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Mestrado em Desenho, Gestão e Direção de Projetos

INDICAÇÕES PARA REALIZAR O EXERCÍCIO 3


1. FINALIDADE DO EXERCÍCIO.
O exercício consiste em definir quais são os atores envolvidos relevantes no sistema a projetar e definir qual
é o serviço desejado por cada um deles. Logo, realiza-se uma análise das limitações às quais esses desejos
terão que se ajustar. Esta análise deve nos permitir definir que requisitos poderão ser incluídos na solução
do Problema Técnico e quais deverão ser excluídos da mesma.

2. MOMENTO DENTRO DA ESTRUTURA METODOLÓGICA PROJETUAL.

Este exercício situa-se no QUADRANTE CONCEITUAL-PROBLEMA. É conceitual, pois se trata de predizer


de forma teórica os desejos dos usuários identificados sobre o serviço, definindo assim o sistema problema
conceitual; e segue sendo problema, pois ainda não se optou por uma solução concreta. O gráfico
apresenta a mesma lógica que a figura apresentada no documento Introdução ao Módulo de Desenho, onde
estes conceitos estão mais desenvolvidos.

Papel dos autores: Os autores deverão trabalhar do ponto de vista de pessoas alheias à situação.

3. PONTOS-CHAVE DO EXERCÍCIO.
Chamamos pontos-chave àqueles itens que estruturam os exercícios, pelo que é conveniente defini-los de
antemão, já que, no geral, os demais itens ficam sujeitos ao definido nestes.
Neste exercício, os pontos-chave são:
3.1.2. Ponderação da importância dos envolvidos.
3.1.3. Seleção racionalizada dos usuários relevantes.

Estes itens estruturam completamente o exercício, já que os demais itens são realizados em função do
definido nestes. É indispensável uma clara definição dos envolvidos relevantes para poder definir os
desejos e requisitos destes e as limitações para satisfazer tais desejos.

Procedimentos para definir os pontos-chave: Durante a primeira semana do desenvolvimento do


exercício, cada um dos integrantes do grupo deve fazer upload em Tarefas Parciais e Rascunhos de um
documento com uma proposta para estes pontos. Em seguida, serão debatidos no espaço Atribuição de
Tarefas e Debate Interno do Grupo. Uma vez acordados, poderão trabalhar no desenvolvimento dos demais
itens para conformar, assim, a Versão Final do exercício. No documento, deverão ser denominados: Pontos-
chave – Sobrenome do autor. Ex.: Pontos-chave – López.

4. MATERIAL DE LEITURA OBRIGATÓRIA PARA REALIZAR O EXERCÍCIO.


Módulo Teórico 03 – O serviço desejado e as condições de prestação (em Teorias Associadas).
Guia para o Exercício 3 (na Biblioteca).

5. NA AVALIAÇÃO DO EXERCÍCIO, O TUTOR IRÁ CONSIDERAR:


- O conteúdo elaborado pelos alunos.
- O cumprimento dos prazos de entrega.
- A prolixidade (respeitando o formato de apresentação estabelecido).
- A redação e ortografia.

6. SÃO TAREFAS OBRIGATÓRIAS PARA QUE O EXERCÍCIO SEJA AVALIADO PELO TUTOR:
1. Colocar o sobrenome do Responsável do Exercício na pasta do grupo.
2. Completar o cabeçalho do exercício colocando:
- O número do grupo, do exercício e da versão. Por exemplo: gr03-ex3-v1.
- O nome do projeto (de forma sintética, três ou quatro palavras).
- O primeiro sobrenome dos autores do trabalho.
3. No modelo, escrever apenas onde existem reticências ou quadros para serem completados.
4. Respeitar a extensão solicitada.
5. O arquivo ou documento que se anexa ao BSCW denomina-se grXX-ex3-v1.
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3. O SERVIÇO DESEJADO E AS CONDIÇÕES DE PRESTAÇÃO.


O exercício realiza-se em base aos conceitos apresentados no Módulo Teórico 03.
Extensão solicitada para o conteúdo do exercício: 1200 palavras.

3.1. Partes envolvidas do sistema a projetar.


3.1.1. Tabela com todos os participantes identificados.
Apresentação de todas as partes interessadas identificadas no Exercício 2, diferenciando aquelas que sejam
externas, internas e alheias ao sistema. Os mesmos participantes definidos nos pontos 2.4.1 e 2.4.2 devem
ser transpostos a este item.

