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534 Tratamento hologica de efluentes

Tratamento biológico aeróbio 535

c, - tipos de materiais de enchimento sintéticos. Suas maiores aplicações têm sido para
( • 5 os despejos mais concentrados e para tratamento parcial.
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E A recirculação ao filtro biológico de uma parcela do efluente do filtro apresenta
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Quando utilizada, a taxa de recirculação (relação entre a vazão de recirculação e
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c recirculação superiores a 4,0 não aumentam a eficiência dos filtros, além de serem
Pedra, escória, etc.
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nos filtros biológicos são os seguintes:
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ors c retorno de microrganismos ativos e conseqüente inoculação do filtro em toda a sua


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profundidade com uma grande variedade de microrganismos;
a matéria orgânica é colocada em contato com o material biológico ativo do filtro por mais de uma
Pedra, escória, etc.

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aumento na taxa de aplicação hidraúlica sem alteração sensível na taxa de aplicação orgânica;
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regularização da vazão de alimentação.


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) 23.4.3.3 — Considerações sobre os materiais de enchimento
I
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.0 material de enchimento ideal para ser usado em filtros biológicos deve
Cr) apresentar as seguintes características:
o
elevado volume de vazios, visando evitar obstruções pelo crescimento do volume de sólidos e
0 e o para garantir um adequado suprimento de oxigênio;
e) o  elevada área superficial, para aumentar a quantidade de microrganismos presentes e
O
e
Taxa de aplicação hidráuli

trj.
) conseqüentemente aumentar a capacidade de remoção de matéria 1 orgânica;
Material de enchimento

E
i • ser estruturalmente forte, o suficiente para suportar o seu próprio peso e
Potência

O
u mais o peso do limo que cresce aderido às suas paredes;
Taxa de aplicaçã

4--
ser suficientemente leve, para permitir reduções significativas nos custos
" J das obras civis e para permitir construções mais altas que conseqüentemente ocupem
lb
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o menos área;
536 Tratamento biológico de efluentes Trgamento biológico anaeróbio

n ser biológica e quimicamente inerte; Esses sistemas possuem concentrações baixíssimas de oxigênio, o que
 apresentar o menor custo possível por unidade de DBO removida. facilita a ocorrência desse fenômeno. Da observação casual desses ambientes, o ser
Os materiais de enchimento naturais, tais como: pedra britada, pedregulho, humano tomou ciência da possibilidade de produzir gás combustível a partir de
sabugo de milho, coque de carvão, etc., têm áreas superficiais e volumes de vazios resíduos orgânicos ao observar a combustão natural desse gás na superfície de
relativamente pequenos, além de serem pesados. Em contrapartida, seu custo é regiões pantanosas.
reduzido. Esse tipo de material de enchimento é utilizado principalmente em filtros de Posteriormente, passou-se a desenvolver e utilizar esse processo fermentativo
taxas baixas ou intermediárias, na remoção de pequenas quantidades de DBO por para o tratamento de esgoto doméstico, objetivando, principalmente, a
unidade de filtro a elevadas eficiências de remoção (90 a 95%), sendo pois destruição da matéria orgânica. Isso ocorreu na metade do século XDC e o gás
recomendados apenas para despejos pouco concentrados ou para o polimento de produzido era destinado a iluminação.
efluentes de outros filtros ou de outros processos de tratamento. Nessas situações, a
quantidade de oxigênio necessária e de lodo formado são relativamente pequenas não No começo do século XX, ocorreu na índia e na China o início do desenvolvi-
requerendo, portanto, grandes volumes de vazios, apesar de serem desejáveis grandes mento de digestores para produção de gás metano a partir de esterco de animais,
áreas superficiais e peso reduzido. principalmente de bovinos.
Os materiais sintéticos de enchimento (geralmente de plástico) possuem Somente a partir de 1960 a digestão anaeróbia passou a ser pesquisada com
elevada área superficial, elevado volume de vazios e são leves; no entanto seu preço é caráter mais científico, havendo então grandes progressos quanto a
elevado_ Esse tipo de material pode ser dividido basicamente em duas categorias, de compreensão dos .fundamentos, controle do processo e também em projetos de
acordo com o tipo de arranjo que terão no filtro: digestores e equipamentos auxiliares.
 arranjos ao acaso
 arranjos ordenados 23.5.2 Influência de Fatores

