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Direito Desportivo

Unidade:
Infrações e Penalidades

Responsável pelo Conteúdo:


Prof. Ms. Paulo Celso Sanvito

Revisão Textual:
Profa. Dra.Rosemary Toffoli
zzzzzzzzzzzzzzz

Orientação de Estudos

Olá caros alunos,

Iniciaremos os estudos desta unidade, com a análise das regras gerais que
orientam a aplicação das medidas disciplinares, seus principais institutos e
princípios, com importante destaque às basilares lições decorrentes da atuação do
Direito Penal na esfera desportiva.

Prosseguiremos com o exame das infrações propriamente ditas, com


destaque para os fatos típicos mais frequentes em provas, torneios e campeonatos.

Concluiremos, então, esta unidade com a apreciação das regras de gerais e


de transição para a adoção das normas introduzidas ou alteradas pela Resolução
CNE nº 29 de 2009, concluindo assim nossa apreciação do Código Brasileiro de
Justiça Desportiva.

Vale mencionar que o estudo do tema convém ser complementado com a


leitura da bibliografia indicada no plano de Ensino, no texto base, além de uma
pesquisa na Biblioteca Virtual, na Biblioteca Central da Universidade e na Internet.

Sem a perfeita compreensão de todos os tópicos abordados nesta unidade,


seu estudo ficará prejudicado.

Bons estudos!

A T E NÇ Ã O: Para um bom aproveitamento do curso, leia o


material teórico atentamente antes de realizar as atividades. É
importante também respeitar os prazos estabelecidos no
cronograma.

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Contextualização

É certo que os assuntos relativos às infrações disciplinas e suas respectivas


penalidades fazem parte do cotidiano nacional, especialmente dos aficionados pela
chamada “paixão nacional”, que é o futebol.

Assim, o estudo desta Unidade mostra-se interessante, tanto no aspecto


jurídico, realizando a subsunção dos fatos ocorridos nos provas, torneios e
campeonatos às normas que regem a Justiça Desportiva, quanto no aspecto social,
facilitando o entendimento das regras que devem orientar o comportamento dos
atletas profissionais e não-profissionais, dentro e fora dos gramados, quadras,
pistas, piscinas e afins.

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1. Aspectos Gerais

O Livro II do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) é dedicado às


medidas disciplinares e versa sobre: a responsabilização pela atitude antidesportiva
praticada por menores de 14 (quatorze) anos; o concurso de pessoas; a extinção
da punibilidade; as penalidades e suas espécies e sobre a aplicação das
penalidades.

Vale mencionar que o referido Livro é iniciado pelo art. 153, que assim
estabelece: “É punível toda infração disciplinar tipificada no Código”.

Assevere-se que ninguém será punido por fato que lei posterior deixe de
considerar infração disciplinar, cessando, em virtude dela, a execução e os efeitos
da punição, cabendo destacar que aplica-se ao fato não definitivamente julgado, a
lei posterior que de outro modo favoreça o infrator. (art. 154)

Dessa forma, seguiu o CBJD, a matriz principiológica do Código Penal,


abraçando o princípio da irretroatividade da Lei: a lei tem eficácia a partir de sua
existência, sendo vedada, em regra, a aplicação da lei de forma retroativa, de
forma a atingir condutas anteriores à lei, salvo quando tratar-se de retroatividade
da lei mais benigna (princípio constitucionalmente assegurado como fundamental
ao Estado Democrático de Direito, consagrado pelo art. 5º, XL da Constituição
Federal de 1988).

O CBJD aderindo à teoria da atividade segundo a qual, para a


caracterização do tempo do crime, importa o instante da ação ou da omissão,
sendo irrelevante o momento da ocorrência do resultado, determina no art. 155:
“Considera-se praticada a infração no momento da ação ou omissão, ainda que
outro seja o momento do resultado.”

Infração disciplinar para os efeitos do código é toda ação ou omissão


antidesportiva, típica e culpável (art. 156). A omissão será juridicamente relevante
quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado, incumbindo o dever
de agir a quem tiver, por ofício, a obrigação de velar pela disciplina ou coibir
violências.

Estará a infração consumada quando nela reunirem-se todos os elementos


de sua definição. Será tentada, quando iniciada a execução, esta não se consuma
por circunstâncias alheias à vontade do agente (incisos I e II do art. 157).

