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BANCARIOS
APRESENTAÇÃO DO CURSO
Querido aluno e futuro servidor do Banco do Nordeste... abaixo
preparei um matéria conforme nossas aulas. Será D+. Curso 100%
atualizado, novidades, focado no edital anterior, mas que será
atualizado assim que o novo edital for publicado, muito em breve por
sinal.
Conteúdos que serão abordados por mim: AULA 1: Apresentação do
curso.
AULA 2: instituições do Sistema Financeiro Nacional – tipos,
finalidades e atuação. Banco Central do Brasil e Conselho Monetário
Nacional – funções e atividades.
AULA 3: Instituições Financeiras Oficiais Federais – papel e atuação.
AULA 4: Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB).
AULA 5: conta corrente: abertura, manutenção, encerramento,
pagamento. Convênios de arrecadação/pagamentos (concessionárias
de serviços públicos, tributos, INSS e folha de pagamento de clientes).
Depósitos à vista. Depósitos a prazo (CDB e RDB). Fundos de
Investimentos.
Caderneta de poupança.
AULA 6: Títulos de capitalização. Planos de aposentadoria e de
previdência privados. Seguros.
AULA 7: Cheques – devolução de cheques e cadastro de emitentes de
cheques sem fundos (CCF), Serviço de Compensação de Cheque e
Outros Papéis.
Depois de tudo isso teremos uma aula extra com somente exercícios.
Sim, eu sei que você como aluno da Casa do Concurseiro tem acesso as
questões comentadas em vídeo, que são milhares.. mas resolver
questões nunca é demais né?
AULA 8: Resolução de questões.
Se você leu bem o edital, viu que alguns assuntos que constam em
conhecimentos específicos não foram abordados nas aulas. Sim,
existem alguns tópicos que serão abordados por outros amigos: Lucas,
Tati e Giuliano. Tenho certeza que você vai adorar as aulas e o
material deles.
No último concurso essa parte do conteúdo que irei te ajudar, foi
responsável por 17 questões!
Além disso o nosso conteúdo tem peso 2, não se esqueça disso!
Nosso foco de estudos será com o objetivo de responder questões da
CESPE. Sim, eu sei que não definimos ainda qual a banca
organizadora, mas quem estiver preparado para enfrentar as
assertivas da cespe, está pronto para detonar qualquer banca. Após a
publicação do edital ajustaremos o nosso foco ok?
www.acasadoconcurseiro.com.br 745
2006
4,5%
2%
2,5% a 6,5%
3,14%
NÃO
2007
4,5%
2%
2,5% a 6,5%
4,46%
NÃO
2008
4,5%
2%
2,5% a 6,5%
5,90
NÃO
2009
4,5%
2%
2,5% a 6,5%
4,31
NÃO
2010
4,5%
2%
2,5% a 6,5%
5,91
NÃO
2011
4,5%
2%
2,5% a 6,5%
6,50
NÃO
2012
4,5%
2%
2,5% a 6,5%
5,84
NÃO
2013
4,5%
2%
2,5% a 6,5%
5,91
NÃO
2014
4,5%
2%
2,5% a 6,5%
6,41
NÃO
SIM
2015
4,5%
2%
2,5% a 6,5%
10,67
http://www.bcb.gov.br/htms/
relinf/carta2016.pdf 2016
4,5%
2%
2,5% a 6,5%
2017
4,5%
1,5%
3% a 6%
As reuniões ordinárias7 acontecem oito vezes ao ano,
aproximadamente a cada seis semanas, e são realizadas em dois dias.
A primeira sessão começa na tarde de terça-feira, quando os chefes de
departamento fazem suas apresentações técnicas sobre a conjuntura
econômica e financeira. A reunião é concluída, normalmente, ao fim
da tarde do dia seguinte (quarta-feira), no qual participam apenas os
membros do Comitê e os diretores de Política Monetária e Política
Econômica, além do chefe do Depep, sem direito a voto. Após análise
das projeções atualizadas para a inflação, os diretores de Política
Monetária e de Política Econômica apresentam alternativas para a
taxa de juros de curto prazo e fazem recomendações acerca da
política monetária.
Em seguida, os demais membros do Copom fazem suas ponderações e
apresentam eventuais propostas. Ao final, procede-se a votação das
propostas, buscando, sempre que possível, o consenso. A decisão – a
meta para a Taxa Selic e o viés, se houver – é imediatamente
divulgada à imprensa, ao mesmo tempo em que é expedido
comunicado através do Sistema de Informações do Banco Central
(SisBacen). O Presidente tem direito ao voto decisório em caso de
empate na decisão da política monetária.
As atas em português das reuniões do Copom devem ser divulgadas no
prazo de até seis dias úteis após a data de sua realização, o que
normalmente acontece às 8h30 da quinta-feira da semana posterior a
cada reunião.
Ao final de cada trimestre civil (março, junho, setembro e
dezembro), o Copom publica o documento “Relatório de Inflação”,
que analisa detalhadamente a conjuntura econômica e financeira do
país, bem como apresenta suas projeções para a taxa de inflação.
7 Desde sua criação, o Copom reuniu-se apenas três vezes de forma
extraordinária.
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Aula 3
INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS OFICIAIS FEDERAIS – PAPEL E
ATUAÇÃO
Nessa aula vamos falar sobre os agentes especiais e também sobre o
Banco do Nordeste do Brasil – BNB. Vale lembrar mais uma vez que o
assunto BNB poderá ser cobrado tanto nas questões de conhecimentos
gerais quanto nas de conhecimentos específico.
Recebem o nome de agentes especiais as instituições que, mesmo
fazendo parte do subsistema operacional (intermediação), também
cumprem funções normativas. Normalmente estas atividades são
relacionadas a implementação das políticas econômicas do governo
federal.
O governo possui três grandes pilares (instituições financeiras), que
auxiliam na execução das suas principais políticas. São elas: Existem
outras instituições financeiras federais que também auxiliam o
governo na execução de políticas públicas, como o Banco do
Amazonas e o Banco do Nordeste, porém, essas instituições têm área
de atuação restrita, não atuando em todo o território nacional –
por esse motivo, não vamos equipará-las às instituições acima citadas.
