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BBC/GARETH ROBERTS
EU SOU UM DALEK
BBC.
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS À BBC.
GARETH ROBERTS – 2006.
TRADUÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: JOHN DC
@SagaOsLegadosdeLorien
DOCTOR WHO: QUICK READS
– CAPÍTULO UM –
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– CAPÍTULO DOIS –
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Rose retirou seu traje espacial. Ela pôde ouvir passos vindos do
segundo andar. A última coisa que ela queria era ter que se expli-
car para o dono do local, então ela destrancou uma das janelas, a
abriu e pulou para rua ensolarada e vazia do vilarejo.
Ela sabia que o Doutor não havia desaparecido por vontade
própria. Ele iria aparecer logo com uma alguma explicação técnica
bizarra. Mas então ela se lembrou do Dalek no mosaico. Com cer-
teza tinha que haver alguma ligação entre aquilo e o desapareci-
mento repentino do Doutor...
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– CAPÍTULO TRÊS –
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– CAPÍTULO QUATRO –
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A velha loja de xícaras de chá abriu cedo. Kate, que era a única
cliente, mastigava atordoada um pedaço de bolo enquanto falava
no telefone com a Serena. Não havia sentido em ficar brava com
Serena – mas ainda assim, Kate estava sentindo isso. — Sim, eu
quase fui atropelada. Agora há pouco.
— Você quase foi atropelada enquanto corria para pegar o
ônibus por que estava atrasada, então? – Serena perguntou, com
seu tom de voz maçante.
. — A parte do “quase fui atropelada” é a mais importante da
frase!
Kate mordeu os lábios. Ela sentiu uma onda de raiva cres-
cendo dentro dela. Por que ela tinha que fingir ser educada com
essa idiota? O significado da frase “cego de raiva” de repente fez
sentido para ela. Ela sentiu que, se Serena estivesse ali, ela poderia
ter pego uma faca para esfaqueá-la.
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Mas ela não estava ali, então ela desligou o telefone e pe-
gou a cópia do jornal que o café disponibilizava em cima do bal-
cão. Futilmente, ela procurou pela página de entretenimento.
Talvez ela conseguisse distrair um pouco a cabeça e relaxar
se tentasse resolver as palavras cruzadas do jornal.
Entretanto, foram as páginas com sudoku que prenderam
sua atenção. Ela nunca perdeu seu tempo olhando para eles antes
– ela sempre foi péssima em matemática – mas naquela manhã os
números pareciam estar dançando no ar. Sem nem pensar no que
estava fazendo, ela completou todos os espaços dos quadrantes –
em todos os níveis: fácil, médio e experts em sudoku. Os dedos
dela dançaram sobre as páginas.
Depois, ela olhou para as palavras cruzadas. Ela completou
os espaços com letras facilmente, resolvendo até o mais difícil
numa fração de segundos.
Foi fácil. Fácil demais. Como ela nunca tinha percebido isso
antes?
Ela olhou em volta, respirando fundo várias vezes. Algo no
mundo havia mudado – ou foi algo dentro dela que mudou?
Ela conseguia ver os átomos dançando pela loja. Ela sabia a
temperatura exata do café que estava tomando. Ela viu e entendeu
o processo químico que estava acontecendo dentro da xícara. Mas
tudo isso não era como pensar.
Ela nem precisava se concentrar, ou fazer qualquer tipo de
esforço. E com isso ela percebeu uma sensação de força e poder.
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Ela pegou um sachê de açúcar que estava numa tigela. Ela esfre-
gou o pacotinho gentilmente entre seu polegar e o indicador e
observou enquanto ele se despedaçou numa pequena nevasca de
eletricidade estática.
Ela respirou fundo novamente e olhou para cima. Alguém
havia entrado na loja – a jovem linda que havia segurado a mão
dela na rua, Rose. Aquilo parecia um sonho. Ela queria tirar sarro
daquilo. Como se um carrinho em alta velocidade pudesse pará-
la.
