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de Manutenção -Série Engén


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e o Controle da t «<^
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15

oPlanejamento
CD

Este livro é uma oportunidade para os profissionais de manutenção. Ele consolida e CP


cd'
disponibiliza o grande conhecimento do autor sobre o planejamento e controle de
manutenção, já disseminada em cursos ministrados por todo Brasil, tornando-o CD
acessível a todos.

O tema é sem dúvida a base indispensável para o enfoque científico e ordenado da


•manutenção e as informações contidas naobrasãoferramentas de extrema utilidade
O
CD
O
O
e o Controle da
Manutenção
O
nocotidiano dosengenheiros e planejadores.
o
Já em 1994/95 convidei-o para, no âmbito Abraman - RJ, fazer o primeiro Curso de o

Planejamento e Controle deManutenção dafilial. Q_

Nos anos seguintes este treinamento passou a ser feito em quase todas as demais
FiliaisdaAbraman.
Gil Branco Filho
(D
Agenerosidade do mestre Gil Branco Filho, que assim compartilha aexperiênciá de '
toda a vida na área de manutenção o credencia a imortalidade devida, segundo o "O

Dalai Lama, àqueles quecompartilham seu conhecimento. O

Eng. Joubert Fortes Flores Filho


Diretor Adjunto de Relações Institucionais e Recursos Humanos Metro Rio •.!} ~
Presidente da Abraman - Associação Brasileira de Manutenção, 2003/2007 i; y'

62-7 N.Cham. 62-7B816o


SBN 978.85.7393-680-3
B8I60 Autor: Branco Filho, Gil
Título; A organização, o planejamentoe

EOETORA •3; ••
vVli1CIÊNCIA MODERNA ACMI
www.lcm.com.br 91178857311936803 ,1

O-Série Engenharia de Manutenção- Série Engenharia de Manutenção -SérieÍngeríhaiaide Matiiftençâo - Série Engenharia de Manutenção- Série Engenharia de Manutenção-Série EngenI
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de Manutenção - Série Engenharia de Manutenção - Sd

- Série Ertgenharia de Manulençâo - Série Engenharia de Manutenção •Série Engenharia deManutenção -

Gil Branco Filho

/J
A Organização,
o Planejamento
Sobre o Autor
Gil Branco Filho

Engenheiro Eletrônico (UFRJ 1969),


e o Controle
Engenheiro Elétrico {USU 1978) e Pós
graduado em Engenharia Econômica (UERJ
1984), com Especialização em Automatização da Manutenção
Naval(Inglaterra 1970).

Diversos estágios e treinamento em Técnicas


de Gerência de Manutenção em diversas
fábricas no Brasil e no exterior. Diversos Cursos
na área da Qualidade.

Mais de 46 anos em Manutenção, em


estaleiros, área naval, metalúrgica, área
industrial, farmacêutica, aeronáutica «
prestação de serviços.

Sócio fundador da ABRAMAN. Diretor da


ABRAMAN de 1984 a 1988 e membro do
Conselho Deliberativo de 1984 a 1989 e para
EDITOftA
os biênios 1995 a 1997 e 1999 a 2001. Vice WVI CliNCIA MODERNA
Diretor da Regional Rio de Janeiro no Biênio
2001 a 2002. Diretor da Regional RJ no biênio
2003 a 2004.
[jnnijabraman COWTl kRaetITMO Dl IMKTlMillWTO

niiilam Éiesieb» 4a —irtttfc


Membro do Comitê de Elaboração do
Documento Nacionaleditado pela Abraman,e
do Comitê de Padronização de Terminologia
da Abraman.
-Série Engenharia de Manutenção •Série Engenharia de Manutenção -Série Engenharia de Manutenção •

de ManUtefiÇâo -Série Engenharia de Manutenção -Sé|


de N

A Organização, o Planejamento e o Controle da Manutenção


Copyright© 2008 Gil Branco Filho. Depósito efetuado na Biblioteca Nacional, conforme
legislação vigente.
Direitos desta edição reservados ao autor e à Editora Ciência Moderna.
Todosos direitos de publicaçãoe comercializaçãopara a línguaportuguesa reservados ao autor
e à Editora Ciência Moderna.

Nenhuma parte deste livro poderáser reproduzida, transmitida e gravada, por qualquer meio
eletrônico, mecânico, por fotocópia e outros,sem a préviaautorização, por escrito,do autor e
da Editora. (Lei 9.610/98; Artigo 29; Incisos de I até X).

Editor: Paulo André Pitanga Marques


Capa e Diagramação: Patrícia Seabra
Revisão de Provas: Camila Cabete Machado

APOIO:

nUSJabraman 1COMITÊ ARSEHTINO DEMAKTENIMIENTO


BtodtçM brasllcln manuUn^to

Fkdtndófl ibarosmvtcana d* Mèntininihnie

VáriasMarcas Registradas aparecem nodecorrerdestelivro.Maisdoque simplesmente listar


essesnomese informarquempossui seusdireitosdeexploração, ouaindaimprimiros logotipos
das mesmas, o editor declara estar utilizando tais nomes apenas para fins editoriais, em Para as minhas netas.
benefício exclusivo do dono da Marca Registrada, sem intenção de infringir as regras de sua
utilização. Em especial:

FICHA CATALOGRÁFICA
para a Jessica, na beleza de seus quinze anos.
E para a Mariana, a recém chegada.
Branco Filho. Gil
A Organização, o Planejamento e o Controle da Manutenção
Rio de Janeiro: Editora Ciência Moderna Ltda., 2008

Engenharia de Manutenção 'r--\ 7' 3


I - Título t r . • / •

ISBN: 978-85-7393-680-3 CDD 621.8


^a(/ HMI ^.<2^.-003
Editora Ciência Moderna Ltda.
R. Alice Figueiredo, 46 - Riachuelo Adqui'"' ';f'
Rio de Janeiro, RJ - Brasil - CEP: 20.950-150
Locfc.iiz.-v-s»;
Tel: (21) 2201-6662/ Fax: (21) 2201-6896
http://www.lcm.com.br
Icm@lcm.com.br

de
ria de N

Agradecimentos

Ninguém nasce sabendo. Ao mesmo tempo em que estou ciente disto, eu também
reconheço que sozinho jamais produziria esta obra. Aajuda, oscomentários e o apoio
de muitos tornaram esta obra possível.

A leitura e estudos em diversas obras, anos de trabalho árduo na área de manutenção,


treinamento sistemático no trabalho e fora dele trouxeram um conhecimento razoável
sobre este tema.

Depois deum grande e pesado tempo dereflexão, para amadurecer idéias e experiên
ciasquederam certo (algumas não deram), atéa decisão dedocumentar tudo o que de
correto e útil aprendi, foram-se alguns anos.
Assim as apostilas que usei eram o resultado de muito trabalho em manutenção, de
aprendizado continuado e milhares dehoras recebendo e efetuando treinamento. Em
treinamentos queefetuei, houve acobrança dostreinandos sobre como seorganizarem
para montar um sistema de Planejamento e Controle de Manutenção. Sobre como
medir os resultados. Tudo isto me pressionou na busca de informação atualizada e
coerente.

Esta obra é, além das colaborações recebidas, umaevolução natural da apostila que
usamos em sala de aula e em treinamentos ao longo dos anos.
Devo, mais uma vez, registrar meu agradecimento especial aos meus primeiros
instrutores emPlanejamento eControledeManutenção (1977 e 1979) a seguircitados,
em ordem cronológica:

A Marco Aurélio de Paula Valle com seus conhecimentos sobre organização de


oficinas e arranjo físico e controle do trabalho.
Ao sempre mestre e sempre gum, Lourival Augusto Tavares, que em 1978, durante
treinamento em sala de aula fomeceu-me uma sólida e metodizada base de PCM. Após
o curso, convidou-me paraestarcom ele em sala e dividiralguns assuntos. Apesarde
de /si
Agradecimentos VII
VI AOrganização oPlanejamento eoControle da Manutenção
Fico em débito com a Editora Ciência Moderna, na pessoa de Paulo André e do George,
meu esforço, a orientação de Lourival foi fundamental para que eu conseguisse que não mediram esforços para resmungar, revisar, e reclamar até a impressão. Só
lecionar em parte dos cursos etreinamento ao seu lado, sempre com material que eu sossegaram quando montaram mais este livro em temporecorde.
organizava, ele liae validava.
Finalmente, o mais importante agradecimento àquela que, novamente, revisou, releu,
Agradecimentoespecial aJoubertFloresFilho queem 1995,pelaAbramanRJ, marcou comentou, criticou, incentivou, cobrou qualidade e coerência em alguns assuntos,
um curso de PCM para os associados echamou-me para ser oInstrutor. Estávamos apoiou este trabalho e está ao meu lado há 47 anos: Ivone.
quebrando otabu de que aAbraman não deveria fazer treinamentos. Osucesso está Em 12 de março de 2008.
demonstrado na quantidade de treinamentos que aAssociação está fazendo hoje em
dia. Naquela época só se fazia um Curso de Gerência de Manutenção, uma vez ao ano.
Agora, depois de muito trabalho emuitos anos de amadurecimento, tive acoragem de Gil Branco Filho

mudar de uma apostila de PCM para esta obra, um pouco mais abrangente. gilbranco@gmail.com
gilbranc@unisys.com.br.
Devo agradecer à Abraman que novamente autorizou o uso da informação do
Documento Nacional de 2007, que também apoiou esta obra eautorizou ouso de seu
logo na capa, validando este trabalho.
Novamente agradecer àquele que sempre está ao lado da gente eda Abraman eque,
mais uma vez, continua não querendo sercitado.
Agradecer àFIM - Federación iberoamericana de Mantenimiento na pessoa do Eng.
Negrotti que apoiou esta obra epermitiu ouso do logo da FIM.
OesboçodaobratambémfoimostradoaoCAM-ComiteArgentinodeMantenimiento
nas pessoas do Eng. Carlos Marchio eEng. Rubem Edgardo Sambade que, do mesmo
modo que aAbraman, avaliaram este trabalho, avalizaram-no ederam oseu apoio,
autorizando-nos a usar o logodo CAMna capa.
Esta obra também foi mostrada à ACMI - Asociación Chilena de Mantenimiento
Industriai, napessoa do Eng. Patrício Concha, seu Presidente, que aavaliou, avalizou,
apoiou, eautorizou ouso do logo da ACMI.
Agradecer ao Eng. José Eduardo Gorini Lobato de Campos, Presidente da Abraman
neste biênio, que me honrou com prefácio, eao Eng. Joubert Flores Filho pelos seus
comentários na quarta capa.

Agradecer àAstrein Engenharia de Manutenção, na pessoa do Kívis edo André que


programaram ocomputador deles para mostrar as telas que atendessem aalguns de
meus exemplos bem como ofornecimento de slides, em 2002, sobre matrizes para
priorizaratendimentos.
ÀSemapi, na pessoa do Constantino Petroffque liberou algumas telas do Mantec para
uso neste livro.

ÀEngeman, na pessoa de Cassio Corradi que liberou várias telas para uso nesta obra.
* I ^Organização oPlanejamento eoControle da Manutenção

Controle da Manutenção, oengenheiro Gil Branco Filho édaqueles que consenue


venceradistanciaentreateoriaesuaadequadaaplicação nodia-a-diada manutenção
Tamhem consegue de forma magistral incluir aatividade de PCM na estruturLa
Manutenção Industrial ressaltando asua importância estratégica.
fr^fn^^eiT'*"'"7''°"''®''®"'""''"'''° pelo Gilcprova Sumário
errefutáveldoquantoelecontnbuiparaaformaçãodasfuturasgeraçBesdosplanejadores
gerentes de manutenção das nossas empresas.

José Eduardo Goríni Lobato de Campos


Presidente daAssociação Brasileira
Capítulo 1- Gerência de Manutenção ^
de Manutenção 2007-2009 1.1 -Resumo ^
1.2 -Pontos aconsiderar. ^
1.3-0 Que éaGerência de Manutenção na Empresa 3
1.4 - Afinalidade da Gerência de Manutenção ^
Capítulo 2- Estratégias de Gerenciamento de Manutenção 5
2.1 -Definições ^
2.2 -Estratégias usadas em manutenção ^
2.3 -Estratégia de Uso da Manutenção Corretiva 6
2.4 -Estratégia de Uso da Manutenção Preventiva ^
2.5 - Estratégia de Uso da Manutenção Preditiva 8
2.6 - Estratégia de Capacitação de Equipes
2.7 - Estratégia de Capacitação das Instalações
2.8 - Estratégia de Melhorias na Manutenção
2.9 -Por que selecionar alternativas ou mudar de estratégias? 13
2.10 - Uma sugestão para estabelecimento de estratégias 14
2.11 - O fluxograma resultante
2.12 - Comentários sobre estratégias 1°

Capítulo 3 - Os Custos em Manutenção


17
3.1 - Resumo
3.2 -AFormação da Empresa |'
3.3 - Ocenso de 1968 dos Estados Unidos l°
3.4 - Os custos de Manutenção na Inglaterra 1°
3.5 - Fatores adversos no custo e na eficiência da Manutenção 1°
3.6 - O custo na indústria química americana
3.7 -OCusto de manutenção na indústria espanhola 1^
3.8 - Ocusto de manutenção nas indústrias brasileiras 20
3.9 -Empresas com Manutenção com Previsão Orçamentária 21
3.10 - Comentários
Sumário XV
-XIV -I -A-Organização^Planejamentoe^o-Controleda^iíamitenção

11.12 - Os eventuais problemas 106 Capítulo 16 - Atribuições da Manutenção 1^5


11.13- Quem deverá fornecereste treinamento 107 16.1 - Resumo
11.14 - A ação do Gerente de Manutenção no treinamento 107 16.2 - Introdução
11.15- Comentários 108 16.3 - Atribuições básicas
16.4 - Atribuições complementares
Capítulo 12- Sintomas deGerenciamento deManutenção Inadequado 111 16.5 - Outras tarefas;
12.1 - Resumo 16.6 - Indique quem fará as atividades de planejamento econUole 142
12.2 - Introdução 16.7 - Conclusão
12.3 - Problemas típicos degerenciamento inadequado demanutenção 111
12.4 - Tempo de parada de equipamento muito grande 111 Capítulo 17 - Cadastro
12.5 - Níveisde produçãofracosdevidoà falhas 112 17.1 - Resumo 143
J
12.6- Baixaconfiabilidade dos equipamentos 112 17.2 - Introdução
12.7 - Os custos de manutençãoestão aumentando 113
17.3 - Definições de cadastro:
12.8- Comentários 17.4 - Tipos de Dados quecompõem o Cadastro
17.5 - Formulários para Cadastramento
Capítulo 13- Introdução aoPlanejamento daManutenção 115 17.6 - Critérios de cadastramento
13.1 - Porque planejar. 17.7 - Cadastro Manual e Informatizado
13.2- O que espera de um programa especialista 116 17.8 - Exemplo de Documentos

Capítulo 14 - Sistemas de Controle Manual ou Informatizado 117 Capítulo 18 - Codificação em Manutenção ^^3
153
14.1 - Resumo 18.1 - Resumo ^
14.2 - Introdução 18.2 -Introdução ^
14.3 - Tipos de Sistemas de Controle de Manutenção 118 18.3 - Porqueidentificar e codificar
14.4- Porque Informatizar a Manutenção 119 18.4-0 que codificar
14.5- Vantagens de cadatipode Controle 119 18.5 - Como Codificar
14.6- "Soft"de PCM - Desenvolvedor ou Comprar 120 18.6 - Cuidados ao montar um código
14.7- Comprado "Soft" de PCM- O que Analisar 122 18.8 - Identificação de Diretorias, Departamentos, Seções eoutros 156
14.8 - Implantação do Sistema de PCM Informatizado 124 18.9 - Identificação de Equipamentos para Manutenção 158
14.9- Dificuldades na Implantação de um Sistema Infonnatizado 126 18.11 - Códigos para controle de Histórico 1^^
14.10-Conclusão 18.12 -Problemas de alteração de códigos 1^^
18.13 - Alter^Ões prováveis de códigos 1®°
Capítulo 15- Seqüência deImplantação daManutenção Preventiva 129 18.14 - Conclusão e recomendação 1"'

15.1 - Resumo Capítulo 19 - Prioridades de Atendimento 1^^


15.2 - Introdução 129
15.3 - Definição de suasatribuições 129 19.1 - Resumo
15.4- Procedimento paracomos equipamentos 129 19.2 - Introdução
15.5 - Implantação da Manutenção Preventiva 130 19.3 - Convenções de prioridades 1
15.6 - Procedimento paracom os clientes 19.4 - Os sistemas numéricos 1^®
15.7 - Implantação do Registro das Manutenções Corretivas 132 19.5 - Códigos de Prioridades de Atendimento por Palavras: 171
15.8 - Definição dosControles 19.6-0sistema de prioridades por importância de equipamentos 174
15.9 - Definição dos responsáveis 19.7 - Uso do Sistema Matricial para as definições anteriores 175
15.10 - Revisão das Atribuições da Manutenção I33 19.8 - O sistema CUT
15.11 - Adequação do Organograma. 19.9 - Quem deverá definir aprioridade de atendimento? 17"
19.10 - Considerações:
15.12 - Comentários • J33
XVI I to-eo-ControIe-da^Manutenção Sumário XVil

Capítulo 20 - Ordens de Serviço 181 24.3 - Os formulários 220


24.4 - Os mapas de planejamento 220
20.1 - Resumo 24.5 - Os passos básicos da montagem do programa 224
20.2 - Introdução 181 24.6 - Considerações 232
20.3 - Projeto da Ordem de Serviço 181
20.4- Ordem de Serviço quechega até o PCM paraexecução 182
Capítulo 25 - Modos de Programação de Manutenção Preventiva 233
20.5- RETORNO da O.S.do executante ao PCM apósexecutada 185
20.6 - Arquivamento de Ordensde Serviço 186 25.1 - Resumo 233
20.7- Descarte do Documento Físicoda Ordem de Serviço 187 25.2 - Introdução 233
20.8 - Considerações 188 25.3 - Alternativas jde Periodicidade 234
20.9 - Exemplo de Ordens de Serviço 189 25.4 - Alternativa de preenchimento de mapa 236
25.5 - Programas de programação com Hierarquia e sem Hierarquia. 237
Capítulo 21 - Histórico de equipamentos 191 25.6 - Programações em função da característica operacional 240
25.7 - Outros modos de programar 243
21.1 - Resumo 191 25.8 - Programas com relação entre O.S 244
21.2 - Introdução 191
21.3 - Defínição
Capítulo 26-0 Controle do Desempenho da Manutenção 245
21.4 - De onde virá a informação colocada neste banco de dados 192
21.5 - Qual informação colocar neste Histórico 192 26.1 - Resumo 245
21.6 - Como colocar a informação I93 26.2 - Considerações iniciais 245
21.7 - Modo de montar umcódigo semavaliar a função do item 193 26.3 - Recordando conceitos 246
21.8 - Informações Adicionais I94 26.4 - Tipos de Sistemas de Controle de Manutenção 246
21.9 - Onde estão os códigos aqui mencionados 196 26.5 - Controle de Desempenho Manual 247
21.10 - A vantagem dos códigos I97 26.6 —O controle de Desempenho Semi informatizado 249
21.11 - Qual informação quedeve serdescartada e quando 197 26.7 - O Controle de Desempenho Informatizado 250
21.12 - Cuidadosno descarteda informação I97 26.8 - Considerações finais 254
21.13 - Recomendações 198
Capítulo 27 - Bibliografia e Obras de Referência 255
Capítulo 22 - Procedimento de Manutenção Padrão 199
22.1 - Resumo
22.2 - Introdução
22.3 - Como elaborar o PMP e o que considerar 201
22.4 - A Organização dos documentos 201
22.5 - Codificação dos Procedimentos de Manutenção Padrão 203
22.6 - Considerações sobre o Procedimento deManutenção Padrão 205
22.7 - Passos namontagem deuma Instração deManutenção 207
22.8 - A Análise Prevencionista de Tarefas 214
22.9 - Recomend^ões 215
22.10- Conclusão 216

Capítulo 23- A Programação dos trabalhos aperiódicos 217


23.1 - OUso deProgramas especialistas em programação aperiódica 217

Capítulo 24-0 Programa Mestre deManutenção Preventiva 219


24.1 - Resumo 219
24.2 - Introdução 219
Capítulo 1

Gerência de Manutenção

1.1 - Resumo
Esta parte deste trabalho discute etrata sobre os diversos tip>os de organizações de manutenção,
do ponto de vista físico e do administrativo.
Trata também sobre como fazer com que amanutenção produza trabalhos ereparos confiáveis,
atempoeahoranecessária, usando umaorganizaçãocorreta, um planejamentoadequado emedido
eavaliado porindicadores certos para o momento daempresa.
Após consultaadiversas obraseespecialistaseste resumo foi efetuado. Longedepretenderestar
comaúnicavisão sobreoassunto, éanossaintençãoapenas alertarparaalguns dos pontos básicos
aqui expostos. Com osconhecimentosdestes pontos pioderemos melhordecidirsobre eles, dentro
das váriasnuançasem que se apresentarão.
Como no mundo atual, tudo gira em função de finanças, este assunto étratado adiante edepois
repetido nolivrosobre Indicadores deManutenção.
Segueocapitulosobre oManual de OrganizaçãodaManutenção, esobreoque deve constarnele
e examinamosos assuntosnecessários neste manual,um a um.
Depois entramos no assunto PlanejamentoeControle das Atividades de Manutenção, conhecido
também como Planejamento eControle deManutenção, ouapenas "PCM".
Para facilidade do leitor, incluímos um capítulo com definições sobre o que certas palavras e
algumas expressões significam neste trabalho. ConvidamosaadquiriroDicionáriodeTermosde
Manutenção, QualidadeeConfiabilidade, pois nele existe umagrande quantidadedeverbetes sobre
nossa área, bem discutidos eexemplificados, com palavras em inglês ecom sua tradução para o
português.
Anexamos um pouco de história, com algumas notas sobre a evolução das organizações de
manutenção ao longo do tempo, com alguns dados históricos. Aevoluçãoéanalisadasob oponto
de vista das instalações de manutenção, do ponto de vista da administração da manutenção, de
subordinação hierárquica da manutenção na empresa, bem como evolução do ponto de vista
gerencial.
Capítulo 1—Gerênda de Manutenção j 3
OTgãnizãção oPlãnsjãmento eo Contrõlê^a'^íãiiiít6íí^ü~
1.2 - Pontos a considerar.
Em seguida chegamos às Organizações Atuais, eexaminamos não só do ponto de vista d^ Conforme as empresas crescem, a possibilidade de uma atuação empírica fica reduzida. A
instalações como dos típos de administrações, verificando as vantagens edesvantagens de cada necessidade deaumento dalucratividade, acompetição industrial, alutapelasobrevivênciaobriga
um dos tipos de instalações bem como de administrações.
FazemoscomentáriossobreasdiversaspossibUidadesdesubordinaçâohierárquicadamanutenção a aumento de produtividade e de lucratividade.
Énecessário que nos diversos escalões da empresa existam pessoas com conhecimentos para
dentro de uma empresa, discutindo alternativas, suas vantagens edesvantagens. organizar, prever, planejar, estabelecer prioridades,reunir recursos necessários no momento
Tratamos
finalidade,sobre afunção Planejamento eControle na Gerência
dentrodapolíÜcaempresarial.bemcomotratamos de Manutenção. Sobre a sua
sobrealgunsreqmsitosehabihdades oportuno e na quantidade adequada, e medir os diversos custos resultantes dos diversos fatores
e decidir pelo melhor.
dos componentes daequipe. ohomememsi. ohomemcomoencarregado, supervisorou gerente
esobreoconjuntodehomensque.atuandojuntosdeformaorganizadaeplanejada.formamaequipe Planejarcom visão total éumatarefadaqual depende aprodutividadedaempresacomo umtodo.
e a manutençãoé umadas responsáveis na obtençãodesteobjetivo.
de colaboradores de manutenção.
Depois.oassunto"Treinamento"paraosprofissionaisdemanutenção.poistreinamentosempre Ohomem demanutenção prudente antevê asdificuldades eseprepara paraelas; osimplório vai
aoencontro delas cegamenteeaempresasofre asconseqüências. Ohomem sábio vêlonge. Otolo
deve ser feito. Aobservação pessoal deve influirna escolha dos cursos para todo opessoal que tenta enganar a si próprio, não enfrenta a realidade.
trabalhaem manutenção.
Em Manutenção existe uma série dedesafios e decisões antecipadas, apardeconhecimentos de
Aobservação eavaliações de desempenho devem ser usadas como base para solicitação de técnicas próprias para que seja possível minorar asconseqüências do inevitável: odesgaste dos
treinamento e cursos parao seupessoal.
equipamentos e asfalhas. '
No andamento trata-se sobre sintomas típicos de gerenciamento inadequado em Manutenção, e AManutenção existe porque serviços dereparo devem serprestados. Estes serviços devem ser
algumas considerações sobre as vantagens de um bom gerenciamento, sobre opnsmaque deve de uma formaeficiente,produtiva,eficaze ordenada.
serencarado qualquer investimentoem melhorar odesempenho damanutenção como um todo.
sejade qualquer ponto de vista: de pessoal, de métodos, de gerenciamento, etc. Ordenadaparaque sesaibaoque sedeve fazer. Ordenada paraque sesaibaoque sedeve esperar
Em todo ocaso. deve-se estar sempre alerta paraofato de que nenhuma situação épermanente. daequipeeoqueaequipedeveesperar. OrdenadaparaqueaequipedeOperaçãosaibaoqueesperar
equeesquemasque funcionamemumlocalpoderâo nãofuncionarem outros.porproblemasque das máquinas, saiba quando as máquinas deverão parar para manutenção e quando retomarão
aspessoastrazemeadicionam.DificilmenteexistemduassituaçÕesiguais.masexistiremsitu^oes disponíveis para operação, e como retomarão. Isto sóé possível com uma equipe capacitada
(treinadaeequipadacom ferramental adequado), planejada, controladaeparticipativa.
semelhantesébastantecomum. Comhabilidadeasdiferençasserãolocalizadaseumaboasolução
será encontrada, e umbom atendimento garantido. A Manutenção deve prestarseus serviços comqualidade. Suasrotinasde trabalhodevemser
previamente analisadas, redigidas, aprovadas eentão seguidas.
Como"bomatendimento" nósqueremosdizerqueteremosqualidadedeserviços,ouseja: ocusto
finalomelhorpossível. trabalhoscomdatadeinícioecomprazoparaterminar.umaeqmpetremad^
com moral elevada executando tarefas de modo seguro. QUALIDADE TOTAL é: aqualidade 1.3 - O Que é a Gerência de Manutenção na Empresa
intrínseca, custo, atendimento, moral esegurança (Falconi. 1989). AGerência deManutenção é uma parte integrante daempresa e tem como finalidade gerira
Devemos atender bem ena hora certa, otrabalho deve ser executado com amelhor qualidade manutençãono sentidomaisamplopossívelda palavra.
possível,ocustofinal deveseromenorpossível,amoral
osdemaisdeveserperfeitoe,finalmente. daequipeeseuposicionamentoperante
deveexistirtrabalhoemsegurança.nãosóparaeles.mas Conforme ovemáculo "Gerenciar" éoatodegerir, e"gerir" éoatodedirigir, deadministrar, de
govemar, (Aurélio 1999).
também para os demais (aqueles para os quais prestamos serviços). Pedidos de serviços que "Gerência de Manutenção" é um conjunto de atos. normas e instruções de procedimentos
possamserexecutadosfora denormas epadrõesde segurançanãodevemseraceitos. Segurança pertinentes aum sistemade manutenção, quedáo objetivo paraaequipede manutenção como um
é para todos.
todo.e para a organizaçãoa que ela serve.
Seguimos montando um sistema de Planejamento eControle de Manutenção, supondo que sua
empresa vá usar este recurso como estratégiade melhoria de produtividade eredução de custos
da empresa. Favor não confundir redução de custos na empresa com redução de custos em 1.4 - Afinalidade da Gerência de Manutenção
manutenção,poisnemsemprereduzirdespesasemmanutençãotrarámenorcustooperacionalfinal. Afinalidade daGerência deManutenção emuma empresa:
Já vivenciamos casos em que oaumento de produtividade foi muito grande, com apenas um Definir metas eobjetivos através de normas de procedimento ede trabalho para que seobtenha
pequeno aumento nas despesas efetuadas em manutenção. um melhor aproveitamento depessoal, máquinas emateriais em uma organização.
Raras são as empresas que podem operar fora depontos ótimos, nos dias dehoje.
^ j ÃlDr^aniy^çãn nFlaíiejámento eoCõJTtfOlcda MaiiuteUÇüu
Paraque ametasejaatingidaéfundamental queestespontossejam definidos. Éfundamental que
existaumaestruturaadequada, eque existaumaequipecomalguns requisitos adequadosque serão
comentados no decorrer do trabalho.
Capítulo 2
Comojácitamos,competeàGerênciadeManutenção: definirsuasestratégias (comoresolveremos
osproblemas de manutenção); compete aela. Gerênciade Manutenção, definir as competências
mínimas deseuscolaboradores bemcomo aquantidade eespecialidades; definiro treinamento e
retreinamento deseuscolaboradores; definirasnecessidades materiais e financeiras parasuas
tarefas, definiroque será controlado ecomo será controlado; compete aGerência definir quem
deverá agirequando, sempreque os resultados nãoforem os adequados ao momentodaempresa.

Estratégias de Gerenciamento
de Manutenção

Pararesolverosproblema que irãoacontecer, oGerentede Manutençãodeverápensareplanejar


comantecedência como iráequacionar e resolver oseventos nasuaárea.
Para começar vamos fazer algumas definições.

2.1 - Definições.
A seguiralgumas definições como usaremos nestaobra.
Estratégias: Artedeaplicaros meiosdisponíveis comvistaàconsecuçãodeobjetivosespecíficos.
Planejamento: Processo que leva ao estabelecimento de um conjunto coordenado de ações
visando àconsecução dedeterminados objetivos.
Programação: Oplano de trabalho de uma empresa ou organização para ser cumprido ou
executado dentro deum determinado período detempo.
Controle: Fiscalização exercida sobre atividades de pessoas ou departamentos para que não se
desviem de normas preestabelecidas. Deve incluir atividades de correção de eventual desvio.
Manutenção: Todas as ações técnicas eadministrativas que visem preservar oestado de um
equipamento ou sistema, ou para recolocar oequipamento ou sistemade retomo aum estado no
qualelepossacumprir a função.
PlanejamentoeControledeManutenção: Conjuntodeaçõesparapreparar,programar, verificar
oresultadodaexecuçãodas tarefasdemanutençãocontravalores preestabelecidoseadotarmedidas
de correção dedesvios paraaconsecução dos objetivosedamissão da empresa, usando os meios
disponíveis.

2.2- Estratégias usadas em manutenção.


Diversas são as maneiras de aplicar recursos para obter as suas metas.
Aseguir descreveremos as mais usadas, que devidamente combinadas trarão os resultados
esperados eplanejados (com base nadefinição fornecida).
w

Capítulo 2 - Estratégias de Gerenciamento de Manutenção

A manutenção corretiva seria usada onde é mais barato reparar depois da falha do que usar
Estratégiasdeuso deManutençãoCorretiva, de Manutenção Preventiva,deManutenção Preditiva, programas de inspeção ou de revisões periódicas.
deCapacitação das Equipes, de Capacitação das Instalações, denovas Técnicas eMelhorias na Em algumasindústrias pode ser a melhor maneirade funcionar. Nãosão necessáriospadrões de
Manutenção, deIntrodução deProgramas deQualidade, deReengenharia, etc. qualidade altos, e as demandas de produção são pequenas.
Analisaremos uma a uma e suas eventuais conseqüências, se aplicadas sozinhas.
Omelhorrendimento é aaplicação detodas elas, devidamente balanceadas paracadacaso, para 2.3.4 - Onde não é aceitável apenas MC.
cada empresa, onde asensibilidade doadministrador é que deverá dosar adequadamente. Não é aceitável o uso, não deve ser aceita e não deve acontecer principalmente em: unidades
nucleares, em aviação, unidades aeroespaciais, indústrias farmacêuticas, indústria de alimentos,
etc. Genericamente, em locais onde a eventual falha trará risco à vida e ao meio ambiente.
2.3 - Estratégia de Uso da Manutenção Corretiva.
2.3.5 - Comentários sobre apenas MC.
2.3.1 - Definição de MC.
Usualmente algumas indústrias começam pela manutenção corretiva.
Manutenção Corretiva - Todo o trabalho de manutenção realizado em máquinas que
estejam em falha, para reparar a falha. O uso de apenas manutenção corretiva é uma conseqüência do desconhecimento de melhores
Oreparo de uma falha pode serfeito logo que acontece ou serfeito emdataposterior. Sefeito em técnicas de gerenciamento e administraçãoda manutençãoe da conseqüênciade não existir um
dataposterior,elapoderáserprogramadaeplanejadaparaumadataposterior. Assimamanutenção acompanhamento dos custos da manutenção e suas conseqüências sobre o processoprodutivo,
corretiva pode serprogramada eplanejada parauma data posterior afalha. o

AsManutençõesCorretivas Programadas, então, sãotarefas deremoçãodefalhas em dataposterior 2.4 - Estratégia de Uso da Manutenção Preventiva.
ao eventofalha,ficandoa máquina emestadodepane, até a data do reparo.
As tarefas demanntençãnbaseadanacondição,ouseja, deficiências encontradasemmáquinasque 2.4.1 - Definição de MP.
não estão em falha não são manutenções corretivas.Existem muitas empresas que usam esta
terminologia, quenos pareceinadequada. Asdefinições queestamosexpondo possuem, todas elas, ManutençãoPreventiva- Todoo trabalhode manutençãorealizadoemmáquinasqueestejamem
base em normas nacionais e internacionais.
condições operacionais, ainda que com algum defeito.
Ver norma ABNT - 5462-94.
Aquela manutenção que não puder ser adiada para data posterior, ou programada, deve ser
consideradaManutenção CorretivadeEmergência (aconteceu agorae preciso fazer agora). As definições que você usar na sua empresa, deverão estar bem estabelecidas e bem claras, com
As definições que você usar nasuaempresa, deverão estar bem estabelecidas ebem claras, com exemplos,no seu Manual de Organização de Manutenção, na parte "definições"ou na parte
exemplos, noseu Manual deOrganização deManutenção, naparte "definições" ouna parte "significado das palavras".
"significado das palavras".
2.4.2 - Conseqüências do uso de apenas MP.
2.3.2 - Conseqüências de apenas MC. A maior conseqüência de usar apenas manutençãopreventivaé financeira.
Ouso daestratégia Manutenção Corretiva, apenas, leva auma contínua elenta degradação das Éumamanutençãoquepodesermuitocaraeque exigeparadasdemáquinas grandesparacumprir
máquinas e dainstalação onde poderá acontecer perda de produção, risco à integridade das suasrotinasque,usualmente,podemser coihplexaseonerosase muitasdas v^es desnecessárias.
instalações, liscosdedegradação do meioambiente eainda, oqueémais grave, trazerriscos àvida Ver os estudos sobre Manutenção Centrada em Confiabilidade.
humana, nãoSÓdosempregados, mas também dos clientes eusuários dosprodutos. Internamente, Normalmente as rotinas de manutenção preventiva não consideram a carga de trabalho das
oambienteétenso, aspessoas trabalhampordemaispreocupadascomopróximoproblemaemuitas máquinas,não dão um tratamentoespecialparaefetuaras tarefasde manutençãoe as rotinasde
vezes fazendo improvisações. mododiferenteemlocaisdiferentes e,muitasvezes, usamsobressalentesemdemasia. Estasituação
Assim,normalmenteosacidentes ocorremcommais freqüências eosníveis deacidentes sãomais é, normalmente, evitada com o uso de outras técnicas, como a Manutenção Centrada em
elevados que em outras estratégias. Existe maior perda deproduto. A matéria prima não é Confiabilidade (MCC), ManutençãoProdutivaTotal (MPT), etc.
otimamenteusada. Existem sempre os"salvadores dasituação" paraqueaprodução sejaentregue
a tempoe com qualidadeduvidosa. 2.4.3 - Onde é aceitável apenas MP.
Aparecementão, astradicionaisdesculpassobreacausadomaufuncionamento eporqueotrabalho Ousodeapenas manutençãopreventivaéaceitável ondesedesejamanterasituaçãoatual porque
não foi concluído. O eterno conflito entre manutenção e operação. seestásatisfeito comela.Julga-se quemelhorias sãodesnecessáriasequeocustodasmanutenções
estábom. Normalmente existe oparadigma: "time que estábemnãosemexe". Oproblema éque
2.3.3 - Onde é aceitável apenas MC. os outros times estão melhorando e logo estaremos ultrapassados.
Ouso deapenas manutenção corretiva éaceitável onde não existem assituações acima citadas e Você deseja ser ultrapassado na competiçãoindustrial?
onde for o modo mais barato de conduzir a manutenção dos ativos.
•T
1

§
Capítulo 2 - Estrat^as de Gerenciamento de Manutenção
8

2.4.4 - Onde não é aceitável apenas MP. A estas tarefas de manutenção preventiva, detectadas como necessárias, antes da falha, vamos
chamar de "Manutenção Preventiva Baseada na Condição" ou "Manutenção Preventiva por
Nãoéaceitável usarapenas amanutenção preventiva sistemáticaquando vocêdevetomarmedidas Estado".
paraaumentar a vidaútil dosequipamentos, onde a empresa precisa aumentar a lucratividade e
precisa reduzir seus custos. Isto deverá estar bem definido e bem claro no seu Manual de Organização de Manutenção.
Isto é uma realidade na maioria das empresas.
2.5.3 - Onde é aceitável a MD.
Onde o custo da falha é grande.
2.4.5 - Comentários sobre apenas MP.
Freqtlentemente usa-se aManutenção PreventivaSistemática, dentrodoscritérios preconizados Onde as despesas com esta técnica são menores que as eventuais despesas e gastos com reparos,
pelosfabricantes, o quejá é umagrande evolução sobreo usode apenas manutenção corretiva. custos de indenizações e custos de perda de produção.
Como sabemos, o fabricante entende muito do equipamento que ele fabrica e sabe muito bem o
que é necessário para que o equipamento funcione bem. ^2.5.4 - Onde não é aceitável a MD.
Oproblema équeele,o fabricante, aoproporrotinas de manutenção preventiva sistemáticanem Onde o custo desta técnica não trará vantagem financeira para a empresa. Em locais onde se faz
sempreconsidera acargadetrabalhodoequipamento,nãoconsideraascaracterísticasdolocal onde MD apenas por fazer. Apenas para poder dizer: temos monitoração preditiva.
eleestáinstaladoe nemas interaçõesdoequipamento comoutrosequipamentos ou sistemas.As Por absurdo, não faz sentido montar um sistema de monitoração de ruídos e vibraçãQ,-^e
vezes a carga de trabalho é maior que a esperada. acompanhamentoinstrumentadoda vidade umrolamentodeumabombade filtragemde^gua de
Conforme registrado porautores sobreManutenção CentradaemConfiabilidade, emalguns casos, uma piscina residencial, com bomba de reserva instalada.
oprograma demanutenção preventiva écomposto derecomendações dofabricante pararessalvar Umproblemacomestabombade filtragemfarácomqueabombade reservasejaacionadaeabomba
os interesses dele, o fabricante, durante o período de garantia. quesaiudecargapoderáserreparada. Iremosgastarmaiscomestesprocedimentos e equipamentos
Tenhaem mente que muitos fabricantes, atualmente, já estão mandando recomendações de de monitoração do que com o reparo do item.
manutençãodentrodasmelhores técnicas eestratégiasparaaumentaravidadoequipamento, para
produzircom qualidadeesemcolocaremrisco vidas, meio ambienteeasaúdefinanceira daempresa 2.5.5 - Comentários sobre o uso de MD.
usuária do equipamento. A monitoraçãoe os procedimentosdemanutençãodeterminadosemconseqüênciada monitoração
Muitos fabricantes já mandam recomendações para que os gastos em manutenção sejam os são uma das formas mais eficientes e mais baratas de estratégia de manutenção, em unidades
mínimos,permitindoassim maiorprodutividadee segurança. industriais onde o custo da falha é grande.
Noteque asprovidênciasdeterminadasem conseqüênciadeuma inspeçãoou monitoraçãopreditiva
/2.5 - Estratégia de Uso da Manutenção Preditiva. serão ordens de serviço de manutenção preventiva ou manutenção corretiva se a falha já estiver
instalada.
Algumas empresas, erroneamente no nosso entender, chamam de manutenção corretiva progra
-2.5.1 - Definição de MD.
mada as tarefas de Manutenção Baseada na Condição ou se preferirem. Manutenção por Estado.
Manutenção Preditiva - Todo o trabalho deacompanhamento e monitoração dascondições da
máquina, de seus parâmetros operacionaise sua eventual degradação. Se o item aindadesempenhaafunção, todo e qualquer trabalho realizado nele não pode ser chamado
de corretiva. Se indevidamente chamado de "corretiva" fará com que os indicadores de tipos de
Nocontexto queestamos definindo, tarefas resultantes deMonitoração Preditivaseiãotarefas de manutenção sejam desnecessariamente distorcidos. Neste caso, a quantidade de manutenção
Manutenção corretiva ou Manutenção Baseada na Condição ouManutenção porEstado, como corretiva será falsamente maiorque a real, o que dará um percentual maiorde manutenção corretiva
queiramdefíniro queresultade umapreditiva. apontado.
Asdefínições que vocêusarna suaempresa,deverãoestarbem estabelecidase bem claras,com No exemplo da bomba da piscina, uma inspeção periódica detectará o problema. Estamos
exemplos, no seu Manual de Organizaçãode Manutenção, na parte "definições" ou na parte enquadrando a inspeção não instrumentada como uma das técnicas de manutenção preditiva.
"significado das palavras".
As inspeções não instrumentadas (com os seus cinco sentidos), as inspeções instrumentadas para
aumentar a sensibilidade dos sentidos e constatar outras variáveis, a monitoração "on line", as
2.5.2 - Conseqüências desta definição. técnicas de análise de óleo lubrificante, de termografia, de medição de ruídos e de vibração em
Como acima definido, as conseqüências das ações de preditiva são apenas três: equipamentos, testes e ensaios não destrutivos e periódicos são um modo de aumentar a vida do
Ou não é necessário fazer nada, pois a máquina está em bom estado; ou se fará uma manutenção equipamento e de fazer menor quantidade de preventiva sistemática, ou melhor, fazer apenas
preventiva, antesdafalha,ou finalmente, sefaráumamanutenção corretiva, casoa máquinaseja quando for necessário.
encontrada já em estado de pane, ou seja: esteja em falha.
T

Capítido 2 - Estratégias de Gerenciamento de Manutenção 11


to

Capacitação Profissional - Conjunto de conhecimentos e habilidades obtidas através de


Para facilidade deentendimento, colocamos a seguir, sob forma deorganograma, ostipos de formação, treinamento e/ou experiência,que tomam um indivíduo apto a exercer uma ocupação.
manutenções devidamente aberto para transmitir oque usamos erecomendamos.
As definiçõesque vocêusarna suaempresa,deverãoestarbemestabelecidas e bem claras, com
Note que este exemplo anterior éapenas uma maneira de separar atividades. exemplos, no seu Manual de Organização de Manutenção, na parte "definições" ou na parte
Outros autores usamdefinições diferentes. Estaé nossapercepção nestemomento. "significado das palavras".
Outros autores usamdefinições diferentes. Estaé nossapercepção nestemomento.
MANUTENÇÃO 2.6.2 - Quando usar.
Tipos Quando for necessário dotar a equipe de manutenção e seus executantes de conhecimentos
adequados para que eles executem os reparos no menor tempo possível e com os melhores
PREVENTIVA CORRETIVA PREDITIVA resultados.
(tnUiiia filha} Jipóaaralha} (tantaravBaraWha)
pode ser planejada sempre planejada
sempre planejada Quando um dos indicadores de qualidadedos serviços,conhecidocomo "Retrabalho" for a um
Prosramada acompanhamento
nível não aceitável e atribuído à má qualidadeou despreparoda mão de obra.
Sistemática Por Oportunidade
Oaqua a máquina «sU (Quabrau agora ma* ou por método*
bdanMUzada .Estatísticos
parada «amoafazai) poaao faiar *m outra daia)
«U COMTOtt ffltnuil

monitoração
2.6.3 - Como detectar a necessidade.
NSo Programada
pordtM
porprsduçlo
(Quabrou agora a praclao
fazaragor^
dotam
Procurando, verificando, testando os colaboradores que nos auxiliam no dia a dia.
par hora d* fundoiunMitto
A maioria dos colaboradores procura fazer as tarefas do melhor modo que eles sabem.
por ciclo8, ate, Local
Pouquíssimos terão coragem de dizer: isto eu não sei direito.
ReconstruçSes Grandes reparos
(quando amtqiiina aalda Remota. Assim, muitahabilidadeénecessáriaparaencontrarestanecessidade. Existem treinamentos que
{qumdo amáquina aalda';
carga para modtflcatto) , carga para larrafalta) devem ser feitos periodicamente, por exemplo, capacitação em rolamentos, hidráulica básica,
LubrlTicaçao Baseada na CondiçSo inediçSo de noções de pneumática, curso de lubrificaçãoindustrial,curso de solda, etc.
(confoim* datactado am parimairo*
.(lodaaastaralat)
rotInaadaptadUV*) Digoperiodicamente,poisexistearotatividadedemãodeobraeosnovosprofissionais quechegam
-Inspeções à empresa devem ser treinados.
Sistemática (ailMdadad*
InmaalBeá'} Quanto mais os seus colaboradores souberem, melhor se desempenharão em suas tarefas.
Incorporada tnstrumentada
Oriente-ospara buscaremcertificação no PNQCda Abraman. Lá existeum teste para diversas
notam
especialidades muito bem feito que lhe informará sobre o nível de conhecimento de seus
Náo
colaboradores. Este testejáestá disponível para várias especialidades. Existem apostilas gravadas
Instrummrtada em CD para diversas especialidades.
Nãoesqueça: treine-os,comaajudadofabricantedosequipamentos,nassuas máquinasvitais ou
Figura 02-01 - Organograma demonstrativo deTipos deManutenção. nas que mais estão dando problemas.
Se a sua empresa tiver um bombanco de dados,umapesquisa de falhasusando a Distribuiçãode
WeibuU,se o beta encontrado for "menor que um" é um sintoma de que pode haver deficiência
2.6 - Estratégia de Capacitação de Equipes. de conhecimento, entreoutrascausapossíveis.

2.b.1 - Definições. 2.6.4 - Quem deve executar a capacitação das pessoas.


Capaz -Que tem competência ou aptidão. Oque tem capacidade. Oque tem habilidade. A área de Recursos Humanos é responsávelpor implantar e executar os treinamentos identificados
Capacitação de Equipes • Seqüência de eventos que inclui conscientização, treinamento, comonecessários para a corretaexecuçãodas tarefas;estabelecerprocedimentospara a realização
fdiiraçã" efilosofia de vida. para proporcionar conhecimentos ehabilidades auma equipe de de cursos internos e externos; cadastramento de instrutores internos e externos.
profissionaisparaqueelaestejaaptaaexercerumconjuntodetarefasnaespecialidadeouprofissão,
dentro de preceitos eespecificações que atendam arequisitos de qualidade do processo ou do 2.6.5 - Comentários sobre o treinamento.
prestador de serviços.
É da responsabilidade do Gerente e da supervisão da sua equipe detectar necessidades de
CapacitaçãoPessoa!-Seqüênciadeeventos que inclui conscientização, treinamento, educação treinamento, colocarnoorçamentoe fazercumpriresteorçamentoparaquesuaequipesejatreinada
efilosofia devida, para proporcionar conhecimentos ehabilidades aum profissional ouauma e capacitada.
pessoa para que ela esteja apta a exercer uma determinada profissão, dentro de preceitos e
especificações que atendam arequisitos de qualidade do processo ou do prestador de serviços. Para recordar colocamos a definição de Manutenabilidade:
Capíttdo 2 - Estratégias de Gerenciamento de Manutenção 13
12 AO

Parareforço relembro adefinição deManutenabilidade: Probabilidade dequeumItemavariado


Probabilidadede quelunItemavariadopossasercolocadonovamente emseuestadooperacional, •1

possasercolocado novamente emseuestado operacional, emumperíodo detempo predefinido,


emumperíododetempopredefmido, quando aManutençãoérealizadaemcondiçõesdetermina 4
quando a Manutenção é realizada Vem condições determinadas, e é efetuada comos meiosU e
das, eTT^ pfptuada rnm na meio^ pprnrpdimentOS eStabelecidOSU. (O grifO énOSSO) procedimentos estabelecidos, (grifo é nosso).
Note que não grifamos "tempo predefmido" porque tudo éuma conseqüência do nível de Comofizemosnotar antes,não grifei"tempopredefinido"porquetudoé uma conseqüênciada
conhecimentoedaexperiência, dacapacitação de seupessoalede suainstalação de manutenção. capacitação depessoal edeinstalação. Vocêpodedefinirumtempo demasiado e conseguir fazer
Oprogramadorpoderádefinirumtempodemasiadoparaumatarefa. Osexecutantesconseguirão notempo demasiado definido, masestetempo pode serodobro ouo triplo dotempo necessário.
fazer dentro deste tempo que poderá ser maior que otempo necessário.
2.8 - Estratégia de Melhorias na Manutenção.
2.7 - Estratégiade Capacitação das Instalações. 2.8.1 - Definição.
Melhorias na Manutenção- O usoe introduçãode novosmétodose novastécnicaspara tomar
2.7.1 - Definição. as atitudes e os métodos de trabalho mais eficientes e produtivos.
CapacitaçãodasInstalações-Conjuntodemedidaseplanosparaobteráreaeespaçonecessário
bemcomoseqüênciade aquisiçõesdemateriaiseferramentas paradotarumaequipeou umaseção 2.8.2 - Quando usar.
de recursos necessários para que possam executar um reparo dentro dos padrões aceitos como Quando você precisa melhorar e não sabe o que fazer e nem como.
corretos.
Usadaparamudaro tipodosreparos e o modo daspessoas agirem paraqueos problemas sejam
Capaz -Que tem competência ou aptidão. Oque tem capacidade. Oque tem habilidade. resolvidos adequadamente e não mais se repitam.
Capacitação de Instalações: conjunto de medidas para dotar as instalações com ferramentas,
instrumentoseequipamentosparaquesejapossívelexecutardeterminadastarefascommãodeobra Fazer o reparo resolvendoo problemade modoque ele não volte a ocorrer.
qualificadaecapacitada. A busca contínua da melhoria usando novas técnicas e novas descobertas em métodos de
gerenciamento, novosmétodos deavaliação deprogramas demanutenção.
As definições que você usarna suaempresa, deverão estarbem estabelecidas ebem claras, com
exemplos, no seu Manual de Organização de Manutenção, na parte "definições" ou na parte Exemplos quecitamos: ousodatécnicadaManutenção ProdutivaTotalcomseusquestionamentos
"significadodaspalavras". sobre como deve ser tratadoo equipamento, quemdeve cuidare comodeve ser cuidado.
Outro exemploé o uso da metodologia da Manutenção Centrada em Confiabilidade com seu
2.7.2-Quando Usar. questionamento de "UporqueestatarefaestásendofeitaU?"ou"Uporque estatarefanãoé feita
de outro modoU?".ou "Uporque estaoutratarefanãoé feitaU?"ou ainda"Uporque esta tarefa
Quando forem notadas improvisações ereparos, quando feitos acima do tempo médio que se é feita nesta periodicidadeU?".
esperavafazer efor resultado de instalações inadequadas ou de má qualidade.
A MCCainda questiona:porqueesta falhaocorre? O que fazerpara que esta falha não ocorra?
Quando um dos indicadores de qualidade dos serviços, conhecido como "Retrabalho" for aum
Nada como fazer um bom estudo de FMEA.
nível não aceitável eatribuído àmá qualidade ou inadequação das instalações.
Emconseqüência: o que deveremos mudar emnossoplanode manutenção preventiva paraque
esta falha nunca mais aconteça?
2.7.3 - Quem deve detectar a necessidade.
Istoé válidoparafalhas de gravesconseqüências e quedevem serevitadas, poispodemcausar
Os gerentes, os engenheiros, supervisores eencarregados, eisto, antes dos clientes mortes, ferimentos ou graves danos ao meioambiente,à propriedadeou às finançasda empresa,
caso aconteçam.
2.7.4 - Comentários. Lógicoqueexistemdezenasdetécnicase ferramentas dequalidadequemelhoramo desempenho
Estepontoéumpoucodifícil.Estamosfalando dematerial necessário enãodedesejosdetécnicas da equipe e reduzem custos.
super sofisticadas que, às vezes, não encontram respaldo técnico ou financeiro.
Jáencontramos casos em que odesejo do supervisornão sejustificava. Aferramenta só poderia 2.9 - Por que selecionar alternativas
ser usada com ganho de 10% no prazo de execução, financeiramente injustificável para uma
projeção de quinze anos. Atarefa eraexecutadacom eficiência esegurançacom as ferramentas ou mudar de estratégias?
disponíveis. Paraobterinstalaçõesproduzindopormaistempo,commáquinasmaisconfiáveisem seusciclos
de trabalhos e com o menor custo necessário.
w

14
e o Controle da Manutenção Capítulo2 - Estratégias de Gerenciamento de Manutenção 15

Paraobternasinstalações: aumentode disponibilidade, aumento de confiabilidadeeminimização treinamento desejável ereciclagem. Manutentores comsólidos conhecimentos desuaespeciali
de despesas. Para que seu trabalho ede seus colaboradores seja gratificante ecompensador. dade. Necessáriaou desejável mãodeobraqualificadaecertificada. Recomendamos veroprograma
PNQC da Abraman.
Paraque sua empresaseja mais forte.
Grupo 3 - Mesma oficina e mão de obra; parece-nos desnecessários programas depreditiva e
monitoração; podeserdesnecessáriaaPreventivaSistemática, podendo terprogramas deinspeção
2.10 - Uma sugestão para estabelecimento de estratégias. visual; pode serque sejamais econômico fazer apenas amanutenção corretiva. Manutentores com
Paramaximizar a eficiência desuamanutenção, a seguir sugerimos umprocedimento quenos conhecimentos médios em sua especialidade. Desejável mãode obraqualificada e certificada.
parece adequado, entre os diversos procedimentos que podem ser usados. Recomendamos ver o programa PNQC da Abraman.
Mais ou menos dentro do seguinte: Concluindo: este seriaumesboçobásicoparamontarsuas estratégias demanutenção, considerando
A—Classifiqueseus equipamentosdentrodos critérios colocados naparte"Definições adiante. aempresa, olocal das instalações, osriscos envolvidos easeventuais perdas financeiras emcaso
de falha.
B- Divida osequipamentos separados pelos critérios emgrupos.
C- Tratecadagrupocomprocedimentos diferentes.
Exemplo:
2.11 - O fluxograma resultante.
A seguir um fluxograma que pode ser usado:
Sem perda de generalidade, vamos supor que você encontrou equipamentos que se falharem
colocamemrisco avidahumana, podendo trazeratérisco de morte. Duranteamanutenção, existem
riscos graves para os manutentores. Classificar os
Equipamentos
IgualmentevocêpoderáencontrarequipamentosquedaiSoparadatotaldeprodução,poissãovitais
e únicos.
Outros equipamentos darão apenas pequena perda de produção. Em alguns outros, ocusto do
reparo éapenas ocusto de reparar. Não trazem risco àvida enem param produção. Separar em
Você classifica em, porexemplo, três ouquatro grupos. Vamos usar aqui apenas três grupos. grupos

Grupo 1: granderisco de acidentes (risco àvidaepoluição ambiental) egrandes perdas em casò


de eventual falha.
Grupo 2: pequenos risco de acidentes epequenas perdas em caso de eventual falha.
Grupo 3: nenhum risco de acidentes eapenas ocusto do reparo em caso de eventual falha.
Lógico que estamosreduzindoestaclassificaçãobastante esimplificando do mesmo modo, por Grupo 1: Grupo'2: Grupo 3:
ser apenasum exemplo. Providênelai: Providenciar Providenciar:
1 -MBode obtatnlnada, 1 • Mfio de Obra treinada e 1 - Mão ds Obra treinada.
Assim, os procedimentos resultantes poderiam ser: testada e certificada. testada. 2 5 Sobrostalentea com
qualidade.
2-Sobrestalemee 2 • Sobressalentes com
Grupo1-Oficinacomferramentas einstrumentos adequados; mãodeobratreinadaecapacitada; certificados de fetnecedor qualidade de fomecedor 3 -Oflcltuncom todos os
rccuraos suflcicntéi.
equipamentoseitenscommonitoraçãoepreditiva;programas de manutençãorevistos dentrodos certificada
3-.onelna> com todos os
certificada
3 - Oficinas coin todos es 4-Outros como

critérios da Manutenção Centrada em Confiabilidade; análise preliminar de risco efetuada; rscuisoseartificados.


4-Outros como
recursos necessiUos.
4- Outros como
necessária

Procedin^ntosdeManutenç&)Padrãodisponíveis comriscos incluídos eAPT; manutenções com necassiito. necessária

basenacondição epreventivas sistemáticas; programas de procurade perda de funções ocultas,


falhas ocultas(verMCC);eeventuaiscorretivasemprioridadesurgênciaeemergênciaenecessário
Figura 02.02 - Fluxograma de Decisão de Estratégias
programas de treinamento necessários ereciclagemperiódicas. Manutentores com profvmdos e
sólidosconhecimentosdesuaespecialidade. Fundamental mão de obraqualificadaecertificada.
Recomendamos ver o programaPNQCda Abraman. A figuraacimaé apenasumexemplobem simplesde montagem. Usamostrês grupos.
Garantir que os operadores sejam bem treinados ebem capacitados. Que estejam cientes das Narealidadedesuaempresapodeserquevocêdevaabiiremmais grupos edeterminardiferentes
conseqüências deeventual operaçãoinadequada. tipos de abordagens ou de estratégiascomo aqui colocamos.
Grupo2-Mesmaoficinaeirtôsmamãode obra; equipamentosprovavelmente semmonitoração Vocêpodesepararequipamentose sistemascríticosemsegurançaparaa fábricíi, para aspessoas
esempreditiva,poisocustodeeventual falhaépequeno,podenctoterprogramasdeinspeçãovisual; eparaomeioambiente; equipamentos críticos quanto àqualidade deseuproduto; equipamentos
manutenções preventivas sistemáticas edentro da experiência adquirida pelo seu pessoal, bem deproduçãonão críticos; equipamentos quenãosão deprodução; equipamentosdeconfortoebem
como recomendações do fabricante; corretivas atendidas omais rápido possível. Programa de estar e etc.
16

2.12 - Comentários sobre estratégias. Capítulo 3


Comooleitorpodenotar,existeumanecessidadeconstante deestaratentoaoqueestáacontecendo
e uma necessidade de se encontrar uma melhor maneira de gerenciar.
Demodogeral,a melhormaneiraderesolverosproblemas demanutenção deumaempre.<5ae uma
combinação deaçõese estratégias, ondeo riscosejao menorpossívele asdespesassejamapenas
as necessárias.
Possuirumaequipemuitotreinadae aptae nãopossuirferramentas e instalaçõesadequadaspa^a
is tarefas é muito complicado.
Ko.ssuir excelentes instalações e ferramentas e não possuirtécnicoshabilitados é pedir que o.'
equipamentos e as instalações sejammalusados e malmanutenidos. Os Custos
Os planosde manutençãodevemserrevistosperiodicamente.
Comisiüdeve-semante» oqueestáadequado, devem-se tentarnovosprocedimentos e modosde em Manutenção
agir, deve-se ouestionar a preventiva sistemática e, se necessário, mudar a quantidade de
manutenções preventivas e sua periodicidade, deve-se acertarestaperiodicidade para o que é
encontrado na monitoração e nasleiturasdosinstrumentos de preditiva
Implantar uma Manutenção Preditivaadequadanormalmente traz melhorianaconfiabilidade das
instaiações, masénecessário queosplanos demanutenção preventivasistemáticasejam acertados 3.1 - Resumo.
para arealidade encontrada.
Nestapartefalaremos rapidamente sobre alguns dados de custo de manutenção coletados cm
De um i"iodo geral a Manutenção Corretiva deve ser usada em máquinas onde é mais bara'o
diversas fontes, paradarumaidéiaaoleitorsobre oquanto segastaemmanutenção esobre oquanto
suDstituir do que reparar.
se pode economizar.
A Manutenção Preventiva Sistemática deve ser usada onde os procedimentos de manutenção
Ressaltamos queoscustos emmanutençãodevem seraprincipal preocupaçãodequalquergerente.
sugendos nelofabricante,devidamenterevistos,mostram-senecessáriose suficientes.
Nenhumaaçãodemanutençãodevesertomadasenãoestiverfinanceiramente respaldada. Nãosó
A Manutenção Preventiva Baseadana Condição deve ser usada sempre que se localiza uma
o custo doreparo. Devem serconsiderados oscustos deperda deprodução, deperdas dematéria
condiçãoinseguraparaa máquinaou paraa instalação(defeitose iiregularidades incipientes). prima, de indenizações poracidentes, poluição ambiental (sonora, luminosa e doecossistema),
AManutenção Preditivapodeserusadasempre, masapenas emmáquinas ondeogastoeminspeção perturbação da vidade vizinhos e dacomunidade, perdas devidas decolaboradores e usuários.
ou monitoração .seja menor que o custo da falha, considerando-se todas as variáveis de custo
Nãoesqueçaquealgims custos deindenizaçãopodemlevarumaempresa àfalência, alémdeseus
envolvidas,incluindo e não esquecendo as eventuais implicações legais.
responsáveis a processos bastante complicados na justiça.
ACapaciiação dasEquipes deveserumapreocupação constantedoGerente. Oquehojeestábom
e bem, amanhã pode não mais ser suficiente. A chegadade uma nova máquina, a indesejada
rotatividade de mão de obro, a introdução de novas tecnologias devem ser pontos a considerarpara 3.2 - A Formação da Empresa
novos treinamentos e reciclagens periódicas. Umaempresaparaserformadaprecisadecapital (dinheiro) paraseinstalar, paraadquirirmáquinas,
Do mesmomodo.a chegadade umanova máquina,com a entradade novas tecnologiasdeve ser e limaáreafísica. Tudooqueégastonasinstalações deumafábricadivide-sebasicamenteemtrês
umpontoparapensaremmudanças nainstalação, demodoa facilitaroreparoe tomarestereparo parcelas: asdespesas deinstalação, o equipamento instalado e a tecnologia ouo conhecimento
maisfácile maisprevisível,noquetocaà auraçãodoreparo,àqualidadedestereparo,à qualidade adequadopara fazero equipamentooperarde modocorreto.
de vida de nossos colaboradores e à confiabilidade necessária desta intervenção de manutenção, Agora,tudo estandocorreto,faltaapenasobtera mãodeobra,treinada,e a matériaprima.
usando os recursos corretos e necessários, sem improvisações. Masparapennaticrcei emfimcionamentoaindústriaprecisarádemais matériaprimaede máquinas
Treine-se e treine o seu pessoal. Estabeleça metas, forneça recursos e cobre os resultados. funcionando i tnanuienção).
Pense nisto. Nestecapftu1o vamos tratardocustodamanutenção naindústria ou,dequantoumamanutenção
podeonerar umaempresaouserfator demelhoriadeprodução, deredução dedespesas, deperda
de matéria prima como rejeito (refugo ou sucata).
Capítulo 3 - Os Custos em Manutenção 19

£i
"Pesquisa inadequada na confiabilidade e no equipamento vida do durante afase de projeto da
3.3 - O censo de 1968 dos Estados Unidos instalação, ou de aquisição de novos equipamentos".
o censo de 1968 nos Estados Unidos fez um estudo em 20 grandes grupos industriais e encontrou "Procura da proposta mais barata, na aquisição, sem dar ênfase aos custos de manutenção
queo valormédio,gastoemmanutenção eracercade8% (oitoporcento)do valorcontábildoativo durante a vida do equipamento".
fíxo de cada grupo industrial.
"Procura sem detalhamento das especificações e sem reforçar a necessidade de suporte
Verifícou-se também que a distribuição era bem concentrada em tomo deste valor, ou seja: adequado à manutenção, como Manuais, Listas de Sobressalentes, Desenhos, Auxílio em
16 entre os vinte grupos estavam entre 6 e 10% treinamento, Programas de Manutençãosugeridospelofabricante, Orientação em como melhor
12 entre os vinte grupos estavam entre 7 e 9% do valor. instalar o equipamento, etc.".
Arelaçãoentreas despesascompessoalde manutenção e o materialgastoem manutenção erada "Deficiências Gerênciasna avaliação correta do trabalho da manutenção e de sua importância
ordem de 53% em mão de obra e de 47% em material. no futuro das instalações".
Noentanto, aautomatização industrial eaprodução debensemsériealteraramesteperfil.Em 1975 "Falhas em planejamento de manutenção e orçamentos inadequados".
a revista americana "Modem Manufacturing" publicou um resultado de uma pesquisa onde "Treinamento inadequado para o pessoal de manutenção, que deve serfornecido em comple
encontrou que a relação havia se alterado para 60% em mão de obra e 40% em material. mento às habilidades básicas".

Em 1981,em visita a um grandegmpo industrialnos EstadosUnidosencontramosque, naquele "Treinamento insuficiente para os Gerentes de Manutenção".
ano, naquela empresa, a relação havia se modificado para 63,47% em mão de obra e 36,53% em O documento cita ainda alguns fatores que aumentam os efeitos dos itens acima, como conside
material. rações gerenciais feitas apenas para eventos em curto prazo, aumento do custo de sobressalentes,
Os dados sobre oBrasilsãode50%para a mão de obra e 50 % para material, conforme o Documento introdução de conceitos obsoletos em projetos das máquinas, etc.
Nacionaleditado bienalmente pela Abraman, chegando, em alguns casos, aos 70% de mão obra
e 30% de material.

Uma boa visão de conjunto é colocada adiante, usando como base as respostas dadas aos
3.6 - O custo na indústria química americana
questionários enviados durante as pesquisas efetuadas pela Abraman. A revista Chemical Weeks de julho de 1986 publicou a página 36 informações sobre trinta e oito
companhias americanas da área química, onde o total de despesas estava na ordem de 5.2 bilhões
de dólares.
3.4 - Os custos de Manutenção na Inglaterra A mesma revista, em 1987, à página 45 publicou dados atualizados informando que as despesas
Conforme dados publicados pela ONU (UNIDO 1971 e 1975), e alguns outros livros a partir de cerca de 5.2 bilhões do ano anterior aumentaram em 1,6 %.
daquelapublicação,asdespesasemmanutençãoemmilhõesde librasporano,foram,como abaixo: A revistanão informa se houve aumento de produção ou se as despesas aumentaram com a mesma
Custos de Engenharia de Manutenção em Indústrias manufatureiras britânicas 1.100 produção.
Custos de toda a manutençãoemtodasas indústriasbritânicas 4.000
Economias estimadas em custos diretos de manutenção (mão de obra e material) que seriam 3.7 - O Custo de manutenção na indústria
possíveis, se um planejamentoe umcontroleadequadode manutençãofossem introduzidos, sem
perda ou prejuízos de produção 200 a 250 espanhola.
Economiaspossíveis em custosindiretos,comoperda de produção, etc 200a 300 A Associação Espanhola de Manutenção divulga, em publicação qüinqüenal, onde informa sobre
os custos e sobre diversos dados da manutenção na Espanha, dentro do mesmo formato básico
Melhoriaspossíveis em produtividadenos Departamentos de manutenção, liberando pessoas para
que é usado pela Abraman, aqui no Brasil.
trabalhos de produção, ou para projetos de capital 60%
É importante verificar que, oformato dos dados lápublicados pelaAEM, passou aservir como
base para o formato que passaria a ser usado, mais tarde, pela Abraman, como veremos adiante.
3.5 - Fatores adversos no custo Apesquisa efetuada aqui no Brasilinfluenciou de algum modo à entidade irmã, pois os dados sobre
e na eficiência da Manutenção custos sobre o faturamento bruto só foram incluídos pela primeira vez em 1995 foi de 3,5 6%. O
dado não foi mais publicado.
o mesmo documento da ONU relaciona sete fatores que influem negativamente na eficiênciae nos
custos da manutenção: A publicação da AEM possui diversas questões abrangentes e dão uma muito boa idéia sobre a
manutenção e seu desempenho, na Espanha.
-A-Qrganização o PlQrt^mertto^o-GeRti6ie-da44aiUitenção ^a0ti^o 3 ~ Os Custos em Manutenção

3.8 - O custo de manutenção . Custo Totat da Manutenção / . Custo Total da Manutenção I


Patrimônio Imobilizado.. . Faturamento Bruto
nas indústrias brasileiras
Muito antesdodocumento espanhol eporiniciativadeAldoZuccaexistem dadossobreaindústria 2007 4,18% 2007 3,89 %
brasileira, em seus vários segmentos. 2005 3,03 % 2005 4,10%
Foram publicados em1984, no24°Seminário de Manutenção doIBP, atualizados de 1985 por 2003 3.27% 2003^ 427%
ocasião do25°Seminário deManutenção doIBP. Em1986porocasião do1° Congresso Brasileiro ãÕÕi; 3.25% 2001 4,47 %
de Manutenção.
1999^ 3.25% f1999 3.58 %
Atualizados em 1987 porocasião do4° Congresso IberoAmericano e 2°Congresso Brasileiro,
parao5°Congresso Brasileiro, que coincidiu com aXXI Convenção daUPADI emWashington,
11987- 3,19% j1997 4,39 %
nas datas de 19 até 24 de agosto de 1990. 3.44% Í199$, 4,26 %
Nova atualização foifeitaem1991,1993,1995,1997,1999,2001,2003,2005 e agora em2007 o .'Vbranmii - Documento Nacional 3007. ComPermUiOo. ^ Abraman - Dootimealo Nouioxidl 2007. Com Ponniuio.

no XXII Congresso Brasileiro de Manutenção, que é a edição atualizada do Situação da


Manutenção no Brasil -Documento Nacional". Estedocumento,editadobienalmentenosanos
Figuras 03.02 e 03.03 - Quadros do documento Nacional de 2007cortesiaAbraman
ímpares desde 1991. Am.ais recente edição, 2007, possui dentro dela um resumo detodas as
pesquisas anteriores, em forma de tabelas e gráficos. A aquisição da edição 2007é altamente
recomendada. 3,9 - Empresas com Manutenção
com Previsão Orçamentária
3.8.1 - Custo sobre o faturamento e sobre o patrimônio. Veja a seguir osdados sobre previsão orçamentária extraído doDocumento Nacional 2007.
Abaixo está ura gráfico paramelhor entendimento e visualização do percentual ae custo de
manutenção sobre ofaturamento bruto das empresas e sobre o valordopatrimônio dasmesmas
empresas. 3.9.1 - Empresas Brasileiras com Manutenções
Ográfico foi obtido a partirdosDocumentos Nacionais, conforme publicado pela Associação que possuem orçamento.
Brasileirade Manutenção,entre os anos de 1993até 2007, com permissão da Abraman. A seguir dois quadros que nos mostramquanto de nossas manutenções possuem orçamento.
Conforme constatamos, empesquisas emoutrospaíses, umagrande maioria dasmanutenções que
possuem orçamento, elaspróprias fazem osseusorçamentos easrestantes possuem umorçamento
queéfeito porárea externa àmanutenção, normalmente a financeira ouacontabilidade.

Manutenções com Previsão Orçamentaria

86,30%86.23%

Vfl Patrim.

