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Um PLURAAL de AÇÕES para o desenvolvimento das habilidades

Dirigido por Franciellen Mendes, Professora e Especialista em Avaliações Externas / 2024


Concurso de Redação (F1, F2 e Ensino Médio)
Milho de Pipoca e CORAGEM – Encorajamento, Autonomia e Acolhimento
Hoje, vamos usar o “Milho de Pipoca” para uma atividade criativa e reflexiva. Com isso, exploraremos a escrita,
o pensamento crítico e o autoconhecimento."
Objetivo:
O objetivo é desenvolver a escrita criativa através de um rascunho de relato, encorajar a autoavaliação e o
reconhecimento das próprias habilidades. Além disso, vamos refletir sobre a criatividade e o crescimento
pessoal, usando a metáfora do milho de pipoca para ilustrar como os desafios podem nos transformar.
Preparação dos Materiais
• Coloque um pote de vidro ou plástico transparente com a etiqueta “Cérebros pipocando, cheios de ideias!”
sobre a mesa.
• Disponha ao lado um pote colorido com milho de pipoca.
• Prepare uma xícara ou copo pequeno de plástico (50 ml), com uma marcação ao meio feita com fita crepe
ou canetão.
PARTE 1 - Estrutura textual e escrita:
Na lousa, apresente o gênero textual da turma e exemplifique, mostrando como ele é dividido em uma estrutura
de escrita que se desdobra em partes distintas: apresentação, desenvolvimento e conclusão. Para ilustrar,
desenhe três blocos na lousa, escrevendo em cada um deles um exemplo correspondente à sua respectiva
parte do texto. Sugestão de como apresentar o assunto para a turma, exemplo com o gênero relato, faça
adaptações de acordo com a série e texto que será produzido. Exemplo:
Hoje iremos escrever o rascunho do nosso relato, o rascunho tem 3 partes de escrita, a introdução, o
desenvolvimento e a conclusão. Se nós conseguirmos fazer entre 6 e 10 linhas, a introdução e um pedacinho
do desenvolvimento, é como se tivéssemos feito até a metade. Então, cada aluno poderá pegar meia xícara de
pipoca e colocar no pote de vidro, cerca de 10 linhas.
Agora, quem conseguir fazer toda a introdução, o desenvolvimento e uma parte da conclusão, ou, pelo
menos, chegar até a linha 15, (mesmo faltando um trecho da conclusão), poderá encher o copinho e contribuir
para o nosso pote de pipoca.

PARTE 2 - Exercício de Encorajamento - Demonstração Visual:


Use um copo transparente, encha-o quase até a borda e questione: “Este copo está cheio ou pela metade?”
Após a resposta dos alunos, esvazie e encha o copo até a borda, perguntei novamente: “E agora, está cheio
ou pela metade?”
Conduza uma reflexão sobre a percepção individual da criatividade e a importância de não fazer comparações,
reforçando que todos são capazes, inteligentes e criativos. Você poderá dizer da seguinte forma:
A medida da criatividade é algo que cada um tem “dentro da cabeça”, todos nós somos inteligentes e
criativos. Eu não posso olhar para a quantidade que o meu colega escreve e dizer que ele é mais criativo do
que eu, ou menos criativo, porque os nossos olhos as vezes nos enganam quando desejamos fazer
comparações, por isso, vamos dar o nosso melhor e no final, com alegria, todos poderão contribuir. Pois todos
são incríveis, inteligentes e criativos.
PARTE 3 – Conclusão da Atividade – Motivação e Autorregulação:
Quando o aluno se aproximar para entregar a produção escrita ao final da aula, entregue-lhe o copo com
a marcação da “medida do milho” e mostre o pote onde ele deverá colocar os grãos. Observe como eles se
avaliam nessa situação. É nossa função acreditar e motivar, realçando o que cada um tem de melhor.
Se algum aluno escolher uma quantidade de milho menor que a maioria, incentive-o a colocar mais,
dizendo: “Eu acredito que você merece colocar mais milho no seu copinho, pois você escreveu muito e me
surpreendeu.” Lembre-se, mais do que a escrita correta ou o preenchimento de linhas, nosso papel é sempre
acreditar e motivar.

