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Senador Alcidez
VICE-PRESIDENTE
Bloco Parlamentar
Senador Victor Marabeli
PRESIDENTE
É instrumento das minorias parlamentares, que pode ter como objeto todas as matérias
da competência legislativa do Parlamento. Conforme o art. 58, § 3º, da Constituição
Federal, as CPIs têm poderes de investigação próprios das autoridades judiciais. Podem
ouvir indiciados, inquirir testemunhas, requisitar documentos e determinar a quebra de
sigilo de conversas, prints e registros. Esses são instrumentos que tornam sua atuação
mais eficiente e, portanto, podem ser utilizados sempre que necessário.
O foco de quem atua em uma CPI deve ser o de apurar com imparcialidade os fatos
motivadores da sua instauração, mas, encontrando elementos suficientes para eventual
responsabilização criminal, civil ou administrativa, deve encaminhar as respectivas
conclusões às autoridades competentes para as providências cabíveis. A par disso, e
acima de tudo, uma CPI presta-se a identificar falhas ou lacunas na legislação vigente
que facilitem a prática das condutas em investigação para, ao final dos trabalhos,
apresentar proposições que possam prevenir a ocorrência de fatos semelhantes.
II – ANÁLISE INICIAL
As provas produzidas por esta Comissão Parlamentar de Inquérito, em especial as oitivas
coletadas e os documentos recebidos, permitem que se conclua a participação e
responsabilização de agentes públicos e políticos que ocupavam cargos estratégicos
durante a última eleição, bem como de outros indivíduos não ligados formalmente à
Administração Pública.
A CPI, assim que criada e coordenada pelo Presidente dela, o Senhor Senador Victor
Marabeli criou um grupo separado à fim de preservar os depoentes e separá-los de
possíveis intimidações dos possíveis investigados. No primeiro momento foram
levantados e apresentados prints relacionados à denúncia inicial que serão
disponibilizados aqui:
Após um certo choque por parte dos Senadores membros da Comissão, houve a seguinte
primeira conclusão: “Ele fez isso enquanto qualidade de membro fundador do PN, o que
seria "normal" ou nada ilegal exigir que se vote com a decisão administrativa do partido.
Porém se repararem, no final ele diz que vai vetar usando seu cargo de moderador por
isso, ou seja, seu cargo de príncipe”
III – DEPOIMENTOS
Tendo os dados iniciais já constatados, houve prosseguimento nas investigações,
fazendo-se o levantamento uma lista de depoentes a serem intimados para prestarem
esclarecimentos, bem como relatar o que testemunhou. Uma lista foi então levantada, e
após algumas modificações ficaram na seguinte configuração:
1º - Daniel Oliveira
2º - Leila Cairone
3º - Junior Cortez
4º - Luís Eduardo
5º - Arthur Castro
6º - Rodolfo Torres
Assim sendo elaborada a lista, foi dado prosseguimento e a primeira testemunha foi
contatada e intimada para depor.
Ele destacou que os eventos mencionados ocorreram durante a eleição para presidente
da casa legislativa, onde o moderador da União Pelo Brasil, Arthur, tentou coagir os
membros do Partido Nacionalista a votarem em um candidato específico, ameaçando-os
com a expulsão do partido. Além disso, o Senador Oliveira ressaltou que Arthur chegou ao
ponto de ameaçar a Primeira-Ministra.
Após ser questionado pelos membros da CPI, o Senador Oliveira relatou sua relação com
Arthur desde que ingressou na União, evidenciando que esse movimento coercitivo foi
coordenado pelo próprio Arthur em conjunto com Júnior Cortez. Mesmo diante da licença
da Primeira-Ministra Cairone, atribuída a problemas de saúde e pessoais, ela foi
pressionada a persuadir os membros do Partido Nacionalista a apoiarem Júnior, sob
ameaça de serem banidos do partido. O senador também ressaltou a ameaça de
bloqueio de projetos caso não cooperassem com as demandas impostas pela diretoria.
Após análise desta CPI, constatou-se que os prints eram de propriedade original da
Primeira-Ministra Leila Cairone, que devido a sua proximidade com o acontecimento foi
chamada para depor. Ela foi muito citada e cobrada pelo Arthur de Castro nas evidências
do acontecimento, por isso seu testemunho é de extrema importância para com esta CPI.