Figura 03.04—GráficoManutenções comPrevisão Orçamentária


Figura 03.01 - Acompanhamento de custos. Fonte —Abraman —Doe. Nacional —2007
22 I A-Organàaçào-o PÍane}ament&-e-0-G0RtPoIe da Manutenção

PrwvfsSo OrcamantAria Anual


para ManutançSo*?
<Ja Empraaaa)
Capítulo 4
Ano S<m N*o

200T S2.31 7.68

2005 84.13 5.88


2003' 83.87 7.03
3001 80.07 8.83
88.38 10.82

1SWT- 87.18 12.82


t9»S: 88.33 13.71

O Manual de Organização
Figura 03.05 —Tabela do documento Nacional - 2007- Cortesia Abraman

da Manutenção
3.10 - Comentários.
Uma questão que sobra: quem faz aprevisão orçamentária? A manutenção ou outra seção externa,
como por exemplo, a contabilidade. O ideal seria que a manutenção fizesse a sua previsão
orçamentáriajunto com cada oficina a ser atendida, para que ambos soubessem o que esperam das
máquinas e das despesas de manutenção delas. 4.1 - Resumo.
Assim, para gerir as importâncias e valores descritos e citados no "Documento Nacional", editado
Este capítulo trata sobre oManual deOrganização daManutenção, qual anecessidade para que
pela Abraman e usados nos gráficos anteriores, éque temos necessidade deum conhecimento maior
ele exista, quais asvantagens seele existirequais asdesvantagens seele não existir, como prepará-
dos problemas de manutenção e técnicas adequadas de gerência.
loe comomontá-lo, comoformatá-lo, quaisassuntos devemestarneleequaisos cuidadosnasua
Poderemos justificar nossos pontos de vista e conseguir redução efetiva de custos e, fazendo os montagem.
orçamentos em conjunto com aoperação, obteremos melhores métodos de trabalho, e a certeza de
que o que se espera gastar deverá realmente ser gasto.
Istose pretendermos uma determinada disponibilidade ou confiabilidade no equipamento, se é que 4.2 - Introdução.
se pretende atingir uma vida útil, ou vida econômica de acordo com as expectativas de projeto. Com achegadadas normas daqualidadee danecessidadedeficarem registrados todos osprocessos
Outra publicação da ONU, já informava em 1971, que os países em desenvolvimento deveriam daempresa o uso dos manuais foi disseminado. Estes manuais são uma forma dedocumentar os
cuidar para obter o máximo retomo de seus investimentos, devido, entre outros motivos, à falta
procedimentos aceitos naempresa. Nos manuaisdevemestardescritos osmodos como astarefas
e à carência de capital para novos investimentos ou para novas aquisições. devem ser executadas, como devem ser documentadase comodevem ser registradas.
Como até hoje, lamentavelmente, a nossa realidade é a citada, nada mais lógico que melhorar as Os manuais devem registrar a filosofia da empresa ou da seção.
técnicas de gerenciamento, melhorar a performance do grupo, reduzindo as despesas, (como
conseqüência), e aumentar a vida útil do equipamento.
4.3 - Definição.
O aumento da vida útil do equipamento deve sempre ser tentado, com programas de atualização
Manual deOrganização daManutenção éum documento onde seestabelece, dentro doambiente
tecnológica para fugir do problema da obsolescência, principalmente em máquinas de difícil
daempresa, como amanutençâodeveráseorganizar, quais as estratégias aserem usadas, bem como
aquisição e de custo demasiado. Máquinas descartáveis e de desatualização tecnológica rápida
o modo como a manutenção será avaliada.
poderão não se enquadrar neste ponto.
Estabelece-se, ainda, o significado daspalavras, osindicadores decapacitação, dedesempenho
Lógicoque,com fatosedados, deveser feitoumestudocuidadoso para verificara relação"CUSTO
e deperformance mínimos necessários, quais osdocumentos que serão usados para registrar os
- BENEFÍCIO" entre atualização esubstituição. eventos dodiaadia, qual oformatoe campos destes documentos, como serão usados epreenchidos.
Não podemos esquecer que a substituição de equipamentos é algo que deve ser sugerido e feito,
sempre que reparar seja mais oneroso a médio ou longo prazo.
Esta substituição deve ser feita sempre que a atualização tecnológica reduza o custo de produção
e de manutenção e seja justificada financeiramente, com melhorias no produto, maior valor
agregado, retomo de capital e etc.
w
ã

-24 -| rvControIe-da-Manatmiíâo
rapíHtln ã-n Manual de Organização da Manutenção | 25

4.4 - Tipos de Manuais. 4.5.2 - Desvantagens da existência.


Basicamente osmanuais podem serdivididos emcategorias diferentes, ouseja: As maioresdesvantagens paraousodeumManual deOrganizaçãodaManutenção,quepoderemos
ter, são: inibição das iniciativas dos colaboradores na introdução de melhorias einovações ea
a- Manuais de Treinamento que delineiam como uma tarefa deve ser executada, se necessidade derevisões periódicas necessárias para que omanual seja efetivo.
preocupando sobreo quedeveserfeito; porquedeveserfeito;quandodeveser feito;onde
-íi
deveserfeito;quem devefazer; comodeve ser feito; fazendo explicações comdetalhes e
fornecendo conhecimento detalhados. Istoparapossibilitar aconfecção datarefadentroda 4.6 - Preparação do Manual.
qualidade e segurança que se necessita. Aseguir comentários sobre a montagem domanual
b — ManuaisdeProcedimentosquedescrevemosmétodos especiais quedevem serseguidos
para que uma tarefa específicaseja executada. Para que os trabalhossejam executados
conforme padrões que se deseja atingir. 4.6.1 - Quem fará o manual.
c- ManualdePolíticas queapresentam apolítica daempresa paragarantir suaperenização. o manual deve serfeito naManutenção, com apoio das áreas externas envolvidas, coino, por
exemplo, aGarantia da Qualidade ou olocal na empresa onde os documentos são padronizados
d- Manuais Técnicos que tratamde determinado assuntoou equipamento, em seu formato e seuscamposmínimosobrigatórios.
e- Manuais Organizacionais que tratam sobre a organização de determinada função na Apreparação deste manual não deve ser feita como tarefa adicional de algum colaborador na
empresa, dofuncionamento destafunção, suainteração comoutrasseções oufunções e do manutenção. Apreparação eamontagem deste manual devem serexecutadas poralguém que se
funcionamento dela na empresa ou parte dela. dedique emtempo integral com apoio total dogerenciamento.

4.5 - Vantagens e Desvantagens 4.6.2 - Flexibilidade do manual.


da existência do Manual. o manual deverá sermontado paraque sejaflexível paraocasode eventuais mudanças napolítica
Quando semonta um manual demanutenção devemos estaralertas para que eletraga vantagens daempresaoudeseusobjetivos;queexistammeiosde treinarpessoalqueentraesai damanutenção;
e evitar algumas desvantagens para a manutençãoe para a empresa. que sejaconsistente paraserem usados emunidades descentralizadas eao longo do estadooudo
país eadequados aos diversos níveis hierárquicos eventualmente existentes.
Não menos importante: que seu título seja claro e óbvio. Qualquer coisa como Manual de
4.5.1 - Vantagens da existência. OrganizaçãodaManutençãoporque otítulo "Manual de Manutenção" que éambíguo epodeser
As vantagens que obteremos poderão ser de dois tipos: vantagens diretas e indiretas. confundido com Manual Técnico de algum equipamento.

4.5.1.1 - Vantagens diretas. 4.7 - Dellneamento do Manual.


As vantagens diretas e facilmente notáveis, para o uso de um Manual de Organização da
Manutenção são: elimin^o deduplic^ãodeesforços; eliminaçãodeeventuais sobreposiçõesde
Amontagem do manual deve ser feita dentro dos padrões de documentos daempresa ecom isto
seus campos mínimos (capítulos e seções) podem variar umpouco.
responsabilidadesna organização;reduçãode "trabalhode papel" e formulários;estabelecimento
demecanismos padronizados decontroleparaogerenciamentoereduçãodecustosdetreinamento As normasque tratam do assunto "Documentação" naempresasdevem serrespeitadas. Istoquer
eietreinamento. dizer que se na empresa existem estas normas elas devem, ser respeitadas eseguidas.
Assim oManual de Organização daManutenção deve ser montado dentro destes padrões que a
4.5.1.2 - Vantagens Indiretas.
empresausa. Casoaempresaaindanãotenhaestepadrãovocêdevecriaropadraoparaseumanual.
Asvantagens indiretas parao uso de umManual de Organização da Manutenção poderão ser: Conforme veremos mais detalhado naparte deInstruções deManutenção, existem Documentos
aumento e melhoria daorganização da manutenção; obtenção de uma base para avaliação da Estratégicos, DocumentosOrganizacionaiseDocumentosSetoriais. Nestecaso, onosso manual
manutenção; estabelecimentodereferênciap>araorientarogerenciamentoeopessoal damanuten é anível estratégico. Veja mais no conjunto deNormas ABNT ISO 9000/1994.
çãoe serve como base para uma melhor interação entre executantes e gerenciamento da qual Não esqueça:
usualmenteresulta maior satisfação para todos. Documentos Estratégicos tratam sobre como você vairesolver o problema.
Documentos Organizacionais tratam sobre como você vai seorganizarparacumpriraestratégia.
Documentos Setoriais tratam sobre como oprocesso detrabalho será feito paracumprir atarefa.
rapfttiln ã-n Manual Hp Organização da Manutenção | 27
2B

E existem ainda os protocolos, os arquivos e registros do que foi feito e que são chamados de Por exemplo:
evidências objetivas; ou ainda: as provas irrefutáveis dos resultados obtidos; quer sejam resultados A- OrdemdeServiçosuaimportânciaefinalidade. Nestaparte você não descreverá oscampos
adequados ou inadequados; quer sejam resultados bons ou não. dasOrdens deServiço. Mais tarde, naparte referente aos procedimentos dePlanejamento
e Controleesteassuntodeveráretomarcomadescrição doscampos,maneirasde preencher
e finalidades.
4.7.1 - Campos Desejados no Manual.
B- Procedimentos deManutenção comformato e campos obrigatórios.
No manual são desejados alguns campos que, via de regra, são comuns a todas as empresas.
Estarátambémdefinidaacodificação dosPMPparafacilitar aosqueforem montar osPMP.
O manual deverá tratar sobre os seguintes assuntos: Os códigos serão deuso para toda aunidade ouempresa edeverão sermontados demodo
i
quesejapossível usar o mesmo sistema decódigos emtoda aempresa.
4.7.1.1 - Prefácio. Mas, atenção, aqui no manual você não deverá colocar os PMP prontos. Os PMP que já
Toda a obra é sempre aberta por um prefácio, deste modo, este capítulo é altamente desejável. estiverem prontos para uso estarão num arquivo cujo nome estará definido aqui e que
facilitará abusca.

4.7.1.2 - Apresentação. C- Análise PreliminardeRisco, APR, comseuscampos obrigatórios, seuformato, quando deve
Aqui você fará apresentação da fiinção manutenção e sua interação na empresa. ser feita e o que deveráestar presenteem cada uma.
Definiráacodificação delas, pois eladeverá serfeitas segundo uma metodologia, e,ainda
que oPMP possua uma parte deanálise desegurança bem feita, aAPR deverá sempre ser
4.7.1.3 - Objetivos do Manuai de Organização da Manutenção. repetida antes do iníciodecada tarefa oumanutenção em locais dealto risco. Isto deve ser
Nesta parte estará descrito porque o manual foi montado e o que se deseja com ele. assim, pois ascondições ambientais podem termudado desde aconfecção doPMP. Caso
Coisas do tipo: tenham mudado e se formudança permanente o PMPdeve seratualizado.
"Este manual visa padronizar e uniformizar a maneira como a manutenção procederá em suas Seamudança for momentânea, então PMP permaneceeaAPR deveráserusada ecuidados
atividades sobre manutenção de equipamentos e instalações da Empresa (ou Unidade) XXXXXX adicionados para apenas esta vez.
xxxxxxx XXXXXX, possibilitando estabelecer um Gerenciamento da Manutenção, normalizando D- AnálisePrevencionistadeTarefas,APT,queindicaráa finalidadedeste documentoe seu
os conceitos, termos e palavras usadas naempresa, controles e procedimentos referentes à função uso. Indicará ainda quem deverá preencher e aprovar.
manutenção."
E- FolhadeRegistrodeInspeçãocomseu formato básicoecamposnecessários. Seemempresa
Ou ainda: informatizada, citar o nome e local onde se podem encontrar os documentos.
"Este documento descreve e regulaasatividadesde manutenção na Empresa "XXXXXX xxxxxxx F- MapadePlanejamentoamédio elongoprazo. Tambémconhecido com mapa de52colunas
XXXXXX",para tomar possívelestabelecerum ModelodeGestãoda Manutenção,normalizando que discutiremos naParte deProcedimentos dePlanejamento eControle deManutenção.
os conceitos, termos e palavras usadas na empresa, controles e procedimentos referentes à função
manutenção."
G- BibliotecaTécnica,suaorganizaçãoesegmentaçâo,seforocaso. Querdizer, emcadanível
e qual nível hierárquico deverão estar guardados osdocumentos técnicos e manuais de
E mais alguma coisa que pareça adequado à equipe que está montando o manual. equipamentos. Se,emempresa informatizada, citaro nome e local onde se acessam os
documentos guardados em formato eletrônico.
4.7.1.4 - Organização da Manutenção. H- Normas e regulamentos aplicáveis, citando a entidade que publicou a norma e o ano da
Nestaparte serádescritocomoamanutençãodeveráestar organizadaparaatender asnecessidades publicaçãoourevisãoque seestáusando. Não écorretonem completocitar apenas anorma.
do seu cliente. Deveráestarcitadaanorma aentidade queaeditouepublicou, citado onúmero oureferência
da norma e a data da edição, publicação ou revisão.
4.7.1.5 - As responsabilidades da Manutenção. I- Arquivo Técnico, suaorganização e local. Suponho, aqui, que sejaum local onde os
Vocêdeveráindicarquaissão as Responsabilidades da Manutenção, na empresa.Todas. documentos físicos estejam guardados. Seemempresainformatizada, citaronome elocal
deonde sepodem acessar ostítulos dos documentos existentes para eventual pesquisa.
J- Outros documentos como necessários.
4.7.1.6 - Documentação da Manutenção.
NestapartedeverãoestarcitadosquaisosDocumentos emusopelamanutenção, o formatobásico
de cada documento e seu uso na empresa. 4.7.1.7 - As Estratégias e Programas de Gerenciamento.
Nesta parte deverão estardescritas sumariamente como amanutenção atuará, suas Estratégias e
Programas de Gerenciamento da Manutenção;
w
i

•a
3 4 - ^ Maniia/ nrgani7.açãn da Manutenção 29

4.7.1.8 - Métodos de Avaliação da Manutenção. bempieque existentes, aqui serácitadoodocumento de implantaçãodamelhoria, que não deverá
Métodos deAvaliaçãoeMediçãodaManutenção quanto àCapacitaçãoeDesempenho bem como fazerpartedo Manual de Organização da Manutenção.
sua atuação no Cumprimento das Metas Empresariais;
4.7.1.15 - Programas de Contingência e Emergência.
4.7.1.9 - Políticas de Sobressalentes. Cadaempresa possui sua cultura própria enecessidades desedocumentar convenientemente.
Definirquais serãoaspolíticasdesobressalente"edereposição de peçaseconjuntos, quantidades
para itens críticos e não críticos.
4.7.2 - Exemplo de Manual de Organização.
Aseguir umexemplo deummanual eminício deorganização.
4.7.1.10- Interface com outras Divisões.
Prefaci.
Descrever a interface da manutenção com outras Divisões na empresa, ou seja, de quem a Sumário.
manutençãodependee para quemprestaserviço.
Apresentação.
Conheça seusfornecedores internos e externos. Indiqueseusclientesinternose externos. Objetivos do Manuai da Manutenção.
Sistema de Gerenciamento da Manutenção.
4.7.1.11- Relatórios de Atividades da Manutenção. Estratégias de Manutenção.
Descrevercomoa manutençãomanteráseusclientesinformadossobreasatividadesde manuten Organização da Manutenção.
Tratamento de Anomalias.
ção,seuscustose problemas. Chamamos aisto"Relatórios deAtividades", e definiremos, ainda
nesta parte, a periodicidade e conteúdo destes relatórios. Custos de Manutenção.
Avaliação da Gestão da Manutenção.
Efetividade da Manutenção.
4.7.1.12 - A Interação da Manutenção no SMAS. Sistemas Integrados de Manutenção.
Descrever, nos programas de Segurança Saúde eMeio Ambiente, quem éresponsá^rel eporque Recursos Humanos na Manutenção.
emcada uma dasatividades constantes noprograma desegurança daempresa. Terceirização.
Os supervisores diretos dos manutentores são peças atuantes no cumprimento dos programas de Definição de Termos Técnicos.
segurançado trabalho, deproteçãoenão contaminaçãodomeio ambiente, pois afiscalização dar Glossário.
determinaçõesedo usode EPI, porexemplo, poderádependerdemedidas que cabemao supervisor. Anexos.

Osupervisor épeça fundamental no cumprimento dos programas devido sua ação orientadora,
fiscalizadorae disciplinadora. 4.7.3 - Outro Exemplo de capítulos deste Manual.
Outro exeirplo:
4.7.1.13 - Programas de Treinamento. Prefácio.
Nestapartedeveráestarestabelecidooprogramade treinamentomínimo necessário paraque seuS Apresentação.
colaboradores tenham oconhecimento e ascompetências necessárias aocumprimento desuas Organizaçãoe Objetivo do Manual.
tarefas no dia a dia. Definições de palavras usadas.
Nesta parte deverá constar quais os indicadores que serão usados para esta mensuração. Estratégias de Manutenção.
A Organização da Manutenção.
A Mensuração do Desempenho.
4.7.1.14 - Programas de Melhoria de Métodos de Trabalho. Responsabilidacfes.
Citarquais os programasde simplificaçãoedemelhoriademétodos de trabalhos queseiüo usados
naempresa bemcomo quem deverá serresponsável pelocumprimento decadaumdeles.
4.7.4 - Mais um exemplo.
Haverácuidado paraqueestaparteestejaatualizada, eque estaparte sejarevisadaperiodicamente
semsera parteondeapenas cite-se "a sopinha deletras"emevidência. I A seguir maisumexemplo decapítulos destemanual.
Estaparteexisteparasercumprida. Escopo.
Definições.
Todos osprogramas deverão ter um resumo, de sua filosofia básica, quais suas metas equais os Organograma.
gols esperados,e comoserá aplicado.
Cargus e funções.
30 I Orgarúzação-o-Plafiefament&-e^'€ontrole^a-Manutenção —-Ga^tulo 4 -jQ-Marmal-da-Organização da Manutenção 31

PMP - Formato e Uso. 4.8 - Manuais de Organização


O.S. - Formato e Uso.
Treinamento eCapacitação. e Profundidade do assunto.
Avaliaçãoda Manutenção. A cada organização e a cada empresa os assuntos deverão ser tratados em níveis e profimdidades
índices deCapacitação edeDesempenho. diferentes. Se a empresa for apenas uma única instalação industrial o manual deverá contemplar
Relatórios de Manutenção. a empresa como um todo. pois a unidade é uma única.
Responsabilidades Se a empresa for composta de diversas unidades industriais, deverá haver um manual básico e
genéricopara a empresacomo um todo. Este manual deverá traçar as linhas básicas e fundamentais
4.7.5 - Capítulos que fazem parte de outro manual. da empresa e ainda de forma genérica.
No caso de cadaunidadeindustrial separada, dentro da linha mestra traçadapelo manual da empresa,
a manutenção industrial deverá personalizar sua unidade e citar no seu conjunto as suas
SIMARK)
particularidades em acordo com linha mestra que o manual da empresa traçou e com as
1 bitrodttçio.
particularidades de cada uma de suas divisões e departamentos.
1.1 Olíitívotdtstftmanual,.
U OafinicCM laadas:..: ;3 O Manual de Organização da Manutenção, do ponto de vista da manutenção, é um documento a
U Eattaligiu.ilèManalançÍo.. .6 nível"1" (ver ISO-9000-94) e deve tratar de regras básicas para a implantação das estratégias de
manutenção.
2il EstnmirBOigaid2»ci«int)'aa;Eniftnua..._..... É profundamente desejável que os conceitos de PCM, códigos de equipamentos, indicadores,
2.2 EstrabmOisanizacianaldaManulenfinnaEenpmsa.. classificação de equipamentos, etc. sejam padronizados para aempresacomo um todo e assim façam
2.3 MsitaeeslIoSist^Mnvtenc^ parte deste manual.
.24 Àliaittçgaa a RaapoMitiidadai....-
Não deverá ser permitido que uma divisão ou uma unidade industrial se avalie, ou seja, avaliada
ZS. EimnsntoidoSMannl^ulwri^n.... —.
fora de critérios estabelecidos no manual da empresa. Em caso extremo, sendo diferente das demais,
3 DtetriiaMi ellata» — 10
avaliação e alguns parâmetros poderão ser aplicados apenas a esta divisão, mas deverão estar no
3:1 M^dBCatgPnzs~r~>~.»->~.«- ..11
32 IMude IMéoPiaze 11
manual da empresa como um todo.
4 Indicadoresde OesEfnpeiàio. - —^ .ill
4.1 CnUrto» |Min «scmha 4t lndtcadotts„ .—11 4.9 - Como montar seu manual.
.42^ iMOcodoras — 11 o seu manual deve ser montado de forma tal que possa ser facilmente distribuído e mantido
5 Priarizacão dasTialialhos -13 atualizado.
5.1 ftoc«dim«mmnstram'adQtailos«mcBitaaHo.. ;13 Assim é necessário que ele existana forma eletrônicae não seja um documento físico. As pessoas
6 Plan^)ainenl» 14 terão acesso à parte do manual que lhes interessa a partir de seu terminal de computador.
fi.1 FtaaodaLef^naxD<la5aM»}- - M Cada um acossará aparte que lhe deseja, ou melhor, aquela parte que ele tem que saber e que tem
62 Plano deMédloPnntl a12mcí«s). U que conhecer corretamente paramelhor desempenhar seu trabalho.
62 Flano dt ainQ/|Hazo ( bsí'1 rols)M .._14

7 Gqtnpanctitos ^ .14
4.10 - Aprovação do Manual e Revisões.
72 EqmpvMutoaVitais« Mndpms.» u
Cada empresa possui procedimentos internos sobre como aprovar documentos e sobre como
72 &|Ulpa»wmi»s.Vlttfs«Sacu>)iUites— ^^14
proceder com as revisões bem como sobre para quem enviar cópias e de que modo.
8 Planos delianutençao.—— -16
Usualmente, quando existe certificação ISO 9000, os procedimentos para revisões, os procedi
9 Avaliaçãolio flooesso de idanidencão. -15 mentos de numeração ou codificação de documentos, procedimentos para distribuição de cópias
10 Rrooeiãmemos de Segurança na Manutenção.. -16 de documentos registrados,de controlee atualizaçãode cópiascontroladase etc.,estão muito bem
10.1 Soguiançado Trabalho e Saúda. ^ — 15 definidos e devem ser seguidos à risca, para evitar situações aborrecidas de não conformidade.
>102 Svguiança do McioAmbiOMe. ...16
Recomenda-se que sejam cuidadosamente seguidos e cumpridos.
lOJ Planodo Cen0i4)Úncia.. ... .„15

Figura 04.01 - Página de ummanual de organização da manutençãoem montagem.


"32 [—A-Orgarúzação-o-Planejamento-e-o-Gorttrele-dB^armiençâo

4.11 - Distribuição do Manuai. Capítulo 5


o manual deve ser distribuído para todos os níveis hierárquicos da Manutenção, bem como para
todasas interfaces internas, naempresa, quelidamcom a manutenção, anível hierárquico idêntico
ao do maior nível da manutenção.
Nãoesqueçaqueemcadanívelodetalhamento podee deve serfeitodeformaadequadaao nível.
Conformejá falamos, o uso de anexosé válido,masdevemos ter o cuidado de manter estes anexos
atualizados e sob controle.
Muito importante: a impressãodo manualcomo um todo deve ser inibida, pois muita coisa da
essênciadesuamanutençãoestaráali.Suasestratégias, seuscódigose seumododeagirnãopodem
ser de domínio público. Definições em Manutenção
4.12 - Comentários sobre o Manual.
Estedocumento,comoaqui tratado,serveparainformarao pessoalde manutençãocomo devem
estar organizados, quais são os procedimentosa Seremseguidos e, sobretudo, como as pessoas
e as Divisões ou Seções serão avaliadas.
Paraqueistosejaefetivoespera-sequetodossejaminformados doconteúdodoManuale treinados. 5.1 - Resumo.
Conforme falamosnoprincípio, eledeveserfácilde ser lido,fácilde entender,fácilde revisare, Nestapartelembramossobrea necessidadest i .tabelecidoumsentidocomumpara aspalavras
sobretudo, tratar os assuntos fundamentais, adequado a cada nível. usadas neste estudo, o que obriga a citar algumas definições.
Não adianta gerar um manual e guardar, apenas para ter. As definições que você for adotarem sua empresadevei^o estar registradasno seu Manualde
Ele deve ser divulgado, as pessoas treinadas sobre o que lá está e cumprirem o que está Organização da Manutenção.
iocumentado. Lembramosqueexisteo DicionáriodeTermosdi .Vlanutenção, QualidadeeConfiabilidade,deste
mesmoautor,editadopelaAbramanejáaprovadür)»laFederaçãoIberoAmericanadeMantenimiento,
e pelo CAM, Comitê Argentino de Mantenimi.'i<to, onde o leitor poderá encontrar muito mais
definições e significados para diversas palavrai •>m entradas em inglês, castelhano (Argentina)
e português (Brasil), na edição 2006.
Lembramos que existemnormae organismosnacionais e internacionaisque definem significados
em suas normas e regulamentos. Você poderá usá los como base, mas deve dar preferência a
organismos reguladores, normatizadores e normali: 'ores de seu país, estando alerta a mudanças
internacionais que sempre acontecem.
Para sua empresa você deverá escolhera definição q . melhor representa a filosofia da empresa,
mas lembramos que algumas palavras já estão defin das em normas nacionais e internacionais.
Mas, lembre-se: ao citar uma norma você deverá cita norma, a entidade que a publicou e a data
de sua publicação. Não é correto, por exemplo, citar -penas Norma ISO 9000. Você deverá citar
toda a informação: Norma ABNT 9000-2000, ou o me for necessário.

5.2 - Definições sobre


a função Manutenção
A seguir algumas definições sobre a palavra ou c mo manutenção.
5.2.1 - A Manutenção - Uma prestadora de serviç. m todas as instalações, zelando para que as
instalações permaneçam dentro de condições preef >'^elecidas. A Manutenção deve prestaros se us
serviços de uma maneira eficiente e econômica.
s

—A~Orgmüzação'0-Plan^amento e o Controle da Manutenção apítulõ~5'-~Dè&uções em Manutenção 35

5.2.2- Manutenção - Umconjunto demedidas ouações quepermitem conservar ourestabelecer 5.3.2 • Manutenção Corretiva.
um sistema em seu estado de funcionamento. (Larousse). Manutenção Corretiva - Todo o trabalho de manutenção realizado em máquinas que estej am em
5.2.3 - Manutenção - Umacombinação detécnicas emedidas administrativas comafinalidade de falha.
conservar um item em seu estado, ou restabelecer este estado, no qual ele possa realizar uma A manutenção corretiva pode ser planejada ou não. Aquela que não puder ser adiada ou planejada
determinada função. (BS 3811). deve serconsideradaManutenção Corretivade Emergência (aconteceu agoraepreciso fazer agora).
5.2.4-Manutenção-Umafunção empresarial, daqual seesperaocontroleconstantedasinstalações Note que existe uma interdependência entre qualidade dos serviços e qualidade de produto. Se
assimcomoconjuntodetrabalhos dereparoe revisão necessários paragarantiro funcionamento houverum abrandamento de qualidade o equipamento ainda pode serconsiderado como bom para
regular eobom estado deconservação das instalações produtivas, serviçoseinstrumentaçõesdos produzir. Em situfões extremas, um equipamentopode ser mantido em serviço apesar de não mais
estabelecimentos. (OCDE1963). satisfazera plenitude de suas funções. Esta área é a área cinzenta entre adefinição de manutenção
5.2.5 - Manutenção -Medidas necessárias paraaconservação ouapermanência dealguma coisa corretiva e a definição de manutenção preventiva.
oudeumasituação; oscuidados técnicos indispensáveis aofuncionamento regularepermanente
de motores e máquinas. (Aurélio, 1986). 5.3.3 - Manutenção Preventiva.
5.2.6- Manutenção - Conjunto de ações paradetectar, prevenir, ou corrigirfalhas ou defeitos, Manutenção Preventiva - Todo o trabalho de manutenção realizado em máquinas que estejam
falhas funcionais oupotenciais, comoobjetivodemanterascondiçõesoperacionais edesegurança em condições operacionais, ainda que com algum defeito.
dositens, sistemasouativos. Asações cujafinalidade émodificarumitemparaqueeledesempenhe
afunção pretendidapelo usuárioouproprietário, mas não alcançada, são açõesdeEngenharia, mas Manutenção Preventiva Baseada na Condição ou Preventiva nor Estado - Todo o trabalho
podemserconsideradas como ações demanutenção, normalmente apontadas pelaEngenhariade de manutenção realizado em máquinas que estejam em condições operacionais, devido àdetecção
Manutençãoedetalhadas pelos diversos ramosdaengenharia(civil, mecânica, elétrica, eletrônica, de degradação de parâmetros do equipamento.
etc.). (Dicionário Termos de Manutenção). Éfeita naproximidade dafalha ounomomento mais adequado, considerando outros requisitos
operacionais e financeiros.
Manutenção Preventiva Sistemática- Todo o trabalho de manutenção realizado em máquinas
5.3 - Definições sobre que estejam em condições operacionais, de modo sistemático, seja por tempo transcorrido, seja
Tipos de Manutenção. por quilômetros rodados ou qualquer outra variável.

5.3.1 - Falha e Defeito. 5.3.4 - Manutenção Preditiva.


Defeito - Na área da manutenção é a alteração das condições de um Item, máquina, sistema Manutenção Preditiva—Todo o trabalho de acompanhamento e monitoração das condições da
operacional, deimportânciasuficiente paraque suafunção normal, ourazoavelmenteprevisível, máquina, de seus parâmetros operacionais e sua degradação.
nãosejasatisfatória. Um defeito nãotomaamáquinaindisponível, nãoéumafalha funcional, mas Ao final todo o gasto de mão de obra e material gasto na Manutenção Preditiva e Manutenção
se não reparado ou se não corrigido levará a máquina ou o item à falha e à conseqüente Preventiva se somam para obtenção do percentual de Preventiva e de Corretiva da Instalação,
indisponibilidade com perda da função. máquina ou equipamento.
Comentário: Aaceitaçãomajoritáiiaeconsensual, emdiversasobrasnacionais einternacionais, A monitoração e os procedimentos a seguirdeterminados é uma das formas mais eficientes e mais
temsidodequeoreparo deumdefeito ésempremanutençãopreventiva, poisamáquinanãofalhou. baratas de estratégiade manutenção.
Assim a trocadepeçascomdefeito deveserencarada comomanutenção preventiva, poiso item
superior ainda efetuava sua função.
Falha -Perdadacapacidade deumItempararealizarsuafunçãoespecífica. Podeeqüivaleraotermo
5.3.5 - Um Organograma para Visualização das Definições.
Avaria. É a diminuição totalou parcial dacapacidade de umapeça,componente ou máquina de A seguir um organograma para melhor entendimento e visualização dos significados usados e
desempenhar a sua fiinção duranteumperíodode tempo,ondeo itemdeverásofrermanutenção sugeridos para uso.
ouser substituído. Af^ha leva um item ouum item superior aoestado deindisponibilidade.
Comentário: aremoçãodefalhasemumitemquecausouaindisponibilidade deumitemsuperior
é considerada manutenção corretiva. Deste modo itens em falha sofrem manutenção corretiva.
Pane - Estadoou situação de um equipamento que não pode ser posto a trabalhar, pois trará
problemas deprodução commáqualidade, riscodevidaoudedanosaopatrimônio. Oitemestá
em falha.
Para mais detalhes recomendamos adquirir a norma ABNT NBR 5462-94.
íJapitvdó~5 - Défíiü^es em Manutenção 37
•Í3

MANUTENÇÃO 5.3.6 - Outro organograma para melhor visualização.


TIPOS

MANUTENÇÃO
PREVENTIVA CORRETIVA PREDITIVA TIPOS
da falha) <«põaaf*lha) (lantar evitar a falha)
sempre planejada pode ser planejada sempre planejada
PREVENTIVA CORRETIVA PREDITIVA
(antea da falha) (•pó* a falha} (tantar «vltar a falha)
Sistemática Por Oportunidade Programada acompanhamento sempre planejada pode ser planejada sempre planejada
(dlveraos Cftt4rtee Oiqueamilquiiia (Quebrou agora
de periodicidade eaU parada mas posso fazer
horaa, tonetadae, etc) vamos fazei) outra hora) Por Opoitunidade Programada acompanhamento
Sistemática
lnfom»tiz«das Qá que aináquin* aitá (Quebrou agora maa eu por método*
Grandes reparos Não Programada monitoração ou contrai* m«nu«l piTod* vimo* fazei) poaae fazer em outra dais) Estatísticos
Reconstruções
(quando a máquina (quando a máqidna (Quebrou agora
sal de carga para sal de carga a preciso fazer Não Programada monitoração
agora) per data
eermocSncada) para ser refeita) (Quebrou agora e preciao do Item
por produção
fazer agora)
Lubrificação Baseada na Condição medição de
por hora de funcionamento
(todae ae tarefas) Conforme detectado em parèmetroe
por dclos, etc. Local
roUnaa de piedltlva

ReconstruçSes Grandes reparos


InspeçOes (quando a máquina aei de (quando a máquiiu eal d* Remota
carga para modHIcaçao) carga para oar refeita)
(a atividade de
Inspecionar)
Lubrificação Baseada na Condição
(toda* a* larefaa) (conforma detectado em
retlnaa de predHlva}

Figura 05.01 - Organogramademonstrativo de tipos de manutenção


Sistemática

Notar queneste organograma abrimos o detalhamento apenas atéo nível terceiro dadefinição, Incorporada
fornecendo algunsexemplosdentrodascaixasde cadanível. no Item Instrumentada

O estabelecimento de cada nome na caixinhadeve ser feito em acordo com as definições que você
estabeleceu na parte do Manual de Organização da Manutenção. Não
Instrumentada
Melhordizendo,estasduas partesestãointerligadas e sãointerdependentes.
Você define o significado lá na parte do Manual e as usa aqui, coerentemente. Figura 05.02 —Organograma alternativo e demonstrativo de tipos de manutenção
Se vocênãoestiversatisfeito como que estálá ou com o que está aqui,deverátomar as duas
coerentes demodoque atendam à suaempresa e não ao seupontode vistapessoal. 5.3.7 - Prevenção de Manutenção.
o conjunto de medidaspara evitarasocorrênciasde manutenção.Sua aplicaçãoé ampla e parecida
com o critériode "Prevenção de Acidentes".Medidasdeseleçãode melhoresmateriais,de melhores
métodos de trabalho, de operação e de manutenção. Diversas outras medidas também afetam este
campo, como treinamento de operadores, do pessoal de manutenção, a nível de execução e de
gerência. Especific^ão corretadeequipamentos,na compraé medidade Prevençãode Ocorrências
de Manutenção.

5.3.8 - Revisão.
Revisão minuciosae, no caso, reparoextensode umade umaparte importantedum item paraque
recupere suacondição admissível de utilização. Do inglês "Overhaul". (Dicionário de Termos de
Manutenção).
Comentário: Naliteraturapesquisada e em normas internacionais examinadas não foi encontrada
vinculaçãoentreos termos"manutençãopreventiva,manutenção corretiva"e "revisão".
rapíitiIaJi - Definições em Manutenção 39
38
/i Or^nfynçÂn n PJãnejãifièiito e t}T^iiiI^e'ii3'Manutenção

5.5.3 - Administração Descentralizada de Manutenção.


5.3.9 - Revisão Geral. Administração Descentralizada deManutenção é aquela emqueas atitudes de gerenciamento
Revisãominuciosae,nocaso, reparoextensodeum Itemparaquerecuperesuacondiçãoadimssível emanamde duasou maispessoasdenívelhierárquicoigual,ondecadaáreapodeseguirpolíticas
deutilização. Eqtiivalea'TaradaGeral"quando seaplicaaumaInstalaçãoou Unidade. (Dicionário demanutenção independentes, conforme a orientação doGerente titulardecadaárea.
de Termos de Manutenção).

5.5.4 - Administração Mista de Manutenção.


5.4 - Definições sobre Instalações Administração MistadeManutenção é aquela emqueexistem asduas situações acima. Normal
de Manutenção. mentea políticabásicaé ditadapeloGerente de Manutenção. Asnuanças ficamporcontados
Gerentes de áreas. Ocorre, normalmente, em firmas grandes em que as instalações são em
localidades diferentes, com instalações fabris idênticas ou não.
5.4.1 - Instalações de Manutenção.
Instalações deManutenção são oslocais onde estão asoficinas dereparo eonde estão ospontos
base do pessoal de manutenção.
5.6 - Definições sobre Terotecnologia.
Terotecnologia - Palavra criadaem 1972 pelo Comitê instituído em 1970pelo Ministério da
Tecnologiano Império Britânico, apósalgumas reuniões, baseadanapalavragrega"TEREIN" que
5.4.2 - Instalações Centralizadas de Manutenção. significa aproximadamente "guardar, tomar conta, olharapós"devido nãohaverem encontrado
Instalações Centralizadas de Manutenção são aquelas em que todos os homens, ferramentas, palavraque definisse a multidisciplinaridade conceituai que pretendiam. Este Comitê ficou
materiais, etc., estão localizadas no mesmo ponto. conhecido como comitê de Terotecnologia.
Terotecnologia é uma combinação de gerenciamento, finanças, engenharia e outras práticas
5.4.3 - Instalações Descentralizadas de Manutenção. aplicadas a bensfísicos disponíveis, nabuscade ciclosde vidaseconômicos. (1975,Comitê de
Terotecnologia, Inglaterra).
Instalações Descentralizadas de Manutenção são aquelas em que os homens demanutenção,
ferramentas, materiais, eequipamentosdeapoio estãodistribuídos porvários pontosdaárea fabril. (mais tarde foi adicionado o que segue) e a sua prática lida com as especificações e projetos para
aconfiábilidadeemanutenibilidadedeinstalações,maquinarias, equipamentos, prédios,edificações,
estruturas, bem como com suas instalações e substituição,com o retomo de informação sobre
5.4.4 - Instalações Mistas de Manutenção. projeto, performance e custos (Comitê de Terotecnologia).
Instalações Mistas deManutenção são asque, tendo oficinas pelaáreaindustrial, possuem, apesar
disto, uma insulação maior chamada Oficina Central (ou equivalente) onde existem maiores
recursos paradeterminados serviços demaior vulto oucomplexidade. 5.7 - Definições sobre TPM.

5.7.1 - TPM.
5.5 - Definições sobre Administração
TPM ou 'Total Productive Maintenance" é umafilosofiajaponesa de manutenção para aumentar
de Manutenção. a disponibilidade total da instalação, a qualidade do produto e a utilização de recursos. Baseia-se
nofatode que ascausasdasfalhase amáqualidade sãointerdependentes.Muitotreinamento,muita
5.5.1 - Administração de Manutenção. disciplina, muita limpeza e a participação total de todos são os pontos a serem perseguidos. O
operador passa a ser operador-mantenedor e sua presença deve ser incentivada. O conceito a ser
Administração deManutençãoéaorganização decontroledetodos osoperários demanutenção, usado é **da minha máquina cuido eu" e tem que ser uma realidade. Como existem cursos de
incluindoa sua supervisão,distribuição,programaçãoe orientação. TPM não vamos aprofimdar o assunto aqui.

5.5.2 - Administração Centralizada de Manutenção. 5.7.2 - Operador-mantenedor.


Administração CentralizadadeManutenção éaquela emque todas asatitudes degerenciamento Operador-mantenedoré o que atualmente chamamos de operador, que com treinamento fará o
emanam deuma única pessoa denível hierárquico logo abaixo dadireção dafábrica, quer sejade primeiro atendimento de sua máquina.
planejamento; deprogramação; decontrole; demetas ediretivas desupervisão.
Elemanteráa limpeza,lubrificaçãoe tarefasquechamamosdemanutençãode primeiroescalão.
Estehomem deveráquereramáquina èmquetrabalhacomosefosse suaouumdeseusfamiliares.
.aXii^QntrQlejiãláaniitenção J^pÜulo-5 - Defínições em Manutenção 41

Equipamento- Umaunidade completaedistinta, que exerceumaoumais funções determinadas


5.8 - Definições sobre peças, componentes, con quando em funcionamento.
juntos, equipamentos e sistemas. Exemplo: Um trator.
A seguir algumas definições paraentendimento comum de como iremos tratar e trabalhar com as Uma ponte rolante.
diversas subdivisões possíveis de um equipamento, ou melhor, de uma fábrica e subdividindo até Umbritador.
chegar a uma peça. Uin trocador de calor.
Um transformador elétrico.
No nosso caso vamos sair de um item elementar até a fábrica.
Voeõpode dividir diferente, mas aqui, para não complicar, vamos dividirem cinco níveis, ou seja:
peças formamcomponentes; componentes formamconjuntos; conjuntos formam equipamentos; 5.8.5 - Sistema.
equipamentos formam sistemas e sistemas formam a fábrica ou a planta. Sistemaéumagrupamento deequipamentos necessários arealizar umafunção numainstalação.
Como regra, asinstalações fabris sãocompostas dediversos sistemas tais como: sistemasdeágua
5.8.1 - Peças. de alimentação, sistemas desuprimentos de vapor, sistema detratamento de água, sistema de
Peças são as partes ou pedaços de um todo indiviso. São cada uma das partes ou elementos de um suprimentos de ar comprimido, etc.
conjunto,de um mecanismo,ou de umcomponente.Parteelementarde umamáquina, componente
ou equipamento. 5.8.6 - Fábrica ou Planta.
Fábrica. Planta ou "Facility"é um agrupamento lógicode sistemas que funcionando juntos
5.8.2 - Componente. fomecei^o uma saída (eletricidade) ou um produto (gasolina, alimentos, móveis, etc), pelo
Componente é uma unidadepertencentea um conjunto, que geralmentenão é funcional por si processamento e manipulação dediversos materiais e matérias primas, e outros suprimentos.
mesma, e está formada por peças.
Componente é a parte de uma unidade, instalação ou equipamento que é essencial ao seu 5.9 - Uso imediato desta ciassificação.
funcionamento. '
O USO imediato desta classificação é nãmontagem, como veremos mais adiante de programas ou
Componente é um engenho essencial ao funcionamento de uma atividade mecânica, elétrica ou de levantamentodedadosparacontrolee levantamento de confiabilidade.
denaturezafísicaque,conjugado aoutroscriaopotencialderealizarumtrabalho. Énormalmente A árvore a seguir é um exemplo desta montagem.
composto de várias peças.
Exemplo: Um motor a explosão. Fábrica
Uma caixa de transmissão.
Uma bomba de óleo. 1
1 1 1
Um compressor de ar.
Sist. 1 Sist. 2 Sist. 3 Sist.... Sist. n

5.8.3 - Conjunto. 1 1 1 1

CoiyuntDéumagrupamentológicodecomponentes paraexecutarumafunção numequipamento. Eqto. A Eqto. B Eqto. C Eqto.... Eqto. Z


Exemplo: Um conjunto de transmissão (motor a explosão, caixa, embreagem, semi-eixo,
diferencial etc.). 1 1 1 1
Umconjuntodelevantamento depesonumaponterolante(umacaixaderedução,acoplamentos, Conj. 1 Conj. 2 Conj. 3 Cpnj.... Conj. n
cabos de aço, ganchos, etc.).

5.8.4 - Equipamento. Comp. A Comp. B Comp. O Comp.... Comp. Z


Equipamento- Umaunidade complexa deordem superiorintegrada porconjuntos, compo
nentes,e peças, agrupados para formarum sistemafuncional. Emalguns casoseqüivaleao
termo máquina. Peça 1 Peça 2 Peça 3 Peça... Peça n

Figura 05.03- Organograma demonstrativo da hierarquia de peças até a fábrica


-

"cA '

A2- A nraani7açãn n Píanopmfntn 0 n Cnritmif ds MãnutençãO 3 Definições em Manutenção 43

Assim, OS componentes sãoformados porpeças e formam os conjuntos. Os equipamentos são 5.10.1.5 - Equipamentos Ciasse "E" - Falhas com Risco de Redução de
formados por conjuntos e formam ossistemas que, agrupados, sãoasfábricas. Produção.
Lógico quevocê podee devemontar umsistema quesejacompatível coma suafábrica, usando A ocorrência deste tipo de falha provocará redução de produção, mas não a parada geral.
4
níveis emmaior oumenor quantidade conforme sejanecessário.
•ni 5.10.1.6 - Equipamentos Classe "F" - Falhas sem Riscos.
5.9.1 - O uso de níveis adequados. Uma eventual falha como aqui abordado, não causa nenhum dos efeitos acima citados. O custo
Favornotarque noexemplo acima, abrimos afábrica emcinco níveis hierárquicos, paraexemplo do reparo é apenas o custo de reparar. Gastam-se apenas mão de obra e material.
apenas. Como é lógico, você poderá graduar as conseqüências da falha ou do defeito de qualquer modo
Nasuaunidade você deverá usartantos níveis quanto necessário. Játrabalhei com quatro (sistema; diferente deste, e não deve esquecerque qualquergraduação que você usar deverá ser consensada
equipamento; componente epeça), ejáestive emempresas com onze níveis. na empresa.

Deste modo, espero que você use a quantidade necessária para suaunidade, não desdobrando
demais enem simplificando demais. 5.10.2 - Classificação considerando a necessidade de
manutenção.
5.10 - Classificação de equipamentos conside Nesta divisão de definição os equipamentos são classificados segundo os critérios da manutenção
tradicional com seus paradigmas, onde se leva em consideração a importância do equipamento,
rando diversos critérios. mas não a importância do equipamento dentro do contexto do sistema.
Nestaparte vamos usarsempre asmesmas letras, mas emsuainstalação você pode, etalvez, deva
usar letras diferentes e até números para melhor classificar, conforme suas necessidades.
5.10.2.1 - Equipamentos Classe "A" - Manutenção preventiva deve ser
cumprida.
5.10.1 - Classificação considerando a conseqüência da Equipamentos Classe "A" são equipamentos cuja parada interrompe o processo produtivo, e com
faiha. isto levaaperdas de produção, podendo levara perdas no faturamento, se houverencomendas não
As diversas conseqüências que podem advir dafalha oudodefeito oudanão ação estão expostas atendidas devido a esta parada, e por isto devem ter o seu programa de manutenção preventiva
as seguir: rigorosamente cumprido.

5.10.1.1 - Equipamentos Classe "A" - Falhas com Risco ao Ser Huma 5.10.2.2 - Equipamentos Classe "B" - Manutenção preventiva pode
no.
atrasar um pouco.
Uma eventual falha trará risco àspessoas tanto àintegridade física como mental. Equipamentos Classe "B" são equipamentos que participam do processo produtivo, porém aparada
desteequipamentonão interrompea produção.Por istodevempossuir umprogramade manutenção
preventiva que deve ser executada dentro de uma faixa determinada de tempo.
5.10.1.2 - Equipamentos Classe "B" - Falhas com Riscos ao Melo
Ambiente.
5.10.2.3 - Equipamentos Classe "C" - Manutenção que pode ser apenas
Uma eventual falha trará riscos dedegradação domeio ambiente.
a corretiva.
Equipamentos Classe "C" são equipamentos que não participam do processo produtivo e cuja
5.10.1.3 - Equipamentos Classe "0" - Falhas com Risco de Parada manutenção preventiva pode deixar de ser executada.
Total.
Esta eventual falha provocaráparada total daprodução.
5.10.3 - Classificação considerando
5.10.1.4- Equipamentos Classe "D"- Falhas com Perda de Qualidade. a Importância no processo.
Umaeventual falha deste tipo prejudicaráaqualidade doproduto ouprejudicaráoatendimento ao Dentro destadefinição os equipamentoslevamamesma classificação,porémexiste um desdobra
cliente.
mentoquepermiteumamelhorvisualizaçãoequeserámuitoútilquandoforemestudadoscritérios
de prioridade de atendimento. >
Capítulo 5 - Defínições em Manutenção 45

5.10.3.6 - Equipamentos Ciasse "F" - Fora de Operação.


5.10.3.1 - Equipamentos Classe "A"-Vitaisao Processoe Únicos. Equipamentos Classe "F' são equipamentos que estão fora de operação. Não participam do
Equipamentos Classe "A"são equipamentos vitais eúnicos,sem redundância, queparticipam processo produtivo e cuja manutenção pode deixar de ser executada.
diretamente ou indiretamente do processo produtivo, cuja parada interrompe o processo
produtivo, comperdatotal dafunção dosistema. Comisto levamaperdadeprodução, podendo Deve-se estar atento, que alguns equipamentos, componentes ou peças que serão classifícados
levar aperdas nofaturamento, sehouver encomendas nãoatendidas devido a estaparada, e por aqui, podem ser itens de almoxarifado e que devem ser conservados e receber atenção periódica
istodevem tero seuprograma demanutenção preventiva rigorosamente cumprido. para que não degenerem durante o tempo de permanência no almoxarifado.

5.10.3.2 - Equipamentos Classe "B" - Vitais 5.10.4 - Classificação considerando


ao Processo e em duplicata. a Qualidade do produto.
Equipamentos Classe "B"são equipamentos vitais ecom duplicata (às veyes redundantes), que Considerando-se o desempenho quanto à qualidade, dividimos deste modo.
participamdiretamente ouindiretamentedoprocesso produtivo, cujaparada poderáteduzir
acapacidade deprojeto. Não interrompem oprocesso produtivo, nema nerdatotalda função 5.10.4.1 - Equipamentos Classe "A" ou com
dosistema,ecomistopodemlevaraperdas deprodução, podendc levaraperdasnofaturamento
se houver encomendas não atendidas devido a esta parada. Dc 'fm ter o seu programa de impacto direto na qualidade.
manutenção preventivarigorosamente cumprido. São equipamentos que afetam ou que impactam diretamente na qualidade do produto. A indústria
farmacêutica trata estes equipamentos do "DF*(direct impact) conforme "Guide Lines" e Base Lines
emitidos por sociedades reguladoras das atividades do ramo e associações.
5.10.3.3 - Equipamentos Classe "C" - Não Vital
Normalmente estes equipamentos necessitam de revalidação para serem utilizados novamente no
ao Processo e Únicos. processo produtivo, depois de passarem por um processo de manutenção em seus componentes
Equipamentos Classe "C" são equipamentos não vitais que não participam do processo ou parte deles.
produtivo, onde aparada destes equipamentos nãointerrompe a produção enãoprejudicam
Os instrumentos são calibrados e controlados de forma sistemáticae os resultados registrados para
a produção, mas causam grandes aborrecimentos oudesconforto nainstalação deA ido peroa do
garantir o controle adequado do processo produtivo.
desempenho dafimção exercidaporesteequipamento, e poristouevem possuirumprçgramaac
manutenção preventivaque deve serexecutada dentiodeuma faixa determinada dete^po.
5.10.4.2 - Equipamento Classe "B" ou sem
5.10.3.4 - Equipamentos Ciasse "D" - Não Vital impacto direto na qualidade.
ao Processo e em duplicata. São equipamentos que não impactam diretamente na qualidade do produto. A indústria farmacêu
tica trata estes equipamentos do "NDI" (no direct impact) conforme "Guide Lines" emitidos por
Equipamentos Classe "D" são equipamentos não vitais que n. participam do processo
sociedades reguladoras das atividades do ramo.
produtivo.Aparadadestesequipamentosnãointerrompe aproduçãot* não prejudicamaprodução,
mas possuem duplicataou redimdância, para nãocausarem gninde desconforto ou grande /

aborrecimento oudesconforto nainstalação, aindaquehaja redução dodesempenho da ^'unçáo, 5.10.5 - Exemplo de Classificação.
eporistopodem nãopossuir umprograma demanutenção preventiva podendo enivários casos A seguir damos aiguns exemplos de como tratar os equipamentos quanto à sua classificação para
sofreremsempreapenasmanutenção corretiva. efeitos de produção e em conseqüência de manutenção.

5.10.3.5 - Equipamentos Ciasse "E"- Não Participam 5.10.5.1 - Com impacto na qualidade e Vitais ao Processo.
do Processo Produtivo.
1 - Equipamento Vitalao Processo e Único, comImpacto na Qualidade do Produto.
Equipamentos Classe "E"são equipamentos que não participam do processo produtivo. A
parada destes equipamentos nãointerrompe a produção e nãoprejudica a produção, nãocausa Recomendação: a programação de manutenção deverá ser rigorosamente cumprida, pois o
eqt ipamento é único, vital ao processo e qualquer pequeno problema impacta na qualidade do
desconforto ou aborrecimentos, mesmoque hajareduçãodo desempenho da função,e por isto
produto podendo gerat não conformidades.
sofrem apenas manutenção corretiva. Ex.: Bebedouros de água, carregadores de baterias de
veículos, etc. 2 - Equipamento Vitalao Processo e não Único, comImpacto na Qualidade do Produto.
A recomendação é que a programação de manutenção deverá ser rigorosamente cumprida, pelo
problema de impacto na qualidade do produto.
á 't:
4g |- ^ Organização oPlanejamento eoControle da Manutenção

3 - Equipamento não vitalao processo e Único, com impacto na Qualidade do Produto.


Cuidaremosque a programaçãode manutençãosejarigorosamentecumprida, devido ao impacto
Capítulo 6
na qualidade e a eventual; geração de retrabalhos.

5.10.5.2 - Sem Impacto na Qualidade e Vitais ao Processo.


1 - Equipamento Vital ao Processo e Sem Impacto na Qualidade do Produto.
Aqui a programação de manutenção devera ser cumprida dentro de determinada faixa de tempo.

5.10.5.3 - Sem impacto na qualidade e não vitais ao processo.


1- Equipamentos Não Vitais ao Processo e Único semimpacto na qualidade do produto
A Evolução
Cuide para que a programação de manutenção seja seguida dentro de uma faixa de tempo.
2 - Equipamentos Não Vitais ao Processo e em duplicata, sem impacto na qualidade do da Manutenção
produto.
Estesequipamentosdeverãoter a programaçãode manutençãomaisbaratapossível, considerando-
se inclusive a tática de se usar apenas manutençãocorretiva, ou a monitoração e a corretiva.

5.11 - Comentários sobre Definições. 6.1 - Resumo.


Evidente o que aqui está exposto são sugestões sobre significado de palavras e outros termos e
Esta parte trata sobre como amanutenção mudou dentro do processo industrial, adaptando-se e
condições que você pode ou deve fazer.
evoluindo para melhor atender àsmudanças doprocesso edatecnologia.
Procuretrabalhar dentro de definições,jáestabelecidasexternamente e de preferência em normas
nacionais ou internacionais. 6.2 - Introdução.
Se a sua situação for especial, use definições próprias, se não existir nada que trate sobre este Aevolução damanutençãoestáatrelada ao desenvolvimento das unidades deprodução. Quanto
assunto.Evite criar padrõesou signifícadosdiferentes,mas se necessário, faça. mais sofisticado for o processo fabril mais sofisticada será amanutenção. Do ponto devista de
organização e de administração não sepode esperar que seja diferente. Conforme ocorreram
mudanças naestruturados órgãos de produção foram ocorrendo mudanças naestruturados órgãos
da manutenção.
Pense como seria a manutenção noinício darevolução industrial. A produção seriada estava
começando. Aquelesquesistematizariamequeorganizariamaprodução aindanãohaviamnascido..
Amanutenção, então, não poderiasermuito organizada aotrabalhar para um cliente que não era
organizado. Este problemapersiste até hoje, infelizmente. Édifícil atenderbem aum cliente que
não seorganizaeque não se sistematiza. Que não trabalha bem eque não cuida enão deixa que
cuidem bem de seu equipamento.
Conforme pronunciamento feito por Mc. M. Granski daUNIDO no IICongresso daFederação
Européia de Sociedades Nacionais de Manutenção, EFNMS, em Paris, 1974: "osproblemas de
Manutençãoprovêemdefaltadebase, inexperiênciaemdireção,falta detradição industrialassim
como estruturas industriais inadequadas. Osinvestimentos empaísesemdesenvolvimento são
feitos à custa do consumo. Assim, a economia feita na seleção, compra e utilização de
equipamentos deve terum papel muito mais decisivo nos países mais pobres".
Concordando com o pronunciamento, e adicionando o que foi estabelecido nos parágrafos
anteriores, não é forçar o raciocínio afirmar que "agrande parte dos problemas demanutenção
provêmdeinstalações inadequadas, de estruturas não otimizadasedeorganogramas quenãosão
osmais adequados para asituação, tanto doponto de vista deprodução como demanutenção .
48 A Organizaçãoo Planejamento e o Controle da Manutenção Capítulo 6 - A Evolução da Manutenção 49

Damesmamaneiraque oprocesso fabril evolui, amanutenção também deve evoluir. Todavezque Nesta época a função básica deste pessoal não erafazer manutenção, mas sim produzir.
umamudançaocorrerno conjuntoindustria] deve-se verificarseamanutençãoestá adequada para Jáestavanotóriaanecessidade umaorganização compessoas quefossem especializadas na"arte"
a novasituação, ouseumajuste deve serfeito paraas novas contingências. dereparar ededevolver aoequipamento acondição deefetuar atarefa para aqual foi adquirido
Umaadequação namanutençãopodesertão necessáriacomo aque foi feita para alinhadeprodução ou projetado.
ou para o processo produtivo como um todo. Inexistentes, apareceram osprimeiros profissionais demanutenção, agregados aos deprodução
e a eles subordinados.
6.3 - Um pouco de História. Estes profissionais hoje seriam classificados como mecânicos elubrificadores.
Conforme Baldin asprimeiras oficinas demanutenção aparecemjuntodascaldeiras avapor para
intervirmedianteas solicitaçõesdo pessoalda produção.
6.3.1 - o princípio.
Antes darevolução industrial aprodução debens erafeita sobencomenda, quase sempre deum
modo artesanal. Não havia máquinas paraprodução emsériedeartigos ouprodutos, com ressalva 6.3.4 - Uma interpretação para a palavra Manutenção.
para a produção de tecido. Estas pessoaseramencarregadas deter àmãorecursos paraefetuarreparos. Derivadeste conceito
No rigordeanálise, aatividade era levadaaefeito pordiversas pessoas que em caso deproblemas a formação dapalavra manutenção: manu = mão + tener = ter(manu tener).
sabiam construirasua máquinaetambém reparar, como conseqüênciadeuma atividade passada
de pai para filho. 6.3.5 - O advento da eletricidade.
Mais adiante, perto da revolução industrial, nas unidades fabris, o maior problema era a Aeletricidade trouxeconsigo afacilidade dousodemotores elétricos, quesãounidades geradoras
disponibilidade deenergiaparamover asmáquinas queproduziam. deenergia mecânica, menores que asa vapor, e acima detudo não centralizadas, podendo ser
Normalmentetodaaenergiaprovinhadeumaunidade deforça central que atravésdeeixosepolias instaladas em vários pontos da fábrica.
movimentava asmáquinas. Justo é entender que esta unidade eramovida pelo vento emalguns Ousodos motoreselétricospermitiuqueumagrandequantidade deeixosecorreias fosse removida.
locais, porrodas d'água emoutros locais, e mais tarde porunidades movidas a vapor. Para isto as instalaçõeselétricas foram feitas.
Atéestaépoca, asequipes demanutenção praticamente não existiam. Amaiorparte dos cuidados Mas estas instalações tiveram que serreparadas. Osprimeiros reparos eram conduzidos pelo
comoequipamentoeranosentidodetrocaraspartes que gastavametambém evitarque odesgaste próprio pessoal das firmas dedistribuição deenergia elétrica.
a curto prazo. Passavam-se gorduras deorigem animal nas partes móveis e sujeitas a carga Aequipedemanutençãoembrionária, compostade pessoascomconhecimentopredominantemen
mecânica, ondeo desgaste eranotado com facilidade econtornado com estasimples providência. temecânico sofreu aprimeira transformação: pessoas com conhecimento deeletricidade foram
incorporadas emauxílio aos experientes mecânicos, não faimliarizados com anova técnica.
6.3.2 - A Revolução Industrial.
Comoaparecimentodas máquinasavaporcomocentraisgeradoras de força mecânica, operadores 6.3.6 - A integração do grupo de manutenção.
devidamente treinados eram osresponsáveis pela condução damáquina e pelo tratamento dela, Em fábricas demaior porte, com várias unidades fabris, existiam diversos grupos encarregados
incluindolubriflcaçãoe trocade partese peças. de repor as máquinas em funcionamento.
Não existiam turmas encarregadas dereparos. Asatividades eram detrocas departes gastas ede Freqüentemente ocorria que um grupo com pouco ou nenhum trabalho. Mas em outra unidade
lubriflcação. Falhas graves eram sanadas com apresença do fabricante, que iapara trocar peças existiamproblemasque sobrecarregavamoutrogrupo, eosprofissionaiseramemprestadosdeuma
e aconselharcomoevitaresteouaqueleproblema. Istoacerca deduzentosanosconformeBaldim. unidade para outra.
Aprodução industrial não era feita do modo mais racional possível, e também asequipes de Ficafácilverificara conveniênciadereunirtodososprofissionaissobumasóorientaçãoparaque
manutenção não existiam. Amaiorparte dos reparos eraefetuada pelo pessoal que tinha atarefa osatendimentos pudessemserfeitos maisrapidamente, contandocomoauxíliodosoperános vindo
deproduzir, ereparava oque quebrava, elubrificava asunidades quando julgava conveniente. de outro grupo.

6.3.3- O aparecimento dos grupos de manutenção. 6.3.7 - A subordinação dos primeiros grupos.
Comocorrerdotempo foram aparecendopessoasqueeramchamadasaauxiliaroscolegasareparar Do agrupamento deste pessoal surge a primeira equipe demanutenção nosentido como hoje
a máquina avariada onde fosse necessário. entendemos, composta de pessoas com recursos para repor as máquinas em condição de
Eram pessoas que tinham certa vocação para cuidar das máquinas. Limpavam elubrificavam. funcionamento.

Dependendodo tamanhodaunidade, existiamdiversas destas pessoas, subordinadasacadaseção Este grupo estava subordinado à equipe de produção.
de produção da fábrica.
50 I AJ2xgàiiização.o PlanejamentosjoSlontrole da Manutenção _ Capítulo.ó - AEvolução da Manutenção | 51

Comentário: Comose podenotar, aolongodosanoso percentual médiode tiposde mãodeobra


6.3.8 - A evolução da eletricidade e eletrônica. que trabalham ematividades demanutenção, aqui no Brasil, tem semantidorazoavelmenteestável,
o avanço da técnica, a maior disponibilidade de energia elétrica trouxe consigo o uso de grande independente das categorias quecompõem o totale dos tiposde empresas
quantidade de motores elétricos com seus dispositivos de partida e proteção.
Istoreforçou a necessidade de grupos de eletricistas na equipe de manutenção, e da presença de
pessoas com conhecimento de eletrônica. 6.3.11 - Colocando as datas.
Ousode centros de controle, com diversassofisticaçõeselétricas, e mais tarde, eletrônicas, forçou Secolocarmos datas naseqtiência deacontecimentos atéaqui citados encontraremos oseguinte:
asindústrias a incluírem em seus grupos de manutenção pessoas com conhecimentos maiores tanto As equipes de manutenção passaram a existir noinício doséculo 20, quando, porocasião da
de mecânicacomo de eletricidade, eletrônicae instrumentação. proximidade daPrimeira GuerraMundial asfábricas tiveram anecessidade deseempenharem em
um programa de produção mínima.(Baldim e Vale).
6.3.9 - A incorporação de pessoas de instrução universitária. Oadvento daeletricidade quase queconcomitante, substituiu asinstalações deiluminação a gás
e os motores elétricos usados trouxeram os eletricistas para as equipes de manutenção.
Osnovos materiais e processos, amaquinaria sofisticada, melhores padrões, normas de controle
maisrígidas, grande quantidadcediversidade de máquinas, novamente obrigouaindústriaamudar
os integrantes da equipe de manutenção. 6.3.11.1-0 aparecimento da Manutenção Corretiva.
Incorporar àsequipes demanutenção ostécnicos eengenheiros comformação mecânica, elétrica, Após aguerra de1914, acompanhando aevolução daindústria, amanutenção passou aexistirem
eletrônica, instrumentação ede técnicasdigitaisecontrolenumérico,emalgunscasoscomperfeito quase todas as unidades fabris, em atividades desenvolvidas após aquebra das peças ouparada
conhecimentodeprocessadores digitais eseus periféricos, em apoio ao pessoal que, tradicional das máquinas em falha.
mente, trabalha na área de manutenção. Eis a Manutenção Corretiva como hoje a entendemos.
Esta situação perdurou atéfinais dadécada de30quando aSegunda Guerra trouxe anecessidade
6.3.10 - As diversas categorias profissionais na Manutenção. doaumento deprodução edocumprimento demetas, trazendo aopessoal àrealidade dequealguns
equipamentosnão podiam parardurante certas tarefas.
AsdiversascategoriasprofissionaishojeexistentesnaManutençãoestãoapresentadasno gráfico
a seguir, obtido a partir de compilações efetuadas nos estudos e levantamentos obtidos nos A Administração Industrial forçava as equipes de manutenção a se preocuparem em sanar
questionários enviados e recebidos pela Abraman.
rapidamente as falhas eaefetuarem serviços que evitassem eprevenissem aocorrência das falhas
nos equipamentos mais importantes.
Compilamos os dadosapenasa partirde 1993.
6.3.11.2 - O aparecimento da Manutenção Preventiva.
O avanço dasindústrias aeronáuticas, commétodos desenvolvidos paragarantir queumavião
voaria um tempo mínimo em bom estado de funcionamento, reforçou o desenvolvimento de
Qualificação de Pessoal Próprio técnicase métodosde trabalhoqueatualmentechamamosde ManutençãoPreventivaporquenão
entre os anos de 1993 até 2007. é possível efetuarreparos namaior partedosequipamentos de umaaeronave emvôo.

N3o Cbitiflc/ 6.3.11.3 - O aparecimento da Engenharia de Manutenção.


Por volta dos anos de 1950 até 1960,em resposta à necessidadede garantir o funcionamento de
NSo Qnalir. umamáquina, foi criado umórgão, umaequipe especializada, queefetuavaestudos sobreoquão
confiável era o equipamento e o que fazer para que fosse mais confiável.
Peisoal QualJf.
Estudos cm tomo de: como efetuar reparos mais rápidos, estudos para tomar as equipes mais
eficientes, de melhores métodos de trabalho em manutenção, de quantidade adequada de
sobressalentes, de melhoria de locais de trabalho, e também das características das falhas e sua
Nfvcl Superior repetição, passaram aserdesenvolvidos eencontram-se agrupados cm tomo do título "Engenharia
de Manutenção".
0% 10% 20% 30% 40% S0% 60%
Devidoaodesenvolvimentodoscomputadores aEngenhariade Manutenção passouadesenvolver
Fonte: Abrauun-DocumeatoNactonal ]! processos mais sofisticados decontrole eanálise, utilizando-se defórmulas complexas visando
predeterminar osperíodos mais econômicos deexecução da Manutenção Preventiva.
Figura 06.01 - Demonstrativo de qualificação dopessoalda manutenção
_52 I -A£^ganização oPlanejamento eoControle da Manutenção CapfHiln ü —A Evolução da Manutenção 53

6.3.11.4 - O início da Manutenção Preditiva. Sabemos queesquemas de manutenção corretiva, sócorretivas, sãocaros,poisoneraa empresa
A manutenção preventiva,aliadaao usode medições e acompanhamento periódiconosequipa emtempos deparadagrande e custosa, alémde fazer comqueasmáquinas falhem nomomento
mentos, como usodeinstrumentos sofísticados eatémonitoração remota,introduziu já nadécada mais inoportuno, havendo comistoum mau usodosrecursos quea empresa dispõe, sejam de
de1960/1970oconceito deManutenção Preditivaou"ControlePreditivode Manutenção",que produção sejam de manutenção.
éamanutenção efetuada apenas quando sedetectaaaproximação deumacondição instável oude Pararesolverestasituação adireção daempresacriouumafilosofia quechamoudeTPM ou"Total
umafalha. Se nãoexistea condição instável, o equipamento ficaem funcionamento até que a Productive Maintenance", que estásendotraduzido comoManutenção Produtiva Total.Entre
proximidade de falha seja detectada. Por outro lado, o controle estatístico de falhas ocorridas, outras coisas o sistema exige muito treinamento, muitalimpeza no localde trabalho, muita
poderáindicarquando,provavelmente,o equipamentofalhará.O métodoestatístico é uma valiosa disciplina, a participação total de todos, e ainda, o sistema força com que os operadores das
ferramenta para a determinação da aproximação de umacondiçãode falha. máquinas seenvolvam com tudo, principalmentecomrotinas demanutenção deprimeiro nível e
Comoexemplo demanutenção preditivaporacompanhamento, cita-se aanálise cromatográficade de segundo nível.
óleoslubrificantes; detecção deruído emrolamentos; vibração emmáquinas rotativas; detecção OGerenciamento da fábrica trabalhou com as idéiasde que acausa das falhas, a máqualidade dos
doaumento de temperatura emalguns pontos (mancais, trocadores decalor,etc.);quedalentae serviços, afaltadetreinamento sãocausas interdependentes. Muitas dasidéias degerenciamento
progressivadepressãodelubrificantes emmáquinasdevidoa maioresfolgas; medições defolgas demanutenção us^asemTPM nãosãodeongemjaponesa,mas foram inteligentementeadaptadas
e tolerâncias; medições de rigidez dielétrica; técnicas de ultra-som, etc. para a cultura e para as tradições japonesas.
Paraquesejamincorporadas as idéias deTPM emumaempresa, a criação de pequenos grupos
6.3.11.5 - O início da Terotecnoiogia. detrabalho deveserfeita. Porexemplo, aToyotaMotorCompany possui maisde4.000círculos
de trabalho em operação. (Kelly, 1986)
Nadécada de 1970até 1980foiintroduzido oconceito dequeo ciclodevidade umequipamento
deveria ser controlado e maximizado. Existe interfaceentre os diversos círculos em canais hierárquicos próximos, tanto superiores como
Asdefinições assumidas nos projetos devem serverificadas e acompanhadas namontagem, nos paralelos, paraaefetivação dafilosofia. Paraosinteressados, existem cursos especializados no
assunto "TPM".
testesde funcionamento, na partidae durantea vidá útil do equipamento.
A ABRAMAN já trouxeespecialistas japonesesparapalestrasaquino RiodeJaneiroe em São
O comprador deve definirao projetista o que desejae durante as diversas etapas da vida do
Paulo, onde o tema foi amplamente debatido.
equipamento, paracontroledas variáveise melhoriados próximosprojetose deste também.
Hojeo conhecimento já estáabsorvido e asdiversasempresasno Brasiljá implantaram o TPM.
Istodeve permitir umaatualização deespecificação e umamelhor performance dospróximos
Outras empresas prestam serviços deconsultoria e assessoria naimplantação destafilosofia de
equipamentos.
trabalho.
Tambémpermitiráumavidamaislonga,menosfalhasduranteesta vida,e um menorcusto final,
incluídoocusto deaquisição, deprojeto, demontagem, departida, demanutenção eumavidaútil
maior. 6.3.11.7 - A Introdução da RCM.
Aesteciclo devidaacompanhado econtinuamente atualizado, aseqüência derealimentação de ARCM -ReliábiltyCenteiedMaintenance,quechamada^ManutençítoCentradaemConfiabilidade
informaçãoaoprojetista, àfábrica eumrepassedeinformação aosoutros usuárioséoqueoComitê ou MCC, iniciou-se no Brasil no final da década de 80, início da década de 1990, mas, tomou-
deTerotecnoiogia procurou enfocar aodefinir a palavra. se conhecidada comunidadede manutenção,apóso XICongressoBrasileirode Manutençãoem
1996realizado em BeloHorizonteno Minascentro,com a presençade John Moubray,que fezuma
Terotecnoiogia é umacombinação de gerenciamento, finanças, engenharia e outras práticas conferência sobre o assunto.
aplicadasa bens físicosdisponíveis, na buscade ciclosde vidas econômicos.(1975,Comitêde
Terotecnoiogia, Inglaterra). Noanoseguinte foiintroduzidanoCursodeGerência deManutenção daAbraman, Regional IV,
Rio de Janeiro, seguindo para as demais regionais.
(mais tarde foi adicionado oquesegue) easuapráticalidacomasespecificações e projetos para
aconfiabilidadeemanutenibilidadedeinstalações, maquinarias, equipamentos, prédios, edificações, Estatécnicaé maisbemaproveitadaquandoelaé iniciadanosprimeiros passosdoprojetodeuma
estruturas, bemcomo comsuas instalações e substituição, como retomo de informação sobre instaiação oudeumproduto. Envolve tanto osistemadoprojeto quanto odesenvolvimento deste
projeto, performance e custos (Comitê deTerotecnoiogia). projeto e os desdobramentos e progressos das atividades.
AtécnicadaRCM, entretanto, podeserusadaparaavaliarprogramas demanutenção preventiva
em sistemase instalaçõesjá existentes,como objetivode obtermelhoriascontínuas,paratomar
6.3.11.6 - A introdução da TPM. a manutenção maiseficiente, obtermelhorias de confiabilidade, de disponibilidade e tomara
AToyodaGoseC.Ltdéumacompanhiaquefomecepartesdeplásticoedeborrachaparaaindústria empresamais competitiva.
automobilística japonesa. Nos anos 1970 houve umaexpansão rápida, e negligenciaram os
esquemas de manutenção preventiva, caindo dentro da situação clássica de fazer manutenção
somente quando o equipamento falhava.
•4

—S4 1—A-Qrgamssaçã&-e-PIãReJamentoeo-G0ntr0ledaManutenção A Evo/ução da Manutenção 55

A RCM questiona se as tarefas que estão sendo executadas são efetivas em custo e se do Os diversos tipos de instalações possíveis são abordados adiante, onde se tecem os comentários
cumprimento delas resultará sistemasmaisconfiáveis. sobre cada tipo, incluindo-se as vantagens edesvantagens conforme cada caso.

