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SINOP – MT
2023/ 8° Semestre
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO – UNEMAT
SINOP – MT
2023/ 8° Semestre
Sumário
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 4
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................ 4
2.1 MÉTODOS DE CÁLCULO PARA SAPATA DIRETA .......................................................................... 4
2.1.1 Método de Teixeira (1996) ..................................................................................................... 4
2.1.2 Método de Mello (1975) ............................................................................................................... 5
2.1.3 Método Decout (1996) ................................................................................................................. 5
2.1.4 Método Albiero e Cintra (1996) .................................................................................................... 6
2.1.5 Método de Terzaghi e Peck (1967) .............................................................................................. 6
3. MEMORIAL DE CÁLCULO................................................................................... 7
3.1 DESCRIÇÃO DO PERFIL .................................................................................................................. 7
3.2 CÁLCULO DO Nspt E TENSÃO DE ADMISSÍVEL ............................................................................ 8
3.2.1 Método de Teixeira (1996) .............................................................................................................. 8
3.2.2 Método de Mello (1975) .................................................................................................................. 9
3.2.3 Método Decourt (1996) ................................................................................................................. 10
3.2.4 Método Albiero e Cintra (1996) ..................................................................................................... 11
3.2.5 Método de Terzaghi e Peck (1967) ............................................................................................... 11
3.3 CARGA DE PILARES ...................................................................................................................... 12
3.4 DIMENSIONAMENTO DAS SAPATAS ............................................................................................ 12
a. Área da Sapata .................................................................................................................................. 13
b. Menor dimensão da sapata ................................................................................................................ 13
c. Maior dimensão da sapata ................................................................................................................. 13
d. Centro de gravidade em x .................................................................................................................. 13
e. Centro de gravidade em y .................................................................................................................. 14
f. Altura da Sapta ................................................................................................................................... 14
3.4.1 SAPATA DE DIVISA P1 E P4 ....................................................................................................... 14
3.4.2 SAPATA DE DIVISA P2 E P3 ....................................................................................................... 17
3.4.3 SAPATA ISOLADA P5 .................................................................................................................. 21
3.4.4 SAPATA ASSOCIADA P6 E P7 .................................................................................................... 22
3.4.5 VERIFICAÇÃO DOS MOMENTOS ATUANTES ........................................................................... 23
3.4.6 CÁLCULO DO RECALQUE NAS SAPATAS ................................................................................. 24
4. REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO...................................................................... 28
1. INTRODUÇÃO
Segundo Degani (2022), todas as edificações, por mais leves que sejam, necessitam de um
sistema que consiga transferir todas as forças geradas pela estrutura para o solo, sendo que o
sistema utilizado pode variar em função do solo, cargas, acessos disponíveis em localização e
equipamentos da área.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Para a elaboração desse memorial foram utilizadas as informações fornecidas pelo
professor, como as partes dos pilares presentes na maquete, as sondagens de direção (SPT), ou
seja, sua profundidade e tensão, e a forma de cada pilar do projeto ( divisa ou não de divisa).
O tipo de fundação sugerido para o projeto possui uma distribuição de carga superficial
denominada sapata direta e é um dos tipos de fundações rasas. Como elemento de base em
concreto armado, transmitirá os esforços diretamente ao solo.
𝑁𝑠𝑝𝑡
𝜎𝑎𝑑𝑚 =
50
O Método de Mello utiliza como base os valores de Nspt entre 4 e 16, onde o
Valor é encontrado na média de SPT (𝑁𝑠𝑝𝑡) no bulbo de tenções da sapata. Tendo
assim, a seguinte formula para tensão admissivel.
Valores de 𝑎
Argila 0,85
Siltes 0,60
Areias 0,50
Fonte: Acervo pessoal do Docente, UNEMAT 2023
Valores de 𝑪 (kN/m²)
Argila 120
Areias 400
Fonte: Acervo pessoal do Docente, UNEMAT 2023
𝜎𝑎𝑑𝑚 = 𝑁𝑠𝑝𝑡/5
Vale ressaltar que o autor deste método afirma que a resultande do cálculo
de tensãoadmissível é na unidade de medida de kg/cm² para solos brasileiros.
