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DA VIDA E DA NATUREZA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM
BIOCIÊNCIAS
EMANUELA LEITE
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM
BIOCIÊNCIAS
EMANUELA LEITE
2
AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA DO TRATAMENTO COM FITOCANABINOIDES NA CISTITE
IDIOPÁTICA DE FELINOS PÓS DESOBSTRUÇÃO
RESUMO
Historicamente, a planta Cannabis sativa tem sido utilizada para o tratamento de doenças
a milhares de anos tendo o seu registro em diferentes farmacopéias no mundo. Dentre os
mais de 500 compostos produzidos pela planta como metabólitos secundários estão os
fitocanabinoides, que apresentam como alvo o sistema endocanabinóide presente nos
felinos domésticos e se destaca pela participação na manutenção da homeostase do
organismo, atuando em funções fisiológicas como controle pressão arterial, temperatura
corporal, modulações do humor e comportamento, controle da dor, regeneração dos
tecidos, participação na resposta inflamatória e imunológica. Os extratos de
fitocanabinoides se mostram promissores como aliados na rotina clínica veterinária pela
sua variedade de aplicações sendo utilizados para o tratamento de diversas doenças
sendo atuando como antiinflamatório, analgésico, anticonvulsivante, regulador de humor,
indutor do sono entre outros. A cistite idiopática Felina é uma doença de relevância na
rotina veterinária, capaz de gerar alterações em todo trato-urinário; hematúria, polidipsia,
poliúria, mudanças comportamentais, desequilíbrio eletrolítico, febre, dor abdominal e em
casos mais graves ocorre a obstrução uretral, alteração que se não tratada
emergencialmente pode acarretar a morte do paciente. A fisiopatologia não está
completamente elucidada, entretanto é de conhecimento que sua causa tem correlação
com o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, o como sistema de resposta a fatores estressores
e diminuição das glicosaminoglicanas em vesícula urinária. A patologia segue sem
tratamento farmacológico específico para sintomatologia que é multifatorial e sistêmica,
tendo altas taxas de reobstrução no período de 180 dias após procedimento de
desobstrução. Logo, o presente trabalho propõe de forma inédita a medicação dos felinos
domiciliados que necessitam passar pelo proedimento emergencial de desobtrução clínica
com diagnóstico de cistite idiopática felina com extratos de fitocanabinoides no
pós-operatório imediato e com tratamento crônico por 180 dias, com avaliações nos
tempos 0, 30, 90 e 180 dias. O método utilizado será o randomizado duplo-cego,
controlado por placebo, dividido em 3 grupos, com dois tratamentos distintos e um grupo
controle. Serão realizados exames de hemograma e bioquímicos, para avaliação das
funções renais e hepáticas. Avaliações de comportamento e dor utilizando as escalas de
grimace, glasgow e multimodal UNESP. Resultando em menores taxas de reobstrução
comparado ao placebo no período de 180 dias. Também espera-se observar melhora nos
parâmetros de dor do paciente, diminuição da inflamação de trato urinário, melhora
comportamental e eficácia do uso de canabinoides no tratamento para cistite idiopática
felina.
3
TÍTULO DEL PLAN DE DISERTACIÓN
RESUMEN
4
TITLE OF THE DISSERTATION PLAN
ABSTRACT
Historically, the Cannabis sativa plant has been used for the treatment of diseases for
thousands of years, with its records in different pharmacopoeias around the world. Among
the over 500 compounds produced by the plant as secondary metabolites are
phytocannabinoids, which target the endocannabinoid system present in domestic felines
and stand out for their participation in maintaining organism homeostasis, acting on
physiological functions such as blood pressure control, body temperature, mood and
behavior modulation, pain control, tissue regeneration, participation in inflammatory and
immune response. Phytocannabinoid extracts show promise as allies in veterinary clinical
practice due to their variety of applications, being used to treat various diseases such as
anti-inflammatory, analgesic, anticonvulsant, mood regulator, sleep inducer, among others.
