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“Lentes de gênero” podem contribuir para mudanças culturais e sociais, dizem

palestrantes

O Protocolo para Julgamento com Perspectiva de Gênero foi criado com a intenção de
orientar a magistratura no julgamento de casos concretos, de modo a avançar na
efetivação da igualdade e nas políticas de equidade, além de fomentar a ampliação da
participação feminina no Judiciário.
De acordo com os palestrantes do último dia do Seminário que tratou da temática,
realizado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), várias decisões já estão fazendo uso
da perspectiva de gênero na aplicação jurisdicional. Para eles, as desigualdades,
assimetrias e discriminações identificadas nas relações de gênero podem ser
combatidas a partir das lentes da proteção à igualdade.
Constataram, entretanto, que é preciso melhorar as iniciativas para equiparar a
representatividade feminina no Poder Judiciário, mas destacaram a realidade da Justiça
Trabalhista paulista, em que o equilíbrio entre a participação de magistrados e
magistradas tem sido alcançado. Segundo a conselheira Jane Granzoto, no Tribunal
Regional do Trabalho da 2.ª Região (TRT2), por exemplo, 57,5% dos juízes substitutos
são mulheres; nas vagas de juízes titulares, 61,5%; são 50 desembargadoras e 40
homens no mesmo cargo. Já no primeiro grau, do total de 506 juízes, são 299 mulheres.
Portanto, no total de magistrados, 58,5% (349) são mulheres.
As juízas Vanessa Karam (TRT9) e Patrícia Maeda (TRT15), que participaram da
elaboração do protocolo, salientaram que a ampliação do uso do instrumento na
aplicação jurisdicional muda a forma de tratar a vulnerabilidade feminina nas relações
de trabalho.
O ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF) Carlos Ayres Brito, também
presente no Seminário, reafirmou a importância da Constituição Federal como lei
máxima na garantia dos direitos para todos e todas. Salientou, ainda, que, para efetivos
avanços, é preciso tempo e investimento.
Para o conselheiro Luiz Philippe Vieira de Mello Filho, a mudança de lente é importante
para a vida. “É o prenúncio de um novo mundo”. Destacou que as mulheres são a
maioria nas lideranças de movimentos sociais, que fazem a diferença para a sociedade
atual. “Estamos colocando as lentes de gênero para as coisas que aconteciam
culturalmente. Esse é um retrato grande da cultura equivocada em que vivíamos.
Precisamos trazer de volta a possibilidade de mudança no país, a partir da paridade e
da garantia da igualdade social”, defendeu o ministro.

Considerando que os excertos do texto acima são de caráter unicamente motivador e,


compreendendo as experiências socioeconômicas atuais como catalisadora de
problemas sociais, redija um texto dissertativo abordando sobre:

• Manifestações concretas de desigualdade que atingem nosso país,


apresentando ao menos três tipos.
• Os conceitos de justiça social, política transversal e política setorial, indicando
exemplos práticos no contexto brasileiro.
• Psicologia Social Comunitária na promoção da transformação social, indicando
ao menos quatro de seus objetivos?

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