3.1.2. Ponderação da importância dos envolvidos.


Para reconhecer quais são as partes interessadas relevantes em nosso projeto, devemos identificar a aqueles
que poderiam condicioná-lo. A importância poderá ser atribuída ao interesse que dito ator tem no projeto, ou à
sua capacidade de influir sobre o mesmo. Neste item, deve-se distribuir, entre os participantes e em forma de
percentagens, 100% de atribuição por interesse sobre o projeto, e 100% de atribuição por poder relativo de
cada envolvido.
Os envolvidos não devem estar mencionados por seu tipo ou papel (por exemplo: consumidores), mas sim por
sua identificação precisa (por exemplo: população adulta da cidade de Quitaro), tal como mencionado na
terceira coluna do quadro 3.1.1.

3.1.3. Seleção racionalizada dos envolvidos relevantes.


Com base na análise que o ponto anterior permite, será realizada a seleção de envolvidos relevantes, dando
prioridade àqueles atores que somem maior percentagem, por seu interesse no projeto, por sua capacidade
de influir neste, ou por ambos os fatores.
Os requisitos destes atores condicionarão nosso projeto, e é fundamental conhecer as expectativas de cada
envolvido, para poder administra-las e para os futuros acordos de compromisso.
Por cada ator, a relevância em sua escolha deverá ser justificada, não limitando-se a dizer “porque tem muito
poder”, mas sim argumentando a decisão de havê-lo qualificado com muito poder ou muito interesse.
Na seleção, os operadores e consumidores não poderão estar ausentes, seus desejos (requisitos) são
condicionantes da elaboração do projeto.

3.2. O serviço desejado pelos envolvidos.


3.2.1. Análise dos desejos dos envolvidos relevantes.
Atendendo aos conceitos do Capítulo 1 do Módulo Teórico 03.
Deve estar muito claro que nesta análise não estamos delineando o serviço, mas analisando o que esperam
os diferentes participantes.
Para completar o quadro do modelo, deve-se considerar a seguinte guia:

Na primeira coluna: participantes relevantes


Devem constar todos os usuários relevantes identificados no item 3.1.3.
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Na segunda coluna: Requisito. O que quer ou o que está esperando que lhe proporcione?
Não é o que será fornecido, mas sim o que cada envolvido quer que lhe forneça. Quando for possível, devem-
se quantificar os requisitos, seja de forma numérica ou conceitual.
Por exemplo: Um cliente (consumidor) quer atenção médica, mas especificamos também que quer atenção
médica disponível todos os dias da semana e dias não laborais. Um médico (operador) quer um trabalho
estável, mas além disso quer que seja bem remunerado e trabalhar não mais de oito horas diárias. Um
investidor (promotor) quer recuperar seu investimento, mas especificamos que quer recuperá-la no término de
dois anos.
Em todos eles, estamos dizendo o que querem, e, além disso, quantificando isso que querem.

Na terceira coluna: Forma e maneira que cada participante espera que seu requisito seja atendido.
Como, onde e quando? Disponibilidade no lugar e no tempo, segurança e continuidade, forma de
fornecimento… Como cada envolvido pretende que se satisfaça seu requisito. Não como, onde e quando será
satisfeito, mas como, onde e quando querem que se satisfaça.

Na quarta coluna: Finalidade e casualidade de seu requisito.


Para que e por que o ator apresenta esses requisitos?
Deve estar claro o porquê e para que desejam o que dissemos na segunda coluna.

3.2.2. Síntese dos requisitos dos envolvidos.


Não são requisitos novos, mas sim uma recopilação sintética dos requisitos do item 3.2.1 com redução de
similares e agrupamento de parecidos, com transcrição à linguagem técnica.
Esta lista também é a que utilizaremos para desenvolver as matrizes do item 3.4.