6.4 - A evolução da manutenção 6.5 - A evolução da manutenção no ponto de


no ponto de vista Instalação. vista Administração.
Asinstalações demanutenção passaram porestágios dedesenvolvimento, desde anãoexistência Do mesmo modo que as instalações, aadministração da manutenção no início da revolução
físicaatéa condiçãode instalaçõesprópriascomcaracterísticasquesãopeculiaresacada fábrica. industrial não existia, passando por diversos estágios até chegar ao que temos hoje.
Se no princípio da revolução industrial as instalações das equipes de operação não eram das AAdministração era feita pelo pessoal de operação, que sabidamente não possui formação
melhoresnão se pode esperar que as instalaçõesde um órgão secundárioque nem existia como adequadaparaumapolíticadereparos, mas sim,umamaneiradevivervoltadaparaproduziragora,
hoje entendemos, fosse algo digno de nota. e o restante (osreparos), quando forpossível.
Apareceram os encarregados de manutenção, subordinados às equipes de operação. Com o
6.4.1 - As primeiras instalações de manutenção. desenvolvimento de máquinas etécnicas de reparo mais sofisticadas, ainclusão de técnicos ede
As primeiras referências que encontramos na história sobre a existência de oficinas para
engenheirosnasequipes forçou queelafosse independente, equefossem desenvolvidas técnicas
manutenção sãoasqueestãonolivrodeBaldin. Datam decercadecentodecinqüentaaduzentos para gerir esta equipe.
anos.Eram,segundoo autor,grandescentrosdeconfecçãodecomponentes, doqualderivauma Asadministraçõesde manutençãodevemserfeitas porpessoasexperientesemmanutenção, bem
idéiaoupensamentodequea manutenção devefabricarseusprópriossobressalentes, a despeito como em técnicas de administração na maior parte dos casos desenvolvidas no dia a dia da
do desenvolvimento de tecnologia,conhecimentoe experiência do fabricante do equipamento. manutenção. Citamos este assunto emais adiante, no capítulo próprio trataremos do assunto
treinamento.
Aoperaçãonãotinhagrandes problemasderacionalização deespaço efluxograma, naquelaépoca.
Assim nãopodemos esperarqueasinstalações demanutenção fossem comosãonadatadehoje. As diversas possibilidades de administração de manutenção estão mais adiante descritas com
Os estudos de racionalização datam todosdo século passado, e algumas técnicas apenas existem vantagens edesvantagens para cada tipo de modelo escolhido. Sempre épossível coinbinar os
a menos de 45 anos. modelos propostos visando atender oque nos ésolicitado no dia adia de cada indústria.
Premidos pela necessidadede melhorara produtividade, a indústria teve que melhorar suas
instalações. Do mesmomodoa manutenção foipressionadaparaseorganizarpara o desafioque
se lhe impunha. A manutenção evoluiu para o que hoje conhecemos.
6.6 - A evolução na subordinação
Hierárquica na Empresa.
6.4.2 - As atuais instalações de manutenção. Com ocorrerdos tempos, várias foram eserão as posições hierárquicas que amanutenção ocupa
nas empresas.
Hojeé típicoem qualqueratividadefabrilou transformadora de bensexistireminstalaçõespara
aatividadedemanutenção.Estasinstalaçõesserãotãomaiscompletase tãomaiscomplexasquanto
mais sofisticadas forem as indústrias. Não existe instalação perfeita. 6.6.1 - A subordinação total.
Cadaindústriadeveverificaroseuregimedetrabalho,o queelapretendefazer,aproximidadede Estáimplícito, desdeoinício, que senãohouvesse atividadeindustrialnãohaveriaumórgão para
fomecedpresde equipamentose sobressalentes,a facilidade de apoio técnico do fabricante, as assegurar acontinuidade do processo. Devemos concordar que amanutenção nasceu dentro do
condições do local,considerando inclusivecondiçõesclimáticas,paradecidirpor instalações. processo industrial ecomo tal principiou sob asubordinação total do órgão de Operação.
Uma instalaçãode manutenção para uma unidadeindustrial localizadano Rio de Janeiro será Os profissionais de manutenção estavam completamente subordinados aos profissionais de
diferente de outra para uma firma idêntica situada no Amazonas ou no Pólo Sul, ou no Deserto operação. Não podia ser de outra maneira. Como tudo evoluiu, hierarquicamente aconteceram
do Saara. mudanças.
Os primeiros profissionais de manutenção, totalmente subordinados às equipes de operação,
quandopassaramadispordasprimeirasinstalaçõesdemanutençãopassaram aterseusprimeiros
encarregados. Não mais éramos omenorescalão do processo. Jáhaviaalguém em melhornível,
porém subordinado a escales menores da Operação.
-56 1—^ Organtzaçào-0'Planejãmento eoControle da Manutenção Xlapítulo^ - A^Evolução da Manutenção 57

6.6.2 - A Administração por pessoai próprio. Talvez porque os que fazem os programas aprenderam a programar "contabilidade e não
Amelhoria do processo industrial'forçou aOperação apensar nos problemas de produzir, e a aprenderam aprogramar oque éfundamental: como éque estão as máquinas.
entregaràturmade manutençãoos problemasde manutençãocadavez mais complexos. Conforme Para isto épreciso que oGerente de Manutenção saiba com éque se faz, ou no mínimo, ou que
evoluía oprocesso produtivo, foram exigindo profissionais competentes que assumiram oseu deve serfeito, paraensinar, do mesmo modoqueos GerentesdeContabilidadesabemcomofazer
papel eem troca obtiveram melhores condições de trabalho, do ponto de vista organizacional, e a contabilidade.
em conseqüência, de subordinação hierárquica. Hoje nas melhores empresas temos oórgão de Após 1994 éque grande quantidade de programas para uso em micro emini computadores
Manutenção bem posicionado, ciente de sua importância, em níveis iguais aos do órgão de apareceram, edentrode umprocessonatural deseleçãoederealidadedemercado, apenasalguns
Operação tendoentão condições de opinarsobesteou aqueleevento, cabendoentão àDireção da sobreviveram.
instalação resolvero quefazer, seos pontos de vistanãoforam coincidentes.
Convém notar aqui que afilosofia japonesa do TPM não só prega aexistência de "operador- 6.8 - Evolução do ponto de vista
mantenedor como também reforça anecessidade de existiraequipe de manutenção que deverá
serchamada para atuar nos problemas maiores enas grandes intervenções. de Conhecimento Próprio.
Pode-sedizerqueosprofissionaisdemanutençãoestãopordemaisenvolvidos em seusproblemas,
6.7 - Evolução do ponto de vista "Gerencial". eque resolvem as situações novas com inventividade emuito embasamento teórico eprático.
Do ponto de vista gerencial a manutenção passou de um ponto em que toda a sua técnica de Mas, certas soluções geniais não são divulgadas etampouco refletem acompetência de quem as
criou.
gerenciamento eraconseguidanavidapráticaparaoponto atual onde temos uma série deestudos
ctécnicas próprias de gerenciamento. Passamos do empirismo puro para um ponto em que já Jáencontrei máquinasdesenvolvidas para situaçõesespeciais,ondeo"input"necessáriofoi dado
existein estudos e teorias desenvolvidas sobre a melhor maneira, ousobre a melhor técnica de pelopessoal daManutenção, que convivecomosproblemasdosequipamentoseque, namaioria
interferiremdeterminadaseqUênciadeacontecimentos. Jácontamos com estudos desenvolvidos das situações,équemtemconhecimentoparasugerirmodificaçõesouparamostrarqueoproblema
a níveis degraduação e depós-graduação. exatamente.

Emdiversos páíses, temos cursos paraque diversos conhecimentos específicos sejamestendidos Aabordagemda"TEROTECNOLOGIA" naInglaterraevidenciaapreocupaçãoparaaresolução
a outras áreas, e normalmente estes conhecimentos demoram a chegar aos profissionais de de problemas de vida útil de um equipamentoede comoousuário pode auxiliaro fabric^te para
Manutenção. aresolução de umasituação adversa, eprolongaravida de máquinas eequipamentos, aindaque
apenas napróxima geração damáquina.
Por quê? A resposta é dificil.
Veja-se ocomputador, por exemplo: só há poucos anos éque éutilizado pelos profissionais de Oque fazemos dos nossos conhecimentos enosso "know how"?
Manutenção para melhorgerireparamelhor manusearaquantidade de informações que passam Guardamos apenas para nós ou partilhamos com nossos colegas de Manutenção, para que não
em nossas mãos todos os dias. Ouso da Informática não étão popular na área de manutenção, passempelomesmo problema?
emborajáosejaem outras atividades. Relendo livros sobre computadores, uso eaplicações, de NoBrasil, diversas empresas e associações tratavam do assunto "Manutenção nosegmento
um modogeral, háalguns anos, nãoencontrei citadoemnenhum livroousodestas máquinas para específico de sua área ou de sua especialidade sem conseguir unir este conhecimento.
Planejamento e Controle de Manutenção" ou para "Gerência de Manutenção", ou qualquer
assunto diretamenteligado àManutençãoIndustrial, emboracertosassuntosespecíficos, às vezes
sãocitadoscomo, porexemplo, "GestãoeControledeEstoques". Até 1992sóencontrei referências 6.8.1 - A criação da Abraman.
sobre oseu uso em"Gestão e Controle deEstoques e Sobressalentes". Com acriação da Associação Brasileira de Manutenção, em 1984, passamos ater uma entidade
Com oadvento dos microcomputadores encontramos em algumas obras citações sobre ouso do para centralizar os nossos conhecimentos específicos, para discutirmos em tomo de nossas
computador naManutenção, em seu gerenciamento, em seu controle e naanálise dos diversos aspirações edificuldades, epara melhor avaliarmos oque está ocorrendo ao nosso redor.
parâmetros quepodem onerarumaempresa. Esperamos, erealmente eque está acontecendo, éque os problemas dediversos segmentos, que
antes eramdiscutidos apenas dentro decada um dos segmentos, estão sendo trazidos paraonovo
Variasempresasjáusamalnformátíca,masparaasvariáveis queaManutençãonecessitamanipular ambiente comum que é a ABRAMAN.
eque podemmelhorarqualquersistemaprodutivo, nadaou quase nadaexistia, pois ocomputador
estava fazendo outras atividades e outros relatórios. Istodeverá, acurto emédio prazo, trazerbenefícios paratodos os profissionais que trabalham em
manutenção.
Vários programasde"PCM"emdemonstraçãosão paraa"contabilidadedamanutenção" (quais
Hh gastos, em que local foram gastos, como foram gastos, etc.). Narealidade a Abraman passou a ocupar seu lugar e oferecer à comunidade diversos cursos e
Poucossãoos"soft"(programas)quepermitemsaberdiretamente,porexemplo, aDisponibilidade treinamentos na área de manutenção, bem como realizando eventos sobre manutenção aâmbito
nacional, estadual e regional.
de uma máquina.
' -

i. Capitulo 7
4

Organizações
de Maxnitenção

7.1 - Resumo.
Neste capítulo tratamos sobre como as empresas estão organizadas ecomo são as organizações
de manutenção mais em uso atualmente ecomentamos sobre elas.

7.2 - Introdução à Organização do Departamento.


Parte integrante einerente de todo equalquer estudo sobre as atitudes de uma Gerência de
Manutenção, éacompreensãodecomoaturmade manutençãoestádistribuídabemcomodeque
modo toda a estrutura hierárquica funciona dentro da organização de sua manutenção. Para
pretender entender oque sepassaese épossível fazer melhorias no sistema, primeiro, épreciso
entender muito bem como funciona aestrutura do poder equem éque influi na seqüência dos
acontecimentos.

7.3 - As influências geográficas.


Asorganizaçõesdemanutenção.alémdoplanohierárquicoefuncionalpodemtersuacaracterístíca
organizacionalprincipaldeterminadapornecessidadesfísicas egeográficascomo. porexemplo:
empresas de ônibus interestaduais que são obrigadas ater várias oficinas de manutenção em
diversos pontos do território. Ainda assim pode-se esperar que exista uma oficina central p^a
efetuarosgrandes serviçoseque as outrasoficinassejammenores parareparos menores,revisões
de rotina e serviços imprevistos.

7.4 - Fatores internos da Empresa.


Éfácil deentenderqueexistemdiversos fatores que influemedeterminamoorganogramade um
Departamento de Manutenção, onde cadacaso tem vantagens edesvantagens.
-fifi I Planejamento eoControle da Manuten^o -Qa^táe-T^—Organizações de Manutenção 61

Ao escolher eoptar por um tipo de instalação ou de administração, ao fazer oOrganograma ou Conforme ressaltado no texto, neste "layout" não demarcamosos prédios de apoio administrativo
o layout" da fábrica devemos considerar se quer centralizar ou se quer descentralizar e o dafábrica, como também não foram demarcados os vestiários, orefeitório, pátios de estocagem,
administrador deve estar apto aresponder questões como: almoxarifado, serviço médico eoutros que podem existir em uma empresa. Afinalid^e da não
Quem fará oque equando fará? Porque centralizar? Porque descentralizar? demarcaçãoésimplificarolayoutedestacarapenasoquesedeseja. Adimensãodaáreaindustrial
Porque terceirizar? Porque não terceirizar? Oque terceirizar? Como terceirizar? é de 1000 metros decomprimento porcerca de500 metros delargura.
Com qual das duas opções amanutenção poderá ser mais eficaz emais eficiente?
Qual atarefa que eu quero para os Gerentes intermediários que iião assumiros postos criados? 7.5 - Os diferentes tipos de Instalações.
Oque eu vou fazer com as pessoas que ocupam cargos que serão extintos?
Qual atarefa daAdministração seamanutenção for descentralizada? 7.5.1 - Instalações de Manutenção Centralizada.
AAdministração superiorestáapardas diferenças conceituaisentreorganizações centralizadas Conforme vimos anteriormente, amanutençãocentralizadaéumestágiode desenvolvimento da
e descentralizadas? manutenção.
AAdministraçãosuperiorpretendemesmoqueamanutençãosejadescentralizadaoucentralizada? Existem situações que éamelhorestrutura, onde todo opessoal está localizado em uma mesma
Da correta avaliação dos prós econtras éque pode surgir, para cada caso, uma estrutura mais área,normalmente, sobummesmo comando tático.
adequada, e, sabendodos pontos fracos efortes de suaestrutura, um Gerentepode tiraromáximo Deste local partem todos os mecânicos eeletricistas para trabalhar em todo equalquerponto da
proveito desuas instalações, deseu pessoal e deseus recursos. fábrica, eparaali retomam após concluírem atarefa, para prestaremconta do serviço executado
Ao redigireste texto, tivemos em mente, sempre, que as empresas sãode médio ou grande porte e buscarem novas instmções.
poisparaas de pequeno porte algunsconceitos não se aplicam, emboraoutros continuem válidos' Este sistemade organização, largamente utilizado, tem vantagens edesvantagens.
Os esboços e"layout"foram incluídos com aúnica finalidade de facilitar oentendimento do que

unidadedeprodução. pretendem nada mais do queincorporadas
Váriasunidadesdeproduçãoforam isto. Cada retângulo
àunidade representa uma
fabril que serve 7.5.1.1 - Vantagens das Instalações Centralizadas.
comoexemplo. Parasimplificarnãoestãomarcadososescritórios,prédiosdeapoioadministrativo a- Amão de obra, quando as instalações são centralizadas fica, normalmente, agmpada por
refeitónos, vestiários, etc. No entanto, oesboço usado será sempre omesmo eas diferenças especialidades. Distoresultafacilidade em deslocaredisporde mãodeobrasuficientepara
assinaladas. ^ absorver a maioriados serviços, mesmoempiques,
b- Em conseqüência permite maior facilidade emelhor resposta aos piques de solicitação,
c- Comgrupos centralizados émais fácil obter edar autorização paracontratarespecialistas
bem treinados e caros.
d- Ainda como conseqüência, é menor a probabilidade de ser necessária mão de obra
subcontratada.
e- Cominstalaçõescentralizadasémaisfácil adquirirequipamentoespecializadopoiseleserá
usado na manutenção de toda a fábrica,
f- Em conseqüência, émenorachance de sernecessário alugarequipamentos eferramentas
de apoio.
Unidail» "A**
g- Afacilidade de designar operário permite-nos trabalharcom problemas que são similares
em todaafábrica, ficando ooperáriofamiliarizado mais rapidamente comostipos defalhas
em si.

Unidada "B" h- Aconsultaeauxílio entre especialidades diferentes são mais rápidos emais fácil devido à
proximidade física.
Acamaradagementretodaaequipede manutençãoserámais forte, namedidaemque todos
convivem no mesmo local.
Uniidada '*0"
]__[ Unldada "D"

Figura 07.01 -"layout" básicopara estudo de três variações de instalações de manutenção


w

^ A OrganÍ7,a.çãoj3.Elai^}amento~e o Controle-da Manutenção de Manutenção 63

7.5.2 - Instalações de Manutenção Descentralizada.


Como já dissemos, a descentralização da manutenção pertence a um estágio de seu desenvolvi
mento, tendocomo metao melhoreo maisrápido atendimentoàprodução em instalações industriais
que ocupam grande área física ou que tem, dentro da mesma instalação, equipamentos completa
mentediferentes entresinosdiversos estágios defabricação. Umexemplo típicosãoassiderúrgicas
que possuem, normalmente, uma equipe de manutenção para cada etapa do processo fabril.
Não merefiro à administração,porémapenas às instalações.Este sistema menos utilizadoque o
anterior, da mesmamaneira, temseus pontos fortese seus pontos fracos.Ver figura07.03 a seguir.
Unidad» "A" Manntançãe

Unidade "B"

Unildada "C" Unidada 'DT


NAo wdsw p(MI*a(ilMMIa«éo

Figura 07.02 - Instalação de Manutenção Centralizada


Unidad» "A" ManuiMcao

Estafiguraéaalteraçãodolayoutbásicoparaacolocaçãode umaequipede manutençãono parque


fabril denosso estudo, usando uma instalação Centralizada.
Paratantofoi incluídoumprédionoespaçovazio,que seráusado portodoopessoal de manutenção.
Como não mencionamos quantos empregados afábrica possui, enem foi mencionado quantas Unidada "B"

pessoas ^abalhamnamanutenção, enemquantas máquinas amanutençãopossui oudeve atender,


estamosincluindonopróprioprédiodamanutençãoumaOficinaCentral paraos trabalhos comuns.
Uniidade "C" Unidada "D"
7.5.1.2-Desvantagens de Instalações Centralizadas.
a- Otempo perdido pelos operários em deslocamento pelas instalações até o local onde o
atendimento seráefetuado baixaráaeficiênciadaequipe.
b- Deste modo, otempo gasto para completar serviços de rotina pode ser excessivo. Figura 07.03 - Instalação de Manutenção Descentralizada
c- Otempo de resposta, para atendimento em emergências, pode serintolerável.
Nestafigura tempos o layout básico alterado paraque se use uma instalação de manutenção
d- Asupervisão fica mais difícil emais fraca devido àgrande área atribuída àequipe de descentralizada.
manutenção.
Todossedirigem parasuasáreasesuasoficinas espalhadas pelasáreas. Asmáquinas operatrizes
e- Poderá ser necessária maior quantidade de encarregados emestres para uma supervisão estão instaladas nas diversas oficinas das áreas, e pode existir duplicação de equipamentos,
efetiva.
conforme está ressaltado no texto.
f- Umoperánonecessitaráde muito tempopara ficarfamiliarizado com todaafábrica, se isto Não existe local para uso comum e tampouco necessidade de uma Oficina Central.
for possível.
g- Em conseqüência, nem sempre ooperário mais adequado aum tipo de atendimento estará
disponível. 7.5.2.1 - Vantagens de Instalações Descentralizadas.
h- Semprehaveráadúvidade quãobemumoperáriocompreenderáouestaráfamiliarizado com a- O tempo de deslocamento dos operários a partir da oficina até o local onde o trabalho será
executado é reduzido.
parte do equipamento da fábrica.
b- Emconseqüência, istopermite resposta mais rápida à solicitação deserviços.
64 I AX^rganizaçWó o'Plãnejàmerito eoCõfítrole da~Manutenção Capítulo 7 - Organizações de Manutenção 65

c- Como a área atribuída é menor, a supervisãofica mais fácil e mais eficiente. Outra oficina que pode ser centralizada é a oficina de instrumentação, quando existe, devido ao
preço dos instrumentos que normalmente são ali utilizados e que não podem ser duplicados devido
d- Aprogramação dostrabalhos é mais simples, poissóenvolve umaárea. a pouca utilização em cada área.
e- Aequipe demanutenção adquire uma melhorcompreensão dos requisitos operacionais de
cadaáreaespecífica, poisprestam osseusserviços paraaquelaáreaapenas,
7.5.3.1 - Vantagens de uma Instalação Mista.
f- Osreparos sãomais rápidos devido à familiarização dopessoal comoequipamento ecom a - Podem combinar as vantagens das instalações centralizadas com as vantagens das instalações
a repetição dos problemas e falhas,
descentralizadas proporcionando um atendimento adequado à unidade fabril
g- Em conseqüência, aseventuais mudanças delinhadeprodução são mais simples deserem b - Emborajáincluídas, vale ressaltar que instalações com oficinas ao longo da área industrial, que
absorvidos pelamanutenção,
acompanham a distribuição das unidades industriais, normalmente são mais flexíveis e propor
h- Oleitor poderá cruzar mais vantagens com aconsulta aos outros tipos deinstalações aqui cionam um atendimento mais rápido, devendo ser preferidas para unidades industriais que ocupam
descritos. uma área geográfica grande ou onde as instalações estão distantes do conjunto industrial.

7.5.2.2 - Desvantagens de Instalação Descentralizada. 7.5.3.2 - Desvantagens de uma Instalação Mista.


a- Menor flexibilidade, o quedeve serentendido como "dificuldade paraexecutar serviços a - Podem combinaras desvantagens das instalações centralizadas com alguns dos problemas das
grandes", pois, amão deobraestá disuibuída entre vários supervisores que normalmente instalações descentralizadas. O Gerente de Manutenção deverá estar atento para introduzir
estão mais preocupados comosserviços desuaprópria área, importanteparacadaum,mas modificações nas instalações tem logo existam sinais de deficiência de atendimento às necessidades
menos importante para o conjunto em um dado momento. da planta.
b- Tensão entre supervisores que reclamam de terseupessoal deslocado paraoutra área.
Comentários, aindaqueinjustificados, serão feitos; Coisas dotipo; 'Tenho quepararomeu
programademanutenção, atrasartudo, paraajudarosque não seorganizaram tão bemcomo

c- Existirá,então,umatendência acontratar maispessoalqueonecessário. Normalmente este


tipode organização temquadros depessoal sobredimensionados.
d- Comoexistem maissubdivisões, haverátambém asolicitação maiordeserviços deescritório
e mais pessoas para executá-los.
e- Fatalmente ocorrerá uma aquisição deequipamentos idênticos parausopelas equipes de G.M.
manutenção deáreas diferentes, com duplicação desnecessária e ociosa deinstrumentos e
equipamentos, um para cada área. Manutenção
Central
Quando nãoforconsentidaaduplicação, serásempre notada umamávontadeememprestar Unidade "A"
oequipamento(afinalosoutros não cuidamtãobemcomoeu, dirão). Tambémserão not^os
ciúmes pelo fato denão sepossuir "aquele aparelho" porque com eletudo émais fácil. (Eu
não gosto depedir emprestado e"eles" não gostam deemprestar, reclamam tanto...).
f- Aexistênciadepequenos grupos divididos pelas diversas áreas poderátrazer dificuldades
Unidada "B"
parajustificara contratação deespecialistas treinadose caros.
g- Pelos motivos indic2dos em"e"e"f' acimaa^uisição deequipamentos especializadosserá
difícil.

Unildad» Unidade "IT

7.5.3 - Instalações de Manutenção Mista.


Instalações demanutenção mista sãoaquelas que, além devárias oficinas pelafábrica, possuem
lima instalaçãocentralizadaparaondedevem convergirosreparos deequipamentosecomponentes
usados pelas diversas turmas deáreas. Ocaso mais freqüente é o dautilização de máquinas de Figura 07.04 - Instalação de Manutenção Mista
usinagemefabrico depeças. Etambém éonde asmáquinas caras ficam alocadas comoguindastes,
empilhadeiras, instrumentos deajuste ecalibragem, todos úteis, mas depouco usoemcadaárea.
W
•a = :

A Organização o Planejamento e o Contrólé da Manutenção CaptttÜoTT^XJrganizações de Manutenção 67


66

Neste esboço temos umainstalaçãoque combinacaracterísticas das duas figuras anteriores, para
que sepossa obter nafábrica asvantagens que asanteriores possuem. lAolmInIstraçSo de. Manutenção 'Contrallzada

Aqui possuímos uma instalação de oficinas próximadaáreaaseratendida, com as vantagens do -Pir«cSo Gi«r»i I
rápidoatendimento, bemcomopossm'mosumacentralizaçãode recursos naOficinaCentral para
evitar m^uinas epessoas ociosas, pois afabricação de peças esobressalentes não éfreqílente, O a r a n t a cl« Outras . Osrsnts ds
conformeestimado. Oquadrinho"GM" incluídono prédioéolocal recomendadoparaoescritório Prodüjp&ó '.Gsrftneiaa 'Matiutsnção
do Gerente de Manutenção.
.Uniidscla de . ' EietrlBlatas
As vantagens e desvantagens deste tipo deinstalação estão bem discutidas notexto. 'Oparapfio A
Uinidade^de' IVleoAnioas
'Op.araQâo P
7.6 - Consideração sobre diferentes 'Unildade d e Instrumentistas
tipos de Administrações. OpeVap&o C

Para que a administração demanutenção funcione os gerentes intermediários devem tersua Unidade de
OperapãoiD
-Civii

responsabilidade definida, e medida pelaatuação deseugrupo.


SeaAdministraçãosuperiorentenderque aAdministração deve sercentralizadadeveráarcarcom Offioinas

oônus dasobrecargaedamorosidade administrativa. Seus Gerentes intermediários não poderão


resolvermuitacoisaqueestácentralizadanaAdministraçãosuperioreistopoderátrazerproblemas. PCM

SeaAdministrí^ãosuperiorresolverque aAdministração deve serdescentralizadateráque mudar


oseu modo de agireseadaptarparaenfrentarooutro ladodasituação. OsGerentes intermediários
irãodecidir demaneira diferente daqueoGerente superior decide e istodeverá seraceito como Figura 07.05 - Administração de ManutençãoCentralizada
normal. Afinal o que importasãoos bonsresultados.
Por outro lado, apesar deseesperar que os Gerentes Intermediários não errem, eles erram. Se Nesta figura tempos um organograma para a administração da equipe de manutenção. As
errarem, devem entender queo mundo nãoacabou. Nem paraosGerentes Superiores nem para possibilidades elimitaçõesdeste esquemaestãodiscutidas notexto. Note-se que osorganogramas
osGerentesintermediários. Monchi, emseulivro, dizque: Umbomorganogramaéumacondição aqui colocados, sobre as diversas possibilidades de Administração, não estão com a função
necessária paraarealização da"função manutenção" naempresa, mas não ésuficiente. Planejamento e Controle deManutenção marcada, pois istoserá objeto deestudo mais tarde.
Destemodoosesforços daAdministraçãoSuperior,emumaadministraçãodescentralizada, devem
ser antes de tudo educacional e não operacional. 7.6.1.1 - Vantagens de Administração de Manutenção Centralizada.
Os esforçosdevem serdirigidos preferencialmente paratreinaros Gerentes intermediários atomar a- Asistemática detrabalhos naempresa obedecerá aumsóesquema tático, oque facilitará
melhoresdecisões. Umadasvantagens potencial dadescentralização étomar mais fácil avaliaras o cumprimento de metas difíceis.
performances doGerente intermediário. b- O sistema de PCM terá maior envolvimento em todas as unidades da fábrica.
c- Serámais fácil determinardeslocamentodeequipesemapoioaoutrasequipeseventualmente
7.6.1 - A Administração de Manutenção Centraiizada. sobrecarregadas, aindaqueasinstalações sejamdescentralizadas.
Normalmente, quando temos uma instalação demanutenção centralizada temos também uma Haverá sempre uma pessoacom conhecimento dos diversos problemas que sãocomuns às
Administr^âode ManutençãoCentralizada, masnão obrigatoriamente. Estetipode administração diversas subunidades. Esta pessoa deverá estar atualizada sobre detalhes técnicos e
pode serusado em qualquer tipo de instalaçãode manutenção, devendo ser preferidosobre outros administrativos para instruir.
tipos, sempre que possível, pois teremos uma orientação para toda aequipe. Ver afigura 07.05
a seguir. 7.6.1.2 - Desvantagens de Administração Centralizada.
a- Exige um PCM profundamente dedicado aos seus afazeres para que possa haver um
planejamento eficiente para todas as unidades.
b- ExigeumenvolvimentomaiordoGerentedeManutençãoparasaberemquemomentodeverá
deslocar pessoal deuma áreaparaoutrasempre quehouver necessidade.
68 A Or^aUzaçãó o Tlahéjamento e o Corítrtíle da Manutenção CapítulõT —Orgaitizações de Manutenção 69

c- O Gerente deveráintegrar-semuitobemcom todo o pessoalde sua equipepara orientar 7.6.2.2 - Desvantagens de Administração Descentraiizada.
quando surgirem problemas. a- Perda da visão de conjunto, sob o ponto de vista de manutenção, pois cada um estará
envolvido com seus problemas.

7.6.2 - Administração de Manutenção Descentralizada. b- Diferentescritérios deGerenciamento, deapuração devaloresecoeficientes demanutenção,


podendoinvalidarcomparações futurasdeperformances dentrodamesmaorganização, ou
Conforme vistonaparte dedefinições Administração deManutenção Descentralizadaéaquelaem dentro da mesma unidade fabril.
que asatitudes degerenciamento emanam deduas oumais pessoas colocadas emnível hierárquico
igual na empresa.
Nãorecomendada, de um modo geral. Possui aplicação restritaa alguns casosespeciais, pois 7.6.3 - Administração de Manutenção Mista.
normalmente devesercolocadalogoacimadosGerentesdeáreaumapessoaquerespondaportoda AAdministração deManutenção Mista,comofoidefinidanoprincípio, supõequeaempresatenha
a manutenção. diversasunidadesfabris,divididasde acordocom sua tarefae a manutenção, subordinadaa um
Gerentetenhaum organogramaparecidocom o da operação.
Normalmente é utilizada onde as instalações são descentralizadas e se deseja que seja mantida
apenas uma linha de conduta em toda a manutenção.
Administração de Manutenção Descentraiizada Deve ser a preferida para empresas grandes com unidades fabris diversificadas dentro da mesma
instalação.
Direção Geral
Administração de Manutenção Mista

Unidade de Unidade de Unidade de Unidade de Direção Gerai


OperaçãoA OperaçãoB Operação C Operação D
Gerente de Outras Gerente de
Produção Gerências Manutenção
Unidade de Unidade de Unidade de Unidade de
Manutenção A Manutenção B Manutenção 0 Manutenção D
Unidade d e Unidade de
Operação A Manutenção A

Unidade d e Unidade de
Figura 07.06 - Administração de ManutençãoDescentralizada. Operação B Manutenção B

Unidade de Unidade d e
Nestafíguratemosumorganograma deManutenção Descentralizadadopontode vistaadminis Operação C Manutenção C
trativo.
Unidade de Unidade d e
Note-se queporumaquestão decoerência, alteramos também oorganogramadaáreadeOperação, Operação D Manutenção D
a fim de que os dois organogramas sejam montados dentro de um mesmo princípio. A
descentralização, neste casoé total,e possuícomopodemosnotarumescalãoAdministrativoa Oficinas
Centrais
menosque nos demais casos.As vantagens e desvantagens estão discutidasno texto.
PCM e
Outras Funções
7.6.2.1 - Vantagens de Administração de Manutenção Descentralizada.
a- Comuma área menorparagerenciarserásempre possível ao Gerente ter um conhecimento
mais efetivo dos problemas da unidade, Figura 07.07-Administração de ManutençãoMista.
b- Cadaárea terá um PCMparasi, o que facilitaráa preparaçãoe programaçãodos trabalhos
de manutenção.Narealidadeaparada deumaunidadesempreenvolverámaismãode obra Nesta figura alteramos oorganogramaparaumaadministração que chamamos demista, pois está
de PCM que poderá ser obtida ou na supervisão das oficinas ou em horário extra.
centralizada por atividade na fábrica, mas está descentralizada dentro das atividades fabris.
rapftitln 7 _ Organizações de Manutenção 71
70 A Organização o Planejamento e o Controle da Manutenção
Neste caso alguns trabalhos serão feito sempre em oficinas externas.
AOperaçãopossui oseuGerente Geral, ou seuSuperintendenteenquanto aManutençãotambém Um dos fatores predominantes é a continuidade operacional sempre a üm menor custo.
possui o seu. Continuidade operacional é aquela que menos expõe o processo e as pessoas nele envolvidas a
Osproblemas típicos de cada áreasão resolvidos em cada área, onde existe umasupervisão mais riscos de acidentes e riscos de degradação do patrimônio a médio e longo prazo.
efetiva decadaatividade. Este éum esquemaque funciona emunidades demédio egrande porte, Supomos que a perenização da empresa é uma de suas metas permanentes.
principalmente onde as unidades produtivas podem operar com alguma independência.
Este tipodeadministraçãoemcadaunidadeprodutivapossui um gerente próprio,com seu gerente
equivalentena áreade manutenção. 7.7.1.1 - Para empresas com atividades em grande área e com apoio
externo.

7.6.3.1 - Vantagens de Administração Mista.


Administração de Manutenção Atuai
a- Pode combinar vantagens dos dois tipos anteriormente citados etomar atarefa daDireção
da Empresa mais simples, Direção Gerai
b- Auniformidadedecritérios paraobtenção deíndices paracomparação deperformance será
uma realidade.
Gerente da Gerente da Gerente da Gerente da
Unidade O
c- Podemos crazaroutras vantagens, comparando oquejá foiescrito anteriormente, e noque Unidade A Unidade B Unidade C

será comentado nos itens adiante.


Unidade de Unidade de Unidade de Unidade de
Operação A Operação B Operação C Operação D

7.6.3.2- Desvantagens de Administração de Manutenção Mista. Unidade de Unidade de Unidade de Unidade de


Manutenção C Manutenção D
a- Exige queoGerente de Manutençãosejaum administradoreficiente, comconhecimentode Manutenção A M anutenção B

técnicas de Administração, além, de estar preparado para discutir problemas técnicos de @ Gil Branco Filho

manutenção com seus Gerentes deárea oude unidades,


b- OsGerentes deáreadeverão terperfeito conhecimento decomo funciona a unidade fabril Figura 07.08 - Sugestão de organograma para empresas
que lhes é afeta para melhor trocarem idéias com oGerente de Manutenção. em grande área ocupada, com apoio externo.
c- Existirá sempre um escalão a mais no organograma.
d- Outras desvantagens podem serapontadas comcruzamentodereferências em outros itens 7.7.1.2 - Para empresas com atividades em grande área e sem apoio
aqui tratados. externo.

7.7 - Tendências Atuais. Administração da Manutenção Atual

Nós colocamos aseguir dois organogramasque tem sido muito visto em empresas. Um deles para
empresas de médio porte. Ooutro para empresas de grande porte que ocupam grande área.
AAdministração daManutenção, em função de vanas filosofias, principalmente a busca de
menores custos finais paraaunidade, etambém emfunção dafllosofíajaponesadoTPM está, em
várias empresas, estaindoemdireção aoorganogramaacima, não sendo mais umafilosofiaapenas
de administração de manutenção, mas simde administração de empresas, em alguns casos até de
sobrevivência.

7.7.1 - Para empresas com atividades diferentes em cada


unidade. :>Gll Branco Filho

Esta montagem é válida sempre que asatividades de Operação sejam diferentes e nãoexista
quantidade de serviços que requeira uma unidade internade apoio, ou que ocusto desta unidade
Figura 07.09 - Sugestão de organograma para empresas
internade apoiosejamenorqueo custodeterceirização destastarefas.
em grande área ocupada, sem apoio externo.
72 1 A-Orgaiijzãção-0-Phne)amento£ o Controleda Manutenção Capítulo 7 ~ Organizações de Manutenção

7.8 - Os levantamentos da Abraman. 7.9 - Comentários


A Abraman está a anos efetuando levantamentos com questionário a que já nos referimos e tem
Viaderegrapode-se dizer queomelhor organograma paraempresas de médioe grande porte deve
feito esta pergunta para as empresas: Como é a sua organização? ser o que aqui chamamos de Administração Mista, pois permite:
Asrespostas, compiladas dosdiversos questionários estásuraarizada nas tabelase nos gráficos Uma otimização no emprego dos meios de manutenção.
a seguir. Uma padronizaçãode procedimentose métodos de levantamentode resultados e índices.
Um melhor plano de investimento para a empresa como um todo.
7.8.1 - Tabelas do Documento Nacional. Ummelhorregistro de falhasedefeitos, seobanco de dadosforúnico, comum melhorlevantamento
de variáveis e causas.
A seguir as tabelas publicadasno documento, edição 2007, sobre como as manutençõesatuam.

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Steproduiiüo com «lutoríucfto HepiTMJuiido ec»inHUloriznçêo

Figura 07.10 e 07.11 - Tabelas do Documenio Nacional de 2007. Cortesia Abraman

7.8.2 - Gráfico obtido das tabelas desde 1993.

Comparativo: Tipo de Organizações


anos de 1993 até 2007

€> Gi! Branco Filho


Fonte - Abraman —Documento Nacional —com autorização

Figura 07.12 - Gráficos de Tipos de Organizações de Manutenção.


Capítulo 8

A Manutenção na Hierarquia
da Empresa

8.1 - Resumo.
Comaevoluçãodasorganizações industriais, asubordinação hierárquicadamanutenção passou
a ser feitade maneiradiferentesempreem umcontínuoprocessode melhoriapara a atividadefim
que é a de produzirmaise commenorescustos.Nadatade hojeencontramosdiversassituações.

8.2 - Subordinação ao órgão da Operação.


Estáaqui a mais antiga e menos usada forma deorganização e desubordinação damanutenção
dentrodeumaempresa. Alguns autores citam como umrestodeatitude develhos tempos. Outros
como umaconseqüêncialatentedo desejodopessoalde operaçãode dominaremcompletamente
todas as atividadesde produçãoe tambémas atividades afinse de apoio.

Subordinação à Operação

Direção Qersl

Gerente da Gerente da Gerente da Gerente da


Unidade A Unidade B Unidade C Unidade D

Unidade de Unidade de Unidade de Unidade de


Operação A Operação B Operação C Operação D

Unidade de Unidade de Unidade de Unidade de


Manutenção A Manutenção B Manutenção C Manutenção D
© Gil Branco Filho

Figura 08.01- Exemplo de organogramacom a manutenção subordinadaà Operação


jQ I A Organização o Planejamento e o Controle da Manutenção Capítulo 8 —A Manutenção na Hierarquia da Empresa 77

Algoparecido comumestudo paraencontrar amelhor técnica paradeterminadasuturaenquanto


Esteesquemapossuivariantesparacadasituação,e aquiestamosenfocandoapenasasubordinação
a pessoa morre de hemorragia.
de maisalto nível, suprimindoa Gerênciade Manutençãoa nívelde Superintendênciaou a nível
de Departamento, como a nível de Gerência de área.
Note-sequeé possívelfazera subordinação emdiversosníveis.Aquifizemos a nívelde unidade
Subordinação ao Órgão de Engenharia
produtiva.
Por facilidade, mantivemos a estrutura de manutenção descentralizada, pois a existência de um DlreçAo Geral

Superintendente de Operação nos pareceu supérflua e desnecessária neste exemplo. Gerente de Outras Gerente d e Ensentiarl.
Produçilo Gera nelas e Manutenção
Não é usual apenas um Gerente ou Superintendente respondendo a um só Diretor. Ficamos então
com quatro pessoas respondendo ao Diretor. Unidade de Unidade de
Operação A Manutenção A
O problema aqui é a falta das ofícinas centrais, entre outras deficiências. Unidade de Unidade de
Operação B Menutenção B

Unidade de Unidade de

8.2.1 - Vantagens da subordinação Operação C Manutenção C

Unidade de Unidade de
aos escalões da operação. Operação D Manutenção D

Onelnee
Existe uma e só uma cabeça responsável pelo sucesso ou insucesso de metas de produção. Compete Centrale

aoSupervisorde Produçãodefinirmetase ciclosde trabalho bemcomode rotinasde manutenção. PCM e


O u t r o s FunçOes

8.2.2 - Desvantagens da subordinação © Gil Branco Filho

e escalões da operação.
Da mesma maneira que um desportista consciente, o supervisor de produção deverá estar ciente Figura 08.02 - Subordinação ao órgão de Engenharia.
de que o esforço para o "gol" depende somente dele e que se ele não entender os problemas de
recuperação de saúde, poderá, na ânsia do gol comprometerirremediavelmentea sua performance Aquitemposumaalteração dobásicoquevínhamos utilizando atéagora, coma inclusão deuma
futura. equipe de Engenharia na Unidade Industrial.
a- A necessidade e o contínuo envolvimento com as metas de produção poderão levar a Ainclusão daEngenhariana UnidadeIndustrialpermiteumaalternativapara os organogramas
supervisão a determinar a redução de rotinas de manutenção com o conseqüente compro já discutida mas poderá trazer conseqüências danosas para a equipe de manutenção.
metimentode metasfuturas,aumentodequebrade máquinas,baixospadrõesdeconfiabilidade,
Uma delas é pouca perspectivade ascensão hierárquicae funcional, pois o seu maior escalão é
etc.
sempre abaixo dos escalões das demais funções da fábrica.
b- Osencarregadosde operação,normalmente,não possuem formaçãoadequada para orientar
No texto tecemosmaisalgunscomentários sobre esteorganograma que em nossa opiniãodeve
trabalhos de manutenção.
ser evitado.
c- A médio prazo, haverá rotatividade do pessoal mais competente que trabalhanamanutenção
em busca de melhores salários e de melhores posições em outras empresas.
d- A Administração deverá resolveroproblemacriado com ainexistênciade uma administração 8.4 - A subordinação à Direção da Fábrica.
para as oficinas centrais, a menos que resolva que é grande o suficiente e que pode ter várias Atualmenteé aposição maisaceitaerecomendada. Osprofissionaisdemanutençãotêmà suafrente
oficinas centrais, uma para cada área. melhoresperspectivasdecarreira,melhoresníveishierárquicos, e tambémmelhoresperspectivas
salariais.
Por coerência como que nosparece melhororganogramapara umaempresa de grande ou médio
8.3 - Subordinação ao órgão de Engenharia. portequequeiraimplantarTPMe queas funçõesdecadaunidadefabrilsejamdiferenteslunadas
Estaé umaáieaonde osprofissionaisde manutenç^ encontram algumaafinidade,podendo ocorrer outras. Assim é possível utilizar esta montagem. O que é importante, é que se houver apenas um
problemas em algumas situações críticas onde são necessárias soluções imediatas. Gerentede Operação,oGerentedeManutençãodeveráestarligadodiretamente aomesmoescalão,
Os profissionais de manutenção pela própria natureza de seu serviço são pessoas extrovertidas neste caso, a Direção da fábrica.
e práticase poderão terproblemascomosespecialistasem projetosque costumamdespender muito
tempo no estudo de detalhes da especialidade, perdendo a visão do conjunto, e não encontrando
saída em emergências.
—Ste,-

78 ^ AOrganiz^ão oPlanejamento eoControle da Manutenção rapftfifo R- A Manutenção na Hierarquia da Empresa 79

Como seidevários exemplos emqueo organograma funciona bem, ficaaqui o registro. Sugiro
Subordinação à Direção Geral também ler o livro de Semler e de Foumiers, citados na referência.

I Direção Geral |
Afigura sugereumaalternativaparaorganogramadeequipedemanutenção, que complete afunção
"Manutenção"eatome muito atuante dentro daempresa. Notarque até aqui não incluímosoPCM,
pois vamos discuti-lo mais tarde. Ainclusão dealgumas equipes citadas acima sóé viável em
Gereite da Gerente da Gererae da GereiMe da Gerente de
Unidade A Unidade B Unidade C Unidade D Manutenção empresasondeexistaanecessidade daequipe. Se aempresanão tem problemasde nacionalização
decomponentes,ousesãopouquíssimosacriaçãodeumórgãoespecializadonão faz sentido. Neste
Unidade de
Operação A
Unidade de
Otteração D
Unidade de •
Operação C
Unidade de
Operação D
Otlclnas
Centrais
caso poderáser umafunção aser absorvidapelaequipe de Engenhariamontadadentro daequipe
de manutenção.
Unidade de Unidade de Unidade de Unidade de Grandes Obras
Manutenção A Manutenção B Manutenção C Manutenção D e Apoio

Engenltada de
Manutenção Subordinação à Direção Geral
Planejamento
e Controle
Direção Geral
Outras I
FunçOes

Gerente da Gerente da Gerente da Gerente da Gerente de


C>Gil Branco Filho Unidade A Unidade B Unidade C Unidade D Manutenção

Figura 08.03 - Subordinação à Gerência ou Direção da Fábrica Unidade de Unidade de Unidade de Unidade de Ofidnas
Operação A Operação B Operação C Operação D Centrais

Unidade de Unidade de Unidade de Grandes Obras


A Direção da Fábrica deverá estabelecer as metas de produção e diretivas operacionais, após ouvir Unidade da
Manutenção C Manutenção D e Apoio
Manutenção A Manutenção B
o seu Departamento de Operação sobre a capacidade das máquinas, onde o Departamento de
Engenharia da
Manutenção falará sobre as máquinas em si e seu estado. Manutenção
No esporte aDireção do clube contrataosjogos, o atleta irá dar o máximo de si, mas o serviço médico
Planejamento
do clube deverá informar sobre a real condição do atleta. e Controle

A grande diferença do exemplo para a realidade é que o atleta sente a sua deficiência física e fala Outras
sobre ela. A máquina não sente e não fala. O corpo humano tem a capacidade de se recuperar e Funções
as máquinas devem ser recuperadas por pessoas que conheçam o assunto. O Gil Branco Filho

8.5 - Tendências Atuais. Figura 08.04- Tendência atual deSubordinação em empresas grandes.
Atualmente o que se nota em várias empresas é uma modificação nos organogramas para atender
a necessidade da fábrica como um todo, pois para isto a manutenção deverá estar preparada. Incluem-se naGerência deManutenção, aquinoBrasil, grupos deestudos denacionalização de
Grande parte deste movimento vem do uso de filosofias diferentes das até então em vigor. componentes(onde isto épermitido), grupos deEngenhariadeque ficam subordinados aoGerente
OTPM é uma das filosofias que prega o uso de "Operador Mantenedor" e do uso de "Especialistas deManutenção paraapoio àsequipes demanutenção. Isto é feito paraqueexistam pessoas apar
de Manutenção". dosproblemas queosequipamentoseamanutenção possuem eajudem aresolvê-los. Não sedeve
esperar que as pessoas que gerenciam a manutenção distribuída pelas áreas tenham tempo
A fíIosofiade que operadores treinados rendem mais é real e não é só do TPM. Também é do TQC
disponível parafazerprojetos e alterações emmáquinas e equipamentos.
que prega a mesma idéia.
Se istoacontecer algoestáerradonaquelaturmaouequipe: ouo serviçoé poucoa talpontoque
está sobrando tempo para atividades como esta, ou não está havendo supervisão e nem
acompanhamento dasatividades damanutenção. Deve-se esperar dosupervisor demanutenção
umaatividadeconjunta. Massetudoforfeitopelopróprio supervisor, nomínimo adocumentação
não serábem feitae bemregistrada com as conseqüências futuras de tentativas de consulta a
arquivosinexistentese a documentos desatualizados.
íXSl TTSC-

-glj-—j—iAr&rgãfíi2açâ0-€>-Plan€:jMnentoe^o-Gonirole-da-Manutenção

Poroutrolado, deve-se estar atentoparaque modificações em máquinas,com a finalidade de reduzir


um problema não traga outro maior. Todas as modificações devem ser bem pensadas e bem
Capítulo 9
documentadas para que se possa ter acompanhamento futuro do que foi feito. Onde registrar? Quem
deverá projetar o sistema?
Voltamos ainsistirque o melhor conhecimento do problema especifico está e estará sempre com
o pessoal da área. Mas não é normalque o pessoalda área tenha tanto tempo disponível para projetar
e documentar e arquivar as modificações.
Dever-se-á instalar terminais de computador em todas as turmas de manutenção, micro compu
tadoresemrede, para melhorgerire manusearaquantidadedeinformaçãoque passa todos os dias.
Nos dias atuais nota-se a inclusão de gmpos que fazem estudos de melhores métodos de O Planejamento e o Controle
manutenção, os grupos de Engenharia de Manutenção.
Oquese vêé um acordar para a realidade,queumaindústria precisa de matéria prima, tecnologia
e máquinas em condições de operar. Vale dizer, manutenção adequada, com considerações de
de Manutenção
disponibilidade, confiabilidade e custos.

9.1 - Resumo.
Nestaparte trataremos sobre anecessidade deexistiruma seção ou um grupo depessoas parafazer
o planejamento e controle dasatividades demanutenção.

9.2 - Introdução.
o Planejamento e Controle deManutenção como aqui tratado não é^fynçãQ PÇM-
É, sim, a existência de uma Divisão, de uma Seção ou qualquer outra parte na Gerência de
Manutenção que executa a função PCM.
Adecisão depossuir um órgão, uma seção que execute esta função depende devários fatores.

9.3 - Recordando conceitos.


Vamos agorarever alguns conceitosesignificadode palavras, paraque tenhamos um significado
comum e as usemos dentro do mesmo conceito.

9.3.1 - Planejamento.
Planejamento: Processo quelevaaoestabelecimentodeum conjunto coordenadodeações visando
à consecução de determinados objetivos.

9.3.2 - Programação.
Programação: Oplanodetrabalho deumaempresaouorganizaçãoparasercumpridoouexecutado
dentro de um determinado período de tempo.
-82 -A-Orgamza^&^o-PlaRejamento-e-o-CQRtrole^da-Manutenção Capítiilo-9—O-PlaRejameRto e o CoRtrole de MaRuteRção 83

e- falta de informação sobre quais ferramentas.


9.3.3 - Controle.
Controle: Fiscalização exercida sobre atividades de pessoas ou departamentos para que não se f- falta de informaçãosobrequaissobressalentese quaismateriaisutilizarem,
desviem de normas preestabelecidas. Deve incluir atividades de correção de eventual desvio. g- faltadecoordenação paraevitarinconsistências durante a execução dastarefas,
h- falta de informação sobre como fazer.
9.3.4 - Manutenção. i- e finalmente, mas não menos importante, fazer com que as equipes executantes se preocupem
em executar as suas tarefas, dedicando-se a sua atividade principal.
Manutenção: Todas as ações técnicas e administrativas que visempreservaro estado funcional de
um equipamento ou sistema, ou ações para recolocar o equipamento ou sistema de retomo a um
estado funcional no qual ele possa cumprir a função para o qual ele foi adquirido ou projetado. 9.5.2 - Aumento de eficiência da mão de obra direta.
Uma seção dePCM deve contribuirparaaumento deeficiência com umaprogramação adequada,
9.3.5 - Planejamento Programação e Controle da Manuten nos seguintes temas:
ção. a- aumentar a produtividade dos executantes.
PCM: Conjunto de ações para preparar, programar, verificar o resultado da execução das tarefas b- menor tempo de parada dos equipamentos,
de manutenção contra valores preestabelecidos e adotar medidas de correção de desvios para a c- paradas apenas no momento adequado.
consecução dos objetivos e da missão da empresa.
9.5.3 - Padronização de procedimentos de execução de
9.3.6 - O que é o programador. tarefas.
o programador, aqui é o responsável pela implementação do conjunto de ações para preparar, UmaseçãodePCM devetrabalharparaqueasrotinas demanutenção sejamdocumentadas, sejam
programar,verificaro result^odaexecuçãodastarefasde manutençãocontravalorespreestabelecidos padronizadas e a apuração de resultados para todas as equipes seja feita de modo idêntico e
e por sugerir, ou adotar, medidas decorreção de desvios para a consecução dos objetivos e da missão sistemático.
da empresa.
O programador, no contexto aqui abordado: o responsável pelas atividades de planejamento e
programação da manutenção da empresa.
9.5.4 - Análise de desvios de metas e medidas de correção.
A função planejamento e afunção programação estão aqui, neste texto, embutidano mesmo cargo.
Umaseçãode PCMdeveestarapardas metas damanutenção, devepossuirumlequedeindicadores
parapodermediro desempenho dos executantes e mediro seu próprio desempenho (da seção
PCM),compararo desempenho da equipecom as metaspreestabelecidas, sugerir medidasde
9.4 - O que esperamos da Seção de PCM. correção a avaliar a eficácia das medidas.
Para criar uma seção de PCM e implantar a função PCM espera-se que existam alguns benefícios
para a empresa.
9.6 - Fatores de decisão para criação de uma
Seção de PCM.
9.5 - Vantagens da Existência de um Programador Entre os diversosfatoresquedevemser levadosem contapara a decisãode criar-se uma equipe
pianejador. quecuideexclusivamente de planejamento e controlede manutenção emumaempresacitamos.
Citamos a seguir: O porte da empresa.
A organização da empresa.
9.5.1 - Redução de perda de tempo da mão de obra direta: A aceitação da existência de uma seção PCM.
Uma seção de PCM deve contribuir para a redução de perda de tempo dos executantes devido: Necessidade de melhor acompanhamento das atividades de manutenção e controle de custos.
a- falta de informação sobre o que fazer, A relação custobeneficio entre as despesasde criaçãodo PCM e as vantagens que trará.
b- falta de informação sobre onde efetuar a manutenção,
c- falta de informação sobre quando executar a tarefa.
d- faltade informação sobrecomo quefazere o que usardurante a manutenção.
da-Manutenção CapítuloS }£J3 Controle de Manutenção 85
84

Usava-se o recurso de atribuir tudo o que saiaerrado ao rcM mal feito,e o que saia certo àeficiência
9.6.1 - O porte da empresa. da equipe executante.
Este é o primeiro item aqui analisado, pois, no nosso entender, normalmente não se justificaórgão
Aomissãodasupervisãodiretaeeventuaisesquecimentosdedetalhesdeexecuçãoeramatribuídos
de planejamento e controle de manutenção em uma empresa de pequeno porte.
à "ignorãnciadoPCM"emassimtos demanutenção oua área.Enote-se,oplanejamento dastarefas
Saliento aqui que a função PCM deve existir em qualquer empresa mesmo nas de pequeno porte. e o detalhamento era feito sempre em conjunto: PCM e Executante.
Nas empresas de pequeno porte a função PCM pode ser feita por uma pessoa que possua outras
atribuições na área de manutenção, onde acumulará funções como, por exemplo, encarregado de
turma ou até com as funções de auxiliaradministrativo. Espera-se que a pessoa seja treinada para
9.6.4 - Necessidade de acompanhamento
esta função. da manutenção e seus custos.
Jáestabelecemos que afunção "PCM" pode ser feita em empresas de pequeno porte por uma pessoa. Sea empresapretendesaberondeestádespendendo asuamãodeobrademanutenção devemontar
algum esquema de controle.
Muito mais facilmente poderá ser executada com o auxilio da informática. Isto é verdade para
qualquer empresa de qualquer porte. Se a empresapretendeque a mãodeobra de manutençãorendabastantedeve montar umesquema
O advento dos microcomputadores popularizou tanto este conhecimento e esta atividade (a
de planejamento para o uso desta mão de obra. Estudos efetuados nos Estados Unidos demons
traram que a mão de obra não programada, em médiatrabalhana faixa de 30% a 40% do tempo
informática), que é possível agora equipar qualquer escritório com um micro computador.
pago. Quandocorretamenteplanejada,este percentualpodechegara 80% do tempopago.
Podemos então utilizá-lo para a função PCM e para outras funções de uma empresa de pequeno
Se aempresapretendesabercomoestãosuasmáquinas ecomoelaspoderãoestardentrode algum
porte, como por exemplo, processamento de texto em redação de rotinas de manutenção, práticas
tempodeverámontarumesquemaonde fiqueregistradatodaa informaçãonecessáriaparaisto.
padrões, instruções para inspeções, relatórios de ocorrências, etc.
A empresa deverá montar um esquema para o processamento desta informação coletada. Estes
arquivos, se não processados, serão apenas um monte de dados preciosos que não gerarão
9.6.2 - A Organização da empresa. informação útil.
A alteração de uma estrutura em manutenção pode ser difícil e onerosa além de seus resultados No entanto se a empresa não pretende registrar ou apurar nada disto, não há necessidade de um
serem incertos e, por isto, é preciso dar muita atenção para esta parte. PCM em sua estrutura. Paraque melhorias se não se pretendemelhorar. As pessoas se acomodam
A separação ou subdivisão da área de manutenção pode inviabilizar um destes empreendimentos, e, não querendo se expor, afirmam que não é necessário planejar e programar.
em função de organogramas já existentes. Em tese, a colocação de um PCM (para a organização Se for umaempresade pequenoporte, não esqueçaque a funçãoPCM pode existir sem que o órgão
centralizada)deverá receber um tratamentodiferente dacoloc^ãode um PCM em uma organização PCM exista, principalmente, se for usado um computador, ou micro computador para auxílio.
descentralizada ou em uma organização mista, onde vários PCM podem coexistir. Assim a criação da Seção PCM pode ser economicamente inviável, mas a função PCM continua
Pode ocorrer que para uma empresade porte médio ou grande, com uma administração mista, ou sendo necessária, e pode ser, quando não sobrecarrega, desempenhada pelo Supervisor. Mas
descentralizada, cada Seção sejaequivalentea uma empresa de pequeno porte, e retomamos ao caso cuidado para não sobrecarregar.
já mencionado anteriormente, onde apenas uma pessoa pode fazer esta função, com o auxílio da
informática, sem haver a formalização de uma seção independente.
Assim, esteja atento para a sua estmtura e sobre seu organograma.
9.7 - Órgãos que influem na atuação e eficiência
do PCM.
9.6.3 - A aceitação da existência do planejamento. Influências externas podem ajudarou prejudicara boa atuação de um PCM, tais como: os órgãos
executantes da Manutenção, os órgão da Operação, órgãos de apoio à Manutenção e áreas não
Nas empresas que não possuem planejamento, as pessoas estão habituadas a trabalhar como bem
operacionais.
entendem, a iniciar uma tarefa quando quiserem e se quiserem. Não entendem que a organização
será mais eficiente e os recursos melhoralocados se houver planej amen to das tarefas e se soubermos
com antecedência o que poderá ser feito amanhã ou o que deverá ser feito amanhã. 9.7.1 - Demais órgãos da Manutenção.
Existe uma falsa sensação de liberdade, traduzida pela improvisação. Como as pessoas não Um PCM quer seja ele um órgão autônomo ou efetuado por uma pessoa em qualquer nível pode
conhecem as vantagens que disciplina e organização trazem, rejeitam o planejamento com a ser seriamente prejudicado:
desculpa: "assim eu perco a minha liberdade de ação". a- se os demais órgãos de manutenção não aceitarem o PCM
Por ser comum este pensamento em empresas antigas com pessoa antigas, a aceitação do PCM b- se não executarem as tarefas conforme planejado
é problemática.
c- se as informações de retomo não forem confiáveis ou se forem intencionalmente falseadas,
Já presenciamos situações de intolerância e de desprezo pelo órgão de Planejamento e Controle
d- se a mão de obra e o material gasto não forem corretamente apropriados.
de Manutenção, em várias situações, bem como de franca hostilidade.
w

1 AíPr^ni^AçÃn n.nbuuifameniQ^Ji.CnntrnIí^^JuIanntpnçãn Capftitln O—O Planejamento-eM Controle de Manutenção 87

9.7.2 - A Operação. 9.8.2 - Algumas tarefas do programador.


A Operaçãoé um dos órgãos internosque podederrubar qualqueresquema de PCM, se não for Um programador, quando se deseja aexistênciado PCM numa empresa, poderá ter as seguintes
organizada. Os maiores problemas de manutenção estão sempre em locais onde a Operação é atividadesbásicasadesempenhar, ondeas atividades não foram listadasemseqUênciadeexecução,
problemática,onde a Operaçãoé desorganizadae não planejadae ondea Operaçãoé do tipo "só mas, antes detudo, constituem apenas umarelação deobrigações. Nasuaempresaesperamos que
entrego a minha máquina se eu quiser". você as liste dentro de critérios de prioridades, com os períodos de execução edat^limites para
AatuaçãodePCP(Planejamento eControledeProdução) ajudaaorganizare adisciplinaro sistema entregar as atribuições que foram atribuídas ao programador eespera-se que estejam descritas
produtivo e obriga a manutenção a ser mais atuante e eficiente. dentro de seu manual de organização.

Caso exista um PCP ele deverá atuar em conjunto com o PCM.


1- Programar as tarefas de Manutenção Preventiva em conjunto com os supervisores das
equipesexecutantes. SehouverPCP,programardentrodo tempooujaneladetempo aberta
para asatividades jáexistentes noprograma mestre demanutenção.
9.7.3 - Outros órgãos de apoio à Manutenção. 2- Desenvolveros padrões de execução ou os procedimentos padrão para todos os trabalhos
órgãoscomo Suprimentos, Almoxarifado, Inspeção, Transporte, Alimentação, Segiu-ança tanto que forem repetitivos, e descrever com cuidado aqueles que forem detectados como
do Trabalho como Patrimonial, Projetos e outros podem atrapalhar qualquer programa de perigosos.
manutenção se não cumprirem a sua parte e não providenciarem a tempo e hora seus serviços. 3. Criararquivosdeestimativasde duraçao paraas tarefasaserem executadas. Istoquerdizer
As áreas administrativas solicitantes de serviços, que não são áreas operacionais são fontes de que na repetição de determinada tarefa ésó se referir aeste arquivo.
problemas,porentendemsemprequeassuassolicitaçõesdevemseratendidasimediatamente.Já 4- Manter estes arquivos atualizados. Se for usado computador, tenha certeza de que oseu
estivemos dentro de umasituação de máquina vital parada, e recebermos reclamação de atraso em programa especialista em PCM possui arotina de atualização.
atendimentode lãmpadaqueimadaemsaladevisitas,quenoentenderdosolicitantetinhaprioridade
sobre toda a área fabril.
5- Testeeestabeleceruma rotinaparaaemissão periódicadereiatório comotítulo das tarefas
jácadastradas.
6- Desenvolver e criar o arquivo de Backlog.
9.8 - O Programador. 7- Sehouvercomputadorcomprogramaespecialistade PCM, verifique searotinadoprograma
Quandoaempresa senteque existeperdadeeficiêncianos trabalhosde manutenção;quando sente para levantar o Backlog é correta e adequada àempresa.
que algumas tarefas estão sendo executadas fora do que seria o ideal; quando nota que existem 8- Acompanhar aevolução do arquivo de backlog epublicar os dados periodicamente.
tarefasde risco que estão sendomalanalisadasé porque falta umapessoa (ou pessoas)que deveria
estar executando de modo prioritário estas tarefas de programação dos trabalhos de manutenção.
9- Se usado computador com programa especialista, verifique seos filtros de arquivos são
adequadosparafiltrar as diversas variáveisdebacklog eexamineacapacidade doprograma
A esta pessoa (ou pessoas) vamos chamar de Programador e Planejador de Manutenção. gerarrelatórioscomestesfiltros.
Deve ficar claro que esta posição deve ser ocupada por pessoa com experiência em manutenção 10 - Determinar aquantidade oucapacidade daequipe deserprogramada.
e programação conforme veremos adiante.
11 - Estabeleça indicadores ouíndices próprios para esta mensuração.
Esta pessoa deverá ter bem defínida pela supervisãosuas obrigações e suas tarefas e prioridades.
12 - Prepararaprogramaçãodas equipes em basesemanal, paraserexaminadapelo supervisor
da oficina ou das equipes.
9.8.1 - O que se espera de um programador. 13 - Se usado um computadorcom programaespecialistade PCM, verificaracargade trabalho
Para que se crie o cargo "Programador", deve-se esperar que oprogramadorcontribuapara reduzir semanal existente para cada semana do ano, no mínimo duas vezes por ano. Oideal seria
as perdas nas atividades de execução da manutenção motivadas: a cada quatro meses, examinando os próximos quatro meses adiante. No mínimo os
a- por falta de planejamento das atividades, incluindo provisão de material e ferramentas, levantamentos semo para osequipamentos "Classe A"doponto devista demanutenção e
de produção.
b- pela falta de programação de execução das atividades para o melhor momento,
c- pela falta de atividades de prevenção de manutenção.
14 - Acompanharas Permissõesde TrabalhoouLicençasdeTrabalho, no local deexecução, para
os equipamentos críticos ou Classe A, tanto do ponto de vista de Manutenção como de
d- pela falta de medidas para prevenir e evitar acidentes de trabalho e outras previsíveis, Operação, conforme detalhado naparte definições.
e- pela falta de controle do que foi executado para que nas próximas vezes seja melhor; 15 - Manterum arquivo com todas asPermissõesde Trabalho, separadaporequipamentos. Este
arquivoserá o Histórico do Equipamento.
16 - Se houver computadorcom programade gerenciamento de manutenção, cuidarde fazeros
lançamentos necessários para registro deHistórico deEquipamentos.
A-Orgãnizaçãe^-Pl^iejamento-e o Controle da Manutenção jQapítulo 9 --Q-glan^mento e o Controle de Manutenção 89

17 - Manter atuali zado um arqui vo que mostre: 7- Somar os tempos necessários porespecialidade paraobteroHh total das partes das tarefas
e de toda a obra ou serviço.
a- as informações sobre a data dos reparos;
b - o número da Permissão de Trabalho;
8- Dependendo dacomplexidade daobra traçar uma rede de PERT/CPM e as tabelas de
aceleração dasetapas, como estáexposto neste trabalho.
c- o tempo acumulado de paradas até cada intervenção sistemática;
Nesta parte é desejável o uso de programas específicos para esta finalidade, como por
d- a causa da falha ou da parada; exemplo, o MS-Project.
e- a prioridade da tarefa efetuada; 9- Nivelar os recursos de mãodeobraconforme asespecialidades e suadisponibilidade.
f- o trabalho efetuado em cada tarefa; 10 - Estimar os custos da obra e os custos de aceleração das etapas, quando for o caso.
g- o material e o sobressalente usado na Permissão de Trabalho; 11 - Relacionar todo o material necessário.
h- o custo total da execução da manutenção em cada Permissão de Trabalho; 12 - Reservaro materialdisponívelno almoxarifado.
i- os valoresatualizados dos custosda manutenção até a data da finalização de cada 13 - Obterpreçospara o materiala ser usado.
Permissão de Trabalho;
14 - Somar os custos de Hh e material.
j- os valores acumulados até a data, no período de aferição; 15- Verificar disponibilidade financeira paraestacompra e obteraprovação.
k- valores gastos em manutenção do item no ano em curso;
16- Obter a aprovação superior paraa tarefa. Seadecisão foraonível desuaseção aprove a
1- o valor acumuladodas despesas de manutenção até a data, deste a instalação do execução após contato com osolicitante. Tenhacerteza de que ele será atendido como ele
equipamento. necessita e desejava e não, conforme poderia sersemal entendido.
18- SeusadocomputadorcomprogramadoPlanejamentoeControledeManutenção, determinar 17 - Emitir pedido de compra para ositens necessários que não forem itens de almoxarifado.
uma sub-rotina de filtro para obter um relatório adequado ao exposto acima.
18 - Encaminharparaaquisição. Tudooquenão for material dealmoxarifado deve seradquirido
19 - Levantar informações de todos os equipamentos sobre todo o material e sobressalente dentrodos processos usuais desuaempresa, ouemitindoordensdecompraoupedindopara
incluindo pesquisas em manuais e nas relações de almoxarifado. queosetorcompetente adquira o material necessário.
20 - Trabalhar em conjunto com os Supervisores para obter as descrições de Instruções de 19 - Aprovisionartodo omaterial, retirando do almoxarifadooque estiverdisponível dentro da
Manutenção ouProcedimentos deManutenção Padrão,registrá-los e atualizar,quandonão reservafeita.Isto dependedo seu sistemade material.
houverGerênciade Garantiade Qualidade. Se houver,interagircom eles para manteros 20- Seatarefa forcomplexadescrevatudo oque deve serfeito documentando efornecendo os
registros adequados e introduzirnos computadores estes procedimentos para que sejam procedimentos de trabalho, desenhos e diagramas.
impressos juntos com as Permissões de Trabalho de Preventiva Sistemática ou não, e sob
solicitação, para tarefas não previstas ou de manutenção corretiva. 21 - Informe aos encarregados envolvidos, obtenha oufornecer treinamento adicional aeles e
a todo o pessoal,sempre que necessário.
21 - Trabalhar em conjunto com a Engenharia de Manutenção para estabelecer e otimizar o
Programa de Manutenção Preventiva. Não seesqueçadefazer omesmo treinamento paraaqueles que forem trabalhardiretamente
naobra, pessoal próprio oucontratado especialmente paraestatarefa.
22 - E muitas outras tarefas que existem e que devem ser efetuadas.
Seforemterceiros e a obrafor muito importante, coloque umacláusula contratual que o
contratadodeverárecebertreinamentodentrodo localondevão trabalhar.Se necessário,
9.8.3 - O que fazer quando uma O.S. diferente chegar. pague por este treinamento para garantir um trabalho dequalidade e que não precise ser
1- Recebera O.S. que descreve a tarefasolicitadae que deveráser executada. refeito.

