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RESUMO -

● Anatomia do olho humano:


○ Corpo ciliar
■ Função: Ajusta o foco do cristalino, produz o humor aquoso e produz
e dá manutenção às zônulas de Zinn (que mantém o cristalino
suspenso).
○ Iris
■ Regula a quantidade de luz que entra no olho através do ajuste do
tamanho da pupila.
○ Cristalino
■ Também chamado de lente, ao mudar de formato, o cristalino
concentra luz na retina, contraindo para focalizar os objetos próximos
e relaxando para focalizar objetos distantes.
○ Córnea
■ A luz penetra no olho através da córnea, a camada clara e curva na
frente da íris e pupila. A córnea atua como camada protetora da parte
frontal do olho e também ajuda a concentrar a luz sobre a retina, no
fundo do olho.
○ Humor aquoso
■ Líquido que se encontra no segmento anterior e serve para nutrir as
estruturas internas do olho.
○ Humor Vítreo
■ Líquido gelatinoso que se encontra no segmento posterior (que se
estende desde a superfície posterior do cristalino até a retina).
○ Retina
■ Contém nervos que percebem a luz e são chamados de
fotorreceptores, dos tipos cones e bastonetes. Também contém vasos
sanguíneos que a nutrem. As imagens visuais são focadas na retina,
mas especificamente na mácula.
○ Mácula
■ É a área mais sensível da retina, sendo esta bem pequena,
possuindo milhões de fotorreceptores bem unidos entre si. Nela é
gerado uma imagem visual detalhada.
■ Estes fotorreceptores convertem a imagem em impulsos elétricos e,
no caso da mácula, são do tipo chamado cones.
○ Pupila
■ É o orifício por onde entra a luz que passa pelo cristalino.
○ Pálpebra
■ São dobras finas de pele e músculo que cobrem e protegem os olhos.
○ Conjuntiva
■ Membrana fina e transparente, que reveste a superfície da córnea.
Também cobre a úmida superfície posterior das pálpebras e do globo
ocular.
● Vídeo do site:
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/distúrbios-oftalmológicos/biologia-dos-olhos
/estrutura-e-função-dos-olhos?query=Humor%20aquoso
● Retina e a Geração da imagem:
○ A luz refletida no objeto, passando pelo segmento anterior, alcança a retina.
Ao chegar na retina, é gerada a imagem do objeto, sendo essa imagem Real,
invertida e menor.
● Resumo da relação básica anatômica da óptica do olho humano:
○ Sistema de lentes do olho:
■ Córnea: Por onde penetra a luz no olho.
■ Íris: Regula a quantidade de luz que entra no olho.
■ Pupila: Orifício por onde passa a luz para o cristalino, em direção à
retina.
■ Cristalino: A lente que concentra a luz na retina.
○ Retina: Onde se formam as imagens visuais.
● Cristalino e a distância dos objetos:
○ O cristalino é como uma lente convergente que contrai, relaxando os
ligamentos (corpo ciliar ou músculo ciliar), para focalizar objetos mais
próximos, e distende, tensionando os ligamentos, para focalizar objetos mais
distantes.
○ O nome que se dá à mudança de formato do cristalino, que tem por objetivo
a alteração do foco, é de acomodação.
○ Quando há a formação da imagem perfeitamente nítida, compreende-se que
o olho está no estado de emetropia, ou seja, o estado normal de um olho
saudável. As ametropias são erros de refração que dificultam a nitidez da
imagem na retina.
● Lei de Gauss (equação dos pontos conjugados)
○ Relaciona a posição do objeto, a posição da imagem e o foco do espelho;
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○ Equação: 𝑉 = 𝑓
= 𝑝
+ 𝑝'
;
■ f é a distância focal dada em metros;
■ p é a distância entre o eixo e o objeto dada em metros;
■ p’ é a distância entre o eixo e a imagem dada em metros;
■ V é o inverso do foco, ou seja, a vergência, cuja unidade de medida
SI é dioptrias (di).
● Sistema de lentes e a distância dos objetos:
○ A máxima e mínima distância entre o objeto e cristalino é de:
■ Máxima = ∞ m;
■ Mínima = 0,25 m (ou seja 25 cm).
○ A distância entre o cristalino e a retina é igual ao diâmetro do globo ocular.
Portanto, independe da distância entre o objeto e o cristalino.
○ Calculando a variação da vergência, é possível afirmar que o olho humano
tem a capacidade de convergir em até 4 dioptrias, ou seja, 4 graus.
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○ 𝑉𝑚í𝑛 − 𝑝𝑚á𝑥
= 𝑉𝑚á𝑥 − 𝑝𝑚í𝑛
;