𝑁𝑠𝑝𝑡 − 3 𝐵+1
𝜎𝑎𝑑𝑚 = 440 ∗ ( )∗( )
10 2. 𝐵
3.0 MEMORIAL DE CÁLCULO
Para a execução deste trabalho foi fornecido pelo docente um ensaio de SPT
Sondagem à Percussão – SPT (Figura 01), com profundidade de 21,00 metros.
𝑵𝒔𝒑𝒕 = 𝟕
Para o cálculo da tensão admissível deste método foi utilizado os cálculos para
areias, pois as camadas de solo encontradas no local da obra são siltes arenosos e argila
arenosa. O 𝑁𝑠𝑝𝑡 deve estar entre 5 e 20, se o valor for superior a estes valores limites,
deve se utilizar o valor limite de 20 como 𝑁𝑠𝑝𝑡. Utilizando o valor de B como 2 metros, ja
que é o maior lado da sapata, temos o seguinte resultado de tensão admissivel.
𝑁𝑠𝑝𝑡
𝜎𝑎𝑑𝑚 = 0,05 + (1 + 0,4 ∙ 𝐵) ∙
100
7
𝜎𝑎𝑑𝑚 = 0,05 + (1 + 0,4 ∙ 2) ∙
100
𝝈𝒂𝒅𝒎 = 𝟏27 𝒌𝑵/𝒎²
7+5+7+8
𝑁𝑠𝑝𝑡 = ( ) = 6,75 ≅ 7
4
𝑵𝒔𝒑𝒕 = 𝟕
Este método não diferencia o tipo de solo, mas tem requisitos para o 𝑁𝑠𝑝𝑡, devendo
estar entre 4 e 16, caso o 𝑁𝑠𝑝𝑡 ultrapasse esses valores deve se utilizar o limite superior
nos cálculos.
O 𝑁𝑠𝑝𝑡 é obtido pela média de três valores de SPT. O valor da cota da base da
sapata que é de 3 metros de profundidade, o valor imediatamente superior e o valor
imediatamente inferior.
7 + 7 + 5)
𝑁𝑠𝑝𝑡 = ( ) = 6,33
3
𝑵𝒔𝒑𝒕 = 𝑵𝒑 = 6, 𝟑𝟑
Para o cálculo da tensão admissível pelo método de Decourt deve se
encontrar primeiramente a tensão de ruptura, atraves da equação abaixo.
𝜎𝑟𝑢𝑝 = 𝛼 ∙ 𝐶 ∙ 𝑁𝑝
Sendo “𝛼” (Tabela 01, p. 08) e “𝐶” (Tabela 02, p. 09) valores tabelados
conforme o tipo do solo, foi adotado para cálculo o solo tipo argila, que compõe as
camadas do 𝑁𝑠𝑝𝑡 do cálculo, com as variáveis 𝐶 com 250 kN/m², e 𝛼 possuindo o
valor de 0,6.
𝜎𝑟𝑢𝑝 = 𝛼 ∙ 𝐶 ∙ 𝑁𝑝
𝜎𝑎𝑑𝑚 = 𝜎𝑟𝑢𝑝/4
949,5
𝜎𝑎𝑑𝑚 = = 237,5
4
Sendo assim, pelo método de Decourt tem uma tensão admissível de 237,5
kN/m².
7 + 5 + 7 + 8)
𝑁𝑠𝑝𝑡 = ( )=7
4
𝑵𝒔𝒑𝒕 = 𝟕
𝑁𝑠𝑝𝑡
𝜎𝑎𝑑𝑚 =
5
7 𝑘𝑔 𝑘𝑛
𝜎𝑎𝑑𝑚 = = 1,4 = 140,0
5 𝑐𝑚2 𝑚2
𝝈𝒂𝒅𝒎 = 𝟏𝟒0, 0 𝒌𝑵/𝒎
7 + 5 + 7 + 8)
𝑁𝑠𝑝𝑡 = ( )=7
4
𝑵𝒔𝒑𝒕 = 𝟕
e o valor de B.