— Você está bem, então?
Kate sorriu. — Estou bem, obrigada. Só vou terminar o café
e já vou para o serviço. Obrigada.
Rose se sentou perto dela, se inclinando. — O carro acertou
você em cheio. Você estava morrendo. Qual é a parada? Pode me
dizer.
Kate se afastou. — Desculpe. Você poderia se afastar um
pouco? Eu gosto do meu espaço.
Rose apontou para a blusa de Kate. — Você está coberta de
sangue. Você deveria estar morta.
Havia algo bem gentil e que passava confiança nos olhos
castanhos daquela moça. Kate engoliu em seco; um pensamento
cruel passando por sua cabeça. Tais sentimentos eram fracos.
Rose continuou: — Eu sei como é. Quando acontece alguma
coisa que a gente não consegue explicar. Aí inventamos qualquer
desculpa para parar de pensar sobre o que aconteceu.
— Qual é o seu nome mesmo? – Kate perguntou, embora
ela soubesse.
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– CAPÍTULO CINCO –
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você quem destruiu todos eles. Não está me dizendo que deixou
um escapar, está?
Rose piscou, como se ela estivesse tentando se lembrar de
alguma coisa dentro dela. Então ela sorriu. — Não, eu matei todos.
E não me arrependo.
— Então... – disse o Doutor. — Sua amiga...?
Ele cumprimentou Kate, que retribuiu.
A parte dela que ainda era a Kate o achou bem atraente.
— Sim – disse Rose. — O nome dela é Kate. E tem uma
coisa, uma coisa muito estranha sobre ela.
O Doutor assentiu. — Prazer em conhecê-la, Kate – e então
ele se voltou para Rose, ignorando-a. — Rose, eu só tenho uma
chance de fazer isso. Tenho que desmontá-lo com cuidado, e en-
tão poderemos desová-lo em algum lugar. Sabe, tem um buraco
negro maravilhoso na galáxia Casta Pizellus, lá deve servir. Não
posso arriscar levar essa coisa intacta para dentro da TARDIS.
— Mas ele está morto – disse Rose. — Não está?
— Conheço um ditado – o Doutor disse, — de há mais ou
menos 4000 anos atrás: “nunca dê as costas para um Dalek” – os
invólucros sempre tem armadilhas e bombas. Existem chances de
ainda haver alguns transmissores de vírus ali. Eles podem infectar
os sistemas da TARDIS.
— E o quê? Voltar a viver?
— Não, mas eles poderiam tomar controle da TARDIS.
Como os vírus de computador fazem. A chance é uma a cada tri-
lhão. Mas... sabe como é... com a nossa sorte, vamos arriscar?
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– CAPÍTULO SEIS –
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– CAPÍTULO SETE –
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– CAPÍTULO OITO –
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– CAPÍTULO NOVE –
pode ser tão irresponsável. Talvez ela realmente tenha dito a ver-
dade...”
Kate esticou o braço e agarrou o pescoço de Serena.
— Para com essa tagarelice!!
Os olhos de Serena arregalaram. A boca carnuda e molhada
dela lutava por ar. Uma por uma, as pessoas no mercado que es-
tavam próximas para ver o que estava acontecendo começaram a
ir na direção de Kate. Eles estavam gritando para ela soltar Serena,
mas Kate ignorou todos e apertou mais forte. Ela se sentia glorio-
samente feliz.
— Eu nunca vou ter que me preocupar com você de novo –
ela cuspiu, movendo Serena de um lado para outro. — E pensar
que hoje de manhã eu estava preocupada sobre você. Preocupada
sobre o que você iria dizer. Preocupada com o meu emprego. Pre-
ocupada em pagar minhas contas – ela jogou a cabeça de Serena
para trás e riu de felicidade — E você não era nada!
— Por favor, Kate... – Serena implorou.
— Coloque-a no chão, Kate! – outra voz gritou.
Rose correu para cima dela, empurrando a multidão aluci-
nada.