3.1 Banco Do Brasil (BB) Criado pelo príncipe Dom João em sua
chegada ao Brasil, há mais de 200 anos, após ele ser obrigado a deixar
repentinamente Portugal, invadido pelas tropas de Napoleão, o Banco
do Brasil é a Instituição Financeira mais antiga do país.
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Aula 4
SISTEMA DE PAGAMENTOS BRASILEIRO (SPB) Sistema de
Pagamentos é o conjunto de regras, sistemas e mecanismos
utilizados para transferir recursos e liquidar operações financeiras
entre empresas, governos e pessoas físicas.
O Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) compreende as entidades,
os sistemas e os procedimentos relacionados com o processamento e a
liquidação de operações de transferência de fundos, de operações com
moeda estrangeira ou com ativos financeiros e valores mobiliários.
A estabilidade financeira é entendida como um bem público e sua
manutenção é uma das missões desempenhadas por diversos bancos
centrais. Os sistemas de pagamentos representam um pilar central de
sustentação da estabilidade financeira, sendo essencial que funcionem
de forma segura e eficiente.
Uma eventual falha na cadeia de pagamentos, mesmo que rara, pode
gerar importantes rupturas na confiança dos agentes e, portanto,
prejudicar o funcionamento adequado das transações econômicas. No
sentido de reduzir os riscos sistêmicos, os bancos centrais procuram
atuar para assegurar nível adequado de robustez e segurança aos
sistemas de pagamentos.
Os principais tipos de sistemas de liquidação utilizados por um
Banco Central são: www.acasadoconcurseiro.com.br 777
Aula 5
MEIOS DE CAPTAÇÃO
Existem dois tipo de contas: salário e conta de depósito. Já a conta
depósito pode ser de três tipos diferente, conforme ilustração a seguir:
1. Conta Salário: é uma conta aberta por iniciativa e solicitação do
empregador para efetuar o pagamento de salários aos seus
empregados. Essa conta não admite outro tipo de depósito além
daqueles realizados pela fonte pagadora e não é movimentável por
cheques. Pode ser utilizada também para o pagamento de proventos,
soldos, vencimentos, aposentadorias, pensões e similares.
2. Conta de depósito à vista: é o tipo mais usual de conta bancária.
Nela, o dinheiro do depositante fica à sua disposição para ser sacado a
qualquer momento. Popularmente conhecida como conta corrente.
3. Conta de depósito a prazo: é o tipo de conta onde o seu dinheiro
só pode ser sacado depois de um prazo fixado por ocasião do depósito.
Exemplo são os CDB’s e RDB’s.
4. Conta de poupança: criada para estimular a economia popular e
permite a aplicação de pequenos valores que passam a gerar
rendimentos mensalmente. Investidor pode sacar recurso a qualquer
momento, porém com risco de perda de rentabilidade, caso não
observe as datas de aniversário.
É proibido a cobrança de tarifas em conta-salário. Claro que essa
isenção só se aplica se o cliente não descaracterizar o tipo de cota,
movimentando uma conta-salário como uma conta de depósito. A
instituição financeira é obrigada a ofertar aos clientes de conta-
salário sem custo: www.acasadoconcurseiro.com.br 793
Aula 7
CHEQUES
7.1. O que é um cheque?
O cheque é uma ordem de pagamento à vista e um título de crédito.
O cheque é uma ordem de pagamento à vista, porque deve ser pago no
momento de sua apresentação ao banco sacado.
Ah professor, mas e os cheques pre-datados? Bom querido futuro
analista do BNB, sinto muito informar, mas legalmente não existe
cheque pré-datado, isso é apenas um acordo comercial entre as partes.
Dizer que o cheque é um título de crédito, nos permite concluir que o
mesmo poderá ser protestado ou executado em juízo.
Mas para entender melhor como isso funciona, devemos separar as
duas relações que existem em uma emissão de cheque: 1. Entre o
emitente do cheque e o banco.
2. Entre o emitente e beneficiário.
Vamos começar explicando qual a definição de emitente, banco e
beneficiário: • Emitente (emissor ou sacador): como nome já diz é
aquele que emite o cheque, cliente do banco, pessoa física ou jurídica.
• Beneficiário: que é a pessoa a favor de quem o cheque é emitido,
para quem passamos o cheque.
• Sacado: que é o banco onde está depositado o dinheiro do emitente.
Banco esse que concedeu as folhas de cheque para o cliente e o
autorizou a emitir.
Relação Jurídica 2
Relação Jurídica 1
www.acasadoconcurseiro.com.br 813
Edital
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS: 2. OPERAÇÕES DE CRÉDITO
BANCÁRIO: Fundamentos do crédito: a) conceito de crédito; b)
elementos do crédito; c) requisitos do crédito. Riscos da atividade
bancária: a) de crédito; b) de mercado; c) operacional; d) sistêmico; e)
de liquidez. Principais variáveis relacionadas ao risco de crédito: a)
clientes; b) operação. Tipos de operações de cré-
dito bancário (empréstimos, descontos, financiamentos e
adiantamentos). Operações de Cré-
dito Geral: a) crédito pessoal e crédito direto ao consumidor; b)
desconto de duplicatas, notas promissórias e cheques pré-datados; c)
contas garantidas; d) capital de giro; e) cartão de cré-
dito; f) microcrédito urbano. Operações de Crédito Especializado: a)
Crédito Rural: i) conceito, beneficiários, preceitos e funções básicas; ii)
finalidades: operações de investimento, custeio e comercialização; iii)
Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar
(PRONAF): base legal, finalidades, beneficiários, destinação,
condições. B) Crédito industrial, agroindustrial, para o comércio e
para a prestação de serviços: conceito, finalidades (investimento fixo e
capital de giro associado), beneficiários. Recursos utilizados na
contratação de financiamentos: i) Fundo Constitucional de
Financiamento do Nordeste (FNE): base legal, finalidades, regras,
administração; ii) BNDES/FINAME: base legal, finalidade, regras,
forma de atuação; iii) Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT): base
legal, finalidades, regras, forma de atuação. Microfinanças: base legal,
finalidade, forma de atuação.