𝑁𝑠𝑝𝑡 − 3 𝐵+1
𝜎𝑎𝑑𝑚 = 440 ∗ ( )∗( )
10 2∗2
7−3 2+1
𝜎𝑎𝑑𝑚 = 440 ∗ ( )∗( ) = 132 𝐾𝑛/𝑚^2
10 2∗2
As cargas dos pilares e suas respectivas seções, propostas pelo docente, está
descrito na Tabela 03, onde podemos chegar a uma carga média de 632,86 kN
entreos 7 pilares. Vale ressaltar que foi dimensionado nos pilares P1 e P3 sapatas
de divisa,nos pilares P2, P4 e P5 foram dimensionadas sapatas isoladas, e nos
pilares P6 e P7 foram dimensionadas sapata associada.
P1 0,25x0,60 700
P2 0,25x0,60 600
P3 0,25x0,60 630
P4 0,25x0,60 430
P5 0,60x0,40 870
P6 0,25x0,60 540
P7 0,80x0,25 660
Fonte: Acervo pessoal do docente, UNEMAT 2023
𝐵2 + (𝑙 + 𝑏) ∙ 𝐵 − 𝐴𝑆𝑎𝑝 = 0
𝐴𝑆𝑎𝑝
𝐿=
𝐵
d. Centro de gravidade em x:
𝑥1 . 𝐴1 + 𝑥2 . 𝐴2
𝑋𝑐𝑔 =
𝐴1 + 𝐴2
- 𝐴1 = Área 1;
- 𝐴2 = Área 2;
- 𝑥1 = Distância do cg da area 1 até a origem, no eixo x;
- 𝑥2 = Distância do cg da area 2 até a origem, no eixo x;
- 𝑥𝑐𝑔 = Distância do cg da peça total até a origem, no eixo x;
e. Centro de gravidade em y:
𝑦1 . 𝐴1 + 𝑦2 . 𝐴2
𝑌𝑐𝑔 =
𝐴1 + 𝐴2
- 𝐴1 = Área 1;
- 𝐴2 = Área 2;
f. Altura da Sapata:
𝐿−𝑙
ℎ≥
3
- h = Altura da sapata;
- L = Maior dimensão da sapata;
- l = Menor dimensão do pilar.
𝑃𝑑,1
𝐵= √ = 1,75 𝑚
2 . 𝜎𝑎𝑑𝑚
𝑩 = 𝟏, 𝟕𝟓 𝒎
1,75−0,25
𝑒2 = − 0,025 = 0,725 𝑚
2
𝒆𝟐 = 𝟎, 7𝟐𝟓 𝒎
𝑹1 = 915, 95 𝒌𝑵
𝑅1
𝐿=
𝐵 ∗ 𝜎𝑎𝑑𝑚
915,95
𝐿= = 4,15 𝑚
1,75 ∗ 127
𝑳 = 4,15 𝒎
4,15 − 0,60
ℎ≥ = 1,2 𝑚
3
𝒉 ≥ 1, 2 𝒎
𝑅1 − 𝑃2
𝑅2 = 𝑃𝑘2 −
2
915,95 − 770
𝑅2 = 473 − = 400, 25 𝑘𝑁
2
𝑹2 = 400,25 𝒌𝑵
𝑅22 400,025
𝐴𝑠2 = = = 3,15 𝑚2
𝑎𝑑𝑚 127
3,15 = 𝐿. 𝐵
3,15 = (0,35 + 𝐵) ∗ 𝐵
𝐵² + 0,35 ∗ 𝐵 – 3 , 1 5 = 0
𝑩’ = 𝟏, 65 𝒎
𝑳′ = 𝟐, 𝟎 𝒎
2,00 − 0,60
ℎ≥ = 0,5 𝑚
3
𝒉 ≥ 𝟎, 𝟓 𝒎
𝑃𝑑,1
𝐵= √ = 1,70 𝑚
2 . 𝜎𝑎𝑑𝑚
𝑩 = 𝟏, 𝟕𝟎 𝒎
𝐵−𝑏
𝑒2 = −𝑓
2
1,70−0,25
𝑒2 = − 0,025 = 0,7 𝑚
2
𝒆𝟐 = 𝟎, 7 𝒎
Através da excentricidade vamos calcular a reação R1’3 na sapata de
divisa com a seguinte fórmula.