Kate sorriu, mexendo a cabeça de Serena como se fosse a
de uma boneca. — Por quê?
— Foque, deve ter um resquício de humanidade dentro de
você – Rose disse a ela. — Seus pais, você mora com eles, não é?
— Isso não importa!
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– CAPÍTULO DEZ –
Quando ela olhou nos olhos de Kate, ela soube que o Dalek
dentro da mente dela havia ganhado a batalha. Lágrimas escorre-
ram no rosto de Kate, levando a vida com eles. O rosto dela es-
tampou uma expressão de orgulho distorcido.
Kate se livrou da mão de Rose. — Não há mais nada que
possa ser feito agora – ela disse. — O Fator Dalek é muito pode-
roso.
Rose se levantou e apontou na direção da rua principal,
onde a cortina de fumaça havia ativado os alarmes de incêndio.
Havia corpos espalhados por toda a rua.
— Olhe aquilo! Pense em sua mãe, seu pai!
— Laços familiares são uma fraqueza genética – Kate disse
numa voz robótica. — São fraquezas desnecessárias – ela disse, se
afastando.
O Dalek reapareceu através da cortina de fumaça, agora bri-
lhando e reluzindo. O invólucro estava novo em folha. Rose supôs
que ele usou a energia elétrica de algum lugar para se autorrepa-
rar.
Kate e o Dalek avançaram um na direção do outro. Kate fez
uma reverência com a cabeça.
— Mestre, quais são minhas ordens?
O Dalek apontou para Rose. — Os outros humanos fugiram.
Quem é aquela que ficou?
— Rose. Uma companheira do Doutor.
— É isso mesmo – Rose gritou orgulhosa. — Você sabe, o
Doutor, o homem que faz você se borrar de medo.
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– CAPÍTULO ONZE –
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– CAPÍTULO DOZE –
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— Sete zero cinco nove galáctico ao norte por oito oito vír-
gula cinco galáctico a oeste – disse o Dalek. — Fator de tempo:
data da Terra: 500 milhões AD.
Os dedos de Kate dançaram sobre o selo, definindo as co-
ordenadas ditadas pelo Dalek.
— Muito inteligente – disse o Doutor, observando. — O
momento mais pacífico da história no futuro – acrescentou ele
para que Rose entendesse.
O Dalek baixou a haste do olho. — As criaturas impuras
deste tempo futuro se preocupam com a paz. Eles não sabem nada
sobre guerra, nada sobre os Daleks. A chamada Kate virá comigo.
Ela vai intermediar pelos materiais que preciso para reconstruir mi-
nha raça. As criaturas daqui os fornecerão para ela sem fazer per-
guntas. Quando estivermos prontos, iremos emergir para conquis-
tar e destruir!
Rose segurou o braço do doutor. — Não – disse ela com
firmeza. — Parece muito distante. Isso nos tira da mira do gatilho,
mas aquelas pessoas no futuro são como nós. Não podemos dei-
xar isso acontecer!
A pulseira começou a brilhar com uma luz dourada. — Para
trás – grunhiu o Dalek.
O Doutor e Rose obedeceram.
O Dalek fixou o olho no Doutor. — Você está impedido de
nos seguir.
— Nunca passou pela minha cabeça – disse o Doutor, ino-
centemente.
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Por que quem quer ser um Dalek, quando se pode ser um hu-
mano? – ele acenou alegremente com um desprezo silencioso e
satisfeito e disse: — Adeus.
Então ele correu para a TARDIS junto de Kate e Rose.
A porta se fechou. A TARDIS desapareceu, os antigos mo-
tores roncando.
O Dalek deu um último rugido de raiva antes de implodir,
seus átomos explodiram em nada. Houve uma explosão poderosa
e todas as janelas em um raio de 32 quilômetros explodiram.
Então havia apenas silêncio e uma mancha negra fume-
gante na pacata cidade mercantil onde o último Dalek estivera
apenas alguns momentos antes.
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