Os materiais sintéticos arranjados ao acaso são geralmente utilizados em filtros O processo de digestão anaeróbia pode ser representado como ocorrendo
de alta taxa, para o tratamento com eficiência média a alta, de despejos com médias a em três etapas, como o mostrado na Fig. 23.18.
elevadas concentrações de matéria orgânica ou ainda em filtros de taxa inter-
No primeiro estágio, espécies de bactérias fermentativas hidrolisam polissa-
mediária, como substituto dos filtros convencionais, para a remoção de pequenas
carídeos como a celulose, e degradam os produtos destes a ácidos orgânicos,
quantidades de DBO ou para o polimento de efluentes. Nesses casos, a área superficial
alcoois, H2 e CO2. Essas bactérias também fermentam proteínas e lipídeos
é mais importante que o volume de vazios.
originando compostos semelhantes.
Os materiais sintéticos ordenadamente arranjados possuem maiores volumes de
vazios e oferecem maior facilidade de escoamento que os arranjados ao acaso, sendo No segundo estágio, as bactérias acetogênicas produtoras de hidrogênio obtêm
portanto preferidos para filtros de taxas super altas, ou seja, para o tratamento parcial de energia para o crescimento produzindo acetato e H2 e algumas vezes CO2 dos ácidos
despejos especialmente os mais concentrados em matéria orgânica. orgânicos e álcoois produzidos no primeiro estágio.
Nessa situação, as taxas superaltas provocam grande produção de biomassa No terceiro estágio, as bactérias metanogênicas utilizam os produtos dos
e exigem grandes quantidades de oxigênio. primeiros dois estágios, principalmente H2, CO2 e acetato produzindo CH 4 e CO2.
Embora para o entendimento da microbiologia do processo se possa
23.5 —Tratamento biológico anaeróbio Introdução separar os microrganismos como atuando em tres estágios, isto num digestor não
ocorre; cada grupo depende do funcionamento do outro. É a chamada ação
O tratamento anaeróbio (digestão anaeróbia) de substâncias biodegradáveis sinérgica, que significa ação conjunta.
é realizado através da fermentação bacteriana que ocorre em ambientes isentos de
oxigênio livre (molecular). Como conseqüência, a matéria orgânica complexa é Os processos anaeróbios são geralmente mais lentos que os aeróbios,
convertida a metano e gás carbônico (biogás). exigindo por este motivo maiores tempos de retenção.
___Na natureza existem vários ambientes favoráveis -ao desenvolvimento- da A fase limitante do processo é a da formação de metano visto que as bactérias
digestão anaeróbia, sendo representados pelos pântanos, estuários, mares-e lagos, ____ metanogênicas são muitos lentas e sensíveis às variações do ambiente.
usinas de carvão, jazidas petroffier Por essa razão, as condições de processo devem ser tais que se aproximem
das_condiçõese Guesáfaente--para - bactéri - as metanogênicas, e o tempo de
-

retenção deve ser baixo o suficiente para que não venha a ocorrer a "lavagem"
538 Tratamento biológico de efluentes A primeira restrição também foi superada, na medida em que foram desenvol-
Figura 23.18 — Esquema de três estágios para a degradação anaeróbia completa vidos digestores nos quais se pode tornar independente o TRH do tempo de retenção

Matéria orgânica Tendência AERÓBIO AERÓBIO OU ANAERÓBIO ANAERÓBIO


Carboidratos anterior
Lipídios
Proteínas
Aeróbio: aumento do consumo de energia para (HP/LL)
aumento da produção de energia (biogás) (kcaVL)
Anaeróbio:
Hidrólise e fermentação ANAERÓBIO
AERÓBIO OU AERÓBIO
(1) Tendência
atual ANAERÓBIO
Ácidos graxas
Etanol

o 2.0 10.0 DBO


Desidrogenação
acetogênica celular (TRC), diminuindo o primeiro e mantendo o segundo em valores elevados.
Acet
H2 + CO2
Pelo acima exposto verifica-se, pela Fig. 23.19, que a faixa de aplicação da
Hidrogenação acetogénica digestão anaeróbia está se alargando, ocupando parte da faixa de aplicação dos
(2) processos aeróbios.