BANCA: FGV
CARGO: Analista Bancário www.acasadoconcurseiro.com.br
Introdução Olá futuro (a) servidor (a) do BNB!!! Essa apostila foi
produzida baseada no edital do concurso anterior. Assim que sair o
edital novo, se houver novos temas, eu irei atualizar esse material
novamente, fique tranquilo.
Nesse material está uma parte de Conhecimentos Bancários (A outra
parte será estudada com o Prof. Edgar Abreu).
Abaixo estão os itens que serão abordados comigo: OPERAÇÕES DE
CRÉDITO BANCÁRIO: • Fundamentos do crédito: a) conceito de
crédito; b) elementos do crédito; c) requisitos do crédito. Riscos da
atividade bancária: a) de crédito; b) de mercado; c) operacional; d)
sistêmico; e) de liquidez. Principais variáveis relacionadas ao risco de
crédito: a) clientes; b) operação.
• Tipos de operações de crédito bancário (empréstimos, descontos,
financiamentos e adiantamentos). Operações de Crédito Geral: a)
crédito pessoal e crédito direto ao consumidor; b) desconto de
duplicatas, notas promissórias e cheques pré-datados; c) contas
garantidas; d) capital de giro; e) cartão de crédito; f) microcrédito
urbano.
• Operações de Crédito Especializado: a) Crédito Rural: i) conceito,
beneficiários, preceitos e funções básicas; ii) finalidades: operações de
investimento, custeio e comercialização; iii) Programa Nacional de
Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF): base legal,
finalidades, beneficiários, destinação, condições. B) Crédito industrial,
agroindustrial, para o comércio e para a prestação de serviços:
conceito, finalidades (investimento fixo e capital de giro associado),
beneficiários. Recursos utilizados na contratação de financiamentos:
i) Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE): base
legal, finalidades, regras, administração; ii) BNDES/FINAME: base
legal, finalidade, regras, forma de atuação; iii) Fundo de Amparo ao
Trabalhador (FAT): base legal, finalidades, regras, forma de atuação.
Microfinanças: base legal, finalidade, forma de atuação.
Bons estudos galera!!!
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Conhecimentos Bancários FUNDAMENTOS DO CRÉDITO
CONCESSÃO DE CRÉDITO NO BNB
O Banco do Nordeste adota dois modelos de avaliação de risco-cliente:
um Modelo Especialista (credit rating) e um Modelo Fundamentalista,
os quais consideram aspectos subjetivos e fatores objetivos. Ambos
utilizam os fatores de risco conhecidos mundialmente como “Cś do
crédito” – caráter, capacidade, condições, capital e colateral
(garantias), sendo diferenciados quanto ao processo de pontuação, o
especialista de modo automático e o fundamentalista com
interferência direta do analista responsável pelo estudo.
1. Caráter: referente ao histórico do solicitante quanto ao
cumprimento de suas obrigações financeiras e contratuais.
2. Capacidade: referente ao potencial do solicitante para quitar o
crédito solicitado.
3. Capital: referente à solidez financeira do solicitante.
4. Colateral: referente ao montante de bens colocados à disposição
pelo solicitante para garantir o crédito.
5. Condições: referente às condições econômicas e setoriais vigentes,
assim como elementos especiais que possam vir a afetar tanto o
solicitante como o credor.
Após definido, por critérios objetivos, qual o modelo aplicável ao
cliente ou projeto, se especialista ou fundamentalista, a sistemática de
avaliação de risco segue a mesma lógica.
Inicialmente são subdivididos os fatores de risco em subfatores e estes
podem assumir diversas situações, de acordo com as características
estruturais e conjunturais do cliente, de modo que são atribuídos
pesos a esses subfatores, em função das diversas situações que vão
desde a melhor à pior configuração possível PROBLEMAS NA
CONCESSÃO DE CRÉDITO
Sociedade de consumo em massa possuem necessidades concretas e
necessidades criadas ( status) e a necessidades são finitas; desejos,
infinitos.
Consumir deveria significar preencher necessidades e não satisfazer
desejos.
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RISCO OPERACIONAL
Risco operacional é a possibilidade de ocorrência de perdas
resultantes de falhas ou ações inadequadas de pessoas, falhas ou
inadequação de sistemas e processos ou de eventos externos, incluindo
riscos relacionados a questões legais.
RISCO DE CRÉDITO
Risco de crédito está associado a possíveis perdas que um credor possa
ter pelo não pagamento por parte do devedor dos compromissos
assumidos em uma data acertada, seja este compromisso os juros
(cupons) ou o principal. Há vários tipos de risco de crédito: um
investidor, ao comprar um título, sempre estará incorrendo em um ou
mais destes tipos de risco de crédito.
As empresas contratam as agências especializadas como Standard &
Poor’s e Moody’s para que elas classifiquem o risco de crédito
referente às obrigações que vão lançar no mercado (e que serão
adquiridas por investidores), como debêntures (bonds), commercial
papers, securitizações,etc O rating depende da probabilidade de
inadimplência da empresa devedora, assim como das características
da dívida emitida.
Quando uma empresa emite debêntures e não consegue honrar seus
pagamentos, seus investidores estão sujeitos a terem perdas
financeiras devidas o risco de crédito existente.
IMPORTANTE: Aplicação em ações NÃO possuem RISCO DE
CRÉDITO.
RISCO PAÍS
O risco país tem sua origem na possibilidade de um país não
honrar seus compromissos, ou seja, não ter capacidade de gerar
recursos para o pagamento de suas obrigações com credores externos.
O risco país também pode ser gerado pelo risco político ou soberano
quando se criam restrições ao livre fluxo de capitais, impondo
controles cambiais que Impossibilitam a remuneração dos
investidores externos.
Golpes militares, políticas econômicas, resultado de novas eleições
entre outros podem trazer este tipo de restrição.
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OPERAÇÕES DE CRÉDITO
CRÉDITO ROTATIVO
• Os contratos de abertura de crédito rotativo são linhas de crédito
abertas com um determinado limite e que o tomador utiliza à medida
de suas necessidades, ou mediante apresentação de garantias (em
alguns casos). Os encargos (juros e IOF) são cobrados de acordo com a
utilização dos recursos, da mesma forma que nas contas garantidas.