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Por outro lado, será dolosa a infração sempre que o agente quiser o
resultado da infração ou assumir o risco de produzi-la (dolo direto e dolo eventual),
e culposa, quando o agente der causa ao resultado por imprudência, negligência
ou imperícia (incisos III e IV do art. 157).

As noções de desistência voluntária (art. 15 do CP), arrependimento eficaz


(art. 15 do CP) e crime impossível (art.17 do CP), previstas no Código Penal,
também são aplicadas no CBJD, no artigo 158 e no §2° do artigo 157,
respectivamente.

O erro quanto à pessoa contra a qual a infração é praticada não isenta o


agente de pena (art. 159 do CBJD). Aplica-se, de forma subsidiária, o art. 20, § 3º
do Código Penal.

Se a infração é cometida em obediência à ordem de superior hierárquico,


não manifestamente ilegal, ou sob coação irresistível, só é punível o autor da
ordem ou da coação (art. 160). Por outro lado, não há infração quando as
circunstâncias que incidem sobre o fato são de tal ordem que impeçam que do
agente se possa exigir conduta diversa (art. 161).

A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas naturais,


autoras, co-autoras ou partícipes do mesmo fato. A pessoa natural responsável pela
infração cometida por pessoa jurídica será considerada co-autora (art. 161-A)

De acordo com o art. 162 do CBJD, os menores de 14 (quatorze) anos são


considerados desportivamente irresponsáveis, ficando sujeitos, tão somente, a
orientações de caráter pedagógico, devendo na reincidência de prática de ato
antidesportivo ser responsabilizado o seu técnico ou representante legal na
respectiva competição.

Dispõe o art. 163 do Código que quem, de qualquer modo, concorre para a
infração, incide nas penas a esta cominadas, na medida de sua participação.

Por outro lado, segundo o art. 164, extingue-se a punibilidade: pela morte
da pessoa natural infratora; pela extinção da pessoa jurídica infratora; pela
retroatividade da lei que não mais considera o fato como infração; pela prescrição
e pela reabilitação.

O artigo 165-A do CBJD traz os prazos prescricionais das infrações, bem


como, a contagem dos prazos para o exercício da pretensão punitiva. Cabe
esclarecer que a pretensão punitiva disciplinar da Procuradoria prescreve em
sessenta dias, quando o Código não lhe haja fixado outro prazo (§ 2° do artigo
165-A).

Não haverá em nenhuma hipótese (art. 165-B) prescrição intercorrente.

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Interrompe-se a prescrição pela instauração do inquérito e pelo recebimento


da denúncia. A prescrição interrompida recomeça a correr do último ato do
processo que a interrompeu. Os prazos de prescrição ou decadência ficarão
suspensos durante período de recesso do órgão judicante; suspensa a prescrição, o
prazo remanescente será contado a partir do término do período de suspensão.

Os direitos relacionados às provas, torneios e campeonatos, salvo os


vinculados a infrações disciplinares, estão sujeitos à decadência, caso não sejam
exercidos durante a respectiva fase da competição.

2. Penalidades

Dispõe o art. 170 que às infrações disciplinares previstas no CBJD


correspondem às penas de:

I – advertência;
II – multa;
III – suspensão por partida;
IV – suspensão por prazo;
V – perda de pontos;
VI – interdição de praça de desportos;
VII – perda de mando de campo;
VIII – indenização;
IX – eliminação;
X – perda de renda;
XI – exclusão de campeonato ou torneio.

Ressaltam os §§ 1º, 2º e 3º que penas disciplinares não serão aplicadas a


menores de 14 (quatorze) anos, penas pecuniárias não serão aplicadas a atletas
não profissionais, e penas de eliminação não serão aplicáveis a pessoas jurídicas.

A suspensão do atleta poderá ser por partida ou por prazo.

Quando for por partida, deverá ser cumprida na mesma competição em que
se verificou a infração (regra geral – artigo 171). No entanto, quando a suspensão
não puder ser cumprida na mesma competição, campeonato ou torneio em que se
verificou a infração, deverá ser cumprida na partida, prova ou equivalente
subseqüente de competição, campeonato ou torneio realizado pela mesma
entidade de administração ou, desde que requerido pelo punido e a critério do
Presidente do órgão judicante, na forma de medida de interesse social.

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Quando a suspensão resultar de infração praticada em partida amistosa, a


suspensão será cumprida em partida da mesma natureza.

