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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO – UNEMAT

AGLYTON AGUIAR NASCIMENTO


JOÃO PEDRO MICHELS AVANCINI
OTÁVIO AUGUSTO EIDAM DE SOUZA

MEMORIAL DESCRITIVO: DIMENSIONAMENTO DE PROJETO DE FUNDAÇÃO


UTILIZANDO SAPATA EM UM EDIFÍCIO HIPOTÉTICO

SINOP – MT
2023/ 8° Semestre
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO – UNEMAT

AGLYTON AGUIAR NASCIMENTO


JOÃO PEDRO MICHELS AVANCINI
OTÁVIO AUGUSTO EIDAM DE SOUZA

MEMORIAL DESCRITIVO: DIMENSIONAMENTO DE PROJETO DE FUNDAÇÃO


UTILIZANDO SAPATA EM UM EDIFÍCIO HIPOTÉTICO

Memorial descritivo desenvolvido para a matéria de Fundações, como


parte da nota semestral .
Prof. Orientador Me. Eduardo Silva Ferreira.

SINOP – MT
2023/ 8° Semestre
Sumário
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 4
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................ 4
2.1 MÉTODOS DE CÁLCULO PARA SAPATA DIRETA .......................................................................... 4
2.1.1 Método de Teixeira (1996) ..................................................................................................... 4
2.1.2 Método de Mello (1975) ............................................................................................................... 5
2.1.3 Método Decout (1996) ................................................................................................................. 5
2.1.4 Método Albiero e Cintra (1996) .................................................................................................... 6
2.1.5 Método de Terzaghi e Peck (1967) .............................................................................................. 6
3. MEMORIAL DE CÁLCULO................................................................................... 7
3.1 DESCRIÇÃO DO PERFIL .................................................................................................................. 7
3.2 CÁLCULO DO Nspt E TENSÃO DE ADMISSÍVEL ............................................................................ 8
3.2.1 Método de Teixeira (1996) .............................................................................................................. 8
3.2.2 Método de Mello (1975) .................................................................................................................. 9
3.2.3 Método Decourt (1996) ................................................................................................................. 10
3.2.4 Método Albiero e Cintra (1996) ..................................................................................................... 11
3.2.5 Método de Terzaghi e Peck (1967) ............................................................................................... 11
3.3 CARGA DE PILARES ...................................................................................................................... 12
3.4 DIMENSIONAMENTO DAS SAPATAS ............................................................................................ 12
a. Área da Sapata .................................................................................................................................. 13
b. Menor dimensão da sapata ................................................................................................................ 13
c. Maior dimensão da sapata ................................................................................................................. 13
d. Centro de gravidade em x .................................................................................................................. 13
e. Centro de gravidade em y .................................................................................................................. 14
f. Altura da Sapta ................................................................................................................................... 14
3.4.1 SAPATA DE DIVISA P1 E P4 ....................................................................................................... 14
3.4.2 SAPATA DE DIVISA P2 E P3 ....................................................................................................... 17
3.4.3 SAPATA ISOLADA P5 .................................................................................................................. 21
3.4.4 SAPATA ASSOCIADA P6 E P7 .................................................................................................... 22
3.4.5 VERIFICAÇÃO DOS MOMENTOS ATUANTES ........................................................................... 23
3.4.6 CÁLCULO DO RECALQUE NAS SAPATAS ................................................................................. 24
4. REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO...................................................................... 28
1. INTRODUÇÃO
Segundo Degani (2022), todas as edificações, por mais leves que sejam, necessitam de um
sistema que consiga transferir todas as forças geradas pela estrutura para o solo, sendo que o
sistema utilizado pode variar em função do solo, cargas, acessos disponíveis em localização e
equipamentos da área.

Neste memorial, a norma vigente do Instituto Brasileiro de Normas Técnicas - NBR N°


6122/2019: Projeto e execução de fundações servirá de base e com base em estudos de
sondagem de impacto (SPT) do solo em questão.

O presente trabalho visa compreender os critérios de cálculo, resultados e dimensões dos


componentes, apresentando os registros e planos de cálculo subjacentes.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Para a elaboração desse memorial foram utilizadas as informações fornecidas pelo
professor, como as partes dos pilares presentes na maquete, as sondagens de direção (SPT), ou
seja, sua profundidade e tensão, e a forma de cada pilar do projeto ( divisa ou não de divisa).

