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BIOFÍSICA

BIOFÍSICA + FISIOTERAPIA = ENTENDER A FÍSICA DOS SISTEMAS BIOLÓGICOS

Biofísica é o estudo dos fenômenos físicos aplicados aos organismos vivos.

Funções existentes nos organismos vivos explicadas pelas leis da física teórica =
busca enxergar o ser vivo como uma MATÉRIA que produz ENERGIA, ocupa
ESPAÇO próprio e vivem na dimensão do TEMPO.

GRANDEZAS, QUALIDADES ou DIMENSÕES FUNDAMENTAIS

TEORIA DOS CAMPOS


matéria (corpos) e energia

● Toda matéria emite um Campo, que é a Energia. Essa Energia se


manifesta como uma Força, que pelo seu deslocamento é capaz de
produzir Trabalho.

matéria - energia - força - trabalho

O Campo se manifesta sob 3 formas

Gravitacional(G) Eletromagnética(EM) Nuclear(N)

Forças de atração Forças de atração e repulsão Forças de atração e


repulsão muito fortes Longas distâncias

A DIMENSÃO DO TEMPO

Toda interação é entre Corpos e Campos e se faz em um espaço de TEMPO


Ex: duas moléculas interagem entre o campo de uma e matéria da outra

Não há eventos instantâneos e nem tão pouco imediatos.

Campo Gravitacional

Como o Campo Gravitacional (G) está envolvido com os sistemas biológicos?


A atividade dos biossistemas no campo G

Se manifesta pelo MOVIMENTO–especial
de origem MUSCULAR

Essa atividade é o TRABALHO

A ação do campo G sobre os biossistemas



Ação sobre a circulação
Ação sobre as vísceras
Ação sobre a coluna vertebral

➔ Os seres vivos são dotados de mecanorreceptores (estímulos mecânicos),


barorreceptores (estímulos pressóricos) e receptores que indicam a direção
do centro gravitacional.

Campo Eletromagnético

Elétrico (E) e Magnético (M) Eletromagnético (EM)


↓ ↓
Possuem carga Não possui carga
(+ e -) (S e N) Não possui carga(radiação EM)

Como o eletromagnético(EM) está envolvido com os sistemas biológicos?

• Os seres vivos produzem os 3 campos


• Possui forças de atração e repulsão
• Presentes em todos os seres vivos em forma de calor (O calor sempre aparece em
qualquer
transformação ou processo que ocorra - 1° lei da termodinâmica – energia é
sempre convertida).

Radiação eletromagnética (sem carga)

Responsável pelo fenômenos de transformação da luz que incide nos olhos em


imagem (luz é transformada em potencial elétrico).

Campo Nuclear (N)

➔ Existe somente dentro dos limites do núcleo.


➔ Responsável por sustentar todas as estruturas derivadas do átomo.
TRABALHO

É a atividade final da Biologia



Definido, fisicamente, como o deslocamento de uma força dentro de um
campo que produz energia

CAMPO GRAVITACIONAL

A subida do sangue para a cabeça – TRABALHO ATIVO (contra a força


exercida pelo campo G)

• A descida do sangue para os pés – TRABALHO COMBINADO (ativo pela


contração cardíaca + passivo pela
ação da gravidade)

CAMPO ELETROMAGNÉTICO

• Sentido é sempre do MENOR para a MAIOR concentração = Transporte


ativo
• Se o sentido for do MAIOR para a MENOR concentração = Transporte
passivo

Quanto mais energia (calor), mais pressão, mais expansão, mais


movimento, menos certezas e menos ordem (maior a entropia)

Transporte de membranas

Membrana biológica

“A membrana biológica é uma estrutura fundamental para


compartimentação, ou seja, estabelece duas regiões separadas fisicamente
por uma barreira”

Necessárias para selecionar os ingredientes que devem passar tanto para
dentro como para fora

A MEMBRANA CELULAR É COMPOSTA POR UMA BICAMADA


LIPÍDICA QUE CONTÉM PROTEÍNAS DE TRANSPORTE.

A membrana é hidrofóbica, pois possui duas camadas lipídicas que limita a


difusão de moléculas de água e substâncias solúveis em água, pois isso
necessita de proteínas especiais para se difundirem (proteínas de
transporte), porém as substâncias lipossolúveis podem se difundir
diretamente através da substância lipídica.