• O principal da dívida pode ser “rolado” e até mesmo os juros poderão
ser pagos com o próprio limite disponibilizado Exemplos: Cheque
especial, cartão de crédito e conta garantida.
CONTAS GARANTIDAS
• É um exemplo de crédito rotativo.
• Podem ser feitas por PF ou PJ; • São limites disponibilizados para o
cliente, com base em algum tipo de garantia (cheques, duplicatas,
recebíveis) e que são utilizados automaticamente quando ele não tem
saldo suficiente em sua conta corrente.
• Algumas contas garantidas têm apenas o caráter devedor, ou seja,
não permitem que seus clientes usem os recursos de forma
automática. Para utilizar os recursos, o cliente precisa informar
previamente ao banco.
• Os juros são calculados diariamente sobre o saldo devedor, e são
debitados num determinado dia do mês, previamente acordado.
DINHEIRO DE PLÁSTICO
Representam uma série de alternativas ao papel-moeda, cujos
objetivos são facilitar o dia-adia e incentivar o consumo.
Cartões Magnéticos:
• Utilizados para saques em terminais de autoatendimento; • Possuem
a vantagem de eliminar a necessidade de ida do cliente a uma agência
bancária; 838
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BNB (Analista Bancário) – Conhecimentos Bancários – Prof. Lucas
Silva • Não representam estímulo ao consumo; • Podem ser utilizados
como moeda em estabelecimentos que possuem POS; • São utilizados
para outros serviços, como obtenção de extratos, saldos, aplicações e
resgate sem fundos de investimento ou poupança.
Comentário: Apesar dos cartões estarem substituindo os cheques, ele
continua não tendo o seu curso forçado pelo banco central, ficando
assim opcional a sua aceitação pelo mercado.
CARTÕES DE CRÉDITO
As atividades de emissão de cartão de crédito exercidas por
instituições financeiras estão sujeitas à regulamentação baixada
pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e pelo Banco Central do
Brasil, nos termos dos artigos 4º e 10 da Lei nº 4.595, de 1964.
Todavia, nos casos em que a emissão do cartão de crédito não tem a
participação de instituição financeira, não se aplica a regulamentação
do CMN e do Banco Central Vendedor: • forte indutor do consumo;
• Rebate no preço das vendas (tarifas e prazo).
Comprador:
• Enquadramento das necessidades de consumo às disponibilidades de
caixa; • Ganhos sobre a inflação;
• Forte indutor do consumo.
Tipos:
• Quanto ao usuário: pessoa física ou empresarial • Quanto à
utilização: nacional ou internacional.
IMPORTANTE: Desde Junho/18 o CMN alterou o percentual de
pagamento mínimo das faturas de cartão de crédito. NÃO há mais
um limite mínimo (antes era 15%).
Porém o cliente pode pagar o mínimo da fatura apenas 1 vez, após
isso o banco deve ofertar um alinha de crédito com taxa de juros mais
baixas.
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CREDIAMIGO
Hoje com 15 anos, o Crediamigo é o maior Programa de
Microcrédito Produtivo Orientado da América do Sul, que facilita o
acesso ao crédito a milhares de empreendedores pertencentes aos
setores informal ou formal da economia (microempresas,
enquadradas como Micro empreendedor Individual, Empresário
Individual, Autônomo ou Sociedade Empresária).
Segundo pesquisa, Programa ocupa mais de 60% do mercado de
microcrédito O Crediamigo faz parte do Crescer – Programa
Nacional de Microcrédito do Governo Federal – uma das estratégias
do Plano Brasil Sem Miséria para estimular a inclusão produtiva da
população extremamente pobre.
O Programa atua de maneira rápida e sem burocracia na concessão
de créditos em grupo solidário ou individual. Grupo solidário consiste
na união voluntária e espontânea de pessoas interessadas em obter o
crédito, assumindo a responsabilidade conjunta no pagamento das
prestações. A metodologia do aval solidário consolidou o Crediamigo
como o maior programa de micro crédito do país, possibilitando o
acesso ao crédito a empreendedores que não tinham acesso ao
sistema financeiro.
Associado ao crédito, o Crediamigo oferece aos empreendedores
acompanhamento e orientação para melhor aplicação do recurso, a
fim de integrá-los de maneira competitiva ao mercado. Além disso, o
Programa de Microcrédito do Banco do Nordeste abre conta corrente
para seus clientes, sem cobrar taxa de abertura e manutenção de
conta, com o objetivo de facilitar o recebimento e movimentação do
crédito.
Documentos necessários: CPF, Documento de Identificação com foto
e Comprovante de Residência atual.
Atendimento: Personalizado, feito no próprio local do
empreendimento; Liberação do empréstimo: no máximo sete dias
úteis após a solicitação; Valores: Inicialmente variam de R$ 100,00 a
6.000,00, de acordo com a necessidade e o porte do negócio; Os
empréstimos podem ser renovados e evoluir até R$ 15.000,00,
dependendo da capacidade de pagamento e estrutura do negócio,
permanecendo esse valor como endividamento máximo do cliente.
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Questões 1. (2014 – FGV) O Fundo Constitucional do Nordeste (FNE)
tem seus recursos administrados pelo Banco do Nordeste do Brasil
(BNB). Quanto a esse Fundo, analise as afirmativas a seguir: I. Na
formulação dos programas de financiamento do FNE, será observada
a proibição de aplicação de recursos a fundo perdido.
II. Os planos regionais de desenvolvimento poderão estabelecer
prioridades para fins de distribuição dos recursos entre os
beneficiários do FNE.
II. Os recursos do FNE devem ser aplicados no Nordeste, assim
compreendido como a região abrangida pelos Estados do Maranhão,
Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas,
Sergipe e Bahia.
Está(ão) correta(s) somente a(s) afirmativa(s): a) I e II; b) I e III; c) II
e III; d) II; e) I, II e III.