O tipo de fundação sugerido para o projeto possui uma distribuição de carga superficial
denominada sapata direta e é um dos tipos de fundações rasas. Como elemento de base em
concreto armado, transmitirá os esforços diretamente ao solo.

2.1 MÉTODOS DE CÁLCULO PARA SAPATA DIRETA

Para os cálculos de NSPT e de Tensão Admissível foram empregados cinco


métodos, sendo estes:

I. Método de Teixeira (1996)

II. Método de Decourt (1996)

III. Método de Mello (1975)

IV. Método Albiero e Cintra (1996)

V. Método de Terzaghi e Peck (1967)

2.1.1 Método de Teixeira (1996)

O método Teixeira possui dois métodos para calcular a tensão admissível, um


para solos argilosos (o valor de 𝑁𝑠𝑝𝑡 deve estar entre 5 e 20, 𝑁𝑠𝑝𝑡 é o valor médio
do SPT no bulbo de tensão da sapata) e outro para solos arenosos ( O valor 𝑁𝑠𝑝𝑡
para solos arenosos foi calculado pela média dos valores SPT na esfera de tensão
da sapata). Portanto, existe a seguintes fórmulas:

a. Para solos argilosos:

𝑁𝑠𝑝𝑡
𝜎𝑎𝑑𝑚 =
50

b. Para solos arenosos:

𝜎𝑎𝑑𝑚 = 0,05 + ( 1 + 0,4 ∗ 𝐵 ) ∗ 𝑁𝑠𝑝𝑡/100

2.1.2 Método de Mello (1975)

O Método de Mello utiliza como base os valores de Nspt entre 4 e 16, onde o
Valor é encontrado na média de SPT (𝑁𝑠𝑝𝑡) no bulbo de tenções da sapata. Tendo
assim, a seguinte formula para tensão admissivel.

𝜎𝑎𝑑𝑚 = 0,10 ∙ (√𝑁𝑠𝑝𝑡 − 1)

2.1.3 Método Decourt (1996)

O Método de Decourt, diferente do métodos citados ateriormente, é


necessario determinar a tenção de ruptura para poder determinar a tensão
admissivel do solo. Deve-se determinar o coeficiente de redução 𝛼, sendo aplicado
em função do tipo do solo presente (Tabela 01), para determina a tensção de ruptura.

Tabela 01 – Valores de - coeficiente de redução 𝛼

Valores de 𝑎

Argila 0,85

Siltes 0,60

Areias 0,50
Fonte: Acervo pessoal do Docente, UNEMAT 2023

É utilizado também para o cálculo da tensão de ruptura do solo o Fator


Caracteristico do Solo 𝐶 (Tabela 02), e por fim, é utilizado também o valor médio da
resistência à penetração na base do elemento estrutural de fundação 𝑁𝑝, obtido a
partir de três valores: o correspondente à cota da base, o imediatamente anterior e o
imediatamente posterior.
Tabela 02 – Valores de fator característico do solo 𝐶

Valores de 𝑪 (kN/m²)

Argila 120

Siltes Argiloso 200

Silte Arenoso 250

Areias 400
Fonte: Acervo pessoal do Docente, UNEMAT 2023

Adiquiridos todos o valores, pode-ser determinar a tensão de ruptura


𝜎𝑟𝑢𝑝, e logo em sequencia tensão adimissivel do solo 𝜎𝑎𝑑𝑚.

𝜎𝑟𝑢𝑝 = α ∗ 𝐶 ∗ 𝑁𝑝 𝜎𝑎𝑑𝑚 = 𝜎𝑟𝑢𝑝/4

2.1.4 Método Albiero e Cintra (1996)

O Método Albiero e Cintra determina a tenção admissível a partir da média de


tensões (𝑁𝑠𝑝𝑡) obtidas no SPT, no comprimento do bulbo de tensões, obtendo assim a
tenção através da seguinte formula:

𝜎𝑎𝑑𝑚 = 𝑁𝑠𝑝𝑡/5

Vale ressaltar que o autor deste método afirma que a resultande do cálculo
de tensãoadmissível é na unidade de medida de kg/cm² para solos brasileiros.

2.1.5 Método de Terzaghi e Peck (1967)

O Método de Terzaghi e peck utilizam como base de calculo para a tensão


adimissivel, a média dos valores de SPT obtidos no comprimento do bulbo de
tensões, gereando assim o Nspt, e também é utilizado para o calculo o valor de B,
que nada mais é do que a menor dimenção da sapata. Com estes valores podemos
utilizar a seguinte equação.