Difusão simples: .A difusão simples pode ocorrer por duas vias: (1) através dos
interstícios da bicamada lipídica, se a substância difusora for lipossolúvel; e (2)
através de canais aquosos de grandes proteínas de transporte na membrana
(osmose).
Exemplo de substâncias lipossolúveis: oxigênio, nitrogênio, dióxido de carbono e
álcoois.

Poros – aquaporinas
Difusão das moléculas de água e outras moléculas insolúveis em lipídios (hidrossolúveis)

Poros
• Compostos de proteínas integrais da membrana celular que formam tubos abertos através
da membrana e estão sempre abertos.
• Aquaporinas

Canais proteicos
• São seletivamente permeáveis a certas substâncias.
• Podem ser abertos ou fechados por comportas que são reguladas por sinais elétricos
(canais dependentes de voltagem) ou produtos químicos que se ligam às proteínas do canal
(canais dependentes de ligantes).
Muitos canais proteicos são altamente seletivos para o transporte de um ou mais íons
ou moléculas específicas.
• Canais de potássio permitem a passagem de íons potássio através da membrana celular
• Canais de sódio permitem a passagem de íons sódio através da membrana celular

Canais dependentes de voltagem ou de ligantes

• Variação de voltagem = a abertura do canal responde ao potencial


elétrico (potenciais de ação nos nervos)

• Variação química (ligante) = os canais são abertos pela ligação de


uma substância química (um ligante) com a proteína (exemplo:
neurotransmissor acetilcolina no receptor de acetilcolina)

Difusão facilitada

● Requer a interação de uma proteína transportadora.

● A proteína transportadora auxilia na passagem de moléculas ou íons através da


membrana ligando-se quimicamente a eles e conduzindo-os através da membrana
nesta forma.

DIFERENÇA

• Difusão simples: á medida que a concentração da substância difusora aumenta, a taxa de


difusão simples continua a aumentar proporcionalmente;

• Difusão facilitada: a taxa de difusão não pode aumentar além do nível de Vmáx.

A velocidade na qual as moléculas podem ser transportadas por esse mecanismo nunca
pode ser maior do que a velocidade na qual a molécula da proteína transportadora pode
sofrer mudanças para a frente e para trás entre seus dois estados.

Substâncias que atravessam as membranas celulares por difusão facilitada=Glicose e a


maioria dos Aminoácidos

GLUT4, é ativado pela insulina, que pode aumentar a velocidade de difusão facilitada da
glicose em até 10 a 20 vezes em tecidos sensíveis à insulina. Esse é o principal mecanismo
pelo qual a insulina controla o uso de glicose no corpo.

Difusão (simples e facilitada)


A velocidade efetiva de difusão é proporcional à diferença de concentração através da
membrana.

Fluxo efetivo ocorre da MAIOR para a MENOR concentração = sem gasto de energia.
OSMOSE - difusão efetiva da água

Água é uma molécula polar que sofre difusão muito rápida na membrana
por meio de proteínas conhecidas como AQUAPORINAS

distribuídas de formas diferentes entre as células rins possuem muitas aquaporinas – regula
a excreção de água na urina

A osmose ocorre da água pura para a solução de cloreto de sódio.

Transporte ativo

Mecanismos capazes de realizar transporte ATIVO



Contra o GRADIENTE de CONCENTRAÇÃO – necessitam de gasto energético para
acontecer (íons sódio, potássio, cálcio, ferro, hidrogênio, cloreto, iodeto e urato, vários
açúcares diferentes).

Transporte ativo primário = A energia é derivada diretamente da quebra do trifosfato de


adenosina (ATP) sódio, potássio, cálcio, hidrogênio, cloreto e alguns outros íons.

Transporte ativo secundário = A energia é derivada secundariamente da energia que foi


armazenada na forma de diferenças de concentração iônica de substâncias moleculares ou
iônicas secundárias entre os dois lados de uma membrana celular, criada originalmente pelo
transporte ativo primário.

Ambos os casos, o transporte depende de proteínas transportadoras

TRANSPORTE ATIVO PRIMÁRIO - bomba de sódio-potássio (Na+/K+)

● Determina os gradientes de concentração de Na+ e K+

● Três Na+ são bombeados para fora a cada dois K+ bombeados para dentro.

VISTO QUE
● Em repouso há maior permeabilidade (mais canais passivos) ao K+ do que Na+,
levando a um vazamento de Na+ para dentro da célula e de K+ para fora da célula.

