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Os contratos podem ser alterados pela administração com as devidas justificativas conforme
definido no art. 65 da lei 8.666/93. Toda alteração de cláusula contratual, preço ou prazo deve ser
formalizado mediante um Termo Aditivo de Contrato.
Um Termo Aditivo de Prazo visa prorrogar a obra ou serviço alterando apenas a sua vigência sem
alterar o valor pactuado, enquanto que, um Termo Aditivo de Preço altera apenas o preço
pactuado tendo em vista pagar uma quantidade maior ou descontar uma quantidade menor de
Bens, Obras ou Serviços previstos inicialmente no Projeto Básico ou Termo de Referência
conforme uma possível mudança na conveniência e oportunidade da administração devidamente
justificada.
A base de cálculo tem por finalidade evitar o fracionamento dos aditivos de preço.
Por exemplo, no caso geral em que o limite é 25% não será possível aditivar 15% e depois mais
15% do valor inicial (seria 30%) e nem 15% e depois mais 10% em cima do valor inicial já
acrescido dos 15% do último acréscimo (somaria 26,5%, visto ser um acréscimo por cima do
outro).
Observe que, mesmo que o contrato tenha um aditivo de prazo prorrogando-o por mais um ano
com o valor acrescido no limite não será possível fazer novos acréscimos em hipótese nenhuma
durante essa nova vigência. Todavia, o contrato pode ser prorrogado com o valor inicial (sem o
acréscimo) e aí sim poderá ser alterado novamente dentro dos limites legais, caso haja
necessidade e, sempre, devidamente justificado.
Cuidado para não confundir Aditivo de Preço com Reajuste de contrato. O reajuste visa atualizar
o valor do contrato por um índice financeiro para fins de compensar a perda do valor aquisitivo da
moeda.
A publicação resumida dos aditamentos na imprensa oficial, que é condição indispensável para
sua eficácia, deve ser providenciada pela Administração até o quinto dia útil do mês seguinte ao
de sua assinatura, para ocorrer no prazo de vinte dias daquela data, qualquer que seja o seu
valor, ainda que sem ônus, ressalvado o disposto no art. 26 desta Lei, conforme parágrafo único
do art. 61 da Lei 8.666/93.
Não cabe aditivos de preço por atraso na obra por culpa exclusiva da contratada - Acórdão TCU
n° 178/2019 Plenário.
É muito importante que o aditivo de preço seja estritamente necessário e sua execução seja
cumprida integralmente sem qualquer sinal de superfaturamento ou qualquer outro indício de
dano na prestação desses serviços.
Peça que a empresa manifeste interesse de renovar o contrato com a devida antecedência!
Como fundamento toma-se por analogia o art. 30, §10º "Os profissionais indicados pelo licitante
para fins de comprovação da capacitação técnico-profissional de que trata o inciso I do §1º deste
artigo deverão participar da obra ou serviço objeto da licitação, admitindo-se a substituição por
profissionais de experiência equivalente ou superior, desde que aprovada pela administração”
(grifos nossos).
A título referencial, o Tribunal de Contas da União (TCU), por sua vez, também já se manifestou
nesse mesmo sentido:
Convém mencionar, a propósito, a redação do art. 313 da Lei 10.406/02 (Código Civil Brasileiro),
segundo a qual o credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, ainda
que mais valiosa. Assim, em se verificando que a substituição da marca poderá causar prejuízos
à execução do contrato e, por conseguinte, ao interesse público envolvido (ex. a troca poderá
prejudicar a padronização já implantada para facilitar os trabalhos na Entidade), poderia a
Administração recusar-se à substituição proposta pelo Contratado.
No âmbito do direito privado, é regra que o credor não está obrigado a aceitar prestação
distinta daquela objeto do contrato, ainda que mais valiosa ou vantajosa. Prestigia-se o
postulado da autonomia de vontade, impondo-se ao devedor sujeição aos termos estritos de sua
vinculação. O bem objeto da prestação não pode ser alterado sem concordância de ambas as
partes contratuais. A oposição do credor, mesmo que irracional, não comporta repúdio do Direito.