𝑁𝑠𝑝𝑡 − 3 𝐵+1
𝜎𝑎𝑑𝑚 = 440 ∗ ( )∗( )
10 2. 𝐵
3.0 MEMORIAL DE CÁLCULO

3.1 DESCRIÇÃO DO PERFIL

Para a execução deste trabalho foi fornecido pelo docente um ensaio de SPT
Sondagem à Percussão – SPT (Figura 01), com profundidade de 21,00 metros.

Figura 01: Resultado do ensaio SPT

Fonte: Acervo pessoal do Docente, UNEMAT 2023


Figura 02: Resultado do ensaio SPT

Fonte: Acervo pessoal do Docente, UNEMAT 2023

É possível observar na Figura 01, que do início do ensaio até a profundidade de


13,00 metros, foi identificado um solo do tipo silte pouco arenoso, tonalidade rosada,
consistência média, a da profundidade 13,00 metros até a profundidade de 17,00 metros
foi percebido um solo silte pouco arenoso, tonalidade rosada e consistência rija, de 17,00
metros até 21,00 metros onde até foi a sondagem foi encontrado um solo silte pouco
arenoso, tonalidade rosada, consistência dura.

3.2 CÁLCULO DO DE 𝑁𝑠𝑝𝑡 E TENSÃO ADMISSÍVEL

Para o cálculo do 𝑁𝑠𝑝𝑡 será adotado B igual à 2 metros, sendo B a menor


dimensão da sapata. Para se encontrar o tamanho do bulbo é utilizado o valor de duas
vezes o B, sendo então o bulbo no projeto de 4 metros.
Será utilizado como cota de apoio da fundação para os cálculos a cota de 2

metros para os métodos de Mello, de Teixeira, de Albiero e Cintra, além de Terzaghi


e Peck. Já para o método de Decourt será utilizada a cota de 3 metros.

3.2.1 Método de Teixeira (1996)

O 𝑁𝑠𝑝𝑡 é o valor médio de SPT no comprimento do bulbo de tensões, logo,

podemos então chegar ao seguinte valor médio.


7+5+7+8
𝑁𝑠𝑝𝑡 = ( ) = 6,75 ≅ 7
4

𝑵𝒔𝒑𝒕 = 𝟕

Para o cálculo da tensão admissível deste método foi utilizado os cálculos para
areias, pois as camadas de solo encontradas no local da obra são siltes arenosos e argila
arenosa. O 𝑁𝑠𝑝𝑡 deve estar entre 5 e 20, se o valor for superior a estes valores limites,
deve se utilizar o valor limite de 20 como 𝑁𝑠𝑝𝑡. Utilizando o valor de B como 2 metros, ja
que é o maior lado da sapata, temos o seguinte resultado de tensão admissivel.

𝑁𝑠𝑝𝑡
𝜎𝑎𝑑𝑚 = 0,05 + (1 + 0,4 ∙ 𝐵) ∙
100
7
𝜎𝑎𝑑𝑚 = 0,05 + (1 + 0,4 ∙ 2) ∙
100
𝝈𝒂𝒅𝒎 = 𝟏27 𝒌𝑵/𝒎²

Pelo método de Teixeira temos uma tensão admissível de 127 kN/m².

3.2.2 Método de Mello (1975)

O 𝑁𝑠𝑝𝑡 é o valor médio de SPT no comprimento do bulbo de tensões.

7+5+7+8
𝑁𝑠𝑝𝑡 = ( ) = 6,75 ≅ 7
4

𝑵𝒔𝒑𝒕 = 𝟕

Este método não diferencia o tipo de solo, mas tem requisitos para o 𝑁𝑠𝑝𝑡, devendo
estar entre 4 e 16, caso o 𝑁𝑠𝑝𝑡 ultrapasse esses valores deve se utilizar o limite superior
nos cálculos.

𝜎𝑎𝑑𝑚 = 0,10 ∙ (√𝑁𝑠𝑝𝑡 − 1)

𝜎𝑎𝑑𝑚 = 0,10 ∙ (√7 − 1) = 165 𝑘𝑁/𝑚²

𝝈𝒂𝒅𝒎 = 𝟏65 𝒌𝑵/𝒎²

Pelo método de Mello temos uma tensão admissível de 165 kN/m².


3.2.3 Método Decourt (1996)

O 𝑁𝑠𝑝𝑡 é obtido pela média de três valores de SPT. O valor da cota da base da
sapata que é de 3 metros de profundidade, o valor imediatamente superior e o valor
imediatamente inferior.