Sendo a suspensão aplicada por prazo, estará o punido privado de


participar de quaisquer competições na respectiva modalidade desportiva, de ter
acesso a recintos reservados de praça de desportos, de praticar atos oficiais e de
exercer qualquer cargo ou função e, poderes de entidades de administração de
desporto da modalidade e na Justiça Desportiva. (art. 172)

Poderá o presidente do órgão judicante, a requerimento do punido,


converter até metade da pena de suspensão por prazo em pena de execução de
atividade de interesse público.

A pena de interdição de mando de campo impede que se realize qualquer


partida na respectiva modalidade, até que sejam cumpridas as exigências impostas
na decisão (art. 174).

Já a pena de perda de mando de campo obriga a entidade penalizada a


disputar as suas partidas, provas ou equivalentes em local designado pela entidade
promotora da competição. É interessante destacar que a entidade de prática
punida com a perda de mando de campo fica obrigada a disputar suas partidas,
provas ou equivalentes, na mesma competição em que ocorreu a infração e
quando isso não for possível, a pena deverá ser cumprida em competição
subsequente da mesma natureza, independentemente da forma de disputa (art.
175).

Quanto às penas pecuniárias, estabelece o CBJD que, desde que requerido


pelo punido, até metade da pena pecuniária imposta poderá ser cumprida por
meio de medida de interesse social (art. 176-A, § 2º).

Convém mencionar que as entidades de prática desportiva são


solidariamente responsáveis pelas penas pecuniárias impostas a quaisquer pessoas
naturais que lhes sejam direta ou indiretamente vinculadas (§ 4º), sendo certo que
tal solidariedade não se afasta no caso de o infrator desligar-se da entidade e não
se transmite à nova entidade, à qual o infrator venha a se vincular (§ 5°).

Dispõe o art. 178 do Código que o órgão judicante, na fixação das


penalidades entre limites mínimos e máximos, levará em conta a gravidade da
infração, a sua maior ou menor extensão, os meios empregados, os motivos
determinantes, os antecedentes desportivos do infrator e as circunstâncias
agravantes e atenuantes.

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São circunstâncias que agravam a penalidade a ser aplicada, quando não


constituem ou qualificam a infração: ter sido praticada com o concurso de outrem;
ter sido praticada com o uso de instrumento ou objeto lesivo; ter o infrator, de
qualquer modo, concorrido para a prática de infração mais grave; ter causado
prejuízo patrimonial ou financeiro; ser o infrator membro ou auxiliar da justiça
desportiva, membro ou representante da entidade de prática desportiva, ser o
infrator reincidente (art. 179).

São circunstâncias que atenuam a penalidade: ser o infrator menor de


dezoito anos, na data da infração; não ter o infrator sofrido qualquer punição nos
doze meses imediatamente anteriores à data do julgamento; ter sido a infração
cometida em desafronta a grave ofensa moral; ter o infrator confessado infração
atribuída a outrem (art. 180).

O art. 182, por sua vez, estabelece que as penas serão diminuídas pelas
metade quando for cometida por pessoa física praticante de desporto não
profissional ou por entidade participe de competição que congregue
exclusivamente atletas não profissionais.

O CBJD, em seu art. 183, dispõe acerca da aplicação da penalidade àquele


que, mediante uma única ação, pratica duas ou mais infrações (concurso formal),
indicando que “quando o agente mediante uma única ação pratica duas ou mais
infrações, a pena maior absorve a de pena menor”.

O concurso material é aquele que ocorre quando o agente, mediante mais


de uma ação, ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não. O art.
184 do CBJD dispõe que quando o agente, mediante mais de uma ação ou
omissão, pratica duas ou mais infrações, aplicam-se cumulativamente as penas.

3. Infrações das Pessoas

A parte especial do Código Brasileiro de Justiça Desportiva foi inteiramente


revogada a partir de 31 de dezembro de 2009.

Foi a que mais sofreu os efeitos da reforma do código, promovida pela


Resolução CNE 29/2009. Diversos dos seus artigos foram revogados, outros
renumerados e tantos outros incluídos, com o intuito de dar uma melhor
sistematização ao código.

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4. Infrações Referentes à Organização, à Administração do


Desporto e à Competição

Dispõe o capítulo I do livro III do CBJD acerca das infrações praticadas


pelas entidades de administração do desporto, órgãos públicos do desporto e seus
dirigentes pelas entidades de prática desportiva e seus dirigentes.

