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ADOLESCENTES
RESUMO
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1. INTRODUÇÃO
Para muitas crianças e adolescentes, a palavra saúde não está associada a hábitos
alimentares saudáveis, a escola exerce influência na formação cognitiva e humana, por
isso se torna um lugar ideal para incentivar uma alimentação consciente e saudável,
pontuando os riscos que a internet pode trazer na comparação de corpos perfeitos. É de
suma importância destacar o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) que
também surge como uma possibilidade para o redimensionamento das ações
desenvolvidas na escola, podendo ter um papel estratégico para mudanças das práticas
alimentares escolares, o mesmo tornou-se uma importante estratégia para melhorar a
segurança alimentar e nutricional dos alunos através da promoção do direito humano à
alimentação adequada (CUNHA, 2010) [3]
2
uso acentuado das mídias sociais é possível verificar mudanças intensificadas nas vidas
dos mesmos. É imprescindível que devemos alertar e conscientizar de forma saudável e
com cuidado os adolescentes e cuidadores/responsáveis com a prática de uma
alimentação adequada e de qualidade, advertindo sobre o quão maléfico possa ser o uso
agravado da internet.
2.
2. METODOLOGIA
3. DESENVOLVIMENTO
A internet se conecta com seus “seguidores” por meio de blogs, sites atualizados,
redes sociais, muitas vezes com artigos baseados em opiniões amplamente
compartilhados sobre tópicos específicos ou simplesmente dando opiniões pessoais sobre.
Os influenciadores que compartilham informações sobre nutrição não precisam ser
nutricionistas qualificados, levantando preocupações sobre a credibilidade das
informações disponíveis. As consequências do público em seguir conselhos baseados em
opinião podem ser prejudiciais, ocasionando diversas vezes uma obsessão por comer uma
dieta saudável ou supostamente saudável que é compartilhada em redes sociais
(TURNER, P. G., LEFEVRE, C. E., 2017) [4]
3
Segundo o IBGE, cerca de 90,0% dos domicílios do país em 2021 têm acesso à
internet, sendo assim, o acesso de usuários nas mídias sociais vem crescendo cada dia
mais. As mídias sociais permitem aos usuários uma auto apresentação feita de forma
seletiva e acentua características e traços positivos ou negativos. Desse modo, ocorre uma
construção estratégica do sujeito, o qual não necessariamente condiz com a realidade.
Assim ocorre uma comparação com esses perfis criados para a mídia, podendo prejudicar
aspectos como o bem-estar e a autoavaliação, de modo que ao se compararem começam
a mudar a percepção de sua vida particular, acarretando a uma visão distorcida de si
mesmo (MACKSON, 2019) [5].
Várias pessoas confundem os termos redes sociais e mídias sociais, muitas vezes
usando-os de forma errônea. Eles não significam a mesma coisa. O primeiro é uma
categoria do último (TELLES, 2010, p. 18) [7]. Logo, mídias sociais são canais online
que permitem o relacionamento e o compartilhamento de conteúdo entre os usuários. Para
que seja considerada uma mídia social, a plataforma, site ou aplicativo, deve garantir
alguns objetivos: (a) promover a interação ativa entre usuários; (b) permitir a divulgação
descentralizada de conteúdo e; (c) incentivar a participação colaborativa (ECDD, 2020)
[8]. Portanto, podemos concluir que por ser um veículo de comunicação a mídia social
pode promover também a saúde (BARROS et al, 2018) [9].
As mídias sociais podem ter tanto impactos positivos como negativos dentro do
âmbito da saúde. Os benefícios se encontram na propagação em potencial de alcançar um
número significativo de pessoas, porém, ao mesmo tempo que isso é um ponto positivo
pode se tornar negativo dependendo de como passam as informações (STELLESFSON,
M., et al, 2020) [10]
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Outra situação nociva das mídias sociais é a comparação de imagem, realizada de
forma mais exacerbada na rede social “Instagram”, pois é onde acontece o maior
compartilhamento de imagens do mundo. O que predomina na aparência corporal é o
fitness ideal, onde o padrão feminino é a aparência magra-atlética e o padrão masculino
é a exibição muscular, ambos inclui dietas restritivas, exercícios intensificados com
adição de fotos de ‘’antes’’ e ‘’depois’’, acarretando assim, que os usuários da rede
sofram com insatisfação corporal e transtornos alimentares pois não se adaptam ao padrão
evolutivo fitness (ROBINSON, L., et al, 2017) (PRICHARD, I., et al, 2018) (DUMAS,
A., DESROCHES, S., 2019) (DI BISCEGLIE, S., ARIGO, D., 2019) [11, 12, 13, 14].
A pesquisa TIC Kids Online revela que o uso da internet proporciona às crianças
e adolescentes tanto oportunidades de se desenvolver e socializar como situações
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geradoras de risco. Algumas dessas situações está o bullying, que possui características
relacionadas a “ameaças”, “contar mentira sobre a minha pessoa”, pornográfica como
vídeos ou imagens de sexo. Também é observado o elevado percentual de adolescentes
que tiveram contato com pessoas que não conheciam pessoalmente, contato com
conteúdo inadequados e métodos para emagrecer nocivos à saúde, sendo o último sendo
mais comum entre as meninas [17].
A alimentação dos jovens vem sendo cada vez mais discutidas, pois podemos
perceber muito a influência da mídia com um grande impacto no aumento da ingesta de
alimentos de baixa qualidade nutricional. Com isso, a nutrição e a alimentação são temas
de interesse da saúde pública, no entanto, sabemos o quanto é difícil ter uma alimentação
saudável nessa fase, os adolescentes muitas vezes escolhem o que é mais sociável entre o
seu grupo e grande parte desse comportamento vem sendo incentivado e reforçado pelo
marketing.
■ Moderação: Não se deve comer nem mais nem menos do que o organismo precisa; é
importante estar atento à quantidade certa de alimentos.
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■ Equilíbrio: Quantidade e qualidade são importantes; o ideal é consumir alimentos
variados, respeitando as quantidades de porções recomendadas para cada grupo de
alimentos. Ou seja, “comer de tudo um pouco” [19]
Maluf & Menezes (2000) relatam que a qualidade dos alimentos está relacionada
a sua sanidade, em outras palavras, as pessoas possuem direito de ter acesso a alimentos
de boa qualidade nutricional e isentos de componentes químicos que possam se tornar
prejudicial à saúde humana. Outro fator destacado pelos autores são os hábitos e a cultura
alimentar, pois, existem uma dimensão do patrimônio cultural que está ligada a
preferências alimentares das comunidades locais e suas práticas de preparo para o
consumo.[22]
Porém, infelizmente, na atual sociedade que é ditada por regras de mídias sociais
o princípio básico da alimentação é diversas vezes ignorado. Segundo a autora Sonia
Oliveira (2016) as escolhas alimentares da sociedade revelam uma situação preocupante,
pois, muitas vezes arriscam sua saúde, mesmo sabendo que determinado alimento pode
ser prejudicial. Com isso, esclarece: Se você gosta tanto de “comidas insalubres” está
disposto a aceitar o risco de doenças e morte prematura. [23]
4. CONCLUSÃO
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Com os estudos podemos ver que as redes sociais têm se desenvolvido muito para
que a comunicação possa chegar de forma rápida a todos, a internet traz aos usuários
diversos conteúdos, porém indivíduos que possuem uma dependência virtual podem
desenvolver múltiplas consequências e em diferentes áreas, como em relacionamento
social, desenvolvimento individual, alterações alimentares e físicas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
8
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