Transporte ativo primário de íons cálcio – bomba de cálcio

• Os íons cálcio possuem concentração extremamente baixa no citosol intracelular Duas


bombas de cálcio de transporte ativo primário

1. Na membrana celular = bombeia cálcio para o exterior da célula.


2. A outra = bombeia cálcio para uma ou mais das organelas vesiculares intracelulares
(retículo sarcoplasmático e mitocôndrias)
Transporte ativo primário de íons hidrogênio

Importante em dois locais do corpo:


(1) nas glândulas gástricas do estômago (secreção de ácido clorídrico – íons de
hidrogênio + cloreto);
(2) nos túbulos contorcidos distais e nos ductos coletores corticais dos rins (eliminar
excesso de íons hidrogênio dos líquidos corporais).

TRANSPORTE ATIVO SECUNDÁRIO

Cotransporte = A difusão do sódio pode puxar outras substâncias junto através da


membrana celular

Contratransporte = A energia liberada pela ação do íon sódio que se move para o interior
faz com que a outra substância se mova para o exterior.

Cotransporte de glicose e aminoácidos junto com os íons sódio

Cotransporte sódio-glicose
• A proteína transportadora tem dois sítios de ligação, um para o sódio e outro para a
glicose.
• Quando o sódio e a glicose se fixam, ocorre ativação da proteína transportadora, e ambos
são transportados para o interior da célula ao mesmo tempo.
Cotransporte sódio-aminoácido
• Ocorre da mesma maneira
Ocorrem especialmente através das células epiteliais do trato intestinal e dos túbulos renais
dos rins

Contratransporte de sódio e de íons cálcio e hidrogênio

Contratransporte de sódio-cálcio
• Íons sódio movendo-se para o interior e os íons cálcio para o exterior. Contratransporte de
sódio-hidrogênio
• Íons sódio se movem do lúmen do túbulo renal para o interior da célula tubular e os íons
hidrogênio são contratransportados para o lúmen do túbulo.

Endocitose e exocitose
Não exige a passagem das moléculas através da matriz estrutural da membrana plasmática

Endocitose

Endocitose mediada por receptores = uma célula reconhece um ligante extracelular


específico, que se liga a um receptor da membrana plasmática.A ligação desencadeia o
processo de endocitose.

Pinocitose = os solutos pequenos e a água são incorporados inespecificamente na célula


Fagocitose = (células do sistema imune) células incorporam bactérias ou grandes
partículas, como restos celulares de tecidos danificados

Exocitose

A exocitose desempenha duas funções para as células:

(1) ela fornece uma maneira de repor partes da membrana plasmática que foram removidas
por endocitose e, no processo, também uma maneira de acrescentar novos componentes
da membrana; e

(2) ela fornece uma rota pela qual moléculas impermeáveis à membrana (como hormônios
proteicos) sintetizadas pela célula podem ser secretadas no líquido extracelular.

SIMPLES- passa pela bicamada (canais ou poros)


DIFUSÃO- PASSA SOLUTO
FACILITADA- passa por meio de proteínas
TRANSPORTE ATIVO- não gasta ATP a favor do gradiente de concentração
OSMOSE- PASSA SOLVENTE

PASSA SOLUTOS POR PROTEÍNA- PRIMÁRIO BOMBA DE SÓDIO E POTÁSSIO BOMBA


DE CÁLCIO BOMBA DE HIDROGÊNIO

SECUNDÁRIO COTRANSPORTADOR -(sódio-glicose e sódio-aminoácido)


CONTRATRANSPORTADOR (sódio-cálcio e sódio-hidrogênio)

TRANSPORTE ATIVO- Gasta ATP, Contra o gradiente de concentração

POTENCIAL DE AÇÃO

Seres vivos são máquinas elétricas – seus elementos produzem ou usam eletricidade por
mecanismos passivos e ativos

As células vivas apresentam o interior NEGATIVO e o exterior POSITIVO, pois existem


ânions impermeáveis pela membrana no interior celular (proteínas e fosfatos)

Potencial de
REPOUSO
Estado estacionário

Potencial de AÇÃO
Variação da propagação
brusca do potencial
POTENCIAL DE REPOUSO
RESUMINDO
• A bomba de sódio-potássio, movida por ATP, faz com que a maioria do potássio fique
dentro da célula, enquanto a maioria do sódio fica fora da célula.

• A membrana em repouso é altamente permeável ao potássio.