Gabarito: 1. A www.acasadoconcurseiro.com.br 865
Conhecimentos Bancários – Aspectos Jurídicos Professora Tatiana
Marcello www.acasadoconcurseiro.com.br
Edital
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS - ASPECTOS JURÍDICOS: 4.
ASPECTOS JURÍDICOS: noções de direito aplicadas às operações de
crédito: a) Sujeito e Objeto do Direito; b) Fato e ato jurídico; BANCA:
FGV
CARGO: Analista Bancário www.acasadoconcurseiro.com.br Aspectos
Jurídicos LEI Nº 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002 – CÓDIGO
CIVIL (artigos pertinentes) Institui o Código Civil.
II – os ébrios habituais e os viciados em tó-
xico;
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional
decreta e eu sanciono a III – aqueles que, por causa transitória ou
seguinte Lei: permanente, não puderem exprimir sua vontade; PARTE
GERAL
IV – os pródigos.
LIVRO I Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será regulada
por legislação especial.
Das Pessoas Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito anos completos,
quando a pessoa fica habilitada à TÍTULO I prática de todos os atos
da vida civil.
Das Pessoas Naturais Parágrafo único. Cessará, para os menores, a
incapacidade: I – pela concessão dos pais, ou de um deCAPÍTULO I les
na falta do outro, mediante instrumento DA PERSONALIDADE E
público, independentemente de homologa-DA CAPACIDADE
ção judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver
dezesseis anos Art. 1º Toda pessoa é capaz de direitos e deve-
completos; res na ordem civil.
II – pelo casamento; Art. 2º A personalidade civil da pessoa começa III
– pelo exercício de emprego público efe-do nascimento com vida; mas
a lei põe a salvo, tivo; desde a concepção, os direitos do nascituro.
IV – pela colação de grau em curso de ensi-Art. 3º São absolutamente
incapazes de exercer no superior; pessoalmente os atos da vida civil os
menores de 16 (dezesseis) anos.
V – pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de
relação de emprego, Art. 4º São incapazes, relativamente a certos
desde que, em função deles, o menor com atos ou à maneira de os
exercer: dezesseis anos completos tenha economia I – os maiores de
dezesseis e menores de própria.
dezoito anos; www.acasadoconcurseiro.com.br 871
Art. 6º A existência da pessoa natural termina CAPÍTULO II com a
morte; presume-se esta, quanto aos auDOS DIREITOS DA
PERSONALIDADE
sentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão
definitiva.
Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, Art. 7º Pode ser
declarada a morte presumida, os direitos da personalidade são
intransmissí-
sem decretação de ausência: veis e irrenunciáveis, não podendo o seu
exercí-
cio sofrer limitação voluntária.
I – se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo
de vida; Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a
direito da personalidade, e reclamar II – se alguém, desaparecido em
campanha perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções ou feito
prisioneiro, não for encontrado até previstas em lei.
dois anos após o término da guerra.
Parágrafo único. Em se tratando de morto, Parágrafo único. A
declaração da morte terá legitimação para requerer a medida
presumida, nesses casos, somente poderá prevista neste artigo o
cônjuge sobreviven-ser requerida depois de esgotadas as buste, ou
qualquer parente em linha reta, ou cas e averiguações, devendo a
sentença fi-colateral até o quarto grau.
xar a data provável do falecimento.
Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o Art. 8º Se dois ou mais
indivíduos falecerem na ato de disposição do próprio corpo, quando
im-mesma ocasião, não se podendo averiguar se portar diminuição
permanente da integridade algum dos comorientes precedeu aos
outros, física, ou contrariar os bons costumes.
presumir-se-ão simultaneamente mortos.
Parágrafo único. O ato previsto neste artigo Art. 9º Serão
registrados em registro público: será admitido para fins de
transplante, na forma estabelecida em lei especial.
I – os nascimentos, casamentos e óbitos; Art. 14. É válida, com
objetivo científico, ou al-II – a emancipação por outorga dos pais ou
truístico, a disposição gratuita do próprio corpo, por sentença do juiz;
no todo ou em parte, para depois da morte.
III – a interdição por incapacidade absoluta Parágrafo único. O ato
de disposição pode ou relativa; ser livremente revogado a qualquer
tempo.
IV – a sentença declaratória de ausência e Art. 15. Ninguém pode ser
constrangido a subde morte presumida.
meter-se, com risco de vida, a tratamento médiArt. 10. Far-se-á
averbação em registro público: co ou a intervenção cirúrgica.
I – das sentenças que decretarem a nulida- Art. 16. Toda pessoa tem
direito ao nome, nele de ou anulação do casamento, o divórcio, a
compreendidos o prenome e o sobrenome.
separação judicial e o restabelecimento da Art. 17. O nome da pessoa
não pode ser empre-sociedade conjugal; gado por outrem em
publicações ou represen-II – dos atos judiciais ou extrajudiciais que
tações que a exponham ao desprezo público, declararem ou
reconhecerem a filiação; ainda quando não haja intenção
difamatória.
Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em
propaganda comercial.
Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da
proteção que se dá ao nome.
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BNB (Analista Bancário) – Conhecimentos Bancários - Aspectos
Jurídicos – Profª Tatiana Marcello Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se
necessárias privado, regem-se, no que couber, quanto à administração
da justiça ou à manutenção da ao seu funcionamento, pelas normas
deste ordem pública, a divulgação de escritos, a transCódigo.
missão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da
imagem de uma pessoa po- Art. 42. São pessoas jurídicas de direito
público derão ser proibidas, a seu requerimento e sem externo os
Estados estrangeiros e todas as pes-prejuízo da indenização que
couber, se lhe atin-soas que forem regidas pelo direito internacio-
girem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, nal público.
ou se se destinarem a fins comerciais.
Art. 43. As pessoas jurídicas de direito público Parágrafo único. Em
se tratando de morto interno são civilmente responsáveis por atos ou
de ausente, são partes legítimas para re-dos seus agentes que nessa
qualidade causem querer essa proteção o cônjuge, os ascen-danos a
terceiros, ressalvado direito regressivo dentes ou os descendentes.
contra os causadores do dano, se houver, por parte destes, culpa ou
dolo.
