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Aspectos quantitativos

da eletrólise: 2ª Lei de
Faraday
As quantidades de diferentes produtos
formados em um eletrodo pela mesma
quantidade de eletricidade são proporcionais a
suas massas moleculares ou atômicas divididas
pela variação do número de oxidação durante o
processo eletrolítico.
• Para que qualquer reação eletroquímica ocorra numa
célula, os elétrons devem passar através de um
circuito conectado com os dois eletrodos.

• Por esta razão, a corrente “I” se torna uma medida


conveniente da taxa de reação na cela enquanto a
carga “Q”, que passa durante um período “t”, indica
a quantidade total de reação que ocorreu.

• Assim, a carga necessária para a conversão de “m”


moles de um material em produto, em um a reação
com “n” elétrons (onde n é o número de cargas
envolvidas na reação), é perfeitamente calculada
usando-se as Leis de Faraday:
Q=Ixt
• 1 F = 96.500 C
• Um Faraday é por definição, a carga necessária para
se depositar a massa de metal equivalente a
transferência de um 1 mol de elétron.
Exemplos:
1. Na eletrólise em meio aquoso de AgNO3 ocorre a deposição do metal prata
(Ag), segundo a semirreação:
Ag+(aq) + e- → Ag(s)
1 mol 1 mol 1 mol
1 mol de elétrons de prata provoca a deposição de 1 mol de Ag(s).

2. Na eletrólise em meio aquoso de Cu(NO3)3 ocorre a deposição do metal


cobre (Cu), segundo a semirreação:
Cu2+(aq) + 2e- → Cu(s)
1 mol 2 mol 1 mol
2 mol de elétrons de cobre provoca a deposição de 1 mol de Cu(s).

Pode-se notar que a quantidade de uma substância


produzida é proporcional ao número de mol de elétrons
que circula no circuito.
Em 1909, Robert A. Millikan (1868-1953) determinou
que a carga elétrica de um elétron é igual a 1,6•10-19 C e,
como sabemos que um mol de elétrons corresponde a
6,02•1023 elétrons, a quantidade de carga transportada
pela passagem de 1 mol de elétrons é dada pelo produto
entre esses dois valores, ou seja, 9,65•104 C (1,6•10-19 C
x 6,02•1023) .

Assim, 9,65•104 C ou 96.500 C é a quantidade de


carga transportada por 1 mol de elétrons, e essa
quantidade é denominada constante de Faraday:

1F = 96500 C
A quantidade de carga (Q), expressa em
coulomb (C), que circula em um circuito elétrico,
está relacionada com a intensidade da corrente
elétrica (i), expressa em ampère (A), e ao tempo,
expresso em segundos (s).

A expressão matemática que mostra essa


relação é
Q=i•t
Sendo:
Q a carga em coulomb (C);
i a corrente em ampère (A);
t o tempo em segundos (s).
1° exemplo: Uma peça de bijuteria recebeu um “banho de
prata” (prateação) por um processo eletrolítico. Sabendo
que nessa deposição o Ag+ se reduz a Ag e que a
quantidade de carga envolvida no processo foi de 0,01 F,
qual a massa de prata depositada? (Massa Ag=108 g/mol).

Ag+(aq) + e- → Ag(s) 1 F ----------------108 g

1 mol 1 mol 0,01 F ------------ x


(1 F)
x = 1,08 g de prata.
2° exemplo: Se considerarmos que uma quantidade de
carga igual a 9650 C é responsável pela deposição de
cobre quando é feita uma eletrólise de CuSO4(aq), qual
será a massa de cobre depositada? (Massa Cu=63,5
g/mol).

Cu2+ + 2e- → Cu(s) Sendo 1 F=96.500C

2 mol 1 mol
(2F)
2 mol de e- -------- 63,5 g
0,1 mol e- ------- x
1 mol e- -------- 96.500C
x ----------9650 C x = 3,175 g de cobre.
x = 0,1 mol de e-
3° exemplo: Em uma pilha de flash antiga, o eletrólito está
contido em uma lata de zinco, que funciona como um dos
eletrodos. Que massa de Zn é oxidada a Zn2+ durante a
descarga desse tipo de pilha, por um período de 30 min,
envolvendo uma corrente de 5,36 • 10-1 A? (Massa Zn=65
g/mol).

1 mol e- --------- 96.500C


Zn → Zn2+ + 2e-
x -------------964,8 C
1 mol ----------- 2 mol x =0,01 mol e-

(2F)
2 mol e- ------------ 65 g
0,01 mol e- ------------ x
30 min = 1800 s; Q = i • t
Q = 0,536 • 1800 x = 0,325 g de zinco.
Q = 964,8 C

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