23.5.3 Novas Concepçõs de Digestores


Visando viabilizar o uso do processo de digestão anaeróbia no tratamento de


grandes volumes de efluentes, foram desenvolvidos alguns tipos de digestores
capazes de operar com tempos de retenção hidraúlica bastante reduzidos.
Entre eles destacam-se:
daquelas bactérias, pois, em caso contrário, corre-se o risco de desbalancear o
processo, aumentando gradativamente a concentração de ácidos voláteis não ■ fluxo ascendente com leito de lodo

transformados em metano. ' • filtro anaeróbio


As condições ótimas de temperatura e pH para o crescimento das bactérias  anaeróbio de contato
metanogênicas, e portanto para os processos anaeróbios, são de temperaturas  leito fluidizado
situadas nas faixas de 35 a 37°C (faixa mesófila) e 57 a 59°C (faixa termófila) e pH Esses digestores podem ser operados com pequenos TRH, desde que se
próximo a 7. obtenha urna população elevada das bactérias responsáveis pelo processo, o que é
Historicamente, a aplicação do processo de digestão anaeróbia sempre foi conseguido de duas maneiras: retendo-as dentro do digestor, como nos casos a, c e
dificultada, especialmente para resíduos diluídos, pela necessidade de se operar d, da Fig. 23.20, ou deixando que saiam e retornando-as como no caso b. Tal proce-
com grandes tempos de retenção hidráulica (TRH), normalmente superiores a 20 dimento assegura uma perda muito pequena de bactérias e, portanto, mantém um
dias, o que implicava em equipamentos de grandes dimensões. tempo de retenção celular praticamente infinito.
A isso se somavam os baixos custos de energia dispendidos quando se optava Nesses tipos de digestores uma vez atingida a população máxima e encon -
por sistemas de tratamento aeróbios e o baixo valor comercial do biogás produzido trando-se a mesma nas melhores condições de desenvolvimento tem-se que esta
na digestão anaeróbia.
Essa situação modificou-se radicalmente, quanto aos dois últimos aspectos
citados, a partir da considerável elevação do preço do petróleo e da energia, de
forma geral, ocorrida na década de 1970.
Tratamento biológico anaeróbia 539
Figura 23.19 — Evolução da aplicação de processos de tratamento aeróbio e anaeróbio
540 Tratamento biológico de efluentes Tratamento biológico anaeróbio 54

açúcar como substrato e como inóculo o efluente de um biodigestor alimentado


G G com esterco de bovinos.
G
Tabela 23.4 — Eficiência de tratamento em digestor de fluxo ascendente.
Eflue Decantad
Redução da DQO, total (70) 80,5
Redução da DQO, sobrenadante 91,4
Eflue
- Redução da DBO, total (%) 94,6
Afluente R e t o r n o - L .
de Redução da DBO, sobrenadante 95,1

Afluente t Produção de gds
a) Digestor de b) Anaeróbio de L gás /L vinhaça (variando de 7 a 23) 13,1
fluxo
L gás/kg DOO adicionada 0,40
L gás/L digestor (valor máximo) 7,09
G G
Teor de metano (70) 60-65
t
Tempo de retenção hidraúlica,mínirno (dia) 1,5
Zona
Eflue Taxa de aplicação máxima (kg DOO/m 3-dia) 18,7
Efluente clarificação

Material Supor Retorno para A composição média da vinhaça de caldo de cana-de-açúcar usada como
manter o
subStrato desse biodigestor piloto, encontra-se na Tab. 23.5.
Aflue Aflue Tabela 23.5 — Composição média da vinhaça de caldo de cana-de-açúcar utilizada e do efluente do
biodigestor de fluxo ascendente.
c) Filtro d) Leito
Vinhaça Efluente
Figura 23.20 — Representação esquemática de digestores de afta eficiência. PH 3,73 (1) 7,30
Sólidos totais (g/1) 25,2 10,9
Sólidos voláteis (gil) 19,3 5,2
população, e portanto o digestor, serão capazes na unidade de tempo de receber e
converter uma quantidade máxima de matéria orgânica representada, por exemplo, Sólidos voláteis (70 ST) 76,6 47,6
pela taxa de aplicação em DQO (kg de DQO adicionados a cada m 3 de digestor por DQO (mg/I) 31.350 6.144 (2)
dia).
DBO (mg/I) 17.070 918 (3)
Essa quantidade máxima de matéria orgânica estará contida num maior ou
Nitrogênio (mg/ I) 412 343
menor volume de afluente, dependendo da concentração de matéria-prima orgânica
expressa, por exemplo, como DQO presente nesse afluente. Fósforo (mg/l) 109 108