3.3. Limitações que podem afetar o serviço oferecido.


3.3.1. Análise das restrições e constrições do entorno.
Atendendo aos conceitos do Capítulo 1 do Módulo Teórico 03.
Exposição das limitações e descrição da forma em que estas podem afetar o projeto e o serviço oferecido.
Podem considerar as constrições e restrições que acreditem pertinentes das enunciadas no item 1.2.
(Exercício 1) e as derivadas das relações de dependência com outros sistemas reais analisadas no item 2.3,
considerando que estamos imaginando o projeto em funcionamento. Especificar a procedência das limitações
(seja social, legal, econômica, ecológica, tecnológica, política, etc.).
Na primeira coluna não deve ser colocada a palavra “restrição” ou “constrição”, mas identificar claramente
quais são essas restrições e constrições, e na terceira, como ou em que afetam o projeto quando o mesmo se
encontre em funcionamento.
As restrições e constrições devem estar claramente identificadas. Uma palavra solta não transmite qual é a
restrição.
Por exemplo, dizer que “orçamento” é uma restrição, não diz nada. Em todo caso, a restrição é, por exemplo,
“o escasso orçamento que a Província destina ao transporte”, se isso for o que impede ou dificulta nosso
projeto.
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Ademais, as restrições e constrições que identificamos devem estar claramente relacionadas ao nosso
projeto, e não simplesmente ser problemas gerais que não tem nenhuma influência em nosso projeto. Por
isso, na terceira coluna, identificamos de que maneira ou em que aspecto afeta o projeto.

3.3.2. Análise das restrições e constrições internas.


Atendendo aos conceitos do Capítulo 1 do Módulo Teórico 03.
Limitações provenientes dos equipamentos, ferramentas, tecnologias, processos, procedimentos internos,
capacidades, que condicionam, limitam e restringem a definição e elaboração de uma proposta de solução.
Características próprias destes componentes que afetam a possibilidade de satisfazer plenamente os
requisitos ou desejos dos envolvidos.

3.4. Avaliação das possibilidades de satisfação dos requisitos.


3.4.1. Análise de compatibilidade dos requisitos dos envolvidos relevantes.
Nesta matriz, comparam-se os mesmos valores em ambos os eixos. Portanto, é suficiente preencher com
informação apenas os quadros com fundo branco (não escrever nos quadros com fundo cinza).
Os requisitos devem ser extraídos da recopilação sintética realizada no ponto 3.2.2.
Em cada célula constará uma letra que qualifica a compatibilidade:
I = Requisitos INDEPENDENTES ou muito pouco relacionados.
C = Requisitos COMPLEMENTARES.
O = Requisitos OPOSTOS e discordantes em tudo ou em partes.
As qualificações I e C são aplicáveis a requisitos compatíveis entre si; entretanto, uma qualificação O significa
a incompatibilidade, e, portanto, a necessidade de optar por um ou outro.

Por cada OPOSTO reconhecido, deverá ser feita uma análise na qual se defina por que motivo é um oposto e
que implicâncias o projeto pode ter.

3.4.2. Análise de interferências entre as limitações e os requisitos.


Os requisitos são os mesmos que utilizamos na matriz anterior, e as limitações são as que foram expostas
nos pontos 3.3.1 e 3.3.2.
Com esta análise, determinando onde há interferências e onde não, será possível delimitar o que é factível de
ser feito com o projeto e o que não é. Aqui, serão vistos os requisitos que podem ser cabalmente satisfeitos,
quais apenas podem ser satisfeitos de forma parcial, e quais não são possíveis de satisfazer e com quais
limitações se emolduram.

3.5. Conclusões sobre a análise dos requisitos (opostos) e as limitações


(interferências).
Atendendo aos conceitos do Capítulo 1 do Módulo Teórico 03.
Conclusões que podem ser obtidas como produto da análise de compatibilidade entre os requisitos dos
diferentes envolvidos, e a análise das limitações em função da satisfação dos desejos dos envolvidos.
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As conclusões não devem ser comentários gerais tidos de antemão, que poderiam ter sido realizados sem
necessidade de desenvolver todo o exercício 3. Estas conclusões são em base ao analisado em todo o
exercício, e nenhum dos elementos reconhecidos como OPOSTOS (matriz 3.4.1) e INTERFERÊNCIAS
(matriz 3.4.2) poderá não ser mencionado, já que serão fortes condicionantes da elaboração de nosso projeto.
E a conclusão não significa que uma interferência foi detectada (isso já se vê no quadro), mas sim de que
maneira isso afeta e condiciona nosso projeto e a satisfação dos desejos.

Aqui não estamos apresentando o projeto, nem estamos fazendo propostas, mas estamos obtendo
conclusões sobre o que os envolvidos querem e sobre o que é possível lhes oferecer.