7 + 7 + 5)
𝑁𝑠𝑝𝑡 = ( ) = 6,33
3

𝑵𝒔𝒑𝒕 = 𝑵𝒑 = 6, 𝟑𝟑
Para o cálculo da tensão admissível pelo método de Decourt deve se
encontrar primeiramente a tensão de ruptura, atraves da equação abaixo.

𝜎𝑟𝑢𝑝 = 𝛼 ∙ 𝐶 ∙ 𝑁𝑝

Sendo “𝛼” (Tabela 01, p. 08) e “𝐶” (Tabela 02, p. 09) valores tabelados
conforme o tipo do solo, foi adotado para cálculo o solo tipo argila, que compõe as
camadas do 𝑁𝑠𝑝𝑡 do cálculo, com as variáveis 𝐶 com 250 kN/m², e 𝛼 possuindo o
valor de 0,6.

𝜎𝑟𝑢𝑝 = 𝛼 ∙ 𝐶 ∙ 𝑁𝑝

𝜎𝑟𝑢𝑝 = 0,6 ∙ 250 ∙ 6,33

𝜎𝑟𝑢𝑝 = 949,5 𝑘𝑁/𝑚2

Encontrada a tensão de ruptura, podemos calcular em seguida a tensão


admissível, seguindo a equaçãoa baixo;

𝜎𝑎𝑑𝑚 = 𝜎𝑟𝑢𝑝/4

949,5
𝜎𝑎𝑑𝑚 = = 237,5
4

𝝈𝒂𝒅𝒎 = 𝟐37,5 𝒌𝑵/𝒎²

Sendo assim, pelo método de Decourt tem uma tensão admissível de 237,5
kN/m².

3.2.4 Método Albiero e Cintra (1996)

O 𝑁𝑠𝑝𝑡 é o valor médio de SPT no comprimento do bulbo de tensões.

7 + 5 + 7 + 8)
𝑁𝑠𝑝𝑡 = ( )=7
4

𝑵𝒔𝒑𝒕 = 𝟕

O método de Albiero e Cintra diz que a tensão admissível é em kg/cm² para


solos brasileiros. Mas nossos resultados serão expressos em kN/m² para manter o
padrão já apresentado.

𝑁𝑠𝑝𝑡
𝜎𝑎𝑑𝑚 =
5

7 𝑘𝑔 𝑘𝑛
𝜎𝑎𝑑𝑚 = = 1,4 = 140,0
5 𝑐𝑚2 𝑚2
𝝈𝒂𝒅𝒎 = 𝟏𝟒0, 0 𝒌𝑵/𝒎

Obtendo o valor de tensão admissivel de 140,0 kN/m².

3.2.5 Método de Terzaghi e Peck (1967)

O 𝑁𝑠𝑝𝑡 é o valor médio de SPT no comprimento do bulbo de tensões .

7 + 5 + 7 + 8)
𝑁𝑠𝑝𝑡 = ( )=7
4

𝑵𝒔𝒑𝒕 = 𝟕

Pelo método de Terzagui e Peck, o cálculo da tensão admissível utiliza o 𝑁𝑠𝑝𝑡

e o valor de B.
𝑁𝑠𝑝𝑡 − 3 𝐵+1
𝜎𝑎𝑑𝑚 = 440 ∗ ( )∗( )
10 2∗2

7−3 2+1
𝜎𝑎𝑑𝑚 = 440 ∗ ( )∗( ) = 132 𝐾𝑛/𝑚^2
10 2∗2

Por este método temos uma tensão admissível de 132 kN/m.

3.3 CARGA DE PILARES

As cargas dos pilares e suas respectivas seções, propostas pelo docente, está
descrito na Tabela 03, onde podemos chegar a uma carga média de 632,86 kN
entreos 7 pilares. Vale ressaltar que foi dimensionado nos pilares P1 e P3 sapatas
de divisa,nos pilares P2, P4 e P5 foram dimensionadas sapatas isoladas, e nos
pilares P6 e P7 foram dimensionadas sapata associada.

