO DE PREÇO
X006
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Sumário Página
Introdução ................................................................................................................................................. 4
1 Objetivo e campo de aplicação ............................................................................................................. 5
2 Referências normativas ........................................................................................................................ 5
3 Termos e definições ............................................................................................................................... 6
4 Características a especificar pelos fabricantes de acelerómetros ..................................................... 6
5 Considerações na seleção de um método de montagem ..................................................................... 7
5.1 Considerações gerais ............................................................................................................................ 7
5.2 Considerações específicas .................................................................................................................... 7
5.3 Determinação da frequência de ressonância fundamental da montagem ............................................. 8
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5.4 Recomendações para determinados tipos de montagem ...................................................................... 9
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Introdução
O método habitualmente utilizado para determinar o movimento vibratório, vS, de uma estrutura ou de um
corpo S, tem por base a utilização de um transdutor eletromecânico, T.
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Nesta Norma são estudados os acelerómetros que se encontram ligados, com montagem mecânica F (ver
figura 1), à superfície da estrutura em movimento.
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Nestes casos, a informação fornecida pelo transdutor é o sinal elétrico, u, gerado pela ação do seu próprio
movimento, vT, sendo que a informação pretendida é o movimento vibratório, vS, num local específico da
estrutura S.
O sinal elétrico, u, gerado pelo transdutor, apresenta desvios relativamente ao resultado do movimento
vibratório da estrutura, vS, devido a uma transferência imperfeita do movimento desta para os elementos
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sensíveis do acelerómetro.
Os desvios poderão também ocorrer devido ao desalinhamento do eixo sensível do transdutor, à curvatura da
base, a transientes de temperatura, ao binário da montagem e ao bater dos cabos.
A montagem mecânica irá alterar o intervalo de frequência útil para uma dada precisão, tanto no que diz
respeito à amplitude, como à respetiva resposta em fase (ver 5.4.5).
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Legenda:
S estrutura
F meio de montagem
T acelerómetro
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2 Referências normativas
As normas seguintes contêm disposições que, através da referência no presente texto, constituem disposições
desta Norma. À data da publicação da presente Norma, as edições indicadas encontravam-se em vigor. Dado
que todas as normas são sujeitas a revisão, as entidades que tenham estabelecido acordos baseados nesta
Norma, devem verificar a possibilidade de aplicação de edições mais recentes das normas abaixo indicadas.
Os membros da IEC e da ISO mantêm registos das normas internacionais atualmente em vigor.
ISO 2041:1990 Vibration and shock – Vocabulary
ISO 2954:1975 Mechanical vibration of rotating and reciprocating machinery – Requirements for
instruments for measuring vibration severity
ISO 5347- 14:1993 Methods for the calibration of vibration and shock pick-ups – Part 14: Resonance
frequency testing of undamped accelerometers on a steel block
ISO 5347-22:1997 Methods for the calibration of vibration and shock pick-ups – Part 22: Accelerometer
resonance testing – General methods
ISO 8042:1988 Shock and vibration measurements – Characteristics to be specified for seismic pick-
ups
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3 Termos e definições
Para os fins da presente Norma, aplicam-se os termos e as definições contidos na ISO 2041.
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c) a técnica de montagem usada durante a calibração;
d) o valor recomendado e o valor máximo do binário de montagem (isto é, para uma variação inferior a 2 %
do intervalo de frequência útil);
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e) as limitações de temperatura do acelerómetro bem como do acessório de fixação;
f) as características mecânicas pertinentes, isto é,
– a massa total;
– o material da base;
– a frequência de ressonância mínima do acelerómetro (desmontado);
– a curva da resposta em frequência em condições de montagem bem definidas, descrevendo o objeto no
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5.1.1 Procedimentos
Um acelerómetro terá um desempenho ideal, apenas quando os seguintes procedimentos gerais forem
seguidos:
a) o acelerómetro deve realizar, tanto quanto possível, o mesmo movimento que a estrutura em ensaio no
ponto da fixação do acelerómetro;
b) o movimento da estrutura em ensaio deve ser alterado o menos possível pela presença do acelerómetro;
c) a razão entre o sinal do acelerómetro e o movimento do acelerómetro, não deve ser distorcida por operar
muito próximo da respetiva frequência de ressonância (fundamental) de montagem.
