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garantia de execução;
b) quando necessária a modificação do
regime de execução da obra ou do serviço,
bem como do modo de fornecimento, em
face de verificação técnica da
inaplicabilidade dos termos contratuais
originários;
No § 2º a lei fala que às vezes o que faz com que tudo dê errado não é um
fato imprevisível ou de consequências incalculáveis, mas sim um ato
administrativo. O Estado de São Paulo vai fazer uma obra muito
importante. Para isso, é necessária uma licença do município porque ele
é o ente político competente para definir questões de interesse local e a
obra do Estado de São Paulo vai atravessar o município de São Paulo.
art. 124 desta Lei, o contratado será obrigado a aceitar, nas mesmas
condições contratuais, acréscimos ou supressões de até 25% (vinte e
cinco por cento) do valor inicial atualizado do contrato que se fizerem nas
obras, nos serviços ou nas compras, e, no caso de reforma de edifício ou
de equipamento, o limite para os acréscimos será de 50% (cinquenta por
cento). Igual na Lei n. 8666. Alteração unilateral quantitativa.
Estamos agora tratando do ato de rescisão, que precisa ter esses cinco
elementos. O que a lei nos apresenta agora são os motivos (elemento do
ato administrativo) que a Administração tem para praticar o ato
administrativo de rescisão. Artigo 137.
Na Lei n. 8666 (art. 78, XIV), era de 120 dias intercalados ou contínuos.
Agora a lei fala em 3 meses. A Administração contrata uma empresa para
fornecimento de qualquer coisa. No meio do caminho, a Administração
suspende a execução porque não precisa do objeto do contrato naquele
momento, considerando que não tem dinheiro porque a arrecadação caiu
e, como a Administração tem que pagar à medida em que se executa o
contrato, vai ter dificuldades para pagar, então, por questões de
organização financeira, suspende a execução do contrato. Se a suspensão
for além de 3 meses, o contratado pode querer a rescisão. Aqui, temos
uma faculdade do contratado, de poder rescindir ou aguardar a
normalização da situação para que o contrato continue.
Lei n. 8666 (art. 78, XV) fala em 90 dias. Aqui a lei muda a sistemática
falando em 2 meses, a contar da emissão da nota fiscal. A Administração
recebe a nota fiscal e não paga. Depois de 2 meses que isso aconteceu, o
contratado pode querer a rescisão do contrato. O contratado tem direito
ao recebimento porque ele prestou, mas também tem direito a pedir
rescisão porque a Administração não pagou no prazo. Se o contratado é
um licitante habitual que sabe que o Estado tarda, mas não falha, ele
emite a nota fiscal e, passados os 2 meses, nada faz porque sabe que logo
deve receber.
Pode ser rescisão por acordo, por distrato e isso é novidade porque a lei
previu aqueles instrumentos alternativos de solução de disputas.
Estamos com problema no contrato, podendo ser chamado um
conciliador para ele tentar harmonizar as divergências entre as partes,
fazer um acordo e extinguir o contrato. Pode ser através do comitê de
disputas, da mediação, da conciliação, etc. A consensualidade e a
participação são tendências na Administração nas decisões
administrativas em relação aos administrados. O contratado participa da
decisão final, que não é vertical e imperativa, é consensual e dialógica.
exclusiva da Administração, o
contratado será ressarcido pelos
prejuízos regularmente comprovados que
houver sofrido e terá direito a:
I - devolução da garantia;
II - pagamentos devidos pela execução do
contrato até a data de extinção;
III - pagamento do custo da
desmobilização.
II - em se tratando de compras:
a) provisoriamente, de forma sumária,
pelo responsável por seu acompanhamento
e fiscalização, com verificação posterior da
conformidade do material com as exigências
contratuais;
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§ 2º O recebimento provisório ou
definitivo não excluirá a
responsabilidade civil pela solidez e pela
segurança da obra ou serviço nem a
responsabilidade ético-profissional pela
perfeita execução do contrato, nos
limites estabelecidos pela lei ou pelo
contrato.
§ 6º Em se tratando de obra, o
recebimento definitivo pela
Administração não eximirá o contratado,
pelo prazo mínimo de 5 (cinco) anos,
admitida a previsão de prazo de garantia
superior no edital e no contrato, da
responsabilidade objetiva pela solidez e
pela segurança dos materiais e dos
serviços executados e pela
funcionalidade da construção, da
reforma, da recuperação ou da ampliação
do bem imóvel, e, em caso de vício,
defeito ou incorreção identificados, o
contratado ficará responsável pela
reparação, pela correção, pela
reconstrução ou pela substituição
necessárias.
Nesse ínterim, temos que a lei diz que isso não exclui a responsabilidade
do contratado pelos vícios redibitórios/ocultos eventualmente existentes
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Administração vai pagar alguém que está lá atrás na frente de outro que
estava mais à frente. Isso é possível excepcionalmente, se houver
justificativa e se a autoridade competente avisar ao Tribunal de Contas e
à Controladoria interna de auditoria que pagou fora da ordem, ou seja,
para pagar fora da ordem cronológica de apresentação, a autoridade tem
que justificar e contar que fez assim, nas seguintes situações:
da missão institucional.
§ 1º A antecipação de pagamento
somente será permitida se propiciar
sensível economia de recursos ou se
representar condição indispensável para
a obtenção do bem ou para a prestação
do serviço, hipótese que deverá ser
previamente justificada no processo
licitatório e expressamente prevista no
edital de licitação ou instrumento formal
de contratação direta.
Pagar antecipadamente era risco, então a lei fala que, para acautelar a
Administração em razão desse risco, é possível que a Administração exija
uma garantia adicional que não é aquela garantia do contrato. Aqui, são
garantias da entrega porque já foi pago.
A lei já falou isso várias vezes e está falando de novo, só que a lei traz
uma consequência para isso, a de nulidade e responsabilização. Vimos
que é cláusula necessária de todo contrato a indicação da dotação
orçamentária para o pagamento do contrato. A lei está dizendo que, se
não tiver dotação orçamentária e o orçamento, o contrato é ilegal e, além
de ilegal, a autoridade que deu causa vai ser responsabilizada.
O contrato está sendo executado, quem deve ficar de olho é quem está
trabalhando em volta dele, as autoridades que estão ali, só que o Jurídico
também vai analisar, depois ele vai passar para a auditoria, só que ainda
há os órgãos de controle externo, como a controladoria do ente e o
tribunal de contas. O objetivo é garantir a legalidade das contratações
públicas.