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Se uma canção está em DÓ maior como exemplo, em uma música tonal autêntica, o acorde C
será sempre a referência. Mas hoje em dia, isso já está tudo muito misturado. Músicas com
intenção modal dentro de contextos tonais, o chamado NEOMODALISMO. Da mesma maneira,
em uma canção em tonalidade menor, o CENTRO TONAL é o acorde Im da tonalidade, como
exemplo: Cm.
Após um trecho da canção, houve uma modulação para a tonalidade HOMÔNIMA MAIOR, ou
seja, RÉ MAIOR e, nesse sentido, também houve todo o desenrolar na tonalidade maior,
ocorrendo diversas ferramentas que a harmonia oferece.
RÉ MENOR
RÉ MAIOR
Esse tipo de modulação entre tonalidades homônimas é muito comum, seja no samba, bossa
nova, sertanejo antigo etc… A canção está em tom maior e MODULA para tom menor e vice-
versa.
MODULAÇÃO PARALELA
Neste caso, houve uma modulação paralela.
“Modulação paralela é quando há mudança de tom para a tonalidade homônima maior ou
menor, “Dó maior – Dó menor”, “Ré menor – Ré maior” etc… Tal modulação é de certa forma
“suave”, isso pelo fato da permanência da mesma nota tônica da tonalidade em questão,
porém, podemos dramaticamente dar uma sensação de “alegria” ou “tristeza” utilizando essa
ferramenta. Vejamos”:
Observe que relatei que “podemos dramaticamente dar uma sensação de alegria ou tristeza
utilizando essa ferramenta”, que é a modulação paralela.
Repare na canção CHEGA DE SAUDADE o que o autor enfatiza na letra da mesma em ambas as
tonalidades:
TONALIDADE RÉ MENOR:
“Vai minha tristeza e diz a ela que sem ela não pode ser/ Diz‐lhe numa prece que ela regresse,
porque eu não posso mais sofrer”
TONALIDADE RÉ MAIOR:
“Mas, se ela voltar, se ela voltar que coisa linda, que coisa louca, pois há menos peixinhos a
nadar no mar, do que os beijnhos que eu darei na sua boca”
A primeira dá um ar de tristeza, solidão, sua amada se foi e seu profundo sofrimento por isso.