Tabela 03 – Cargas e seções de pilares

Cargas e Seções de Pilares

Pilar Dimensões (m) Carga (kN)

P1 0,25x0,60 700

P2 0,25x0,60 600

P3 0,25x0,60 630

P4 0,25x0,60 430

P5 0,60x0,40 870

P6 0,25x0,60 540

P7 0,80x0,25 660
Fonte: Acervo pessoal do docente, UNEMAT 2023

3.4 DIMENSINAMENTO DAS SAPATAS

Para dimensionar as sapatas, foi utilizado o Método de Teixeira (1996), onde


podemos chegar ao valor de tensão admissível de 127 kN/m², já que este foi o menor
valor obtido entre os cálculos de tensões. Com o valor de tensão asmissivel
determinado, podemos efetuar o dimensionamento de sapatas através das fórmulas.
a. Área da Sapata:
𝐶 .𝑃
𝐴𝑆𝑎𝑝 =
𝜎𝑎𝑑𝑚

- 𝐴𝑆𝑎𝑝 = Área da sapata

- 𝐶 = Coeficiente de majoração (1,1 sapata rígida);


- 𝑃 = Carga no pilar;
- 𝜎𝑎𝑑𝑚 = Tensão admissível.

b. Menor dimensão da sapata:

𝐵2 + (𝑙 + 𝑏) ∙ 𝐵 − 𝐴𝑆𝑎𝑝 = 0

- 𝐴𝑆𝑎𝑝 = Área da Sapata;


- 𝑏 = Menor dimensão do pilar;
- 𝐵 = Menor dimensão da sapata a ser encontrada;
- 𝑙 = maior dimensão do pilar.

c. Maior dimensão da sapata:

𝐴𝑆𝑎𝑝
𝐿=
𝐵

- 𝐴𝑆𝑎𝑝 = Área da Sapata;


- 𝐵 = Menor dimensão da sapata a ser encontrada;

d. Centro de gravidade em x:

𝑥1 . 𝐴1 + 𝑥2 . 𝐴2
𝑋𝑐𝑔 =
𝐴1 + 𝐴2

- 𝐴1 = Área 1;
- 𝐴2 = Área 2;
- 𝑥1 = Distância do cg da area 1 até a origem, no eixo x;
- 𝑥2 = Distância do cg da area 2 até a origem, no eixo x;
- 𝑥𝑐𝑔 = Distância do cg da peça total até a origem, no eixo x;
e. Centro de gravidade em y:

𝑦1 . 𝐴1 + 𝑦2 . 𝐴2
𝑌𝑐𝑔 =
𝐴1 + 𝐴2

- 𝐴1 = Área 1;
- 𝐴2 = Área 2;

- 𝑦1 = Distância do cg da área 1 até a origem, no eixo y;


- 𝑦2 = Distância do cg da área 2 até a origem, no eixo y;
- 𝑦𝑐𝑔 = Distância do cg da peça total até a origem, no eixo y;

f. Altura da Sapata:

𝐿−𝑙
ℎ≥
3

- h = Altura da sapata;
- L = Maior dimensão da sapata;
- l = Menor dimensão do pilar.

3.4.1 SAPATA DE DIVISA P1 E P4:


O pilar P1 possuí uma seção de 0,25x0,60m, e será executado o
dimensionamento de uma sapata de divisa que faz alavanca com o pilar P4, e será
usada a relação 𝐿 ≤ 2𝐵 para o pilar P1, com uma carga de 700 kN.

𝑃𝑑,1
𝐵= √ = 1,75 𝑚
2 . 𝜎𝑎𝑑𝑚

𝑩 = 𝟏, 𝟕𝟓 𝒎

Com o valor de B, calculamos a excentricidade da fórmula, com uma distancia


de 5 cm do pilar P1 para a divisa. Essa distância deve ser subtraída da
excentricidade.
𝐵−𝑏
𝑒2 = −𝑓
2

1,75−0,25
𝑒2 = − 0,025 = 0,725 𝑚
2

𝒆𝟐 = 𝟎, 7𝟐𝟓 𝒎

Através da excentricidade vamos calcular a reação R1 na sapata de divisa


com a seguinte fórmula.
𝑙
𝑅1 = 𝑃𝑘1 ∗( .c)
𝑙
4.55
𝑅1 = 770 ∗ = 915,95 𝑘𝑁
4.55 − 0,725

𝑹1 = 915, 95 𝒌𝑵

Para finalizar o calculo da sapata do pilar P1 vamos encontrar suas dimensões


L, h e h’.

𝑅1
𝐿=
𝐵 ∗ 𝜎𝑎𝑑𝑚

915,95
𝐿= = 4,15 𝑚
1,75 ∗ 127
𝑳 = 4,15 𝒎

4,15 − 0,60
ℎ≥ = 1,2 𝑚
3
𝒉 ≥ 1, 2 𝒎

Encontramos para esta sapata do pilar P1 a medida de 4,15x1,75m que


atende o requisito de L/B≥2,5, e uma altura de 1,20m. A aba da sapata deve ser
maior ou igual a 0,33h, sendo assim a aba da sapata deve ter 40cm de altura.
Figura 03: Esquema da as sapara S1.
Fonte: Acervo pessoal do grupo.