Ao ser perguntada sobre a relação do então Príncipe com o Partido Nacionalista, a CPI foi
respondida com as informações de que o fundador e atual proprietário do Partido
Nacionalista, o Senhor Arthur de Castro, solicitou a saída de Dudu do partido em seu
favor. Ela também mencionou que Júnior foi designado como presidente interino e que
Arthur recebeu o título de presidente de honra na diretoria do PN. Evidenciou também que
quem comanda o partido desde sempre é o Arthur.
Ainda segundo Leila, quando o Dudu estava à frente do partido era fácil para o Arthur
equilibrar sua posição de Príncipe e de figura principal do Partido Nacionalista, afinal o
grupo não era mais dele. E desde que o Dudu começou a falar de abdicar, o Arthur
apresentou mudanças de comportamento. Estaria ainda “um pouco ausente no grupo
principal pra evitar se expor”. Mas que ainda sim ele queria muito estar no poder de tudo.
O objetivo, de acordo com Cairone, era ter o Júnior na Presidência do Senado, ele sendo
Príncipe e diretor principal do PN, e a própria Leila como Primeira-Ministra. Dessa forma
poderia então comandar tudo indiretamente. No final de seu depoimento ela destacou:
“Enfim, não há neutralidade”
Na visão do Senador Júnior Cortez, os prints não indicam abuso de poder, mas sim um
líder irritado com a diretoria por permitir que membros tomassem conta do partido,
enfatizando a necessidade de mais firmeza para que o partido pudesse fluir
adequadamente.
Durante o depoimento, o Senador Júnior Cortez foi questionado sobre o motivo pelo qual
não queriam que Rodolfo ganhasse a eleição para presidente do Senado, a ponto de
oferecerem cargos políticos a outros membros. Ele explicou que o motivo era simples:
Rodolfo não era o candidato escolhido pelo Partido Nacionalista (PN), que
tradicionalmente lança candidatos de confiança. Quanto ao oferecimento de cargos,
Júnior ressaltou que Arthur não estava envolvido nisso. Ele mencionou ter oferecido a
vice-presidência a sua concorrente, caracterizando isso como parte do jogo político.
Durante o depoimento, foi apresentado ao Senador Júnior Cortez um print em que Arthur
mencionava que sem votarem conforme o esperado, os membros não conseguiriam
trabalhar devido ao veto certo do Moderador e do Executivo. Em seguida, questionaram se
essa prática era comum na União, considerando o objetivo de avançar a política na
organização.
Júnior respondeu que essa prática não era comum, pois seria recorrente se fosse. Ele
destacou que o foco estava em uma fala sem poder efetivo e questionou se houve
intervenção prática ou algo foi barrado sem justificativa por parte de Arthur.
Quando perguntado sobre por que ele usou o termo "fala sem poder", Júnior explicou que
após muito tempo trabalhando com Arthur, era capaz de discernir quando ele estava
realmente ameaçando. Ele caracterizou a fala como uma imposição de medo, um susto,
pois nunca houve registro de Arthur interferindo de tal modo. Júnior reforçou que as
palavras não possuem poder em um grupo de diretoria de partido onde o estatuto não
proíbe tais declarações.
Ao ser questionado sobre o motivo que levaria Arthur a querer instilar medo, Júnior
mencionou que era um medo simbólico, uma forma de mostrar que a diretoria era
responsável pelas decisões executivas, não os membros.
Mencionou também o episódio ter sido pontual e não recorrente, mas que o PN atua
diretamente na Política da União. O Arthur estaria, na data do depoimento, como
Presidente de Honra do Partido, e que é a diretoria partidária que toma as decisões pelo
partido. Enfatizou que a palavra final no partido é dele, do presidente partidário e não do
Arthur.
Depoimento do Luís Eduardo, ex-Primeiro-Ministro
A primeira pergunta foi sobre como era o comportamento do Presidente de Honra do PN,
e Príncipe pela UPB, o Senhor Arthur. Prontamente ele respondeu como o mencionado
sendo responsável, ordeiro e que nunca observou ele ultrapassar os limites. Juntamente
do Arthur, disse ter fundado o PN e que na própria visão o comportamento dele sempre foi
normal. Na situação apresentada nos prints iniciais, não pôde estar muito presente, mas
tentou acompanhar o máximo, e percebeu que ele possa ter ultrapassado os limites.