Pode-se citar como exemplo a pena de multa prevista no art. 205 à


entidade de prática desportiva que der causa a não realização ou ao impedimento
do “prosseguimento de partida, prova ou equivalente que estiver disputando por
simulação de contusão, por insuficiência numérica intencional de seus atletas ou
por qualquer forma”.

Neste caso, a pena de multa para tal infração poderá ser imputada no
montante de R$ 100,00 (cem reais) a R$ 100.000,00 (cem mil reais), alargando o
âmbito da discricionariedade do julgador, e, viabilizando uma aplicação da pena
condizente com os princípios da proporcionalidade e da razoabilidade.

Na redação do art. 213 do CBJD, por exemplo, a intenção do legislador foi


responsabilizar objetivamente, com maior ou menor severidade, a depender da
situação fática, as entidades de prática desportiva por atos inconvenientes
praticados por seus torcedores.

Quando a desordem, invasão ou lançamento de objeto for de elevada


gravidade ou causar prejuízo ao andamento do evento desportivo, a entidade de
prática poderá ser punida com a perda do mando de campo de uma a dez
partidas, provas ou equivalentes, quando participante da competição oficial (§ 1º
do art. 213).

No entanto, caso a desordem, invasão ou lançamento de objeto seja feito


pela torcida da entidade adversária, tanto a entidade mandante como a entidade
adversária serão puníveis, mas somente quando comprovado que também
contribuíram para o fato (§ 2º do art. 213).

Relevante é salientar o disposto no § 3º do aludido prevê que a


comprovação da identificação e detenção dos autores da desordem, invasão ou
lançamento de objetos, com a apresentação à autoridade policial competente e
registro de boletim de ocorrência contemporâneo ao evento, exime a entidade de
responsabilidade, sendo também admissíveis outros meios de prova suficientes
para demonstrar a inexistência de responsabilidade.

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5. Infrações Referentes à Justiça Desportiva

O Capítulo II do livro III do Código dispõe sobre as infrações referentes à


Justiça Desportiva e no artigo 220-A pune a conduta de deixar de: colaborar com
os órgãos da Justiça Desportiva e com as demais autoridades desportivas na
apuração de irregularidades ou infrações disciplinares; comparecer,
injustificadamente, ao órgão de Justiça Desportiva, quando regularmente intimado,
e ainda de tomar providências para o comparecimento à entidade de
administração do desporto, ou a órgão judicante da Justiça Desportiva, de pessoas
que lhe sejam vinculadas, quando convocadas por seu intermédio.

A importância deste artigo decorre da necessidade de imposição de um


maior respeito aos tribunais desportivos cuja existência é prevista na Constituição
Federal de 1988, a partir da possibilidade de aplicação de multas àqueles que
descumprirem as suas determinações, deixando de colaborar, quando possível, na
apuração de irregularidades ou infrações disciplinares, bem como não
comparecendo aos seus órgãos injustificadamente, quando convocados.

Vale destacar o parágrafo primeiro do citado art. 220-A, que estabelece uma
importante previsão: a possibilidade de substituição da pena de multa pela
advertência, caso a infração seja de pequena gravidade. Ressalta-se, assim, que,
antes de tudo, o CBJD deve ter um caráter educativo, e não apenas retributivo.

Alguns outros aspectos valem ser observados: um deles é a disposição


normativa prevista no art. 220, que pune com suspensão de trinta a noventa dias,
e, na reincidência, com a gravíssima pena de eliminação àquelas autoridades
desportivas que não comunicarem, ao competente órgão judicante, a ocorrência
de falsidade documental, quando tiverem conhecimento do fato.

As mesmas penas são aplicáveis àqueles que prestarem depoimento falso


perante a Justiça Desportiva (art. 222).

Outro destaque é o art. 229 do Código, que pune com suspensão de


trezentos e sessenta a setecentos e vinte dias, além de eliminação, na reincidência,
aquele que der, oferecer ou aceitar vantagem a testemunha, perito, tradutor ou
intérprete, para fazer afirmação falsa, negar ou calar a verdade de depoimento,
perícia tradução ou interpretação.

