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Desse modo, os alimentos devem ser escolhidos em função de sua natureza: sabor,
aroma, cor, temperatura, textura, movimento, umidade, qualidades mais Yin ou
mais Yan e pela correspondência de cada sabor com os órgãos e vísceras, com as
emoções e estações do ano.
O sabor correspondente do órgão tonifica se ele estiver com sua função deficiente; se o
órgão correspondente estiver com excesso de energia, o sabor correspondente pode ser
prejudicial. Nos casos em que os órgãos estão trabalhando em plenitude, com excesso
de energia, há sabores que podem atuar com efeitos reguladores.
O milho, a batata-doce e as ervilhas são considerados doces; o aipo, a cebola, o alho e
a pimenta são picantes; as azeitonas e algas-marinhas salgadas. Os diferentes sabores
têm diferentes propriedades e funções.
A pessoa saudável deve ter uma alimentação equilibrada que contemple os diferentes
tipos de alimentos, sabores e propriedades. Não podemos nos esquecer que a
alimentação é uma das principais fontes de nutrição de nosso Qi. Devemos escolher
alimentos da estação, livres de agrotóxicos e hormônios, comer sem exageros, tomar
bastante água e evitar bebidas alcóolicas.
Sempre que possível, devemos preferir alimentos preparados por nós, em nossa
própria casa e evitar alimentos processados, industrializados, com adição de
conservantes e corantes. Importante também observarmos como o nosso organismo
reage à ingestão de cada alimento para aprendermos o que nos faz bem e o que nos faz
mal.
Na Medicina Tradicional Chinesa não existem regras fixas, muito menos dietas
prontas e universais. Cada sujeito possui suas singularidades e necessidades que
devem ser respeitadas na composição das dietas, lembrando sempre que ficar sem se
alimentar ou se alimentar em excesso causam danos à saúde. Devemos manter um
equilíbrio entre a energia que gastamos e energia que repomos. O ideal é o caminho do
meio: alimentar-se com moderação e sem excessos e praticar atividades físicas
regularmente.
REFERÊNCIAS
PERINI, M. Terapia dietética chinesa. SPA Clínica Yan Sou, São Paulo: 2002.