• Os ânions intracelulares (proteínas etc.) permanecem dentro da célula, pois, em razão do


tamanho de suas moléculas, eles não têm como sair. Dessa maneira se estabelece uma
negatividade na superfície interna da membrana.

POTENCIAL DE REPOUSO NA MEMBRANA DOS NEURÔNIOS


O potencial de repouso na membrana de fibras nervosas grandes

-70 milivolts

Quais os fatores que determinam o nível desse potencial de repouso?

Intracelular (ligeiramente negativo)



ânions impermeáveis à membrana celular como proteínas e fosfatos
+
Potássio

Pela ação da bomba de Na+/K+ que evita que o interior celular fique muito negativo,
mantendo o mesmo com valores próximos a −70 mV.

POTENCIAL DE AÇÃO

Situações fisiológicas determinam alterações no potencial elétrico da membrana em


repouso

DESPOLARIZAÇÃO = ↓ DDP

Abertura de canais de membrana (proteínas) que, no repouso, estão fechados devido
à diversas condições físicas e químicas do meio, tais como:

• alteração de campo elétrico (relativo à própria DDP da membrana),


• alteração de pH,
• tensão mecânica sobre a membrana,
• alteração da temperatura,
• ação de substâncias químicas diversas (neurotransmissores, hormônios e
medicamentos) etc.

POTENCIAL DE AÇÃO NO NEURÔNIO

• Repouso: potencial de membrana negativo de –70 milivolts


• Despolarização: a membrana torna-se repentinamente permeável aos íons sódio, e o
interior celular fica carregado positivamente.
• Overshoot: quando o interior de uma célula se torna positivo em relação ao exterior.
• Repolarização: os canais de sódio começam a se fechar e os canais de potássio se
abrem em um grau maior do que o normal, provocando a difusão rápida de íons potássio
para o exterior, restabelecendo o potencial de membrana em repouso negativo normal.

O início do potencial de ação ocorre somente depois que o potencial limiar é alcançado (lei
do tudo ou nada)

Um potencial de ação não ocorrerá até que o aumento inicial no potencial de membrana
seja grande o suficiente para criar o feedback positivo. Isso ocorre quando o número de
íons sódio que entra na fibra é maior do que o número de íons potássio que sai da fibra.

Portanto, um aumento repentino no potencial de membrana em uma fibra nervosa calibrosa,


de −70 milivolts até cerca de −55 milivolts, geralmente causa o desenvolvimento explosivo
de um potencial de ação. Esse nível de – 55 milivolts é considerado o limiar para a
estimulação.

CANAIS DE SÓDIO E POTÁSSIO

• Em repouso = os canais tendem a fechar Duas diferenças permitem que esses canais
contribuam para a produção de potenciais de ação.

1. Os canais de Na+ dependentes de voltagem são mais rápidos e se abrem antes dos
canais de K+ dependentes de voltagem (despolarização). Já os canais de K+ dependentes
de voltagem demoram mais para fechar (repolarização)
2. Os canais de Na+ dependentes de voltagem apresentam uma característica extra em sua
estrutura conhecida como comporta de inativação que limita o fluxo de Na+ pelo bloqueio do
canal logo depois de a despolarização abri-lo. Quando a membrana repolariza, o canal
fecha, forçando a comporta de inativação de volta para fora do poro e possibilitando que o
canal retorne ao estado fechado.

1. Potencial de repouso
2. Despolarização (até atingir o limiar): estímulo despolarizante estimula a abertura de
alguns canais de Na+ dependentes de voltagem e ocorre influxo de Na+ até atingir o limiar
crítico.
3. Despolarização rápida: abre mais canais de Na+ dependentes de voltagem, o que
causa mais despolarização e assim por diante.
4. Despolarização (alcança o pico): a permeabilidade ao Na+ cai de maneira abrupta, à
medida que os portões de inativação rompem o ciclo do feedback positivo pelo bloqueio dos
canais de Na+ abertos.
5. Repolarização: abre canais de K+ dependentes de voltagem relativamente lentos, e o
resultante efluxo de K+ para fora da célula repolariza a membrana com rapidez em direção
ao seu valor de repouso
6. Pós-hiperpolarização: período em que a permeabilidade de K+ permanece acima dos
níveis de repouso
7. Potencial de repouso: canais de K+ se fecham e se restabelece a concentração de ions
intra e extracelular.