Art. 21. A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a
requerimento do interessado, Art. 44. São pessoas jurídicas de direito
privado: adotará as providências necessárias para impeI – as
associações; dir ou fazer cessar ato contrário a esta norma.
II – as sociedades; (...) III – as fundações.
TÍTULO II IV – as organizações religiosas; V – os partidos políticos.
Das Pessoas Jurídicas VI – as empresas individuais de
responsabilidade limitada.
CAPÍTULO I
§ 1º São livres a criação, a organização, a es-DISPOSIÇÕES GERAIS
truturação interna e o funcionamento das organizações religiosas,
sendo vedado ao Art. 40. As pessoas jurídicas são de direito pú-
poder público negar-lhes reconhecimento blico, interno ou externo, e
de direito privado.
ou registro dos atos constitutivos e necessá-
rios ao seu funcionamento.
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno: § 2º As
disposições concernentes às associações aplicam-se subsidiariamente
às so-I – a União; ciedades que são objeto do Livro II da Parte II – os
Estados, o Distrito Federal e os Terri-Especial deste Código.
tórios;
§ 3º Os partidos políticos serão organizados III – os Municípios; e
funcionarão conforme o disposto em lei específica.
IV – as autarquias, inclusive as associações públicas; Art. 45. Começa
a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a
inscrição do V – as demais entidades de caráter público ato
constitutivo no respectivo registro, precedi-criadas por lei.
da, quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder
Executivo, averbando-se no reParágrafo único. Salvo disposição em
con-gistro todas as alterações por que passar o ato trário, as pessoas
jurídicas de direito públi-constitutivo.
co, a que se tenha dado estrutura de direito
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CAPÍTULO IV
Seção II DOS DEFEITOS DO
DO DOLO
NEGÓCIO JURÍDICO
Art. 145. São os negócios jurídicos anuláveis por Seção I dolo, quando
este for a sua causa.
DO ERRO OU IGNORÂNCIA Art. 146. O dolo acidental só obriga à
satisfação das perdas e danos, e é acidental quando, a seu Art. 138.
São anuláveis os negócios jurídicos, despeito, o negócio seria
realizado, embora por quando as declarações de vontade emanarem
outro modo.
de erro substancial que poderia ser percebido por pessoa de diligência
normal, em face das Art. 147. Nos negócios jurídicos bilaterais, o si-
circunstâncias do negócio.
lêncio intencional de uma das partes a respeito de fato ou qualidade
que a outra parte haja ig-Art. 139. O erro é substancial quando:
norado, constitui omissão dolosa, provando-se I – interessa à natureza
do negócio, ao obje-que sem ela o negócio não se teria celebrado.
to principal da declaração, ou a alguma das Art. 148. Pode também
ser anulado o negócio qualidades a ele essenciais; jurídico por dolo de
terceiro, se a parte a quem II – concerne à identidade ou à qualidade
aproveite dele tivesse ou devesse ter conheci-essencial da pessoa a
quem se refira a de-mento; em caso contrário, ainda que subsista
claração de vontade, desde que tenha influ-o negócio jurídico, o
terceiro responderá por ído nesta de modo relevante; todas as perdas
e danos da parte a quem ludi-briou.
III – sendo de direito e não implicando recusa à aplicação da lei, for o
motivo único ou Art. 149. O dolo do representante legal de uma
principal do negócio jurídico.
das partes só obriga o representado a responder civilmente até a
importância do proveito Art. 140. O falso motivo só vicia a declaração
de que teve; se, porém, o dolo for do representan-vontade quando
expresso como razão determi-te convencional, o representado
responderá so-nante.
lidariamente com ele por perdas e danos.
Art. 141. A transmissão errônea da vontade por Art. 150. Se ambas as
partes procederem com meios interpostos é anulável nos mesmos
casos dolo, nenhuma pode alegá-lo para anular o ne-em que o é a
declaração direta.
gócio, ou reclamar indenização.
Art. 142. O erro de indicação da pessoa ou da Seção III coisa, a que se
referir a declaração de vontade, DA COAÇÃO
não viciará o negócio quando, por seu contexto e pelas circunstâncias,
se puder identificar a coi- Art. 151. A coação, para viciar a declaração
da sa ou pessoa cogitada.
vontade, há de ser tal que incuta ao paciente Art. 143. O erro de
cálculo apenas autoriza a re-fundado temor de dano iminente e
considerável tificação da declaração de vontade.
à sua pessoa, à sua família, ou aos seus bens.
Art. 144. O erro não prejudica a validade do ne-Parágrafo único. Se
disser respeito a pes-gócio jurídico quando a pessoa, a quem a mani-
soa não pertencente à família do paciente, festação de vontade se
dirige, se oferecer para o juiz, com base nas circunstâncias, decidirá
executá-la na conformidade da vontade real do se houve coação.
manifestante.
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BNB (Analista Bancário) – Conhecimentos Bancários - Aspectos
Jurídicos – Profª Tatiana Marcello Art. 152. No apreciar a coação, ter-
se-ão em Seção VI conta o sexo, a idade, a condição, a saúde, o DA
FRAUDE CONTRA CREDORES
temperamento do paciente e todas as demais circunstâncias que
possam influir na gravidade Art. 158. Os negócios de transmissão
gratuita dela.
de bens ou remissão de dívida, se os praticar o Art. 153. Não se
considera coação a ameaça do devedor já insolvente, ou por eles
reduzido à in-exercício normal de um direito, nem o simples solvência,
ainda quando o ignore, poderão ser temor reverencial.
anulados pelos credores quirografários, como lesivos dos seus direitos.
Art. 154. Vicia o negócio jurídico a coação exer-
§ 1º Igual direito assiste aos credores cuja cida por terceiro, se dela
tivesse ou devesse ter garantia se tornar insuficiente.
conhecimento a parte a que aproveite, e esta responderá
solidariamente com aquele por per-
§ 2º Só os credores que já o eram ao tempo das e danos.
daqueles atos podem pleitear a anulação deles.