“Transformando o Ensino com Base em Evidência e Experiência” @pluraal_avalia


Um PLURAAL de AÇÕES para o desenvolvimento das habilidades
Dirigido por Franciellen Mendes, Professora e Especialista em Avaliações Externas / 2024
Concurso de Redação (F1, F2 e Ensino Médio)

FINALIZAÇÃO – UM ESTOURO DE IDEIAS


Além de ser uma atividade específica, a dinâmica do pote “Cérebros pipocando” pode ser utilizada em
outras aulas para promover a autorregulação dos alunos em diversas atividades. No final do bimestre, organize
uma aula especial para estourar pipoca com a turma. Nesta ocasião, discuta a metáfora do crescimento e da
superação de desafios, exemplificando como o milho se transforma sob pressão e calor. Ao final do bimestre,
aproveite para ler para a história que adaptei do conto de Rubem Alves.

ADAPTAÇÃO, MILHO DE PIPOCA


Imagine um grãozinho de milho de pipoca, pequeno e duro, escondido dentro de uma casca que o protege.
O milho de pipoca parece pequeno e duro, mas dentro dele existe a possibilidade de se tornar uma pipoca. Para
isso, ele precisa passar pelo calor da panela. No início, o milho se assusta com o calor, sente-se desconfortável e agitado.
Mas, após algum tempo, ele se transforma em uma pipoca branca e macia, completamente diferente do que era antes.
Assim como o milho, nós também enfrentamos desafios. Às vezes, na escola, temos que aprender matérias que
achamos difíceis ou que não gostamos muito.
Como quando temos que estudar para uma matéria nova na escola que parece muito complicada, aprender a andar
de bicicleta sem rodinhas, ou até mesmo tentar fazer as pazes com um amigo após uma briga.
No início, essas tarefas podem parecer difíceis, como o calor para o milho de pipoca. Mas, se perseverarmos e nos
esforçarmos, algo incrível acontece. Assim como o milho se transforma em pipoca, nós crescemos e aprendemos. O que
antes era difícil, se torna mais fácil, e nós nos tornamos mais inteligentes e habilidosos.
E, claro, tem momentos que a gente não consegue de primeira, como alguns grãos de milho que não estouram. Mas
isso não significa que devemos desistir. Assim como o milho estoura e se transforma em uma pipoca fofinha e deliciosa,
nós nos transformamos em alguém que sabe mais, que pode fazer mais, e que entende melhor os outros.
É muito perigoso não querer crescer e enfrentar desafios. É importante saber que os momentos difíceis, como o
calor que faz o milho pular e virar pipoca, são muito importantes. Eles ajudam nosso cérebro a aprender a achar novos
caminhos e soluções para os desafios que aparecem!
Portanto, lembrem-se da história do milho de pipoca quando se depararem com algo desafiador. Assim como o milho
que se transforma em uma pipoca saborosa e alegre, vocês podem superar desafios e se transformar, aprendendo e
crescendo a cada dia.
(Adaptação - Livro: “O amor que acende a lua”, de Rubem Alves)

MILHO DE PIPOCA – Rubem Alves


Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho para sempre.
Assim acontece com a gente. As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo. Quem não passa
pelo fogo, fica do mesmo jeito a vida inteira. São pessoas de uma mesmice e uma dureza assombrosa. Só que elas não
percebem e acham que seu jeito de ser é o melhor jeito de ser. Mas, de repente, vem o fogo.
O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos: a dor.
Pode ser fogo de fora: perder um amor, perder um filho, o pai, a mãe, perder o emprego ou ficar pobre.
Pode ser fogo de dentro: pânico, medo, ansiedade, depressão ou sofrimento, cujas causas ignoramos.
Há sempre o recurso do remédio: apagar o fogo! Sem fogo o sofrimento diminui. Com isso, a possibilidade da grande
transformação também. Imagino que a pobre pipoca fechada dentro da panela, lá dentro cada vez mais quente, pensa que
sua hora chegou: vai morrer. Dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela não pode imaginar um destino diferente
para si.
Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada para ela. A Pipoca não imagina aquilo de que ela é
capaz. Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo a grande transformação acontece: BUM! E ela aparece como uma outra
coisa completamente diferente, algo que ela mesma nunca havia sonhado.
Bom, mas ainda temos o piruá, que é o milho de Pipoca que se recusa a estourar. São como aquelas pessoas que,
por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar. Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o
jeito delas serem. A presunção e o medo são a dura casca do milho que não estoura. No entanto, o destino delas é triste,
já que ficarão duras a vida Inteira. Não vão se transformar na flor branca, macia e nutritiva. Não vão dar alegria para
ninguém. (Do livro: “O amor que acende a lua”, de Rubem Alves)

“Transformando o Ensino com Base em Evidência e Experiência” @pluraal_avalia

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