Período refratário
Durante o potencial de ação, um segundo estímulo, não importa o quão forte, nãoproduz um
segundo potencial de ação

• Período refratário absoluto = ocorre quando os canais de Na+ dependentes de voltagem


ou já estão abertos ou prosseguiram para o estado inativo durante o primeiro potencial de
ação. A comporta de inativação só irá se abrir após a repolarização e fechamento do canal
de Na+.
• Período refratário relativo = após o período refratário absoluto, alguns canais de Na+ já
retornaram ao estado de repouso, possibilitando magnitude de potencial de ação
temporariamente reduzida, pois o efluxo de alguns dos canais de K+ abertos se opõe à
despolarização produzida pela entrada de Na+, tornando mais difícil o alcance do limiar.

CONDUÇÃO DO IMPULSO

Ortodrômica - condução no sentido natural do neurônio.


Antidrômica - Condução se propaga no sentido contrário.

Sinapses (excitatórias e inibitórias)= impedem os impulsos antidrômicos.

CARACTERÍSTICAS ESPECIAIS DA TRANSMISSÃO DE SINAL EM TRONCOS


NERVOSOS

Fibras amielínicas(fibras calibrosas) - Membrana do axônio em contato direto com os


tecidos vizinhos

Fibras Mielínicas (fibras delgadas) - Membrana do axônio é envolvido pela células de


Schwann (lipoproteínas – mielina) intercaladas por nódulos de Ranvier onde acontece a
troca iônica

Condução saltatória Mais rápido e economiza mais energia Os potenciais de ação ocorrem
apenas nos nódulos.

Classificação das fibras nervosas periféricas

Se baseia no diâmetro e na velocidade de condução de cada fibra:

• Tipos A (mielínicas): fibras α, β, γ e δ


• Tipo C (amielínicas)

As gradações de intensidade do estímulo são sinalizadas pela participação de um número


variável de fibras paralelas no mesmo nervo (somação espacial) ou por uma mudança da
frequência de impulsos que se propagam em uma única fibra (somação temporal).
SISTEMA NERVOSO CENTRAL
80 e 100 bilhões de neurônios

• Fibras aferentes: sinais que chegam ao cérebro adentram esse neurônio por meio de
sinapses
• Fibras eferentes: sinais eferentes trafegam por um único axônio que deixa o neurônio que
pode possuir muitos ramos separados para outras partes do sistema nervoso ou da periferia
do organismo.

As sinapses determinam as direções em que os sinais nervosos se distribuirão pelo sistema


nervoso.

A ativação do receptor controla a abertura de canais por meio de:

• Receptores ionotrópicos: abre diretamente canais iônicos


• Receptores metabotrópicos: ativa um “segundo mensageiro”, que não é um canal iônico,
mas, sim, uma molécula que se estende pelo citoplasma celular e ativa uma ou mais
substâncias dentro do neurônio pós-sináptico.

REGISTRO DA BIOELETRICIDADE

Podemos registrar a DDP que se estabelece em um circuito de neurônios a partir de um


multímetro chamado de eletroencefalógrafo; do mesmo modo, podemos registrar a DDP
que se estabelece em um circuito de fibras musculares do coração por meio de um
multímetro chamado eletrocardiógrafo.

Contração muscular
COMPONENTES DA FIBRA MUSCULAR

• Mioblastos: forma as fibras musculares durante o período embrionário.


• Células satélites: regeneram fibras danificadas.
• Sarcolema: membrana da fibra muscular.
• Sarcoplasma: que consiste no citoplasma da fibra muscular (glicogênio e mioglobinas).
• Túbulos transversos: invaginações do sarcolema para o interior da fibra muscular.
• Mioglobinas: proteína de cor vermelha libera oxigênio necessitado pela mitocôndria.
• Miofibrilas: fazem com que a fibra muscular tenha aspecto estriado.
• Reticulo sarcoplasmático: envolve cada miofibrilas e armazena cálcio quando o músculo
está relaxado.