Punido também será aquele que pleitear, antes de esgotadas todas as


instâncias da Justiça Desportiva, matéria referente à disciplina e competições
perante o Poder Judiciário, ou beneficiar-se de medidas obtidas pelos mesmos
meios por terceiro (art. 231).

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6. Infrações Contra a Ética Desportiva

Um dos capítulos do Código que mais sofreu alterações após a edição da


Resolução CNE 29/09, de 13.12.2009, foi, sem dúvidas, o capítulo V do Livro III,
referente às “infrações contra a ética desportiva”.

No que se refere às falsidades, pouco modificou a Resolução 29/09 em


relação às redações anteriores do código. A mudança mais significativa foi o
alargamento do âmbito de discricionariedade do julgador para a aplicação das
penas de multa, que passaram a variar, abstratamente, de R$ 100,00 (cem reais) a
R$ 100.000,00 (cem mil reais).

No que se refere à matéria referente à corrupção, concussão e prevaricação,


pouco mudou também.

A grande novidade foi a inclusão de sete novos artigos (243-A a 243-G),


tipificando condutas passíveis de serem praticadas por qualquer envolvido em
atividades desportivas sujeitas à regulação pelo Código, sistematizando antigas
condutas outrora tipificadas em outros capítulos do estatuto.

Com a Resolução 29/09, o art. 275 foi substituído pelo novo art. 243-A, que
pune a conduta “atuar, de forma contrária à ética desportiva, com o fim de
influenciar o resultado de partida, prova ou equivalente”, com multa, de R$100,00
(cem reais) a R$ 100.000,00 (cem mil reais), e suspensão de seis a doze partidas,
provas ou equivalentes, se praticada por atleta, mesmo se suplente, treinador,
médico ou membro da comissão técnica, ou pelo prazo de cento e oitenta a
trezentos e sessenta dias, se praticada por qualquer outra pessoa natural submetida
a este Código; no caso de reincidência, a pena será de eliminação.

No entanto, se do procedimento atingir-se o resultado pretendido, o órgão


judicante poderá anular a partida, prova ou equivalente, e as penas serão de
multa, de R$ 100,00 (cem reais) a R$ 100.000,00 (cem mil reais), e suspensão de
doze a vinte e quatro partidas, provas ou equivalentes, se praticada por atleta,
mesmo se suplente, treinador, médico ou membro da comissão técnica, ou pelo
prazo de trezentos e sessenta a setecentos e vinte dias, se praticada por qualquer
outra pessoa natural submetida a este Código; no caso de reincidência, a pena será
de eliminação (PU, artigo 243-A).

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Percebe-se que a conduta tipificada não tem como objetivo punir quem
procede de forma atentatória à dignidade do desporto, com o fim de alterar
resultado de competição, mas sim quem atua de forma contrária à ética desportiva,
com o fim de influenciar o resultado de partida, prova ou equivalente. Assim, não é
necessário o desejo de alterar o resultado, mas tão somente influenciar o mesmo.

Da mesma forma são punidas as condutas “constranger alguém, mediante


violência, grave ameaça ou por qualquer outro meio, a não fazer o que a lei
permite ou a fazer o que ela não manda (art. 243-B)” e “ameaçar alguém, por
palavra, escrito, gestos ou por qualquer outro meio, a causar-lhe mal injusto ou
grave (art. 243-C)”.

Igualmente punida será a conduta de incitar publicamente o ódio ou a


violência.

No entanto quando a manifestação for feita por meio da imprensa, rádio,


televisão, Internet ou qualquer meio eletrônico, ou for praticada dentro ou nas
proximidades da praça desportiva em que for realizada a partida, prova ou
equivalente, o infrator poderá sofrer, além da suspensão pelo prazo de trezentos e
sessenta a setecentos e vinte dias, pena de multa entre R$50.000,00 (cinquenta mil
reais) e R$ 100.000,00 (cem mil reais) (art. 243-D).

O Código Brasileiro de Justiça Desportiva se adaptou aos princípios


fundamentais estampados na Constituição Federal de 1988 (cidadania e dignidade
da pessoa humana). A criança e o adolescente, como seres em formação, têm,
assegurados o direito de resguardo à dignidade e à cidadania, nos termos da Lei
8.069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente), vedados quaisquer atos que os
exponham a constrangimentos descabidos (art. 243-E).