𝑙
𝑅1 = 𝑃𝑘7 .
𝑙−𝑒
4,18
𝑅1 = 693 . = 832,40 𝑘𝑁
4,18 − 0,7
𝑹𝟏 = 832,40 𝒌𝑵
𝑅1 832,4
𝐿1 = ∗ 𝑎𝑑𝑚 = ∗ 127 = 3,90
𝐵1 1,7
𝐿 3,9
= = 2,29 ≤ 2,5 𝑂𝐾
𝐵 1,70
3,90 − 0,60
ℎ≥ = 1,1 𝑚
3
𝒉 ≥ 𝟏, 𝟏 𝒎
No pilar P2 que tem seção de 0,25x0,60 m se tem uma carga de 600 kN, e
precisa se calcular a reação R2.
𝑅1 − 𝑃1
𝑅2 = 𝑃𝑘6 −
2
832,40 − 693
𝑅2 = 660 − = 590,3 𝑘𝑁
2
𝑹2 = 590,3 𝒌𝑵
590,3
𝐴𝑝1 = = 4,65 𝑚2
127
𝑨𝒑𝟏 = 𝟒, 𝟔𝟓 𝒎𝟐
𝐵² + 0,35 ∙ 𝐵 – 4,65 = 0
𝑩’ = 2,0 m
𝐿 = 0,35 + 𝐵
𝑳 = 𝟐, 𝟑𝟓 𝒎
2,35 − 0,60
ℎ≥ = 0,60 𝑚
3
𝒉 ≥ 𝟎, 𝟔𝟎 𝒎
1,1 . 870
𝐴𝑝5 = = 7,54 𝑚2
127
𝑨𝒑𝟓 = 𝟕, 𝟓𝟒 𝒎𝟐
Com a área da sapata calculada, vamos para o cálculo da menor dimensão
da sapata, e em seguida o cálculo da maior dimensão e altura desta:
𝐵² + 0,2 ∙ 𝐵 – 7,54 = 0
𝑩’ = 2,65 m
𝐋’ = 𝟐, 𝟖𝟓 m
2,85 − 0,60
ℎ≥ = 0,75 𝑚
3
𝒉 ≥ 𝟎, 𝟕𝟓 𝒎
Encontramos para esta sapata do pilar P5 a medida de 2,85x2,65m.
𝑿𝒄𝒈 = 𝟏, 𝟎𝟏𝟐 𝒎
𝒀𝒄𝒈 = 𝟎, 𝟐𝟎𝟑 𝒎
Com a área da sapata calculada, vamos para o cálculo da menor dimensão
da sapata, e em seguida o cálculo da maior dimensão e altura desta:
L – B = l-b
L -B = 2,39 – 0,6
L=1,79 + B
540+660
𝐵2 + 1, 79B= 1 ,10( )
127
𝐵2 + 1,79B -10,39
𝑥1 = 2,5𝑚
𝑥2 = 4,5 𝑚
4,5 − 2,39
ℎ≥ = 0,70 𝑚
3
𝒉 ≥ 𝟎, 𝟕𝟎 𝒎
(1 − 𝑣 2 )
𝑆 = 𝑘 . 𝜎 . √𝐴 .
𝐸𝑠
𝑐 . 𝑃𝑘
𝜎=
𝐿 .𝐵