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INTRODUÇÃO
O cultivo da mamona tem uma longa trajetória histórica no Brasil e na década
de 70 teve a sua maior importância, quando a área cultivada chegou a 600 mil hectares.
Segundo dados da CONAB referentes a safra 2008/2009 a área cultivada com mamona
no país é estimada em 190 mil hectares. O principal produto extraído da mamona é o
óleo de rícino ou castor oil como é conhecido na língua inglesa. Esse óleo é uma
importante matéria prima, sendo utilizado na composição de diversos produtos pela
industria química como tintas, vernizes, cosméticos plásticos e lubrificantes. A
possibilidade de empregar o óleo da mamona, em virtude das suas características físico-
químicas, na fabricação de um combustível renovável a ser adicionado ao combustível
fóssil, é uma grande oportunidade para o desenvolvimento da agricultura nas regiões do
Brasil, em especial no semi-árido nordestino, onde a cultura da mamona tem se revelado
uma importante alternativa para geração de emprego e renda.
Com a necessidade mundial em reduzir os impactos ambientais, os
investimentos destinados à produção de energia, objetivando pesquisar fontes
alternativas e renováveis de combustíveis em substituição aos derivados do petróleo,
tem se intensificado em todos os continentes do globo. O biocombustível, como uma
fonte energética menos impactante na emissão de gás carbônico lançado na atmosfera,
tem despertado um grande interesse por parte de governos, empresários, bem como da
comunidade científica. O Brasil possui um Programa Nacional de Produção e uso do
Biodiesel, o PNPB é um programa interministerial do Governo Federal, que objetiva a
implementação de forma sustentável, tanto técnica como econômica, da produção e do
uso do biodiesel, com enfoque na inclusão social e no desenvolvimento regional, via
geração de emprego e renda.
Biodiesel é definido pela Agencia Nacional de Petróleo (ANP), conforme a
Lei n.º 9.478, de 06 de agosto de 1997, e pela Resolução de Diretoria n.º 447, de
02.07.2003 como: “ um combustível renovável , produzido a partir de óleos de origem
vegetal ou animal e álcool a ser utilizado em mesclas com óleo diesel”. A partir de
2008, a Lei n.º 11.097/05 estabeleceu obrigatoriamente até 2012 o percentual mínimo
de 2%, valor esse que por força da Resolução CNPE Nº 2, de 27.04.2009 atualmente é
de 4% e em 2013 o mínimo permitido será de 5% para a mistura de biodiesel ao diesel
comercializado no mercado.
O programa prevê, entre outras vantagens, a redução de tributos federais sobre
a produção de biodiesel, desde que as empresas produtoras incluam, em seus projetos, a
agricultura familiar, obtendo assim, o Selo Combustível Social, um instrumento de
incentivo ao setor produtivo e que tem contribuído para o desenvolvimento do
programa. O resultado, após quatro anos, é que, praticamente inexistem no mercado
projetos que não tenham a participação dos agricultores familiares.
A cultura da mamona é uma grande opção para o sistema de produção com
base na agricultura familiar, sua adaptabilidade as condições edafoclimáticas e a
facilidade nas praticas de cultivo, aliados a capacidade de seu potencial produtivo,
proporcionam aos agricultores uma nova perspectiva econômica e social no cenário
agrícola nacional.
Em 2007 o Centro Nacional de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Algodão) em
Campina Grande – PB, desenvolveu uma nova espécie de mamona a BRS Energia
caracterizada pela precocidade em seu cultivo e com a expectativa de ser o primeiro
produto concebido para ser matéria-prima de energia renovável no semi-árido
nordestino. Estudos que possam melhor expressar a potencialidade dessa espécie estão
sendo desenvolvidas por instituições de ensino e pesquisa no país com objetivo de
fortalecer o cultivo dessa importante oleaginosa.
A utilização de água tratada proveniente dos efluentes de esgoto urbano é uma
importante alternativa para o suprimento das necessidades hídricas e nutricionais das
culturas. O semi-árido brasileiro é caracterizado por precipitações irregulares e elevada
evapotranspiração, fatores esses, limitantes para inúmeras atividades incluindo a
agricultura irrigada. Essa água, quando tratada e reutilizada corretamente, apresenta
benefícios para o sistema solo-planta, fornecendo nutrientes, reduzindo a aplicação de
fertilizantes e diminuindo os impactos ao ambiente.
2. HIPÓTESE
3. OBJETIVO
4. REVISÃO DE LITERATURA
4.8. Clima
4.9. Solo
Desbaste
Na semeadura manual, recomenda-se colocar de 2 a 3 sementes por cova,
portanto, deve ser feito o desbaste 15 dias após a emergência, mantendo-se, apenas, uma
planta por cova.
Poda
Após o primeiro cultivo, no final do inverno, recomenda-se a poda das plantas,
preparando-a para o segundo cultivo. Os objetivos da poda são a redução do porte, o
estímulo à emissão de ramos laterais, maior crescimento horizontal e a conseqüente
supressão natural de plantas daninhas, além do estímulo ao aumento do rendimento da
lavoura. A poda é recomendada, apenas, para cultivares de porte médio e alto,
consistindo no corte da parte aérea da planta a uma altura de 30 cm do solo.
Capinas
As capinas na mamoneira são necessárias apenas até os 60 dias após a
emergência da plantas. A mamoneira, sensível a alelopatia, não tolera a competição com
ervas daninhas. Quando é feito o controle do mato, manual ou mecanicamente, há efeito
positivo na produção do primeiro cacho e a produtividade (Azevedo et al., 2006).
5. REUSO DE ÁGUAS