Feline Idiopathic Cystitis is a relevant disease in veterinary routine, capable of generating
changes throughout the urinary tract; hematuria, polydipsia, polyuria, behavioral changes,
electrolyte imbalance, fever, abdominal pain and in more severe cases there is urethral
obstruction, a condition that if not emergently treated can lead to patient death. The
pathophysiology is not completely elucidated, however, it is known that its cause has
correlation with the hypothalamus-pituitary-adrenal axis, as a response system to
stressors and decreased glycosaminoglycans in the urinary bladder. The pathology
remains without specific pharmacological treatment for symptomatology, which is
multifactorial and systemic, with high rates of re-obstruction within 180 days after the
unblocking procedure. Therefore, this study proposes for the first time the medication of
domiciled felines that need to undergo the emergency procedure of clinical unblocking with
a diagnosis of feline idiopathic cystitis with phytocannabinoid extracts in the immediate
postoperative period and with chronic treatment for 180 days, with evaluations at 0, 30, 90
and 180 days. The method used will be randomized double-blind, placebo-controlled,
divided into 3 groups, with two different treatments and one control group. Hemogram and
biochemical exams will be performed to assess renal and hepatic functions. Behavioral
and pain assessments using grimace, glasgow and multimodal UNESP scales will be
conducted. Resulting in lower re-obstruction rates compared to placebo over a period of
180 days. It is also expected to observe improvement in patient pain parameters, decrease
in urinary tract inflammation, behavioral improvement, and efficacy of cannabinoid use in
the treatment of feline idiopathic cystitis.
5
ÍNDICE DE FIGURAS
6
ÍNDICE DE TABELAS
7
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
2-AG 2-Aracdonilglicero
ACTH Hormônio Adrenocorticotrófico
AEA Anandamida
BEA Bem-estar-Animal
CB1 Receptor Canabinoide 1
CB2 Receptor Canabinoide 2
CBD Canabidiol
CBN Canabigerol
CIF Cistite Idiopática Felina
CNPq Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
DTUIF Doença do Trato Urinário Inferior de Felinos
EA Efeitos Adversos
GAGs Glicosaminoglicanos
HHA Hipotálamo-Hipófise-Adrenal
IN Inflamação Neurogênica
ITU Infecções do Trato Urinário
LCP Laboratório de Cannabis Medicinal e ciência Psicodélica
LC Locus Coerulus
NHANE National Health and Nutricion Examination Survey
OU Obstrução Uretral
PIBPG Programa Institucional de Bolsas de Pós-Graduação
SEC Sistema Endocabinoide
SNC Sistema Nervoso Central
SNP Sistema Nervoso Periférico
SNS Sistema Nervoso Simpático
SRE Sistema de Resposta ao Estresse
UNILA Universidade Federal da Integração Latino-Americana
TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
THC Tetrahidrocanabinol
TU Trato Urinário
TUI Trato Urinário Inferior
VU Vesícula Urinária
8
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO............................................................................................................11
1.1 Doença do Trato urinário Inferior de Felinos........................................................... 13
1.1.1 Anatomia e Fisiologia do Trato urinário de Felinos........................................ 14
1.1.2 Fisiopatogenia da Cistite Idiopática Felina......................................................16
1.1.3 Obstrução Uretral............................................................................................18
1.1.4 Procedimento Clínico de Desobstrução Uretral.............................................. 20
1.1.5 Pós Desobstrução Uretral e Tratamento Farmacológico................................ 21
1.1.6 A planta Cannabis Sativa sp........................................................................... 23
1.1.7 Sistema Endocanabinoide e suas aplicações.................................................23
1.1.8 Canabinoides e sua relação com Sistema Renal e Trato Urinário..................25
1.2 Justificativa.............................................................................................................. 28
1.3 Pergunta norteadora................................................................................................29
1.4 Hipótese.................................................................................................................. 29
2 OBJETIVOS.................................................................................................................... 30
2.1 Geral........................................................................................................................30