2- Revisar,com o solicitante,o que ele realmentedeseja. 22- Façacom que oProgramadordivulgue ocronograma paraaobra, com ositens decontrole
e de verificação.
3- Iraolocal ondeserárealizada aintervenção demanutenção ouatarefa pedida, paramelhor
entender o que deve ser feito. 23 - Informe a todosos envolvidos e verifique setodos entenderam a seqüência do trabalho e
4- Retomar e comentar com solicitante o queele,programador viu, paratercerteza deque como ele será avaliado e como será medida a evolução.
entendeu o trabalho que o solicitante deseja ou que precisa. 24- Examinar e garantir que todos osrecursos estarão disponíveis para a execução, antes de
5- Detalhar o serviço anotandoas diversasespecialidadesenvolvidas. programarasolicitaçãode trabalho antesdepermitirque elasejatransformadaemPermissão
de Trabalho ou Licença de Trabalho.
6- Estimar os tempos necessários paraa execução das etapas, bem como a quantidade de
25 - Na data correta inicie a obra ou a tarefa.
profissionais por especialidades.
26 - Execute acompanhamento do serviço passo a passo.
rapfhiln Q- n Planpjamento e OControle de Manutenção 91

27 - Determinequem seráo responsávelparafazeras anotaçõesdaevolução na área e quem será 9.9.4 - Planejador negligente.
responsável para trazer os dados a serem anotados e que serão usados para consulta futura o planejador fez o trabalho de forma negligente. Com isto a programação é feita de forma
e para eventuais correções. inadequada e o plano de trabalho fica mal feito. Isto normalmente é resolvido com ações
28 - Se necessáriointroduzacorreçõesna seqüênciadas tarefasou naquantidadede mãode obra, disciplinares. Antes deaplicarqualquer ação disciplinarverifique seoplanejadorétreinado ouse
no momento certo, e anote na folha de programação, bem como verifique se as suas metas o descuido nãofoitransmitido pelaGerência queé descuidada e negligente.
estão sendo atingidas.
29 - Ao concluir o serviço não se esqueça de demonstrar a sua satisfação ao seu pessoal e aos 9.9.5 - Tempo insuficiente para uma boa programação.
contratados pelo que foi feito corretamente e, sem recriminar ninguém, mostre os pontos
Não hátempo suficiente paraquesejafeita uma boaavaliação datarefa eum bomplanejamento.
fracos, para na próxima vez ser mais fácil de identificá-los.
Isto normalmentepode ser causadopor dois fatores:
Se possível indique porque estes pontos fracos aconteceram e forneça algumas recomen
dações para que não se repitam. a- o tempo entre achegada daSolicitação deServiços eoseu inicio é muito pequeno,
Outro ponto importante: a reunião deve terminar sempre em regime de agradecimentos e b- o Planejadorestá sobrecarregado.
comemorando o "gol". Aperte a mão de todos. Este último caso quer dizer que deveria haver mais gente envolvida em planejamento. Alguns
30 - Compare os resultados obtidos com os resultados esperados e converse com o pessoal do autores afirmam que para um planejamento efetivo deveria haver uma razão deIpara 15 até, no
PCM. A experiência de uma tarefa deve ser levada para outra tarefa. máximo, 1 para 25 entre planejadores e executantes.
Narealidade depende muito decadatipo de indústriaedaquantidadederecurso que oPCM possui,
sendo claroquecom um PCM informatizado,com tarefas padronizadasecom listas deferramentas,
9.9 - Causas mais freqüente de Insucessos no sobressalentes equantidade demão deobranecessáriaparaestas tarefas, efinalmente otempo de
Planejamento de Manutenção. paradajá conhecido, ficamais fácil estatarefa deprogramar.
Apesar de todos os cuidados que poderemos ter e de nossa orientação e supervisão, não custa
assinalar as falhas mais freqüentese maiscomuns de insucesso de planejamento ou do PCM em 9.10 - Causas de perda de produtividade na exe
cumprir suas obrigações de programar as tarefas de manutenção.
Estão citadas abaixo:
cução de tarefas.
Aseguir enumeramos algumas causa deatraso naexecução detarefas, planejadas ounão:
9.9.1 - Duplicidade de atribuições.
Maisde umplanejadorera responsável e umficoupensandoque o itemseriavistopelooutro. Este
9.10.1 - Os executantes ficam esperando por instruções ou
problemadeveser eliminadocomgerenciamento adequadoe comcorretaatribuiçãode respon por peças.
sabilidades. Isto éuma situação que não deveria ocorrer porque com um planejamento correto as instruções
de como executar o trabalho deveriam estar previamente bem descritas e documentadas no
ProcedimentodeManutençãoPadrâoououtrodocumento adequado, eosmateriais deveriam estar
9.9.2 - Descrição da tarefa solicitada não estava clara. disponíveis para osexecutantes noinstante em que forem distribuídas astarefas. Espera-se isto
Asdescriçõesdas tarefasnãoeramclarasosufícientee houveerronaestimativaou naexecução, para todos osequipamentos que são classificados com Classe "A" tanto do ponto de vista de
erro este que pode estar tanto no lado do planejador como no do executante. Isto é eliminado com manutenção quantodeoperaçãoouqualidade.
umacorretadescrição dastarefas ecomasvisitas aolocaldeexecução, conforme sugeridonaparte
das tarefas que devem ser atribuídas ao planejador, já descritas anteriormente.
9.10.2 - Os executantes ficam procurando por supervisores.
Outra situação que não deveria ocorrer. Porque eles precisam procurar ossupervisores? Falta
9.9.3 - O planejador não está qualificado e preparado para o de conhecimento ou de treinamento na execução das tarefas? Falta de confiança em seu
cargo. desempenho? Supervisor pordemais exigente? Determine acausaefaça algo paraacabar com
Normalmente,planejadores não qualifícadossão os responsáveis pelo descrédito e abandono de este problema.
programas de planejamento de manutenção. Para que se desempenhem corretamente nas tarefas
deplanejamento e programação, osPlanejadores de Manutenção devemter habilidadee perícia
na função e formação técnicaadequada paranãoseremmeros"achólogos".
e o Controle de Manutenção 93

9.10.3 - Os executantes e supervisores ficam revisando 9.11 - Fatores de aumento


demasiadamente cada item. da produtividade na execução de tarefas.
Isto normalmente éfalta deconfiançanodesempenho decadaum, ouderegras muito severas que Nestaparteenumeramos algumasdascausasquepodemcontribuirparaaumento deprodutividade
devem sercumpridas. Seforem regras muito severas devido àscaracterísticas doprocesso, este na execuçãodas tarefas,não só de manutenção, mas também qualqueroutra.
tempo derevisão deveserincorporado naexecução da tarefa.
No entanto, isto não quer dizer que todas astarefas devam tereste acréscimo detempo. Este
acréscimo detempo deverá serdado apenas às tarefas emequipamentosClasse "A"ou, paratarefas 9.11.1 - Pessoal está motivado.
que comprometem a segurança dos ativos ou de pessoas. Isto dependede diversos fatores,cuja análiseestá forado contextodeste estudo.

9.10.4 - Os membros das equipes ficam indo e vindo ao 9.11.2 - Descrição das tarefas bem feita.
aimoxarifado ou até sua seção. Uma descrição adequada permite uma boa programação e permite que o executante siga
corretamente os passos na execução. Recomendamos o uso de programas de computador
Este assunto já foitratado e discutido, naparte deesperar porinstruções e peças.
especialistas emprogramação detarefas egerenciamento deprojetos, queimprimam aseqüência
dastarefas acompanhadas degráfícos dotipo"Gant" oudebarras ougráficos tipo"PERT". Estes
9.10.5 - A empresa não possui ferramentas procedimentos podem edevem seranexados aosprocedimentos quechamamos deInstruções de
para uma determinada tarefa Manutençãoou procedimentode manutençãopadrâo.
Quando acontece esta situação, deveremos estar preparados, para, com antecedência, optar em
buscarapoio em empresa externa ouadquirir asferramentas especiais. Devemos resolver oque 9.11.3 - As peças os materiais e os sobressalentes
é maiseficiente emcustoa médio prazo: comprar ou alugar. estão disponíveis para execução.
Honestamenteesperamos que não sepense umaterceiraalternativa: fazer dequalquer modo esem Istoéumaconseqüênciadeumaboaprogramação. Istocontribui paraoaumento daeficiênciados
recursos adequados. executantes,paraaumentode motivaçãoporquetêmhoraparainiciare paraterminar,etc.

9.10.6 - A equipe fica aguardando alguém para aprovar aigo 9.11.4 - A Operação e a Produção cooperam
ou a tarefa executada. na entrega das máquinas e sistemas e ajudam.
Em algumas empresas eem alguns processos énecessário que as tarefas de manutenção sejam Esta parteé resultadode umaboa integração entreo PCMe o PCP.Nãopodeexistireficiência
executadaseque acadapasso sejam certificadas porum inspetorousupervisor. Isto acarretauma se todosna empresanãotrabalharem na direçãodo mesmoobjetivo.Esteobjetivodeveseruma
demoranão aceitável emalgumassituações. Umaprogramaçãoeficientepoderácolocaroinspetor empresa forte e lucrativa.
junto ao executante no momento adequado, ou, semais eficiente, colocar o inspetor junto ao
executante o tempo necessário, ouque colocar o inspetor junto aoexecutante todo o tempo de
duraçãodatarefa. Escolhas emsuaindústriaouemsuaempresaoqueémais baratooumais eficiente 9.11.5 - O tempo atribuído é adequado para
em custo e em segurança ou qualidade. o executante concluir as tarefas.
o tempo de execuçãodeve ser estimadopara que possa ser cumprido. Os recursos devemser
9.10.7 - Designados profissionais em excesso para o corretamente dimensionados e o material colocado disponível no início da tarefa ou no instante em
que for necessário.
trabalho.
Por isto é que na parte das tarefas do programadorincluímoso detalhe: visitar o local para obter
Estasituação normalmente acontece quando existe temorem não cumpriros prazos, por falta de
uma correta compreensão do que deve ser feito e de quais recursos serão necessários.
treinamento oude conhecimento específico dos detalhes datarefa. Chamamos istodecolocar
pessoasdemais e que ficam atrapalhandouns aos outros. Note: tempo suficiente não é sinônimo deexcesso detempo. Éapenas o tempo necessário para
que um trabalhador treinado e com ferramentas adequadas possa concluir a tarefa. Recursos
adequados não é desperdício. São apenas os necessários.
w

94^ e-o Controle-da Manutenção

9.12 - Comentários. Capítulo 10


Conforme vimos, com a implantação de um bom planejamento e controle as tarefas são mais bem
feitas e em menos tempo, desgastando menos o seu pessoal de execução e permitindo que as
máquinas fiquem mais tempo disponíveis para produzir.
Maisprodução vendida significa maiscapital entrandona empresa e garantia de continuidade da
empresa e sua como colaborador dela.
Esperoque você implante um PCMem sua empresa,seguindo qualquer metodologia e usando os
conhecimentos expostos até aqui e até o final deste trabalho, escolhendo uma sistemática de
trabalhos compatível com a sua empresa e com os custos necessários.
Fazerimprovisaçõesemmanutençãode máquinasapenasparagastarmenosqueo necessáriotrará,
Requisitos Básicos para
de modo indesejado, quebras futurase aumentode paradas simplesmente porque a máquina está
trabalhando fora de suas especificações e fora de suas condições necessárias. o Pessoal de Manutenção

10.1 - Resumo.
Esta parte trata sobre o que se espera do homem de manutenção,pois para atender às suas funções
a manutençãotemque,alémdeestarbemestruturada,atenderadeterminadosrequisitosquenada
tem a ver com a sua estrutura, quer seja do ponto de vista administrativo quer seja do ponto de vista
de suas instalações.
Embora alguns dos requisitos abaixocitados sejam inerentes da personalidade de cada indivíduo
deve-se terem menteque éjustamente istoque toma estaou aquela pessoa;este ou aqueleGerente;
ou esta ou aquela equipe melhor, ou pior, em certas ocasiões.
Um homem de manutençãoda mesmaformaque ummédico,ou um sacerdote,deve ter qualidades
que o tomam diferente dos demais.
Afinal, um homem de manutenção é um homem de manutenção, um Gerente de manutenção é o
cérebro ou o maestro que fará com que tudo se afinee com queos diversos profissionais se integrem
em uma "equipe" e obtenham os resultados esperados. Apenas isto e nada mais.

10.2 - Requisitos para o Homem de Manutenção.


o homem de manutenção,como aquitratado,é o executante,seu encarregado,seu supervisor,seus
engenheiros e técnicos, seu programador, planejador, seu gerente.

10.2.1 - A função do homem de manutenção.


Um homem para trabalhar em manutenção não pode ser um homem qualquer e nem necessita ser
um super homem, mas deve ter algumas qualidades que normalmente são dispensáveis, mas que
em certas horas são fundamentais. Nestas horas é que se nota a diferença entre este ou aquele
homem.
w

-96 A Organização oFlanejamento e o Controle da Manutenção Capítido iü—Requisitos Bâsiees-para-o Pessoal de Manutenção 97

10.2.2 - O que se espera do homem de manutenção. 10.3.1 - A função do programador.


0 programador, aqui é o responsávelpela implementação do conjuntode ações para preparar,
10.2.2.1 - Idéia nítida do equipamento. programar, verificaro resultadodaexecuçãodastarefasdemanutençãocontravalorespreestabelecidos
Isto pode ser obtido através de treinamento, ou com decorrer do tempo, no qual o homem irá eporsugerir, ouadotar,medidas decorreçãodedesvios paraaconsecuçãodosobjetivos edamissão
familiarizar-se com o equipamento. Qualquertreinamento fornecido ao componente de uma turma da empresa.
de manutenção retomará em melhor e mais rápido atendimento. A principal funçãodo Programadoré fazer a programação das tarefasdas diversasequipessob
Tanto o eletricista, o mecânico ou um instrumentistadevem ter o mesmo conhecimento básico do sua responsabilidade, cuidando de apoiar o Supervisor, e, sobretudo, ser um elemento de
equipamento e como ele funciona. Detalhadamente na especialidade de cada um. aglutinação e ordenação de eventos e cumprimento de programas de manutenção.

10.2.2.2 - Conhecimento detalhado do equipamento. 10.3.2 - O que se espera de um programador.


Conhecimento detalhado de como o equipamento funciona dentro de sua especialidade e como ele Uma pessoa para ser admitida como Programador de Manutenção deveria ter no mínimo as
interage com outras especialidades. seguintes qualidades:
Ainda deve conhecer as limitações do equipamento conforme as indicações do fabricante, dos a- Obrigatório ter uma sólida formação técnica,
governos locais e das dificuldades ou problemas que se refletem para a manutenção, como b- Obrigatório ter habilidade de trabalhar em grupo,
conseqüência.
c- Obrigatório ter boa habilidade em se comunicar,
d- Ter aptidão para trabalho em papéis.
10.2.2.3 - Conhecimento dos métodos de manutenção.
Conhecimento dos diversos métodos de manutenção que são aplicáveis a cada caso ou ocorrência.
e- Ter aptidão para trabalho em computadores e "softwares" de planejamento,
f- Saber entender e cumprir instruções recebidas,
Seo homem de manutenção não conhece quais as melhores técnicas aplicáveis dificilmente renderá
o máximo e dificilmente teremos o melhor uso para as habilidades individuais e para as instalações. g- Saber fazer desenhos e esboços e croquis de tarefas,
Para sanar esta eventual difículdade, só fornecendo treinamento. h- Ter "j ogo de cintura".
1- Saber programar tarefas e estimar tempos de duração.
10.2.2.4 - Conhecimento dos limites de crescimento do projeto. j- Entender claramente a importância da função manutenção e sua interligação com as demais
Conhecimento dos limites de crescimento do projeto, para poder melhor entender e explicar aos Gerências daorganização.
demais companheiros de trabalho, quando é que se deve optar por equipamentos maiores ou fazer k - "Vestir a camisa" e incentivar os demais.
atualizações no atual, entre outros. Além do mais, um Planejadore Programadorde Manutenção deve ter claro em sua mente que, quem
manda na oficina é o supervisor da oficina.O planejadorouprogramador deve saber que sua função
10.2.2.5 - Conhecimento dos limites de reparo do equipamento. é função de apoio e que ele deve fornecer fatos e dados para que a oficina tenha o melhor
Conhecimento dos limites de reparo do equipamento, considerando até onde irá o usuário sem a desempenho, sabendo que a oficina trabalha sob as ordens e sob a responsabilidade do Supervisor
fiscalização do fabricante ou do governo, para poder decidir e auxiliar decisões de quando é que da Oficina. Por isto é que nos referimos sobre "jogo de cintura". Os resultados devem serobtidos
se deve optar entre alienar, reparar, fazer revisão geral, comprar máquinas novas e maiores. sem entrar em choque com os supervisores e sem omissão do tipo; "eu programei, mas ele não
quis fazer", (eu fiz a minha parte, mas se o supervisor não fizer a parte dele, não é meu problema).
10.2.2.6 - Conhecimento dos limites de serviço do equipamento.
Conhecimento dos limites de serviço do equipamento para determinação do ciclo de manutenção 10.4 - Requisitos para um
preventiva.
Encarregado de Manutenção.
10.3 - Requisitos para um Programador de
10.4.1 - A função de um encarregado.
Manutenção. A função de um encarregado de manutenção é a de obter quatro funções básicas de sua equipe.
Um programador de Manutenção deve ter algumas qualidades a mais, pois na maior parte das
empresaseledetalhaastarefas,estimaostemposdeduraçãodecadaparte,estimaquaisferramentas
e materiaisdeverão ser usados, separa todoo material a tempo e ahora, e quando tudo estiver correto
programa a data em que o trabalho deverá ser executado.
-A-Organiza^o o Planejamento e o Controle da Manutenção Capítulo~10 —-Pequioitos Básleos-para o Pessoal de Manutenção 99

10.4.1.1 - Obter alta qualidade de trabalho. 10.5 - Requisitos para um Gerente de


Istoquerdizer:oencarregadodevefazercomqueseussubordinados executemtrabalhosquenão Manutenção.
precisemserrefeitose que nãofiquem comtrabalhospor concluirou malexecutados.O TQCe
Além do que foi dito acima, um Gerente de Manutenção deve possuir algumas qualidades amais,
o TPM são duas filosofias que usam a qualidade como um fator determinante de melhor
pois alémde ser um homemde manutençãoele irá dirigir homensque são diferentes da maioria,
manutenção.
ainda que iguais; homens que tem defeitos e qualidades como todos os outros. Assim, espera-se
que o homem que dirige estes outros seja capaz de algo mais.
10.4.1.2 - Obter produtividade satisfatória de mão de obra.
Para isto é necessário que sejam fornecidos meios e treinamento para que se saiba o que é
"produtividade satisfatória"semserfanático peloserviço(WORKHOLICS) e semserdesmaze-
10.5.1 - A função do Gerente de Manutenção.
lado. Em complementoao citado em "a" acimadevemosjuntar o que prega o TQC: descrição e A funçãodo Gerente de Manutençãoé fazer as "coisas" aconteceremde modo correto e adequado.
documentação dastarefas de manutenção, dentro derotinas padronizadas e aprovadas portodos Um Gerente de Manutenção deve saber liderar e conduzir a sua equipe de Manutenção, orientá-
osexecutantes. la, proporcionar treinamento adequado, estabelecer metas e quantificá-las, cobrardesempenho
eetc.

10.4.1.3 - Minimizar os custos.


Minimizar os custos de materiais e de transporte, de consumo desnecessário de sobressalentes e 10.5.2 - O que se espera de um Gerente.
de troca prematura ou tardia de componentes. Os seguintes requisitos são desejáveis num Gerente de Manutenção:

10.4.1.4 - Ser um agente do SMAS. 10.5.2.1 - Conhecimento técnico adequado à empresa.


Comistoespera-seque oencarregadocumprae façacumprira políticadequalidadee da segurança De pouco adiantaria a uma empresa de mineração ter um Gerente de Manutenção que não
do trabalho, segurança ambiental e programas de saúde do pessoal sob suas ordens. conhecesse nada sobre o assunto mineração, ainda que altamente especializado em automóveis.
Com o correr do tempo uma pessoaaté poderiaassimilaro funcionamento do sistema, porém neste
10.4.2 - O que se espera do encarregado. meio tempo teria problemas sobre como melhor gerir e entender certos "porquês".

Para atender os requisitos de sua função o encarregado deve:


10.5.2.2 - Sólidos conhecimentos de PCM
a- Ter sólida formação técnica para a área que irá atuar,
Sólidos conhecimentos de planejamento, preparação, programação e controle de trabalho para
b- Ter conhecimento de Planejamento e Controle de Manutenção,
poder orientar o seu PCM e os seus subordinados no caso de ser necessário alguma modificação
c- Ter conhecimento detalhado das máquinas em que a sua turma irá prestar serviços, na maneira do PCM atuar. Fica difícil orientar uma pessoa para fazer algo que nós próprios não
d- Saber operar as máquinas nas quais a sua turma irá prestar serviços, para poder testar os sabemos como é.
equipamentos.
e- Ter conhecimento do funcionamento da empresa como um todo para melhor desempenhar 10.5.2.3 - Exercer supervisão adequada.
a sua função. Exercer supervisão adequada. Isto quer dizer exatamente o que está escrito. Adequada não é
f- Saber desempenhar as suas funções administrativas, supervisão que nunca vai à área, nem tão pouco a que não sai da área. Não é a do tipo "carrasco"
g- Fazer cumprir a política de qualidade, ou "feitor de escravos" nem tão pouco a do chefe bonzinho que não assume a sua posição e
responsabilidades para evitar ser mal visto pelos empregados.
h- Fazer cumprir a política de segurança,
A autoridade inerente ao cargo deve ser exercida pa sua plenitude sem demagogias ou fascismos.
i- Saber liderar e conduzir a sua turma,
A posturae o comportamento médio é que falam muito mais, principalmente, na convivênciaa longo
j- Ser correto para com a organização. prazo.

Por outro lado os subordinados esperam ter um chefe à altura do cargo. Temos aqui um dilema
e na luta entre o que devemos fazer e o que esperam que façamos, considerando tanto do lado do
empregador como dos empregados que também somos. Supervisão adequada é supervisão sem
omissões e sem excessos.
UJÜ *j ^'Orgamzaçâo^o-Planejamento eoControle da Manutenção - Capíttilo^O -^Requisitos Básicos para o Pessoal de Manutenção 101

10.5.2.4 - Estabelecer e fazer cumprir as políticas de SMAS. 10.5.2.10 - Saber fazer prognósticos com qualidade.
Sim, isto cabe ao Gerente. Deveestar atentopara a qualidade dos prognósticos e das opiniões por ele emitido, pois terá
conseqüências sobre o item respeitabilidade acima comentado.
Nãoapenasassistirreuniões,mastambémparticiparativamentedoestabelecimentodestaspolíticas
deSegurança,MeioAmbienteeSaúde.Tambémorientarseupessoale fazercumpriro estabelecido
nestas reuniões. 10.5.2.11 - Manter os pares Informados
É da responsabilidade do gerente reunir seuspessoal e divulgar as políticas de segurança no Qualidadede "follow-up"dasmodificações e sugestões porelesugeridas, aindaque venhamde
trabalho, as políticas de melhoria da qualidade e seu estabelecimento na empresa. suaequipee tenham sidoapresentadas porele, poisagoraele estárepresentando a sua equipe.
Oestabelecimentodacertificação,porexemplo,ISO9000deve serapoiadoe incentivadoem todos
os níveis e neste também.
10.6 - Requisitos de uma Equipe de Manutenção.
Logicamente, emunidades fabris iguaisousemelhantes, aindaqueoperesobumamesmafilosofia
10.5.2.5 - Decidir corretamente na hora adequada. de produção ou orientação, ainda que opere sob mesma organização teremos respostas e
Mais uma das dificuldades que um Gerente de Manutenção enfrenta. Para decidir corretamente performancesdiferentesdas equipesaos mesmosdesafiose situações.
e no momento adequado, um Gerente de Manutenção tem que ter bons conhecimentos técnicos, E isto, por quê?
paraquandoadecisão fordeordemtécnica.Temporoutroladoqueterconhecimento desuaequipe
para saber opinar e orientar em caso de disputas internas. Simplesmente porque aequipe écomposta dehomens comqualidades diferentes queseintegram
de maneira diferente. Assim umaequipe temqualidades próprias e distintas quepodem mudar
bastante com a inclusãoou supressão de apenas um elemento. Competeaos Supervisores de
10.5.2.6 - Saber se comunicar. Manutençãoestarem alertaeusarem opotencial decadaum deseus auxiliaresdemodoqueaequipe
Isto quer dizer que um Gerente de Manutençãodeve saber se comunicar muito bem. Deve saber como um todo tenha:
melhor maneirade orientar todos os seus subordinados, de forma que entendam a mensagem que
lhes é transmitida e deve saber dialogar com seus pares porque aquele que dirige uma equipe de
manutenção deve ser também um político hábil. 10.6.1 - Ter criatividade.
Esta é uma qualidade que uma equipe deve tere que deve sercultivada. Aceitar toda equalquer
idéiaousugestão daequipe é umrisco bem como rejeitar e desencorajar aqueles quepretendem
10.5.2.7 • Ser respeitado. contribuir. São extremos que devem ser evi tados.
Deve ter respeitabilidade na empresa tanto pelos pares quanto pelos subordinados. Com isto
Quando bemorientado um"time" vai paraumdosmais altosgrausdeintegração erealização tanto
esperamos que o Gerente da Manutenção se imponha como tal entre os demais gerentes da empresa,
daequipe comodaspessoas. Conseguirqueopiessoal queestáaoredorparticipe e tragasugestões
sem se colocar numa condição inferior. Espera-se também que saiba se impor como um líder frente
para melhoria de métodos de trabalho ou rotinas internas é umdesafio a qualquer gerente ou
aos seus subordinados. Respeitabilidade émais que serum chefe. Éseraceito como tal. Éseportar supervisor.
como talfazendo com que todos sintam que háumadiferença que nunca precisará ser dita: ela será
sentida em todas as horas. Umdosmétodos deacabarcomassugestões "incômodas"é mandarqueoautordaidéiaaexecute,
sem dar recursos, alémde sobrecarregá-lo comoutrastarefas "importantes". Pode-se também
mandarque o autorda sugestãofaçaumrelatóriodetalhadosobreo assunto,recebero relatório,
10.5.2.8 - Ser discreto. criticá-lo, ou nunca ler e nem opinara respeito.Masistojá é má fé.
Sim, ser discreto. Mais do que qualquer um na fábrica um Gerente de Manutenção estará a par de
problemas que existem em cada parte e não deverá tomar público mazelas ou deficiências deste
ou daquele setor sob pena de ficar malquisto por todos, com um tftulopouco honroso de espalhador 10.6.2 - Qualidade de diálogo.
de notícias inconvenientes. o dialogo estabelecidoentreasseções aqueamanutenção prestaserviçoouondetrabalhar. Embora
isto dependa mais daformação decadaindivíduo, competeacadasupervisororientarasuaequipe
10.5.2.9 - Estar Informado sobre o que está ocorrendo na fábrica.
sobre maneiras mais adequadas deconvivênciaem grupo, através depalestras etreinamentos que
devem serfornecidos por pessoal especializado. Seadificuldade dediálogo e decomunicação
Deve saber o que está ocorrendo na fábrica. Apesar de listado aqui como deverde um bom Gerente começacomogerenteé muitopoucoprovável queseconsigaalgomelhorcomseussubordinados,
na realidade é uma obrigação do subordinado. Como é impossível ao Gerente de Manutenção estar principalmentese a equipeestiverem formação.
presente em todas as áreas da fábrica ao mesmo tempo, deve ser tomado claro ao subordinado que
a chefia deve ser informada de todo e qualquer acontecimento relevante tão pronto ocorram. Tal
instrução será tão mais facilmente, cumprida quanto mais forte for reconhecida qualidade de
discrição e as demais que já foram citadas.
102 j ^ Òrgarüzaçãò oPlaneJamentó eoControle dalííanütenção'
10.6.3 - Prestar informações com qualidade ao PCM. Capítulo 11
Isto é obtido através de treinamento e conscientização dos profissionais de manutençãopara a
importância que ainformação correta tem para osistema demanutenção como um lodo, e para
decisões futuras.
Lógico que ainformação éabase do sistemaadministrativo daempresa eprincipalmente abase
para a apuração de custos.

A Capacitação do
Profissional de Manutenção

11.1 - Resumo.
Esta parte trata sobre um dos assuntos mais importantes dentro de uma estratégia de manutenção:
o treinamento que deve ser fomecido ao homem de manutenção, paraque ele possase desempenhar
corretamente dentro de sua função de prestador de serviços.

11.2 - introdução.
o treinamento do profissional na empresapossui, previstos em lei, incentivos para que os gastos
se tomem um investimento, ou seja, é financeiramente interessante fornecer treinamento ao corpo
de empregados da organização.
Vamos falar do treinamento do profissional de manutenção.
O profissional que trabalha na área de manutenção deve receber treinamento de uma maneira
diferente dos demais empregados.
Na maioriadas empresas, o treinamento é fomecido visando aspectos operacionais mais imediatos.
Um profissional de manutenção ao ser chamado para o reparo ou para repor em funcionamento
uma máquina, nem sempre recebe maiores informações sobre o equipamento em si, e depende de
sua capacidade de autodidata para obter os conhecimentos que são indispensáveis em um reparo
rápido e eficiente.

11.3 - Algumas Definições.


Capacitação: - Ato ou efeito de capacitar (se) (Aurélio, 1999)
Capacitar: - Tomar capaz ou habilitar para algo ou para uma tarefa.
Capaz: - Aquele que tem competência, que tem capacidade. Competente ou apto para a tarefa.
104 I—A Qrganização-oJÜanejamento e o Controle daManutenção 11 —A rf^pfiritaçãa^a Prnfíssinnal de Manutenção 105

11.4 - Formas de Capacitação. 11.6 - Fornecer treinamento adicionai.


Em se tratando de profíssionaisde manutenção,diversas são as formas de tomá-los aptos ou Quando existe necessidade detreinamento adicional onde oprofissional demanutenção deverá
capacitados para suas tarefas. buscar esta bagagem?
Existe o treinamento feito na empresa e o treinamento feito fora da empresa. A filosofiado TQCpregaque o treinamento deveser dado na própriaárea de trabalho.
Deve ser dado pela supiervisâo imediata que se prepara para isto e, em conjunto, com os
profissionais mais antigos fazer manuais detreinamento, dedescrição derotinas detrabalho e as
11.4.1 - Treinamento interno.
práticaspadrãoatualizadaspara dar o treinamentoaos maisnovos.
Todo e qualquer treinamento executado no ambiente da empresa.
Apesar dagrande quantidade decursos profissionalizantes disponíveis noBrasil, pouquíssimos
Este treinamento pode ser feito por pessoal da empresa que treinará outros colaboradores. são voltados para a área de manutenção.
Domesmomodo o treinamentopodeser efetuadopor pessoalexterno,especialmentecontratado, Ou melhor, a maioria dos cursos não enfatiza que máquinas que são projetadas para um bom
usualmente especialistas em algum assunto que se necessite. desempenho devem ter,noprojeto, facilidades paramanutenção. Devem ter facilidades paraa
Podeserparaassuntostécnicos diretamente ligadosànecessidade imediatadaempresaouassunto realidadedaaltadisponibilidadeparaaoperação,ecomoconseqUênciaimediata, maisfaturamento
técnicos preparatório de futura necessidade. para a empresa (que é o que todos desejam).
Pode ser assunto técnico de atividades fim ou não. Por exemplo, treinar pessoal para uso de
computador no uso de programa especialista de PCM ou no uso de planilhas eletrônicas ou
processadores de texto.
11.7 - Treinar o Profissional de Execução de
Tarefas.
11.4.2 - Treinamento externo. Umprofissional denível deexecução, especialista, quetrabalhaemgrandes máquinas, deveráter
formação adequada aoseunível deatuação, umaforte eseguraorientação deseus superiores para
o treinamento externoéo treinamento efetuado foradoambiente daempresa, normalmente feito
o problema da qualidade dos serviços que presta.
em eventos especiais. Pode ser feito por pessoal da empresa ou por pessoal externo.
Ainda assim,este profissionaldevereceber treinamentoem outrasespecialidadese não apenas
naquela em que ele trabalha.
11.4.3 - Melhoria de Escoiaridade. Istofacilitará acompreensão dediversosproblemas naáreacinzentadainterfacedasespecialidades
Existeo treinamento técnico paraalgumas tarefase amelhoriadeescolaridadequeaumentaonível e realizará o homem como um todo.
de percepção e melhora a desenvolturaprofissionalde cada um.
Particularmente, ohomemde manutençãoqueexecutatrabalhosem máquinascompactas,ouonde
Nestecaso incluímosaté incentivar as pessoas a completarem segundograu, fazeremcursos a coexistência de várias disciplinas (eletricidade, hidráulica, pneumática, eletrônica, técnicas
técnicos, engenharia e etc. digitais,etc.)é grandee real,ficarámaissegurodesi secontarcomo conhecimentodestasoutras
disciplinasemelhorfaráainter-relaçãodesuaprofissãocomasdemais,namáquinaondeprestará
serviços.
11.5 - Fornecer treinamento em máquinas novas.
Comojá dissemosa filosofiadoTQCpregaqueistodeveserdadono própriotrabalhoe ser feito
o treinamento dopessoal demanutenção, emoperação deequipamentos, devesempre fazerparte pela supervisão imediata que deve ser treinada para a tarefa de treinar.
do contrato de aquisição de qualquer máquina. Tanto a equipe encarregada de conduzir o
equipamentocomo a equipeencarregadadeefetuar reparosrecebeo mesmotreinamentobásico
e devem possuir um conhecimento comum. 11.8 - Treinar os Encarregados.
OTPM falade"operador-mantenedor" ecitaainda os"especialistas demanutenção". Poristoé Se um profissional for promovido a nível de Encarregado, além dos requisitos anteriores, deverá
que os especialistas de manutenção devem receber treinamento, também. receber treinamento paraa suanova função, com noções de supervisão e seus assuntos correlatos.
Já constatamos emdiversas empresas que o maior conhecimento de como melhor operar as A empresadeve fornecer o treinamento que o encarregado necessita. Isto para evitarque um bom
máquinas está, viaderegra, com osprofissionais demanutenção, ouespecialistas demanutenção, profissional, um líder, tome-se um mau encarregado, simplesmente por nunca haver sido um
quesãoosquemelhor conhecem oequipamento, quelidam nasentranhas damáquina. encarregado, e por não saber exatamente o que a empresa espera dele na função.
Isto através demuito esforço próprio. Osmanuais recebidos nem sempre são completos. Existe O que normalmente acontece é que o profissional que é promovido de executante a supervisor,
anecessidade detrazer uma grande bagagem deconhecimento para odesempenho dafunção. ou a encarregado, aprendeu por observação direta, durante algum tempo o modo como o seu
encarregado trabalhava, e como ele (profissional) "acha" que poderia ser.
ção''o'Planejamento e o Controle da Manutenção Capítulo —ACap;icitaçãn do^rofíssional de Manutenção 107

Freqüentemente escutamos o seguinte:


Isto éumrisco, pois seoprofissional recém promovido teve um encarregado que entendiado seu "Não tenho o menor interesse em aprender isto."
trabalho, entãotemoschancede teroutrobomencarregado na seção.
"O curso não adicionará nada ao meu salário."
Casocontrário,seoantigo encarregadofoi transferidooudispensado porserum mau encarregado,
onovo encarregado não fará o que lhe for indicado como errado, mas levará algum tempo até "Seaempresaquerqueeufaçaocurso, entãoquemeliberedoexpediente paraqueeupossaestudar,
entenderotododesuas obrigaçõeselevarámais tempo aindaparaíqirenderamaneiramaiseficiente pois duas coisas ao mesmo tempo não há quem agüente."
de conduzir um assunto, a contornarou resolver um problema. 'Tenho direito ao meu horário de folga, não sou escravo."
Lógico que com um treinamento correto onosso novo encarregado acertará melhor nas suas Existem várias histórias e desculpas parecidas, se bem que com algum fundamento.
decisões.
Pessoasquefizeramumafaculdade trabalhando dediae estudando a noite,porcontaprópria,se
Domesmo modo, a menos de vícios arraigados, qualquer encarregado renderá mais se souber deparadascom a nova situação, às vezes,se negamou se esquivam a mais um outro esforço.
algumas técnicas de supervisão ede liderança. Como sabemos, émais fácil acertar um alvo se Masporque,se antesporcontaprópriafaziamtudo,e agoraque,eventualmente, podemfazerpor
soubermos onde ele está.
conta da empresa,senegam,ouqueremajudamaiorquea própriagratuidadedo treinamento,ou
ainda, só durante o expediente?
11.9 - Treinar os Profissionais de Supervisão. Umaboa políticade pessoalnãopermitiráqueaconteçam casoscomoos queestãocitadosacima,
pois o empregadoestará sabendoque ao recebertreinamento adicionalvalerá mais e terá mais
Se Oprofissional está em um nível de supervisão, deve ter mais conhecimento de técnicas de oportunidades de progresso.
supervisãodo que os esperadosemum encarregado, bemcomodePCM paramelhordesempenhar
as suas funções. Conheço empresas americanas que incentivam seus empregados a fazerem cursos externos, e
pagam enquantoo empregadopermanecerna empresaumpequenoadicionalpor cursoexterno
feito, em área de interesse comum.
11.10 - Treinar os Engenheiros e Técnicos.
Os engenheiros e técnicos quando começam a trabalhar, principalmente durante o estágio, 11.13 - Quem deverá fornecer este treinamento.
normalmente, nãoconhecem osproblemas demanutenção, tendo emsuamaioria, conhecimento
específicopara a sua áreade formação. Aempresa não deveesperarqueseusprofissionaissaibamtudoe setomemauto-suficientes,dentro
das necessidades da empresa, mas deve fornecer treinamento adicional para que as metas
Estes profissionais deveriam receberda empresa, cursos na áreaespecíficade suaespecialidade,
empresariaissejammaisfacilmente atingidas. Foumiersé enfáticoqueumdos motivospeloqual
para técnicas de reparo de detecção de falhas, bem como noções de planejamento econtrole de
manutenção.
o subordinado não faz o que dele se espera é porque não sabe fazer. Ninguém perguntou a ele se
ele sabia. Apenas pedimos que ele faça a tarefa e pronto.
Noções dePERT-CPM e seu uso deveriam seruma das exigências nos trabalhos.
Entendemos que a empresa deveria fornecer este treinamento para que um nível de qualidade
Para osprofissionais com formação em nível superior, aprender Pesquisa Operacional e suas conveniente seja atingido, principalmente nos serviços de Pós-venda,e como é lógico, na própria
aplicaçõesnaáreade manutençãoéumoutroconhecimentoque deveriaserfornecido pelaempresa equipe de manutenção industrial.
com a indicação delocais onde fazer o curso, bemcomo auxílio financeiro.
Não é adequado esperar obter, na praça, sempre, pessoal de formação multidisciplinar.
Sei que um Engenheiro Mecânico deveria saber aplicar os seus conhecimentos de eletricidade e O que se pode fazer, é obter um bom especialista e fornecer o conhecimento restante para que o
oEngenheiro Eletricistadeveria melhorares seus conhecimentos naárea demecânicaparaque o homem possa atingira metaeconômicada organizaçãoe,sobretudo,realizar-seprofissionalmente
diálogoentreeles seja maissimples.
seguro que está de seus conhecimentos.

11.11 - Treinamento adicional aos Gerentes. 11.14 - A ação do Gerente de Manutenção no


Profissionais que atingem níveis degerenciamento deveriam possuir conhecimento sólido de
PlanejamentoeControledeManutençM), comtodas assuasinterdisciplinas, alémdeconhecimento treinamento.
deoutras matérias, queatéentão eram secundárias eagora sãonecessárias, taiscomo: Técnicas Os Gerentes ou Superintendentes de Manutenção possuem responsabilidades com o treinamento
deAdministração, Noções deEconomia, Técnicas deLiderança, Aprimoramento doRelaciona de sua equipe e o seu treinamento próprio.
mento Interpessoal, etc. O Gerente mantém a empresa alerta para a necessidade de treinamento adicional e reciclagem
periódica de seu pessoal?
11.12 - Os eventuais problemas. O treinamento e a divulgação de conhecimentos é uma forma de fazer com que a equipe seja coesa
e mais eficiente. Isto poderáafastaro fantasma da rotatividade de mão de obra, que em manutenção
Aqui existem sériosproblemas quenãoposso deixarde mencionar.
-j -A-Organização^o-Planejamento eoControleManutenção Capítulo'H—A-Gapadtaçào-do Profíssional de Manutenção | 109
O dono da empresa mostrou um empregado que passava, creio que da equipe de limpeza e disse:
éaltamenteprejudicial pelaperdadepessoas experientesefamiliarizadas com os problemasecom
"eis aí o seu Gerente. Treine ele e depois conversaremos". Depois de treinado o empregado, o
as máquinas da empresa.
problema da admissão do Gerente estava resolvido com a promoção do empregado.
Faça com que circule entre seus empregados ecolaboradores revistas epublicações de matérias
pertinentes à profissão e assuntos afins. Mas retomando ao assunto, será mais barata e fácil a política de contratar, sem treinar, apenas
enquanto as outras empresas concorrentes não tiverem uma políticade pessoal adequadapara que
Estimule oregistro interno deinovações edemelhorias técnicas, para que oganho decultura na seus profissionais não queiram trocar de emprego.
empresa seja registrado, seja conservado e,sobretudo, faça com que amemória daempresa, a
tradição, ohistórico das máquinas fique adequadamente registrado. Depois disto, só pagando salário muito alto, inflacionando o mercado de trabalho, ou então,
ajudando na formação de seus profissionais e investindo neles.
Participe e faça com que participem de Seminários e Congressos e Encontros de assuntos de
interesse da empresa. Todo o bom Gerente de Manutenção sabe dos problemas que a rotatividade de mão de obra traz
para a empresa, principalmente a nível de encarregados, supervisores e de empregados experientes.
Assinerevistas técnicas e que devem circular em todos os escalões. Promova cursosem sua
empresaou incentive seus profissionais afazerem cursos fora daempresa, aindaque em horário
noturno.

No final, tudo retomará para asuaempresa, em melhores serviços eem uma equipe hábil emais
capaz e mais unida.

11.15 - Comentários.
Toda a empresa que valoriza seu quadro profissional deve fornecer treinamento adicional e
sistemático aoseupessoal, sempre, eemqualquer nível, ainda que através deentidades externas
de treinamento.

Atenção especial deve ser dada ao pessoal de manutenção, que tem funções especiais epor isso.
por ser uma equipe prestadora de serviço dentro daempresa, nem sempre élembrada.
Sabemosqueédeverdeumencarregadopedirtreinamentoecolaborarnaformação dos executantes
de manutenção de sua turma, bem como que deve comunicaraseus supervisores imediatos toda
a necessidade de treinamento que ele detecta na sua turma.
Do mesmomodo ossupervisoresdevemprocedercomosseussubordinados pedindoefornecendo
mais paraque asuaequipe recebatreinamento ecursos deaperfeiçoamento, qualquer que sejam
estes cursos, e qualquer que seja o nível de supervisãona empresa.
Engenheiros, que iniciamnaáreade manutençãodevemreceberinformaçãoadicional parasuanova
função, pois nas Faculdadesaprende-semuitacoisa, eemmanutençãoexiste um mundo diferente
do mundo dos projetos.
Pessoas aníveldeGerenciamentodevempreocupar-secomaeficiênciadaequipe quecomandam
detodos osmodos, principalmentedopontodevistatreinamento, paraque suaequiperenda mais,
e dar recursos aos escalões menores paraqueo treinamento ocorradentrode um programa de
incentivos e aperfeiçoamento daequipe queele.Gerente, lidera.
AEmpresa, enfim, deve fornecer recursos para queseu quadro seja competente e treinado.
Alguém poderáretrucar: é maisbaratonãofazernada!
Ou ainda:para que treinar,se possorecrutarpessoaljá experiente?
Sim, contratarpessoal com osconhecimentos que queremos pode sermais barato emais simples
para projetos a curtoprazo,e apenas por algum tempo.
Conhecemos ahistóriado Diretorde uma montadorade veículos nos anos 30, nos Estados Unidos,
quecomenmucom oproprietáriodaempresaqueestavacomdificuldade paracontratarumGerente.
Capítulo 12

Sintomas de Gerenciamento
de Manutenção Inadequado

12.1 - Resumo.
Nestapartetratamos sobre alguns sintomasencontradosem empresas, eque quando encontrados
revelam a necessidade de mudar a estratégia da manutenção, ou seja, mudar o modo como a
manutenção esta deslocando recursos financeiros edepessoal para cumprir a sua fiinção.

12.2 - Introdução.
Quando existem problemas demanutenção numa empresa, sempre notamos que existe uma
separação entre os departamentos que produzem eosque devem manter as máquinas em boas
condiçõespara a produçãodos bens.
Usualmente aoperação deseja fazer mais sem considerar ascondições das máquinas.
Usualmente a manutenção deseja mais tempos demáquina parada para cumprir asrotinas que
acreditam seja necessária.

12.3 - Problemas típicos de


gerenciamento Inadequado de manutenção.
Os problemas típicos que trazem àtonaanecessidade derefazerou reorganizaruma Gerência de
Manutenção, PCM e demais envolvidos são:

12.4 - Tempo de parada de


equipamento multo grande.
Otempo de paradadeequipamento émuito grande.ecomconseqüências maléficas aos custos de
produção.
'W

—142 -| Organização oPlanejamento eoControle da Manutenção Capítulo 12 - SintomasuieJCerendamento-de Manutenção Inadequado | 113
Normalmente quando istoacontece, édevido àfaltadeprogramas demanutenção, programas de Conforme falou: "Seos"homens" querem queeufaça com esta,eufaço. Sefosse parafazer com
manutençãoinadequados, sejaporfaltademanutenção preventiva, sejapelamanutenção preventiva outra,teriam planejado antese saberiam denossas limitações".
executada em demasia. OEngenheiroresponsável pelaUnidadeeranovonaempresaenãohaviaparticipadodaformulação
Deve-se notarqueseaequipedemanutenção nãopossuirferramentas adequadas, algtunas tarefas deprojeto edo novo contrato (enem queria). Aempresaestavaaalgum tempo trabalhando apenas
demanutenção quepoderiam serfeitas empouco tempo podelevarmuitomaisqueo necessário. com aquelesupervisorna chefia da unidade.
Noentanto, se o tempo deparada é grande, nemsempre é devido a programas de manutenção Em outra ocasião encontramos equipamentos que deveriam parar para manutenção a um
inadequados. determinado númerodehoras, pornecessidade momentâneafoi colocadoemrotinas mais longas.
Já encontramoscasosemquea paradadosequipamentos e linhasera umaconseqüênciada falta Amanutenção não mais foi feita nos intervalos regulares, ea médio prazo aconfíabilidade do
de planejamento de produção, ou seja,de PCPe não de PCM. Os Gerentes de Operação não sistema foi comprometida.
aceitavam programas demanutenção esemprepediam parapostergarasparadas, queaconteciam Note ainda que seo pessoal demanutenção não possuir treinamento adequado e ferramentas
nofinal dacampanha. Nãoconfiavamnaqualidadedemãodeobraesópermitiamqueamanutenção necessárias, aqualidadedo reparo podeficarcomprometidaecomistoaconfiabilidade serámenor
fossefeita depoisde vencidoo contratode entregado produto. que a mínimanecessáriae desejada.
Asituação foiresolvidacom treinamentodaequipe deOperação, emparalelocomrevisãodeantigos
programas de manutenção que pediam as máquinasem demasia. 12.7 - Os custos de manutenção
estão aumentando.
12.5 - Níveis de produção fracos devido à falhas. "Oscustos de manutenção estão aumentando e as razões do aumento são desconhecidas ou
Osníveis de produção sãofracos devido às falhas constantes nosequipamentos. negadas".
Falhas constantes em equipamentostem a ver, normalmente, com vários fatores: Asituação acimaé complexa e deveseranalisada casoa caso.
a - Uso de sobressalentes de má qualidade. Diversas vezes já verificamos empresas onde não são feitos orçamentos prevendo pequenas
b- Uso de sobressalentes recuperados pelaprópria equipe de manutenção semcontrole de despesas ou investimentos em melhorias de equipamentos ou de processo, eas despesas destes
qualidade adequado, ou sem controle de qualidade nenhum. títulos recaem normalmente sobre a equipe demanutenção. Nestes casos, asrazões doaumento
Este problemaéresolvido através demedidas detreinamento oudecontratação deserviços dedespesas são conhecidas, mas, normalmente são esquecidas eàsvezes escondidas.
deequipes especializadas,externamente. Algumas vezes são negadas.
c- MãodeobradeManutenção semsupervisão adequada, que,emconseqüência, executa seus Seoaumento é recente, devesertestado sefoidevido aalguma modificação naManutenção, como
trabalhos comqualidadeinadequada. admissão de um novo Gerente. As possibilidades são muitas, para aumento de despesas
d- Mão deobradeOperação quenãocuida dosequipamentos e introduz avarias e falhas por isoladamente, pois o novo Gerente pode estar acertando a casa e colocando os níveis de
desmazelo. Ainda, como vistoacima, é umproblema de supervisão. sobressalentes empontos seguros paraa empresa como umtodo.
e- Falta de conhecimento técnico da equipe de manutenção para efetuar reparos de boa
qualidade. Problema a ser resolvido com treinamento. 12.8 - Comentários
As situações acimaindicamque amanutenção não estásendo convenientementeexecutadaeque
12.6 - Baixa confiabilidade dos equipamentos. oplanejamentoecontroledamanutençãonão sãoeficientesepodemtambémindicarqueoGerente
deManutenção não entende doassunto ounão está seenvolvendo com osproblemas.
o Planejamento daProdução éineficiente devido àbaixa confiabilidade dos equipamentos
EvidentementeaestratégiausadapeloGerentedeManutençãonão émaisaadequadaparaaempresa
Isto resulta como conseqüência deassuntos citados acima, mas nem sempre é apenas isto. e isto pode trazer os problemas citados.
Jáverificamos casos emque pordesconhecimento das especificações, oequipamento eraposto Ver aparte deEstratégias deGerenciamento deManutenção noprincípio deste trabalho.
afimcionaracimadesuaspossibilidades. Porexemplo,estivemosemumaindústriaque trabalhava
com uma DobradeiradeChapas, que quebravacom freqüência, após anos debons serviços. Uma Poroutro lado, pode seramais adequadaeogerente não consegue implementar. Nãovou analisar
pesquisa nos manuais mostrou que a máquina deveria trabalhar com chapas denomáximo 9,5 oseventuaismotivos, mas podemserproblemaspolíticos, problemas financeiros, eetc. Arealidade
milímetros e estava operando háseis meses com chapas de12,7 milímetros deespessura. é que comos sintomas apontados a situação nãoestáboa.
Ao ser questionado o responsável pela Operação do equipamento informou não saber desta Quando nãoexisteumgerenciamento demanutenção adequado, adireçãodafábricanormalmente
limitação. OsupervisordaUnidadede Produçãoinformouque sabia, massótinhaaquelamáquina relutasobreasstimir oscustosdamudança deestratégia: custos detreinamento ecapacitação do
eque iria produzir assim mesmo, a menos que aempresa desse uma máquina mais adequada. pessoal, custos deaquisição depeçaseferramentas adequadas; custos deimplantaçãodeum novo
111 -
,!3ia.

+!4 I o Controle da Manutenção

sistemade planejamentoe controle;custosdecomputadorese "soft"; e, entãoa administraçãoda


empresa erradamente se pergunta quanta despesa pode suportar para montar um novo sistema ou
Capítulo 13
modificar o atual.
Erradamente: "será que possogastarem Planejamento e Controlede Manutenção"?
"Será que o que vou gastar é muito"?
"Será que a Diretoria vai aprovar estas despesas"?
Na realidade a questão deveria ser vista e feita por outro ângulo:
Quanto prejuízo a empresa suportará porque não tem um bom sistema de manutenção?
Heintzlman informa, com base em estudos e levantamentos que efetuou que o retomo é de cinco
para um, ou seja, uma quantia despendida em um bom sistema de planejamento e controle de
Introdução ao Planejamento
manutenção retoma multiplicada por cinco nos desembolsos de manutenção que serão feitos a
seguir. da Manutenção
Em algunscasos o retomo foiemalgunsmeses,em outro caso retomou em um ano multiplicado
por vinte.
Nopiorcasoretomounosdoisprimeiros anosdefuncionamento dosistemamultiplicado porcinco.
Evidentemente o retomode capitalserátãomaiore tãomaisrápidoquantomaisinadequadofor
o sistemaa ser substituído,indoa valoressurpreendentestodaa vezque umaempresanão possui A manutenção é umatarefaque deveser executada em todas as atividades. Nesteestudo nos
um sistema de PCM ou apesar de existir, ele não funciona bem.
referimos especialmente àstarefas demanutenção deativos fixos, sejam elesindustriais ounão.
NapublicaçãodaONU,citadanabibliografiaencontramos valoresdeaumentodeprodutividade Como sabemos, afunção manutenção exige organização, planejamento, programação, alocação
de recursos físicos e financeiros, treinamento e qualidade.
de até 60%, no Departamento de Manutenção, depois de adequadamente implantado um bom
sistema de Planejamento e Controle de Manutenção. Estastarefas podem serexecutadas dediversas maneiras corretas, masé semprenecessário que
O documento refere-sea valoresda ordemde400milhõesa 550milhõesde librasesterlinasque existam preparações e métodos paraumaharmonia entre a execução, a expectativa docliente e
critérios de economia.
poderiamserpoupadosanualmentena Inglaterrasehouvesse,naquelaépoca,umcontroleeficiente
de manutenção. Os melhores resultados, normalmente são obtidos com o uso de programas de computador
dedicados a esta especialidade da engenharia, que é a manutenção.

13.1 - Porque planejar.


Planejarparaqueoseventosocorram dentro deparâmetros aceitáveis edesejados, tantoemtempo,
como em risco de acidentes quanto no uso de recursos e seu custo.
Paraa execução destaparte(PCM - Planejamento e Controle de Manutenção) é necessário que
existampessoas treinadas paraatarefa. SeoPCM formanual, apessoadeveráestartreinadapara
preencherosformulários emuso,arquivá-los deforma adequadaelidarcomapapeladanecessária
para a apuração de dados e de resultados.
Istosempre serámaisfácil seforusado umprogramadocomputadorquefaçadeforma maissimples
estas tarefas rotineiras e aborrecidas de processar a informação, arquivá-las sempre da mesma
formae permitir umacessofácile rápidoà informação quejá foiarquivada.
Paraisto vocêdevepossuirumprogramadecomputadorfeitoparaestafinalidade: planejamento
e controle das tarefas e rotinas de manutenção.
Não esqueça que um programa de computador é uma ferramenta para ser usada por pessoas
treinadas.Domesmomodoquevocêdeve aprendera usaruma ferramenta,vocêprecisaráaprender
a usar o programa de computador que eventualmente você vai adquirir.
^•f6—I -^-Organização oPlanejamento eoControle da Manutenção
Vejaoseguinte: uma chave defenda éumachave defenda feita paraapertarouafrouxar parafusos
defenda.Vocêsabeque existemuitagentequeusaa chavede fendacomotalhadeira,outrosausam
Capítulo 14
como alavanca e outras finalidades. Mas a chave de fenda continua sendo umachave de fenda. Um
formão é outra ferramenta para outra finalidade.

13.2-0 que espera de um programa especialista.


Um programadeplanejamento econtrole (soft) dificilmente fará tudo oquevocê queroudeseja,
enamaneira quevocê queroudeseja. Você deverá aprender a usá-lo damaneira maisadequada,
dentrodo que foi idealizadopeloanalistae peloprogramador.
E lógico quevocêpoderácontratar alguém parafazerumprograma exatamente comoé a cultura Sistemas de Controle Manual
desuaempresaeassim oprograma fará tudo oquevocê desejaecomo você quer. Mas fará apenas
o que você soube pedir ao analista ou programador na ocasião.
ou Informatizado
Umdosproblemasdestapolíticaé nãoverificaro queexistede novoe de modernonomundoao
redor e não evoluir por que: "nós sempre fizemos assim e está dano certo". Mas, e as melhorias
que os outros estão implementando quando serão incorporadas?
Logo a seguir nós discutiremos isto, sobre informatizar ou não, comprar ou desenvolver
programas, sobreo queanalisardurante aseleção, e cuidados durante aseleçãoeostreinamentos 14.1 - Resumo.
necessários.
Nestaparte faremosum estudosobre a melhormaneirade montarum controlede manutenção,
Discutiremosaindatodasasetapasbásicasdaimplantação, sejaimplantaçãomanual ouinformatizada, citando as vantagens de cada um e suas desvantagens.
oslevantamentos dasatribuiçõesdamanutenção, ascodificações deequipamentos esuasinterfaces
com a codificação e apropriação decustos naempresa; como cadastrar equipamentos e porque
cadastrá-los; quais os requisitos a serem atendidos pelos documentos; quais os requisitos de 14.2 - Introdução.
formulários própriosdaadministraçãodamanutenção; comodefinirasprioridades deatendimento;
Umamanutenção parasereficientedeveterseustrabalhos planejadose controlados. Deveráhaver
comogerarprogramas demanutenção coma periodicidade necessáriaparaatender asdemandas
quem tomeconta do que deve ser feito; quem tome contado queestá sendo feito e quem, ao final
deprodução edecustos: como gerarprocedimentos aserem executados durante asexecuções das
da tarefa, compare os resultados para poder verificar se está de acordo com o planejado.
tarefas; comoprogramarostrabalhos comastécnicas disponíveis (manuais ouinformatizadas);
como avaliar e como medir os resultados dostrabalhos de manutenção; como comparar estes Se tudo estiver dentro do estimado ou do planejado deveremos então verificar se o que foi feito
resultados medidos comos resultados deoutrasempresassimilares. (dentro do planejado) poderia ser feito de uma forma mais eficiente. Deveremos introduzir
melhorias no sistema sempre que possível.
Como emmanutençãoexiste sempreuma seqüênciamuitogrande de pequenosreparos, corremos
o risco de prestar atenção apenas às pequenas coisas do dia a dia e o risco de esquecer o conjunto
que está funcionando bem. Iremos lembrar-nos dele somente quando falhar.
Para evitar que isto ocorra devemos ter um programa, um plano de manutenção, que será seguido
e cumprido,dentro doprogramadoe do planejado.Quedeveráaindapossuirum meio de comparar
o que foi feito com o que se pretendia fazer, que deverá ter metas estabelecidas e valores mínimos
de performance de equipamentos.
Éimportante quenoinício doplanejamentoseestabeleçametas mínimas deperformance eíndices
para que seja possível comparar resultados. Pode parecer pretensioso estabelecer estas metas no
inicio, devido falta de dados, mas é melhor estabelecer a meta, ainda que com base em outras
instalações, do que chegar a um resultado e não saber se o que cumprimos é bom, se é razoável
ou se é excelente.

Deverá haver um Plano Mestre de Manutenção para a maioria dos equipamentos da empresa, e
se possível, para a sua totalidade, considerando a classe de importância do equipamento.
Manual ou Informatizado
—ftí -j -A-OrganieBçào-o Planejamento-e o-Contro]e da Manutenção

O plano poderá ser feito e executado de várias maneiras como veremos mais tarde, considerando 14.4 - Porque Informatizar a Manutenção.
aclasse operacional dos equipamentos, como vimos naparte das definições. Deummodogeral, os custos de operação sâobastante conhecidos. São basicamente: matériaprima
emão de obra. Oprimeiro
componentede componente do custo, amatériaprima,
custoédefmidopelaquantidadede depende do mercado
tarefas necessáriasaobtenção eosegundo
do produto final.
14.3 - Tipos de Sistemas Hábitos de fabricação arraigados nem sempre permitem modificação na rotina de produção euma
de Controle de Manutenção. conseqüente otimização de custos, onde geralmente alguma melhoria pode ser feita.
o Planejamentoe o Controle de Manutençãopodem ser feitos basicamentede três maneiras: de Via de regra, na manutenção, sempre é possível reduzir e otimizar os gastos com materiais,
modomanual.de modo semi informatizadoe totalmente informatizado. sobressalentes e mão de obra.
Diversos novos métodos detrabalhos sãooferecidos e novos métodos detrabalho existem para
14.3.1 - O Planejamento e Controle Manual. os profissionais. Novas técnicas de gerenciamento e novas estratégias de trabalho, como a
Manutenção Centrada em Confiabilidade, a Manutenção Produtiva Total, Engenharia da
o planejamento e Controle de Manutenção Manual é aquele em que todas as atividades de Confiabilidade, etc.
manutenção sãoplanejadas, controladas eanalisadas atravésdeformulários e mapasdecontrole,
preenchidosmanualmente,guardadosem pastase em gavetas de armários. Deve ser criado um Assim énatural que amanutenção passe asercobrada para reduziros seus custos eem conseqüência
processo organizado dearquivo e ordenação dedocumentos (porsemana, porequipamento, por os custos da empresa, onde deva usar melhores métodos de trabalho emelhores técnicas. Ela pode
responderpositivamenteaessasolicitaçâode diversos métodoseprincipalmeniecom planejamento
sistema.etc.j.afimde possibilitaraobtenção dedados deforma mais rápidapossíveleevitar perda
eficiente.
de informação.
Quando amanutenção éplanejada de forma adequada com aexecução de tarefas emão de obra
de boa qualidade, leremos um aumento da disponibilidade dos equipamentos, maior vida útil e
14.3.2 - O Planejamento e Controle Semi Informatizado. menor custo específico.
o Planejamenloe Controle deManutenção Semi Informatizadoé aquele emque asmanutenções Como existe uma grande massa de dados a ser manuseada, o computador com programas
preventivas sãocontroladas com auxílio decomputador, enquanto asmanutenções corretivas são adequados tomaoplanejamento da manutenção maisrápido, ágil eeficienteetraráredução no custo
controladasa analisadas através de formulários e mapas preenchidosmanualmente.Devem ser específico da manutenção porque irá tomar possível amelhor utilização dos recursos humanos,
considerados dentro deste critério oscálculos auxiliares demanutenções corretivas feitos pelo financeiros e materiais da empresa.
computador, comoos índicesde manutenção, de performance de equipamentos com os dados
levantados manualmente.
14.5 - Vantagens de cada tipo de Controle.
14.3.3 - O Planejamento e Controle Comojávimos existem três tipos de PlanejamentoeControle de Manutenção: oque pode ser feito
completamente manual, um pouco manual eum pouco no computador, ecompletamente com um
de Manutenção Informatizado. computador.
Eaquele emqueasinformações relativas àsmanutenções preventivas ecorretivas sãotransferidas
aocomputador, deonde são emitidas todas asOrdens deServiço (OS) eparaonde convergem todos
osdados coletados durante aexecução das tarefas. Para isto é necessáriaa criação deprogramas, 14.5.1 - Controle Manual.
deformulários próprios, decódigos, que permitam a transferência deinformação, sempre que
possível, entre osmódulos depessoal, dematerial, demanutenção, deprodução, deoperação, de 14.5.1.1 - As Vantagens de um Sistema de Controle Manual.
controle de custos, etc.. OConlrole Manual deManutenção éomais barato efácil deserexecutado, em empresas depequeno
Em continuação, devemos lembrar que este tipo de Controle pode ser efetuado por diversos tipos porte, mas em tese não deveria serutilizado por ninguém, nos dias de hoje.
de computadores: em microcomputador, cm minicomputadores, em computadores de grandeporte A Informatização do Planejamento e Controle de Manutenção possui muitas vantagens e
com terminais comuns, em computadores degrande porte com microcomputadores instalados desvantagens se comparadacom um controle manual. Atualmente todas as empresas deveriam usar
como terminais, em rede de microcomputadores, ediversas outras montagens possíveis. Oacesso sistemas dePlanejamento eControle deManutenção informatizado, por menor que sejaempresa.
aos terminais pode serem ligação direta porcabos dentro daempresa e porcabos usando arede
telefônica pública, usando linhas diretas ou cabos de fibra ótica eem alguns casos até interligados
por satélite com uso de antenas especiais. 14.5.1.2 -As desvantagens do Sistema de Controle Manual.
OSistema de Planejamento eControle manual tem como desvantagem amorosidade, adispersão
de dados e a necessidade de muita gente para obter pequenos resultados.
-"taO- -I- ^ Organização oPlanejamento e o Controle daManutenção -ÍÁ - fíiistfmas de Controle Manual ou Informatizado | 121

14.5.2 - Controle informatizado. 14.6.1.1 - Vantagens do desenvolvimento de "soft" de PCM na empresa.