Componentes das miofibrilas: Filamentos e sarcômeros


Dentro das miofibrilas existem os filamentos

• Filamentos finos: actina


• Filamentos grossos: miosina

Há dois filamentos finos para um filamento grosso


• Sarcômeros: unidades básicas funcionais de uma miofibrila

• Linha Z: separam os sarcômeros


• Linha M - proteínas que mantem os filamentos grossos no centro da zona H (miomesina)
• Banda A – parte mais escuro e se estende por todo o filamento grosso e tem filamentos
finos nas extremidades (zonas de sobreposição)
• Banda I – parte mais clara e contém apenas filamentos finos
• Zona H – zona clara no centro da Banda A (contém apenas filamentos grossos)

Proteínas musculares

• Estruturas contráteis (geram forças): miosina (filamento grosso) e actina (filamento fino).
• Proteínas reguladoras (ativam e desativam o processo de contração): tropomiosina e
troponina (filamento fino).
• Proteínas estruturais: titina, a α-actinina, a miomesina, a nebulina e a distrofina (mantêm
os filamentos grossos e finos no alinhamento adequado, conferem à miofibrila elasticidade e
extensibilidade e ligam as miofibrilas ao sarcolema e à matriz extracelular).

MECANISMO GERAL DA
CONTRAÇÃO MUSCULAR

potencial de ação

abre canais de cálcio dependentes de voltagem

libera acetilcolina na placa motora

se liga a receptores e abre canais de sódio

despolarização local da placa motora, que se propaga por toda a fibra muscular por meio
dos túbulos T

RETÍCULO SARCOPLASMÁTICO (RS)

Ciclo da contração muscular

1. Libração de cálcio do RS
2. Calcio se liga a troponina
3. Troponina faz com que a tropomiosina
vá para longe dos locais de ligação da
miosina com a actina
4. Acontece as pontes transversas: miosina
se liga a actina
5. As pontes transversas gera força em direção a linha M – CONTRAÇÃO

Relaxamento muscular

1. O estimulo nervoso cessa


2. O RS retira o cálcio do fluido circulante por meio de uma bomba de Ca2+ da membrana.
3. A troponina cessa a hidrolise de ATP entre a actina e miosina e a contração é desativada
Contração isométrica
(isos, mesmo; metros, comprimento)

Músculo se contrai, sem alterar seu comprimento

Não há trabalho físico = produto da força x distância é nulo

É possível medir tensão e pressão

Contração isotônica
(isos, mesmo; tônus, força)

Músculo contrai e seu comprimento altera

Há trabalho físico

• Concêntrica: músculo encurta


• Excêntrica: músculo alonga (provoca mais dor e lesão as fibras)
BIOMECÂNICA

Para entender a mecânica do movimento humano, é necessário entender sobre


BIOMECÂNICA

A física analisa as forças mecânicas para entender os aspectos funcionais e anatômicos do
organismo das seguintes formas:

• Cinemática – estudo do tamanho, sequenciamento, cronologia do movimento, sem


referência de força que o causam ou que dele se resultam – DESCREVE A
APARÊNCIA DO MOVIMENTO

• Cinética – estuda as FORÇAS associadas aos movimentos

Sistemas de alavanca do corpo

Os músculos operam aplicando tensão aos seus pontos de inserção nos


ossos, e os ossos, por sua vez, formam vários tipos de sistemas de alavancas

Uma análise dos sistemas de alavancas do corpo depende do


conhecimento:
(1) do ponto de inserção do músculo;
(2) da sua distância do fulcro da alavanca;
(3) do comprimento do braço da alavanca; e
(4) da posição da alavanca.

Vetores - Indicam a direção o sentido e a magnitude das forças


Torque e Alavancas
No corpo humano, o braço de alavanca depende da
distância perpendicular entre a linha de ação do

músculo e o centro da articulação



Variam de acordo com os tipos de ALAVANCAS

Torque - é o produto da força (F) e a distância do braço de alavanca com relação ao seu
eixo rotacional.

Alavancas e Movimentos Musculares

Alavancas são instrumentos (braços) para modificar a FORÇA ou a VELOCIDADE

Alavancas são braços onde se aplicam:


• Um ponto de apoio
• Duas forças de oposição

• Ponto fixo (PF) = ponto de apoio – ponto pelo qual a alavanca poderá girar
• Força potente (Fp) = torque – força responsável pelo giro da alavanca, e depende da
força e distância
• Força resistente (Fr) – força que exerce resistência a força potente, ou seja, é a força que
se opõe ao giro da alavanca

Primeira classe
Interfixa

Segunda classe
Inter-resistente

Terceira classe
Interpotente
• Cuidados posturais são baseadas no sistema de alavancas.

Polias e tração terapêutica

O princípio que rege as polias é o mesmo que rege as alavancas



facilitar de algum modo o deslocamento de massas

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