5.1.2 Condições
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Para alcançar as condições ideais de montagem, é necessário assegurar que:
a) o acelerómetro e o respetivo sistema de fixação são suficientemente rígidos e sólidos (as superfícies de
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montagem devem estar o mais limpas e planas possível);
b) a montagem introduza o mínimo de movimentos de distorção mínimos (por exemplo, as montagens
simétricas simples são as melhores);
c) a massa do acelerómetro e da respetiva montagem sejam pequenas em comparação com a massa dinâmica
da estrutura em ensaio (ver ISO 2954).
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5.2.3 Cabos
A utilização de cabos rígidos com acelerómetros com conectores axiais pode originar tensão. É necessário
um aperto cuidadoso dos cabos para evitar tais problemas (ver Figura 2).
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Com transdutores de tipo piezoelétrico, a existência de cabos soltos poderá determinar a ocorrência de efeitos
triboelétricos.
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próprio bloco de aço. A força de excitação pode ser gerada eletrodinamicamente. A influência da qualidade
das superfícies e dos materiais de montagem poderá ser investigada através da introdução de amostras tipo
entre a superfície de aço e o acelerómetro em ensaio (ver Figura 3). Para montagens comuns e curvas de
resposta em frequência representativas, ver Figuras 5 a 10.
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Para o método de determinação da frequência (de ressonância) fundamental, ver a ISO 5347-14 e a
ISO 5347-22.
NOTA: As curvas de resposta em frequência dadas nas figuras são típicas e são fortemente influenciadas pelos parâmetros que se
encontram indicados nas figuras.
formas de realizar a excitação por choque. No primeiro caso, o acelerómetro é fixado numa massa com um
desenho de bigorna suspensa, como um pêndulo, enquanto uma segunda massa martelo, suspensa de forma
semelhante, é usada para aplicar o choque. No ensaio de queda, o acelerómetro é fixado a um martelo que é
guiado na sua queda vertical sobre a bigorna estática que produz o choque. A fixação do acelerómetro à
massa deve ser realizada de modo semelhante ao utilizado para a sua fixação ao conjunto em ensaio. Embora
seja impossível disponibilizar formas idênticas para os corpos em ensaio e para as massas das bigornas e
martelos, estes devem ser produzidos com uma composição semelhante em termos de material e ter
dimensões suficientes que permitam uma representação razoável do objeto em ensaio em termos de rigidez.
A pancada de martelo aplicada perto do acelerómetro montado na estrutura em ensaio podrá fornecer a
informação necessária sobre a possibilidade de poder ser desprezada a ressonância estrutural associada ao
objecto em medição.
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A aplicação repetida de choques bem definidos poderá fornecer informação suplementar sobre a estabilidade
da montagem.
5.4.1 Generalidades
A superfície de montagem deve ser cuidadosamente examinada de modo a verificar-se a ausência de
contaminação e a existência de baixa rugosidade e, se necessário, deve ser retificada. É necessário reduzir, ao
mínimo, eventuais erros de alinhamento entre o eixo sensível do acelerómetro e a direção de medição, uma
vez que os mesmos originarão consequências similares às causadas pela sensibilidade transversal. Estes erros
serão particularmente elevados no caso do movimento transversal ser substancialmente superior ao
movimento axial.
A condição da superfície de montagem e o método de montagem deverão ser indicados no respetivo
relatório.
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Os métodos de montagem do transdutor recomendados pelos respetivos fabricantes deverão ser respeitados
de modo a serem aplicáveis os dados fornecidos pelo mesmo.
O Quadro 1 resume os critérios, com base nas melhores práticas, que determinam a seleção dos métodos de
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montagem.
Quadro 1 – Critérios que afetam a seleção de métodos de montagem (com base nas melhores práticas)
rigidez de fixação
Importância da
preparação da
Frequência de
ressonância Q
Temperatura
ampliação de
transdutor e
ressonância
superfície
Massa do
Fator de
C
Perno
Cola de
cianoacrilato de
metilo
Cera de abelha ○
Fita de dupla
face ○ ○ ○
Fixação rápida
Fixação a vácuo
Base magnética ○ ○
Seguro com a
mão ○ ○*) ○ ○ ○
*)
Depende da distância entre a mão e a superfície medida.
Legenda: alto médio ○ fraco
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5.4.2.1 Quando especificado, as superfícies devem estar limpas, planas e polidas suavemente, dentro das
tolerâncias do fabricante. Os eixos dos furos de fixação devem ser normais à superfície de montagem.
5.4.2.2 Deverá ser utilizado o binário de aperto da montagem recomendado pelo fabricante de modo a se
obter uma fixação firme, sem danificar o acelerómetro.