As vantagens que citamos são: comprometimento da equipe; que durante afase de projeto e
14.5.2.1 - As vantagens de um sistema Informatizado de PCM.
confecçãodo "soft"jáficaparcialmente treinada;ecomoprogramadonaempresaéfácil corrigir
"bugs"eenganosdeprogramação; efinalmente, os procedimentosadministrativoscolocados no
Nos dias dehoje é difícil entender como uma empresa pode ter um sistema deplanejamento e "soft"sãoos procedimentos já conhecidos e usados naempresa;
controle demanutenção quenãouseumbom programa dedicado a estastarefas.
Como existe uma grande massa de dados a ser manuseada, o computador com programas 14.6.1.2 - Desvantagens do desenvolvimento do "soft de PCM na
adequados tomaoplanejamentodamanutençãomais rápido, ágil eeficienteetraráreduçãonocusto empresa.
específico damanutenção porque irátomar possível amelhorutilização dos recursos financeiros,
humanose de materiais da empresa. Asprováveisdesvantagensquecitamossão: incorporaçãode "vícios"administrativosno soft ;
Ouso do computadorintegraamanutençãoeseu dia adia no dia adia daempresa. Os programas
otempo de desenvolvimento deste "soft"; maior possibilidade de interpretações errôneas de
solicitações dos usuáriosede colocaçãode "bugs"no "soft"; desvio de mãode obradaequipe de
corporativos permitem um levantamentoatualizado eintegradodoque estáacontecendo equanto TI para o desenvolvimento do "soft" ou contratação de pessoal externo e maior custo em
está custando.
desenvolverdoque adquirir. Comoregrageral,odesenvolvimento, mesmo que feito porpessoal
Olevantamento dedados deengenhariadaconfiabilidade éusual. Consultas podemserfeitas de da própriaempresa, serámaisoneroso.
qualquer lugar, seobanco dedados foi bem projetadoeoprogramaespecialistapossui as rotinas
corret^.
14.6.2 - A Compra de "Softs" de PCM pela empresa.
14.5.2.2 - As desvantagens de um sistema Informatizado de PCM. Os Programas de Planejamento eControle de Manutenção podem ser adquiridos prontos.
Um sistema de Planejamento e Controle de Manutenção informatizado pode ter algumas
desvantagens. 14.6.2.1 - Vantagens da compra de "Soft" de PCM pela empresa.
Citamos alguns problemas que devem ser equacionados: número maior depessoas envolvidas a- Programa já testado compoucos "bugs".
durante aparametrização; durante aimplantação, treinamento atodos osenvolvidos e,principal Um produto, de origem reconhecidamente tradicional, antes de sercolocado no mercado,
mente no período de entrada em marcha do sistema. passaporumabateriade testes. Mesmoassim, épossível queoprimeirocomprador, venha
Seo soft não for bem planejadoenão houver um treinamento correto, podeexistirdificuldade a encontrar problemas.
naimplantação dealgumas rotinas, rejeição delas edificuldade em alterar o"soft"; e finalmente Uma "softhouse" idônea procurará sanar os "bugs" encontrados e, junto com ocliente,
umimportantíssimocomoplanejamentoecontrolefeito porcomputadorcorremosoriscodeperder desenvolvere aprimoraro seu produto.
avisualização global damanutenção preventiva, aperda danoção deconjunto doplano. Segundoessafilosofia, afirmamosque,onível deproblemasqueosprogram^ adquiridos
OPlanejador eaGerência só conseguem ver asemana em curso eum pouco dapróxima. em"pacote" serão sempremenoresedarão sempre menores"doresde cabeça ao usuário,
na sua implantação do que um "soft" feito especialmente porprogramadores internos que
não possuem experiênciaprévia neste tipo deatividade.
14,6 - "Soft" de PCM —Desenvolvedor ou Comprar b- Implantação maisrápida.
Desde que tenhamos conseguido convencer a direção de nossa empresa a informatizar o Éevidenteque, pornão termos afase de desenvolvimento, apesarda maiornecessidade de
planejamentodamanutenção, podemos nos questionar: o"soft"deveserdesenvolvidoespecial treinamento, aoperacionalizaçâo do sistemaocorreráem menor período de tempo.
mente para minha manutenção oudeverei procurarum produtojáexistenteeavendanomercado?
c- Introdução denovas políticas e procedimentos.
Nãoexisteresp>ostaúnica paratodos os casos. Cadaumdeve analisaros prós econtras das opções
e inclinar-se pelaquemelhor atender suas condições específicas. Éevidente que, ao selecionarmos um "soft", devemos verificar os conceitos que eles
embutem.
Vamos analisar algumas vantagens e desvantagens dasduas alternativas.
Algumas vezessomossurpreendidos com filosofia de trabalhoque, aprimeiravisita, parece
dedifícil práticaeseanalisadasem profundidade,verifica-se seremviáveisesimplificadoras
14.6.1 - Desenvolvimento de "Soft" de PCM na empresa. deprocedimentos. Normalmente, "quem ousa, vence",
Os Programas de Planejamento eControle podem ser desenvolvidos na empresa. d- Nenhumamãode obra de TI desviadapara desenvolvimento.
Este item, porseróbvio, não requer maiores justificativas,
e- Menor custo.
Já debatido anteriormente.
—452^ -|—A^Organização oPlanejamento eoControle da Manutenção Capítulo 14 - Sistemas-de ControleJdanual ou Informatizado | 123
14.6.2.2 - Desvantagens dacompra de "Soft" dePCM pela empresa. 14.7.2 - Navegação.
a- Equipemenos comprometida. oprogramadeveorientarousuário, do modomais simpleseclarosobrecomo navegarpelastelas.
Com muitoesforço poderemos tentaratingiromesmo nível de motivação que obteríamos Principalmente,no iníciodaoperação, quando aindanão se tem odomínio sobreosistenia, muito
se desenvolvêssemos o "soft", com a participação de toda equipe. Com treinamento tempo poderá ser perdido, procurando-se as telas desejadas. Indicações de rodapé auxiliam em
adequado, comexplanações sobre as vantagens queosistematraráaosenvolvidos (Chefias, muito a navegação.
Planejadores eSupervisores), poderemos melhorar ograu de interesse. Faltará, porém, Oprograma também deverá ser concebido de modo que, aseqüência das telas seja ordenada
aquelesentimento muitohumanode posse, decumplicidade,aquelesentimentode paterni segundoofluxo normal das tarefas ou, permitindo"saltar" telas indesejadas. quandonecessário.
dadequea participação nacriaçãonostrás.
Éainda importante que o"help" esteja disponível com oassunto referente àtela que se está
b- Necessidade de treinamento total no sistema. consultando, de forma anão termos necessidade de localizar, após procura no menu do "help ,
Alguns fornecedores afirmam que seu produto éde uma "simplicidade franciscana" eque o assunto em dúvida.
qualquer pessoadeinteligência média aprenderá rapidamente osistema.
Por mms simples que ele pareça, com rodapés explicativos, "helps", etc., para um 14.7.3 - Segurança do Sistema.
aproveitamento global, muito treinamento serádespendido.
o sistemadeve serprojetado de forma apermitir que, somente as pessoas autorizadas aexecutar
Os pacotes irão mudarrotinas eprocedimentos e,será necessário "convencer" osusuários determinadas tarefas o possam fazê-la.
aalterarem sua forma de trabalhar. Toda pressa éavessa amudanças eaelas resiste. Se
tentarmos impor, seguramente irão acharproblemas ecomplicações detoda sorte, mesmo Assim, se definido que apenas os planejadores devem cadastrar equipanientos. somente eles.
onde não existiam.
através de senhas,poderãoacessaratelade manutenção e, os demais poderãoapenas utilizartela
de consulta.
c- Dificuldadesde corrigir"bugs"ou alterarrotinas
Contrariamente ao que ocorrequandodesenvolvemos nosso "soft",não teremos em mãos,
as informações necessárias para "entrarmos" no programa, visto que nenhum fornecedor 14.7.4 - Manutenção do sistema.
abre sua "caixapreta". Assim, nossos analistas de sistemas, se os tivermos, terão enormes Antes de adquirirmos um "soft", devemos acordar com ofornecedor, as fases eas bases de
manutenção do programa.
dificuldades parafazeralteraçõesoucorreções,tendoque"tatearnoescuro",podendoainda,
causar mais problemas doqueencontrar soluções. É absolutamente necessário, e deverá constar do contrato de compra, o limite de tempo de
Desse modo, dependeremos dadisponibilidade do fornecedor, suadisposição paraalterar atendimento, pelo fornecedor, parachamadas quando solicitado.
oproduto e,evidentemente, pagarmos o que forpedido. Deveremos tambématentarparaasuadisposiçãoem alterarrotinas. Não éincomum, após algum
tempo de operação, verificarque énecessáriomelhoraralgumas rotinaseincrementaroprograma.
Ajustá-lo a condições específicas denossaempresa.
14.7 - Compra do "Soft" de PCM —O que Analisar. Alguns fornecedores podem recusar-se amodificar oseu produto e, nesse caso, ficaremos com
Definido que iremos informatizar nosso planejamento, comprando um programa no mercado, um "soft" que não nos atende naplenitude desejada erequerida.
resta-nos agoraavaliaros produtos a nossadisposição.
Existemquestionários quetratam de mais de400itens que devem serobservados, onde paracada
empresadeveser dada maioratenção a cadaumdeles. 14.7.5- Adequação do "hardware" disponível.
Vejamos, então,algunstópicosa seremabordados: Casojápossuirmos ocomputador, éimprescindível verificar se o"software écompatível com
o"hardware", tanto em termos de capacidade de armazenamento de dados, como em ^
linguagem de programação do sistema operacional. Como exemplo, tentar rodar um soft de
14.7.1 - Operacionalidade do Programa. geração atual num antigo PC-XT de"clock" 4,7 MHz.
Entendemos poroperacionalidadedo programaoelencode facilidades que elepoderápropiciar.
Comoexemplo, umprogramaque paraselecionarsobressalente parauma O.S. numatela e, após 14.7.6 - Compatibilidade com os demais programas da
isso, tivermos que navegarpor várias telas paravoltaraO.S. não será muito funcional. Damesma empresa.
forma, julgamos o"soft" que, não permite consultaro"status"de uma O.S., via telade consulta.
Será, poroutro lado, bem mais adequado que osistema seja em tempo real do que "batch", isso Épossível que, no futuro, desejamos fazer um "link" entre nosso sistema de planejamento eo
sistema decontrole deestoques (almoxarifado), porexemplo.
porque, no primeiro caso, as informações assim que "entram" na máquina, jáestão disponíveis,
enquanto que no sistema "batch" há necessidade de atualização dos arquivos. Para isso énecessário que haja compatibilidade entre os dois sistemas. Se não tivermos tido o
cuidado emobservaresseaspecto, estaremos inviabilizandoaintegraçãodossistemase,perdendo
aoportunidade demelhorar bastante odesempenho denosso programa.
T

—.j—A Organização oPlanejamento eoControle da Manutenção Capítulo 14 - Sistemas de Controle Manual ou Iníormatizado | 125
Aquicabe a ressalva: nos "Softs" corporativosesteproblemajá vemresolvido. Oque deveremos 14.8.1 - Treinamento da equipe básica.
lembrar é que alguns "Softs" corporativos não tratam a função manutenção dentro dos critérios Chamamos de equipe básica ao grupo que deverá difundir osistema para toda aempresa.
necessários à Engenharia de Manutenção, Engenharia da Confiabilidade, etc. Esse grupo deverá ser composto por funcionários da manutenção, cobrindo todos os níveis
Algunsfazem apenas a contabilidade da Manutenção e não nos permitem ir além. hierárquicos de chefia existentes. São duas as razões para isso: aprimeira édemonstrar que o
sistema afetarátodos os níveis, que achefia, qualquerque sejasua posiçãonaescalahierárquica,
14.7.7 - Informações gerenciais disponíveis. irá participar. Osegundo motivo éode formar instrutores capacitados, em todos os níveis
hierárquicos, oque facilitaráo relacionamento instrutor/treinando.
Outro aspecto importante, a comparar entre os produtos ofertados, é aqualidade das informações
gerenciais que os sistemas oferecem, seja sob a forma de relatórios impressos, seja sob a forma Estaequipe deverásertreinadaexaustivamente pelo fornecedor de produto, de modoaconhecer
de consulta em telas.
todas as facilidades dosistema. Apósessetreinamentodeverão, no próprio local de trabalho, fazer
testes e simulações no programa.
Devemos analisar as informações disponíveis relativas ao gerenciamento de equipamentos, mão
de obra e custos.
Cada programa existente no mercado possui relatórios pré-defínidos que podem, porém, não nos 14.8.2 - Formação do Banco de Dados.
atender totalmente. O ideal seria o programaque permitisse ao própriousuário, a formatação do Será da competência da equipe básica, aelaboração de procedimentos gerais do sistema edos
relatório desejado. procedimentos para aformação do banco de dados.
Esses últimos deverão detalhar como será feito ocadastramento de equipamentos, os planos de
manutenção e aslistagens desobressalentes.
14.7.8 - Políticas e procedimentos adotados.
Todo programa de computador trás em si uma série de políticas e procedimentos que expressam
Terminados os procedimentos, cada área da fábrica deverá fornecer aquantidade de pessoas
a forma com que os autores encaram o planejamento da manutenção. Mostram a maneira como as necessárias para apreparação do cadastro dos equipamentos edos planos.
atividades de manutenção deve se desenvolver, no ponto de vista dos programadores. Éconveniente que essa equipe seja formada pelo supervisor ealguns inecânicos/eletricistas de
Alguns autores encaram que os dados da manutenção só à manutenção pertencem e, outros que
melhor nível. Eles serão treinados para essa tarefa pelo pessoal da equipe básica que, também,
supervisionarão seustrabalhos.
o acesso é livre para qualquer órgão da empresa. Essa é a política da transparência.
Outrapolíticaaserobservadaé adadelegação. Quem pode fazero quee até quais limites. Como
exemplo, citamos o da emissão de Ordens de Serviço. Somente o Planejador pode emiti-las? 14.8.3 - Elaboração de procedimentos gerais.
Também o Supervisor? Outra tarefa da equipe básica éade preparar todos os procedimentos do sistema, com vistas as
Verificando o que cada soft nos oferece; o que praticamos no momento; o que pretendemos atingir; treinamento dos usuários em geral e para registro do "modus operandi .
e o que a empresa nos permite teremos condições de definir quais os "Softs" que nos atendem ou
não.
14.8.3.1 - Treinamento do usuário externo.
Evidentementeestepassosóseránecessárioquandoa"transparência" dosistemaextrapolaraárea
14.7.9-Custos. de manutenção ou. quando os procedimentos da manutenção, de interface com outras áreas,
o custo final do produto será a soma das parcelas do custo do produto em si, mais o custo de sofrerem modificações pelaimplantação dosistema.
treinamento e mais o custo de sua manutenção.
Éuma tarefa árdua, adesefazer obalanço ocusto e asvantagens de cada sistema. Viaderegra, 14.8.3.2 - Treinamento de pianejadores e supervisores.
o mais barato é o mais simples e, portanto, aquele que nos trará menores benefícios. Portanto, o Cada um, em sua função dentro do sistema, deverá ter um treinamento aprofundado, tanto na
balanço custo X benefício é muito particular a cada empresa. operação das funções específicas, como nos procedimentos. Éconveniente que os supervisores
conheçam aforma como os planejadores desempenharâo suas tarefas.
14.8 - Implantação do
14.8.4 - Operação do Sistema.
Sistema de PCM Informatizado.
Emrada área,osistemadeveráentraremopers^ãodepoisdecompletadastodasasetapasjácitadas.
Umavez definida a compra do sofl,deveremosestar preocupados em comoimplantá-lo de um modo Não éconveniente operarmos parcialmente o sistema emuma área.
mais eficiente e rápido possível. Segundo nossa experiência, as atividades básicas para a
implantação de um sistema são as seguintes:
19fi I AOrganização oPlanejamento eoControle da Manutenção Capítulo 14 - Sistemas dejCOMtrole Manual ou Informatizado j 127

14.9 - Dificuldades na Impiantaçâo de um 14.9.6 - Falta de Informação.


Durante a preparação do banco de dados, além da ex[>eriência pessoal dos envolvidos na sua
Sistema Informatizado. elaboração, teremosque contarcominformaçõesdosistemamanual(seexistente),de manuaisdos
Emqualqueratividadehumana, alterações narotinaexistentegeramreações. Omesmosedaráao fabricantes, catálogos, desenhos, etc. Verificaremos que, na grande maioria dos casos, essas
implantarmos o sistema de planejamento computadorizado. informaçõesalicontidassãomuitofalhase que,abase paraos planos,seráaexperiênciadopessoal
Deveremosestarpreparadosparaelase, determinadosa fazercomqueo sistemafuncioneem sua já adquirida no equipamento.
plenitude. Paraisso,necessitaremos demuita paciência, tato,energiaecapacidade demotivação.
Nossa experiência, na implantação do sistema em empresas, mostrou uma séria de dificuldades 14.9.7 - Auto proteção de supervisores em estimativa
que cremos serem universais:
de tempo.
Énatural que,asestimar os tempos paraosserviços planejados, o supervisor, parasuagarantia,
14.9.1 - Retirada do Pessoal de campo. os superestimem. Com isso, na fase de execução, ele estará protegido contra algum imprevisto.
Ao necessitarmos criar as equipes para formação do banco de dados sentimos a resistência dos Se o planejador for experiente, isso poderá ser atenuado, mas, será mais uma razão para o conflito
chefes de manutençãoparaceder seupessoal,unscom maior,outros com menor intensidade. Neste entre eles. É preferível subdimensionar porque com o tempo iremos ajustando os valores reais,
caso temos que fazer prevalecer uma necessidadeda implantação do sistema, mesmo com certo enquanto que se superestimarmos o tempo, a tendência será a de "gastar" todo o tempo previsto
sacrifício da manutenção. que foi sobre estimado.

14.9.2 - Aversão do pessoal de campo 14.9.8 - Coordenação para treinamento.


em fazer "trabalhos de mesa". Em projetos de sistemas complexos, nos quais o número de treinandos é muito grande, a
Normalmente, supervisores, mecânicos eeletricistas, nãosedispõemcomboavontadedeexecutar coordenação dos treinamentos deve ser perfeita ou correremos o risco de reciclar parte dos
tarefas ditas "burocráticas". Por isso, ou tentam livrar-se do serviço rapidamente, ou ficam treinandos devido ao tempo transcorrido entre o treinamento e a operacionalização da área.
"marcando passo". Neste caso, a seleção cuidadosa do pessoal é fundamental.
14.9.9 - Medo do computador.
14.9.3 - Dificuldades de expressão escrita. Muitas pessoas, principalmente a nível de chefia, parecem temer o teclado de um terminal
Paraapreparação deplanos énecessário escrevê-los, obviamente. Deumaforma geral, hágrande ou microcomputador. Mais conhecido como "microfobia".
dificuldade daspessoas passarem paraopapelseuspensamentos. Daidecorrem osplanosàsvezes Provavelmente, o ato de operar um terminal faz com que eles sintam-se relegados a uma tarefa não
ininteligíveis,havendo necessidadede alguémque faça a revisão dos textos. intelectual, contraria ao "status" de chefe. Muitos se escudam na "perda de tempo" ou no "custo
de sua hora", devido a não saberem datilografia.
Essa atitude que é contrária à filosofiade agilização do sistema, fazcomque inúteis relatórios sejam
14.9.4 - Manutenção do moral face à demora dos resultados.
impressos, quando uma simples consultaresolveria suas necessidades e, ocupa outros funcioná
Mesmo nãohavendograndedemoraosresultados da implantação dosistemacomputadorizado, rios que poderiam estar realizando tarefas mais úteis.
levará um tempo para aparecer.
Nesse período os"abutres" virãotentando minar o moral dosdemais membros damanutenção e
outros órgãos daempresa. Paraevitarmos queelestenham sucesso, deveremos mantertodaaequipe 14.10 - Conclusão.
informadadas dificuldades existentes ereprimirenergicamente manifestações derrotistas. Em síntese podemos afirmar que:
O controle manual permite visão global, é de implantação mais econômica e aceita menor
14.9.5 - Conflitos entre planejadores e supervisores. envolvimento do pessoal para implwtação. Massó use se a suaempresa for muito pequena. Poucas
máquinas. Ainda assim se a empresa crescer, você deverá informatizar. Porque não iniciar já?
Principalmente, setivermos adotado apolíticadefortalecer oplanejamentocompessoal experiente,
fatal menteocorrerão choques deopinião entre elese ossupervisores que, normalmente, imaginam O controle informatizadopermite simplicidade operacional, permite levantamento de dados para
oplanejador como umintruso emsuaáreaealguém quelheestá"roubando" a liberdade deação. uso na empresa como um todo, é muito mais confiável e acima de tudo, é de uso mais amplo na
Esse problema nãoselimita à fase deimplantação, mas, entrafundo nadeoperação dosistema. empresa, pois integra diversas áreas da empresa.
Paraqueoplanejamento sefirme, énecessário darapoio irrestrito aoplanejador, mesmo queisso
sacrifique algum bom supervisor.
Capítulo 15

Seqüência de Implantação
da Manutenção Preventiva

15.1 - Resumo.
Nestecapítulo faremos umestudo sobre aseqüênciadeeventos quenormalmente ocorrem quando
sepretende montar umsistema dePlanejamento e Controle deManutenção, sejaelemanual ou
informatizado.

15.2 - introdução.
Sevocêdecidiu implantarumsistemadePlanejamento eControledeManutenção acomputador,
você poderá seguir a seqüência abaixo:

15.3 - Definição de suas atribuições.


Estabeleça e documente o quea empresa esperaoudesejaquevocêe suaequipefaçam. Defina
o seu dia a dia e que fará periodicamente e esporadicamente.
Isto deve ser feito cuidadosamente. Na parte de codificação e montagens de tabelas deverá haver
umcódigoparacadatipodeatividade quevocêdesejadocumentareapurareveriücarcomoequanto
está sendo feito cada atividade,
Você deve indicar na O.S. tudo o que está sendofeito e as atividadesdiferentes de sua função
principal, ouseja,parafazer umbomcontroledemanutenção, todas astarefas demanutenção devem
ser cuidadosamente apuradas.
Defina aqui, também,as tarefas terceirizadaspara facilitaro controle, mais adiante.

15.4 - Procedimento para com os equipamentos.


Aqui trataremos rapidamente sobre o que fazer e como proceder com os equipamentos.
130 I ^ Organização oPlanejamento eoControle da Manutenção Capítvdo 15 —Seqüênáa de Implantação üa-Manutenção Preventiva 131

A isto chamamos montar o Programa de Manutenção Preventiva Sistemática.


15.4.1 - Identificação dos equipamentos.
Para que um programa de manutenção preventiva sistemática seja implantado deve-se definir a
Aidentificação dosequipamentos é partefundamental da montagem de umSistemade Planeja seguinte seqüência:
mento e Controle de Manutenção,sejaele manualou automatizado em qualquer grau, para que o
sistemareconheça sobreo quenósestamos trabalhando. Paratantodeveremos estabeleceralguns
critérios para esta identificação. 15.5.1 - Classificação dos equipamentos.
Os equipamentos deverão ser classificados dentro de sua importância operacional. Será usado o
15.4.2 - Estabelecimento de critérios de codificação. critério de prioridade na implantação para os equipamentos mais importantes no processo. Aqueles
que não podem falhar ou onde a falha ou a indisponibilidade causará maiores problemas, e em
Enquanto osdados estãosendo levantados eenquanto asfichas estãosendo projetadas eantesde seqüência estender o estudo para todos os demais que existirem, usando o critério de importânci a
serempreenchidas, deve-se paralelamenteprojetar umsistemadecódigos paraqueosdadossejam da função que ele desempenha, como ensinado pela RCM ou pela Manutenção Centrada em
devidamente colocados no banco de dados do computador. Confiabilidade.
Devehaverprevisão de códigos paratodas as atividades de manutenção; códigos paratodosos Naparte onde estudamos as prioridades de atendimento, está colocada uma análise bastante grande
equipamentos queserãoatendidos, códigos paraasInstruções deManutenção ouProcedimentos sobre como classificar os equipamentos dentro de sua importância no sistema produtivo.
de Manutenção, paraos locais atendidos, paraapropriação contábil, etc.
Este assunto está bem detalhado no capítulo referente à codificação.
15.5.2 - Criação dos Procedimentos de Manutenção.
Os Procedimentos de Manutenção deverão ser elaborados sempre que necessário e a descrição das
15.4.3 - Montar um sistema de cadastramento de tarefas nos auxiliará no levantando da necessidade de sobressalentes para o correto aprovisiona-
equipamentos. mento e alocação de recursos financeiros, materiais e de espaço para a guarda.
Este item está bem discutido mais adiante em capítulo a parte, sobre cadastro, onde também O assunto sobre a elaboração do Procedimento de Manutenção está bem documentado adiante no
discutimos o assunto de cadastramentode equipes, pessoas, seções, das PMP, das atividades que capítulo sobre Procedimentos de Manutenção, onde chamaremos atenção as necessidades e dados
não são manutenção, e etc. mínimos para a elaboração do PMP.
Eistotudoparaqueocomputador, comcadacódigobemplanejado e montado, possareconhecer
cada um destes diferentes itens.
15.5.3 - Criação do Programa Mestre de Manutenção
Preventiva.
15.4.4 - Levantamento de dados e montagem do cadastro. o programa Mestre de Manutenção Preventiva é o passo seguinte e deverá sempre ser iniciado
Depois dopassoacima, o sistemadeveráseralimentado comdadosdosequipamentos quedeverão pelos equipamentos classe "A" ou equipamentos com Impacto Direto na Produção ou "Dl", seja
ser recolhidos na área, em fichas apropriadas que deverão ser projetadas no passo anterior, e que em qualidade sejaem quantidade, ou seja, aqueles equipamentos que possuem grande reflexo no
deverãoser preenchidasnas áreaspelo pessoalde PCMou da própriaárea. desempenho do sistema.

15.4.5 - Levantamento dos dados de sobressalentes. 15.5.4 - Adequação ou Projeto do documento "Ordem de
Umapesquisanoalmoxarifado, umabuscanosmanuaisdosequipamentos deverámostraro que Serviço".
existe e o que falta para que as tarefas de manutenção sejam executadas com todo o material Neste passo espera-se que você verifique se os impressos em uso como Ordem de Serviço
necessário, com qualidade e conforme planejado. poderão ser usados, mantidos ou refeitos. Existe um capítulo adiante que trata sobre Ordens de
Os materiais e sobressalentes aqui encontrados deverão ser inter-relacionados com os equipamen Serviço.
tos existentese com as Instruçõesde Manutençãoque serão criadas em uma etapa posterior.

15.5 - Implantação da Manutenção Preventiva.


Como você já montou as tabelas básicas, agora é preciso iniciar a programação das tarefas
sistemáticas que devem ser cumpridaspara a correta preservação dos equipamentos.
•3^

-^32—I—y^rgaitização oPlanejamento eoControle da Manutenção Capítulo 15 - Seqüênda de Implantação da Manutenção Preventiva | 133

15.6 - Procedimento para com os clientes. 15.8.1 - Implantação do Registro de retorno de informação.
Nesta etapa será definida qual a informação deverá retomar para o sistema de processamento de
Além dedefinira seqüência dosprocedimentos paracomos equipamentos, vocêdeverádefinir dados e como ela será retomada; definidos quais os códigos que serão usados e como serão
procedimentos paracomseusclientes.
introduzidas no sistema de processamento de dados; definido quem será responsável pela digitação
de retomo.
15.6.1 - Definição de treinamento dos usuários do PCM Aqui será defínido se será usado cartão de tempo ou se haverá a indicação do Hh usado em cada
informatizado. uma das O.S. no próprio corpo da O.S.
Aqui você definirá e explicitará quais ascompetências mínimas necessárias para osusuários do Este retomo será definido para todas as Ordens de Serviço que forem abertas, pois, por hipótese,
sistemademanutenção, emconcordânciacomoquefoiestabelecidonoseuManual deOrganização todos os trabalhos apenas serão executados por Ordens de Serviço já abertas.
da Manutenção. Aceite que ocorrências de atendimentos de emergência serão iniciadas imediatamente enquanto a
O.S. está sendo aberta ou que na pior situação será registrada após o atendimento. Isto quer dizer
que sempre haverá uma O.S. para registrar e documentar cada serviço executado.
15.6.2 - Definição de Relatórios.
Neste passo, você definirácom osseus clientes como serão osrelatórios quevocê fornecerá, quais
asinformações queseus clientesnecessitam, bem como, dequemodo seus trabalhos serão medidos 15.9 - Definição dos responsáveis.
eavaliados, nãosósobreo pontodevistadeCustos,mastambémsobretodososdemaisparâmetros Aqui serão definidos os responsáveis pelos procedimentos para que o sistema de manutenção e
queforem julgadosadequados pelaempresa paramedira performance da manutenção. a manutenção atinjam suas metas.
Você e os usuários do sistema informatizado de manutenção deverão definir como serão Serão definidos os responsáveis pelas ações corretivas que deverão ser tomadas em casode desvios
formatados estesrelatórios, seserãoporescritos, emdocumentos físicos, ouseestarâodisponíveis de valores estabelecidos de índices e de metas.
apenas emtelas decomputador, seestarão disponíveis paratodos ouapenas paraalguns escalões
mediante senhas adequadas.
Emnossolivrosobre Indicadores e índicesdeManutenção estudamos os critériosde avaliação 15.10 - Revisão das
dodesempenho das equipes,da mãode obrae da performancedosequipamentos, combase nas Atribuições da Manutenção.
modernas teoriasdaqualidade,comalgumarecomendação sobrequetipodeinformaçãodeveser
enviado para cada cliente ou usuário do sistema. Éfundamental queagora você verifique eredefina quais sãoastarefas aexecutarparatercerteza
do que será controlado e o que não será controlado.
Não se esqueça de incluir um modo de controle de tarefas terceirizadas.
15.7 - Implantação do Registro das Manutenções
Corretivas. 15.11 - Adequação do Organograma.
Nesta fase você deverá estabeleceros procedimentosque serão usados para registro de pedidos Usualmente ao se fazer um estudo e em casos de mudanças na estrutura da empresa deveremos
de manutenções corretivas. sempre verificarse paratomara implantaçãoefetiva^veremos fazer alguns ajustes no organograma
Estabelecer os procedimentos de registro de outras tarefas que não estejam dentro do programa para que tudo fique bem definido. Agora, jádeflnimos as atribuições da manutenção, jásabemos
demanutenção preventivaqueestádentrodosistema, masquetratamsobreequipamentos queestão quem fará algumas tarefas e quem deverá controlar, jásabemos se vamos ter uma Seção de PCM
ali dentro do banco de dados e já cadastrados e codificados. ou as tarefas serão distribuídas pelos encarregados, etc.
Você deverá estabelecer como será a interface com eventual prestador de serviços. Verifique se o organograma da manutenção é compatível com as atividades a serem executadas.

15.8 - Definição dos Controles. 15.12 - Comentários.


Nestaetapa você definirá quais serão as ferramentasque o sistema viabilizará para cada usuário Não existe receita de bolo para esta parte. Os ajustes deverão ser feitos conforme aparece a
e como ele poderá interferir nos procedimentosem curso se é que poderá, para que as metas sejam necessidade.
atingidas, e sobre quais resultados, você, como Gerente ou Supervisor, é responsável. Estejaatento.
Capítulo 16

Atribuições da Manutenção

16.1 - Resumo.
Nestapartedesteestudo convidamos vocêadocumentarquaisastarefas eatribuições queaequipe
demanutenção executa, paraqueesteestudo sejausado nodetalhamento e nodimensionamento
dos quadros e descrição das tarefas da manutenção.
Todasas atribuições e expectativas dos clientes, aprovadas pela administração deverão estar
descritas com seus códigos no Manual de Organização da Manutenção.

16.2 - Introdução
Emtodaaimidade fabrilaManutenção é umaprestadoradeserviços,e deveprestarseusserviços
de uma maneira ordenada e eficiente. Mas nem tudo o que se faz é propriamente manutenção
industrial e existem muitas atividades que devem estar definidas, se pretendemos estabelecer um
bom programa de Planejamento Programação e Controle de Manutenção.
Conformejá vimos,o Dicionário do Auréliocita: "manutenção-(1) ato ou efeitode manter-se;
(2) as medidas necessárias para a conservarão ou a permanência de alguma coisa ou de uma
situação: (3) os cuidados técnicos indispensáveis aofuncionamento regular e permanente de
motores e máquinas". Aurélio (1999).
Ou ainda: "todas as ações, tanto técnicascomo administrativas, que visem preservar o estado
funcionalde umequipamentoou sistema,ou pararecolocaroequipamentoou sistema de retomo
a um estado funcional no qual ele possa cumprir a sua função".
Mas,alémde tudo,existemoutrasatividadesquedevemserefetuadase coordenadaspelaequipe
de manutenção que não estão descritas acima, mas que não podemos esquecer.
Nãoesqueça: cadaumadesuasatividades oudesuasatribuições deveterumcódigopararegistro
destaatividadeno computador. Deveser feitoassimpara que, senecessário,se consigalevantar
aqualquerépoca, pelocódigo, quantodecadaatividadefoi efetuadano anoouemqualquerperíodo.
Pode-se levantar ainda o custo de cada uma delas.
1

136 I ^ Organização oPlanejamento eoControle da Manutenção — - Atíbuições da Manutenção 137

Estescódigos, comoaqui indicado, devemestarregistradosno seu Manualde Organizaçãoda 16.4.1 - Serviços de apoio.
Manutenção na parte "PCM". Sãoserviços feitos pelopessoal demanutenção visando melhoria dascondições desegurança; de
Os indicadores a serem calculados em conseqüência, devem estar descritos na parte "Avaliação trabalho, atendimento a outros setores não ligados à produção (redes de iluminação intema,
da Manutenção" com suas fórmulas registradas e modos de cálculo. confecção deplacas, montagem deequipamentos parafestas natalinas eoutras solenidades, apoio
a programas de segurança, etc.).

16.3 - Atribuições básicas.


16.4.2 - Novas instalações.
AsatribuiçõesbásicasdaManutenção, listadasnaordemcmqueapareceramnahistóriae que foram
registradas, são; São os serviços feitos pelo pessoal de manutenção para instalação de novos equipamentos;
modificação deequipamentos, substituição deequipamentos poroutros mais modemos; testes de
aceitação deequipamentos, e alterações dadisposição física dosequipamentos nasofícinas.
16.3.1 - Fazer Manutenção Corretiva.
ManutençãoCorretivaé aquelaquedeve ser feitaquando o equipamentojá não mais executa a sua 16.4.3 - Treinamento interno.
função ou suas funções. Ocorreu uma falha e o equipamento está em pane.
São atividades que o pessoal de manutenção executa, dá, fomece ou recebe, com o uso de
instrutores selecionados entre os empregados ou contratados externamente para vir ao local de
16.3.2 - Fazer Manutenção Preventiva. trabalho. Nãodeve ser considerado treinamento interno aqueleque é fornecido com o empregado
ManutençãoPreventivaéaquelamanutençãoque fazemosno equipamentoque ainda executa a sua afastado do local de trabalho, porque o empregado não está disponível de imediato para a
função ouassuasfunções. Oequipamento podeestarcompequenodesviodesuacondiçãoótima, instalação fabril.
mas está dentro de suas especificações.
16.4.4 - Trânsito de pessoal.
16.3.3 - Fazer Manutenção Preditiva. Éo tempo despendido pelopessoal demanutenção com o deslocamento depessoal próprio para
Manutenção preditivaéatarefade medirparâmetros nasmáquinas, deinspecionar, deacompanhar, atendermanutençõesemlocaldistante dabasedamanutenção. Istoacontece emalgumas empresas,
de verificar seus ajustes, tanto por meio dos cinco sentidos como por meio de instrumentos como navegação marítima, empresas ferroviárias ourodoviárias, etc. Énecessário definireste tipo
auxiliaresquepodemestarmontados permanentementenosequipamentos ouseremportáteispara de atividadeparaqueaoserlevantadoocustodamanutenção as despesasdedeslocamento sejam
leituras periódicas dentro da necessidade do momento ou de uma programação prévia, em rotas alocadas como tal e se saiba o que é mais barato: ter pessoal próprio ou contratar, além de permitir
predeterminadas e executadas. comparação com equipes diferentes que não se desloquem.

16.3.4 - Minimizar o custo destas manutenções. 16.5 - Outras tarefas.


o custodos trabalhosde manutençãoéumaconseqüênciade como^sãoexecutados edecomo são Além do que foi descrito nos itens anteriores a equipe de manutenção, a depender da empresa,
planejados e control^os, executados na melhor época, e etc. conforme nos tem sido relatado repetidamente em sala, é também solicitada a fazer:
O DicionárioAurélio(2003)informaque "Custoéo quedeve serdespendidopara seobter aleo".
O que queremos obter é o retomo da máquina para as condições em que pode desempenhar sua 16.5.1 - Especificar e selecionar novos equipamentos:
função
Entre as diversas equipes existentes numa unidade industrial, fabril, predial, ou outra qualquer,
No nosso caso o custo é o de recolocar a máquina de retomo à sua função. normalmente a equipe de manutenção é a que tem a melhor vivência com equipamentos e
conhecem os pontos fracos e fortes dos equipamentos instalados, problemas de sobressalentes
16.4 - Atribuições compiementares. e de atendimentos pós-venda. Com isto a empresa terá oportunidade de incluir nas especificações
pequenos detalhes que mais tarde farão uma grande diferença na disponibilidade, na
Aqui vamos tratar de outras atividades que executamos no dia a dia. Foram registradas com a manutenibilidade e na confiabilidade do equipamento, como por exemplo, facilidades para
colaboração de diversas pessoas em sala de aula: manutenção, modularização, etc..
da Manutenção 139
-f38—I—^-Organização o Planejamento e o Controle da Manutenção

Emempresas de grandeporte isto nãoserá possível devido à existênciade equipes especializadas,


16.5.2 - Acompanhar as construções e montagens de mas em empresas de pequenoe médio porte isto não só é possível como é um item mandatório.
equipamentos.
Usualmente quem efetua a montagem de equipamentos são empresas externas. Embora a 16.5.6 - Previsão de consumo de sobressaientes.
montagem nãosejaumaatividade demanutenção, semprequepossível deveremos usaraequipe
Em empresas de pequenoe médio portee em empresasem fasede instalaçãoé desejável que quem
demanutenção paratercertezadequeoequipamento queestásendo montadoe construído dentro
for indicar a quantidadede sobressalentese, indiretamente,a quantidadede capital empatado, seja
dos critérios vigentes da empresa.
quem tem vivência com o assunto.
Este procedimento de acompanhamento reduzirá as probabilidades de futuros problemas de
No caso de sobressalentes de manutenção, quem deverá sabero que é necessário na empresaé quem
manutenção por deficiências de montagem, pormá interpretação dospadrões de qualidade da
normalmente os utiliza e retira do almoxarifado.
empresa e outros.
Em empresas de pequeno porte, existe apenas o almoxarifado da manutenção, onde se estoca os
materiais de uso diário. Neste caso o pessoal de manutenção deverá estar treinado para estabelecer
16.5.3 - Modificar os equipamentos existentes. níveis de reposição adequados e controlar as ordens de compra e de reposição.
Com aevolução da tecnologia, com problemas de fabricantes saindo do comércio enão m^s Em empresas grandes,onde existemequipes especializadas,normalmente quem toma conta destes
fornecendo sobressalentes; alteração na linha de produtos da empresa; para melhoria de níveisé a própriaequipede Material,que deveriasolicitar,em algunscasos, àequipe de manutenção
confiabilidade, de disponibilidade e da manutenabilidade pode ser que exista necessidade de para estabelecer ou sugerir os níveis seguros, dentro da exfieriência de cada equipe.
modificar um equipamento.
A manutenção deve ser chamadaparaopinare ajudara desenvolver a modificação.
16.5.7 - Especificação para compra de novos
Em muitas ocasiões a melhor executante será a própria equipe de manutenção.
sobressalentes.
Dentrodos critérios vigentes de parceria,o operador do equipamento deverá ser chamado a
Em conseqüênciada necessidade de prever o consumo de sobressalente, a equipe é freqüentemente
informarcomoa máquinaserá melhorparao operadore usuário,participarda tarefae trabalhar
solicitada aespecificaros sobressalentes, principalmente no início de funcionamento daempresa.
junto,poisistolhedaráummelhorconhecimento donovoconjuntocomresultados maispositivos
no futuro.

Sepossível, evitequeooperadorsejadeslocado paraoutrastarefasnaunidade enquanto amáquina 16.5.8 - Fabricar sobressaientes e peças.


está sedo modificada. Faça com que ele participe. Isto acontece em empresas que tem dificuldade de obter algumas peças e possuem oficinas com
capacidade de fabricar. Normalmente as oficinas de manutenção possuem máquinas operatrizes
para ajustes finais de peças. Quando existe alguma deficiência de previsão de consumo de
16.5.4 - Efetuar inspeções reguiares sobre o funcionamento
sobressalentes elas são resolvidas com a fabricação de peças no local, com todos os inconvenientes
dos equipamentos. e vantagens que isto pode ter.
As inspeções que em alguns casos são chamadas de "SURVEY", que devem ser feitas sempre
em conjuntocom o pessoaldeoperação.Toda a rotina e todasas tarefasexecutadasdurante uma
"SURVEY" devem ser combinadase documentadasem manuaisouprocedimentosdocumentados 16.5.9 - Manutenção e conservação de sobressaientes
conforme os padrões de qualidade e certificação existente na empresa. guardados em aimoxarifado.
Se houver equipe de garantia da qualidade, um membro da qualidade deverá estar presente como o usual é que os sobressalentes sejam guardados em locais adequados e mantidos por equipes
umaespéciedeauditorpararegistrar, documentardentrodoexigidopelasnormas,certificareemitir próprias. A equipe de manutenção deveria cuidar apenas de manter a unidade funcionando. Mas,
documento de certifícação e validação do serviço executado e do estado do equipamento. assistir sobressalente sendo avariado devido guarda inadequada, devido à estocagem indevida é
Não confundir esta inspeção com as inspeções de manutenção. muito difícil, sem se envolver e ajudar na melhoria de métodos de estocagem.

16.5.5 - Inspeção técnica no recebimento de 16.5.10 - Reparar componentes e peças.


sobressalentes. Dentro do mesmo critério estabelecido acima, é adequado que alguns sobressalentes reparáveis
sejam reparados ao invés de serem descartados. O melhor, devido a controle de qualidade é que
Em diversos casos, sobressalentes de difícil obtenção devem ser aceitos pelo órgão de material este reparo seja feito por equipe externa, mas por controle de custo ou por ser a única alternativa,
apenas após a verifícação e aceite do usuário, que na maioria das vezes é a manutenção, para evitar o reparo às vezes é efetuado por equipe interna.
que algum detalhe importante seja esquecido.
—j 'A~Organização oPlanejamento eoContmle da Manutenção Capítulo~36—Aiabuições da Manutenção 141

16.5.17 - Operação de serviços de utilidades.


16.5.11 - Especificação para compra de sobressalentes de Em diversas unidades fabris, prediais, hospitalares, e na maioriadas empresas de médio e pequeno
máquinas novas. porte, por questões de custo e de limitações de quadro não se cria uma equipe especial para isto,
Em conseqüência daatividade deespecificarmáquinas novas edanecessidade defazer previsão mas atribui-se à equipe de manutenção a tarefa de executar estes trabalhos.
ou estimativa do consumo de sobressalentes. Afinalé apenas maisuma atribuiçãoparaa equipe,masque deverátero custoapuradoem separado
para que se possa saber o custo real desta operação, da manutenção destes equipamentos, e de suas
16.5.12 - Estudo de padronização de materiais e outras tarefas relacionadas.

sobressalentes. Custode manutençãoé umacoisae custosde operaçãodeequipamentosporpessoalde manutenção


é outra coisa.
Em conseqüência danecessidade deeconomiaedas obrigações deespecificar máquinas novas,
amanutenção 6solicitada aescolher epadronizar alguns sobressalentes edeestimar consumo.
16.5.18 - Transporte e manuseio de matérias primas da
16.5.13 - Execução de obras novas. empresa.
Como aequipe demanutenção normalmente 6aprimeira aserlembrada pararesolver pequenos Em algumas empresas em que a matéria prima chega por bateladas e é necessário operar
problemas,elanormalmenteéaprimeiraaserlembradaechamadapararesolverproblemasde obras equipamentos especiais, pode-se atribuir a tarefade operaçãodestes equipamentos à manutenção
novas e até instalações novas. e após as tarefas de operação, destinar à mesma equipe as tarefas de manutenção. Isto quer dizer
que para a própriaequipe que fará a manutenção deve-se atribuir a tarefa de operar, ]X)rque se evita
Dependendodotamanhodaempresa, melhorseriaterceirizarestapartedo serviço, mas comalguém
a contratação de mão de obra especializada para operar esporadicamente equipamentos.
da manutençãofiscalizando.
Sefortrabalho deparceria, melhorentão éentregartudo aocontratadoeaofinal receber tudo (tum-
key), incluindootreinamentosobre aunidade, mas sempre com inspeçãodepessoas experientes 16.5.19 - Descrever e documentar as instruções de
que trabalhem na empresa. Manutenção e as Rotinas.
Dentro das novas filosofias de trabalho e de envolvimento em tarefas, o melhor e mais habilitado
16.5.14 - Instalação de equipamentos novos. paradescreveras tarefasde manutenção e oscuidados quesedeveterparaexecutá-laé o próprio
executante de manutenção assistido pelo seu supervisor.
Ainstalação de equipamentos novos deveria ser feita pelo fornecedor, mas em diversos casos é
feita pelaequipede manutenção. Normalmente, nestes casos ocusto de instalação não éapurado Istofarácomque se descrevamastarefasparaquesejamexecutadasde ummodoseguroeeficiente,
enão sesabequanto maisbaratooumais caro ficou ainstalação, comparandocom ouso depessoal para que novos contratados possam saber com facilidade o que era feito e como sempre foi feito.
externo paraamesma tarefa de instalação. De positivo sempre sobraotreinamento daequipe de Serve de treinamento para o executanteque descreve a tarefa e base de execução para os novos
manutençãoque efetuou a montagem. trabalhos.Usualmenteosexecutantesnãogostamdedescrever,masé algoquedevesertrabalhado.

16.5.15 - Estudos de novos métodos de manutenção. 16.5.20 - Acompanhamento e melhoria de métodos de


Esteitemdeveria serobrigatório emtodaa equipe de manutenção, aindaqueapóstreinamento trabalho na segurança do trabalho.
externoe comconsultoria externa, paraevitarquese caiaemumarotinapoucoprodutivae que Tarefaque deveriaser obrigatóriaparatodoo profissional, não apenaso de manutenção. Todos
nãoacrescente nadade novo.Novosmétodosdevemsempreser buscados.Novasidéiasdevem deveriamparticipardejornadassobrecomotrabalharcommais segurança e produzirmelhor.
sertestadas. Novos procedimentos analisados. Não estagnardeve sempre seroideal e uma meta
de melhoriassempredefinidae buscada.
16.5.21 - E mais algumas outras atividades que sempre
16.5.16 - Seleção e recrutamento de pessoal próprio e aparecerão.
Evidentemente para tudo isto a manutenção deve estar organizada e preparada. Na parte
contratado. Organização da Manutenção discutiremos o assunto sobre como organizar-se para ser mais
Comistoestamos dizendo queo pessoal demanutenção devesempre opinarsobrequemvaiser eficiente.
admitido para aequipe. Élógico que oDepartamento dePessoal deve serresponsável pela parte
legal eburocráticadaadmissão emsi,mas apalavra final sobre "quem seráadmitido" deve serda
equipe onde o que estásendo admitido irá trabalhar, neste caso, a equipe de manutenção. A
entrevistacomos supervisores deveser itemobrigatório em um processode admissão.
• Il-U

~Í42 I A-Orgamzação oPlanejamento eoControle da Manutenção

16.6 - Indique quem fará as atividades Capítulo 17


de pianejamento e controie.
Estatarefapodeedeveserfeitapelamanutenção aindaquesejacriando umórgãoespecial dentro
dela própria, órgão este que chamaremos de PCM, ou seja. Planejamento e Controle da
Manutenção, ondealguns preferem chamardePPCM (Planejamento, Programação eControle da
Manutenção).
O uso da informática tomou mais simples esta tarefa e é possível que até os executantes,
devidamente treinados façam a realimentaçãode dados.
Se vocêentenderque as tarefasde planejamento devamserexecutadaspelos supervisores,faça Cadastro
a adequação do organograma.
Se as tarefasde PCM serão executadas por pessoalespecializado numaseção especializada, então
retireestas tarefasdas tarefasdosencarregadose supervisores.Estas atribuiçõesdevem estar bem
definidas e corretamente atribuídas dentro de sua empresa.
Emalgumas empresas astarefas dePCM sãoexecutadas emambiente externo à manutenção, às
vezesemconjuntocomo PCP(Planejamento e Controleda Produção). Ou seja,existeum órgão
de Planejamento eControle queefetuaoplanejamento econtroledasatividades daproduçãoe da
manutenção ao mesmotempo. Istoajudaadisciplinar asequipesparaquecadaumcumpracom 17.1 - Resumo.
sua parte,e comistoos objetivos e metasda empresasejamatingidos. Nestapartediscutiremos sobreolevantamento que deve serefetuado, sobreorecenseamento que
deveserexecutado. Ocadastramentoé efetuadocomoconseqüênciadestelevantamento, paraque
16.7 - Conclusão. sepossa saber em quais osequipamentos deveremos prestar nossos serviços.
Aequipedemanutenção motivadapodeserusadaparaqualquertipodetrabalho dentrodaempresa,
comoos descritosacimae paraoutrosqueeventualmente apareçam. Bastapara istoque lhe seja 17.2 - Introdução.
fornecido treinamento eorientação. Masnãoesqueçadequeexisteumcomponente motivacional
Paraque saibamos oque devemos fazer em umaempresaou organização épreciso que saibamos
que deverá sempre ser usado.
dequais osrecursos dispomos e quais são astarefas que devemos fazer.
Paramontar um bom programadePlanejamento eControle deManutenção, são necessários que
sesaibamquais osequipamentosque existemnaempresa. Sevocêjátrabalhanaempresaháalgum
tempo, provavelmente jáconhece amaioria dos equipamentos existentes. Neste caso você já
conhece opessoal de manutenção, oorganograma daempresa equem éque éresponsável pelas
máquinas naprodução. Comcerteza, vocêjásabequais osequipamentosque existemnaempresa
evocênãoprecisaresolverquais equipamentosdevemtertratamentoprioritáno. Vocêjásabequais
são os equipamentos mais importantes.
Senós formos usarumcomputadorequeremos queoprogramaconsidere todos osequipamentos
importantesénecessárioqueselistemtodos osequipamentosexistentesedeveremos, comomelhor
solução, fazer um levantamento geral de todos osequipamentosexistentesnaempresa, paramais
tarde indicaraoprogramado computadorquais osque são mais importantes paraque recebam um
tratamento diferente: darmais atenção aeles. Vocêdeverárelacionarastarefas etrabalhos que são
importantes e quedevem serexecutados nestes equipamentos.
Vocêdeveráfazerestelevantamento detalhado dosequipamentos existentes e formar umbanco
ded^os emfichas ounocomputadorparaque, quando oprogramademanutenção forcolocado
emfuncionamento sejapossível relacionar astarefas aseremexecutadas com osequipamentos a
serem mantidos ecom asperiodicidades necessárias. Sefor com ouso deum computador, isto
será mais fácil, pois ocomputador inter-relacionará com mais facilidade estes dados.
144 AJDtgaiúzação o Planejamento e o Controle da Manutenção
Capítulo 17 —Cadastro | 145

Assim, com este levantamento, você terá então uma listagem de todos os locais físicos onde os para obter as informações mais usuais ecorriqueiras, ou seja, os dados que necessitamos no dia
equipamentos estão instalados e ainda mais, uma listagem de todas as Seções que usam os
adiaequeeventualmenteserãonecessários parauso emum programade planejamentoecontrole
equipamentos ou que são responsáveis pela produção que eles devem entregar. Você deverá juntar de manutenção por computador.
a isto à listagem de todo o seu pessoal e de suas especialidades. Você deverá ainda listaras tarefas Lembre que adquirirum "soft" você deverá verificarquaisas necessidadesdo "soft" paraque ele
quedevemserexecutadase descrevê-lasdamelhor formapossível.Depossedainformação,"qual funcione a contento, ou seja, quais os dados dos equipamentos deverão ser fornecidos ao
máquina", "onde ela está", "qual a seção responsável por ela", "qual o serviço deverá ser feito", computador paraqueo programa possafuncionar.
e de quem deverá executá-lo, você possui bastante informação sobre para iniciar sua tarefa de Deveremos, então, para efetuar o levantamento detodas asmáquinas existentes naempresa,
manutenção. Onomedetodaestainformaçãoassimcoletadaé umcadastroqueéumbancodedados concentraralgumtempo noplanejamentode como seráefetuadoonossobancode dados, de como
e é coletada dentro de um processo chamado cadastramento. será desenhada a ficha ouo formulário onde serão anotados osdados e valores que julgamos
importantes.

17.3 - Definições de cadastro:


Conforme o Dicionário do Aurélio
17.3.2 - Cadastro de pessoal.
Nn cflsn de nessoas nue trabalham em manutenção, vamos usar uma adaptação da definição
"Cadastro é um censo, um recenseamento", no significado 2.lá existente.
acima:"
Devemos supor que este censo ou recenseamento seja feito de forma organizada e metódica e
convenientemente registrada, catalogado e arquivado.
''Cadastrodepessoal demanutenção éum bancodedados com oregistro detodos osdados
necessários sobre as pessoas quetrabalham na manutenção, para quesepossa saber, de
Como já dissemos, vamoscadastrar (fazer o censo, o recenseamento), relacionar todas as variáveis modo rápido, todas asinformações que eventualmente senecessite".
queprecisaremosparaque se possatrabalharbeme organizadosem nossotrabalhode manutenção.
Este cadastrode pessoal deverá reunirtoda ainformação sobre oseu pessoal que você necessite,
Vamosmontaronossocadastrodetudoo queinteressaà manutenção: osequipamentos; aspessoas como por exemplo: nome, endereço, telefone, data de nascimento, outros dados familiares,
queali trabalham; as tarefasa seremexecutadas; as seçõesondeprestaremos serviços;as nossas formação escolar,datade«imissão,tipodamãodeobra,especialidade,cursosetreinamento,dados
seções; os códigos de custos porventura já existentes e o que mais o nosso "soft" especialista salariais, etc.
necessitar para seu correto funcionamento.
Se for paraumprogramade PlanejamentoeControlede Manutenção, alguns dosdados acimaserão
Coloco a seguira definição existente noDicionário deTermos deManutenção; desnecessários para que oprograma funcione bem, mas você deverá verificar oque épossível
CADASTRO —(1) - Ato ou efeito de cadastrar. (2) - Registro de informações relativas a colocar neste tipo debanco de dados para que, com rapidez sepossa saber oque eventualmente
determinadas áreas. Cadastro bancário, cadastro de clientes, cadastro de automóveis, etc. se necessite.
Neste cadastro deverá ainda constar quem poderá atualizar dados nosdemais cadastros, através
17.3.1 - Cadastro de equipamentos. desenhas, quempoderálançardados emordensde serviço,quempoderáalteraroProgramaMestre
de Manutenção, etc.
Nocasodeequipamentos,nonosso mundo demanutenção, vamos usaradefinição aseguir, que,
por ser mais completa e voltada para nosso meio nos ajuda a entender melhor:
"CadastrodeEquipamentosdeManutençãoéumbancodedadoscomosregistrosda maior 17.3.3 - Cadastro de tarefas de Manutenção.
quantidadede dados sobre o equipamento, através de formulário padronizado e arquivado No caso de tarefa.s a serem executadas, vamos definir do seguinte modo:
de forma conveniente,possibiliteo acessorápido a qualquer informação necessária para Cadastro de tarefas deManutençãoé um bancodedados,ou um conjuntode folhas, onde
manter, comparare analisarcondições operativas,sem queseja necessário recorrer a fontes estão descritas as tarefas que a manutenção deve executar durante o cumprimento de
diversificadas de consulta" Ordens de Serviço, sem quesejanecessário recorrer aos manuais na maior parte dos
A definiçãoé do ProfessorLourival Tavares, em 1987,usadacom permissão. trabalhos dodiaa dia.Estetipodecadastroéconhecido comoCadastro deProcedimentos
Este cadastro deverá reunir em um documento, em um banco de dados, todas as diversas Padrão de Manutenção.
informações sobre os equipamentos, tais como: dados de construção, códigos de manuais, Maisadiante, descreveremos de modobastante extenso comose deveredigire documentar as
catálogos, desenhos; dados deaquisição (ordem decompra, datadeaquisição, preço pago etc.); tarefas demanutenção, naparte deProcedimentos Padrão deManutenção.
dados dofabricante como alocalização, razão social, ano devenda; dados deoperação, detalhes
dearmazenagem; principais sobressalentes, dados demanutenção, lubrificantes, valores caracte
rísticos deprodução, tensãodealimentação, etc.,istosemquesejanecessário recorreraosmanuais 17.3.4 - Cadastro das Seções da Empresa.
Nnfasnde Seções da Emnresa. vamos definir, com a mesma filosofia usada atéagora:
Cadastro de Seções da Empresa, para efeito dePCM, é umbanco de dados onde estão
indicadastodas as Seções e Departamentosda empresa,comseuscódigos, siglas,centros
A Organização o Planejamento e o Controle da Manutenção C^ítulo 17 - Cadastro j 147
-446-

de custo, centro de responsabilidade, etc, com todas as suas características necessárias para 17.5.1 - Os formulários para cadastramento do tipo genérico
um controle efetivo para quem se está trabalhando. 0.«; formulários dotipooenérico sãoaqueles emque é usado umtipo deformulário paratodos
Normalmente a derinição dos códigos acima citados é feito em área externa à manutenção. ostipos deequipamentos. Ousodeste tipodeformulário deve serfeito porquem conheçaoassunto,
Aqui deveremos indicar ao computador quais as seções que existem na empresa, quais as suas
pois osdados serão todos colocados em um único tipo de fichaou formulário, onde até um cartão
siglas, quais os seus códigos de centro de custo e de centro de responsabilidade.
embrancopodeserusado como formulário. Exige muitaatençãoparaqueosdados sejamdispostos
emseqUência(parafacilitarabuscafutura), éde implantação mais simples, porémnecessitade mão
Vale lembrar, aqui, que mais tarde, no computador, deveremos interligar os códigos de cadastro deobraespecializadaparao preenchimento. No uso deste tipodeformulário nãodevemos esquecer
de equipamentos, com as siglas dos Departamentos, dos Centros de Custo, para evitar indicações de listar os dados como: Fabricantes, Ordens de compra. Manuais, Fornecedor, Endereços,
erradas no processamento dos dados. Desenhos, etc.

17.4 - Tipos de Dados que compõem o Cadastro. 17.5.2 - Os formulários para cadastramento do tipo
Os dados que irão compor os bancos de dados de diversos equipamentos, das pessoas, das específico.
Instruções de Manutenção, cm tese, são todos diferentes. Mas dentro de cada conjunto existem O-s formulários dotino esnecíficosãoaqueles desenhados paracadatipodeequipamento, ouseja,
dados ou valores ou informação que todos eles possuem e que são comuns entre si. énecessário que seutilize um tipo deformulário diferente paracadatipo deequipamentodiferente.
Como você reparou ps dados sumariados na parte anterior possuem dois tipos de informação: um São depreenchimento mais simples que o anterior, normalmente mais completos e podem ser
tipo de dados ou informação que todos os grupos, sejam quais forem, possuem, e que chamaremos preenchidos porpessoasemespecializaçãono assunto. Paratanto énecessário que existaumaficha
de dados gerais da cada grupo, e alguns outros dados e valores que chamaremos de dados previamentedesenhada eque contenhaos camposque serão preenchidos. Exige um planejamento
específicos de cada grupo. prévio. Exige um estudo prévio damontagemedadistribuição dos dados naficha, ouformulário,
Assim um arquivo de cadastro de equipamentos possui, basicamente, duas partes: os dados quejádeveráconteroscamposdimensionados eespaçados paraque asletras sejamcolocadas nos
genéricos de equipamentos e os dados particulares de cada equipamento. locais corretos. Ficaclaroqueparacadatipode equipamento deverá haverum tipode ficha ou
formulário.

O formulário deve ser auto-explicativo, mas ainda assimdeveremos dar treinamento para que
17.4.1 - Dados geraiis ou genéricos do grupo a ser qualquer pessoa que vá preencher tenha treinado e preenchido no mínimo um tipo de cada
cadastrado. formulário.
Dados gerais ou genéricos do grupo: Nocasodeequipamentos,todososequipamentospossuem Éconveniente queaodesenhar umformulário deste tipo alguns dados sejam colocados sempre
data de aquisição, possuem um documento chainado "Ordem de Compra" ou "Autorização de nomesmo local.Assimdados genéricos oucomuns (Ordem deCompra, Fabricantes, Manuais,
Fomeciniento", possuem fabricante, fornecedor, revendedor, representante, pais de origem, Fornecedor, Endereços, Desenhos, Preço deAquisição, eoutros) devem serdispostos emordem
manuais, desenhos, etc. Estes dados são chamados de Dados Gerais de Equipamentos, ou seja, e no início dn documento. Todas as fichas e formulários deverão ter a mesma parte inicial com os
todosos equipamentos possuemestes dados. Aocadastrar um equipamento deveremos começar dados comuns a todos os equipamentos.
preferivelmente por estes dados.

17.6 - Critérios de cadastramento.


17.4.2 - Dados particulares ou específicos do grupo a ser
Osdados deequipamentos cadastrados podem serreunidos dediversas maneiras.
cadastrado.
Osarquivos decadastros podemseragrupados porlinhas deprodução; portipodeequipamento;
Dados particulares ou específicosdo grupo: Nocaso deequipamentos,sãoalgunsoutrosdados poráreageográfica; porunidade deprodução; porimportânciafuncional; porunidade móvel; por
dos equipamentosque pertencema apeiiasestesequipamentosou família de equipamentos.Por família deequipamentos; porsistemaoperacional eetc.. Cadaumcomumafinalidade edeacordo
exemplo,microcomputadores possuem CPU,pontesrolantespossuemparâmetros comocarga com a necessidade do usuário.
máximade elevação, aparelhos de ar condicionado possuemuma determinadacapacidadede
refrigeração e aquecimento, etc. A estes tipos de dados chamaremos de dados específicosde Usualmente em sistemasinformatizados o arquivoé um só e ficamcampospara a procurada
equipamentos. Nãoconfundircomo próximo título,de formulários específicos. informação pelas variáveis que forem necessárias, desde que isto sejapreviamente estabelecido.
O fornecedordo "soft" normalmente possuiexperiêncianesteassuntoe lhe ajudará muito.
Nãosimplifique emdemasia seucadastro esuasvariáveis, nemcomplique desnecessariamente.
17.5 - Formulários para Cadastramento. A seguir algumas variáveis a serem consideradas.
Existem basicamente doistiposdeformulários paracadastramento: formulários dotipogenérico
e do tipo específico.
Capítulo 17 —Cadastro
-Tpjg—^ ' -A-OrgãnizBção OPlanejamento eoControle da Manutenção 149

17.6.1 - Cadastramento por tipo de equipamento. 17.6.5 - Cadastramento por fábricas ou Instalações.
Cadastramentoporfábrica.»;: útil quando aempresa possui diversas fábricas equersaberquais
Neste tipo de arquivo será usada uma ficha por tipo deequipamento, eoarquivo será ordenado unidades possuem quais equipamentos. Isto éadequado paraque sepossa fazer um planejamento
por tipo de equipamento.
integrado para todas as fábricas, quando existem equipamentos especiais enão sedeseja todos
Haverá, neste tipo decadastro, uma seção paratransformadores (de todas asfábricas daempresa, paradosao mesmotempoou na mesmaocasião.
detodos osprédios, detodos ostamanhos, edetodos osfabricantes); outraseção doarquivo para Nocadastramentoinformatizado seráumcampooualgunscamposamais noregistrodoarquivo
veículos (idem); outra seção doarquivo para máquinas operatrizes; outra seção dearquivo para
de cada um dos equipamentos.
painéis de força; outraseçãode arquivoparaaparelhos de arcondicionado. Etantas outras seções
quantoforemos tipos de equipamentos.
Seforinformatízado.ocampotípodeequipamentopennitiráaprocurapelo tipoque eventualmente 17.6.6 - Cadastramento por Unha de produção.
se deseje. Cadastrflmpntn por linhadenroducão: Útil quando a empresa quer saber quais equipamentos
Evite usar a classificação "equipamentos diversos", pois será possível colocar neste tipo de estãomontados emcadalinhadeprodução, paraefeitodecontrole deparada oude manutenção
classifícaçãotudo oque apreguiçaoudesconhecimentonãoqueiraprocuraraclassificação própria. de um sistema inteiro.
Nocadastramento informatizado seráumcampooualgunscamposamaisnoregistrodecadaum
17.6.2 - Cadastramento por área geográfica. dos equipamentos edeve-se tercuidados especiais paraequipamentosque eventualmentemudem
de linha de produção.
Çflriflstramento noráreageográfica: osdados serão arquivados por área geográfica, edentro
da áreageográfica sei^odispostos por fábricas, portiposdeequipamentos, etc.
Seusarmos fichas, teremos ummonte defichas. Seusarmos cadastro informatizado serãoalguns 17.6.7 - Comentários.
camposa maisdentrode cadaregistro. Comentários .sobre cadastro de conjuntos ou componentes: motores elétricos, embora
componentes, poderão sercadastrados elistados nas listas dealmoxarifado como tais epoderão
ser todos divididos em uma só família ou subdivididos em "de alta tensão e de baixa tensão", ou
17.6.3 - Cadastramento por Importância funcional. acima e abaixo de 150 KW, ou qualquer outra divisão.
PgHaisfrflniftntn nnr importânciafuncional: osdados oufichas serãoarquivados porimpor Mas istojá é outra coisa: é controle deestoques esobressalentes, onde osespecialistas poderão
tância funcional, ouseja,grupados conforme aclassificaçãoque for usadanas fábricas. Seusada usar os mesmos procedimentos aqui descritos para cadastramento de equipamentos ou outro
aque sugerimos serão grupados porTipo"A", tipo "B"ou"C"ouqualqueroutro que suaempresa procedimentoquejulguemadequado.
adote.

Na parte dedefinições sugerimos algumas maneiras declassificarosequipamentos, informação


esta que deverá constar nos registros decada equipamento enocadastro informatizado. 17.7 - Cadastro Manual e informatizado
Diversos critérios deimportância funcional sãodados naparte deprioridades deatendimento. Modernamente podemos fazer doistipos básicos dearquivos decadastro. Osarquivos defichas
físicas, que chamaremos de cadastro manual e o arquivo de fichas em computadores, que
chamaremosde arquivoinformatizadoou automatizado.
17.6.4 - Cadastramento por família de equipamentos.
Cadastramento por família deequipamentos: osdados serão agrupados portipo oufamília
17.7.1 - Cadastro Manual
deequipamentos. Depende decomo seiâo divididas asfamílias deequipamentos. Por exemplo:
família deequipamentos detransporte poderá incluir tudo oqueéusado paratransporte decarga No Cadastro Manual será feito um cadastramento, cada item com sua ficha ou formulário,
(caminhão, utilitários, guindastes, empilhadeiras, pontes rolantes). Poderemos usar ocritériode guardados em gavetas ou armários.
dividiremoutrafamília, "famíliadeelevaçãodecarga"(guindastes, pontesrolantes,gruas,talhas, Poderá ser necessárioque para cada tipo de arrumaçãode fichas (tipo de cadastramento) seja
empilhadeiras, etc.).Transformadores serãodeoutrafamília. necessáriousar um arquivofísicodiferente e fichasem duplicata, arquivadas em cada arquivo.
Evidentemente, dentrodecadafamíliapoderemossubdividirainda: Ostransformadores p>oder^ Assim, se forusadoumarquivo ordenado portipodeequipamento esehouveroutroporunidade
ser divididos em de alta tensão, de média e debaixa tensão. Mas não se esqueça, transformadores deprodução usaremos sempre duas fichas decadastro, onde umaficará arquivada noprimeiro
são sempre transformadores. ordenada portipodeequipamento eaoutranosegundo arquivo queestaráordenado porunidade
de produção.
Nocadastramento informatizado seráumcampooualguns campos amais noregistro doarquivo
de cada um dos equipamentos. Semaistardequisermos fazeroutroarquivoporimportância funcional deveremos montaroutro
arquivo, com outras gavetas e outras fichas.
^\\<i

Capítulo 17 —Cadastro | 151


—T50~~j—A Organização oPlanejamento eoControle da Manutenção
jávisando ouso futuro de computador. São apenas exemplos para que seja notada adiferença e
Poderemos usar uma terceira cópia de fichas que então serão ordenadas pela importância funcional lhesirvam deconsulta emépoca futura. Examine e verifique asdiferenças.
do equipamento, e dentro deste arquivo devemos ordenar por equipamentos, etc.

17.8.1 - Ficha de cadastro específica.


17.7.2 - Cadastro Informatizado.
Uma Ficha de Cadastro Específica.
Cadastros Informatizados
Existe uma maneira mais fácil de fazer um cadastro do que a que está descrita acima. Com um
computador. Montaremos apenas um arquivo, com os códigos adequados para obter listagens
I CADASTRO PE MOTORESDIESEL
ordenadas por diversas variáveis. Precisaremos usar códigos de áreas geográficas se quisermos
obter as dados por ordem geográfica. Deveremos usarcódigos de equipamentos para equipamentos • • I I I r!"!T ! I l l-L- ' ' » ^ « • < « »«

diferentes se quisermos usar listagens por equipamentos. Deveremos usar códigos de famílias de .LJ.ÍJL • • I I I I I i.l.l.l-LJJ-l I ' M I ! I • M I I I I i i ! I I I
equipamentos se quisermos listagens por família de equipamentos. n'n 1''' 1'''' I Ii ^
Notamos com isto que o uso do computador nos obriga a sermos ordenados e organizados, e que 5!u-l-i-i-l.l t ' IrLI.UJU.i-1-rLl.ÍJ-
deveremos sempre planejar as tarefas para atingirmos a meta.
HTI I i 11I ! II I II I IMI I i I ! i I1I I.1 I1.1.1-1.1.M ! II I f' I I1l.l
r7T i I i í ! I1! II11L1..1.1. U-Í-U ! i 1! MIII I l.LU-1-iJ-l-lJ ' I! ' 1.1..1JJJ-1-L1-
17.7.3 - Vantagens do cadastramento manual e II •. , i•II•IIIIIIII•IIi••' I I t . I I I I I i ! ! I I I II ' ' M I I I
automatizado.
Vantagensdo cadastramentomanual e automatizado. Como vimos, paraobtero cadastramento
de equipamentos poderemos usar uma ficha que será arquivada em um arquivo físico, ou então r Jl
será digitada em umcomputadore arquivadadentro dele, em disquetes, discos rígidos, etc. Existem
vantagens para o uso do computador.
Figura 17.01- Ficha de CadastroEspecífica.
17.7.3.1 - Vantagens de um arquivo manual.
Vantagens de um arquivo manual: o uso de arquivo de fíchas é mais fácil de ser feito e mais rápido Tela de ComputadorparaCadastramento
de ser completado, embora de uso mais difícil e mais complexo.
A implantação do cadastro manual é mais barata, mas é valida apenas para muito poucos itens
cadastrados.
No entanto é de operação muito mais trabalhosa.

17.7.3.2 - Vantagens do uso de arquivos Informatizados.


Vantagens do uso de arquivos informatizados: uma vez montado, o uso de arquivos informatizados .ipl•NMUM.WmiMS
I ,'A.tCM.GpMl^.tn •CDNU-rauMMM» "51
é deoperação mais simples; é mais confiável;os arquivos ficam centralizados; arespostaaconsultas 3

é mais rápida; pode ser usado por todos os órgãos da empresa; podem-se obter listagens por •'OAMDUStMlLáA
.WITOMWfcCOiWI€Mnt.TÍD»
qualquer das variáveis de arquivo; e é pouco provável que desapareça um equipamento (ficha) ou
fichas; é pouco provável que os dados sejam alterados por pessoal não autorizado. ii>tii>li33KOOT
[tfKOisa
itNtobeeríl
Sempre que possível deveremos usar o computador para este tipo de trabalho. Lembre-se: não existe
arquivo pequeno demais que não valha a pena ser informatizado. Isto já é o primeiro passo para
implantar um sistema de PPCM a computador.

17.8 - Exemplo de Documentos. a <11MBOSDMVWeVlIMUl (t MMfllU mCOUlM»)

A seguir estão vários exemplos de fichasde cadastrode equipamentos. Note que estão desenhadas
e espacejadas para que os campos tenham o mesmotamanho de dados (mesmaquantidade de letras) Figura17.02- Tela de Cadastro em computador- Cortesia Engeman
154 I AJDrganização oPlanejamento eoControle da Manutenção l/t - rndifíraçãn em Manutenção | 155

Porque osistemaanterior haviasidoesgotado. Primeiro usava-se apenas números quepodiam ser 18.5.1.1 - Os códigos numéricos.
repetidos nosvários estados daRepública. Com oaumento deveículos emcirculação acapacidade Códigos numéricos são códigos que são construídos apenas com números. São fáceis de serem
do sistema esgotou-se e não era maispossívelcontinuarfornecendonovos números aos veículos montados, possuem um alcance fácil deservisualizadoesão facilmente memorizáveis. Existe uma
simplesmente porque nãomais havianúmero disponível. Foifeitaaprimeiramodificação. Deseis dificuldade em interligar um sistema decódigos com as máquinas eequipamentos, seosistema
números as placasde veículospassaram a usarduas letrase maisquatronúmeros. Mas havia a for apenas numérico.
possibilidade de repetição emestados vizinhos e foiintroduzida umaterceira letraqueelevoua Exemplo decódigonumérico: 215398.
quantidade total de veículosquepodemsercadastrados sem repetição e sem esgotaro código. O que não sabemos é o que é isto.
Quemenfrentouo inconveniente detrocadeplacasdeidentificaçãoentenderá melhordeque vamos
falar. Falaremos da necessidade de montar umbomsistema decódigos queatendaà quantidade
de itensa seremcadastrados e quesejafácil deser usado e quefacilite a interpretação. 18.5.1.2 - Os códigos aifabéticos.
Por isto seu sistema de códigosdeve ser bem desenhadopara suportartodos os eventos futuros Códigos alfabéticos sãocódigos que são montados apenascom as letrasdo alfabeto. Nem sempre
sem modificações. sãofáceis dememorizar, más sãomais fáceis deserem correlacionados com osequipamentos.
Afinal os equipamentos possuem nomes que foram construídos com letras. Édifícil visualizar a
amplitude do código, mas parauma mesma quantidade de dígitos possui maior amplitude que o
18.3 - Porque identificar e codificar. código numérico.
Para que, quandoprestarmos serviços de manutenção, seja possível indicarexatamente onde Exemplo de código alfabético aseis dígitos: XFFADR. Oque não sabemos éoque isto é.
estivemos e o que fizemos.
Paraqueexistaumarelaçãobiunívoca entreocliente; oequipamento; o material, aespecialidade 18.5.1.3 - Os códigos alfanuméricos.
de mãode obra,parasabermos ondee como foi despendido tudo o quefoi usado. Códigos Alfanuméricos são mais fáceis de serem montados e memorizados que os códigos
alfabéticos. Possuem maioramplitude que osdois descritos acima (numéricos a^fabéticos). São
18.4-0 que codificar. mais facilmente relacionadoscom asmáquinas (parte alfabética) ememorizadosnasoficinas (parte
numérica).
Deveremos codificar paraidentificar tudoo queserácolocado noPrograma de Planejamento e
Controle, como Fábricas Atendidas, Seções atendidas. Equipamentos atendidos. Seções da No nosso pontode vistaoscódigos deequipamentos, paraefeitode manutençãodeveriam sempre
ser alfanuméricos.
Manutenção, Componentes deEquipamentos, Centros deCusto, Centros deResponsabilidade,
Tiposde Mãode Obra,Tiposde Atividades de Manutenção, Materiais usados, Sobressalentes Exemplo decódigo alfanumérico dequatro campos: Ol-CA-PR-05.
usados, códigos dePrioridades deAtendimento, códigos Instruções deManutenção, e etc. Parece que é uma prensa hidráulica, seo "PR" fordeprensa.
Note queoscódigos usados devem termontagens adequadas aseuusoequepodem serdiferentes
para cada fábrica. 18.6 - Cuidados ao montar um código.
Aomontarou aoplánejarumsistemadecódigos vários cuidadosdevemsertomados. Gaste otempo
18.5 - Como Codificar. necessário no projeto do sistema para evitar transtornos futuros. Émèlhor pensarbem agora do
Codifique usando um sistema de códigos coerente e bem estruturado. que terproblemas futuros, alguns dos quais discutimos adiante.
A seguir discutimos os sistemas de códigos
18.6.1 - A amplitude do código.
18.5.1 - Sistemas de Códigos. o tipo de código só deve ser determinado após ser conhecida qual aquantidade dé máquinas e
Ossistemas de códigos podem ser montados de trêsmaneiras diferentes: códigos numéricos, equipamentos aserem nominadòs, identificados ou codificados. Este código que será montado
códigosalfabéticose códigosalfanuméricos. (Tavares, 1987) deveráterprevisão suficiente, semexageros, paraquetodas as máquinas eequipamentos caibam
dentro do número possíveis decombinações que as posições possíveis podem suportar, não
Existem ainda possibilidades de que sejam codificados com sistemas alfabéticos de outras esquecendo futuras ampliações.e aquisição deequipamento.
linguagensquepornãoserem nadausais nãoserãodescritos aqui. Ex.: letras gregas, eoutros sinais
diferentes, ícones e etc. Códigos que usem símbolos diferentes dos existentes no sistema de
números e no nosso alfabeto não devem ser tentados.
456 eo Contiole-da Manutenção Capítulo 18 —Codifícação em Manutenção | 157

Porexemplo, setivermos dois mil equipamentos para identificaresesópudermos usartrês dígitos Emvárias empresas encontramos códigos com osacima e comentados abaixo.
éerrado pensar emcódigos numéricos simples porque códigos numéricos com três posições só Diretorias com trêsletras, começando por "D". Assim a Diretoria Industrial seria "DIN",a de
alcançam novecentos e noventaenoveequipamentos enãoalcançariam osdoismil.Poderíamos Recursos Humanos "DRH", a DiretoriaFinanceirapoderiaser DIF, a de Produção"DIP" ou
codificarcomletras apenas (26x26x26=17576)oucombinarletras enúmeros dentrodeumaregra qualquer outro código coerente.
predefinida, sejauma letra e dois números para todo o sistema (26x9x9=2106). Sem exageros
estaríamos atendendo aosolicitado. Mas, como ficará o crescimento daempresas nofuturo, se
houver? A nova quantidade de equipamentos estaria atendida? Um organograma de uma empresa
Usando-se oexemplodeumaletraedois números parece-nos muitoarriscadoentrarcom um código Diração Geral
queatendae tenhaapenas 106posições vazias dereserva, ouseja,já tenho2000e usarei umcódigo DIG
que atende apenas 2106. Ésuficiente? Isto é algo quedeve serlevado emconta.
Não esqueça: alterar umcódigo ésempre problemático, como verificaremos adiante, é sempre Gerente da Gerente da Gerente da Gerente da Gerente de
trabalhoso e sempre inconveniente para o usuário. Unidade A Unidade B Unidade C Unidade D Manutenção
GEPAP GEPBP GEPCP GEPDP GEMAN

18.7 - Identificação das fábricas. Unidade da


Operação A
Unidade de
Operação B
Unidade de
Operação C
Unidade de
Operação D
Oficinas
Centrais

Asfábricas, quando existirem maisdeuma, devem terumcódigo paraseremidentificadas. DIPAP DIPBP DIPCP DIPDP DIOCM

Épraxe que as fábricas sejam chamadas por nome, como por exemplo. Unidade daCidade de Unidade de Unidade de Unidade de Unidade de
Manutenção D
Obras
Especiais
Manutenção A Manutenção B Manutenção C
Ternura. Ou simplesmente Fábrica de Ternura. NMAP IMMBP IXMCP DIMDP DIOEM

Tambémencontramos, quandoexisteumaporestado,a referênciadoestadoondeestá montada, Engenharia


aindaqueo maisencontrado sejaonome dacidade. Nestecasoseria, porexemplo: FabricadeMato DiENM

Grosso.
Apoio
No entanto, paraidentificarasfábricas oufábrica, deummodo coerente aoprogramadePCM que DIAPM
será usado deveremos usar um código coerente.
Usualmente letras ou números. O Gfl Braoco Filho

Mais adiante discutiremos estas opções.