No pilar P4 que tem seção de 0,25x0,60m se tem uma carga de 430kN, e


precisa se calcular a reação R2.

𝑅1 − 𝑃2
𝑅2 = 𝑃𝑘2 −
2

915,95 − 770
𝑅2 = 473 − = 400, 25 𝑘𝑁
2

𝑹2 = 400,25 𝒌𝑵

Com a reação encontrada nos resta descobrir a área da sapata e suas


dimensões B e L, além de h e h’. Para isso utilizaremos nossa estimativa inicial de
um bulbo de tensões de 4 metros e tensão admissível de 127kN/m².

𝑝2𝑑 − (𝑅11 − 𝑃𝑑1) > 0


473 − ( 915,95 − 770) > 0 327,05 > 0

𝑅22 400,025
𝐴𝑠2 = = = 3,15 𝑚2
𝑎𝑑𝑚 127

3,15 = 𝐿. 𝐵
3,15 = (0,35 + 𝐵) ∗ 𝐵

𝐵² + 0,35 ∗ 𝐵 – 3 , 1 5 = 0
𝑩’ = 𝟏, 65 𝒎
𝑳′ = 𝟐, 𝟎 𝒎

2,00 − 0,60
ℎ≥ = 0,5 𝑚
3
𝒉 ≥ 𝟎, 𝟓 𝒎

Encontramos para esta sapata do pilar P4 a medida de 2,00x1,65m, uma


altura da sapata de 0,5 m. A aba da sapata deve ser maior ou igual a 0,33h, sendo
assim a aba da sapata deve ter 20 cm de altura.

Figura 04: Esquema da as sapara S1.


Fonte: Acervo pessoal do grupo.

3.4.2 SAPATA DE DIVISA P2 E P3

No pilar P3 que tem seção de 0,25x0,60m e uma situação chamada sapata de


divisa que faz alavanca com o pilar P2. É usada a relação L≤2B para o pilar P3, com
uma carga de 630kN.

𝑃𝑑,1
𝐵= √ = 1,70 𝑚
2 . 𝜎𝑎𝑑𝑚
𝑩 = 𝟏, 𝟕𝟎 𝒎

Com o valor de B, calculamos a excentricidade da fórmula, com uma distância


de 2,5cm do pilar P3 para a divisa. Essa distância deve ser subtraída da
excentricidade.

𝐵−𝑏
𝑒2 = −𝑓
2

1,70−0,25
𝑒2 = − 0,025 = 0,7 𝑚
2

𝒆𝟐 = 𝟎, 7 𝒎
Através da excentricidade vamos calcular a reação R1’3 na sapata de
divisa com a seguinte fórmula.

𝑙
𝑅1 = 𝑃𝑘7 .
𝑙−𝑒

4,18
𝑅1 = 693 . = 832,40 𝑘𝑁
4,18 − 0,7

𝑹𝟏 = 832,40 𝒌𝑵

Para finalizar o cálculo da sapata do pilar P3 vamos encontrar suas dimensões


L, h e h’. Como já foi verificado , a sapata atendeu a verificação.

𝑅1 832,4
𝐿1 = ∗ 𝑎𝑑𝑚 = ∗ 127 = 3,90
𝐵1 1,7

𝐿 3,9
= = 2,29 ≤ 2,5 𝑂𝐾
𝐵 1,70

3,90 − 0,60
ℎ≥ = 1,1 𝑚
3
𝒉 ≥ 𝟏, 𝟏 𝒎

Encontramos para esta sapata do pilar P3 a medida de 3,90x1,7m que atende


o requisito de L/B≥2,5, e uma altura da sapata de 1,1 m. A aba da sapata deve ser
maior ou igual a 0,33h, sendo assim a aba da sapata deve ter 40 cm de altura.
Figura 05: Esquema da as sapara S3.
Fonte: Acervo pessoal do grupo.

No pilar P2 que tem seção de 0,25x0,60 m se tem uma carga de 600 kN, e
precisa se calcular a reação R2.