O art. 243-F, também incluído pela Resolução CNE 29/09, generalizou a


conduta ofensiva a alguém em sua honra, por fato relacionado diretamente ao
desporto, outrora disposta de forma difusa, dependente da pessoa do réu (atleta ou
outro participante do evento esportivo, com tipificações de condutas ofensivas em
dispositivos legais diferentes).

Assim, a conduta “ofender alguém em sua honra, por fato relacionado


diretamente ao desporto” será apenada com multa, de R$ 100,00 (cem reais) a R$
100.000,00 (cem mil reais), e suspensão de uma a seis partidas, provas ou
equivalentes, se praticada por atleta, mesmo se suplente, treinador, médico ou
membro da comissão técnica, e suspensão pelo prazo de quinze a noventa dias, se
praticada por qualquer outra pessoa natural submetida a este (art. 243- F).

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Outro destaque que há de ser observado é o art. 243-G do CBJD que


logrou êxito ao regular a questão relativa à prática de atos discriminatórios,
dispondo ser punível com pena de suspensão e multa a “prática de ato
discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de
origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de
deficiência”.

Chama a atenção, na análise do citado artigo a redação do seu § 1º, que


estabelece que a entidade de prática desportiva somente será apenada pela prática
de ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, tipificado no caput, caso a
infração seja praticada simultaneamente por “considerável número de pessoas”
vinculadas à entidade, cabendo, portanto, ao intérprete, a partir da análise do caso
concreto, realizar um juízo de ponderação acerca do potencial ofensivo da
conduta, a fim de punir o clube com a perda do número de pontos atribuídos a
uma vitória no regulamento da competição.

Da mesma forma, o clube poderá ser multado pela prática de atos


discriminatórios praticados pelos seus torcedores, que, caso sejam identificados,
ficarão proibidos de ingressar na respectiva praça esportiva pelo prazo mínimo de
720 dias.

7. Infrações Relativas à Disputa das Partidas, Provas ou Equivalentes

A título de análise histórica da evolução da legislação desportiva brasileira,


vale destacar que, na sua redação original, bem como a partir da sua primeira
grande alteração, proporcionada pela Resolução CNE 11/06, o CBJD estabeleceu
um recrudescimento das penas previstas aos atletas infratores, na prática de
competições esportivas.

Em dezembro de 2009, como já destacado, o antigo capítulo relacionado às


infrações dos atletas foi totalmente reformulado, passando a ser aplicável a outros
personagens de eventos esportivos, estabelecendo novas infrações e
principalmente, estabelecendo uma maior discricionariedade para o julgador na
aplicação das penas, aproximando-se mais do postulado da razoabilidade,
consagrado no art. 2º, XIV do Código.

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Assim, o artigo 249-A informa que a interpretação das infrações previstas no


Capítulo VI observará as peculiaridades de cada modalidade desportiva submetida
ao CBJD, sendo certo que sempre que o referido capítulo oferecer exemplos de
infrações, estes não serão exaustivos, e o pressuposto de sua aplicação será a
compatibilidade com a dinâmica da respectiva modalidade desportiva.

Por outro lado, a prática de ato desleal ou hostil durante a partida, prova ou
equivalente, será apenada com suspensão de uma a três partidas, provas ou
equivalentes, se praticada por atleta, mesmo se suplente, treinador, médico ou
membro da comissão técnica, e suspensão pelo prazo de quinze a sessenta dias, se
praticada por qualquer outra pessoa natural submetida ao CBJD.

Dessa forma, constituem exemplos da infração prevista no artigo 250, sem


prejuízo de outros: impedir de qualquer forma, em contrariedade às regras de
disputa do jogo, uma oportunidade clara de gol, pontuação ou equivalente e
empurrar acintosamente o companheiro ou adversário, fora da disputa da jogada
(§ 1°).

Como é possível observar, o art. 250 do Código, referente à prática de ato


desleal ou hostil durante partida, prova ou equivalente, é também imputável a
outros participantes do evento esportivo. A dúvida acerca da definição do que seria
ato hostil ou desleal, foi dirimida, a partir de rol exemplificativo previsto no § 1º.
Da mesma forma, visando à observância do caráter educativo da pena, o § 2º
permite ao julgador substituir a pena de suspensão pela de advertência.

Por outro lado o art. 258 prevê punição aplicável a qualquer participante de
evento esportivo (atleta, treinador, membro de comissão técnica, dirigente etc.) que
vier a assumir qualquer conduta contrária à disciplina ou ética desportiva não
tipificada pelas demais regras do Código (espécie de “tipo subsidiário aos demais
do CBJD).