3.6. Apresentação do serviço real.


3.6.1. Apresentação do fornecimento e da viabilização real a oferecer, condicionados pela análise
realizada.
Atendendo aos conceitos do Capítulo 2 do Módulo Teórico 03.
Especificação sintética do sistema, do fornecimento e da viabilização.

O sistema é o nome genérico que damos ao projeto que estamos realizando, relacionado com o Produto
Final que apresentamos no item 2.2.1.

O fornecimento é o QUE será proporcionado, ou seja, o que o sistema proporcionará aos consumidores
finais para satisfazer seus desejos (compatibilizados com os desejos dos outros usuários). Para desenvolver
este ponto, retomamos o que foi comentado no item 2.2.3 (o serviço a prestar e as condições de prestação),
mas agora com o conhecimento que o Exercício 3 nos possibilitou sobre os desejos dos envolvidos e as
limitações que se apresentam, pelos quais obtivemos as conclusões no item 3.5.

A viabilização é COMO será proporcionado esse serviço. Surge da análise de como, porque e para que dos
usuários analisados. A viabilização não é a quem se fornecerá o serviço, mas como o fornecimento será
fornecido (embora pareça um jogo de palavras) para satisfazer os desejos dos usuários.

Em caráter de exemplo:

Sistema Instituto de capacitação e promoção para o desenvolvimento social.


Fornecimento Capacitação em elaboração de projetos e gestão participativa para profissionais do
Departamento de Trabalho Social da Universidad Politécnica de Catalunya.
Viabilização A capacitação é proporcionada na modalidade semipresencial com duração de quatro
meses por curso. As atividades presenciais serão realizadas com frequência semanal na
Universidade ou em instituições dos bairros da cidade de Barcelona.
As atividades não presenciais serão desenvolvidas em um Entorno Colaborativo de
Trabalho com a assistência de tutores.
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Neste quadro, já estamos fazendo uma proposta e, por menor que pareça, é o enunciado básico do Projeto
que elaboraremos nos seguintes exercícios.

3.6.2. Estudos detalhados que se requeiram.


Deve-se realizar uma lista fundamentada dos estudos de detalhe que deveriam ser realizados para uma
melhor compreensão do serviço desejado pelos usuários e as condições de prestação que desejam.
Não são tarefas a realizar quando o projeto for implementado, mas sim estudos que deveriam ser feitos agora,
nesta etapa do processo, para conhecer melhor a situação existente e os desejos dos usuários.
Identificamos quais seriam esses estudos e com que finalidade seriam feitos.
Estes estudos poderiam ser realizados por nós mesmos ou encarregados a terceiros.

3.7. Data e responsáveis.


Indicar nome e sobrenome de quem participou da realização do trabalho, identificando entre eles quem é o
Coordenador do Grupo e o Responsável deste Exercício.
Por exemplo:

XXXXX XXXX (Coordenador do Grupo)


XXXXX XXXX
XXXXX XXXX (Responsável do Exercício 3)
XXXXX XXXX
__ de __________ de 20XX

3.8. Anexos.
Os anexos devem complementar ou ampliar a informação apresentada e/ou utilizada na preparação do
exercício. Também se deve indicar nos textos à que item do exercício complementam. Os Anexos são
mencionados e identificados neste item, e têm upload no espaço “Anexos finais dos exercícios”, dentro da
pasta do Grupo, identificando-os como grXX-Anexo …….

LEMBRE-SE QUE:

 O exercício é realizado no modelo que se encontra em Desenvolvimento do Projeto/Modelos de


Exercícios.
 Para realizar o exercício, deve-se estudar previamente o “Módulo Teórico 03” que se encontra em
Desenvolvimento do Projeto/Teorias Associadas, e esta “Guia para o Exercício 3”.
 A extensão solicitada para o conteúdo de todo o exercício é de 1200 palavras.
 Deste exercício, será avaliado seu conteúdo, cumprimento de datas de entrega, prolixidade (respeitando
o formato de apresentação estabelecido), redação e ortografia.
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 Devem-se cumprir todas as indicações explicadas na primeira página desta Guia, e entregar o trabalho
antes da data indicada pelo Tutor, anexando no espaço Versões Finais um documento denominado grXX-
ex3-vX.

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