𝑅1 − 𝑃1
𝑅2 = 𝑃𝑘6 −
2

832,40 − 693
𝑅2 = 660 − = 590,3 𝑘𝑁
2

𝑹2 = 590,3 𝒌𝑵

Com a reação encontrada nos resta descobrir a área da sapata e suas


dimensões B e L, além de h e h’. Para isso utilizaremos nossa estimativa inicial de
um bulbo de tensões de 4 metros e tensão admissível de 127 kN/m².
𝑅22
𝐴𝑝1 =
𝜎𝑎𝑑𝑚

590,3
𝐴𝑝1 = = 4,65 𝑚2
127

𝑨𝒑𝟏 = 𝟒, 𝟔𝟓 𝒎𝟐

𝐵² + 0,35 ∙ 𝐵 – 4,65 = 0

𝑩’ = 2,0 m
𝐿 = 0,35 + 𝐵

𝑳 = 𝟐, 𝟑𝟓 𝒎

2,35 − 0,60
ℎ≥ = 0,60 𝑚
3
𝒉 ≥ 𝟎, 𝟔𝟎 𝒎

Encontramos para esta sapata do pilar P2 a medida de 2,35x2,0m, uma altura


de 0,60m. A aba da sapata deve ser maior ou igual a 0,33h, sendo assim, a aba da
sapata deve ter 20cm de altura.
Figura 06: Esquema da as sapara S2.
Fonte: Acervo pessoal do grupo.
3.4.3 SAPATA ISOLADA P5

O pilar P5 que descarrega a carga de 870 kN nesta sapata tem seção de


0,60x0,40m. Começamos com o cálculo de área da sapata:

1,1 . 870
𝐴𝑝5 = = 7,54 𝑚2
127

𝑨𝒑𝟓 = 𝟕, 𝟓𝟒 𝒎𝟐
Com a área da sapata calculada, vamos para o cálculo da menor dimensão
da sapata, e em seguida o cálculo da maior dimensão e altura desta:

𝐵² + 0,2 ∙ 𝐵 – 7,54 = 0

𝑩’ = 2,65 m
𝐋’ = 𝟐, 𝟖𝟓 m

2,85 − 0,60
ℎ≥ = 0,75 𝑚
3
𝒉 ≥ 𝟎, 𝟕𝟓 𝒎
Encontramos para esta sapata do pilar P5 a medida de 2,85x2,65m.

Figura 06: Esquema da as sapara S5.


Fonte: Acervo pessoal do grupo.

3.4.4 SAPATA ASSOCIADA P6 E P7

Os pilares P6 e P7 estão muito próximos, tendo já calculado as sapatas como


isoladas foi constatado que será necessário o uso de uma sapata associada com
uma viga de transição. O pilar P6 tem seção de 0,25x0,60m e umacarga de 540 kN.
Já o pilar P7 tem seção de 0,80x0,25m e uma carga de 660 kN.

Calculamos a dimensão dessa viga de transição através do novo centro de


gravidade demonstrado a seguir.

540 . 0 + 660 . 1,84


𝑋𝑐𝑔 = = 1,012 𝑚
540 + 660

𝑿𝒄𝒈 = 𝟏, 𝟎𝟏𝟐 𝒎

540 . 0,3 + 660 . 0,125


𝑌𝑐𝑔 = = 0,203 𝑚
540 + 660

𝒀𝒄𝒈 = 𝟎, 𝟐𝟎𝟑 𝒎
Com a área da sapata calculada, vamos para o cálculo da menor dimensão
da sapata, e em seguida o cálculo da maior dimensão e altura desta:

L – B = l-b
L -B = 2,39 – 0,6
L=1,79 + B
540+660
𝐵2 + 1, 79B= 1 ,10( )
127

𝐵2 + 1,79B -10,39

𝑥1 = 2,5𝑚
𝑥2 = 4,5 𝑚

4,5 − 2,39
ℎ≥ = 0,70 𝑚
3
𝒉 ≥ 𝟎, 𝟕𝟎 𝒎

Encontramos para esta sapata dos pilares P6 e P7 associados a uma


dimensão de 4,5x2,5m uma altura de 0,70m. A aba da sapata deve ser maior ou
igual a 0,33h, sendo assim, a aba da sapata deve ter 0,25m de altura.

Figura 07: Esquema da as sapara S6, S7.


Fonte: Acervo pessoal do grupo.

3.4.5 VERIFICAÇÃO DOS MOMENTOS ATUANTES

Para este projeto, o momento atuante é nulo, sendo de 0 kNm.


3.4.6 CÁLCULO DO RECALQUE NAS SAPATAS

No cálculo dos recalques podemos utilizar o método de Schliecher.