O art. 254-A privilegia uma razoabilidade e proporcionalidade, ao


estabelecer uma maior margem de discricionariedade para o julgador na
imputação da pena a participante de evento desportivo (não apenas atleta) que
vier a praticar agressão física durante partida, prova ou equivalente.

Quanto ao art. 254 (prática de jogada violenta), vale destacar a previsão do


§3º, estabelecendo que “na hipótese de o atingido permanecer impossibilitado de
praticar a modalidade em conseqüência de jogada violenta grave, o infrator poderá
continuar suspenso até que o atingido esteja apto a retornar ao treinamento,
respeitado o prazo máximo de 180 dias”.

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Importante destacar que o art. 254-B, tipifica a conduta de “cuspir em


outrem”, impondo a pena de suspensão de seis a doze partidas, provas ou
equivalentes, se praticada por atleta, mesmo se suplente, treinador, médico ou
membro da comissão técnica, e suspensão pelo prazo de trinta a cento e oitenta
dias, se praticada por qualquer outra pessoa natural submetida a este Código. A
pena mínima será de suspensão por trezentos e sessenta dias, qualquer que seja o
infrator, se a ação for praticada contra árbitros, assistentes ou demais membros de
equipe de arbitragem.

Por sua vez, o art. 257 tipifica a prática de rixa, conflito ou tumulto durante
a partida, prova ou equivalente, e dispõe que “quando não seja possível identificar
todos os contendores, as entidades de prática desportiva cujos atletas, treinadores,
membros de comissão técnica, dirigentes ou empregados tenham participado da
rixa, conflito ou tumulto serão apenadas com multa de até R$ 20.000,00 (vinte mil
reais)”.

Destaque também a de ser dado ao § 2º, II, do art. 258, ao dispor que
“desistir de disputar partida, depois de iniciada, por abandono, simulação de
contusão, ou tentar impedir, por qualquer meio, o seu prosseguimento” é uma
conduta punível com pena de 01 (um) a 06 (seis) jogos de suspensão.

8. Infrações Relativas à Arbitragem

O novo capítulo VII dispõe exclusivamente sobre as infrações relativas à


arbitragem, estando as demais pessoas submetidas às regras gerais já analisadas
das infrações das pessoas, no que couber.

A conduta “deixar de observar as regras da modalidade” é apenada com


suspensão de quinze a cento e vinte dias e, na reincidência, suspensão de sessenta
a duzentos e quarenta dias, cumuladas ou não com multa, de R$100,00 (cem
reais) a R$ 1.000,00 (mil reais) (art. 259).

Neste caso, a partida, prova ou equivalente poderá ser anulada se ocorrer,


comprovadamente, erro de direito relevante o suficiente para alterar seu resultado
(§ 1º ), sendo facultado ao órgão judicante substituir a pena de suspensão pela de
advertência se a infração for de pequena gravidade (§ 2°).

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Dessa forma, prevê o § 1º a possibilidade de anulação de partida, prova ou


equivalente quando ocorrer, comprovadamente, erro de direito. Mas, afinal, o que
é erro de direito? Marcílio Krieger responde em sua obra Lei Pelé e Legislação
Desportiva Brasileira Anotada1 a esta pergunta, da seguinte forma:

“Erro de direito – é aquele erro que corresponde a uma


inobservância a uma regra do jogo. Exemplo: o árbitro autorizar
uma partida, estando faltando um ou dois travessões dos gols;
Como visto, o erro de direito é somente do árbitro. Ocorrendo
erro de direito, a partida poderá ser anulada como um todo –
jamais poderão ser anulados aqueles lances isolados.”