Figura 18.01 - Organograma básico

18.8 - identificação de Diretorias, AsGerencias usa-secolocar"GE"paraindicaristo.Assim umaGerência de Manutenção seria


Departamentos, Seções e outros. GEMAN. Uma Gerência de Produção poderia ser GEPOD ou qualquer outra siglajulgada
Todos oslocais onde amanutenção iráprestarseus serviços ouatuar deverão terum código para adequada Jáencontramos códigos deGerênciacomeçadosporoutras letras, pois osgerentes eram
poderser indicado, no "sofl" aondedespendemosmão de obra e material. Gerentes de Divisão.

Isto quer dizer: todos os clientes deverão estar identificados. OsDepartamentos sãocodificados com quatrooucinco letras começando por"DE". Deste modo
oDepartamento deManutenção poderia ser"DEMAN" ouqualquer outro código que sedeseje.
Usualmente estes códigos fazemparte daestruturahierárquicadaempresaesão definidos emárea
extemaà manutenção. AsDivisões poderiam sercodificadas com quatro oucinco letras, usualmente começandoporDl.
DestemodoumaDivisãodeManutenção seriachamadade"DIMAN"easdemais dentro docritério
estabelecido na empresa, ao ser montado o organograma.
As demais subdivisões deste organograma deveriam ter seus códigos montados na mesma
sistemática.
158 ^ ^ Oi'ganização oPlanejamento eoControle da Manutenção Capítulo 18 - Codificação em Manutenção j 159

18.9 - Identificação de Assimé maisfácillembrarqueumequipamento é umabombaseemseucódigohouveras letras


BC, ou lembraque é um compressorse houveremas letras CO no código.
Equipamentos para Manutenção. Nestecaso,o usodeletrasparaidentificaro tipodeequipamentos édesejável, masnãoobrigatório.

18.9.1 - Porque identificar. 18.9.4 - A interligação com os locais onde estão instalados.
Seconsiderarmos aempresa como um todo, verificáremos que todos osobjetos existentes são Para que se possa mais facilmente lembraronde a máquina ou equipamento está instalado,
conhecidos e identificados pelos seusdonos ouusuários, deveremos incluir no código, sempre que possível,o local onde ele está instalado.
Paraefeito deconucle intemo.existem diversos sistemas deídentifícação parao mesmo item. Assim,seo compressorestiverinstaladona linhade produção2 (dois)deveremosincluiristono
Porexemplo, paracontrole depatrimônio todos osbenssãonumerados etodossãodiferentes entre código da máquina ou equipamento.
si,ouseja, duas cadeiras idênticas possuem números depatrimônio diferentes. Se existiremváriaslinhasde produçãoe váriosprédiostenhaistoemconsideraçãoparaefeitode
Mas não é possível saber se um determinado número é pertencente a umacadeira ou a uma amplitude do código.
escrivaninha. Apesar de que as duas cadeiras possuam um código diferente no controle de Se existirem várias fábricas, situadas em locais diferentes ou não, devemos fazer com que o código
patrimônio, paraefeito decontroledealmoxarifadodevam teromesmocódigo. Noteque paraefeito indique em qual fábrica o equipamento está instalado.
dealmoxarifado asduas cadeiras possuem o mesmo código.
Duas fábricasapenaspodemser identificadascom os números"1"e "2", a menosque motivos
OSistemadeMaterial usa um código que varia paracadaempresa eque permite usarum"nome" de políticainternadaempresaou motivosafetivostenhamconsagradooutramaneirade chamar
paracada item diferente. Itens iguais possuem sempre o mesmo "nome". Aoser removido do as unidades.
almoxarifado acabou aimportância donúmero para ocomponente. Isto deve ser levado em conta. Se pudermos montarum sistema fácil de ser usado e lembrado isto
ODepartamento de Pessoal u^a, normalmente, um código numérico para cada empregado. deve ser feito.
ODepartamento Financeiro ou contábil usa um tipo decódigo para cada tipo degasto que éfeito Emalguns casosbemsofisticados oscódigos sãomontados comtalcuidadoquepermitemlocalizar
e que normalmente é chamado de Centro de Custo. oprédioondeo equipamento estábem comoo andar,asalae, emcasodeequipamentos montados
Como éque aManutenção chama seus equipamentos, como éque amanittenção conhece quais em gabinetes, até qual parte do armário e qual gaveta.
osequipamentos em que deverá prestar serviços demanutenção?
Existe umcódigo próprio? 18.9.5 - A hierarquia do código.
Senãoexistir, adependerdaempresa poderáserpreciso montarum códigopróprio para identificar Oscódigosdevemsermontadossegundoumadeterminadaregra,dopontodevistadecolocação
osequipamentos no sistema demanutenção. seqüencial de códigos.
Monte um código deequipamentos paracorrelacioná-loscomoscódigos depeças doalmoxarifado; Explicomelhor:se vocêpretendeidentificar umequipamentodentrode uma fábrica,e esta fábrica
parainterligá-loscom asinstruções de manutençãoquedeverão serescritas; paraidentificá-loscom entre outras várias, espera-se que você coloque primeiro o código da fábrica, depois o código da
o sistema decustos; para que se saiba quanto custou um reparo e quem é o responsável pelas unidade fabril onde o equipamento está instaladoe apósvocêcolocaráo conjuntode símbolosque
despesas; quanto custa cada Departamento ouDivisão funcionando. indicaráo equipamento.
Por exemplo: existem três fábricas, dentro de cada fábrica várias unidades diferentes e dentro de
18.9.2 - Como identificar. cada unidade vários equipamentos, espera-se que o código seja montado como segue:
Aidentificaçãode equipamentos para osistemade Manutenção deverá ser feito sempre que não
exista um sistema interno naempresa que possaseraproveitado. Em algumas empresas existem
códigosque identiricam os equipamentos internamente nas oficinas eque podem serusados com
acolocação demais um oudois algarismos neste códigojá existente. UNIDADE PRÉDIO EQTO SEQUEN.

Em empresas onde não existe nenhum sistema de códigos deveremos criar um sistema de
codificação consistente que sirva à empresa, que respeite, a cultura interna e que atenda as
Figura 18.02 - Exemplo de máscara para codificação
necessidades dqsistema demanutenção que será criado.
(fabrica)+(unidade)+(tipo de equipamento)+(seqüencial) o que faria um código para uma fábrica
18.9.3 - A inter-relação com o nome das máquinas. instalada na Bahia, com uma Unidade de Utilidades para identificar a Prensa Hidráulica desta
Paraquesejamais fácil classificaras máquinas, às vezes devemos Usarobrigatoriamente códigos unidade e com número "um" usar o código a seguir: Ol-AD-PR-01.
alfabéticos. Assim o código do equipamento seguindo o estabelecido acima, poderia ser:
1B0 j AOrganização oPlanejamento eoControle da Manutenção JCa^tulo 18—Codificação em Manutenção 161

18.10.1 - Um organograma para exemplo.


UNIDADE PRÉDIO EQTO SEQUEN.

.1 . A1 D P 1R 0 11 Um organograma de uma empresa

IDIuçâo Gtral |

Figura 18.03 - Máscara de codificação preenchida Gcrantt da Garanta da Garanta da Garanta da Garanta da
UnIdadaA UnidadaB Uniiiada C Unidade D ManutançSo

Nãoé recomendável,por exemplo,queo códigosejaPR-01 -AD-01,poisneste caso a hierarquia, Unidade de Unidade de Unidade de Unidade de Oficinas
não foi respeitada. Isto dificultará, mais tarde, as pesquisas e busca de dados, conforme veremos Operação A OperaçSo B Operação C OperaçSo O Centrab

adiante, no capítulo próprio. Unidade de Unidade de Unidade de Unidade de Obres


Manutenção A Manutenção B Manutenção C Manutenção D Especiais
Devemos entender que se existe apenas uma fábrica na empresa o código da fábrica pode ser
Engenharia
dispensável, mas se existe a possibilidade deser construída outra fábrica, não custa fazer este tipo
de previsão no código. Apelo

18.9.6 - Outra maneira de montar e visualizar o Código. O Gil Branco Filho

Existem vários estudos para montaros códigos e facilitar a visualização. A seguir mostro uma delas:
Figura 18.05 - Outro organograma básico.

XXX AAA AAA NN


18.10.2 - Uma montagem de códigos
lldenlIficBção da Unidado FabriT de custo para o organograma.
lldentificação do Sotorou Soçãõ" o código para a caixinha do organogramaé chamado de Centro de Responsabi lidade, pois é a parte
do organograma que é responsável pela máquina. Algumas empresas chamam de Centro de Custo,
IIdentificação do Tipo de Equipamento h
outras de Centros de Gastos, e etc.
{Identificação do Equipamento (seqüencial) |- Ocódigo queestánacaixinha"máquina" nósvamos chamarde"CentrodeCusto". Éneste Centro
de Custo que nós iremos apropriar e somar as despesas efetuadas durante uma manutenção. Note
Figura 18.04 - Outra máscara de codificação que algumas empresas chamam a isto de Centro de Despesas, Centro de Gastos e etc.

Deve-se notar que é praxe, quando se desenha um código como o acima, detalhar se o campo é
numérico ou se é alfabético ou se é alfanumérico.
Note que no exemplo acima "xxx" quer dizer campo alfanumérico, "AAA" quer dizer campo
alfabético e "NN" campo numérico. -1 oneât%m
1*10
1
1

J MAQUINA 1|
i 1
18.10 - Identificação para Custos. mAquma a

maquwa »
jMAQUtNA2|
1
JmaquinaiI
1
Para que se saiba onde foi despendida mão de obra; material; sobressalentes e outros eventuais 1 . J
JmAouinaaI
i éin 1
usados; deveremos ter uma codificação. J OtaTM CwmIM* I
1 1
Estacodificação,normalmente numérica, associadaaoorganograma, quedefíne,paraefeitode BnpwiHwla
tno
j
1
custos, onde gastamos o que foi gasto. Haverá desdobramentos para os diversos órgãos maquinai MÁQUINA t
_r APOIO n
•111
l IMO 1
atendidos.
Se os órgãos forem a seis níveis hierárquicos, a estrutura montada deverá ser com seis •112
MÁQUINA 4 MÁQUINA 4
•tll

números. C Gâ Branco niho

Figura 18.06 - Organograma com códigos de custo


íasx.

1^ I A-Qrganização oPlanejamento eoControle da Manutenção —Capíiulo^fS-^^-Codifícação em Manutenção 163

Use uma nomenclatura adequada edefina esta nomenclatura noseu Manual deOrganização da Como vemos neste sistemade códigos poderemos terno máximo nove diretorias, noventa unidades
Manutenção. Comoestadefiniçãoédada pelaGerênciaFinanceiraouContabilidade,é recomen e novecentas subunidades. Com um sistema destes e um pequeno computador poderemos saber
dável que você use a nomenclatura fornecida pela Gerência Financeira. tudo o que cada unidade gasta, a qualquer título, bastando para isto que nos documentos em uso
exista um local para que seja indicado o CR.
Paracadaumadasunidades deprodução doorganograma anterior usaremos ocódigo decadauma
delas paraindicar dequem é a máquina ondetrabalhamos, ondefizemos o reparo. Se desejarmos mais desdobramentos e mais níveis, usaremos mais números. A praxe é usar seis
números e com isto poder codificar até seis níveis hierárquicos.
Destemodoparaefeitode registro dedadosdequalquercoisaqueinteresse parao nossosistema
decustousaremos sempreocódigodeCR" 1100" paraindicarasdespesasefetuadasnaunida-de Não esqueça: os exemplos dados acima são meramente para uso didático neste trabalho.
"A". E assim por diante.
Seexistiremsubunidades,vamosusaro CR 1110paraindicara primeirasubunidadeda Unidade 18.11 - Códigos para controle de Histórico.
CR 1100 e o CR 1120 para a segun-da subunidade do CR 1100.
Aqui nós vamos mostrar rapidamente como montar um sistema de códigos para facilitar a busca
Emseguidaasdespesasefetuadasno CR 11lOe noCR 1120serãosomadasnoCR lOOOepode- da informação e de dados pertinentes no Histórico de Equipamentos.
se saber, com este código, quanto custou o que lá foi feito.
Emboranestetrabalhomontarumsistemadecódigosparacontroledehistórico atéoníveldepeças
Asmáquinas, paraefeitodecustos,sãochamadasdeCentrodeCusto.AsmáquinascomCC6118, esteja um pouco além do que pretendemos, vamos esboçar um.
6114, 6116 e 6116 somarão o que foi gasto nelas para o CR 1110.
Existem diversos exemplos na literatura, mas vamos abordar um pouco mais este assunto.
Mas, o que anotamos que gastamos no Centro de Custo?
O organogramamontadona partede definiçõesestá repetidoabaixo.Logo a seguir detalhoum
Anotamos o material e mão de obra, sobressalentes e outros, em cada uma OS, e o computador código para estudos de confiabilidadee de registro de falhas e sua localização a nível de peça.
é que somaráos valorespara a obtençãodo custoda OS e de todas as OS, o computadorsomará
Neste caso você pode numerar o sistema para obter o alcance necessário.
seus valores para indicaro que foi gastoem cadaCC, que somados irão indicaro gastono CR.
Suponha que na sua empresa:
No final ficaríamos com algo mais ou menos assim:
Existem três fábricas.
Unidade Industrial - CR 1000 para seus custos e custos totais
Existem 22 prédios ou áreas em cada fábrica.
Unidade Operacional "A" CR 1100, para seus custos e custo total.
Existem no máximo 16 sistemas por área.
Subunidade Operacional "Al" CR 1110, para o custo próprio.
Existem no máximo 150 tipos de equipamentos por área de trabalho.
Subunidade Manutenção "AM" CR 1120,para o custo próprio.
Existem no máximo 190 equipamentos por sistema.
Unidade Operacional "B" CR 1200, para seus custos e o custo total.
Existem no máximo 20 conjuntos por equipamento.
Subunidade Operacional "BI" CR 1210, para o custo próprio.
Existem no máximo 25 componentes por conjunto.
Subunidade Manutenção "BM" CR 1220, para o custo próprio.
Existem no máximo 110 peças por conjunto.
Unidade Operacional "C" CR 1300, para seus custos e o custo total.
Como você faria o código para indicar a peça que falhou?
Subunidade Operacional "Cl" CR 1310, para o custo próprio.
Subunidade Manutenção "CM" CR 1320,para o custo próprio.
Unidade Operacional "D" CR 1400, para seus custos e o custo total.
Pródios Pródios Pródios Pródios
SubunidadeOperacional"Dl" CR 1410,parao custo próprio. ou Aroas ou Áreas ou Áreas ou Áreas ou Áreas

Subunidade Manutenção "DM"CR 1420, para o custo próprio. I sist. 1 I I Slat.2 I I Sist. 3 I I Slat. ... | | Sist. n |
Unidade de Manutenção "UM" CR 1800, para o seu custo e o custo total.
I Eqto. A 1 I Eqto. B ] | Eqto. C ] | Eqto. • • | | Eqto. Z ]
SubunidadeOficinas FM CR 1810,para o custo próprio.
I Conj. 1~} I Conj. 2~| | Conj. 3~] [ Conj. ...~j | Conj. n~]
Subunidade Obras OM CR 1820,para o custo próprio.
SubunidadeEngenhariaEM CR 1830,para o custo próprio. IComp. Ãj ICotnp. | Comp. | Comp. .T] | Comp.
Subunidade Apoio PM CR 1840, para o custo próprio. I Paça 1 I IPeça 2 | | Peça 3 | [Peça • • | | Peça n [
Unidade Almoxarifado AL CR 1900, para o custo total. O CU Branco Pilho

SubunidadeAdm. AB CR 1910,para o custo próprio.


Subunidade Adm. AC CR 1920,para o custopróprio. Figura 18.07- Uma estruturapara códigos de qual itemfalhou.
164 j AOrganização oPlanejamento eoControle da Manutenção " Gapítull/ 18 —Cudíftcaçao em 'Manutenção | 165

Se a manutenção troca os componentes de um equipamento na área, a descrição irá até a peça que
18.11.1 - Os códigos alfanuméricos de peças que falharam. ocasionou a perda de função com o código do modo de falha.
No caso acima citado, a máscara para codificação poderia ser como segue usando um código Se a manutenção trocar o equipamento a descrição irá até o conjunto.
alfanumérico de diversos campos.
Lembra que nós definimos: peças formam componentes que formam conjuntos que formam
A-22-14-PR-Ol -EL-ME-010.
equipamentos quecompõem o sistema?
Estecódigoquerdizerquena fábrica "A",naárea22,nosistema 14,naPonte Rolante 01,oconjunto Lembra que isto deveria estar definido no seu Manual de Organização da Manutenção?
deelevação (EL)teveo motorelétrico(ME) avariado e trocoua peça010.Se a peça 010forum
rolamento, poderemos ainda descrever qual o modo de falha desta peça. Codifique ao nível adequado e indique a falha funcional,indique o modo de falha e indique acausa
da falha.
Lembre queistoé apenas umasugestão, poisalgunsprogramas especialistas já trazemsoluções
algumas mais elaboradas e outras mais simples, mastodas adequadas aoquese necessita. Para cada tipo de informação existirá um código adequado e comum para cada modo de falha.
Dependedo que você necessita para a sua pesquisa.
18.12 - Problemas de alteração de códigos.
18.11.2 - Os códigos numéricos de peças que falharam. Aomontarocódigovocêdeveprevereantecipartudooqueforpossívele viável paraevitarqualquer
alteração futura de códigos.
o código, paraindicar atéa peça quefalhou, poderá ser montado do seguinte modo:
Publique e divulgue pesadamente o código. Mas se ele não forbem projetado você terá problemas.
a• campo fábrica com um número,
Estes problemas poderão ser:
b- campo sistemas com dois números,
c - campo equipamentos com três números,
d- campo conjunto com dois números, 18.12.1 - Problemas de alterações de códigos em Sistema
e- campo componente com dois números, de Controle de Manutenção Manual.
f- campo peça com três números. Se você precisar alterar um código em sistemas manuais terá que corrigir o código em todas as
fichas, em todos os históricos anotados em todas as fichas de cadastro e treinar as pessoa no novo
Assim o código, para efeito de controle de quem falhou, seria código.
1.12.051.21.12.132.

Evidentemente com as tabelas, colocadas no computador, ao ser digitado o código da peça que
falhouo"soft"faráaparecerapartedemaiornívelhierárquicojápreenchida. Ficaacargodequem 18.12.2 - Alterações de códigos em sistemas com controle
digitar o retomo dainformação, preencher o menor nível. Istoficaamarrado coma OS e com o informatizado.
TAG do equipamento. Quando são alterados códigos de equipamentos em sistemas informatizados, alguns tipos de
Comumcódigo assim montado você poderá, aqualquermomento,sabero tempo defuncionamento problemas que podem acontecer são citados a seguir.
e o que parou a máquina ou o sistema.
Você poderá calcularcom facilidade oMTBF; oMMTFeoutros indicadores quedeseje dequalquer 18.12.2.1 - Para o sistema Informatizado.
peça. componente ouitem que sedeseje desde quevocê tenha feito o desdobramento atéonível Problemas na inter-relação de codificações antigos para os códigos novos. Criação de novos
desejado. arquivos de transição paraa mudança. Mudanças nosprogramas paraaceitarem o novocódigo.
Você não saberá por que falhou. Não saberá como e nem qual foi a falha. Reprocessamento de todos os arquivos existentes para que fiquem com os códigos atualizados.
Para saber por que falhou deverá ser acrescentado um código de falha. De todos os problemas o que parece mais grave é uma das conseqüências do reprocessamento:
a perda de dados do sistema de manutenção.
Se for código de equipamento, prejudicará o Histórico.
18.11.3 - Os códigos do tipo de falha.
Ocódigodafalha,oumelhor,domododefalhaedacausadafalhapoderásermontadodo seguinte Se for código de custo perdem-se as informações. Se for código de falhas perde-se o estudo de
melhoria dos sistemas e equipamentos.
modo,conformerecomendadopelaliteratura, principalmentenaMCC,paracontroledeperdade
função. Seoprogramadornãoencontrarumamaneirafácildefazcrocompuladortrataroarquivoecodincar
dentro do novo código, é mais certo que o arquivo será abandonado com todas as conseqüências
Recomenda-se que para estudos de confiabilidadevocê defina até que nível de manutenção é
danosas para o histórico de manutenção.
recomendável uma ação de manutenção na área.
Io Planejamento e o Controle da Manutenção —Caf^tuIo-18—Codificação em Manutenção 167
166

18.12.2.2 - Para o usuário. 18.14 - Conclusão e recomendação.


Treinamento de pessoal:O pessoaldeverásertreinado paraassimilaro novocódigobem como Quando for desenhar um sistema de códigos, para uso em qualquer lugar, estude profundamente
acostumar com as novas telas e novos nomes. todo o conjunto que deve ser codificado; examine e obtenha dados sobre a evolução do sistema
(se irá reduzir ou se irá ser ampliado); se já existe um código que pode ser usado ou adaptado; se
o código que será propostonãoirá entrar emchoquecoma cultura local;coraos hábitos vigentes
18.13 - Alterações prováveis de códigos. na empresa e acima de tudo se este sistema de códigos pode ser montadoe processado.
Asalterações mais prováveis deocorrerem, quando umsistemadecódigo precisa sermodificado, Quando for montado o código, divulgue e treine as pessoas para que entendam o código e ajudem
porqualquermotivo, sãoosseguintes: ampliação,redução, mudançadesistema, desmembramento, a divulgar e saibam usá-lo.
compactação,substituiçãoe outrasalteraçõesquecombinamduas ou mais acima.
Evite, sempre que possível, o exagero de códigos com posições em demasia ou códigos super
compactos que difícilmente serão entendidos.
18.13.1 - Ampliação do código. A possibilidade de memorização é um grande fator de aceitação de códigos.
Quando o código devepassarde,porexemplo, três paraquatro letras paramelhorinter-relação Atenção especial deve dedicada para saber se o "soft" que será adquiridoaceita modificações nos
comequipamentos. Istofarácomqueastelas deprograma tenham queserrefeitas; osformulários códigosde ummodogerale sejá possuemfacilidadeparaprocessarestasalteraçõesinternamente.
reimpressos; os relatórios modificados, etc.

18.13.2 - Redução de código.


o opostoao caso acimaexposto, nemsempre com asmesmas conseqüências, pois as posições
abandonadas podem ficar vazias.

18.13.3 - Mudança de sistema de código.


Quando umcampo foidefínido comonumérico epassa aseralfabético, comomesmo número de
posições. Paraousuáriopodesertransparente, masparaocomputadornãoé.Todososprogramas
deverão serrefeitos ouadaptados paraanovasituação. Dentro docomputador, letrasenúmeros
são tratadosde mododiferente.Paranósé intuitivo quenãose soma"m+n".Masse houveruma
rotina que verifique a validade do campo que era numérico, isto ocasionará um erro que
normalmente farácomqueosprogramas abortem (paremdefuncionar). E sabemosqueadepender
da hora é intolerável.

18.13.4 - Desmembramento.
Ocorre quando, por exemplo, estamos com um código em uso para equipamentos e queremos
mudaraidentificaçãode seusprincipaiscomponentes. Porexemplo,umcódigoparacompressores
dear,identificados comotal,deverãopassaraseridentificados nocódigocomCompressoresde
Ar de Parafuso,de Pistão,de Palheta,etc. O códigodeverá ser desmembrado para tal.

18.13.5 - Compactação.
É o caso inverso do descrito acima, em desmembramento.

18.13.6-Misto.
Que é o caso em que duas ou mais alterações acima acontecem ao mesmo tempo.
Capítulo 19

Príorídades de Atendimento

19.1 - Resumo.
No dia a dia da manutenção, alguns serviços devem ser executados antes de outros.
Nesta parte de nosso estudo avaliamos diversos critérios para determinar quais serviços devem
ser executados antes e porque devem ser executados antes de outros serviços.

19.2 - Introdução.
Quando as Ordens de Serviço chegam à manutenção, a situação ideal, do ponto de vista do Cliente
(solicitante) é que sejam atendidas sempre na hora em que chegam. No entanto, sabemos que isto
não é economicamente viável, devido à grande aporte de mão de obra necessária para que nunca
houvesse fíla de espera. Os estudiosos da Teoria das Filas comprovam isto com facilidade.
Assim, é de se esperar que algimsserviços sejam feitos imediatamente e outros serviços esperarão
a conclusão do que foi iniciado. Em outras ocasiões algum serviço poderá ser interrompido para
que outro sej a imediatamente iniciado e executado.
Poucas coisas irritam uma pessoa mais do que esperar por um serviçoque pediram e que não está
sendo feito. Às vezes entendem que ooutro trabalho também é necessário, mas simplesmente
gostariam que as pessoas que estão ocupadasfazendo outro serviço,fizessemo trabalho que
solicitaram antes do outro.
Para evitar que isto aconteça deverá existirum Usi.stema de critérios nara atendimento! 1.Pode ser
do tipo: "quem chegou antes é atendidos antes", ou do tipo "quem grita mais alto será atendido
antes", ou ainda "os conhecidosserãoatendidosantes dosestranhos",ou qualqueroutro critério.
Mas deverá haver um critério.
Em manutenção, devemosusarcritériosdiferentesdosqueciteiacima. Estescritériospodematé
assemelharem-se ao sistema de atendimentos usados em hospitais: casos mais graves serão
atendidos antes.
rapfhiin 1Q- PrínríHaHt>c de Atendimento
I A-Orgarüzação OPlanejamento eoControle da Manutenção 171

AGerênciadeManutenção deverámontarumesquemadeatendimento queindiqueequecontemple 19.4.2 - Os sistemas alfa numéricos:


aoscasos maisgravesatendimentoantesdoscasosmenosgraves.Aestesistemade atendimento Neste sistema os números aparecem combinados com letras para dar uma prioridade diferente
chamaremos de atendimento por critérios de prioridade em função da gravidade da avaria, ou em dentro de um mesmo número. Assim usam-se as letras "1"para indicarque a não execução de serviço
função da importância operacional da máquinaavariada. prejudica a Operação, ou seja, "Interfere" com a produção. Usa-se a letra "N" para indicarque não
Ao ser montado o sistema de prioridades devemos estabelecer claramente como é que o usuário interfere e às vezes a letra "P" para indicar que é Parcialmente interferente.
deve referir-se à prioridade que necessita, para que todos entendam a mesmacoisa. Deste modo ficamos com os níveis de prioridades conforme indicado abaixo:
Éimportante quequando definirmos oscritérios deprioridade osclientes estejamjuntos conosco Maior prioridade P -1 -1 (prioridade "1" que interfere com a produção)
e aceitem ou concordem com os critérios. Os clientes internos devem participar da definição destes P-1 -P
critérios.
P -1 - N (prioridade "1" que não interfere com a produção)
P - 2 -1 (prioridade "2" que interfere com a produção)
19.3 - Convenções de prioridades. P-2-P
A seguir descrevemos algumas das convenções mais usadas para determinar prioridades e P - 2 - N (prioridade "2" que não interfere com a produção)
atendimento:
P-3-I
a• O sistema numérico:
P-3-P
a.1- o sistema numérico simples,
Menor Prioridade P - 3 - N
b- O sistema alfa numérico:
As desvantagens de um sistema assim é permitir a sobreposição entre PIN e P2I por não se saber
a.2 - o sistema numérico combinado com letras, exatamente qual é a maior prioridade, se a "1" sem perda de produção ou a "2" com perda de
c- O sistema de palavras, produção.
d- O sistema de importãncia do equipamento. Se o leitor acha que prioridade 2 com perda de produção deve ser atendida antes que prioridade
e- O sistema que combina importância do equipamento e o perigo da falha. "1" sem perda há de concordar, em tese, que algo está errado neste sistema de codificação de
prioridades. Para nós, prioridade " 1" sempre é maiorque prioridade "2". Assim, a prioridade "2"
será sempre atendida depois da prioridade "1".
19.4 - Os sistemas numéricos. Naprática, ao visitar um local onde está instalado um sistema assim, não obtivemos esclarecimentos
sobre diversos casos e maior explicação que obtivemos foi: "depende dahora". Àsvezes uma
19.4.1 - Os sistemas numéricos simpies: prioridade era mais importante, às vezes era a outra.
Os sistemas de prioridades que usam sistemas numéricos consistem em designar com números
quenormalmente variamde "1" até3 ou4 astarefas,ondeasprioridades maiorescorrespondem 19.5 - Códigos de Prioridades
aos números mais baixos.
Deste modo um serviço de prioridade "1" deverá sempre ser executado antes dos serviços com
de Atendimento por Paiavras;
prioridade 2. Os códigos de prioridade de atendimento por sistemas de palavras devem ser estabelecidos somente
após a definição das palavras e pleno conhecimento do signifícado que terão no sistema de
Prioridade "1" é a de maior importância.
manutenção por todos os usuários e pelos componentes da equipe.
Prioridade "2" é a seguinte.
Recomenda-sequese dê àspalavraso mesmosignificadoquenormalmenteestasmesmaspalavras
Prioridade "3". possuem em um hospital e em um pronto-socorro para as de maior prioridade.
Prioridade "4" é a penúltima. As palavras que recomendamos que sejam usadas são: Emergência, Urgência, Necessária,
Prioridade "5" é a menor. Desejável e Prorrogável.
Não pode ser aceito, num sistema como este, a colocação de prioridades "zero" ou prioridades Usar as palavras que definem prioridades com o seguinte significado:
"-1" (menos um), pois a maior prioridade é a "1".
-172 I ^A-Organização oPlanejamento eoControle da Manutenção ~19 —-Prioridades de Atendimento 173

19.5.1 - Emergência 19.5.3 - Necessária


Éusada em pronto socorro para designar situações em que existe risco de vida do paciente. Critério de prioridademais alto para as O.S. normais e para as manutenções preventivas em
Estaprioridade deveráserusadaemmanutenção apenasquando a nãoexecução doserviçotrará situaçõesnormais. Estaterminologia temsidoadotadaporváriasempresas, queinclusivefazem
riscodevidadepessoas, oucolocará emriscoopatrimônio daempresa, ou trata-se de máquina programas dePlanejamento eControle deManutenção parausoemsistemas demicrocomputador
ou máquinas maiores.
vitalouemprocessode produção debensquepossuem datacomprometida de entrega,e poderá
atrasarecomprometeraentrega. Sãomanutenções quedevemserfeitasimediatamente. Casonão Exemplos: defeitosemmáquinas eequipamentos quenãoprejudicam oprocesso, massenãoforem
sejamexecutadasas máquinasfalham,oucontinuarãoparadas.Poderáhavergrave comprome reparados, amédioelongo prazo originarão tunafalha; manutenções preventivas deequipamentos
timento do patrimônio(ex.: vazamentodeinflamável), ou da segurançae vida das pessoas (Ex.: fundamentais à produção;proximidade de manutenções preditivasdetectadasatravésde instru
Produtos químicos ou tóxicos, etc.). mentos ou da experiência dos técnicos de manutenção c operação; manutenções preventivas
Estas últimas situações são situações que poderão comprometer o bom nome da empresa e executadas conforme plano indicado pelo fabricante, etc.
eventualmente perdas denovasencomendas, enquadrando-se, então, nasituação decomprometer
o futuro da empresa, e indiretamente o seu faturamento futuro e seu patrimônio. 19.5.4- Desejável
Isto quer dizer: Unare tudo o aue você está farfitido e vá aeora atender este trabalhoU que agora Palavraparadefinirtrabalhos queprecisam serfeitos, masnãoestãonastrêsprioridades maiores.
é quem tem maior prioridade e maior necessidade de atendimento, neste momento. Podem ser feitos dentro de algum tempo que pode ser até semanas.
Porexemplo,uma falhaem equipamento prioritário, classe"A", ou a iminênciade falhagrave Porexemplo: manutenções preventivas emequipamentos auxiliares; dosquaisnãodependem os
constatadapormediçõesou controlepreditivo. equipamentosclasse "A" e que não afetam a linha de produção.
Em tese a maioria das O.S. de preventivanão deve levar esta prioridade.
AsO.S.de preventiva pertencem aotipodeserviço queé previamente programado. AsO.S.de 19.5.5 - Prorrogável
manutençãopreventivanão deveriamlevaraunidadeIndustrialumasituaçãocomoadescrita acima. o mais baixo nível deprioridades, quando definidos porpalavras, como aqui, usado paraserviços
Os serviços de manutenção preventiva podemser críticos, mas não tão críticos e podem tolerar quepodemserexecutados ounão,semqueexistam problemas paraafábrica ouUnidade Industrial.
pequenos atrasos e ter datas alteradas para atender imprevistos em entrega de produtos.
Porexemplo, serviços aseremfeitos emequipamentos quenãopossuem ligação comaprodução,
Nãoconsigo entender umamáquina que, previamente analisada, comseqüência detrabalhos de trabalhosparamelhoriadasinstalações, etc.
manutenção detalhadapossa, hoje, estarprogramadaparaamanhãcomprioridade que"ponhaem
Comentários: do pontode vistado solicitante, nossocliente, todosos pedidos são no mínimo
riscoa vidahumanasenãoforfeita".Massóamanhã. Hojenãoexistenadaerradoemprogramar
urgentes. Em alguns casos se aceita que podem ser "necessários".
paraamanhã. Mas amanhãvira"emergência". Algoestá errado.
Umgrandeproblema emcodificarprioridades deatendimento emumaunidadeindustrial équando
se deve atenderpedidosde manutenção predial,residencial, tomadasem escritórios,extensões,
19.5.2- Urgência arcondicionadoeoutros trabalhos queapesardenãoafetaremaprodução ficam nocampo subjetivo
Prioridade deatendimento usadaparadesignarserviços quedevemserfeitos imediatamente, mas oudo"desejo"esãomuito difíceis deserem catalogados. Existemproblemas deordemhierárquica,
nãocolocamem risco vidashumanas nemo patrimônio daEmpresa comodefinidoacima,em políticos, etc. que podem subverter completamente as necessidades de atendimento de uma
"emergência". instalação fabril.
Isto quer dizer: ütermine n aue vocêestá farendo e vá atendereste trabalhoU que neste momento Numsistemacomoeste,ousodeUrgência Urgentíssimaéimpossível, poiscomoforamdefinidas
é o mais importantee aguardaa execução. as palavrassobrapoucoespaçoparainventaroutrasprioridades.
Porexemplo, defeitosemequipamentosprioritáriosquepoderãolevaramáquinaàindisponibilidade
empoucotempo; perdadecaracterísticas próprias deumequipamento (qualidade), detectadaantes 19.5.6 - Outro código de palavras, conri letras e números.
de sair da faixa de aceitação; pequena alteração nas características de equipamento de apoio a
Existeoutramaneira dedefiniro código de palavras. Vejaa seguir:
máquinasvitais do processo,que se continuar, provocará a parada do processo ou perda da
qualidade do produto, etc. As palavras são: Emergência, Urgência, T48, T96 e ROT.
Estetipodeprioridade quando solicitada ouquando concedida subentende queexisteperdade Emergência e Urgência sãocritérios usados dentro decritérios já defínidos anteriormente.
produção até que seja atendida, porém não existe risco de vida, de incêndio, de entregas fora de T48significaque deveser atendido em48 horas no máximo. Ouseja,doisdias.
datasjá acertadas econfirmadas, quenãoimpedirá aempresa decontinuarvendendo. Otrabalho T96 significaque oatendimento deveráserefetuado em96horas nomáximo, ouseja,quatro dias
poderá ser feito em horasextrasou normaise serárecuperadaa produção. de espera, no máximo.
de Atendimento 175

174
AOrganização oPlanejamento e o Controle daManutenção
19.6.5 - Não esqueça.
Eaabreviatura"ROT"significaserviçosderotina, quepodem aguardarmaisque 96hhoras (quatro Todas asdefinições aqui usadas deverão estar registradas em seu Manual de Organização da
dias) entra nafila deespera e nobacklog. Manutenção, parte Definições.
Estaspalavraspodemserinterligadascomoscritériosdeimportânciadeequipamemoseentãodesu
interligação se obtêm uma matriz de onde saem as prioridades.
Esta matriz está descrita mais adiante.
19.7 - Uso do Sistema Matricial
para as definições anteriores.
19.6-0 sistema de prioridades por importância Considerando asdefinições anteriores, monte uma matriz para análise dos diversos parâmetros
queencontrou apriorizeas atividades eprovidências sobre os mais importantes, ou seja, aqueles
de equipamentos. queocupem, na matriz, a áreade maiorrisco.
Este sistema, além do quejáfoi definido antes, pode ser interligado com qualquer dos sistemas
de prioridades anteriores, usando um critério seletivo, onde os equipamentos mais importantes 19.7.1 - O uso de matriz para definir a prioridade.
receberão tratamento preferencial, dentro de uma mesmaprioridade, ou até se sobrepondo aela, Dacombinação expostana classificação dos equipamentos, podemos combinar aqueles valores
enquadrando-se emprioridades maiores, ou como eventualmente oprojetista quiser definir. com asconseqüências das falhas e obter um outro critério deprioridades.
Pararelembrar, vamosredefinirábaixoumadasdefiniçõesdeclasses deequipamentosoperacionais,
Algumas variações estão expostas a seguir.
doponto devista operacional.
Napartedefinições,noprincípiofizemos vários tipos dedefinições. Vamosaquirepetiralgumas Noentanto,sevocêusaraclassificaçãodeimportânciafuncional doequipamento,eatribuirpontos
definições parafacilidade doleitor. aos equipamentos, ou melhor, àclassificação do equipamento, (Classe Asão os vitais eúnicos)
e assim pordiante, diversos outros critérios poderão ser montados.
Neste caso você pode usar uma combinação de conseqüências dafalha etipo deação solicitada.
19.6.1 - Importância do ponto de vista de Manutenção.
-Equipamentos Classe "A"- Manutenção Preventivaexecutadana periodicidade. 19.7.2 - Graduação da importância do Equipamento.
-Equipamentos Classe "B" -Manutenção preventiva pode atrasar um pouco Conforme exposta anteriormente, podemos graduar doseguinte modo:
-Equipamentos Classe "C" - Manutenção só corretiva. a- Equipamentos Vitais eÚnicos
b- Equipamentos Vitaiseemduplicata.
19.6.2 - importância do ponto de vista de Produção. c- Equipamentos não Vitais eÚnicos.
-Equipamentos Classe "A" - Vitais ao Processo eÚnicos. d- Equipamentos nãoVitais eemduplicata.
-Equipamentos Classe "B" - Vitais ao Processo eem duplicata. e- Equipamentos Improdutivos.
-Equipamentos Classe "C" —
Não Vital ao Processo eÚnicos.
-Equipamentos Classe "D" - Não Vital ao Processo eem duplicata 19.7.3 - A graduação da ação solicitada.
- Equipamentos Classe "E"- Improdutivos.
As ações solicitadas podem sen
a- Ações demanutenção corretiva (eliminação defalhas),
19.6.3 - Importância do pontode vista da Quaiidade. b- Ações demanutenção preventiva(eliminação dedefeitos)
-Equipamentos Classe "A" os que afetam aqualidade do produto. c- Ações demanutenção preventiva sistemática, com suas rotinas,
-Equipamento Classe "B" os que não afetam aqualidade. d- Açõesde manutenção preditivaou inspeção.
e- Ações demelhorias emodificações em equipamentos existentes; ajustes eregulagens em
19.6.4 - Importância do ponto de vista da Segurança. equipamentos existentes (quando não são partes deuma rotina demanutenção preventiva
- Equipamentos Classe "A"osqueafetam a segurança. sistemáticaoudemanutenção preventivanãosistemáticacomo asqueacontecem emfunção
- Equipamentos Classe "B"osque não afetam a segurança. deum acompanhamento preditivo); instalaçãodenovosequipamentos, incluindoseus testes,
seucomissionamentoeacolocação emcargaouemfuncionamento; testes emequipamentos
existentes;
— Prínridarlfs de Atendimento 177
176 j ÁJQiganizaçào oPlanejamento e-o Controle da Manutenção
f- Ações delimpeza deequipamentos edelocais detrabalho; arrumação delocais detrabalho 19.7.5.2 - Uso da tabela de prioridade e seus resultados.
e outras arrumações quando solicitadas (house keeping); serviços depintura; remoção de
equipamentos emdesuso; trabalhos de preservação de ruase jardins(quando a cargoda
manutenção); etc. ConaoqUóncU da Falha .Tabela de Priorização
1 8 Código Descrição Faixa

19.7.4 - A graduação da conseqüência


da falha, do defeito ou do não atendimento.
1
>
1
1 i •8
0

11 S
1
1
o
EME

URGC
Emergência Ia 6

--7a 15
«•
1 T48 Programóvei com 48hy ''^16825
§
Asdiversasconseqüências quepodemadvirda falhaoudodefeitoouda nãoaçãoestãoexpostas CIMM do EauitMtmoflta S
Viui e Único 1
>1 1
2'!* r
1
11
1
16
1
21 26
T96 Programável comjfdí 26 a 34

as seguir: yitel onacúnica 3 5 1T\ 12 17 22 27 31 ROT Rotina ^ 35 a 40


> Uo Vital •Único G oJNe ie 23 2a 32 33
1- Uma eventual falha trará risco às pessoas. Wo Vital e-nteúdco 10 1« 24 29 33 3S 38
mpnduUvo 1S 25 L30 34 37 38 40
2- Uma eventual falha trará risco ao meio ambiente.
3- A eventual falha provocará parada total da produção.
o tnkaUm isUdtods
4- Umaeventualfalha prejudicará a qualidade do produto ou prejudicaráo atendimentoao é cn 'cqaljpamcote
'líltil c bSo Anlco.
cliente.
O coBpBUdor vctUIca o
5- A eventual falha provocará redução de produção. A' nfl* cxecoffis ds
niiaero t muíama a
tnPaUio alcta a qaaU- número ,no código coobl.
6- Uma eventual falha não causa nenhum dos efeitos acima citados. dadcdopradsto.
nado t Imprime na O.S.

Como é lógico, vocêpoderá graduar asconseqüências dafalha oudodefeito dequalquer modo


diferentedeste, e não deve esquecerde qualquer graduação que usardeveráser consensadana Figura 19.02 - Matrizde prioridade coma ação resultante.
empresa.

19.7.6 - Uma matriz aiternativa.


19.7.5 - Uma matriz peia importância do equipamento. A seguir está montadaumamatrizque poderáser usadanestecaso.
Vamos a um exemplo. Noteque nós graduamos conformedetalhamos anteriormente, mas vocêpoderáusarasgraduações
que melhor lheconvier para obter o efeito nagraduação deprioridade mais adequada à sua
19.7.5.1 - A montagem da matriz e da tabela de prioridade. instalação. Nocaso graduamos comapenas doisdígitos paraindicar a prioridade.
Aseguirestáumamatriz ondeestácontempladaaimportânciadoequipamentoeasconseqüências Agoravocê deve associar aos números databela apalavra que deverá serimpressa naOrdem de
dafalha, e o usodestamatrizpodeser combinado coma tabelaexposta apósa matriz. Serviço ouusaros36níveis deprioridades definidos, onde "36" seria o maior nível.

ConwU*nclnl» Tabela de Priorização


Código DcscriçSo Faixa
EME Emergência la6
URG Urgênda 7 a 15
T48 Progmmávd com 48h 16 a 25
T96 Programável com 96b 26a34
ViUiaidoUnlco ROT Rotina 35a 40
MloVllilaUnteo
NtoVIUUnloUnteo
CoilMlaAstreln
Improdutivo

CoitulaASTREn

Figura 19.01 • Matrizde prioridade e ação resultante..


1^3—j -A-Ofganizaçâo-o-Fianejamento^o^^ntrole da Manutenção -Capítulo 49—Prioridades de Atendimento | 179

MATRIZ DE PRIORIDADES PARA A MANUTENÇÃO 19.8-0 sistema GUT.


Ação solidtada ou necessária o sistemaGUTéumamaneiradepriorizarastarefas. Éumamontagem matricial utilizadanaárea
MaautcnfAo .ManalençAo Mtsauiiflo Caminloumcoto Arrurnsflo
daqualidade, que combina três outros parâmetros que estão descritos aseguir.
-Graduação Buc«I«in Trtditiva ou
, -'dafnlha
Corretiva CèMlitia
Preventiva
UípcClo
Novas iaxttlaçtscs
Testa e ensaios <
eUaipaa
"llonsa
ApalavraGUT éformadadas três primeiras letras das palavras Gravidade UrgênciaeTendência.
MC BC MP MD Keeplat"
Elas recebemnotas de 1 a 5 e o final é um númeroque pode ser obtidode três maneiras:
- ,35 ,
'Siicoãs^pcss»^ 3fi 33 30 id 21 a- Pelasomadasnotas.Assimumagravidade"4",comumaurgência"3"ecomumatendência
• -as - -
de agravamento "2" terá umaprioridade (4+3+2) = 9 (nove),
/Rlscoaolddo: 34 32 29 25 20 15
: .aidbicnte b- Pelo produto das notas: neste caso aprioridade acima seria (4x3x2) =24(vinte equatro),
Baroda total de : • 31 28 24 19 14 10
c- Pela média,quepoderáser aritméticaou ponderada.
FrotfacSo

Perda jdequa-^ 18 . ,13 09 od


Alguns autores internacionais sugerem que estes valores devem ser elevados aoquadrado antes
^Udode de serem processados.
. SReduçSo de - . 12 •, 08 05 03 Alegam que ovalor 4ou5são muito próximos um do outro, eque ao quadrado, seriam 16 e25,
Produção
respectivamente eque esta diferença é mais percebida que uma unidade.
Ncubum dos 07 04 02 , 01 :
.efeitos acima Se usarmos o sistema proposto ficaria com:
a- Pelasomadasnotas. Assim umagravidade "4",comumaurgência "3"ecomumatendência
Figura 19.03 - Matriz de prioridade usando outra classificação. deagravamento "2" teráumaprioridade (42+32+22)=(16+9+4)=29, ouseja, vinte enove,
o quebemdiferente deoutros valores próximos sesomados,
Quando um número entre 34 a 36 for selecionado pelo sistema será impresso "EME". b- Pelo produto das notas: neste caso aprioridade acima seria (4P-''x3P^x2P^) = (16x9x4)
Quando um número entre 27 a 33 for selecionado pelo sistema será impresso "URG". =576, ouseja, quinhentos esetentaeseis, oque ébem diferente, em escala, dovalor obtido
Para números entre 17 a 26 será impresso "T48" e assim por diante.
pelométododeapenasmultiplicar,
c- Repare adiferençaque oscritérios fazem comosvalores (5,4e3)ou(4,4e4).Ambos somam
16,o que sugere mesmaprioridade.
Número da Descrição Código
No entanto (5P^+4P^+3P^'') = (25+16+9) = 50.
tabela
O outro valor (4P^+4P"'+4P^) = (16+16+16) = 48.
34 a 36 Emergência EME
d- Pelo método do quadrado multiplicado:
27 ou 33 Urgência URG
No entanto (5F'"x4P2^x3p2'0 = (25x16x9) = 3600
17 a 26 Programar e executar em 48 horas T48
O outro valor (4P^x4P^x4P^0 = (16x16x16) = 4096.
11 a 16 Programar e executar em 96 horas T96
Leveisto em consideração ao fazero seucritériodeprioridade.
01 a 10 Trabalhos de rotina ROT
Sepossível junteestecritério com a importância funcional doequipamento.
Figura 19.04 —Tabela de conversão de 36 níveis
de prioridades para apenas cinco níveis. 19.9 - Quem deverá definir
O desejável é usar os níveis de prioridade que sejam compatíveis com a realidade de sua unidade
a prioridade de atendimento?
industrial.
o pontoé controvertidoe de difícil resposta.
Sedeixada aosolicitante poderemos terproblemas comsolicitações deprioridades sempre altas
demais.

Se, no entanto, resolvermos que devemos revisar ou acertar as prioridades para aquilo que
entendemos comoprioritário assumimos oriscodenãoavaliarcorretamente umasituaçãoesermos
penalizados por isto.
LO Planejamento e o Controle da Manutenção

A melhor maneira é Uagir de comum acordo com os solicitantesU estabelecer regras sobre
prioridadeesobre quemdeveráseratendidoantes.Se existirem muitasprioridadesde mesmo grau, Capítulo 20
em conjunto com os solicitantes realocar as prioridades.
Tome claroque, se todasas prioridadesforemsempre de mesmograu, a que chegou antes, deverá
ser atendida antes.
Isto quer dizer que, se todos os pedidos forem de prioridade "Urgência" nós deveremos atender
antes aque chegou antes e a assim não mais existeprioridades de atendimentos (se todas chegarem
sempre com a máxima prioridade), para entramos no sistema de filas de espera, ou seja, quem
chegou antes é atendido antes. Isto é mau, pois, devido ao mau uso do sistema de prioridades, todas
as O.S. possuem amesmaprioridade, o que, pode serresumido como segue "as que chegaram antes
serão atendidas antes". Não haverá sistema de prioridades, a não ser o cronológico.
Ordens de Serviço
Evidentemente, a melhor maneirade agir é usaras opções de uso de matriz nocomputadore permitir
que aprimeiragraduação venha do próprio programa, conforme mostramos anteriormente. Neste
caso a matriz estará dentro do "soft" e já consensada e aceita. Com isto é só seguir o que vier do
sistema.

Mas cuidado, a prioridade entregue pelo sistema é a que foi pensada por ocasião da montagem.
Se algo variou, tome claro que o sistema de prioridades deve ser revisto.
Os integrantes da manutenção e da operação podem a qualquer momento rever uma determinada 20.1 - Resumo.
prioridade. Mas isto não deverá ser rotina. Nestaparte tratamossobre o documentochamadoOrdemde Serviço,quais seuscampose que tipo
de informação deve constar neste documento.
19.10 - Considerações:
Ao definir um sistemade prioridades, lembre-se sempre que nós estamos aqui para prestar serviços, 20.2 - Introdução
serviços de manutenção, e que para nós tanto faz qual é o serviço que deverá ser feito antes. AOrdemde Serviçoé o documentobásicoparao registroda prestaçãodosserviçosde manutenção.
Se você atende a dois ou mais clientes intemos, e chegar ao mesmo tempo, duas solicitações de Nenhum serviço, em condições normais, deveria ser executado sem uma Ordem de Serviços
atendimento, com a prioridade máxima e só puder atender a uma delas, você deverá resolver este previamente emitida e aprovada.
assunto com os solicitantes, pois eles são seus clientes e quem, por hipótese, sabem onde o sapato
A Ordem de Serviço é onde se descreve as tarefas que devem ser executadas pelo pessoal de
deles está apertando. Você deve demonstrar as limitações e potenciais das equipes de manutenção
manutenção, sejam elas oriundas de programas de manutenção preventiva ou de solicitações de
e pedir, no caso de nova ocorrência, que eles aceitem esperar e quem esperará. Se for tudo feito
usuários para manutenções corretivas ou modificações.
de acordo, não haverá problemas neste campo.
Este tópico será examinado dentro da ótica da Qualidade Total, usando a ferramenta chamada
Pessoalmente já tive tuna situação destas, que não foi resolvida a nível de gerência, pois os gerentes
"5W1H", onde os 5W significam: "why" (porque), "where" (onde), "who" (quem), "what" (o que)
não queriam esperar. Havia apenas uma equipe de turno (lun eletricista e um mecânico) e a segunda
e "when" (quando), e onde o "H" significa "how" (como).
falha devia sempre esperar o término do atendimento da falha anterior. Nenhum dos dois se
conformavaem esperar. Indo ao escalão superior, que era quem mandavanos dois, ficou definido Deste modo,para cumprir o quefoiescrito acima,uma ordemde serviçosdeverá explicitar,sempre,
quem e quais máquinas seriam atendidase em qual seqüência, numa pouco provável falha conjunta. o quedeveserfeito(what);ondeseráfeito(where);comoseráfeito(how);quandoseráfeito(when)
e por quem será feito (who).
No mais, se você atende a dois ou mais clientes intemos, faça o possível para atender a todos e
atenderbem.

20.3 - Projeto da Ordem de Serviço.


A ordem de serviço deve ser projetada, desenhada e personalizada para a sua empresa.
Usualmente nocanto superior esquerdo deve estaro logotipo daempiresa.
O maior aliado neste tipo de tarefa é o fornecedor do "soft" que lhe auxiliará e lhe orientará,
considerando a experiência dele, na implementação do sistema.
AOrganização oPlanejamento e o Controle da Manutenção
Xlapítülo 20 - Ordens de Serviço | 183
182

No entanto, você deve estar alerta para que ele respeite acultura de sua empresa enão lhe traga 20.4.3 - COMO o trabalho será executado.
problemas novos. Na O.S. existirá uma descrição sobre como executar as tarefas, passo apasso, bem como quais
Ao final deste capítulo estão exemplos de O.S. de diversos formatos epara diversas situações. parâmetros são importantes natarefa, principalmentenos trabalhos de manutenção preventiva.
Consulte edecida oque você necessita. Considere qual otipo de informação que deve constar, Em tese, toda aseqüência de trabalhos está descrita na Ordem de Serviço.
lembrando quais suas metas dentro do Planejamento eControle da Manutenção, dentro de su^ Quando arotinaforextensa, indiquenaprópriaO.S. qual oProcedimentode Manutenção Padrão
necessidadesnaEngenhariadaManutenção,dentrodesuarealidadenaEngenhariadaConfiabilidade (l.M.) quedeverá ser usado e seguido.
e da contabilidade de sua empresa. Se houver um computadorparaaprogramação das tarefas de manutenção, equando aseqüência
Não complique demasiadamente edesnecessariamente sua Ordem de Serviço. de trabalhosforemitidapelocomputador, deveráhaverumafacilidadenoprogramaparaqueal.M.
seja impressajunto com a O.S.
Analise com cuidado qual otipo de informação deve ser fornecida ao executante eque tipo de
informaçãooexecutantedevefornecerderetomoaosistemadecontroleparaqueasmetaseamissão Istopodeser entendido de duasformas:
damanutenção sejamcumpridas. a- Ocomputadoréprogramado para incluirna própria O.S. toda aInstrução de Manutenção,
Em seguida detalhamos umpouco mais esteassunto. b- OcomputadoréprogramadoparaimprimiraO.S. emencionarnelaqual al.M. quedescreve
comdetalhes atarefaeemseguidaimprimiral.M. toda. Cite no inícioqual aO.S. aque aquela
l.M. se refere.
20.4 - Ordem de Serviço que chega Se a seqüência dos trabalhos for muito longa haverá, preferivelmente a indicação de qual
até o PCM para execução. Procedimento deManutenção Padrão deverá serusada durante o trabalho.
Nestaparte, vamosanalisarodocumeiito"O.S.",que.aochegaraléoPCM, paraserprogramada. A l.M. estaráimpressa logoa seguire anexaà O.S.
deve atender alguns requisitos. Isto deve ser feito deste modo porque, sempre que houver uma modificação na seqüência dos
Deve ter diversos campos ediversas informações para quem recebe aO.S. paraexecução epara trabalhos descritos naI.M.. napróxima vez em que al.M. impressa para for execução, jáserá
quando devolve, após a execução. impressajunto com apróxima O.S. ejáestará com as modificações incluídas.
Sempreque umsistemaassim forusado nãopermitaque sejausadaumal.M. antiga. Elapode estar
20.4.1 - O QUE deverá ser feito. desatualizada esermotivo deinsegurança, deacidentes e detrabalhos imperfeitos.
Na Ordem de Serviços deverá constar título do trabalho eoque deverá ser feito. No mais. oretomo dainformação parabanco dedados de histórico eparaanálise, serásempre no
corpo da O.S.
Haverá indicação clara de qual obra etipo de trabalho que deverá ser executado.
Numa O.S.. fisicamente pequena, oslocais para osdados de retomo, deverão ser sempre bem
Se for uma Ordem de Serviço de Manutenção PreventivaSistemática deverá ter informação da projetados econcisos, para que quando aO.S. que retomar ao PCM, ele possafazer oexame dos
periodicidade,porexemplo,•'RevisãoSemestral"ouqualqueroutraperiodicidade,semprequefor dados eadigitação das informações para histórico seja adequada.
o caso.
Na Procedimento de Manutenção Padrão que apoia aO.S. estará descrito oscuidados aserem
Sefor umamáquinaque tenhaseu períodocontrolado por"horade funcionamento" deveráestar tomados pelo executante; qual aseqüência de trabalho; quais as rotinas aserem seguidas; quais
umaindicação.porexemplo,de"Revisãode500horas" ouseocontroleforporquilômetrorodado, as ferramentas necessárias; quais os sobressalentes epeçasde trocaobrigatória; quais os valores
aindicação de"Revisão de25000 km". limites mínimos emáximos para peças em desgastes; mídos eoutras variáveis.
Istoéimportanteparaqueoexecutantefiqueinformadodestaperiodicidadee, sobretudo,ousuário Areferência do controle dequalidade não deve ficar namão do executante. Por melhor que seja
da máquina saiba por que oequipamento ficará fora deserviço. otreinamentode suaequipe, semprehaverárotatividade de mão de obra. Um próximocolaborador
deverá teruma chance defazer umbom trabalho. Paraaempresa, aregularidade deexecução ea
20.4.2 - ONDE o trabalho será executado. qualidadedos trabalhosde manutençãosãofundamentais paraum bomdesempenhodeprodução.
AOrdem de Serviço (O.S.) deverá indicar claramente onde oserviço deverá ser executado. APMP deverá citar quais os equipamentos de proteção individual ecoletiva devem ser usados
Para isto deverão estar claramente definidos os locais onde serão anotados os códigos dos e instalados no local onde será efetuada a manutenção.
equipamentos, ou ainda, onomepeloqual oequipamentoéconhecidonaunidadeindustrial, com Faça de conta que opróximo executante não foi treinado em Segurança do Trabalho.
seu código ou seu "TAG". Oconjunto será mais seguro se não se esquecer nada sobre segurança eprevenção de acidentes.
AO.S. deverá possuir um local para indicar onde amáquina está situada. Émelhor repetir um aviso de segurança do que constatar, após um acidente grave, que amedida
Seexistirem várias máquinas evários locais, aindicação feita nesta O.S. deveráser tão claraque desegurança foi esquecida oueraignorada oudesconhecida.
impossibiliteerrosdelocalização. Deverásertãoclaraque impeçaque sejaefetuadamanutenção
emuma errada etãoclara que evite perda detempo nalocalização doequipamento.
-t84 -|- eo Controle^da Manutenção
rapfhiln 20 —Ordens de Serviço | 185

Se a O.S. não citar estes cuidados, a Procedimentode Manutenção Padrão deve citar ainda: quais 20.5 - RETORNO da O.S. do exfecutante ao PCWI
oscuidadosparainterdiçãode áreaequaisprocedimentos quedevemsertomados ao términodo
trabalho para liberação do local. Isto inclui testes e procedimentos de limpeza e eventual após executada.
descontaminação; inspeções de órgãosde segurança(internose externos);órgãos de proteção AO.S. além deservir pararegistro detodo oserviço executado, serviráaindapararegistro doque
ambiental; desaúdepública;do grupodeprevençãodeacidentesinternosbemcomodeengenheiros foi executado, quando foi executado,comofoi executado,quando, porquem, equais osproblemas
de segurança e técnicos. encontrados.
Estes dados sãofundamentais paraa construção deumHistórico de Manutenção.
20.4.4 - QUEM fará o trabalho. As Ordens de Serviçoao retomarem ao PCMdeverão indicar:
Éparte obrigatória deuma O.S. programada, aindicação dequem iráexecutar o trabalho.
Esta indicação será a Divisão, a Seção, a Turma, o Grupo, e se necessário, poderá ter até o nome 20.5.1 - ONDE o trabalho foi executado.
do empregado, a matrícula, e, em sistemas informatizados. Noretomo, a Ordem deServiço (O.S.) indicará onde o serviço foi executado.
Assim, na O.S. deverá constar o tipo de mão de obra (eletricista, mecânico), qual a seção; turma; Normalmente oserviço éem máquinas estacionárias ou eminstalações fixas, eesta solicitação é
supervisão; e ainda os demais dados que possam facilitar a obtenção de dados numa pesquisa satisfeita apenas pela indicação do local onde amáquina estainstalada.
posterior. Em casos deatendimento deequipamentos móveis esefor desejado um controle sobre oslocms
Em sistemas não informatizados, ao indicar a equipe que executará a obra, normalmente, está deexecução, deveráserfeita umaprevisãoparaindicarolocalreal daexecução,jáquepodevari^
implícito o tipo de mão de obra. Pensamos em empresas muito pequenas. em muito otempo real de execução comamudançade locais. Ainformaçãoéparticularmente útil
Seexistea possibilidadede que oserviçosejacumpridopor subcontratanteou porterceiros,deverá paraestimativas futuras, neste mesmo equipamento, equipamentos semelhanteseem local onde
estar incluída uma parte que descreva a classificação mínima e conhecimentos mínimos que o as tarefas foram executadas.
executante possua; níveis de escolaridade; treinamento prévio e etc.
Note que, em alguns casos, esta informação deve estar incluída também no início da Instrução de 20.5.2 - O QUE foi feito.
Manutenção, além, é lógico, de estar bem detalhada no contrato de prestação de serviços.
Aprevisão de espaço para indicar oque foi feito deve ser dentro da necessidade de registro de
NaO.S.haveráum campopara que sejaindicadoo tempoprovável deexecuçãoda tarefa.Ao lado histórico de cada empresa.
desde campo deverá haver um outro para anotar o tempo real de execução. Quem usahistórico codificado deve colocar espaço paratal.
Em sistemas de CMMS isto pode ser desnecessário, pois o lançamento diário dos trabalhos Emqualquercaso,haverásempreespaçoparaqueoexecutantefaça adescriçãoemlinguagemclara
executados no dia trará a soma do que foi gasto em Hh até então.
(não codificada) ecom suas próprias palavras registre oevento. Este espaço, dentro do interesse
daempresa, deveráregistraraspeças trocadas, omaterial gastoealguns outrosdados que poderão
20.4.5 - QUANDO o trabalho será executado. serutilizados nofuturo ounapróxima vezqueo serviço forprogramado.
Com a indicação de quando será feita a obra, estamos fazendo com que exista uma programação Com isto aumentar-se-á a eficiência da equipe.
prévia. Isto é particularmente importante quando existem trabalhos que afetam muitas áreas, ou
que exigem cuidados especiais com mobilização de muitos recursos. 20.5.3 - COMO o trabalho foi executado.
A O.S.poderá ter um campo que indiqueo tempomáximo de execução e ainda,em alguns casos, NaO.S. existirá campo para indicar se a informação queveio foisuficiente ousedeveria ser
deveráestarestabelecidoqual ahoramaiscedoe maistarde que o trabalhodeveráser iniciadobem completada. Este campo indicará seoProcedimento de Manutenção Padrão deve ser refeito ou
como qual a hora mais cedo e mais tarde que deverá estar concluído. complementado.
A O.S. indicará ainda o "por que" deste procedimento e informará o que deve ser feito caso não Quando a seqüência dos trabalhos for muito longa, haverá, então, um acompanhamento e
seja possível cumprir, e quem deverá ser informado da impossibilidade. entendimento entreexecutantes, seussupervisores e o PCM paraanálise e melhordesempenho
Deveráhaver um campo onde será indicada a prioridade do serviço, com as palavras ou códigos daequipe executante napróxima vez emque otrabalho for executado.
de prioridade que a empresa usar. Não seesqueça de que quase todos ostrabalhos de Manutenção Preventiva são repetitivos.

20.5.4 - POR QUEM o trabalho foi executado.


Deveserobrigatórianuma O.S. programada, indicação dequem executou otrabalho. Usualmente
quem executou éaquele profissional que foi programado para atarefa.
^^86 p Planejamento e o Controle da Manutenção rffpfhiln 20 - Ordens de Serviço | 187
|-

Esta indicação de retomo deve ser pelo código do empregado em sistemas informatizados e, em 20.6.2 - Em controle Informatizado.
sistemas manuais o nome e o tipo de mão de obra (eletricista; mecânico; qual a seção; turma; Em controle informatizado, os dados são digitados de retomo ao computador, em telaprópria, de
supervisão); e demais dados que possam facilitar uma pesquisa posterior. onde formarão o banco dedados das ocorrências demanutenção doequipamento.
Além disto, próximo do campo que indicou o tempo provável de execução da tarefa, haverá um Este banco dedados émais conhecido como Histórico de Equipamentos que jádiscutimos.
outro campo que será usado com a indicação do tempo real de execução da tarefa, para uso de
apropriação de mão de obra.
Nestepontoéadequado mais umavezressaltarque, seas anotações quenão foram feitas de forma
adequadana O.S., apessoa que irádigitar os dados de retomo no arquivo eletrônicode Histónco
Em sistemas informatizados a indicação do código do executante com a parcela de cada dia fará doEquipamento, não terácomodigitaroquerealmente aconteceu,eumaanálise futuraserádifícil.
a soma no próprio computador das parcelas usadas em vários dias e dará o total de mão de obra NaparledeHistórico deEquipamentos retomaremos a esteassunto.
que foi usadana tarefa. Isto é importantepara controlede serviços em atraso e em execução. Pode-
se saber o que existe por fazer.
Depoisdedigitadaainformaçãodo que foi executadoedo encontrado, as O.S. guardadas formam
um montede papel. Este montedepapel, em algunscasos, poderáserdescartado. Em alguns casos
Umestudo do índice de equipe conhecido como Backlog é importante para gerenciar a mão de obra. estemontede papeldeveráserguardado.
Este estudo está completo no livro sobre Indicadores.
Falando de um modo genérico esupondo que você tenha um banco de dados informatizado com
um bom retomo de informação para histórico epara controle, aO.S. encerrada (o papel) éinútil
20.5.5 - QUANDO o trabalho foi executado. edesnecessária. Uma vez digitado no computador os dados constantes da folha de papel são
Coma indicaçãodequando foiexecutadaa obra,estamosfazendo comqueexista um vínculopara supérfluos. Tudojá estáno computador.
controle entre a programação prévia e a execução. No entanto, nem sempre éassim. Nem sempre você pode descarUropapel, ou seja, odocumento
Isto é muito importante quando existem trabalhos que afetam muitas áreas, ou que exigem cuidados físico que é a O.S.
especiais com mobilização de muitos recursos.
Se houve necessidade de alterar a programação o PCM deve, previamente, estar a par e proceder 20.7 - Descarte do Documento Físico
às alterações que sejam cabíveis na próxima vez em que o trabalho for executado.
da Ordem de Serviço.
Existemsituações onde aO.S. não podenem deve serimediatamentedestruída, pois suapresença
20.6 - Arquivamento de Ordens de Serviço. física constitui documento hábil e necessário em diversas situações.
Após conclusão das tarefas os dados, pertinentes ao sistema de informações montado, deverão Naindústria farmacêutica existe umatendência deque asO.S. não sejam descartas amenos que
ser apontadas e lançadas em local adequado. todo osistema de processamento de dados e, principalmente, o"soft" especialista seja validado.
Os lançamentos em sistemas de controle manual e informatizado são feitos de modo diferente. Vamos veralguns casos onde nãose deve descartar a O.S.

20.6.1 - Em controle manual. 20.7.1 - Em caso de ser documento básico


Em controle manual, estes d^os são lançados na Ficha de Histórico do Equipamento. para ressarcimento.
A ficha de histórico de equipamentos é um documento especialmente desenhado para receber esta
informação.
Para cada equipamento importante haverá uma ficha onde serão anotados os dados importantes,
para que estes dados, no futuro, sejam as informações para a análise do que aconteceu no
equipamento. Após a leitura e análise do que conste na fícha, a pessoa que leu os dados, baseada exige o documento "O.S." para pagar o serviço
na informação lida e em seus conhecimentos, possa tomar uma decisão sobre o que deve ser feito
para evitarrepetição de problemas.
20.7.2 - Em caso de prova de execução de serviços.
Nestepontoé adequadoressaltarque se as anotaçõesnão foram feitasde formaadequada,quem Existem situações onde sociedades classificadoras, seguradoras e organismos de controle e
ler a Ficha de Histórico, não terá comosabero que realmente aconteceu.Mais adiante, na parte inspeções nacionais einternacionais exigem apresença física do documento por algum tempo.
de Histórico de Equipamentos retomaremos a este assunto.
Nestescasos vocêdeve verificarseasuaempresaéauditadaeporquem éauditada, seéinspecionada
ou fiscalizada equais as exigências destas auditorias ou inspeções. Nestes casos, descarte ou
arquiveseguindoa orientaçãodestasempresas.
Capítulo 20 - Ordens de Serviço | 189
488 -| AOrganização oPlanejamento eoControle da Manutenção

Existem empresas seguradorasquenãoaceitamcomo prova, apenas olançamentonocomputador, Neste caso você deve estudar mais este assunto e consultar especialistas para saber quais os
paratodasasO.S.,e exigem, para alguns serviços, a presençafísica daO.S.com todosos anexos, parâmetros que devem ser usados para oestudo da confiabilidade edeve incluí-los na sua O.S.
incluindo eventuais laudos externos, notasfiscais de prestação de serviços, notas de compra de Não esqueça que oexecutante deve ser treinado no preenchimento das O.S. ede seus campos, e
materiais, requisições de material interno, etc. dosignificado queaspalavras terão parao sistema.
Casoa exigênciasejaparaapenasalgunstiposdeserviços,osdocumentos referentesaosdemais Deve haver compreensão do assunto por todos etodos deverão estar cientes da importância da
tipos de serviços poderão ser descartados, dentro de critérios que, necessariamente, devem ser participação decadaumnosistema.
preestabelecidos internamente à empresa.
Usualmente estescritérios sãoestabelecidos externamente à áreadamanutençãoquedeveráseguir
o que lá foi estabelecido.
20.9 - Exemplo de Ordens de Serviço. J

Pessoalmente já participei de evento ondeo inspetor da seguradora pediu notade compra do


Na Figura aseguir está exemplo de Ordem de Serviço usamos durante nossos trabalhos,
material, certificado dequalidade dolotedomaterial e ostestesnomaterial recebido paraliberar apassou aser criado pela impressora no local eno instante da solicitação. 1

aquele evento para ressarcimento. if


Este caso,o de prova de execuçãode serviçossegundoum padrãoqualquer, é uma varianteda
1
t
Departamento de Manutenção da Fábrica Modelo
situação citada anteriormente, mas, por ser importantefica aqui ressalvado. Seção
Divisão de Manutenção da Unidade A
PCM Ceittrot. d. 0.8.

