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PREFÁCIO

A história que estou prestes a lhes contar, acontece dentro de um


lugar chamado “Edifício Mackenzie”, um prédio cinzento de classe
média, localizado numa grande e fria capital chuvosa. Aqui eu irei
relatar um pouco sobre a adolescência de um grupo de seis amigos e
seu estilo de vida extremamente liberal e sexual. É meu dever
descrever aos que estiveram interessados, tudo o que eu descobri
sobre a intimidade desses atraentes jovens dentro do famigerado
condomínio...
Mas já deixo avisado que caso você não goste de histórias com muito
conteúdo sexual explícito, relacionamentos abertos, incesto e
violência física, sinta-se à vontade para escolher outra coisa para ler.
Caso queira seguir em frente, então o Edifício Mackenzie está com as
portas abertas para você. Seja bem-vindo.
EPISÓDIO 1 de 24

A sala da diretoria estava silenciosa enquanto Zack Davis esperava


impacientemente a chegada do seu pai. O jovem adolescente tinha
cabelos castanhos desgrenhados, olhos da mesma cor e um físico
meio magrelo. Sentava-se na cadeira da maneira mais folgada
possível, com as pernas muito abertas, a coluna curvada e os braços
cruzados, enquanto olhava com profundo tédio para a mulher que
estava na sua frente. A diretora da escola porém não olhou de volta
para ele.
-Sente-se direito – A mulher disse, escrevendo freneticamente numa
folha de papel.
Zack ignorou-a. Permaneceu do mesmo jeito, passando os olhos pela
pequena sala ao seu redor. No teto acima deles havia um ventilador
desligado. Na esquerda um armário de ferro enferrujado trancado
com cadeado e na direita uma estante de livros perfeitamente
organizados. Ele se perguntou como alguém conseguia trabalhar
todos os dias num lugar tão entediante. Definitivamente não gostava
do ambiente escolar.
Naquele momento Zack estava usando uma camisa larga marrom,
uma bermuda jeans escura e tênis converse de cano alto. Seu estilo
era quase sempre assim, embora ele não ligasse muito para roupas.
Geralmente pela manhã escolhia a primeira coisa que encontrava no
armário. Não tinha muita paciência para ficar decidindo o que vestir,
ainda mais se estivesse morrendo de sono.
Então finalmente o silêncio da sala foi quebrado quando a porta se
abriu. Um homem de camisa e calça social entrou de repente, com
uma expressão séria no rosto. A diretora largou a caneta e se
levantou rapidamente para cumprimentar o pai de Zack.
-Ah, Sr. Davis – Ela disse para o homem – Obrigado por vir.
Charles Davis era um médico de trinta e oito anos, extremamente
ocupado e cujo único filho era Zack. Os dois moravam sozinhos em
um prédio perto dali.
-O que houve? – Perguntou Charles, lançando um olhar de censura
para o filho sentado.
-Eu acabei de assinar a advertência e suspensão do seu filho Zack
Davis – A diretora explicou – Hoje durante a aula de matemática ele
insultou a professora. Isso é algo extremamente grave aqui na escola,
por isso Zack foi trazido imediatamente para cá. Como o senhor sabe,
essa não é a primeira advertência dele. Dessa vez ele também será
suspenso, e caso algo parecido se repita, corre o risco de expulsão.
-Eu entendo. Peço desculpas pelo comportamento dele – Respondeu
Charles sereno. Estava em excelente forma física – Garanto a senhora
que isso não vai se repetir. Quanto tempo ele ficará suspenso?
-Dois dias. Hoje é quarta-feira, então Zack não virá para a escola nem
amanhã e nem na sexta-feira. Na segunda ele poderá estar de volta –
Ela então olhou para o garoto, que estava emburrado na cadeira –
Espero que esse tempo sirva para você refletir sobre o que fez. Tenho
certeza de que seu pai vai conversar com você.
A diretora entregou o papel da advertência para Charles, que o leu
por alguns segundos e guardou no bolso.
-Vamos pra casa Zack.
O garoto se levantou da cadeira, pegou a mochila vermelha que
estava do seu lado e acompanhou o pai para fora da sala. No corredor
a frente, Charles começou a dar um sermão no filho, enquanto eles
seguiam andando para a saída.
-Eu não acreditei quando recebi a ligação da escola. Ainda bem que eu
não estava numa emergência e pude vir imediatamente. Outra