Art. 155. Subsistirá o negócio jurídico, se a coa-
ção decorrer de terceiro, sem que a parte a que Art. 159. Serão
igualmente anuláveis os contra-aproveite dela tivesse ou devesse ter
conheci-tos onerosos do devedor insolvente, quando a mento; mas o
autor da coação responderá por insolvência for notória, ou houver
motivo para todas as perdas e danos que houver causado ao ser
conhecida do outro contratante.
coacto.
Art. 160. Se o adquirente dos bens do devedor Seção IV
insolvente ainda não tiver pago o preço e este for, aproximadamente,
o corrente, desobrigar-DO ESTADO DE PERIGO
-se-á depositando-o em juízo, com a citação de todos os interessados.
Art. 156. Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da
necessidade de salvar-Parágrafo único. Se inferior, o adquirente, -se,
ou a pessoa de sua família, de grave dano para conservar os bens,
poderá depositar o conhecido pela outra parte, assume obrigação
preço que lhes corresponda ao valor real.
excessivamente onerosa.
Art. 161. A ação, nos casos dos arts. 158 e 159, Parágrafo único.
Tratando-se de pessoa não poderá ser intentada contra o devedor
insolven-pertencente à família do declarante, o juiz te, a pessoa que
com ele celebrou a estipulação decidirá segundo as circunstâncias.
considerada fraudulenta, ou terceiros adquirentes que hajam
procedido de má-fé.
Seção V
Art. 162. O credor quirografário, que receber do DA LESÃO
devedor insolvente o pagamento da dívida ainda não vencida, ficará
obrigado a repor, em pro-Art. 157. Ocorre a lesão quando uma pessoa,
veito do acervo sobre que se tenha de efetuar o sob premente
necessidade, ou por inexperiên-concurso de credores, aquilo que
recebeu.
cia, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor
da prestação oposta.
Art. 163. Presumem-se fraudatórias dos direitos § 1º Aprecia-se a
desproporção das prestados outros credores as garantias de dívidas
que ções segundo os valores vigentes ao tempo o devedor insolvente
tiver dado a algum credor.
em que foi celebrado o negócio jurídico.
Art. 164. Presumem-se, porém, de boa-fé e va-
§ 2º Não se decretará a anulação do negó-lem os negócios ordinários
indispensáveis à ma-cio, se for oferecido suplemento suficiente,
nutenção de estabelecimento mercantil, rural, ou se a parte favorecida
concordar com a ou industrial, ou à subsistência do devedor e de
redução do proveito.
sua família.
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TÍTULO IV
II – entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar; Da
Prescrição e da Decadência III – entre tutelados ou curatelados e
seus tutores ou curadores, durante a tutela ou curatela.
CAPÍTULO I DA PRESCRIÇÃO
Art. 198. Também não corre a prescrição: I – contra os incapazes de
que trata o art.
Seção I 3º;
DISPOSIÇÕES GERAIS
II – contra os ausentes do País em serviço Art. 189. Violado o direito,
nasce para o titular público da União, dos Estados ou dos Mu-a
pretensão, a qual se extingue, pela prescrição, nicípios; nos prazos a
que aludem os arts. 205 e 206.
III – contra os que se acharem servindo nas Art. 190. A exceção
prescreve no mesmo prazo Forças Armadas, em tempo de guerra.
em que a pretensão.
Art. 199. Não corre igualmente a prescrição: Art. 191. A renúncia da
prescrição pode ser ex-I – pendendo condição suspensiva; pressa ou
tácita, e só valerá, sendo feita, sem prejuízo de terceiro, depois que a
prescrição se II – não estando vencido o prazo; consumar; tácita é a
renúncia quando se presume de fatos do interessado, incompatíveis
com III – pendendo ação de evicção.
a prescrição.
Art. 200. Quando a ação se originar de fato que Art. 192. Os prazos
de prescrição não podem deva ser apurado no juízo criminal, não
correrá ser alterados por acordo das partes.
a prescrição antes da respectiva sentença definitiva.
Art. 193. A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de
jurisdição, pela parte a quem Art. 201. Suspensa a prescrição em
favor de um aproveita.
dos credores solidários, só aproveitam os outros se a obrigação for
indivisível.
Art. 194. (Revogado) Seção III Art. 195. Os relativamente incapazes e
as pes-DAS CAUSAS QUE
soas jurídicas têm ação contra os seus assistentes ou representantes
legais, que derem causa à INTERROMPEM A PRESCRIÇÃO
prescrição, ou não a alegarem oportunamente.
Art. 202. A interrupção da prescrição, que so-Art. 196. A prescrição
iniciada contra uma pes-mente poderá ocorrer uma vez, dar-se-á: soa
continua a correr contra o seu sucessor.
I – por despacho do juiz, mesmo incompe-Seção II tente, que ordenar a
citação, se o interes-DAS CAUSAS QUE IMPEDEM
sado a promover no prazo e na forma da lei processual; OU
SUSPENDEM A PRESCRIÇÃO
II – por protesto, nas condições do inciso Art. 197. Não corre a
prescrição: antecedente; I – entre os cônjuges, na constância da so-III
– por protesto cambial; ciedade conjugal; 882
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BNB (Analista Bancário) – Conhecimentos Bancários - Aspectos
Jurídicos – Profª Tatiana Marcello IV – pela apresentação do título de
crédito II – a pretensão do segurado contra o seguem juízo de
inventário ou em concurso de rador, ou a deste contra aquele, contado
o credores; prazo: V – por qualquer ato judicial que constitua a) para
o segurado, no caso de seguro de em mora o devedor;
responsabilidade civil, da data em que é citado para responder à ação
de indenização VI – por qualquer ato inequívoco, ainda que proposta
pelo terceiro prejudicado, ou da extrajudicial, que importe
reconhecimento data que a este indeniza, com a anuência do do
direito pelo devedor.
segurador; Parágrafo único. A prescrição interrompi-b) quanto aos
demais seguros, da ciência do da recomeça a correr da data do ato
que a fato gerador da pretensão; interrompeu, ou do último ato do
processo para a interromper.