Ordem de Serviço de Manutenção


20.7.3 - Em casos de Garantia da Qualidade. Iniciar após:
Sí.
Equipamento Modelo CUmo de Segurança
Quando existe na empresa a necessidade de comprovar a qualidade (Garantia da Qualidade); m» a»

quando existeanecessidade derastreartarefas esituações; quando existemprotocolos rígidosde rUtrtcm i*iM


Fabricante Componente Código de Material Termtiwr antes de:

qualidade; quando asituaçãodasmáquinaseasO.S. ficam indicadasnaqueles protocolos; quando,


adependerdaexigênciadasentidades fiscalizadoras, os "pacotes"dedocumentos assimformados, Serviço solicitado |C. Custo Jprioridade:
nãopodemenãodevemserdestruídos antesdeumdeterminado tempoquevariaconformeocaso. 1 IClMeWlwlo d. fttlYlfliit. * ICtM.ine.clo d» T.wr«;

Casovocêseenquadre emalguns destes casos, você deveverificar comseuscolegas daGarantia


ICtei»Ulcme»o dl T»i.fa!
da Qualidade comodeve proceder com seus documentos e então proceda de acordo com a a ICUMlBeMlO dl TlUfa!

necessidade da empresas.
Píac«»in.ntos d. Segurança a aagulr
Já encontrei casos onde o documento físico devia serguardado poralguns anos, apesar de ser ProcMUmen» di Minutançao a uur:
UhrMa.*1 MMMst
MMM»!

corretamente digitado num sistema de processamento de dados. UMdlMl

OaU Iniciada Data Encerrada


Oala Progninada
M. ata D. hm MbL Am IMt Ote Hon Mn.
fiiÉ Hon Mn.

20.8 - Considerações. Entrega do Equiparntntopa n a Manutenção Devoluçéo do Equipamento para a uperaçao

Conforme você notou, o uso de Ordens de Serviço na manutenção é muito importante para a
organização dosistema;Unaraquese documenteU o quedeveráser feitoe o quefoi feito;para Serviço PieatadoeAçlo Tomada ^ HataM

controle de usodemãode obra;paracontrole contábil da manutenção, é sobretudo, Upara que I.„ L I 1 L.-.L. 1- L 1 1
se possamontarum Históricode ManutençãoU. com todosos registrosque devemexistir para AtMdeds)

o registro e interpretação das "falhas"em todasas suas manifestações, e com isto rastrear as 1 ewto Acto 1
ocorrências. Deacricaa do Seivieo Executado para Hletarteo

A Ordemde Serviçodeve ser o documento básicopara que se saiba o que será executado; o
documento básicopararegistrodoquefoifeitoe,emsistemasinformatizados, odocumentobásico Comenttiloa adldonali:
Término do Trabalho
para oregistro dainformação que iráserdigitada para compor obanco dedados necessário para
controle da manutenção e das máquinas.
Normalmente todo osistemadecoletadedados paraoHistórico deManutençãopode sercentrado
naO.S. eaimplantação deumaboa O.S. éfator determinante para uma melhor manutenção, para
apropriação de mãode obrae paradeterminação de custode tarefas. 9» ftsc—sArto eootifltft no v

Sevocê pretende usar osdados para estudos mais sérios, como confiabilidade, disponibilidade
e providênciaspara melhoria destes parâmetros,ao isto deve ser levado em conta ao se desenhar Figura 20.01 - Exemplode Ordem de Serviço
aO.S.
"t90—I -AXírganiza^o oPlanejamento eoControle da Manutenção
Esta O.S. foi usada por empresa prestadora de serviços de reparos em equipamentos, em controle
manual, serviços estes que poderiam ser dentro do prazo da garantia ou após ele. As três partes
Capítulo 21
destacáveis ao fínal serviam para controle e indicavam o número do pedido. Um número eraafíxado
ao equipamento, um era entregue ao cliente e o terceiro era para controle interno.
A informatização deste serviço acabou com a impressão externa deste formulário em gráficas, pois
agora passou a ser criado pela impressora no local e no instante da solicitação.

Histórico de equipamentos

21.1 - Resumo.
Após asatividades solicitadas nas Ordens deServiço diversas anotações devem serfeitas ouna
ficha de histórico ouna Ordem deServiço onde se o sistema de manutenção forinformatizado
deverão ser transcritas no banco de dados do computador.
Mas, o que deve ser anotado?
Sobre oquedeve seranotado, oque deve serconservado eoquedeve serdescartado équetratamos
aqui.
Naparte deOrdens deServiços tratamos deassunto parecido, mas relacionado sobre odocumento
de papel chamado O.S.

21.2 - Introdução.
Durante as atividades de manutenção diversas tarefas são executadas nos equipamentos da
empresa.

Umadescrição do que foi feito deveconstar na OSe deveserpreservada parauso posterior.


Fst^^s descrições podem serprocessadas paraestudos deconfiabilidade; paralevantamento docusto
destatarefaeparaestimativadocusto napróxima atividade idêntica; paralevantamento dotempo
demáquinaparadanesta vezeparaestimativadetempo deparada, napróximaparada; paraemissão
depedidodecompraparaapróximaparadaouemissão derequisição antecipadade material para
uso no próximo evento e etc.
Estasinformações convenientemente guardadas constituem umarquivo oubancode dadosque
chamamos de Histórico de Equipamentos.
I AOrganização oPlanejamento eoControle da Manutenção de equipamentos 193

treinamento a seus profissionais sobre Engenharia da Confiabilidade e sobre Engenharia de


21.3 - Definição Manutenção e então, com certeza, você saberá o que quer.
o dicionáriodo Aurélioinforma-nos quehistórico é: "Relativoà história",nosignificado1e, no Se você não pretende registrar no histórico do equipamento o consumo de material, não esquente
significado 4: "Exposiçãocronológica defatos". a sua cabeça com isto. Simplesmente não registre. Existe um preço a pagar, mais tarde.
HISTÓRICO -(Record) -Registro dos incidentes, Avarias, Reparações eintervenções emgeral Se você pretende controlar a qualidade e confiabilidade de determinado componente e de
que dizem respeito aum determinado Item. Eqüivale aotermo Histórico doEquipamento (de uso determinado fabricante, então a informação sobre cada peça em si, sobre qual o seu fabricante e
preferível), (doDicionário deTermos de Manutenção). qual o fornecedor deverá estar no histórico.
Com base na definição acima, vamos definir como; Para um caso especial como este aqui mencionado, a informação do módulo de material pode ser
Histórico deEquipamentos: "um arquivo onde ficará guardada a informação e o registro dos insuficiente, pois lá um determinado material de qualquer fabricante terá o mesmo código.
incidentes, avarias, reparações, intervenções em geral que dizem respeito a umdeterminado Por exemplo: um rolamento do tipo6202ZZ teráo mesmo código de material, normalmente, para
equipamento ou item". todo e qualquer fabricante ou fornecedor.
HISTÓRICO DE EQUIPAMENTO - (History Record, Record) - Registro dos incidentes, A realidade demonstra que um rolamento deste tipo, responderá de modo diferente em máquinas
avarias, reparações eintervenções em geral quedizem respeito aum determinado item. Eqüivale diferentes e até em máquinas iguais, quando instaladas em locais diferentes, com carga de trabalho
ao termo Histórico e Ficha Histórica. diferente.
Adefinição acima é a que consta noDicionário deTermos deManutenção daAbraman.
21.6 - Como colocar a Informação.
21.4 - De onde virá a Informação colocada neste Você deve registrar o que aconteceu, mas de um modo tal que se possa saber, em qualquer data
banco de dados. posterior, o que realmente aconteceu.
Ainformaçãoque irácomporobanco de dados dehistóricos virádefontes, documentos eregistros Por exemplo: a bomba de água salgada parou.
existentes na manutenção. Registro: a bomba não funciona. Solução: reparada.
O documento maisusadonamanutenção é a Ordem de Serviços, queteveumtratamento mais Isto está correto?
completoem outra parte desteestudo. Sim. Mas, será que poderia estar mais bem descrita? Sim, poderia e deveria. Por que o registro
Conforme mencionamos naquela parte, aOrdem deServiços deve serdesenhada para quenela foi feito? Para que o registro intefessa?
exista espaço suficiente para fazer constar toda ainformação necessária que aoserdigitada, ou Poderia estar descrito assim: bomba d' água salgada parou devido rotor solto no eixo. Substituída
transcritano arquivo,formaráo Histórico de Equipamentos. a bomba por bomba idêntica previamente testada. Bomba removida encaminhada para oficina
central.

21.5 - Qual Informação colocar neste Histórico. Evidentementeexistem modos de descrevere de codificar este evento, de se obterdescrições mais
compactas e que facilitem a busca da informação guardada no banco de dados de histórico.
No histórico deequipamentos deve sercolocada toda ainformação que sejarelevante equeseja
necessária paraanálises futuras. Algims profissionais preferem colocar toda a informação e
periodicamente descartar alguns dados dentro decritérios discutidos mais adiante. 21.7 - Modo de montar um código
Oproblemaéqueno iníciodamontagemdo sistemainformatizado não sabemos, comcerteza, qual sem avaliar a função do Item.
a informação queseránecessária, quais dados devem sercoletados.
o código pode ser montado com números ou letras.
Napartede OrdensdeServiçojácomentamosarespeito decuidados aserem tomados paragarantir
dados necessários ao banco de dados. Mencionamos que um bom aliado para resolver este Por ser mais fácil de associar o que aconteceu com letras que podem sugerir o acontecimento,
problema é o fornecedor do "soft", e lembramos que ninguém, a não ser você e seus colegas, normalmente as pessoas preferem este tipo de código.
conhecem a realidade da empresa. Assim,umrolamento quetravou, possousarseisletrase usar"roltra"e nocasodabombad'água
Casonãoexista conhecimentocomum,conversecompessoasde manutençãode outras empresas, antes citada, onde o rotor soltou poderíamos usar "rot sol".
consulte profissionais antigos, consulte vários fornecedores de "soft", pense em suasmetas e O fabricante ou o programador do "soft" normalmente já pensou nisto e já montou uma maneira
objetivos, examine algims bancos deHistórico de Equipamentos de outras empresas, forneça de fazereste arquivoejáincluiu rotinasdebuscadeinformação.Seráque arotinaincluídano "soft"
lhe atende?

Isto evidenciaque você deve fazer esta análise antes de adquirir licença para usar o "soft" ou como
preferem alguns, antes de adquirir o "soft".
I -A-Organizaçào oPlanejamento eoControle da Manutenção de equipamentos 195

Exemplo: a função de um transformador elevador: elevar a tensãoelétrica de 220 Volts para 440
Se for possível, use códigos de letras com três ou quatro posições, em tabelas já montadasdentro
Volts;transferirumapotênciamáximade5 kVAem instalações abrigadase ventiladas;semvibrar;
do computador, de modo que o usuário não consiga colocar novos códigos fora da sistemática,
sem emitir ruídos acimade "xx" decibéis;sem elevar suatemperaturamaisque "nn" grausCelsius
ou ao seu bel prazer. Isto só deve ser feito pelo Administrador do sistema.
(não sobreaquecer);semcontaminaro meioambientee semporemriscoos que trabalhamnolocal
Outra coisa: as tabelas de códigos devem ser montadas de modo tal que ao estar descrevendo e ou nas adjacências.
codificandoproblemasde motorelétricosóapareceránatelaou no monitordo computadora tabela
Noteque existemváriosatributosqueesperamosqueestetransformadortenha.Aperdadealgum
de falhas já previamente colocadas no "soft" para motor elétrico.
ou alguns destes atributos, ou funções, é que chamamos de falha funcional.
Se for um redutor, por exemplo, você terá acesso apenas à tabela de códigos já cadastrados para
Repareque aindaque o transformador executea mudançade tensão, ele podeser removido por
redutores. Se a tabela estiver incompleta, então o usuário deverá solicitar a inclusão do código que
outros motivos, como por exemplo, vazando óleo isolante.
ele necessita e que será incluído pelo administrador do sistema.
Sea máquinativerproblemaselétricose mecânicos, aocadastrarvocêdeveráverapenasa tabela
deproblemascadastradosparaaquelafamíliademáquinase paracadaespecialidade quevocêestá 21.8.3 - Modo de Falha.
descrevendo. Uma de cada vez. Quando a falha funcional ocorre, nós notamos que algo errado aconteceu.
Compete apenas ao Administrador do sistema montar esta tabela para facilitar a vidade quem opera Modo de falha é como a falhaé notada,é como ela apareceparanós.
o sistema.Competeao administradordosistemaprovidenciarqueos usuáriossejamtreinadospara Lógico,só saberemosque aconteceu algoerradose soubermos quala funçãodo equipamento, o
usar as tabelas e treinados para bem descrever o evento. que ele deveria fazer.
Maso quedeveser descrito,ou melhor,comooeventodeve serescrito?Deveserdescritaa perda
de função(a causa) e sua conseqüência parausoem data posterior no estudo de falhasde funções
e providências. 21.8.4 - Causa da Falha.
A causa da falha é o que ocasionou a falha.

21.8 - Informações Adicionais.


21.8.5 - Gráfico de visualização.
Para facilitar o entendimento deste assunto colocaremos alguns fundamentos de MCC, de modo
que a base de conhecimento seja comum.
SISTEMA EM ESTUDO
21.8.1 - O que é função.
Conforme o Dicionário do Aurélio, na definição (1) fimção: açãoprópria ou naturaldum órgão, Subsistema 1 Subsistema 2 Sub sistema 3
aparelho ou máquina, e na definição 4: utilidade, uso, serventia. Aurélio (1986).
Nafábrica, a funçãoé afinalidade paraaqualumdispositivo;umequipamento ouumsistemafoi Falha Falha Falha Falha
desenhado, foiprojetadoou montado. Comosabemosos equipamentose sistemassãoprojetados, Funcional Funcional Funcional Funaonal
construídos e instalados para executar uma determinada função, exercer uma ação ou ter uma
serventia. Modo de Modo de Modo de Modo de Modo de Uodode
falha falha falha falha falha falha
Uma parede ao ser construída pode ter várias funções.
Porexemplo:isolar o interior dacasado ambienteexterno onde é parteda estrutura da casa: isolar Causa da Causa da Causa da Causa da Causa da Causada
o interior da casado ambiente externo sem ser parte estrutural; e etc.. Em cadacaso existe uma função falha falha falha faiia falha falha
mais importante que a outra. Causa da Causa da Causada Causada Causa da Causa da
Como a parede citada anteriormente, as funções que um equipamento pode desempenhar numa falha falha falha faha falha falha

instalação podem ser do tipo: primárias, secundárias, de proteção e funções supérfluas. Causa da Causa da Causa da Causa da Causa da Causa da
falha falha falha falha falha falha

21.8.2 - O que é Falha Funcional. Causa da


falha
Causada
falha
Causada
falha
Causa da Causa da Causa da
faSia falha falha
Quando o equipamento não executa o que nós esperamos dele, ele sofreu uma falha funcional.
A falha funcional é a negação da função.
Figura 21.01- Uma Estruturapara a buscada causa dafalha
-"fgç -j -A-Organizãção oPlanejamento eoControle da Manutenção Capítulo 21—- Histórico de equipamentos 197

21.8.6 - Exemplos de Falhas funcionais, modos de falhas e 21.10 - A vantagem dos códigos.
causas de falhas. o usodoscódigos temcomovantagem o usode umarquivo padrão, de busca mais rápidapela
a- Exemplo de uma bomba d'água chave do código e possibilita arquivos menores.

a.1 - Funções da bomba: Comocontraponto, lembramos que as novasrotinasde buscasem "strings"e os computadores
mais potentese rápidosem parte anulamesta vantagem, se tratamos de arquivos pequenos. O
a.l .1 - Primária: deslocar mais do que cinco metros cúbicos de água por hora. problemaé que, só existemarquivos pequenosno começodo funcionamento dosistema.
a.1.2 - Função Secundária: a bomba não deve vazar, ainda que parada,
a.1.3 - Função Secundária: a bomba não deve contaminar o líquido bombeado,
a. 1.4- Outras funções.
21.11 - Quai informação que deve ser descartada
Se esta bomba vazar existirá uma falha funcional.
e quando.
Falha funcional: perda de estanqueidade, ou bomba d'água vazando. Se o bancode dadosé constituído de informações comosugeridoacima,ouseja:todas. Useum
critérioparadescartaralgumasdelasperiodicamente eselivrardeinformações que,como correr
Modo de falha: vazamento pela gaxeta.
do tempo não mais serão relevantes.
Causa da falha: gaxeta gasta.
Senoseubancodedados existe umproblemachamado de"faltadeespaço" comece alimpeza pelo
Se o vazamento fosse devido a uma trinca ou rachadura na carcaça, então teríamos; que é menos relevante.
Falha funcional: perda de estanqueidade, ou bomba d'água vazando. Por exemplo: comdois anos(ououtro tempoqueseja adequado à sua empresa), descarte todas
Modo de falha: vazamento pela carcaça asinformações sobrepreventivas nãoexecutadas, sobreinspeçõesrealizadas semencontrarnada
Causa da falha: rachadura.
errado, sobre preventivas reprogramadas, sobre O.S. canceladas e não executadas bem como
outros dados de mesmo nível.
Outrocritérioé determinar queosequipamentos classe"A" (vitais aoprocesso e únicos) nunca
21.8.7 - O que mais descrever. terãonenhum dadoremovido dobancodedados. Osequipamentos Classe "B"(vitais aoprocesso
Além disto, deveremos descrever o que fizemos para sanar o problema. ecomduplicatas) terãoalgoremovido dobancodedados. Osequipamentos classe "C"(nãovitais
Solução 1: No caso da bomba: substituída a homba por outra bomba idêntica. aoprocesso eúnicos) tei^ooutrotipodedados descartados dobancodedados neste mesmo tempo
e assim por diante, nos demais equipamentos até a classe "E".
Emalgunscasos é indispensávelindicaro código da nova unidade, paramanutenção do histórico
e do banco de dados do computador. Determine um outro critério, para com mais algum tempo, digamos, cinco anos, descarte
Solução 2: Poderiaseraindaumasoluçãodo tipo:Desmontada a bomba no local e substituída informação que pouco irá contribuir para uma análise, como por exemplo, preventivas em
a gaxeta avariada por outra gaxeta nova e mantida a bomba em serviço. equipamentos classeC,naclassificação deimportância dosequipamentos (aqueles quenãosão
vitais ao processo).
Oprocessodedescarte deinformação deveserbemmontado etestado, parapermitirqueoprograma
21.9 - Onde estão os códigos aqui mencionados. em usosejacapazdefazero descartee a limpezadearquivosfuncionandoemautomático e sozinho.
Os códigos sobre os quais falamos acima devem estar em seu computador e você usar os que lá Mas por outro lado, será que realmenteé necessário fazer esta limpeza?
estiverem.

21.12 - Cuidados no descarte da informação.


21.9.1 - Os códigos das peças que falharam. Existem situações emqueuma intervenção demanutenção pode afetar aqualidade doproduto e
o código, para indicar até apeçaque falhou, estará montado como você definiu na parte de códigos, este produto pode interferir na saúde ou no bem estar da coletividade.
registrado em seu Manual de Organização da Manutenção.
Existem situações ondeafalhadoequipamentopodecomprometeromeioambiente. Nestes casos
deve estar bem documentado como a intervenção demanutenção foi feita, quais oscritérios de
21.9.2 - Os códigos do tipo de falha. qualidade foram seguidos e quais os parâmetros usados nos testes e seus resultados.
o código da falha, ou melhor, do modo de falha e da causada falha estará em seu computadorcomo Na parte de Ordens de Serviço comentamos a respeito da destruição do documento físico e
você definiu na parte das tabelas de códigos e devidamente registrado e descrito em seu Manual lembramos quealguns cuidados citados lá devem serconsiderados aqui.
de Organização da Manutenção. Aseguiralguns casosdecuidados aserem lembrados antes deapagarbancodedados deHistórico
de Equipamentos.
198 I Organização oPlanejamento eoControle da Manutenção
21.12.1 - Informações de prova de qualidade.
Capítulo 22
Sevocê trabalhanumaindústriaondesâofabricados produtos que devam permanecerno mercado
eseoseu produto, ao ser entregue, possui um prazo de validade.
Digamosque avalidadedo produtosejadecincoanos. Se, ao serusado, trouxerdanos ao usuário
(áreadasaúde),éjustoesperarquenadasejadescartado dobancodedados enquanto houver lotes
destesprodutos disponíveisno mercadoeque aindaestejamno tempo de validade. Seesteéoseu
caso, os documentos que atestam aqualidade do serviço executado devem estar disponíveis por
tempo igual ousuperior, neste caso, hácinco anos.
Você deve verificarsecópias eletrônicasserãoaceitas pelaentidadefiscalizadora ouse não serão Procedimento
aceitas.

Seregistroseletrônicosnãoforem aceitos, vocênãopoderádescartarosdocumentosfísicos emuito de Manutenção Padrão


menos os registros eletrônicos. Neste caso os registros eletrônicos servirão ai^nas parafacilitar
abusca dos dados e análise, jáque apresença física dodocumento será solicitada.

21.12.2 - Imposições legais.


Ao descanar uma informação de manutenção do banco de dados de Histórico de Equipamentos, 22.1 - Resumo.
verifique se existem imposições legais ou acordos com sociedades seguradoras, sociedades Estecapítulo tratasobreaconfecção deProcedimentos deManutenção Padrão, esobreospassos
classificadoras, organismos legais ou governamentais, para determinar o tempo mínimo de que devem serseguidos para a suaelaboração doPMP, com a indicação seqüencial dos passos
permanência, após oqual será possível fazer alimpeza do banco de dados de Histórico de a serem cumpridos peloexecutante damanutenção, a descrição dosvalores paraajustes, quais
Equipamentos.
regulagens e como devem ser efetuadas durante as tarefas.
Este tempo deverá ser maior que otempo encontrado napesquisa. Estecapítulo também citaquaisosprocedimentos necessários paragarantirumadocumentação
Napartedas OrdensdeServiçojátratamos dealgumassituaçõesondeodocumentofísico "Ordem mínimaparaaManutenção, considerando o tamanho daempresa edamanutenção, bemcomoas
de Serviços" nãopode serdestruído. necessidadesde processoe rotatividadede pessoal.
Normalmente, os documentos físicos que tratam sobre sinistros (seguradoras, por exemplo) não
podemserdestruídosnemdescartados enquantooprocessoestivertransitandoouenquantoexistir
riscos de apelações ou recursos. Verifique cuidadosamente com aSeção Jurídicadasuaempresa 22.2 - introdução.
ou com os advogados para destruir ou descartar dados de histórico de equipamentos, etc. AsInstruções deManutenção (PMP) sãodocumentos queservem paraindicaraoexecutante das
tarefasdemanutenção comofazercorretamente a tarefadeterminada na OrdemdeServiço(O.S.).
Como dissemos acima, o PMP é um documento onde são registrados e descritos os passos que
21.13 - Recomendações. devem ser seguidos por um profissional durante o cumprimento das tarefas que devem ser
Agoravocêjásabeoquedeveregistrar,jásabecomo registrarejásabeque algumas informações executadas para a correta manutençãode um equipamento,ou seja, a indicação seqüencial dos
antigas podem ser removidas de seu arquivo, pois só ocupamespaçodesnecessário, edificultam passos a serem cumpridos.
a busca da informação útil.
No PMPdeveráestaradescrição dosvaloresparaajustes,quaisregulagensdevemser feitase como
Treine seus colaboradores e divulgue dentro de suaempresa. Oganho será detodos. estas regulagens devem ser efetuadas durante as tarefas.
Do mesmo modo o PMP deverá indicar quais as ferramentas que devem ser usadas.
SobreSegurançanoTrabalho,o PMPdeverásalientarquaisoscuidadosqueo manutentordeverá
tomar para evitar acidentes pessoais; para evitar incidentes; para evitar danos ao patrimônio da
empresa; para evitar danos ao meio ambiente e para evitar retrabalhos.
-Caf^tulo.22^-rr^roGediiaeato-de'Manutenção Padrão | 201
200 j ^ Organização oPlanejamento eoControle da Manutenção
Em uma empresa de aviação, os procedimentos de trabalhos já são fomecidos pelos fabricantes
OPMP serve para lembrar aoexecutanteosvalores corretos deajuste epadrões dequalidade que das aeronaves. Em concessionárias de veículos devem ser seguidos os procedimentos indicados
devem serobtidos eseguidosduranteocumprimentoda tarefa. Comistoobteramelhorqualidade nos manuais dos fabricantes do veículo. Naindústria farmacêutica existem modos bastante severos
nasuaexecução, tanto para satisfação deconclusão deum bom trabalho (satisfação pessoal do e testados sobre como procederem trabalhos de manutenção, de validação de equipamentos, etc.
executante) como para satisfação máxima do cliente, ou usuário dos equipamentos que são
Via de regra, na maioria das empresas não existem procedimentos documentados e pouco se faz
reparados, que éasatisfação dacomunidade onde osserviços demanutenção são prestados. Para para documentar os procedimentos corretos.
a empresa esta satisfação é traduzida em produtividade e competitividade, com máquinas
funcionando melhor eproduzindo produtos comcaracterísticas regulares e conhecidas. Conforme os programas de Qualidade Total, conforme preconizado pela Fundação Christiano
Ottoni e Falconi, bem como o Instituto de Desenvolvimento Gerencial, para que a equipe tenha
Dentro deum processo dedocumentação com qualidade, que sigam critérios estabelecidos em
resultados previsíveisé necessárioqueas rotinasestejamdocumentadase que sejam conhecidas
normas, sejam elas asISO 9000, sejam elas internas aorganização, ounormas externas (cGMP e seguidas pelos executantes.
naáreafarmacêutica), todososdocumentosdevemseguirum processodeconfecçãocorretoeúnico
dentro da empresa como um todo. Se buscarmosqualidadede serviços,deveremoscuidarqueos resultadosaconteçamdentro de uma
AABNT,porexemplo,editoueml995.umaDIRETIVA-PARTE3,[ABNT-1995],quedetalha seqüêncianatural, o que só é possível se todos souberem como fazer um trabalho de formam correta
e cumpram sempre as rotinas corretas. Se estas rotinas estiverem documentadas é mais fácil lembrar
eprescreve alguns conselhos para redação de documentos. Recomendamos aaquisição deste e recordar como fazer e quais os valores de ajuste.
documento.
Se na sua empresa e na sua manutenção tudo isto é desnecessário, se seu pessoal conhece tudo
Trata sobre o objetivo denormas que devem serbemclaros e completos, coerentes e precisos.
e se o seu pessoal nunca se esquece de nada, se não existe rotatividade de mão de obra e nem as
ADiretivaaindadeterminaesugereprocedimentos sobre estilo, dicionários aserem usados quando pessoas irão aposentar ou morrer, devemos aceitar que tudo que está descrito é supérfluo e dar
da tradução. parabéns pelo seu trabalho.
Descreve esquemas de como montar os documentos, quais os tipos de elementos e quais os Mas, os demais, aqueles que têm diversas tarefas; diversos equipamentos; diversos pontos de
elementos quedevem compor osdocumentos, descreve comonumerar as diversas seções, etc., ajustes; ajustes que podem mudar com o passar do tempo; nós que precisamos documentar e
e que reproduzo abaixoo quadroexistentena página3, comoexemplo. rastrear; nós que temos os inconvenientes de rotatividade de pessoal, para nós é que o PMP deve
Noteque na Diretivaexiste muitomaisa respeito. ser gerado e mantido atualizado.
Novamente recomendoque vocêadquiraumadestas cópias naABNT, casodesejeouprecisesaber Adiante comentamos melhor estes assuntos todos.
mais sobre o assunto.
Conforme você notará, as Normas Internacionais seguem um rígido esquema e uma rígida 22.3 - Como elaborar o PMP e o que considerar.
seqüência demontagem paraficarem homogêneas e coerentes.
o formato do dociunentodeveráestardefinido na Manual de Organização da Manutençãoe deverá
Seguem este padrão para que o leitor saiba onde encontrar o que quer.
ser consideradaa recomendação do fabricante do equipamento, componente ou peça. Deveremos
Este padrão também serveparaque, aquele que redige odocumento não esqueçaouomitapontos considerarnossa experiência com este tipode equipamento em nossa empresa, suacargade trabalho
importantes,inadvertidamenteou intencionalmente. atual e a experiência de nosso pessoal de manutenção neste equipamento, em equipamentos
Assim asistemática degeração dedocumentos, quando existirem normas internas que orientem semelhantes nesta e em outras empresas.
a confecção da documentação, deve ser obedecida e incentivada.
Oscódigos paraosdocumentos estabelecidos nestas normas internas devem serseguidos. 22.4 - A Organização dos documentos.
A sistemática de redação ditada pelas nonnas internas deve ser cumprida.
Primeiro vamos lembrar algumas regras básicas sobre documentação.
Todososdocumentos geradosdevemserregistradosnoórgão internocompetenteeali guardados. Supondo que asuaempresapretenda exportar peças e que pretenda demonstrarqualidade dentro
As cópias devem ser reproduzidas dentro de uma sistemática conhecida e segura. deumprocesso produtivo e num mercado altamente competitivo, umdiaseránecessário estar
Deverá haver indicação doqueé cópiacontrolada e doquenãoé cópia controlada. certificado em uma norma internacional de qualidade.
Evidentemente existem diferenças entre empresas e tipos deprocessos, tamanhos detarefas de Existemváriasnormas,masaque maistemsidoseguidaéasériedeNormasIS09(XK),jánarevisão
manutenção, complexidadedeexecução,rotatividade dentóo deobra, necessidade dedocumentar feita em 2000.
erastrear procedimentos que diferem deempresa paraempresaeque devem serconsiderados na Normalmente,quando da implantaçãode normasde qualidade,comoaIS09000,sãoestabelecidos
elaboraçãoe no grau de sofísticaçãode cadadocumento e de cada Instruçãode Manutenção. padrões de documentos que devem ser rigidamente seguidos.
o Planejamento e o Controle da Manutenção Capítulo 22 - Procedimento-de -Manu tenção Padrão 203
1Õ2
1
Noprimeiro e mais alto nível, deve existir um documentoestratégico,chamadode Manual da
Documeato Estratégico Nívd Estratégico Manual da Qualidade
Qualidade,paratodaaempresa. EsteManual daQualidade éodocumento quedefine eregeapolítica
da qualidade na empresa. A Missão da Empresa, a Visão da Empresa, a Filosofia da empresa, e
a estruturação da empresa e do Órgão da Qualidade, quem e como será responsável pelo
cumprimento equemirágarantir quetudooquesepretende eestádocumentado serácumprido. Documento Organizado- Nívd Gerendal Procedimentos do Sistema da
Emdiversasempresasesteórgãodaqualidade é chamadodeGerênciada Qualidade, Assessoria nal Qualidade
da Qualidade, Garantia da Qualidade, etc. O manual da Qualidade estabelece o escopo da Rntinas do Sistema da qualidade
certificação,o processo e interações, e referências aos procedimentos.
Em um segundo nível, existem documentos organizacionais da qualidade, que chamados em
Documentos Setoriais Nfvd Operadonal Manuais Técnicos
algumas empresas de Rotinas do Sistema da Qualidadeou de Procedimentos do Sistema da
Procedimentos Opeiadonais Padrão
Qualidade, são válidos para todosos Departamentos, Seções,ou Gerências. Planos de Controle
Estes procedimentos sãoredigidos portodos e consensualmente documentados. Normas Técnicas
Desenhos
Tratamsobre quem faz o que; e quando isto é feito;qual documentoé usado para garantir que
Instruções de Trabalho
asatividades demanutenção serãoexecutadasconforme estabelecido; tratamsobre:comoredigir
Instruções de Ensaio
os documentos da qualidade;comoserãoformatados dentroda empresa;comosemocolocados Instruções de Marmtenção
os títulos nos documentos; como eles serão numerados e codificados; o que fazer para atualizar
e revisar os documentos já cadastrados; como distribuir cópias de documentos; quais são os
documentosque não podem ser copiados;quais os níveis de confidencialidade;etc.. Registros e Formulários Arquivos e Registros. Registros e testes efetuados.
Em um terceiro nível, existem outros documentosque, variando de empresa para empresa e de Registros de Calibração,
aplicação paraaplicação, podemserchamadosdeManuais Técnicos. Procedimentos Operacionais Evidências Objetivas de Folhas de Dados de Manutenções,
Padrão (POP), Instruções de Trabalho, Instruções de Ensaio,e no nossocaso,as Instruções de conformidade. Ordens de Serviço de Marmtenção
Documentos de Registros detestes.
Manutenção ou Procedimento de Manutenção Padrão.
Documentos de Registros de Vali
Estes documentos são usados para detalhar como as tarefas devem ser executadas. dações de Máquinas e Processos.
Detalham situações ondeaausência deinstruções podeinfluenciaradversamente aqualidade. Estes Etc.
documentos, também servemparafornecer oconhecimento ediretrizes necessárias paraatomada
de decisõese interpretaçãoda informação. São,entreoutros, as instruções relacionadas ao seu
sistema ou aos seus contratos. Figura 22.01 - Organização de Documentos da Qualidade
Estes documentos relacionados, ao seu sistema, suplementam os procedimentos, fornecendo
instruções detalhadassobre como realizarcontroles específicos, inspeçõesou testes, ou como 22.5 - Codificação dos Procedimentos
preparardeterminados materiais e documentos.
Em um quarto nível existem os registroseformulários,que são utilizados para fornecer garantia
de Manutenção Padrão.
eevidênciadequeaqualidadededeterminado serviço (nonossocaso"manutenção"), ouproduto, Todos os documentos gerados em todos os níveis devem ser identificados e personalizados. O
foi atingidae de que o sistemade qualidadedaempresafoi corretamente implementado. sistema de identificação deve ser um só para toda a empresa, sempre que possível.
São formulários sobre marcas; rótulos; etíquetas; folhas previamente impressas; selos e outros Cada empresa, ao estabelecero seu Manual da Qualidade, normalmenteestabelece qual aestrutura
meiosusadosparaidentificaro statusdemateriais; produtos; equipamentos, e qualquerinstrumento que os documentos devem obedecer. Usualmente isto é estabelecido no primeiro documento dos
utilizado para atingir os requisitos especificados. documentos organizacionais, usualmente chamados de Procedimentos do Sistema da Qualidade,
onde estarãoindicadosquaisos formuláriosquedevemserusadosnos documentossetoriaise quais
A Tabela a seguir resume o assunto:
as seqüênciasusadasem cadadocumento.Se nãoexistirumcódigoparatodaa empresa,nestecaso,
você, homem de manutenção, deve criar um sistema próprio e adequado à sua manutenção,
considerandoa empresacomoumtodo. Masseexistirumacodificaçãointernasiga a codificação
existente e entre em contato com a Seção, Departamento, Gerência ou que nome tiver para fazer
a sua codificação dentro dos critérios existentes.
~204—I rA-Orgaiúzação (yPlanejamento eoControle da Manutenção •CapÜtdo -22—Precedhnento-de-Manutenção Padrão | 205

Existem estudos detalhados sobre codificação dedocumentos, mas sugerimos que,senãoexistir, Lembreque, se em suaempresanãoexisteriscode modificações e sãopoucasmáquinas, pode
ser que este cuidado seja desnecessário. Pode ser...
aofazer oseu código, considere aestrutura organizacional desua empresa. No código deseus
documentos coloquedígitos suficientes paraidentificarnomínimo aseçãoouespecialidade para Um PMP, como o acima, de uma seção elétrica deve levar, no mínimo, o seguinte código:
aqual aProcedimento deManutenção Padrãoédestinado. Semais tarde for criadanasuaempresa PMP-E-091-A. Um código assim montado indica que o documento é um PMP, para a
uma estrutura decódigos, émenos provável que você precise modificar asuacodificação. especialidade "elétrica" (E), que é a de número "noventa e um" (091) e que deve ser usada
em revisões anuais (A).
Não esqueça que aseqüência de tarefa.s descrita.s no PMP éotrabalho oue está determinado na
OS ou na Ordem de Trabalho (O.T.). Se existirem várias seções de manutenção, então poderá ser adicionado um outro código para
identificar qual a Seção que irá usar o documento.
Oequipamento onde o Procedimentos de Manutenção Padrão será usado estará descrito no
cabeçffihndoProcedimentosde ManutençãoPadrãoedeveráseromesmoequipamento indicado Por exemplo, se existir uma Seção de Manutenção Elétricada Mina e umaSeção de Manutenção
na Ordem de Serviço. Elétrica dos Equipamentos de Superfície, sem perda de generalidade,a Seção de Manutenção
Estainformaçãocruzadaéimportante paraprevenirumaindicaçãoerrôneaedetectar indicações ElétricadosEquipamentosde Superfície,paraefeitodecódigo,elapoderiaser codificadacom"ES"
indevidas deInstruções deManutenção durante aProgramação, sefor manual, oudetectar erros e o código do PMP seria: ES-IM-E-091 -A ou PMP-E-ES-091 -A, ou aindacomo PMP-ES-E-091 -
durante a digitação do programa periódico dentro deum "soft" (programa decomputador) ou A ou qualquer outra montagem de código consistente que respeitasse uma regra previamente
estabelecida.
eventual "bug" neste "soft"usado emPlanejamento e Controle deManutenção.
Éimportante que aomontar ocódigo você dimensione oscampos com amplitude suficiente para
absorver aquantidadeesperadade Instruçõesde Manutençãoqueserãogeradasduranteoprocesso
O.S. 123456/05
Empresa de Papeis e Papeis Ltda. de redação e registro dos documentos da manutenção.
D^aitamento de Manutenção Anexo está um formulário básico que pode ser usado como modelo para iniciar a confecção de
Ordem de Serviço de Manutenção Preventiva um PMP e que possui diversos campos para lhe lembrar de tudo o que você precisará. Pois a
depender do grau de sofisticação desua manutençãoede que normas eprocedimentosdequalidade
Executar com o PMP -E-091-A ou de segurança você deve satisfazer, a necessidade muda.

Empresa de Papeis e Papeis Ltda. PMP-E-091-A 22.6 - Considerações sobre o Procedimento


Departamento de Manutenção de Manutenção Padrão.
Procedimmito de Manutenção Padrão para preventiva. 22.6.1 - Sobre o conceito de qualidade.
Usar com a O.S. 123456/05 o conceito de qualidade, durante o correr do tempo, poderá ser aprimorado. Se os valores ou
se a seqüência de execução mudar, para a correta execução do trabalho, é necessário que o
executante seja informado do novo valor para cumprir a tarefa com o novo padrão de qualidade.
Isto deverá ser feito com a emissão de um Procedimentos de Manutenção Padrão atualizado.
Figura22.02 - Modelo decabeçalho com Ordem deServiço e deProcedimento A cópia do PMP, anexa a O.S., é um documento de valor transitório e deverá sempre serusada
deManutenção Padrão com referência cruzada, onde senota que o uso deum PMP apenas com a O.S. que o acompanha. A cópia do PMP anexada a O.S. deverá ser destruída
está solicitado na O.S. e o PMP indica com qual O.S. deverá ser usado. após a OS ser encerrada.
Emtese todas as cópiasdos PMPdeverãovalerapenaspara adatana qualé emitida,conuoleeste
Paramelhorentendimentodoquefoiescritoanteriormente, acimaestáumesboçodecomocomeçar queébastantefácilcomo usodosmodernos recursos dainformáticaqueestãodispom'veis eque
os cábeçalhos eolayoutdeuma ordemde serviçoedeseu Procedimentos deManutenção Padrão permitem colocar a data de impressãodo documentona hora em que ele é impresso.
associado. Com já indicamos, este cruzamento de informação é válido e deve serusado para
delimitarque oseuusoseráapenas aquelavez. Napróxima manutenção domesmo equipamento 22.6.2 - Sobre os riscos de acidente.
a O.S. já será outra e a referência cruzada seráentre a próxima O.S. e o PMP vigente. As tarefas que envolvem riscos de acidente de trabalho deverão ter os riscos cuidadosamente
mencionados no PMP.Quandoos Equipamentos deProteção Individual (EPI)ou Equipamento
deProteçãoColetiva(EPC)foremnecessários elesdeverão estarlistadoslogonoiníciodoPMP.
Capítulo 2^- Procedimento de Manutenção Padrão | 207
206 AOrganização oPlanejamento eo Controle da Manutenção
22.7 - Passos na montagem
22.6.3 - Sobre os riscos de danos ao patrimônio. de uma Instrução de Manutenção.
As tarefas que podem causar danos às pessoas, ao meio ambiente etarefas que exigem
medidas especiais para serem iniciadas deverão ter os cuidados dgtalhadamgntQ menciona
dos no PMP. 22.7.1 - Quem deverá redigir o Procedimento
Deverá haver informação sobre quem ou qual escalão deverá estar presente na liberação do de Manutenção Padrão.
equipamentodaoperaçâoparaamanutençâo,bemcomoquaisoscuidadosquedevemsertomados o Procedimentos deManutenção Padrão (PMP) deverá serescrito porquem conhece aexecução
antes do início da tarefa. dotrabalho e que conheça oequipamento onde o trabalho seráexecutado.
Porexemplo, manutençãoemreservatóriosdecombustível. Nestecaso, deverãoestarmuitobem Mas quem realmente conhece o trabalho e o equipamento?
documentados oscuidados necessários para evitar incêndio ou explosão. Diversas pessoas conhecem estes itens. Ajunção de todos estes conhecimentos é desejável e
t convenienteparaque todas asetapassejam adequadamente registradas. Por isto todas elasdeverão
22.6.4 - Sobre a liberação de equipamentos. participar naconfecção doProcedimento deManutenção Padrão.
Em todos equaisquer casos, deverá estar claramente indicado quem (qual escalão) equal Evidentemente tudoqueestádescrito aseguir deverá seradaptado paraarealidade desuaempresa.
profissional deverá estar presente no início da execução, durante aexecução eao final da Conforme ressaltamos no início,se na suaempresaistoé desnecessário, vocêdeverálerapenas
execuçãobemcomoquais oscuidadosque devemsertomadosparaaliberaçãodo equipamento para a sua informação.
após as tarefas de manutenção, quando amáquina ou equipamento for devolvido para a Seexistealguém ouumaSeção que éencarregadadedocumentarasrotinasemanterosdocumentos
operação. atualizados, o quesegue é interessante paraquevocê possa ajudar os seusauxiliares a melhor
descrever e documentar as suas rotinas de manutenção.
22.6.5 - Sobre as tarefas executadas em turnos seguidos. Vejamos quem deve participar e como devemos proceder na seqüência de montagem de um
As tarefasextensasdeverão estarbemdescritas. No caso de tarefas que iniciemcom umaequipe, Procedimento de Manutenção Padrão.
um turno, ou turma econtinuarão com outra turma isto será particularmente útil. Será possível
indicar claramente até onde uma equipe executou amanutenção, onde aoutra iniciou ede quem 22.7.1.1-0 executante da tarefa.
éaresponsabilidade de cada parte da tarefa. Isto parece ser supérfluo, mas onde existe risco de Normalmente o executante a nível de chão de fábrica é quem melhor conhece a tarefa e os riscos
acidentes ou de responsabilidade civil por tarefas onde muitas equipes trabalham, este pequeno envolvidos naexecução dastarefas. Normalmente este executante nãogosta de escrever e de
cuidadofacilitará oestabelecimentoedefinição das responsabilidades. descrever como se deve fazer determinado trabalho. Isto se deve a problemas culturais, onde o
executante entendequetemmácaligrafiae quenãosabedescrevera tarefacomdetalhes.Istonão
22.6.6 - Considerações diversas. é verdade. O executante sabe fazer a tarefa com os detalhes, mas nunca praticou como colocar em
umpapel umaseqüência ordenada de taref^ paraa execução ordenada dotrabalho.
NãoesqueçaqueumProcedimentodeManutenção Padrãonão éumalistade verificação (check-
list) enem um manual de treinamento. Existe um meio termo que deve ser utilizado. Ao executante deve ser dada a tarefa de descrever o trabalho e lhe deve ser fornecido treinamento
sobrecomodescrevera execuçãoe a seqüênciados trabalhos. Paraisto o executantedeveráser
Não sedeve serprolixo e nempordemais sintéticos. treinado.Quemnuncapraticoudeve ser ajudadoa iniciarnestastarefasde descrevertarefas.
Durante montagem doPMPvocê notará melhor isto.
Permitaqueeleiniciee que façaesta tarefacomosabefazer, incentive e auxilie.
Deverão estar muito bem estabelecidos os padrões e valores que serão usados como Este modode agiré tratado, pela filosofiada QualidadeTotal, com o engrandecimento do ser
referências, para que opadrão de qualidade não fique na dependência do conhecimento do humano e de seu crescimento, não só como indivíduo, mas como membro da empresa.
executante.

Anexo está uma seqüência mínima para um PMP. Lógico, alguma coisa será supérflua na sua
empresaeoutrascoisasvocêdeveráadicionarnamontagemdecadaProcedimentodeManutenção 22.7.1.2-0 supervisor de manutenção.
Padriio para que ele seja adequado àsua empresa em particular. OsSupervisores de Manutenção são pessoasque,normalmente detémgrandeconhecimento de
sua área; das máquinas onde seu pessoal trabalha; conhecimento este não só do ponto de vista
Não existe umamontagem mínimaabsolutaou um máximo que
umPMPdeverásertãoextensaoutãocurtaquantonecessário não deve serulriapassado. Cada
paraqueatarefasejaexecutadacom administrativo, como do ponto de vista técnico e de segurança.
segurançaequalidade. Com estes atributos os supervisores de manutenção são as pessoas mais indicadas para
incentivarem os executantes a fazer as descrições das diversas etapas da tarefa e a ajudar a corrigir
emelhorarasdescriçõesdas PMPatéqueo executanteesteja treinadoecapacitadoa trabalhosmais
organizados e cuidadosos. Tudo é apenas uma questão de treinamento.
I AOrganização oPlanejamento eoControle da Manutenção Capíttilo 22 - Procedimento~de Manutenção Padrão 209

As revisõesdas descrições deverãoser feitas peloexecutante, mas o Supervisordeverá sempre 22.7.1.5 - A Segurança do Trabalho.
reler o PMP que irá para digitação, seja na primeira vezem que for revista, ou seja, em qualquer Os procedimentosde segurançado trabalho, o modode trabalharpara efetuar uma tarefa segura
outra revisão posterior. e sem acidentes, os equipamentos de proteção individuais e coletivos, e outras precauções devem
Se no entender do Supervisor, alguma modificação no PMP deva ser feita, ela só será feita com ser incluídos, revistos e verificados pela equipe de Segurança do Trabalho.
a concordância do executante que redigiu o PMP. Nestafase,o respeito pelo trabalho dos outros
é que fará a prática de redigir PMP amadurecer e tonar-se um hábito.
22.7.1.6 - Ergonomia e Saúde.
Os procedimentos para proteção da saúde, para evitar doenças profissionais e para resolver
22.7.1.3 - Os engenheiros e técnicos. eventuais problemas sobre o bem estar do trabalhador deverão ser revisados por especialistas.
Os engenheirose técnicos de manutençãodetêm um conhecimento melhor de linguagem e de O Serviço Médico e de Saúde Ocupacional devem ser consultados e devem aprovar esta parte.
detalhes mais sofísticados de manutenção. São os que devem revisar o trabalho feito pelos
executantes e que foi incentivado e já verificado pelos supervisores.
Nestemomentoé que devem ser colocadose verificadosos valores corretos para ajustes e outros
22.7.2 - Seqüência de construção do PMP.
parâmetrosque devem ser seguidos na execuçãodas tarefas.São nestes instantes que podem ser Recomendam-se os seguintes passos para que se descreva uma tarefa de maneira adequada e seja
testadosos procedimentos. Valores,por exemplo,de torquepara parafusos, de tamanho mínimo possível efetuar um Procedimentos de Manutenção Padrão coerente e seguro.
de escovas de motores, de valores mínimos de isolamento elétrico ou de temperatura de
funcionamento, etc. 22.7.2.1 - Escolher o trabalho e o título
Aquié que deve ser introduzida adescrição e nomenclaturacorretados instrumentos a serem usados do Procedimento de Manutenção Padrão.
durante as tarefas e neste passo que será verificadose todasas ferramentas necessárias estão citadas. Neste passo vamos determinar qual a tarefa e qual o seu título.
OTécnico ou Engenheiro deverá fazer,junto com o executante,a seqüência da tarefa e verificar
Por exemplo; se nós desejarmosfazer um PMP para trocadas escovasde carvão dos motoresde
senadafoiesquecido, sejamferramentas, sejaminstrumentos, sejamprecauções desegurançaou
translação de umaponterolante, nósdevemoscriarumtítuloadequado àPMP:"Troca deEscovas
EPI e EPC.
de Carvão do Motor de Translação da Ponte Rolante".
Asmedidasde segurançaserão testadase aprovadasou modificadas pelostécnicosdeSegurança
A depender da empresa será necessário colocar em uma segunda linha o código do Equipamento
do Trabalho.
ou seu "TAG", para que não haja dúvida sobre qual equipamento estamos tratando.
Os quadrosde valorespara preenchimento peloexecutante deverãoser incorporados.
Muitas empresas possuem mais de um equipamento idêntico e que por vezes possuem rotinas
diversas, devidas a modificações ou devidas a equipamentos diferentes.
22.7.1.4-0 pessoal do PCM. Se houver não houver um sistema de codificação de equipamentos indique a marca do equipamento,
Opessoal doPCM,quandohouver, équemdeveráserresponsável peladigitação doPMPequem o modelo e a localização, para que não haja dúvida.
deverá providenciar para que as cópias em teste cheguema tempo e a hora aos envolvidos na Se forem vários equipamentos idênticos indique isto no início ou no local adequado.
confecção de cada PMP. Estes cópias deverão estar marcadas com um carimbo vermelho na
diagonal comos dizeres"Documento emConfecção" ou"Documento nãoAprovado" Dentroda padronizaçãosugeridapelas NormasISO-9000,quandousadosdentrode uma empresa,
existe um local próprio para a colocação deste quesito.
Ascópiasde testee de verificaçãodeverãoser entreguesdigitadasemespaço duplo e com letras
emtamanho 12pontosou lOcaracteres porpolegada, nomínimo,paraqueeventuais modificações
possam serincluídas nomeiodotextojá digitado. Afinalidade desteespaço duploé permitirque 22.7.2.2 - Iniciar a descrição pelo executante do trabalho.
sejapossível escrevercomumlápisoucanetaentreaslinhasaocompletar pequenas seqüências. Agora você deverá entregar ao executante a folha com o título da tarefa para que ele escreva a
Aodigitaremprocessadorde textos,o responsável peladigitação deverácorrigireventuaiserros seqüência, com recomendações de que descreva como ele faz a tarefa e quais ferramentas ele usa
deortografiaedeconcordância semfazeralarde. Nadevolução nãodeverá mencionarqueefetuou durante o trabalho que irá descrever. Informe que ele deverá incluir o TAG do equipamento e o
correções ortográficas a menos quesejaperguntado. Especial atenção deveráserdadaapalavras modelo, as caracteristicas e alguns dados que ajudem a identificar. Lembrá-lo de descreverquais
queodigitador nãoconhece, poispodem sertermos técnicos oupalavras especiais (apelidos) de os riscos de acidente ele sente na execução da tarefa e quais providências ele entende que sejam
peças oucomponentes. Emcasodedúvida oriente o digitador paranãomodificar e perguntar se adequadas para evitar acidentes do trabalho, prejuízos ao meio ambiente, danos ao patrimônio e
é algum termo especial. outros incidentes e acidentes evitáveis.

Valores (números) queforem digitados e passíveis decorreção devem sercolocados sempre em Estes detalhes são feitos para que se possa verificar sempre se.todos estão falando do mesmo
seulocal correto e o executante seráconvidado a verificar osnúmeros emconjunto com quem equipamento e dos mesmos riscos. Esta parte da tarefa também é um excelente treinamento para
digitou. evitar acidentes de trabalho.
Capítulo^ - Pj:QcedimenjQ^e^Manutenção Padrão 211
210 7{ OtganizaçSo OPlanejamento e o Controle da Manutenção

Estabeleça cuidadosamente o padrãode qualidade e os parâmetros que devem ser seguidos e


22.7.2.3 - Fazer a primeira revisão descreva no PMP. Cite tudo, amarre os valores da melhor maneira e de forma mais clara e precisa.
do protótipo peio supervisor imediato. Ocritério depressão demolaadequado, porexemplo, ésubjetivotambém. Forneçavalores corretos
Sefor trabalho aserexecutado pelaequipe de elétrica, oPMP ent elaboração deverá serlido pelo e indiqueos meiosde medição. Normalmente os motoreselétricospossuemváriasescovasonde
supervisor de elétrica junto com oeletricista que descreveu atarefa. Se for tarefa descrita por podeser feitoumacomparaçãoentre a pressãoou o forçadamolade umaescovacomoutra para
mecânico paraexecução pelos mecânicos deverá ser lida pelo supervisordemecânicajunto com saber qual poderá ser o valor a ser usado.
omecânico, domesmo modo. Sedeoutra especialidade, idem. Após, oPMP em elaboração será Um aviso sobre a pressãodas molas poderia estar assim:"Ajuste a pressão das escovas para a
revisadopelaequipeondeo profissional de execução pertence. mesmaforçaem todas". Istoé enganoso. Se todasestiverem compoucapressão,haverádanos
Comentários que possam desestimular oexecuiante não deverão ser feitos. Erros de ortografia ao motor. Como sabemos escovas muito frouxas provocam centelhamento e desgaste do anel
poderão sercorrigidos peloprocessador detextos. coletorou docoletorsegmentadodevidoa estecentelhamento. Maspressãodemasiadaprovocará
danos por desgaste mecânico prematuro.
22.7.2.4 - Estabeiecer e inciuir os seus parâmetros de qualidade. Nomaisaqueleestudofeitoumavez,comumdinamômetro, indicaráo valorcorretoparaaquela
Énesta fase da geração do documento, que secolocam os parâmetros de controle de qualidade. escova,comaquelematerial, naquelemotor,e queseforadequadamente registrado,seráumavez,
para sempre.
Isto inclui indicartempos prováveisde execução, valores mínimosemáximos aceitáveis paracada
etapadatarefa, dimensões aceitáveis, torque correto, temperaturas evalores depressão corretos Tudo é apenas uma questão de Qualidade.
a serem usados, etc. Oestabelecimento dosparâmetros nestafaseé importante. Infelizmente aspessoasresolvemque
Vejamosum exemplo: quando solicitarmosaumeletricistademanutençãoparatrocarumaescova ao descreverem as rotinas devem suprimir valores.
demotorelétrico deanel,notratamento sobre odesgaste daescovadecarvão deveremos citaras Àsvezes pornãosaberem osvalorescorretos, àsvezes porcomodismo paranãoterem queprocurar
dimensõesdaescovaelétricanovaecitaromenorcomprimentoaceitocomobom,bem comodemais em manuais ou outras por orgulho para não admitirem que não sabem.
dimensões mínimase folgasda escovano portaescova,se for o caso. A desculpaque "não é necessáriocolocaro valorporquetodossabemo valorcorreto" não deve
Façamos de conta que uma escova nova tenha 35 mm de comprimento eque devaser substituída ser aceita.
com 15 mm conformeorientaçãodo fabricante. Se odesgaste for decercade4mm entre astarefas O melhor local para registrar e para relembrar sempre este valor ao executante da troca da escova
einspeções deverá estar descrito que se tiver menos que 19 mm aescova deve ser trocada, pois é no Procedimento de Manutenção Padrão, instrução esta que deverá ser fornecida sempre junto
na próximarevisãoestaráno limitemínimoseguro. com a Ordem de Serviço.
Informetambémsobreo controlede tensãooudepressãoda molaquemantémaescovaemcontato
com oanel do motor. Indique como medir atensão de mola eosvalores de ajuste. Seaescova for 22.7.2.5 - Executar a digitação e a montagem com o PCM.
do tipo que jávem com mola própria isto talvez não seja necessário. Você deve indicar apressão
de mola para porta-escovas que possuem os dispositivos de pressão reguláveis eque não fazem o esboço do PMP deverá ser enviado para o PCM que deverá verificar, entre outras coisas se o
parte da escova. código do equipamento está correto, se outras equipes usarâoo mesmo PMP,e qual aperiodicidade
da inspeção ou troca da escova.
Por Exemplo:
Se a inspeção for semestral ou anual, esta informação deverá ser incluída no PMP. O PCM é o
Nunca coloquea informação: Se a escovaestivercurta troouei?Qr umanova. responsável pela verificação disto.
Se a mola estiver frouxa aumente a pressão.
Lembre que o executante é o responsável pela parte de execução. Toda a parte referente à
Isto é um grave equivoco que não pode sercometido: oparâmetro dequalidade foi entregue ao documentação é uma tarefa e é obrigação do PCM e da Supervisão.
iul^amentodo executante.
Se você possuir uma seção encarregada de efetuar o controle e registro de toda a documentação,
Nem sempre oexecutante será omesmo. Nem sempre ele selembrará dadimensão correta. Um por favor, onde está descrito PCM, entenda a sigla da sua equipe de controle de documentação e
poderá "achar" que 20mm éescovapequena. Outro pode entender ouachar que 12mm ainda está arquivo.
bem.Existemmotorescomescovaselétricasmenorese existemmotorescomescovasmaioresonde
a medida de 12 mm é pequena demais.
22.7.2.6 - Enviar uma cópia para Seções envolvidas.
Assim, namelhordasintençõesdoexecutante, oserviço poderá ficarmal feito ouhaveráumatroca
Quandoexistemseçõesexternasà Manutençãoquepodemoudevemserconsultadase quepodem
prematura de material.O custoseráacimado mínimonecessário.
colaborar incluindo detalhes próprios, como por exemplo, a Equipe de Segurança do Trabalho.
Sempre: Ocomprimento deumaescovanovaéde32mm. Ocomprimento mínimodeumaescova
Cada caso é um caso, e você deverá verificar quem poderá colaborar num PMP em particular.
neste motor é de 18 mm. Abaixo deste valor troque a escova oor uma nova.
'T-

-21^ -[ -A Organização oPlanejamento eoControle da Manutenção Capítulo 22 - Me.Msnutençâo Padrão 213

22.7.2.7 - Incluir figuras para melhor entendimento. Altere esteparâmetro parao quejulgaradequado. Senãosouber qual o melhor, aceite oqueestá
acima como razoável. Transforme a imagem para graduações de cinza porque assim ocuparão
Asfigurasque eventualmente foremincluídasna instruçãodeverãoser incluídasnestafase. menor espaço no arquivo.
Se, eventualmente as figuras não estiveremdisponíveis,coloque um espaço em branco e indique Sempre façacomqueaimagem sejaincluídanotexto enuncaaceite queestejavinculadaaotexto.
que ali estará uma figura. Veja o exemploa seguir Porexemplo,oprocessadorde textosdaMicrosoft, o WordforWindows, possuiasduasopções:
3 - Useum torquímetro (chavede torque) e aperteos parafusos dentroda seqüênciaindicadana vincular ou incluir. Cada uma tem sua vantagem.
figura a seguir.
Quando você copiaroPMPdeumparaoutro diretório, asfotos sóirãojuntasseestiverem incluídas
no texto. Se estiverem apenas vinculadas, o arquivo serámenor, masas fotos nãoserãolevadas
juntocomo arquivo detexto. Istopode serumavantagemcontracópias nãoautorizadas, massempre
Aqui será incluída a figura com a posição dos parafusos e a se será um problemapara saber qual a foto que pertencea qual arquivo.
qüência correta de aperto dos parafusos deste cabeçote. Imprima as fotos e as instruções, sempre quepossível, comimpressoras de no mínimo 600dpi,
pois as fotosficam maisnítidas. Istonãotemnadaa vercoma definição da imagem. Algumas
máquinasdigitaisentregam a fotocom 144DPI.Outrascom75 dpi.Aimpressãoem modernas
impressoras laser é que deve ser feita a 600 DPI.

22.7.2.8 - Retornar o PMP do PCM para o Supervisor:


O PMP ao retomar do PCM deverá ir para o Supervisor que a lerá e entregará ao executante que
redigiuoesboçoparaeventual complementação. Depois decomplementada, deveráserreeditada
Figura 22.03 - Sugestão sobre como indicar o local pelo PCM, devolvida ao Supervisor.
onde será colocada uma figura dentro do PMP. Senadamaishouverparaseracrescentado, o PMPdeveráirparaaprovaçãodoescalãocompetente.

Os modernos processadores de texto permitem a inclusão de fotos nos textos. 22.7.2.9 - A aprovar o PMP.
Existem diversos recursos quepodem serusados parainclusão defiguras numtexto,maso melhor, O PMPdeveráseraprovadapeloTécnicodeManutenção oupeloEngenheiro, quedeveráconferir
quando existemfitasde vídeoparatreinamento écapturaraimagem diretamente da fitade vídeo os valores e dados que constam do PMP.
para que a imagem possa ser reconhecidapelos que foram treinados na fita. Deverá tambémser enviada para a equipe de segurançado trabalhoque deverá verificar se aparte
Seexistirequipamento decapturadeimagem, elepoderáserusadoparacapturarimagensde fitas relativaàsegurançadotrabalhoestábemdescritaeacrescentarosdetalhesdentrodoconhecimento
de vídeo feitas pelo pessoal de manutenção ou por quem seja designado para isto. específico.
As máquinas fotográficas digitais também são poderososrecursospara a inclusão de fotos e Será aprovada pela Gerência de Garantia da Qualidade (quando existir), não importa o nome, no
gravuras no texto, o que tomará o PMP mais óbvia. tocante a seu formato,montageme layout,numeraçãodos tópicosa identificação e codificaçãodo
Caso você resolva incluir fotos nos PMP, processe a imagem para que seja incluída no arquivo documento, no caso de ISO 9000 ou outras normas que estejam sendo seguidas.
e gravadanestemesmoarquivocomumadefiniçãona ordemde 150pontospor polegada(DPI Depois de tudo correto o PMP deverá ser assinada e aprovadapelo escalão competente na empresa
ouDotsPer Inch)e como tamanhoquedeveráteraoserimpressa.Porexemplo,seno textoaimagem e divulgada para todos os executantes.
tiverumtamanhodecincoporquatrocentímetros, façacomqueo processadordeimagensindique Se houver órgão responsável pelo registrode toda a documentaçãoem sua empresa, por exemplo.
esta dimensão antes de incluir no corpo do PMP.
Gerência de Garantia da Qualidade (ISO 9000), entregue uma cópia ou original para registro e
Osprogramas de processamento.deimagemnormalmenteinformam qual a definição da imagem controle.
e qual o tamanho que ela possui.
22.7.2.10 - Divulgar o PMP.
Após aprovado o PMP deverá ser lida pelo Supervisor junto com os demais executantes e ser
assinado por todos.
2-j|"4 "[ Organização oPlanejamento eoControle da Manutenção Capítulo 22 —Procedimento-de^Manutenção Padrão | 215

Atenção:
Este cuidado tem vários objetivos: fazer com que conheçamonovo Procedimento deManutenção Risco de Incêndio ou explosão.
Padrão, servirdeum momento amais para eventual revisão, eainda, obter prova documental de
que oempregado tomou conhecimento da maneira correta e segura de executar o trabalho e Prevenção: Asferramentas devem estar completamente isentas deóleos, conforme descrito na
concordou que aquela éa melhor maneira deexecutar atarefa. parte inicial. Assuas mãos também devem estar limpas bem como assuas luvas. Se
você estiver em dúvida, lave as mãos novamente e suas ferramentas para remover
Eleparticipouda revisão eestáde acordoque éamelhor maneira, pois assinou concordando. Isto eventuaisresíduosde óleo.Oóleoemcontatocomoxigênio,àtemperatura ambiente
tem implicações jurídicas ede salvaguarda em caso de acidentes, desde que esteja bem feita e inflama instantaneamente.
descreva os trabalhos de forma segura. Poristo é que enviamos a cópia paraos técnicos em
Segurançado Trabalho. 1 - Fechea válvuladocilindroou garrafade oxigênio comas mãoscomluvasou
usando a ferramenta adequada ao tipo de cilindro.
Após aleituraeaprovação em conjunto, umacópiado Procedimentos de Manutenção Padrão irá
fazer parte do arquivo que fica na Seção de Manutenção, na mesma sala ou local onde ficam os Risco: machucar a mão ou avariar a válvula com ferramenta inadequada.
executantes. Istovisafacilidade deacesso à informação. Istopermite queaqualquer momento o 2 - Descarregue apressão dalinha, pela válvula dedreno delinha ouafrouxando
PMP possa ser relido. a porcaqueunea tubulação à garrafa oucilindro.
Em complemento oPMP será inserido no sistema informatiz^o, sehouver, para que toda avez Risco: incêndio se a tubulação estiver suja de óleo.
que atarefa for executadanovamente seja possível imprimir uma cópiadeste Procedimentos de Precaução: verifique comcuidadoantes deafrouxaraválvula elimpesehouver
Manutenção Padrão que deverá ser usada apenas naquela vez edestruído. vestígiosde óleo na válvulae tubulação.
Noexemplodatrocade escovas, após acompletaexecuçãodastarefascitadasna OrdemdeServiço, 3 - Afrouxe a porca que une a tubulação à garrafa de Oxigênio, usando uma
aodevolver ouaodarbaixa naOrdem deServiço, oSupervisor ouoexecutante deverá destruir ferramenta isenta de óleo para evitar incêndio e acidentes.
acópia do Procedimentos de Manutenção Padrão que acompanhou aOrdem de Serviço. Risco: Incêndio se a ferramenta estiver suja de óleo.
Para apróxima trocade escovas em motor idêntico ouno mesmo motor, junto com outra Ordem 4- etc.
de Serviço deverá ser emitida uma outra cópia do Procedimento de Manutenção Padrão
correspondente para o executante. Nãoé suficiente,dentrodestecritériode APT,quevocêdiga: "cuidadocom riscode incêndio",
espera-se que você descreva o risco ecomo elepoderá ocorrer, chame a atenção sobre ele, toda
Neste caso, se houver alguma alteração de valores oudemedidas de segurança, elas estarão a vez queelepuder ocorrer e que você descreva como proceder em cada etapa para suplantar e
registradasnoSistemade Manutençãoinformatizado,eanovacópiaentãoemitida, sairáatualizada, contornarorisco. Nofinal, espera-sequevocêdescrevacomofazer atarefadeumamaneira segura.
poisseráemitida juntocoma novaO.S.
Agora não existe risco de setrabalhar com um PMP errado ou desatualizado.
22.9 - Recomendações.
22.8 - A Análise Prevencionísta de Tarefas Asrecomendações sãoapenas resumos depequenas coisas que podem serfeitas edecoisas que
não devem ser feitas.
Ao descreverumatarefaonde possaexistirrisco de acidentes você deve incluiruma análise ecitar OPMP, como qualquer documento, deve serescrito e impresso deforma quepossa serlido por
quais são osriscos que existem durante a execução das tarefas. todos. Os seus clientes são os executantes das tarefas.
Citeoriscoequal amedidaprevencioitístaquepodeminimizaresteriscoouaté tomá-lo inexistente. Por isto, você pode usar apelidos nas tarefas e nome de peças.
Porexemplo, soldas elétricas em anteparas metálicas, nós deveremos chamaraatenção de quem
for soldar para verificar primeiro oque existe no outro lado daantepara para evitar incêndios e
explosões. 22.9.1 - O uso de "apelidos" para citar tarefas ou peças.
Instraçõesde ManutençãoemRedes de Oxigênio, porexemplo, devempossuiremsuaparteinicial Nem sempreumadetermin^atarefaoupeçaéconhecidapelapalavratecnicamentecorreta. Existem
uma descrição doperigo deincêndio eexplosões quando daexposição oucontato deferramentas "apelidos" que são usadosem algumasempresase locais.
sujas deóleocom o oxigênio à temperatura ambiente. Respeiteisto, mas indiqueo nomecorretotambém.
Outro exemplo: Ao descrever uma rotina, neste caso, "descrição de remoção de uma garrafa de Vocêdevecuidarque,aoescrever aspalavras nãotecnicamente corretas, elassejamincluídas no
oxigênio de uma linha pressurizada" deveremos indicar, como noanexo 1,o seguinte: PMP entre parêntesis após as palavras tecnicamente corretas.
Deste modo vocêestará usandoas palavrascorretase permitindoque elassejam assimiladas, pois
haverá associação sempre com as de uso corrente na empresa.
216 Organização o Planejamento e o Controle da Manutenção

22.9.2 - Os sistemas de impressão. Capítulo 23


Seoseusistema de impressão possuir recursos, instrua o pessoal dadigitação queusetodos os
recursos possíveis deprocessamento detexto, como ousodeitálico, títulos csubtítulos com letras
detamanhos diferentes, negrito esobre tudo digitem otexto usando letras maiúsci]1as eminúsculas.
A leitura é mais fácil.
Aleitura com apenas letras maiúsculas é mais cansativa e o texto não fica agradável.
OsPMPque forem emitida através desistemas informatizados sódevem lerfiguras seosistema
deimpressão possuir recursos para tal. Caso contrário não inclua figuras no PMP.
As figuras arquivadas acores, aoserem impressa, ainda que em preto e branco, darão imagens
melhores.
A Programação

22.9.3 - A modificação dos PMP.


dos trabalhos aperiódicos
o execuianie deverá sempre seguir oque está descrito noPMP. Tome isto bem claro paratodos
os executantes de tarefas de manutenção.
Senoentender doexecutanteadescrição nãoestácorreta, elcdevcráchamarosupervisorejuntos
corrigirem o PMP durante a execução. 23.1 - O Uso de Programas
Istoevitará acidentes e alegações deque "houve oacidente porque seguimos umProcedimentos
de Manutenção Padrão errada".
especialistas em programação aperiódica.
Pormotivos desegurança umPMP deverá sempre serseguido, a menos que esteja sendo refeito Os trabalhos devemserprogramados apariirdaexistênciade umaOrdemde Serviços (O.S.), uma
comacompanhamento do supervisor oudopessoal encarregado da revisão. Ordem de Trabalho (OT) ou de uma Autorização de Execução (AE).

Não permita queumPMP reconhecidamente falho sejaexecutado. Corrija antes. As tarefas repetitivas devem sempre possuir uma descrição de como devem ser feita. As tarefas
técnicas e executadas pela primeira vez ou executadas raramente só devem ser executadas após a
existência da descrição sobre como executar o trabalho adequadamente.
22.10 - Conclusão. Para isto você deverá fazer uso de Instruções de Manutenção e de Descrições de tarefas com o uso
Como pudemos ver. ouso deuma Procedimentos deManutenção Padrão deve serincentivado em de programas de computadores adequados.
qualquersistemade manutenção.
Arotinadescrita naspartes anteriores permite que sefaçaum PMP bem feito ecomaparticipação 23.1.1 - Uma figura de Programa Especialista.
de todos.

