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ANSIEDADE NO CONTEXTO COVID-19

I-Pandemia no Brasil

Há pouco mais de um ano, no dia 26 de fevereiro de 2020, o Brasil


confirmou seu primeiro caso do novo coronavírus. A partir desse dia, ao
longo dos próximos meses, o país e o mundo vivenciaram períodos
obscuros de crise sanitária, isolamento e quarentena, chegando ao
cenário atual com mais de 14 milhões de casos registrados e
ultrapassando 390 mil mortos. O SARS-coV 2, novo agente do coronavírus,
foi descoberto em dezembro de 2019. Seus sintomas são semelhantes ao
resfriado, podendo gerar quadros mais complicados como visto no
decorrer da pandemia.

II-Ansiedade no Brasil

OMS-2019: ``Brasil é o povo mais ansioso do mundo``

A ansiedade é uma reação emocional natural do corpo humano


diante de situações que enfrentamos. Apesar de tal naturalidade, a partir
do momento que começa a ultrapassar limites como acometimento do
sono, alimentação e saúde mental, vira um distúrbio, chamado de
transtorno da ansiedade generalizada (TAG). Mesmo antes da pandemia,
o Brasil já registrava o maior número de indivíduos com transtorno de
ansiedade do mundo, somando aproximadamente 19 milhões de
brasileiros com qualidade de vida comprometida. Com a Pandemia, tal
situação se agravou ainda mais.

III- Ansiedade x Covid


O crescente número de casos e complicações decorrentes do novo
coronavírus é diretamente proporcional a elevação das pessoas atingidas
pelo transtorno de ansiedade. Alguns estudos indicam que os sintomas de
ansiedade quase dobraram desde o início da quarentena.

-MOTIVOS DO AUMENTO DA ANSIEDADE

I-PERÍODO DE TRAUMA: Pessoas que contraíram a doença ou tiveram


amigos e familiares que acabaram possuindo complicações ou mesmo
morreram em decorrência da doença estão suscetíveis a desenvolverem o
quadro de transtorno de ansiedade generalizada.
II-PERDA DE LIBERDADE/CONTROLE: Com a necessidade de isolamento e
privação do convívio social, é esperado um agravamento do quadro de
ansiedade, visto que um dos fatores de alívio para o transtorno é o
contato social.
III-DESEQUILÍBRIO ENTRE FATORES DE ALÍVIO E FATORES ESTRESSORES:
A pandemia gerou grande desequilíbrio entre tais fatores. Práticas como
realização de esportes, caminhadas, alimentação saudável, exposição
solar, convívio social e sensação de propósito ajudam no combate à
ansiedade. Fatores como quebra de contato social, instabilidade
financeira e de saúde acabam induzindo a quadros de ansiedade. A
pandemia gerou privação dos fatores de alívio e elevação dos fatores de
estresse, gerando assim piora extrema nos casos de TAG.

- SINTOMAS/SINAIS

. Palpitação
. Distúrbios gastrointestinais
. Falta de ar
. Tontura
. Tensão muscular
. Preocupação excessiva
. Ataques de Pânico
. Inquietação
-COMO LIDAR:
. Procurar distrações: Mudar o foco, deixar os noticiários e boletins de
lado e procurar outros afazeres, ler um livro, assistir um filme, iniciar
algum projeto/estudo. Se esforçar para diminuir e esquecer os fatores de
estresse substituindo por outros pensamentos/atitudes.
. Atividade física: Apesar das academias e quadras estarem fechadas, é
importante manter um nível de atividade. Ao realizar qualquer exercício
físico, o corpo libera serotonina, aumentando a sensação de prazer e
diminuindo a ansiedade. Basta uma pequena caminhada em um período
sem aglomeração ou a prática de algum exercício em casa para gerar
melhora no quadro de ansiedade.
. Sono adequado: A fadiga decorrente de uma noite mal dormida é um
forte gatilho para crises de ansiedade. Deve-se procurar um ambiente
adequado, sem ruídos e luminosidade e tentar dormir por volta de sete a
oito horas por noite.
. Diminuir exposição aos fatores de estresse: Procurar diminuir ao
máximo o foco em noticiários sobre a doença, evitar pessoas pessimistas
que vivem falando das complicações e agravamentos da pandemia. Visar
um tempo para si, manter a atenção em pensamentos otimistas e
positivos.

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