III – a pretensão dos tabeliães, auxiliares da justiça, serventuários
judiciais, árbitros e Art. 203. A prescrição pode ser interrompida
peritos, pela percepção de emolumentos, por qualquer interessado.
custas e honorários; Art. 204. A interrupção da prescrição por um IV
– a pretensão contra os peritos, pela ava-credor não aproveita aos
outros; semelhante-liação dos bens que entraram para a for-mente, a
interrupção operada contra o co-deve-mação do capital de sociedade
anônima, dor, ou seu herdeiro, não prejudica aos demais contado da
publicação da ata da assembléia coobrigados.
que aprovar o laudo;
§ 1º A interrupção por um dos credores so-V – a pretensão dos
credores não pagos lidários aproveita aos outros; assim como a contra
os sócios ou acionistas e os liquidan-interrupção efetuada contra o
devedor so-tes, contado o prazo da publicação da ata de lidário
envolve os demais e seus herdeiros.
encerramento da liquidação da sociedade.
§ 2º A interrupção operada contra um dos § 2º Em dois anos, a
pretensão para haver herdeiros do devedor solidário não prejudi-
prestações alimentares, a partir da data em ca os outros herdeiros ou
devedores, senão que se vencerem.
quando se trate de obrigações e direitos indivisíveis.
§ 3º Em três anos:
§ 3º A interrupção produzida contra o prin-I – a pretensão relativa a
aluguéis de pré-
cipal devedor prejudica o fiador.
dios urbanos ou rústicos; Seção IV
II – a pretensão para receber prestações DOS PRAZOS DA
PRESCRIÇÃO
vencidas de rendas temporárias ou vitalí-
cias;
Art. 205. A prescrição ocorre em dez anos, III – a pretensão para
haver juros, dividen-quando a lei não lhe haja fixado prazo menor.
dos ou quaisquer prestações acessórias, Art. 206. Prescreve: pagáveis,
em períodos não maiores de um ano, com capitalização ou sem ela; §
1º Em um ano: IV – a pretensão de ressarcimento de enri-I – a
pretensão dos hospedeiros ou fornece-quecimento sem causa; dores de
víveres destinados a consumo no próprio estabelecimento, para o
pagamento V – a pretensão de reparação civil; da hospedagem ou dos
alimentos; www.acasadoconcurseiro.com.br 883
CONTRATOS DE EMPRÉSTIMO
Os contratos de empréstimo, previstos nos artigos 579 a 592 do CC se
dividem em duas categorias, mutuo e comodato.
Quais as principais diferenças entre eles: MUTUO
COMODATO
Empréstimo para consumo Empréstimo para uso Restituição de coisa
equivalente (dinheiro) Restituição é da própria coisa (modem de
internet) Pode ser gratuito ou onesoro Sempre gratuito Podemos
conceituar comodato como um negócio jurídico unilateral e gratuito,
por meio do qual uma das partes (comodante) transfere à outra
(comodatário) a posse de um determinado bem, móvel ou imóvel, com
a obrigação de o restituir.
O contrato de comodato tem como característica a gratuidade,
porque decorre de sua própria natureza, pois se assim não fosse,
confundiria com a locação.
Mutuo
O mútuo consiste em um “empréstimo de consumo”, ou seja, trata-se
de um negócio jurídico unilateral, por meio do qual o mutuante
transfere a propriedade de um objeto móvel fungível ao mutuário, que
se obriga à devolução, em coisa do mesmo gênero, qualidade e
quantidade.
Importante destacar que o contrato de mútuo acarreta a
transferência do domínio, o que não ocorre no comodato, permitindo
a alienação da coisa emprestada, ao passo que o comodatário é
proibido de transferir a coisa a terceiro.
Trata-se de um contrato temporário, pois se perpétuo fosse, estaria a
se falar de doação e não de mútuo.
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GARANTIAS FIDEIJUSSÓRIAS
Fiança A fiança é uma espécie de contrato através do qual uma
pessoa, o fiador, garante com seu patrimônio a satisfação de um
credor, caso o devedor principal, aquele que contraiu a dívida, não a
solva em seu vencimento.
Estamos diante de uma garantia fidejussória, ou seja, de natureza
pessoal lastreada pela confiança existente entre as partes, nesse
sentido, embora seja o patrimônio do terceiro que garanta o
pagamento do débito, ela se difere da garantia real, que vincula
determinado bem de propriedade do devedor ao cumprimento da
obrigação.
Explico, não é determinado bem do fiador que fica responsável pela
dívida, mas sim TODO seu patrimônio, presente e futuro.
A fiança tem natureza jurídica de contrato acessório e subsidiário,
pois ela assegura o cumprimento de um contrato principal ou de uma
carta.
Em regra, considera-se contrato gratuito, pois a ajuda prestada pelo
fiador ao afiançado não visa nenhuma contraprestação pecuniária, no
entanto pode ser oneroso, quando o afiançado remunera o fiador pela
fiança prestada, como no caso dos bancos, por exemplo.
Um dos principais efeitos decorrentes do contrato de fiança é o
benefício de ordem ou benefício de excussão. Este benefício configura
a possibilidade de o fiador, quando demandado, indicar os bens livres
e desembaraçados do devedor – isso é feito por um fenômeno
processual denominado chamamento ao processo.
O Código Civil, em seu artigo 823, permite ao fiador único limitar a
garantia a somente uma parte da dívida, contudo, também é
admitido, pelo artigo 830, do CC, que havendo mais de um fiador cada
um fixe no contrato a parte da dívida que toma sob sua
responsabilidade, caso em que ficará desobrigado do restante.
Um ponto importante é o que prevê o artigo 836, do CC “a obrigação
do fiador passa aos herdeiros; mas a responsabilidade da fiança se
limita ao tempo decorrido até a morte do fiador, e não pode
ultrapassar as forças da herança”.
Explico, se João é fiador de José em um contrato de aluguel com prazo
de 2 anos. Ao final do primeiro ano, estando com as prestações em dia,
João vem a falecer e José se torna devedor.
Nesse caso os herdeiros de João não vão responder pela dívida, pois a
responsabilidade da fiança se limita ao tempo decorrido até a morte
do fiador (e na morte estava em dia).
Aval
Aval quer dizer confiança, quer dizer apoio. Quem avaliza um título de
crédito está dizendo que irá pagar o título, caso o devedor não o faça.
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