Ressaltou novamente que nunca o achou “muito tóxico”, e que eles são amigos na vida
real.
Após algumas perguntas e respostas desencontradas, disse não se recordar muito pois
andava ocupado. Disse também que pelas conversas divulgadas pareciam estar bem
nervosos com a situação. Acrescentou que como ex-presidente e fundador deveria
procurado saber mais dos fatos nos bastidores, mas que acreditava que tinha mais a ver
com discordância de ideias entre uma figura muito reconhecida e forte e uma política
forte e ganhando muita moral.
Ao ser questionado sobre como procedeu o preenchimento do cargo que o Dudu deixara
vazio, ele respondeu que o Arthur já tinha a intenção de voltar, então apenas deixou.
Afinal, ele seria literalmente o dono. Acrescentou logo em seguida: “Nesse dia eu
praticamente sumi” “Não quis opinar, não queria me estressar, além que ele foi bem
melhor que eu em literalmente tudo”.
Após o final de seu depoimento o Dudu fez alguns questionamentos sobre o caso. Após
os esclarecimentos foi sugerido que caso ele tivesse mais algo para acrescentar, que
chamasse algum membro da CPI para que retornasse e pudesse depor novamente. Então
sua última solicitação foi:
“Posso ter um tempo para pensar?” “E assim que ter uma resposta mais natural e
não emocional”
Depoimento do Príncipe Arthur de Castro
Como sendo a pessoa mais mencionada nos depoimentos e principal figura nos prints
anexados nas evidências, o Senhor Arthur de Castro torna-se o principal foco nos
depoimentos. Evidencia-se a necessidade de buscarmos esclarecer ao público a
associação de um Príncipe, membro da Família Imperial, com a liderança de um partido
político ativamente atuante na política da União Pelo Brasil.
O primeiro ponto esclarecido ao depoente pelo Presidente da CPI era que ele não estava
sendo acusado de nada naquele momento. Sua presença ali era de um depoente, que de
livre e espontânea vontade poderia trazer às claras suas intenções, atos e prerrogativas.
O primeiro questionamento foi sobre os motivos que o fizeram agir da forma que agiu nos
prints. O depoente explicou que sua fala ocorreu devido ao estado de extremo estresse
causado pelo motim dos novos senadores indo contra a diretoria do Partido Nacionalista,
algo considerado inadmissível dentro das tradições do PN. Ele esclareceu que expressou
sua frustração devido a esse cenário, ressaltando que essa não é sua forma natural de
comunicação.
Em seguida, foi perguntado e ele acredita que tenha usado da autoridade e influência
para tentar manipular a votação da presidência do Senado. Ele admitiu que utilizou sua
autoridade como Presidente de Honra para ordenar a quem deveriam votar, mas negou ter
manipulado a votação. Ele destacou que agiu dentro de suas prerrogativas como
Presidente de Honra e pai Fundador do PN.
Foi solicitado que o Príncipe Arthur criasse uma lista de hierarquia dentro do PN, e a lista
fornecida foi a seguinte:
Perguntado se ele sabia os motivos de quem vazou essa conversa da cúpula do PN, ele
disse que preferiu não ir muito atrás. Em seguida, indagado se ele já havia saído da
liderança do PN alguma vez, respondeu positivamente, confirmou que saiu da liderança
do PN em várias ocasiões ao longo da história do partido.
Em seguida foi trazido novamente um print que o depoente exclama: “Carnívora, pode
dizer que eu mandei este recado para eles, se não votarem conosco, simplesmente não
vão conseguir trabalhar, pois o veto do [Poder] Moderador e do [Poder] Executivo é
certeiro!” e então foi perguntado se ele acreditava que uma fala como essa descredibiliza
o Poder Moderador. O depoente perguntou “De que forma?” e lhe foi respondido:
“Insinuando usar o veto pra impedir o progresso de uma pessoa que você
não queria no poder, neste caso em específico, na presidência do Senado Imperial”.
Arthur então trouxe que a frase não implicava em ações diretas, mas sim em possíveis
influências indiretas. Ele enfatizou a importância da influência na política, porém
ressaltou que isso não implicava em agir diretamente.