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○ 𝑉𝑚á𝑥 − 𝑉𝑚í𝑛 = 𝑝𝑚á𝑥
+ 𝑝𝑚í𝑛
;
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○ 𝑉𝑚á𝑥 − 𝑉𝑚í𝑛 = 0 + 0,25
;
○ ∆𝑉𝑂𝑙ℎ𝑜 = 4 𝑑𝑖 (𝑜𝑢 𝑔𝑟𝑎𝑢𝑠) ;
○ Portanto, devido às questões anatômicas (distensão e contração do cristalino
para aumentar ou diminuir a vertência, de acordo à distância focal exigida) e
os princípios da refração da luz, não podemos enxergar simultaneamente
com nitidez objetos a distâncias diferentes.
● Miopia:
○ O olho míope tem o sistema de lentes do olho excessivamente
convergente, em relação ao diâmetro do globo ocular.
○ Portanto, quando a uma determinada longínqua distância (que varia de
acordo com o grau de miopia), em que há um determinado grau de distensão
do cristalino (redução da vergência), graças à convergência excessiva do
sistema de lentes do olho, o ponto focal da imagem gerada dentro do olho
acaba ocorrendo antes da retina, produzindo, por conseguinte, um borrão (ou
seja, uma imagem muito pouco nítida).
○ No olho míope, diferente do olho normal, existe uma determinada curta
distância até a qual o olho consegue enxergar com nitidez. Tal medida varia
de acordo com os graus de ametropia (ou os graus da lente de correção da
ametropia). Contudo, normalmente não se calcula a distância máxima ou
mínima na qual o olho com ametropia consegue enxergar. Se utiliza uma
fórmula para calcular o grau de ametropia, sendo que ela serve tanto para
miopia, quanto para hipermetropia e presbiopia (com exceção ao
astigmatismo, pois se trata de um caso mais complexo).
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■ 𝑉 = 𝑑𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑝𝑎𝑑𝑟ã𝑜
− 𝑑𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑝𝑟𝑜𝑏𝑙𝑒𝑚á𝑡𝑖𝑐𝑎
○ Como corrigir?
■ Lente divergente: alterando o ângulo de entrada da luz no sistema de
lentes, reduzindo a influência do “defeito” de convergência excessiva,
permitindo que a imagem seja convergida diretamente na retina.
● Hipermetropia:
○ O olho hipermetrope tem o sistema de lentes do olhos pouco convergente,
em relação ao diâmetro do globo ocular.
○ Portanto, quando a uma determinada curta distância, em que há um
determinado grau de contração do cristalino (aumentando a vergência),
graças à baixa convergência do sistema de lentes do olho, o ponto focal da
imagem gerada dentro do olho acaba ocorrendo após a retina, produzindo,
por conseguinte, uma imagem borrada (pouco nítida).
○ Como corrigir?
■ Lente convergente: reduzindo a influência da baixa convergência dos
“olhos”, uma vez que a lente gera uma imagem a uma longínqua
distância focal, fazendo com que o ponto focal que se encontrava
após, agora, esteja localizado na retina.
■ A equação para se descobrir o grau da lente corretiva é a mesma da
miopia.
● Astigmatismo:
○ Deformação no globo ocular, sistema da córnea ou no humor aquoso que
provoca uma variação na direção da convergência ou até mesmo na
distância do ponto focal de um conjunto de raios luminosos que adentram o
olho em angulações e direções diferentes. Como consequência dessa
variação, existirão mais de um ponto de convergência, gerando, por
conseguinte, mais de uma imagem.
○ Como corrigir?
■ Lentes cilíndrica e divergente : Com superfícies curvas em apenas
uma direção, essa lente focaliza a luz apenas em uma direção, e
deixa a imagem inalterada na outra direção, ou seja, a luz que
adentra na lente em uma determinada direção é desviada, de modo a,
ao passar pelo sistema de lentes do olho astigmático, ela penetrará
com os raios que, anteriormente, alcançavam a retina perfeitamente,
corrigindo, portanto, o problema da geração de mais de uma imagem
na retina.
● Presbiopia/Vista cansada:
○ Perda da capacidade de variar a vergência do cristalino (de acomodar a
visão para perto).
○ A presbiopia é ocasionada pela perda da capacidade de acomodação do
cristalino e dos músculos ciliares, reduzindo a capacidade de convergir os
raios luminosos, fazendo com que o ponto focal seja posterior à retina e
gerando uma imagem, de um objeto a uma curta distância, borrada.
○ Como corrigir?
■ Lentes progressivas ou multifocais: São lentes que fazem a transição
entre graus de vergência de maneira progressiva e suave. Podem ser
personalizadas para oferecer maior conforto visual e mais facilidade
na adaptação, porém, quanto ao padrão, ela normalmente é mais
convergente em baixo (para enxergar a uma curta distância) e vai
reduzindo a convergência até chegar na parte superior da lente (para
se enxergar a uma longa distância).
■ Lentes bifocais: É uma tecnologia mais antiga. Normalmente a
transição entre os graus de vergência é brusca e é evidente a
divisória entre os graus na lente.

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