Ganha a manutenção que melhor sedocumenta e ganham osque participaram naconfecção do


documento denomínimoduasmaneiras: receberam maisinformação útile sentir-se-ão valorizados
com sua obra.
Estaparticipação faz parte dos programas deengrandecimento, valorização ecrescimento doser
humano na empresa.
Sobretudo, farácomqueamanutençãosejamais eficiente, maisexataemsuasintervenções, mais
técnicae mais atualizada.
Monteumsistemainternodecodificação dedocumentos namanutenção, quandoexistirsistema
integrado naempresa e nãotenha medo depedir ajuda a especialistas sempre quenecessitar.
No entanto se houver um sistema interno na empresa, a manutenção deverá se adaptar e usar o
sistema da empresa.

Figura 23.01 - Tela do MSProject 98.


218 I AOrgãnização oPlanejamento eoControle da Manutenção
Acimaestão as tarefas conformedesejadas, todasem restriçõesde mão de obra ou qualquer
recurso.
Capítulo 24
Não esqueça que quando existem várias seções envolvidas, manutenção elétrica, manutenção
mecânica, segurança dotrabalho, transporte, você deve emitircópia doprograma para cada seção
envolvida, com o diagrama deGanli oude Barras para que seja possível cada um visualizar a
importância de sua parte no todo.
Éfundamental que existauma programação "macro" onde seja visto oconjunto euma detalhada
para cada seção, aserrecebidajuntocom ageral. Cada seção receberá apenas asua detalhada, em
tese.
Vocêviuacimacomoficafácildevisualizar aseqüênciadeexecução como uso,porexemplo, do O Programa Mestre
Soft de Programação "MS-Project".
de Manutenção Preventiva
23.1.2 - Outra figura da mesma Programação.

24.1 - Resumo.
Este capítulo tratasobre como montar umPrograma Mestrede Manutenção PreventivaSistemática
para sua empresa, considerando os procedimentos mais aceitos. Recomenda-se ouso do Mapa de
52 colunas nestaetapaparamontare visualizar aprogramação que será colocado no computador,
depois de balanceado doponto devista demão deobra.

24.2 - Introdução.
o programa Mestre de Manutenção Preventiva deve ser montado quando se tem disponível a
relação deequipamentos, equando jáforam levantadas as tarefas necessárias eaperiodicidade
recomendada e que normalmente podem serobtidos dos manuais e a partir daexperiência dos
profissionais que montam o programa.
Note que, o Programa de Manutenção Preventiva Sistemática, montado, apartir dos conceitos
vigentes naManutenção Centrada em Confiabilidade, émais enxutoe mais efetivo. Dele resulta
Figura 23.02 - Continuação da Figura 23.01. menor custo e menor tempo de parada.
Assim, após montado o arquivo deProcedimentos de Manutenção Padrão, o passo seguinte é
Acima está uma figura obtida, doDiagrama deBarras ouGantt, das tarefas como desejadas, que iniciar o preenchimento dos "Mapas de52Colunas" aqui apresentados em duas versões: o mapa
poderá serimpressa, paraque sevisualize aseqüênciade execuçãoe as dependências queexistem. 52CI e o mapa 52C2. Esta seqüência de programação deverá sempre ser iniciada pelos
equipamentos classe "A" do pontodevistade processo ou de operaçãoepelos equipamentos Classe
"A"dopontodevista daqualidade, ouequipamentos com Impacto Direto naProdução sejam em
qualidade seja em quantidade, ou seja: os equipamentos que possuem grande reflexo no
desempenho dosistema produtivo. Você selecionaráporqual você iráiniciaraconfecção do PMP.
Os equipamentos deverão serclassificados conforme sua importância operacional eprograma
iniciado pelos mais importantes, dentro dos critérios que você mesmo constatará naquele exercício.
Caj^tulo 24^' Preventiva
j AOrganização oPlanejamento eoControle da Manutenção 221

24.4.2 - Mapa do tipo 52C2 básico.


24.3 - Os formulários. Assim chamado, porque possui espaço para marcar a data exata em que será feita a manutenção
Aseguir osformulários básicos a serem usados. em um equipamentoem especialou nos equipamentosde umadeterminadaunidadea ser atendida,
ou seja, um cliente.
Seu uso deverá ser, então, como indicado a seguir.
24.4 - Os mapas de planejamento.
Você monta o mapa do tipo "5201" para os equipamentos em g^ral e usa este mapa, 52C2, para
Omapasdeplanejamentosãoformulários outabelascomdiversas colunasondeémarcadaadáta apenas uma Seção ou para apenas uma unidade de produção.
ousemanaemqueoequipamentodeveráentrarem manutenção. Possuiestenomeporqueomapa
possui52colunaseoanocalendáriopossui52semanas. Assimesteformulário possui umacoluna Este uso é assim recomendado para que a supervisão da área a ser atendida lembre-se de qual dia
para cada semana. em que ele, a supervisão, liberou a máquina para as rotinas de manutenção necessárias.
Note que este mapa possui a montagem diferente do mapa 5201.

24.4.1 - Mapa do tipo 52C1 básico. As colunas são três conjuntos chamados de dias da semana e as semanas do ano estão colocadas
Aseguirpartedo mapado52Cloude52colunas.queserveparaprogramardiversosequipamentos nas linhas em grupo de dezoito semanas.

para diversas seções usando como base asemana do ano No mapa 5201 você colocará, para uma máquina, na semana em que a máquina irá passar pelas
rotinas de manutenção, o código da rotina ou a carga, em Hh, necessária para a rotina toda.
Neste mapa5202, você marcará o dia correto em que o equipamento entrará e terminará asrotinas
P LA HO MESTRE DE HAN 1UTENÇA
' O PRNTIV
-"MANAS DO ANO A
SCMAM»! O O » WO
13 14 15 18 17 18 18 20 21 22
de manutenção, infonnando ao usuário em que data exata isto acontecerá.
1 I ? I 3 I 4 I 5 I fl 7 B 10 11 12

PLANO MESTRE DE MANUTENC&O PREVENTIVA


DOM 8E6 TER QUA QU) SEX aAs DOM SEG TCR OUA QU) SEX sAb DOM SEG TER OUA OU) SEX sAb
1 19 37

2 '20 38

3 21 39
-

4 22 40

5 23 41

6 . 24. 42
-

7 25 43

8 26 '44'
Ô 27 45
-

10 28 46

11 29 47

12 30 48
-

13 31 49

14 32 50

15 33 51

TOTW.C6 HhCOMPROlgTPC 16 34 52
-

17 3S .

Figura. 24.01 - Mapa 52C1 - básico 18 36 -

No uso deste mapavocê distribui as tarefas de manutenção que estão nos FM?que você montou, Figura 24.02 - Mapa 52C2 - básico.
usando a suamão deobra, o Hhestimado e seuemprego porsemana calendário.
Favornotarque neste mapa, por questãode espaço elegibilidadeimprimimos apenas as colunas Reforçando: omapadotipo5201 marcaasmanutenções pordata"semana"preenchidoparaaSeção
da semana 1 até a semana 25. de Manutenção se prepararparaa cargade trabalho programadana semana. O mapa5202amarra
amanutenção por data "dia"eporoficinaaseratendida,diaadia, paraqueousuáriodoequipamento
se prepare para a parada e entregue o equipamento no momento marcado e adequado.
Caj^tulo 24 - OJBrograma~Mestre-dfí Manutenção Preventiva | 223
222 AOrganização oPlanejamento eo Controle da Manutenção
p LANO M E S T R E D E M A
24.4.3- Mapa do tipo 52C3 básico. SEMANAS 8 0 A N (> SEM A

Assim chamado por ser uma pequena variação dos anteriores, usando mês e semana. Não Mâqidna 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16

recomendamos ouso deste mapa, porque 6de difícil construção emuda de ano para ano. pois os 3-B.CB-01 M M M M

M M
dias da semana mudam sempre em cada mês. 34.CB-Q2 M M

3-B.C&43 M M M M

PLANO MESTRE DE HANUTENÇ M M M M


• ' ' ABmL ' ^
3.848-05 M M M M
EQUIPAMENTO
3448-06 M M M M

344847 M M M M

344848 M M M M

344849 M M M M

3448^0 M M M M

3448-11 M M M M

3448-12 M M M M

TOTAL DE loi coMraoimnoo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Figura 24.04 - Usodo mapa de 52 colunas comcódigosde periodicidade.

24.4.4.2 - Opção 2 - Mapa 5201 com quantidade de Hh estimado.


O uso como mostradoaqui é para balancear a de mão de obra alocada nas semanas, dentro da
possibilidade da equipe prestadora de serviços.

P LANO ME S T R E D E M A
SEMANAS D O A N 0 S E M A

Máquina 1 2 3 4 6 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16

Figura 24.03 - Uso do mapa de 52 colunas com marcação do mês eda semana. 344841 ,24 ,24 .24 24

3^842 24 24 24 24

344843 24 24 24 24
Vamos agoraver comose preenche o mapa. 24; 24 24
344844 24

344845 24 24 24 24

24.4.4 - Uso com manutenções periódicas mensais. 344848 24 24 24 24

3^84847 JI4 24 24 24

344848 •24- 24 24 24
24.4.4.1 - Opção 1- Mapa 52C1 comcódigosde periodicidade. 344849 •'24: 24; 24 •.24:
Ouso deste documento está mostrado aseguir, onde avariável usada foi apenas rotinas mensais, 344840 24: 24 24 24
pois neste exemplo em especial oequipamento possui apenas rotinas mensais. 344841 24 24 24 24

344842 24 24 24 24:
' •• -

TOTAL DE Hh COMTODMBnDO 72 72 72. 72 72 72 72 72. 72 72 72 72 72 72. 72 72

Figura 24.05 —Usodo mapa de 52 colunas com valores de Hh. estimado.


Capítulo 24 - OPrograma Mestre de Manutenção Preventiva | 225
224—I ^IDrganização oPlanejamento eoControle da Manutenção
d- Conferir a regulagem dotermostato decontrole de temperatura, (m).
24.5 - Os passos básicos e- Verificar e anotar tensões e desbalanceamento entre fases do motor do ventilador e do
compressor, (m).
da montagem do programa.
Paraaimplantaçãode umprogramada manutençãopreventivasistemática, deveremos seguiros Tempo estimado deexecução: duas horas com dois profissionais (4Hh).
seguintespassos, supondoquevocêjátenhafeito ocadastramento. codificado,játenhaescolhido
0"soft" adequadoedecidido suafilosofia básicade programação,ereconhecidaseregistradas as 24.5.2.2 - Exemplo de PMP semestral.
particularidades desuaunidade eetc. Usando o PMPmensal montado acima, vocêp>oderá fazero PMPsemestral.
1- Classificar os equipamentos. Chamo asua atenção para ofato que, neste exemplo, este PMPsemestral foi montado apartirdo
2- Criaros PM? paraosequipamentos mais importantes. PMP mensal, usando programação com hierarquia, na base assumida. Preventiva Sistemática,
3- Criar o Programa Mestre deManutenção Preventiva. periodicidade combaseemtempo calendário.
4- Criar um sistemade acompanhamento desteprograma. Procedimentosde ManutençãoPadrâoSemestral.
5- Adequar a Ordem deServiço, seainda não adequada. a- Verificar a fixação e o alinhamento dapoliado motor compressor, (m)
6- Decidir quais Indicadores dePerformance que serão usados. b- Verificar o filtro secador da linha de líquido refrigerante, (m)
7- Definircomos usuários do sistemade manutenção quais as informaçõesque serão passadas c- Verificar eanotar atemperatura dacâmara etemperatura doarexterior, (m)
paraelestodoo fimde mês. d- Conferir aregulagem dotermostato decontrole detemperatura, (m)
8- Formatar um relatório com osdados acima eemitir naocasião adequada. e- Verificare testar a operaçãodas válvulassolenóides. (s)
f- Verificar e anotar tensões e desbalanceamento entrefases do motor do ventilador e do
compressor, (m)
24.5.1 - Classificar os Equipamentos.
Conformesalientamosoprimeiroprocedimentoparaaimplantaçãodeum programade manutenção Tempo estimado deexecução: quatro horas com dois profissionais. (8Hh).
preventivasistemáticaé classificarosequipamentos. Note que mantivemos oscódigos (m) para indicar tarefas que foram extraídas do manual com
periodicidade mensal eincluímos ocódigo (s) para atarefa de periodicidade semestral, que foi
extraída do manual.
24.5.2 - O programa passo a passo com o PMP. Caso fosse uma tarefa semestral quea experiência deseupessoal indica que a tarefa deve ser
Existem tarefas que devem serexecutadas com critérios de periodicidade diferentes. Podem ser executada, você deveria usar outro código.
por tempo calendário, mensal, semestral eanual.
Pddem ser para tarefas de risco, quanto àconseqüência dafalha, em locais perigosos. 24.5.2.3 - Exemplo de PMP anual.
Neste caso você deverá montar um Procedimento deManutenção Padrão quedeverá conter no Apartir do PMP semestral feito anteriormente, você poderá montar oPMP anual.
mínimo atarefa aserexecutada esolicitação contida nacoluna domapa 52C1.
Lembrando que, neste exemplo, este PMP anual foi montado apartir do PMP semestral, usando
AssimoProcedimento de Manutenção Padrâo, paraumarotinade manutençãodeperiodicidade programaçãocomhierarquia, nabaseassumida. PreventivaSistemática, periodicidadecombase
mensal poderá conter, entre outros assuntos, as tarefas abaixo listadas. em tempo calendário.
Procedimentode ManutençãoPadrão Anual.
24.5.2.1 - Exemplo de um PMP mensal. a- Verificar o aperto normal dos parafusos noscabeçotes docompressor, (a)
Favor notar que indicamos aseguir algumas das tarefas de um PMP feito para um equipamento b- Verificar o filtro secador da linha de líquido refrigerante, (m)
derefrigeraçãoindustrial. Ocódigo (m)indicaqueestatarefafoi retiradadomanual equenomanual
elatema.periodicidade mensal. c- Verificar a fixação e o alinhamento dapoliadomotor compressor, (m)
Procedimentos de Manutenção PadrãoMensal. d- Verificar e anotar a temperatura dacâmara e temperatura doarexterior, (m)
a- Verificar afixação eoalinhamento dapolia domotor compressor, (m) e- Conferir a regulagem do termostato decontrole detemperatura, (m)
b- Verificar o filtro secador da linha de líquido refrigerante, (m) f- Efetuar a leitura do superaquecimento, (a)
c- Verificar e anotara temperatura dacâmara e temperatura doarexterior, (m) g- Analisar o estado do óleo lubrificante, (a)
Capítulo ^ - O. Preventiva 227
226 I ^Organização oPlanejamento eoControle da Manutenção
•liquina 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 15 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27

h- Verificar e testar aoperação das válvulas solenóides. (s) 14^TR4)1 A S

i- Verificar eanotar tensões edesbalanceamento entre fases do motor do ventilador edo 14:.TR4)2 A

compressor, (m) 1.C.TR-03 A

Tempo estimado de execução: oito horas com dois profissionais. (16 Hh). 1-C-TR04 A

1.C.TRJJ5 A

24.5.3 - Acolocação desta informação no mapa 52C1. 1.C.TR4X

1X.TR-07 S

Depossedestas Instruçõesde Manutenção vocêdeve colocarno mapade 52C1, queestáaseguir, 1.C.TR438 s

oTAG do equipamento enacolunadasemanaem que você acertou com os usuários que arotina 1.C.TR4» S

demanutenção será necessária ocódigo dela. 1-C-TR-10 S

Comece sempre pela de maior hierarquia, no nosso caso, aanual. TOTAL

Depois marque asemestral. Em seguida atrimestral, se houver.


Em continuação coloque as de menorhierarquia, no nosso caso aperiodicidade mensal.
Vejaaseguircomovocêpreencheráomapa52Cl.iniciandopeloTAGoucódigodoitemqueestó
Figura 24.07 - Mapa 52CI com anuais e semestrais.

sendoprogramado. Namesmalinhaenacolunacorreta,nasemanaacertadacomousuáno, atareta 24.5.3.3 - Adicionando as trimestrais.


pelocódigousado. Veja como fica o mapa 52CI quando adicionamos as trimestrais ao mapa anterior.

Máquina 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 19 19 20 21 22 23 24 25 26 :
24.5.3.1' Alocação das Anuais. l-CTRAI A T
Veja como fica omapa 52C1 só com as anuais. 1-C.TR02 A T

1-C-TR03 A T
18 19 20 21 22 23 24 25 26
8 9 1D 11 12 13 14 15 16 17 5
1 2 3 4 S 6 7
1.C.TR4)4 T A
1£.TR«t A
1.C.TR4)5 T A
IX-TR^OZ A
l^iUTROS T A
A
IX-TRXa
1.C-TR4)7 5 T
A
1.C.TR«4
1-C-TR4J3 S T
A
I.C.TRDS
1.C.1R419 T S
A
ix-mos
IX-TR-IO T S

TOTAL
1X-TROT

IX-TR-OS
Figura 24.08 - Mapa 52CI com anuais, semestrais e trimestrais.
10TR.1D

TOTAL
24.5.3.4 - Adicionando as mensais.

Figura24.06 - Mapa 52C1 sócom anuais. A seguiro mapa com todo o programa até as rotinas mensais, onde nestas máquinas existem apenas
rotinas até mensais. Não existem as rotinas semanais e nem as quinzenais.

24.5.3.2 - Alocaçãodas anuais e semestrais.


Veja como fica omapa 52C1 quando adicionamos as semestrais.
Capítulo 24 - O Programa Mestre de Manutenção Preventiva
22B 1 AOrganização oPlanejamento eo Controle da Manutenção
24.5.4.2 - O plano no Programa Especialista
Máquina 1 |-2 3 | 4 | S 6 7 | 8 | S I10 I11 IUI1] I14 I1S I16 I17 I18 119 I» 21 22 23 121 25 | 26 | i Veja agora como ficou no programaespecialista.

I^TTUD M

_ O iéS /'JP Ütsg B a •"' ' "

i nã Oite IEmwtm ^ kMpê j


K—- li \2 uu 11IH7I919 iu8inmun«iiaimTtiMi9ia42m
" lflinC«OI-U«Otó£Kfl»piUWD 1 l_ __J :4 -1.—, .i..
[B-.H,, " imni^ró.ljMQÃbtBÉ WsffMMk^ ' ":i . í' I 1• i ;!
l-C-TR-Oa H " IWfíOTJ-UNiiÒíDCMSfíwiüíIO ; :I _ 'ÍT.-'-:'- i' ' •
» oeRtOTÚMCWTO •{ . "! "" |1 i .. :L. ! .. .

Figura 24.09 - Mapa 52C} com anuais, semestrais, trimestrais e mensais.

Evidentemente omapa acima, deverá ser refeito com acarga necessária da força de trabalho em
Hh e,caso exista desbalanceamento grande de mão de obra, aprogramação será refeita até que a o.orànd- ' «.Ouuáouibrf lA-AnuI ""-Ooioi [Õ'Éinó» -jãúiliSr'.-.-"
solicitação de mão de obra seja amais regular eestável possível, sem picos indesejáveis esem 'i.MmMí .i-iautiat,. i.swiitii pfSt-TT" • •
períodos de faltade trabalho.
l«cca 4ePii)iH)Jiiii<ifi

24.5.4 - Plano para digitar no programa do computador.


Aseguir mostramos um outro exemplo de programa feito ecomo ele ficou após sua digitação em Figura 24.11 - Programa digitado no computador comoaparece na tela.
programa de computador, eonde usamos amesma filosofia de programação. Cortesia Astrein.

24.5.4.1 - Um outro plano como feito. 24.5.5 - Um outro plano com apenas mensais e bimestrais.
Abaixoestá um plano de manutenção preventivasistemática,base datacalendário, como feito pelo A seguir um outro plano, onde aparecem apenas as mensaise bimestrais.
pessoal do PCM daempresae como ficou quando digitado na telade programaçãodo computador
usandoum soft especialista em PCM.

SEMANAS

TTDidade Rfírlieracie 1

n DBidade Rcfrlgerecde 2

unidade RemcfracAo 3

Unidade Rrírlfcrafio 4

Figura 24.10 - Programa com todas as rotinas pronto para serdigitado. Figura 24.12 - Outro programa pronto para ser digitado no computador.
Capítulo 24 - O Programa M££trs.de..-Manutenção Preventiva
23Õ I ^Organização oPlanejamento eoControle da Manutenção
1OS ' [MdMA (Ic Plrínejanicnlo • l)uírb|
24.5.6 - Alternativa para montagem destas Bimestrais.
Logicamente as bimestrais não precisam ser programadas na ordem marcada. Elas podem ser Ano120031».!
alternadas cora asmensais edevem atender ànecessidade dafabricação. 4alaala{28
Usualmenteaprogramaçãodeveserefetuadaemconjuntoepodeserfeilademodoaalenderaambos iO |D :D :D |D
BALOO! .BAUM>FCSAGEMeuGGy(>A^.Ü^ ]
DAUÓS -BALANÇA SÃMlMSCVsr^
os parceiros: amanutenção eaoperação ou produção. BALDfn.BALAMCAC.TROMTAEDAZU. ~ 11 '
s<vari. BOhLBATnANsrEnENOA suiRny.5iJP j
Abaixo estáumexemplo dealteração a pedido daOperação. SAXieO . BOMBA TFUNSFERClIClADeSOOarR-; J
BAXI06.BOMBA OE&ULFO>4ICO_NCIZCOLJP.X„
BOMtnr-ráMBAOAÚLUN _ Is",
BOMOS1 -BOMBA DE ALrAPn^SAailjnMMJS_,'
OUMOM.OOMDAÕCOCSCAnSADC
BOMIJ77.BOMBftOAI)UAÍCONj ÍHCÈl^L. IDJ
VEN006 ^MllUlílOa PpAIRLjri ' "Ts •
vé'ÍíiÓM .MÉNÍL»DOnOQK£TÕ«MO POnHO |_i
VCHOn.v/ENIBADOn DDni-TnOOOGtJGGr^

Unidade ReTrteeraçio 4

Figura 24.13 • Omesmo programa acima alterado Figura 24.14 —Tela de verificação ou agenda. - Cortesia Astrein
a pedido epronto paraserdigitado no computador.

24.5.7 - Uma tela de Verificação. K>wUjoa006 i OlUWÜlU gOOb

Algunsprogramasdecomputadorpossuemumatelaque permitequesevejaoqueestáprogramado
num período ouemoutro, porequipamento.
No caso aseguir atela foi escolhida para aparecer omês eodia que foi programada atarefa. ZMtaoi
1779 âAA Mme M/HAonr TvcMtev a

Kl—»toa7»/'pyii jortxw wq
K <ãi"ci9 s ^õaw1aw >tVH tig
Ktamiam i>q» Hcpftvte wcj •nBi

| f i i iKfipiftn
IPvK.fMMiáB)

Figura 24.15 - Tela de verificação de programação ou Agenda. Cortesia Semapi


ir

232
-TàrOrganização oPlanejamento eoControle da Manutenção

24.6 - Considerações. Capítulo 25


Conforme notamos, aprogramação das tarefas de manutenção de unidades industriais ou não,
dependem de umasériede fatores, comoo"soft"aserusado, eprincipalmentedas características
operacionais de cada unidade bem como de flutuações de produção.
Apesar de tudo isto, aprogramação deve ser feita com antecedência, de comum acordo com os
usuáriosdosequipamentos,edepois, oprogramado manutençãoencontradocomoadequadodeve
sercolocado num programaespecialistadecomputadoreexecutadonamelhormaneira poss ve .
As melhorias na programação e nas reprogramações devem ser tarefas periódicas a serem
executadas sempre decomum acordo com aOperação. Modos de Programação
Maslembre: semprequeacertarumadatacomaOperação, ela. aOperação,étambémresi»nsável
pelo cumprimentodo programa, quandocumpreaparteque lhecabe, ou seja; pararas máquinas, de Manutenção Preventiva
prepará-las adequadamente eentregaramáquinapara execuçãodas tarefas de manutenção.
NormalmenteexisteponderaçãodequeaOperaçãonãoliberaamáquinaotempoquenecessitamos.
Isto às vezes é verdade.
Mas nem sempre.
Seráquenóspedimosoequipamentoapenasotempo necessário evamosfazer as tarefas commao 25.1 - Resumo
de obra treinada e capacitada?
Seráquenós nospreparamosadequadamente?NocapítulosobreCapacitaçãonósfalamos sobre Nesta parte vamos discutir asalternativas que existem sobre como programar asua Manutenção
Preventiva Sistemática.
este assunto.

Aseguirveremos as diversas maneiras de programaras Manutenções PreventivasSistemáticas,


considerando as diversascaracterísticas dasdiversasempresas. 25.2 - Introdução.
AManutençãoPreventivaSistemáticadeve serefetuadanaquantidadecorretaenamelhormaneira
possível dentro dasnecessidades desuaunidade.
Vocêdeveráestudara fundo comoé o processo produtivo de suaunidade e usarum método de
trabalho que auxilie o processo e que traga menores transtornos ao equilíbrio do processo
produtivo.
Paraistodeve-se verificar quaisas tarefas e comqual periodicidade devem serfeitas.
Deve-se fazer o levantamento das necessidades de material e de mão de obra para saber quais os
recursos que necessitaremos.
Amanutenção quando programadaecontroladacom ajuda deprocessamento dedados toma-se
mais eficiente. O uso da mão de obra, dos recursos materiais e financeiros é otimizado.
Comexistem diversas filosofias e projetos de"softs"especialistas dePCM, vocêdeve verificar
oquevocê necessita para atender melhor aunidade naqual você presta serviços. Para isto você
deveráverificar qualo "soft"mais ^equado parafazera programação dentro do seuquadro.
Escolha um "soft" que lhe atenda.
Nãobriguecomseu "soft" porqueeleéumaferramentaquefoi desenhadaou projetadaparafazer
uma tarefa dentrouma maneira que, ao analista de informática, pareceu adequada, dentro do
conhecimento dele e da experiênciadele.
-2BA I ^ Organização oPlanejamento eoControle da Manutenção Capítulo 25 —Modos de Pro^amacão de Manutenção Preventiva | 235

Caso o seu "soft" não seja o adequado você possuí alternativas, seomodo dele trabalhar não é Veja por exemplo, seédesejadauma manutenção nasemana05(cinco) eapróxima manutenção
o desejado, oumelhor, o necessário para a suaunidade: desejada nasemana, digamos, 07(sete) isto épossível emalguns destes tipos deprogramas, bem
comoqualquer outracombinação deperiodicidade quesedeseje.
A- ouvocê aceitao"soft"eseadaptaaelecomas limitaçõeseeventuais vantagensque eletenha,
B- ouvocê muda de"soft" a adquire uma licença parausar um "soft" que lheatenda.
25.3.3 - Periodicidade com uso de qualquer
C — ou você efetua tudo em controle manual.
variável calendário.
Alguns dos programas mais modemos possuem recurso paraque amanutenção seja programada
25.3 - Alternativas de Periodicidade. em base dia do mês, da semana, mês, ano, ou qualquer outra maneira sistemática.
Deve sersalientado, que aoprogramar, aspessoas tendem afazer umamontagemdo tipo simétrica Neste tipo de"soft" você podeprogramaraparada paramanutenção, porexemplo, noterceiro dia
e bonitinhacomo veremos no próximocapítulo. dec^iamêseoprogramaaceitaeemitiráaO.S.nadataacertadadecomumacordocomaOperação
Narealidade existem várias alternativas parafazer umaprogramação básica, antes decolocar os ouProdução, pois aoprogramadorsobraacertaromelhorperíodo com aOperaçãoecolocaradata
dados no computador. noprograma existente nocomputador, queaochegaràocasião adequada imprimirá aO.S. esuas
rotinas.
Adepender do "soft" que você usar, você poderá optar, ou deverá optar por uma delas.
Ver figuraa seguir,ondeusou-se"dia" para programação mêsa mês.
25.3.1 - Periodicidade anual de manutenção
com 48 semanas.
Alguns programas de computador só são aptos aprogramar em múltiplos de variáveis. Assim a r AT

programação, por exemplo, base semana, só poderá ser feita em espaços múltiplos inteiros. 11 17.1» 4:ig<ltil74l gãnsti eiiaaaattaa SISISr
D P P DP O D ÍDIDJOJO
Deste modo, sevocê desejar progranfar mensais com espaço acada quatro semanas, você será
obrigado ausar treze mensais no ano, pois 52 semanas dividido por 4semanas resulta 13. B»UMCo stíMvai
ãiiüu^ K^TTOM "TAÕTÃãÜL
BÍn^TRMt5|PIE!mSU>RRV<SUD IP
Todas as demaisperiodicidades programadasserãoconseqüênciasdesteparâmetrobásico, ouseja, bmciIb BCÜaA TRAMSrERÉHCM PÉWÕÃ

o mês com quatro semanas.


BOMMMAl.rAPn£SSAOB»UCAI |S
Com "softs" deste tipo, é muito difícil programar manutenções a períodos diferentes, pois o .BOMatDeOtaOWOftPETDtUEMD
D D to P D
- BOMBAPUfiUXiaiMJ.IMCEWDg
programa não aceita, seja qual for omotivo ounecessidade do usuário. \«4TIIAD0n DOABUIFT
e
Uma vez definido que aperiodicidade básicaéasemana, normalmente o"soft" amarra omês em H MÉNSCB

quatro semanas eao ano em 12meses. Oresultado éque oano calendário, que tem de 52 semanas,
nãocoincidirácomo anode manutenção e a cadaanoas manutenções ocorrerãoquatrosemanas
antes do período esperado.
Deste modo, como jádissemos, oano calendário terá 13 meses, pois 52/4 = 13, oque fará com
que este tipo de "soft"não possaserusado emlocaisonde aempresatenhacomofilosofia trabalhar Sawo

onze meses e parar um mês para férias coletivas e estaremos fazendo manutenção acima da
necessária, devido ao uso de um "soft" inadequado.
Figura 25.01 - Tela de computadorcomprogramação dia/mês.
Cortesia Astrein
25.3.2 - Periodicidade anual de manutenção
com 52 semanas.
25.3.4 - Periodicidade com uso de Horas de
Alguns programasexistentespennitemque vocêmarque aprogramação,base semana, emqualquer
semana quevocêdeseje, podendo sermanutenção periódica ounão. Funcionamento.
Istodáaoprogramadormuitorecursoparafazer amanutençãoocorrernomomento mais adequando Alguns "softs" aceitam que você controle as periodicidade por hora de funcionamento do
para ainstalação epara manutenção. Neste casodeve serfeita uma boanegociação para aparada equipamento, desde que o "soft" seja informado de quanto tempo a máquina operou.
quedeverá serlembrada e respeitada portodos. Neste caso, o "soft" projeta a data mais provável, considerando a média de uso e os valores
informados. Muito útil onde é necessário controlerígido de manutenção,em equipamentosque
devem ter a manutenção rigorosamente controladas.
Capítulo 25 - Modos de Preventiva
2^ j AOrganização oPlanejamento eoControle da Manutenção 237

Istodaráaoprogramador aexatanoção daquantidade deHhnecessário paraastarefasdasemana.


Esta modalidade ou tipo de programação exige muita interatividade entre oPCM eoPCP, pois No exemplo a seguir, foi estimada para a execução das tarefas mensais a carga de cinco
as datas calendário mudam em função da carga detrabalho que pode não ser constante. homens.horas.
Aseguir uma adaptação do mapa de 52 colunas para "mapa de programação por horas de Para as tarefas semestrais foiestimada a carga de dez homens.horas e para as tarefas anuais carga
funcionamento".
de vinte homens.hora.
O modelo usado no preenchimento é para apenas uma máquina e sem hierarquia, como A estimativafoi feitaapenasparamostrarcomofazerestapartedo programa.
explicaremos maisadiante.
O mapa está abaixo.
Caso você quisesse poderia colocar mais máquinas eotítulo da coluna 'TAREFAS* passana a
ser "MÁQUINAS".
Você poderia programar com hierarquia em horas. PLANO MESTRE DE M
8EMANA8DOANO 8E
P R E \ Máquina 1 2 3 4 5 6 7 8 0 10 11 12 13 14 15
PLANO MESTREFUNCIONAMENTO
DE MANUTENÇÃO
RAS DE FUMCiONAMENTt
34-CB41 24 24 24 24

§ g g § § S § § 24 24 24
34-C842 24
^VISA0100 HORAS.
3.B.CB-03 24 24 24 24
DE 600 HORAS 24 24
344B4)4 24

3^04)5 24 24 24 24

3.B.CB4)8 24 24 24

3«^B4)7 24 24 24 24

3-8XB4I8 24 24 24 24
3««B4)9 24 24 24 24
3.&>CB>10 24 24 24 24
—•ST-» afi|»l2slls|gl18IT6llSI2SnS|2S|35|26M5t2S|15t128lt6|26|1J
3-B-CB.11 24 24 24

24 24 24 24

Figura 25.02 - Mapa de Programação para horas defuncionamento, sem hierarquia.


TOTAL DE Hh COMPROMETIDO 72 72 72 72 72 72 72 72 72 72 72 72 72 72 72

25.3.5 - Periodicidades com uso de outras variáveis.


Diversosprogramasexistentesnomercadopodemserprogramadosparavariáveiscomotoneladas Figura25.03 - Usodo mapa de 52 colunas comquantidade de Hh. estimado.
processadas, ciclos de carga edescarga, ciclos de aquecimento eresfriamento, tempo em carga,
toneladas transportada, horas em carga e etc. Umasimplesconsultaà linhade totalnos informaquanto de mãodeobraseránecessária paraa
Para que isto seja possível ocomputador deve ser alimentado periodicamente com avariável execução das tarefas esperadas na semana.
desejada, oquepode serfeito manualmenteou com acolocaçãode medidorexternoconectadoao Nestecaso,vocênecessitará deduaspessoas paravencera cargahoráriasemanal, supondo que
uma interface que traga osdados aocomputador. seu pessoal trabalhe uma carga de 40 ou 44 horas por semana.
Estasperiodicidades, que normalmente nãocoincidemcomas datas de calendário exigem muita
interatividade entre PCP ePCM para que oprograma de manutenção seja executado conforme 25.5 - Programas de programação
desejado evitando que no momento adequado oitem não esteja disponível para amanutenção
necessária, sejaporesquecimentode que aparadadeveráacontecer, sejanecessidadede entregar com Hierarquia e sem Hierarquia.
umcontratoeadatafoi acertadasemlevaremcontaanecessidadedesepreservaroativo nomelhor Alguns "softs" aceitamque as tarefas sejam programadasde doismodosdiferentes.Outro"softs"
de seu potencial. aceitam apenas um ou outro modo.
Verifique sevocêdesejaambas asfacilidades aotestaro"soft"queeventualmentevocêiráadquirir
25.4 - Alternativa de preenchimento de mapa. ou alugar. Não esqueça que é bastante problemático mudar de "soft".
Note que existe iimaoutra alternativa para opreenchimento do mapa de programa.
Coloquenolocal daperiodicidade, numsegundomapa, aquantidadedeHomens.horanecessários
para aexecução datarefa eque deverá ser somado ao final da página.
23B "~| 'A-Organização oPlanejamento eoControle da Manutenção Capítulo 25 - iVfnrios de Programação de Manutenção Preventiva

25.5.1 - Programa com hierarquia.


Estaopção é tomadaquando você iniciaa confecçãodos PMP, pois ali você decide como serão
descritas as tarefas. Especialmente útil para máquinas com rotinas dc manutenção simples. ^O r D Pf roa
,, riã) *n>t»el2d. ortw.|tw-<f
Se você montar uma rotina mensal e incluir nela as tarefas da rotina quinzena! e da semanal, você
11 I* 13 H n IS \7 |9 [a
optou por este modelo. Verifiquese o "soft" de seu computador aceita esta opção. * " UHRÍOOl-UltBAMDEHeSfBWKEHU) ' I ' ^ !1 I_:
" lÍ»t«W-ÚHÍbiUt{DeREW«MrtHld jl . . il , 1 ' '1
Se não aceita, você não poderá usá-la. * UIM-flCm •IJW0*£>E OE HESEMAMENTO 1 1 t—
T J UHBE-íttl -ÚMOACE OE «S7F#U«Hjo_ : '1 ~ I' '
Nestamodalidadede programação(hierarquia) o computadoraceitaqueasO.S.de periodicidade
menornãosejamativadasquandoumamaioréativada, simplesmente porqueasatividades menores
já estão incluídas nas tarefas maiores.
Assim,se houverumamensal,aprogramaçãosemanalnão seráativada,porqueelajáestáincluída
na rotina mensal, do mesmo modo que a quinzenal também não será ativada porque também está
incluída na mensal.

Do mesmomodo,se houver uma programação trimestrala programaçãomensal,a quinzenale a


semanal não serão ativadas poisjáeslão incluídas na rotina trimestral. Mxrun Ln»n4.
D-Mk
1-Mmd E-SaMd g-Buniil
Umaatividadecom programaçãoanual farácomque as inferioresnão sejam ativadas. Isto quer
dizerqueasmensais, as bimestrais, astrimestrais eassemestrais nãoserãoativadas, poisa anual
seráchamadaeseráativada, inibindoas demais.Istopode serinconveniente se desejarmosregistrar
todas as O.S. de preventiva.
Uma programação de manutenção para, por exemplo, 5000horas inibirá as manutenções de Figura 25-05 - Mapa digitado no computador. Cortesia Astrein
periodicidade menor, como por exemplo, 500 horas, 1000 horas e etc. Isto poderá ser muito
conveniente caso não nos interesse registrar as pequenas manutenções que estão embutidas na
grande parada. 25.5.3 - Programa sem hierarquia.
Nesta modalidade todas astarefas programadas serão chamadas, ativadas easO.S. paraexecução
serãoimpressas e distribuídas paraexecução.
25.5.2 - Exemplo de Programação com Hierarquia.
Uma atividade com programação anual, neste modelo, permitirá que as O.S. inferiores sejam
ativadas eimpressas. Isto quer dizer que as mensais, as bimestrais, as trimestrais eas semestrais
PLANO
I .
MESTRE
ISEMANAS DO !
serão ativadas, apesardaanual ser chamada cativada. Não inibe as demais. Para serviços grandes
SEMANAS DO ANO

10 I 11 I12 I 13 I 14 I15 I 16 I17 I1S I19 IZ> I isto é muito conveniente.


Nafigura abaixo, nasemana cinco, porexemplo, serão impressas as O.S. daUNREFOl com tarefas
anuais, tarefas semestrais, tarefas trimestrais e tarefas mensais. Em continuação ocomputador
imprimirá a O.S. mensal da UNRBF03.
Se foruma programaçãode manutenção combase "horas de funcionamento ,porexemplo, de 5000
horas elanão inibirá asmanutenções deperiodicidade menor, como por exemplo, 500 horas, 1000
horas e etc. Aqui, emtarefas muito grande isto é muito conveniente.

25.5.4 - Exemplo de programação sem hierarquia.


Usando omapa de52colunas, antes decolocarnocomputador deveríamos preencherdo seguinte
modo;

Figura 25.04 - Outro Mapa pronto a ser digitado no computador.


^^0—|. A-Organização oPlanejamento eoControle da Manutenção Capítulo 25 - Modos de Programação de.Manutenção Preventiva 241

PLANO M E 8 T R E D E manutencAo P R E V E Mitpilna 1 2 3 4 5 6 1 B 9 to li 12 13 u 15 K 17 19 20 21 22 ZJ 24 25 26


••MANAI 0 o ANO ••MANAI D O ANO 1 B M A N A 1 0 o ANO
IvwVrilM t 2 3 4 f 1 f • f u U ti u u N u 11 a » M 8 8 » a a ü 9 B S W M ü! n n n ] A y y T y -y
ICUUI
inOEÉFtlA A
UMRXPtlft S S 1X.TIUB y A y y T y
UNREFOtt T T T T
inOOFMM M M M M M M M M M M 14:.TIUQ y y A y y T
A
nuKFnt • 9 t-C-TR4M T y. y A y y
MMDinT T T T
1
MUaFIIM M M M u M M M M M y T y y A y
M M
IMHIFaA A
•MMFnC • 14:.1Ra6 y y T y y A
s
IMRCrnT T T T T
insKnM M M M M 1.C.TM7 s y y T -y y
M M M M M M
inmeFMA A
innsPMS y y s y y T-
S
T T T
UMStFOIH M 1Z.TRm T y y s y M
M M M M M M M M M

1-c-mio y T y y s

TOTAL

'

Figura 25.06- Mapa52C1 preenchido para programação sem hierarquia. Figura 25.07 - Mapa 52CI Preenchidopara empresacomtrabalhos o ano inteiro

Noexemplo acimaé altamente desejávelqueasgrandes manutenções ocorram espr^adas omais


25.6 - Programações em função possível paraquenãoexistam períodos demenor produção forçado pelas paradas dasgrandes
da característica operacional. máquinastodas em períodospróximosou contínuos.
Existem situações onde outras variáveis influenciam todaaprogramação demanutenção. Devem sercumpridos, também, os prazosdeparadae a qualidade necessária paraminimizar as
paradas devidomanutenção ouretrabalhos demanutenção.
25.6.1 - Unidade Industrial com trabalhos contínuos.
Neste caso supomos queas unidades industriais, hoteleiras, farmacêuticas ou qualquer outra 25.6.2 - Unidade industrial
trabalhe todos os dias do ano. com férias coletivas.
Numaumdadeindustrial,numhotelouondesetrabalhacontinuamente o anotodo,emturnosou Nestecaso,todaa programação, usualmente, é feitaa partirdaparadaanuale normalmente com
apenas no horário administrativo, deve haver uma muito boa programação que atenda às mão de obra terceirizada.
necessidades daOperação ouProdução equeatenda àsnecessidades dosequipamentos como um Todasas máquinas paramao mesmo tempo e a mãode obrade apoio vemde terceiros quesão
todo ou individuais. especialmente contratados paratarefasespecíficas e pelotempo deduração daparada.
Estáprogramaçãoserácuidadosamente feita emconjunto comaOperação easperiodicidades ou
datas ali acertadasdevemser cumpridas.
242—A-Opganização o Planejamento e o Controle da Manutenção Capítulo 25 -Modos Preventiva 243

MAPA DE 52 COLUNAS PLANO MESTRE PE MA N U T E N Ç O


S E MANAS ANO
SEMANAS DO ANO
fi E M A N AS DO ANO SEMANAS DO ANO
8 8 10 11 12 13 14 15 18 17 18 18 :
Miquin* 1 2 3 4 6 6 7
Méqubu 1 2 3 4 6 B 7 8 0 10 11 12 13 14 15 18 17 18 18 20
6 10 6
U8P-SJC-15-URT4)1 20 6
UDI4UI>4iS24>Ra01 A M T M
6 10 6
USP'«JC>ie-URT4Í2 20 6
UOi£UD4IS24>RO«2 A M T M
6 10 6
usp.ajc-i5-utn'4» 20 6
UDI4MD4m41t04n A M T M
6 6 10 5
USP.SJC-1S4JRT4M 20
UOI4MIMJ»4>RO«4 A M T M M
6 6 10
USP-SJC-1541Rr4)6 20
nnmwnfw rtwi wi A M T M
S 6 10
• U8P-SJC.154JRT4)6 20
UD|.QM04J324>R0J]e A •o M T M
6 6 10
0
USP-SJ(M54JRT47 20
1 usp-sjc-is4JRr-«e 20 6 6 10

6 6 10
USP-SJC-ISAnTJB 20
UDWMD4n241tOei 100 l 15 40 15 15 10
í 20 6 6
USP-SJC-164IRr>10
UDMN04«4>Ra(» 100 % 15 40 15
6 6 10
U8P-SJC-15-URT-11 5 20
U0MUD4O24>Ra03 100 B 15 40 15
1 USP-SJC-15-URr-12 5 20 6 6 10
U0l«M(Mm-l>RO44 100 15 40 15 16
8 20 6 6 •

v USP<&iC-1S4ÍRT.13 S
UDI4MD4l».r>RO«S 100 15 40 15
E 20 6 6
C USP-SJC-154JRr-14 6
UDI.8M04l».i>RO46 100 15 40 15
20 6 6
U8P-SJC-16-URr-15 6

TOTAL NA SEMANA 200 200 200 0 0 0 15 15 30 30 40 40 80 80 15 15 30 30 15 15


40 60 60 60 30 20 20 20 16 10 30 30 26 20 30 30
TOTAL DE Hh C0MPR0ME1100 50 60 45 •

Figura 25.08- Mapa 52C1preenchido para unidadecomférias coletivas Figura 25.09 - Mapa 52C1 preenchido para empresa
com período conhecido debaixa venda.
Recomenda-se queacontrataçãodosterceirossejafeitacomcercadeduassemanasantesdo início
dasférias coletivas parafamiliarização e treinamento adicional naempresa. / No caso acima, éesperado períododebaixaprodução nas semanas01 até 08 do ano, apenas como
Umaprogramaçãocuidadosada paradadeveser feita com antecedência,e recomendamoso uso exemplo. Poderia serqualquer outro período.
de programasespecialistasem paradas,como existemdiversos no mercado. Um esquema ágil deve ser montado, pois. se operíodo de baixa venda não coincidir na mesma
Curiosamente, sei de umaempresaquecessavaasatividades para as férias coletivas, liberando época, no próximoperíodoumaequipe de PCM ágil deve trabalharem conjunto com oPCP, que
todos osempregados einclusiveopessoal damanutenção. Ou seja,aunidade fechava mesmo para aonotar a baixa devendas deve preparar a parada, que quando confirmada teráa manutenção
fériascoletivas,incluindoa manutenção. programadaeexecutada.
Muito pouco usual. Aterceirizaçãoaqui podesernecessáriaousupérflua. Dependedaestimativadeduração doperíodo
de baixa produção.

25.6.3 - Unidade industrial com sazonaiidade. As usinas de açúcarede moagem de canatêmsazonaiidadeconhecidaede duração mais ou menos
determinada, onde a duração daparada é operíodo deentre safra.
Algumas unidades industriais possuem períodos dealtaprodução eperíodosdebaixaprodução.
Neste caso deve sermontado umprograma apartir dapremissa dequeausina deverá fazer todas
Neste caso é desejável queasgrandes manutenções sejam programadas nosperíodos de baixa as grandes paradas para manutenção no período de entre safra.
produção.

25.7 - Outros modos de programar.


Nodiaadiaencontramos outrasnecessidadesdeprogramar, emfunção decaracterísticaspróprias
decadaempresa, legislaçõesouSociedadesReguladoras, AgenciaNacionaisouInternacionais.
Nestes casos você deverá montar ummapa adequado à situação nova, antes detentar colocar a
seqüênciadeexecuçãonocomputador.
-jLQrgaiúzação o Planejamento e o Controle da Manutenção

25.8 - Programas com relação entre O.S. Capítulo 26


Alguns programas de computador permitem que seja aberta uma O.S. "mâe" e à ela sejam
relacionadas diversas outras O.S. que são chamadas "filhas". Em continuação você poderá abrir
"filhas" destas filhas.
Desta modo, tarefas especialmente complexas einterrelacionadas poderão serprogramadas em
seqüência e cadaumatratadaindividualmente. Terãoapropriação de mãode obra e material
apontadosindividualmenteem cada O.S. as tarefastodas serão somadas na O.S. "mãe".
Porexemplo, umarevisão elétricae mecânica emumcompressor dearserãosomadas narevisão
geral. Noentanto asdiversas subtarefas elétricas serãoapontadas individualmente e somadas na
parte"elétrica"enquanto assubtarefas mecânicas serâoapontadas nasO.S.individuais esomadas O Controle do Desempenho
darão o resultado da parte mecânica.
As duas partes, aelétricaemecânica, comojáfalamos, serão somadas paraformarototal daparada da Manutenção
e da revisão. Importante salientar que para isto os procedimentos de manutenção deverão ser
montados de acordo comestesistema, se fordesejo usá-lo e seu"soft"aceitar.
Aseguiralgumas obrasconsultadas equerecomendamos aleitura, listadas emordem alfabética.

26.1 - Resumo
Nesta parte trataremos sobre maneiras deavaliarodesempenho damanutenção nocumprimento
de suas tarefas e de suas metas.

26.2 - Considerações iniciais.


o controledo desemplenho da manutenção podeser feitode váriasmaneiras, conformejá vimos
anteriormente, e parafacilidade doleitor,repetimos, adiante, alguns conceitos estabelecidos nos
capítulos nove e quatorze.
Esperamos quevocêousuaempresa estejampreparados comumbomcomputadorecom"softs"
adequados. Existem programas napraçaparatodas as finalidades compreços de variam desde
"nada"poissãogratuitos, quetrabalham muito beme poderão fazer tudo osedeseja. Oquevocê
precisaé apenas botara mãos aobrae montar o seusistema. Montar o seusistema dentro desuas
necessidades.
Amedição dodesempenho damanutenção deveserfeitoemcima deparâmetros anteriormente
definidos sobre como ela será avaliada e como ela deverá trabalhar.
Todos os assuntos mencionadosanteriormenteforamdefinidospelaAdministração da empresa
epeloGerente deManutenção edeveestarconsolidado dentro deseuManual deOrganização da
Manutençãoque foi abordadono capítulo4 (quatro).
Tudo deveráestar dentrodoquefoiestabelecidono CapítuloDois comoEstratégiasdeTrabalho
de Manutenção,seja pela empresaou seja por consultoriaexterna..
Avaliar o desempenho de mão de obra reconhecidamente sem treinamento e não fornecer
treinamento é perda detempo. Éprocurar resultados que saberemos serão ruins. Omelhor será
treinaro pessoal e toda a mãode obra e depoiscobrar resultados.
2Afi [ AOrganização oPlanejamento eoControle da Manutenção Capítulo 26— O-Controle do-Des^apenho-da Manutenção 247

Cobrar desempenho sobre pontos deavaliação desconhecidos pelos empregados não é correto. 26.4.1 - O Planejamento e Controle Manual.
Eles devem conhecer suas tarefas e saber como serão avaliados paraquetenham uma chance de
fazercorreto e obter uma avaliaçãocorreta. o Planejamento e Controle de Manutenção Manual é aquele em que todas as atividades de
manutenção são planejadas, controladas e analisadas atravésde formulários e mapas de controle,
Istojá foi abordado naparte onde tratamos sobre oManual deOrganizaçãodaManutenção, onde preenchidos manualmente,guardadosem pastas e em gavetasde armários.Deve ser criado um
repetimos a parte dos "Comentários" lá existentes: processo organizadode arquivo e ordenaçãodedocumentos(porsemana,porequipamento,por
"Estedocumento, comoaquitratado, serveparainformarãopessoaldemanutenção comodevem sistema, etc.), afim de possibilitar aobtenção de dadosde formamais rápida possível e evitar perda
estarorganizados, quaissãoosprocedimentos aserem seguidos e,sobretudo, como aspessoas de informação.
e as Divisões ou Seções serão avaliadas.
Para queistoseja efetivo espera-se quetodos oscolaboradores sejam informados do conteúdo 26.4.2 - O Planejamento e Controle Semi Informatizado.
do Manual e treinados."
o Planejamento e Controle de Manutenção Semi Informatizado é aquele em que as manutenções
Assim posto, vamos recordar alguns conceitos. preventivas são controladas com auxílio decomputador,enquantoas manutençõescorretivas são
controladas a analisadas através de formulários e mapas preenchidos manualmente. Devem ser
26.3 - Recordando conceitos. considerados dentro deste critério os cálculos auxiliares de manutenções corretivas feitos pelo
computador, como os índices de manutenção, de performancede equipamentos com os dados
Vamos agora reveralguns conceitosesignificadodepalavras, para que tenhamos um significado levantados manualmente.
comum e as usemos dentro do mesmo significado.

26.4.3 - O Planejamento e Controle de Manutenção


26.3.1 - Planejamento.
Informatizado.
Planejamento: Processo que leva aoestabelecimento deum conjuntocoordenadodeações visando
à consecução de determinados objetivos É aqueleemqueasinformações relativas àsmanutenções preventivase corretivas sãotransferidas
ao computador,deondesãoemitidastodasasOrdensdeServiço(OS)e paraondeconvergemtodos
os dados coletados durante a execução das tarefas. Para isto é necessáriaa criação de programas,
26.3.2 - Programação. de formuláriospróprios,de códigos,que permitam a transferência de informação, sempreque
Progratpação; o planodetrabalhodeuma empresaouorganização parasercumprido ouexecutado possível,entreos módulosde pessoal,de material, demanutenção, deprodução, de operação,de
dentro de umdeterminado período detempo. controle de custos, etc.
Em continuação,devemoslembrarqueestetipodeControle podeserefetuado pordiversostipos
de computadores:em microcomputador, emminicomputadores, emcomputadores degrandeporte
26.3.3 - Controle.
com terminais comuns, em computadores de grande porte com microcomputadoresinstalados
Cohtrolg' Fiscalização exercida sobre atividades depessoas oudepartamentos para que não se como terminais, em redede microcomputadores, e diversas outras montagens possíveis.
desviem denormas preestabelecidas. Deve incluir atividades decorreção deeventual desvio.
Conformedadosobtidosempalestrasondeestivemos presente,emmédia, autilizaçãodopotencial
de um "soft" de PCM está entre 15 a 23 por cento do seu potencial.
26.3.4 - Planejamento Programação
e Controle da Manutenção. 26.5 - Controle de Desempenho Manual.
PCM: Conjunto deações para preparar, programar, verificaroresultado daexecução dastarefas Neste caso o controle seria feito com o usode formuláriose mapasou planilhasmanuais, de onde
demanutenção contra valores preestabelecidos eadotar medidas decorreção dedesvios para a seriam extraídos os dadosparaapuração dos Indicadores e dosíndices.
consecuçãodos objetivos e da missãoda empresa.

26.5.1 - Um mapa para controle e visualização.


26.4 - Tipos de Sistemas de Controle NestecasovocêpoderiausaromapadeControlequechamamosdeS2C4, queéreproduzido abaixo.
de Manutenção.
o Planejamento e o Controlede Manutenção podemser feitosbasicamente de trêsmaneiras: de
modo manual, de modo semi informatizado e totalmente informatizado.
Capítulo H6 - 0'Cohtroie do uesempènho da Manutenção
248 j ^Órgãiüzãção oPlãnejãniento eoConttole dã Mãnutenção 249

Estive numa empresa, que antes da implantação do sistema informatizado, usava cerca de dez
pessoas apenas para apurar quatro indicadores a cada mês. Estas pessoas passavam o mês todo
preeqchendo as planilhas de papel que eram acumuladas em planilhas semanais. As planilhas
semanais eram acumuladas na planilha mensal,daqual,finalmente,eram extraídos os indicadores
mensais.

Qualquer pesquisa sobre indicadores diferente do usual, demandava um trabalho imenso para
apurar tudo de modo diferente. O

Evite este tipo de controle.

26.6 - O controle de Desempenho Semi o

informatizado.
z
o controle semi informatizado usa o computadorpara algumas tarefas e outras são feitas na mão.
Curiosamente existem empresas que fazemo
a emissão de todas as O.S. por computador, são
encerrada no computador e a empresa prefere apurar indicadores sobre o que foi programado e
cumprido em uma planilha eletrônica, como a que está abaixo, onde o "R" quer dizer realizado.
z

26.6.1 - Parte de planilha eletrônica usada


para acompanhar o plano.
Figura 26.01 - Mapa 52C4 - Paraacompanhamento e determinação
depercentual executado sobre oprogramado.
lAcomoanhamento do Plano Mostre de Manu
tBMANAi DO ANO 8 E MA NAa 1
Salientoqueneste mapaforamincluídas54colunas, onde asemana53 éasemana1do anosegmnte KOUVMUMTO 18 8 4 B a T a « 10 11 18 10 14 18 ie 17 18
pragiaRiada M O M 0 T Q M 0 M
e a semana 54 é a semana 2 do ano seguinte. 1 laaBxatIo BS 1 1 n 19 1 1
Estemapa,comoaqui desenhado, questionaapenas sevocêrealizouounãootrabalhoprogramado. UllT.4384mi4>ft042
proptaniM
(Ml LíJ M 0 IT "õ~ "m"
Isto quer Hiyitr que se aO.S. foi aberta ela deveria ter sido terminada na semana do programa. raaHiade o o ra
UIIT.43«4m].PRO«3
pragnuRaae
«1 i««i «I I» T "q~ üT "o"
Permiteumavisualizaçãorápidadoconjunto. n ia 1 1 1
praBramaae 1 Io! ÍMÍ |«| ÍMÍ lol ÍT "q~ "iã" "o"
Em controle manual você usaria apenas para algumas máquinas especiais. Nunca para todas. raaUaae 1 ^ ^ ^9 1 EB 1 BB
pregnaiaao M "õ" "ÜT
AúltimaUnhapermiteaapuraçãodopercentualde preventivascumpridasnasemanaenosfornece 1 raaniado 1 1 ra 1 1
este indicador qüe émelhor tratado em nosso livro sobre Indicadores eíndices de Manutenção. UIIT.4atMmi#R04«
pragraaiade 1W1 10 1 M loj T 0 "m" "o" "õT
raaNjado IS IQI BB
(m.4is4JN)^«o«r
ptpgnsiade oi 1M1 1Q M1 10 T "o" "h" "Õ1
1 raaOttdo BB BS B3 BB ^9 1 1 1
26.5.2 - O uso deste mapa. progiamado 1 lol ImI lol ImI lol Itl "o" "m" "õ"
UltT«l2S4Ml.fRfr0f
Este "'gpa, como aqui proposto, seria usado no tamanho A3 oumaior. raaUxadP
pragramads iMl
í n B n 1 D izn
lfllT.43S4m)#R(H>t
lol ImI lol ItI lol 1M "õ"
IstofacUitariaomanuseio eopreenchimentodoque foi realizado, que poderásermarcado apenas 1 raaBiade BB 1 1 O R BB 1 1 1

comumcírculoaoredordoquefoiprogramado e executado. pragtamadp "iã" "õ" "ir


U>IT'(2S4Mi.PRtM9
raaiiaao
1 LíJ LâJ *" 0
Será muito difícil a visuaUzação demais variáveis, como por exemplo, trabalho parcialmente UllT42S4M|.raCMI
prsgnando fTTrSTio mPIo t "o" "üT "o"
BB BB O 1 1 1 1 1
executado, nãoexecutado devido nãoliberação, ouqualquer outracombinação. Ipragraaiadv [o 1 M lOj 1M1 10 1 ) T1 "ÃT "õ"
VHT-iJf-WI-fBO-l?
raaataae
Tol.l nmnrwn.rfA n .
W B B D _ i _ __ _

26.5.3- O seu maior problema. Teta] iMOxado na aamana


Pareantua) raailzade
DDDDEiaDDEiaDO
' — — — ^— —

tE3[Gl[iaiIí3tI3EQn3E!3[Knn3EE]BC3B
Casovocêuseestemétodo, você estaráusando tecnologia da metade do século passado. — — — — —

Ouso decontrolemaTmal dificultaaapuraçãodeindicadoreseseus cálculos, pois osdados deverão Figura 26.02 - Planilha 52C4modificada
ser coloc^os em planilhase formulários de papel.
Capítulo 26 da Manutenção
A Organização o Planejamento e o Controle da Manutenção

Quando requisitamos o material do almoxarifado e indicamos o número da O.S. onde o material


Agrande diferença entre esta figura e aanterior éque aoutra é feita a lápis oua caneta em uma e os sobressalentes serão usados, o "soft" imediatamente colocana O.S. o valor do material e outros
folha de papel eestaé feita numaplanilhaeletrônica. Uma maneirasofisticada (de perder tempo). produtos usados nesta tarefa em particular que estão disponíveis no banco de dados de material
Éuma grande perdade lempoopreenchimeniodeumaplanilhacomoesta.equemuiiomelhorseria sob a guarda do almoxarifado.
obter esta informação automaticamente com o uso de um "soft" adequado que possua as telas Deste modo o custo direto da O.S. está pronto.
adequadas. Tudo éumaquestão deeficiência. Ao encerrar a O.S. ou a semana, convenientemente desenhado, o "soft" faz orateio da mão de obra
Imagine calcular outros indicadores, como backlog, custos e etc. indireta, ou coloca o valor da mão desta mão obra indireta nesta mesma O.S.
Imagine aimensa quantidade de mão deobra gasta para preencher planilhas como estas, para ao Assim fica-se com o custo final de cada O.S.
final obter uns poucos indicadores. Deste modo, o Gerenciamento de mão de obra está concluído com toda a parte financeira.
Mas. tudo é uma questão de opção administrativa.
Manda quem pode e obedece quem precisa dosalário nofim domês. 26.7.4 - Gerenciamento de Máquinas.
Se o tempo de parada das máquinas for anotado em cada O.S. e se isto for transposto para o "soft"
26.7 - O Controle de Desempenho Informatizado. adequado, o cálculo dos indicadores mais usados será apenas uma mera questão de determinar ao
OinformaçãodequaislndicadoreseíndicesdeManutençãoserâousadosjáfoi definido noManual computador que faça a conta no momento desejado.
de Organização da Manutenção, onde também está definido com que periodicidade serão Vertelaabaixo.
levantados e queserãopublicados emseusrelatórios.
Conforme jáestabelecemos, neste tipo de controle, aapuração de todos os indicadores eíndices t * . UW Mnv I IM, w» MUBr
•-ici^ianaBiôio * -ifflittBoé:
é entregue ao"soft"escolhido e convenientemente usado. •"k / a ,.»• » •ilzI5 giüfb- «'•A.-h- "iOBlQfti
Usando dados obtidos empalestras feitas pordiversas "SoftHouscs", podemos afirmar que: em
média.autilizaçãodopotencialdeum"soft"dePCMesláentre I5a25 por cento do total disponível
para controle e para a apuração deindicadores que norteiem atomada dedecisão. Tcúf
1 06 no porlodo .
Vamos rapidamente comentar sobre algumas subdivisões de Indicadores. Convidamos oleitora
vermuito mais emnosso livro sobre Indicadores e índices de Manutenção, destamesma editora. Tompo toUl dot Oconéncm

do ocoirèro*» no poiiodo

Toiol do occcrenciM no poffo^


l>.^'«RspalIaAdAdo do OcorrAnaw;
26.7.1 - Gerenciamento de Mão de Obra. T otol de dM do poriodo

Ao entrar com osdados. O.S. por O.S., dos gastos de mão de obra em Hh e com o código do Tat«i do
executanle, ocomputador imediatamente coloca aquantidade de mão de obra gastanesta O.S. em p^Doponibédadtf doo EouMMntos do Pofíodo

particular. Told de hofâs do Peiíodo

r' '«Dbpontofcdedo do» oagundo


il^-pe(lòdo p«adD >0no hoidnodo luneowrerto
26.7.2 - Gerenciamento de Material.
Como indicado acima, aorequisitaro material do almoxarifado. saberemos onde usamos, pois ao ToUri <te hsaa cfa Potíodo

requisitar usamos o número daO.S. e oTAG do equipamento ao qual ela está vinculada.
I Ccraídtt«nopatodo: 01/t2/2D07 a 31/12/20(77
Como no banco de dados do almoxarifado está disponível o valor de cada item e também a
quantidade, a partir das quantidades gastas é possível saber consumos médios e pontos de
reposição, rotatividade de peças no almoxarifado erotatividade do valor do almoxarifado no ano.
Lógico que espera-se que itens de difícil reposição tenham quantidades maiores eitens de fácil
obtençãoemquantidadesmínimas. K , -arr—'•

26.7.3 - Gerenciamento Financeiro. Figura 26.03 - Indicadores Gerencia de Máquinas pelo Computador. Cortesia Semapi.
o valordamão de obra gasta nesta O.S. éimediatamente encontrado pois asinformações salariais
já estão disponíveis e o"soft" sabe onde buscar para valorar a mão deobra nesta O.S.
Capítulo 26 -~0~€oiTtroÍe-di7-Besempenho da Manutenção
252 j ^ Organização oPlanejamento eoControle da Manutenção
Não esqueça deque, aoadquirir o"soft", você deve verificar sea fórmula que ele, o"soft", us; .
parao cálculo é a fórmula quevocê aprovou emseuManual deOrganização da Manutenção i...
parte Avaliação de Desempenho.
Sempre é possível obtera fórmula desejada ou verificar se a que foi proposta no "soft" é
adequada.

26.7.5 - Quais Indicadores a apurar e o que informar.


EmseuManual deOrganização daManutenção naparteAvaliação deDesempenho vocêindicou
algumas formas de medire avaliaro desempenhode sua manutenção.
Emtodae qualquer situação, transição oumudança você deverá estabelecer novos indicadores,
fwmu •
os "KPIs"e seus"KPPs"paraquemeçam e indiquem comseusvalores e suasfórmulas se você
estáandando nadireção adequadae, porforçada fórmula, conhccidac estabelecida, saberá onde
atuar para melhorar os resultados. r-OtllíMl
De um modo geral, apura-se:
A - Indicadores Financeiro:
Deveremos apurar:
Custodo Hh gasto na O.S..custodo material gastona O.S.,custototal por O.S. Figura 26.04 —Demonstrativo de Custo de Manutenção
Custo da manutenção total por equipamento nasvariáveis citadas desde a instalação do sobre Faturamento e sobre Patrimônio
equipamento, Custo de manutenção total do equipamento no período e pelas variáveis
citadas.
Naquele produto da Abraman. conhecido como "A Situação da Manutenção no Brasil -
Custo porseção atendida e pordepartamento atendido, nãosóo total como também pelas Documento Nacional", é possível pesquisar dados sobre manutenção por segmento
variáveis citadas, e, é lógico, a somade todoseles quedaráo Custode Manutenção Total industrial e, cerca de mais de 100 (cem) diferentes tipos de informação, todas elas tratando
(CMNT) . sobre diversos aspectos da manutenção, em diversos segmentos industrias e de serviços.
Este CMNTdividido pelo faturamento brutoinformará o Custode Manutenção sobre o Convidamos você a participar da próxima pesquisa para aumentar a massa de informação
Faturamento Bruto (CMFB). e fornecer mais dados e aumentar a quantidade de dados para estudo dos interessados.
EsteCMNT dividido pelo custo total dos ativos nosinformarão Custo deManutenção pelo B - Indicadores de Mão de Obra.
Valor do Patrimônio.
De um modo geral, apurar como está sendo usadaa mão de obra e em quais tipos de tarefas,
Ver quadro abaixo, extraídodo DocumentoNacional;da Abraman,com permissão. com seus percentuais de utilização (preventiva, corretivas, preditiva, treinamento, etc.)por
tipo de tarefas e por seção atendida.
Publique dados sobre Backlog e suas causas, bem como providências para resolver as
pendências.
Nãoesquecerdeapurare publicardadossobreouso da mãodeobrade manutençãoemoutras
tarefas e serviços fora de nossa atribuições usuais. O uso de muita mão de obra em tarefas
fora de nossa finalidade difículta o correto cumprimento das manutenções necessárias e
causa problemas com a disponibilidade da máquina a médio e longo prazo.
Publiquedadossobreaescolaridadee treinamento necessárioparaseupessoal,comparando
com o que foi solicitado, com as competências mínimas necessárias. Isto deve estar
estabelecido em seu Manual de OrganizaçãodaManutençâo e respeitado. Sevocê estabelece
que os manutentores devem ter um determinado grau de conhecimento nunimo e não obtém
este pessoal, você deve obter treinamento para que este manutentores lhe atendam bem e
atenda às necessidades de sua unidade produtiva.
~25A—p AOrgamzação oPlanejamento eoControle da Manutenção
C- Indicadores de Máquinas. Capítulo 27
Apurar sempre, eno mínimo aDisponibilidade nos dois modos mais usuais, bem como as
resultantes deMTBF e MTTR, com seus dados sobre oqueinterferiu emumbom oumau
resultado.

Seestiver maisbem preparado, publiquedados sobreConfiabilidade eaManutenabilidade


dos seus sistemas e seus equipamentos mais importantes.
Não sobre todos, pois mesmo alguém tenha interesse nestes dados sobre equipamentos de
menorimportância, você podedesfocardosequipamentos fundamentais, poisgastou tempo
emestudossobreequipamento semimportância.
Mas, setudo estiversobre controleeseus dados prontamentedisponíveis, será que osseus
Bibliografia e Obras
clientes irãoprocurar dados sobre máquinas deste tipo?
D- Indicadores de Desempenho do PCM. de Referência
Publicaropercentual de mãodeobraprogramada, percentual do Programade Manutenção
Preventiva cumprido e, paraos não cumpridos, quais ascausas.
Indicar providências tomadas para ocumprimento doprograma.
E- Indicadores de SMS. A seguir algumasobras consultadase que recomendamosa leitura,listadasemordemalfabética.
Publiqueeapuredados sobre acidentesequaseacidentes, não só sobrepessoas mas também
sobre meio ambiente epatrimoniais que digam respeito àmanutenção easeu pessoal. ABRAMAN - Documento Nacional - Distribuído e editado pela Abraman, Associação Brasileira
F- Indicadores de Gerência de Material. de Manutenção,por ocasiãodos CongressosBrasileirosde Manutenção,de 1991a2007. Sede
Publicar dados como: ototal deitens nacionais usados, ototal deitens importados usados, no Rio de Janeiro. Ver em www.abraman.org.br.
total de itens usados, percentuaisde cada, ototal deitensprocurados enão encontrados, com ARIZA, Cláudio - Organização de Manutenção Eletro-eletrônica; McGraw Hill do Brasil, 1978,
atraso naentrega damáquina manutenida eoutros como necessário. 528p.
G - Outros Indicadores. AURÉLIO - Novo Aurélio Século XXI - O Dicionário da Língua Portuguesa -1999 - 5*
Em cadamomento, emcadasituação, a cadamudança de modo de agirou adaptação a Impressão - 2003 - Editora Nova Fronteira, 2128 páginas.
mudanças determinadas pelaempresauseseus novos indicadores, seus novos "KPIs" como BALDIN, Fumaleto, Roversi, Turco, Manual de Manten. de Instalaciones Industriales, Editorial
necessário. Gustavo Gilli, S.A. Barcelona, 1982,392p.
BRANCO Filho, Gil - Dicionário de Termos de Manutenção, Confiabilidade e Qualidade, com
26.8 - Considerações finais. apoio da ABRAMAN- Associação Brasileirade Manutenção, CAM- Comitê Argentino de
Manutenção e FIM - Federación Ibero Americana de Mantenimiento; editado por Editora
Manutenção do parque industrial, de instalações produtivas, de hotéis; de prédios, de usinas ou Ciência Moderna, série Engenharia de Manutenção, Rio de Janeiro, 2006,274p.
qualquer outro ativo écoisa séria edeve ser feita de modo organizado.
BRANCO Filho, - Gil, -Indicadores e índices de Manutenção, com apoio Abraman da
Use um bom "soft" e sucesso.
ABRAMAN - Associação Brasileira de Manutenção, CAM - Comitê Argentino de Manu
Bem organizado ecom pessoal competente osbons resultados são certos. tenção,editadopor EditoraCiência Moderna, sérieEngenhariade Manutenção,Riode Janeiro,
2006, 148p.
FALCONI Campos, Vicente - Gerência da Qualidade Total Estratégia para Aumentar a
Competitividade da Empresa Brasileira, 1989, Bloch Editores, Brasil, 1989,187p.
FOURNIERS, Ferdinand F. - Porque os subordinados nunca fazem o que se espera deles? 1988,
Makron Books do Brasil, 1991,1 lOp.
GABRIEL M. e Pymor Y - Maintenance Assisté par Ordinateur, Masson, Paris, 1987,168p.
HANSEN, Robert C, - Overall Equipment Effectiveness, a Powerful Production / Maintenance
Tool for Increased Profits, Industrial Press, 2002,278 páginas.
Cã[átiúo-27-—Bibli0^=aôa~e'Obras de Referência
256 AOrganização oPlanejamento eoControle da Manutenção 257

UNIDO- Introduction toMaintenance Planning inManufacturing Establishments, O.NU New


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