Assim, enquanto que para digestores tradicionais (TRH = TRC) não é possível Sulfato (mg/1) 897 -
reduzir o TRH a valores inferiores a cerca de 10 dias, para operação na faixa mesófila, Potássio (nig/ I) 1.473 1.221
com os digestores de alto desempenho apresentados é possível, dependendo da
(1) o pH do afluente, após adição de cal e DAP (diamônio fosfato), passou para o
DQO da água residuária a ser tratada, operar-se com valores de TRH de algumas
valor médio de 4,75.
horas ou mesmo de fração de hora. (2) DQO do sobrenadante, após decantação: 2.228 mg /I. (3) DBO do sobrenadante, após
Na Tab. 23.4 são mostrados os resultados referentes à operação de um decantação: 830 mg/L.
biodigestor de 11 n-13, tipo fluxo ascendente, usando vinhaça de caldo de cana-de
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544 Tratamento biológico de efluentes
t Lagoas 545
e
estabilização nas quais, em períodos críticos como no inverno, o oxigênio era  aeróbias
fornecido por meios artificiais.  facultativas
Logo após os aeradores entrarem em operação, as algas desapareciam e a Quando se dispõe de alta turbulência, a lagoa funciona praticamente em regime
população microbiana que passava a predominar na lagoa era semelhante a do de mistura completa, sendo a biomassa em suspensão e o oxigênio dissolvido
processo de lodos ativados. Dessa forma pode-se dizer que as lagoas aeradas regularmente distribuídos, aproximando-se assim de um processo completamente
correspondem à unidades de lodos ativados operando sem retorno de lodo. aeróbio.
Modernamente, o fornecimento de oxigênio é feito através de aeradores Com um grau de turbulência baixo, mas suficiente para manter uma aeração
mecânicos de superfície. o
adequada, parte da biomassa decanta, sofrendo no fundo da lagoa uma decomposição fi

As lagoas aeradas, seguidas de um sistema de separação de sólidos, fornecem anaeróbia, enquanto que a camada superior tem um comportamento aeróbio. 5
uma eficiência de remoção de DBO bastante elevada, mesmo com baixas idades de A potência por unidade de volume de lagoa, para se obter mistura completa, é
lodo. A área necessária em geral é da ordem de 1 a 10% daquela necessária para função do volume da lagoa, como o mostrado na Tab. 23.6.
lagoas de estabilização fotossintética.
Tabela 23.6 — Potência necessária para aeração.

23.6.2.1 —Tipos de lagoas aeradas Volume da lagoa (m 3) 500 2.000 14.000

Existem basicamente dois tipos de lagoas aeradas (Fig. 23.22): Potência para mistura completa (W /m 3) 20 10 2,7
Figura 23.22 —Tipos de lagoas aeradas

A potência necessária para o fornecimento do oxigênio dissolvido necessário


Lagoa aerada de mistura depende do tipo de resíduo a ser tratado, podendo ser determinado experimental-
mente.
Para se obter um bom rendimento deve-se observar igualmente as seguintes
limitações no projeto da lagoa:

Profundidade 3a4m

Área superficial por aerador < 1.500 m2

Volume por aerador < 6.000 m3


Carga orgânica
— 80 g DBO/m3 dia

Lagoa aerada 23.6.2.2 — Separação de Sólidos


) indispensável a separação de sólidos do efluente, para que se tenha alta
eficiência de tratamento.
A unidade de separação de sólidos, no caso de lagoas aeradas, geralmente
são lagoas de decantação ligadas em série com a lagoa aerada.
Recomenda-se para a maioria dos casos que o projeto de lagoas de decantação
siga as seguintes linhas gerais:
a) um tempo de retenção mínima de 1 dia é desejável para a
Depósit sedimentação da -maioria dos sátid-os em suspensão.
b)para evitar o crescimento de algas, o tempo de retenção máximo recornena
dado é de 1 a 2 dias.

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