5.4.2.3 A utilização de uma fina película de óleo ou de gordura entre as superfícies ajuda a alcançar um bom
contacto e, assim, uma máxima rigidez (ver Figura 5).
5.4.2.4 O perno não deve tocar no fundo do furo de fixação pois a rigidez poderá ser perdida devido a uma
pequena separação das superfícies.
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Este método deve ser utilizado quando a estrutura em ensaio não pode ser perfurada, quando é necessário o
isolamento elétrico do acelerómetro, ou quando a área plana é insuficiente. É frequente a utilização de um
perno, com uma rosca num lado e com um disco plano, para colagem à estrutura, no outro.
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5.4.3.1 A área deve ser limpa de acordo com as recomendações do fabricante da cola.
5.4.3.2 Deve ser utilizada uma camada fina de cola, já que tal representa uma mola mais rígida.
5.4.3.3 Devem ser utilizadas colas duras do tipo catalítico ou termoplástico. As colas de secagem rápida
tendem a permanecer moles no respetivo interior e, em consequência, fazer baixar a frequência de
ressonância (ver Figura 6).
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NOTA: A frequência de ressonância da montagem, fc, pode ser estimada pela fórmula:
1 Kc
fc
2 m
onde:
Kc é a rigidez complexa de compressão da camada de cola
m é a massa total do acelerómetro e dos acessórios de montagem
A rigidez complexa de compressão da camada de cola, Kc, pode ser estimada pela fórmula:
Kc E 1 i A / t
onde:
E é o módulo de elasticidade (de Young) da cola
é o fator de perdas da cola
A é a área da camada de cola
t é a espessura da camada de cola
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A frequência de ressonância da camada de cola, ao corte, pode ser estimada pela fórmula:
1 Ks
fs
2 m
Ks G 1 i A / t
onde:
G é o módulo de corte da cola,
é o fator de perda, ao corte, da cola.
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Em geral, com o objetivo de aumentar o intervalo de frequência de funcionamento do acelerómetro montado,
a cola deverá ter um amortecimento ligeiro (i.e., ou menores do que 0,01), deverá ser rígida (isto é,
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valores elevados de E e de G) e a camada deverá ser fina.
metálico, rígido e pequeno, rigidamente montado sobre a estrutura, com as superfícies maquinadas, furadas e
roscadas, para aceitar a montagem dos pernos.
Se a utilização de um suporte complicado for inevitável, será desejável que haja uma investigação às suas
frequências e aos seus modos próprios de vibração.
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1 acelerómetro
2 superfície vibratória
5 acelerómetro de referência
6 campo magnético
7 bobina de transmissão
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ondulação (‘ripple’)
da curva de ressonância
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Figura 4 – Resposta do acelerómetro ao choque
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tempo
Tempo
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Película de óleo
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Frequência, kHz
Figura 5 – Resposta em frequência típica do acelerómetro montado com perno e com película de óleo,
relativamente à aceleração absoluta da estrutura no local da fixação
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dB dB
do acelerómetro,
Cola
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do acelerómetro,
Cola macia
Película de óleo Temperatura máxima: 80 ºC
T2 Resposta
Resposta
Frequência, kHz
C
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Resposta do acelerómetro, dB
Fita adesiva de
Fita adesiva dupla face fina
de dupla face Fita adesiva de
Temperatura máxima: 95 ºC
8 dupla face espessa
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Frequência, kHz
Figura 7 – Resposta em frequência típica do acelerómetro fixado com fita-cola de dupla face, relativamente à
aceleração absoluta da estrutura no local da fixação
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Ponteira
Resposta do acelerómetro, dB
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Frequência, kHz
Figura 8 – Resposta em frequência típica de uma sonda de mão (ponteira), relativamente à aceleração
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Resposta do acelerómetro, dB
Magnético
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Fina espessura
Resposta do acelerómetro, dB
de cera de abelha
Temperatura máxima: 40 ºC
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Frequência, kHz
Figura 10 – Resposta em frequência típica do acelerómetro montado com cera de abelha, relativamente à
aceleração absoluta da estrutura no local de fixação
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Acelerómetro
Fixação rápida
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NOTA: A frequência de ressonância e o limite de amplitude do adaptador para
montagem rápida com o respetivo acelerómetro deverá ser experimentalmente
investigada para determinar a frequência limite superior e a amplitude máxima que
pode ser medida antes da distorção do sinal ocorrer. Por esta razão, não é
mostrado o gráfico da resposta em frequência.
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Figura 11 – Montagem rápida
C
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Acelerómetro
8 Vácuo
Copo de sucção
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