O erro de direito poderá ser comprovado por todos os meios legais ou


moralmente legítimos, ainda que não especificados no CBJD (art. 56), inclusive
por meios audiovisuais.
É de se ressaltar que súmula e o relatório dos árbitros auxiliares e delegados
de entidades de administração do desporto gozam de presunção apenas relativa
veracidade.
Já a conduta “omitir-se no dever de prevenir ou de coibir violência ou
animosidade entre os atletas, no curso da competição” é apenada com suspensão
de trinta a cento e oitenta dias e, na reincidência, suspensão de cento e oitenta a
trezentos e sessenta dias, cumuladas ou não com multa, de R$ 100,00 (cem reais)
a R$ 1.000,00 (mil reais). (art. 260)
Novamente pune-se mais severamente os árbitros para que estes evitem a
prática da violência nas competições esportivas, cada vez mais comuns no Brasil
nos últimos anos, preservando-se, dessa forma, o espetáculo, tão maltratado por
atletas e treinadores adeptos da prática do anti-jogo.
Diante das inúmeras críticas à redação original do artigo 266 e buscando,
mais uma vez, consagrar a razoabilidade e proporcionalidade, o CNE, através da
Resolução 29/09, alterou a pena prevista no referido dispositivo, estabelecendo
como sanção para a conduta “deixar de relatar as ocorrências disciplinares da
partida, prova ou equivalente, ou fazê-lo de modo a impossibilitar ou dificultar a
punição de infratores, deturpar os fatos ocorridos ou fazer constar fatos que não
tenha presenciado”, suspensão de trinta a trezentos e sessenta dias, cumulada ou
não com multa, de R$ 100,00 (cem reais) a R$ 1.000,00 (mil reais)”, facultando,
ainda, ao órgão julgador, a substituição da pena de multa pela de advertência, em
caso de conduta de menor gravidade.

1
KRIEGER, Marcílio. Lei Pelé e Legislação Desportiva Anotada. Rio de Janeiro: Forense, 1999. p.
236.

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9. Disposições Gerais, Transitórias e Finais

Mais uma das novidades trazidas pela Resolução CNE 29/09 foi à inclusão
de um livro complementar referente às disposições gerais, transitórias e finais.

Importante destacar que restou estabelecido, para fins do CBJD que os


termos "partida", "prova" ou "equivalentes" compreendem todo o período entre o
ingresso e a saída dos limites da praça desportiva, por quaisquer dos participantes
do evento (§3º do artigo 282).

Vale informar, ainda, que faculta-se às entidades nacionais de


administração do desporto propor a adoção de tábua de infrações e penalidades
peculiares à respectiva modalidade desportiva em complementação àquelas
constantes do CBJD (art. 286-A).

Por outro lado, incumbe aos Tribunais de Justiça Desportiva e ao STJD, no


prazo de trezentos e sessenta dias, emitir ato normativo, no âmbito de sua
competência, dispondo sobre critérios para conversão de pena, quando assim
admitido pelo Código, em medida de interesse social, que, entre outros meios
legítimos, poderá se dar mediante a prestação de serviço comunitário nos campos
da assistência social, do desporto, da cultura, da educação, da saúde, do
voluntariado, além da defesa, preservação e conservação do meio ambiente (artigo
286-C).

Resta, assim, a obrigação aos tribunais desportivos de se adaptarem à nova


realidade da legislação desportiva brasileira, disciplinando questões polêmicas,
como a da conversão de pena, de forma a evitar a impunidade no âmbito
desportivo.

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Material Complementar

Uma vez que Educação à Distância oferece ao aluno a oportunidade de


organizar sua aprendizagem e buscar outras bases de conhecimento, é indicado,
como material de estudo complementar, para um aprofundamento nesta unidade
4, que o aluno consulte os sites:

 Código Brasileiro de Justiça Desportiva Consolidado:


http://legado.cbb.com.br/noticias/Novo_CBJD.PDF
 Blog do Professor Rafael Porcari, que apresenta textos interessantes para
reflexão e debates: http://professorrafaelporcari.blog.terra.com.br/tag/arbitro/
 Associação Nacional dos Árbitros de Futebol: http://www.anaf.com.br/
 Justiça Desportiva apresenta informações relacionadas aos julgamentos de
processos desportivos: http://justicadesportiva.uol.com.br/
 Blog do comentarista Leonardo Gaciba, que apresenta as últimas noticias
relativas à arbitragem: http://sportv.globo.com/platb/blog-do-gaciba
 Blogs internacionais sobre arbitragem:
 http://footballrefereeing.blogspot.com.br/
 http://scoaladearbitri.blogspot.com.br/

Depois de ler o material e informar-se


sobre o assunto, vamos pôr em prática
esses conhecimentos nas atividades!

Bom trabalho!

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Anotações

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Referências

KRIEGER, Marcílio. Lei Pelé e Legislação Desportiva Anotada. Rio de


Janeiro: Forense, 1999. p. 236.

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