2.2 Específicos.............................................................................................................. 30
3 MATERIAL E MÉTODOS................................................................................................ 31
3.1 Desenho experimental.............................................................................................31
3.1.1 Metodologia.....................................................................................................31
3.1.2 Cenário de Pesquisa.......................................................................................31
3.1.3. Critérios de Inclusão...................................................................................... 31
3.1.4 Critérios de Exclusão...................................................................................... 32
3.1.5 Seleção e Randomização dos pacientes........................................................ 32
3.1.6 Avaliação Veterinária de Nível de Consciência pela Escala de Glasgow
modificada para felinos............................................................................................ 32
3.1.7 Avaliação Veterinária de dor pós-operatória pela escala multimodal para
felinos UNESP......................................................................................................... 33
3.1.8 Avaliação de BEA com a escala de Grimace para Felinos............................. 33
3.1.9 Tratamento e Posologia.................................................................................. 34
3.1.10. Análise de Amostras biológicas para exames Hemograma e bioquímicos. 35
3.1.11. Segurança no tratamento............................................................................. 35
3.1.12. Procedimento de Segurança........................................................................36
3.1.13. Análise de dados..........................................................................................36
3.1.13. Resultados esperados................................................................................. 37
4 FINANCIAMENTO........................................................................................................... 38
5 CRONOGRAMA.............................................................................................................. 39
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................... 40
ANEXOS.............................................................................................................................53
Anexo 1. Escala de Glasgow modificada para felinos..................................................53
9
Anexo 2 – Escala multimodal para avaliação de dor UNESP-BOTUCATU.................. 55
Anexo 3 – Escala de Grimace para Felinos.................................................................. 60
Anexo 4 – Escala de Grimace para Felinos versão para tutores.................................. 61
10
11
1 INTRODUÇÃO
A OU é uma das emergências mais comuns do sistema urinário. Se não for tratada
rapidamente pode causar alterações hidroeletrolíticas e ácido-básicas graves, que podem
culminar na morte do animal. Se persistir por 24 horas ou mais, resulta em uremia
19
pós-renal, com consequente aumento da retropressão, prejuízo da filtração glomerular, do
fluxo sanguíneo renal e da função tubular. (COLE, S.G. et al, 2004).
A obstrução física da uretra ocorre por causa idiopática (53%) ou devido a
urólitos (29%), plugs uretrais (18%), áreas mais constritas da uretra, neoplasia ou
espasmos uretrais (GEORGE; GRAUER; 2016).
A formação dos tampão ou plug uretral ocorre quando há persistentes
inflamações do trato urinário inferior associadas à cristalúria (NELSON; COUTO, 2015). É
formado por uma matriz cristalina e/ou componentes não cristalinos, como proteínas,
leucócitos, hemácias, bactérias e debris do lúmen vesical e uretral (OSBORNE et al.,
2008).
Os urólitos mais comumente encontrados nos gatos domésticos são compostos por
estruvita e oxalato de cálcio (OSBORNE et al. 2008).Os fatores que influenciam a
formação de urólitos são o pH urinário, os promotores e inibidores de cristalização
(LANDIM, 2019), baixo consumo hídrico e dieta (RICK et al., 2017), idade, sexo, genética
e fatores ambientais (ROSA, 2010).
As manifestações clínicas comuns associadas à obstrução uretral felina incluem
estrangúria/disúria ou incapacidade de urinar, vocalização, lambedura excessiva da região
perineal, pênis congesto estendendo-se do prepúcio e manifestações de uremia
pós-renal, como letargia, anorexia, êmese, fraqueza, diarreia, desidratação, hipotermia,
acidose e hiperventilação, bradicardia e distúrbios eletrolíticos (hiperpotassemia) (WARE,
W.A., 2003).