Quando questionado sobre se essa bancada votaria contra sob suas ordens, Arthur
respondeu que “Talvez, não há como ter certeza disso”, acrescentou em seguida que a
frase em si não significa algo direto ou indireto, ela fica aberta a interpretação
Arthur explicou que não se manteve na Regência por escolha própria e que poderia ter
permanecido para vetar algo se assim desejasse. Quando questionado sobre se ele
escolhe se manter ou não na regência, ou se apenas cumpriu o tempo devido a alguma
regra, Arthur reforçou que já havia respondido a pergunta, mas que decidiu sair da
Regência por conta do exército.
Por ter estado no Partido Nacionalista e estar diretamente conectado com todos os
acontecimentos, é de suma importância o depoimento do Senhor Rodolfo. Este que hoje
está como Senador e foi o principal alvo das coordenações que esta CPI investiga. O
Senhor Torres esteve presente durante todos os depoimentos, por isso, estava ciente da
versão dos fatos das pessoas envolvidas. Foi colocado também, no início do depoimento,
que ele deveria ter sido a segunda pessoa a ser convocada, ficando atrás somente do
denunciante, o Senador Daniel Oliveira.
A primeira pergunta foi como ele enxergava a relação entre a cúpula do PN e os demais
membros do partido. Respondeu admitindo que havia tempo que não participava
ativamente do grupo desde o rompimento de relações com outro grupo e por outros
motivos. Mas mencionou que o grupo do PN é um grupo parado, com pouquíssima
atividade, sendo a última comunicação sendo o comunicado da nomeação do Arthur
como Presidente de Honra, feita pelo Júnior Cortez. Finalizou sua resposta que a relação
que ele tem presenciado, ao menos no último mês antecedente ao depoimento, como
sendo sadias e apaziguadas.
Perguntado sobre como ele se tornou candidato à presidência do Senado, respondeu que
emergiu com uma vontade particular de se tornar Senador. E que em decorrência disso,
não havia um representante para se candidatar à Presidência. E em conversas com a
Primeira-Ministra ele se propôs a se tornar candidato à cadeira de presidente. E que se
deu também porque não estavam satisfeitos com alguns acontecimentos na UPB.
Admitiu ter sido uma eleição acirrada, ainda que fosse entre candidatos do mesmo
partido. Disse ter percebido também um descontentamento por parte de seu adversário à
época da eleição, o Senador Júnior Cortez.
Então, questionado quando foi que soube que a diretoria não estava feliz com sua
candidatura, e ele disse que foi quando houve contato por parte do Júnior Cortez com a
Então Primeira-Ministra, Leila Cairone, com o Senador Cristian de Castela e com o
Príncipe Arthur.
Sendo questionado se havia mais alguma evidência ou fato relevante que não estava no
conhecimento desta comissão, Rodolfo, o último depoente, após afirmar ter
acompanhado e verificado, afirmou que tudo que poderia ser exposto foi devidamente
colocado. Assim sendo a finalização do último depoimento prestado a esta Comissão
Parlamentar de Inquérito.
Além disso, as normas legais que regem o funcionamento das CPIs conferem autoridade
e legitimidade aos depoimentos prestados pelos envolvidos, garantindo-lhes a proteção
necessária para relatar informações relevantes sem receio de represálias. A análise dos
depoimentos à luz dessas disposições legais visa não apenas identificar eventuais
irregularidades, mas também contribuir para a transparência, a responsabilização e o
fortalecimento das instituições democráticas.
Com base nos depoimentos colhidos até o momento, é evidente a complexidade dos
temas abordados e a importância de uma análise cuidadosa e imparcial. A partir deste
ponto, a CPI dará início às análises dos depoimentos, buscando identificar padrões,
contradições e evidências que possam corroborar ou refutar as alegações apresentadas.
A análise será conduzida com rigor técnico e ético, respeitando os direitos dos depoentes
e seguindo os princípios legais que regem o processo investigativo. O objetivo final é
chegar a conclusões embasadas que contribuam para a tomada de decisões futuras:
Alguns Senadores aproveitaram a ocasião para relatar propostas feitas pelo Senhor
Senador Junior Cortez durante as eleições para angariar votos dos já eleitos Senadores
para garantir sua chegada ao posto de Presidente do Senado. Essa prática, apesar de ser
considerada por alguns como antiética e até mesmo imoral, não foi constatada a prática
de crime pela CPI.