(1 − 𝑣 2 )
𝑆 = 𝑘 . 𝜎 . √𝐴 .
𝐸𝑠
𝑐 . 𝑃𝑘
𝜎=
𝐿 .𝐵

Para este método os valores do coeficiente de elasticidade e coeficiente de


forma são tabelados pelas tabelas a seguir. Foi determiando tal valor pois foi o mais
próximo do solo enconntrado, assim foi definido que esté solo seria usado para uso
do módulo de elasticidade.
Tabela 04 – Coeficiente de elasticidade

Fonte: Ivan Joppert Jr.


Tabela 05 – Coeficiente de Forma

Fonte: Acervo pessoal do grupo.

Tabela 06 – Valores de recalque

Fonte: Acervo pessoal do grupo.

Tabela 07 – Valores de recalque cobinados

Combinações Diferenç - Dife. D(m) sapata d/300 Dif- (d/300)


S1 - S2 -0,001101077 7,77 0,0259 -0,02700108 OK
S1 - S3 0,00110151 11,375 0,037916667 -0,03681516 OK
S1 - S4 0,000982905 2,22 0,0074 -0,0064171 OK
S1 - S5 -0,003051324 7,43 0,024766667 -0,02781799 OK
S1 - S6 0,005067559 4,15 0,013833333 -0,00876577 OK
S1 - S7 0,003425726 4,15 0,013833333 -0,01040761 OK

Combinações Diferenç - Dife. D(m) sapata d/300 Dif- (d/300)


S2 - S3 0,002202587 1,6 0,005333333 -0,00313075 OK
S2 - S4 0,002083982 3,9 0,013 -0,01091602 OK
S2 - S5 -0,001950247 1,48 0,004933333 -0,00688358 OK
S2 - S6 0,006168636 5,38 0,017933333 -0,0117647 OK
S2 - S7 0,004526803 5,38 0,017933333 -0,01340653 OK

Combinações Diferenç - Dife. D(m) sapata d/300 Dif- (d/300)


S3 - S4 -0,000118605 7,5 0,025 -0,02511861 OK
S3 - S5 -0,004152834 1,46 0,004866667 -0,0090195 OK
S3 - S6 0,003966049 6,98 0,023266667 -0,01930062 OK
S3 - S7 0,002324216 6,98 0,023266667 -0,02094245 OK

Combinações Diferenç - Dife. D(m) sapata d/300 Dif- (d/300)


S4 - S5 -0,004034228 3,6 0,012 -0,01603423 OK
S4 - S6 0,004084654 4,15 0,013833333 -0,00974868 OK
S4 - S7 0,002442822 4,15 0,013833333 -0,01139051 OK

Combinações Diferenç - Dife. D(m) sapata d/300 Dif- (d/300)


S5 - S6 0,008118883 3,56 0,011866667 -0,00374778 OK
S5 - S7 0,00647705 3,56 0,011866667 -0,00538962 OK

Combinações Diferenç - Dife. D(m) sapata d/300 Dif- (d/300)


S6 - S7 -0,001641833 1,77 0,0059 -0,00754183 OK

Fonte: Acervo pessoal do grupo

Todos os recalques diferenciais estão abaixos do eu limite, portanto não há


necessidade de redimensioná – las, encerrando assim, seu dimensionamento.

Figura 07: Esquema de locação de sapatas.


Fonte: Acervo pessoal do grupo
4. REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO
CARVALHO, M.D. Fundações superficiais: análise comparativa entre fundação
superficial do tipo sapata isolada e radier liso em obra de edificação. Dissertação
(Bacharel). FASAR. Conselheiro Lafaiete, 2015. Disponível em:
<https://www.fasar.com.br/arquivos/projetos/engciv/EngCiv-2015-
Analise_Comparativa_entre_fundacao-TCC.pdf>. Acesso em 22 abril 2023.

DE, B.; LOBO, O.; ALEGRE, P. Método de previsão de capacidade de carga de


estacas: aplicação dos conceitos de energia do ensaio SPT. Dissertação
(Mestrado). UFRS. Porto Alegre, 2005. Disponível em:
<https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/7394/000543601.pdf?sequence=
> . Acesso em: 22 abril 2023.

DEGANI, Jonathan. Fundação na construção civil: como escolher o tipo e


executar bem, 15 de setembro 2022. Disponivel em: <https://www.sienge.com.
br/blog/fundacao-na-construcao-civil/>. Acesso em: 22 abril 2023.
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