A estase urinária nos ureteres e rins ocasionam um aumento da pressão
intra-tubular que se opõe às forças responsáveis pela manutenção da taxa de filtração
glomerular. Como consequência, temos a alteração da capacidade de concentração dos
túbulos renais e suas funções como regulação de sódio e reabsorção de água,
prejudicando também a excreção de ácidos e potássio. Os resultados finais do
comprometimento da função renal são a uremia, a acidose metabólica e a hipercalemia
nos pacientes obstruídos (SAROGLU; ACAR; DUZGUN, 2003; GALVÃO et al., 2010,
GOMES 2020).
Portanto independente da hipótese para CIF, todas são capazes de gerar obstrução
uretral, necessitando de apoio do médico veterinário de forma emergencial.
20
1.2 Justificativa
1.4 Hipótese
2.2 Específicos
● Avaliar a recidiva de obstrução uretral em gatos acometidos por CIF após 6 meses
de tratamento com canabinóides.
● Avaliar a dor pós operatória com o uso de canabinoides com auxílio das escalas:
Glasgow, Grimace e Multimodal.
● Avaliar o comportamento em relação ao estresse de gatos sob tratamento com
canabinoides;
● Avaliar o BEA em gatos tratados com canabinoides;
● Investigar alterações hematológicas com o uso de canabinoides;
● Investigar alterações nas funções hepáticas e renais em gatos tratados com
canabinoides;
.
3.1.6 Avaliação Veterinária de Nível de Consciência pela Escala de Glasgow modificada
para felinos
3.1.7 Avaliação Veterinária de dor pós-operatória pela escala multimodal para felinos
UNESP
Todos os pacientes que serão selecionados para esse estudo, caso estejam
utilizando alguma terapia farmacológica ou não farmacológica para o tratamento
causados pela sintomatologia recorrente e/ou secundária a CIF, terão essas terapias
mantidas durante todo esse ensaio clínico. O acompanhamento e responsabilidade sobre
essas terapias previamente utilizadas ao ensaio clínico é de responsabilidade dos
profissionais que as prescreveram ou indicaram, ou seja, este ensaio não acompanhará e
tampouco se responsabilizará pelas possíveis terapias prévias dos pacientes. A equipe
responsável executora do ensaio clínico será responsável apenas pelo tratamento
experimental deste ensaio clínico ( placebo e extrato de Cannabis Sativa spp ).
O ensaio será realizado em quatro tempos ou etapas: a etapa zero (E0) triagem de
animais, avaliação clínica e física dos animais, coleta de amostra biológica (sangue) para
hemograma e bioquímicos. A Etapa 1 (E1) ocorrerá a randomização dos animais e
preparação dos extratos com veículo oleoso, essa fase será destinada também para
35
coleta de dados de modo basal, Início do tratamento com cannabinoides em ambiente
hospitalar, sendo a primeira dose imediatamente pós recuperação anestésica. A etapa
dois (E2) terá uma duração de 90 dias e se dará durante o tratamento com
fitocanabinoides, e por último, a etapa três (E3) posterior à suspensão da administração
dos medicamentos e coleta de exames em 30 dias.
Durante a E2 os animais receberão o composto de canabinoides por via oral duas
vezes ao dia, será administrado pelo tutor responsável pelo paciente. Após os 90 dias
com o tratamento em questão inicia-se a E3, onde o tratamento é suspenso e os animais
serão reavaliados em 30 dias após a suspensão do uso.
Embora não se espere algum efeito adverso relevante, nossa equipe tomará todos
os procedimentos e/ou protocolos necessários para qualquer caso de eventos adversos
ou peculiares que possam ocorrer.
Haverá acompanhamento do hospital veterinário 24h, disponível para quaisquer
efeitos indesejados. Descritos em literatura, tais como: ataxia, alterações gastrointestinais,
sialorréia, andar cambaleante, ansiedade, aumento do apetite, letargia, sonolência (Kulpa
et al, 2021. Deabolt et al, 2019. Banach & Ferrero, 2023. Rozental et al, 2023).
Em caso de efeitos adversos o tratamento com fitocanabinoides o extrato será
imediatamente suspenso e os animais serão avaliados e monitorados até a cessar dos
mesmos. O Hospital Veterinário dispõe de equipamento veterinário de qualidade e toda a
estrutura hospitalar para suporte veterinário durante o estudo.
Ao final do estudo serão elaborados gráficos e tabelas para análise estatística dos
dados obtidos através do programa GraphPad Prisma. Os dados serão organizados e
processados para serem expressos como média e erro-padrão da média e em
porcentagem. Serão analisados por Teste “t” de Student não pareado ANOVA unifatorial
ou bifatorial. seguido do test de Bonferroni ou Newman-Keuls, para mais de duas
amostras e pelo teste “t “ de student. para análise de duas amostras, sendo os resultados
considerados significativos quando apresentarem valores p <0,05.
37
3.1.13. Resultados esperados
5 CRONOGRAMA
ALEX, F.; AGUIAR, S.; DE JANEIRO, R. CANNABIS: Uso Medicinal Para o Tratamento da
Dor e Ação Neuroprotetora. [s.l: s.n.].
BANACH, D.; FERRERO, P. Cannabis and pathologies in dogs and cats: first survey of
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ts-for-dogs.pdf>.
3
41
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52
53
ANEXOS4
Anexo 1. Escala de Glasgow modificada para felinos
Calmo 0
Latindo ou 1
(I) lamentando
Gemendo 2
Uivando 3
Ignorando a ferida 0
ou região dolorida
B.
(II) Olhando para a 1
ferida
Lambendo a ferida 2
Esfregando a ferida 3
Mordendo a ferida 4
Claudicando 1
(III)
Lento ou 2
relutante
Rígido 3
Recusa-se a 4
mover
Nenhuma 0
4
54
Olha ao redor 1
(IV)
Recua 2
Rosna ou 3
protege a área
Morde 4
Late 5
Feliz e 0
contente/animado
Nenhuma
Quieto 1
Indiferente ou não 2
responsivo ao
(V) ambiente
Nervoso ou 3
ansioso ou
temeroso
Deprimido ou não 4
responsivo à
estimulação
Confortável 0
Morde 1
Instável 2
(V)
Agitado 3
Encurvado ou 4
tenso
Rígido 5
Atividade O gato está mais quieto que o normal (pode hesitar em sair da
gaiola e se retirado tende a retornar; fora da gaiola se 2
movimenta um pouco após estímulo ou manipulação).
Inicialmente observe o comportamento do gato sem abrir a gaiola. Verifique se ele está em
descanso (decúbito ou sentado) ou em movimento; interessado ou desinteressado no ambiente;
em silêncio ou vocalizando. Examine a presença de comportamentos específicos (item
“miscelânea de comportamentos”).
Abra a gaiola e observe se o animal prontamente se movimenta para fora ou hesita em sair.
Aproximese do gato e avalie sua reação: amigável, agressivo, assustado, indiferente ou
vocaliza. Toque no gato e interaja com ele, observe se está receptivo (se gosta de ser acariciado
e/ou demonstra interesse por brincadeiras). Se o gato hesitar em sair da gaiola, incentive-o a se
mover por meio de estímulos (chamando-o pelo nome e acariciando-o) e manipulação
(alterando sua posição corporal e/ou retirando-o da gaiola). Observe se fora da gaiola o gato se
movimenta espontaneamente, ou de forma reservada ou reluta em se mover. Ofereça alimento
palatável e observe sua resposta.*
Para finalizar, coloque gentilmente o gato em decúbito lateral ou esternal e registre a pressão
arterial. Observe a reação do animal quando o abdome/flanco é inicialmente tocado (apenas
deslize os dedos sobre a área) e na sequência gentilmente pressionado (aplique com os dedos
uma pressão direta sobre a área). Aguarde alguns minutos, e execute o mesmo procedimento
para avaliação da reação do gato à palpação da ferida cirúrgica.