advertência! E dessa vez com suspensão. Será que você não aprende
nunca? Nós já conversamos tantas vezes. Sinceramente, não sei mais
o que dizer. Talvez eu ligue para a sua mãe, quem sabe ela não
consiga dar um jeito em você. Xingar a professora? Cadê a educação
que eu te dei? Isso é inaceitável. Você precisa aprender a ter respeito
com as pessoas, principalmente com seus superiores.
Os dois saíram da escola pelos fundos e atravessaram a rua, chegando
ao outro lado da calçada onde Charles tinha estacionado o carro. Zack
abriu a porta da parte de trás, jogou a mochila no banco como se
fosse lixo e sentou de braços cruzados. As broncas do pai
continuaram mesmo dentro do carro, mas o garoto permaneceu em
silêncio. Sua mente estava pensando em outras coisas.
-É melhor que você mude o seu comportamento a partir de agora.
Não vou tolerar mais esse tipo de coisa entendeu? Não quero que a
escola me chame novamente porque você aprontou alguma. Você já
não é mais criança, sabe muito bem o que está fazendo. Ouviu bem
mocinho?
“Que vontade de bater uma...”, pensava Zack sem prestar atenção nas
palavras de Charles. “Estou em dúvida se bato uma quando chegar em
casa ou se espero até mais tarde”.
O local onde eles moravam era muito perto da escola de Zack. Em
menos de cinco minutos Charles entrou num longo quarteirão cheio
de prédios e que terminava numa rua circular e sem saída. No centro
dessa rua erguia-se um alto edifício cinzento, com mais de dez
andares e que se chamava Mackenzie. Era ali que Charles e Zack
moravam há muitos anos.
O carro atravessou um portão lateral daquele prédio e seguiu reto até
o estacionamento nos fundos. A vaga de Charles ficava embaixo de
uma cobertura, e foi ali que ele desligou o motor e saiu do veículo
junto com o filho. O médico foi andando na frente em passos rápidos,
enquanto Zack o seguia bem atrás com a mochila nas costas. O dia
estava nublado como sempre.
Charles e Zack entraram no térreo do Mackenzie pela porta dos
fundos e seguiram direto para o elevador no final de um longo
corredor. Nesse caminho eles acabaram encontrando um adolescente
alto, de calça jeans preta, camisa vermelha, cabelos loiros bem
curtinhos e olhos castanhos. Seu nome era Alexander Parker e tinha
dezessete anos.
-Olá Sr. Davis – Disse o adolescente para eles – E aí Zack.
-Bom dia Alexander.
-Voltou mais cedo da escola?
Zack estava prestes a responder, mas seu pai se precipitou:
-Eu fui buscá-lo na escola de novo.
-O que você fez dessa vez?
-Xinguei a professora – O garoto respondeu, sem o menor sinal de
arrependimento.
-Caramba... Você não toma jeito mesmo hein moleque? – Alexander
disse isso em um tom de brincadeira.
-Pelo visto não – Dissera Charles severo – E como está o seu pai?
-Ele está bem. Se recuperando da cirurgia.
O pai de Alexander era o síndico do prédio.
-Mande lembranças pra ele. Faz tempo que não o vejo.
-Pode deixar, eu mando sim.
Charles, Zack e Alexander entraram no elevador ao mesmo tempo,
quando este finalmente chegou ao térreo.
-Aê Zack, quando é o seu aniversário? – Alex perguntou de repente,
enquanto subiam.
-Só em abril, por quê?
-Já sei que presente eu vou te dar.
-O quê?
-Um pente pra você arrumar esse cabelo hahaha. Já viu algum na
vida? Caramba.
-Ah, vai se foder Alex – Respondeu Zack, rindo da brincadeira.
-Olha o palavreado – Disse o médico severamente. Depois disso Zack
e Alexander permaneceram calados.
Charles e Zack moravam no quinto andar, então saíram do elevador
primeiro, deixando Alexander Parker para trás. Antes das portas do
elevador se fecharem, Zack olhou para trás no corredor e viu Alex
batendo a palma da direita na mão esquerda fechada, em um sinal
que queria dizer que o garoto “estava fodido”. Zack apenas abriu um
sorriso e mostrou o dedo médio para o amigo. Seu pai percebeu isso e
comentou:
-Já estou perdendo a paciência com você.
-Foi mal pai – Ele respondeu emburrado.
Pai e filho chegaram juntos a porta de número 51 daquele andar.
Charles tirou as chaves do bolso, destrancou-a e entrou primeiro,
abrindo espaço para o filho passar. O apartamento dos Davis era bem
simples, com dois quartos, uma sala, uma cozinha e um banheiro.
Zack seguiu direto para o seu quarto no fim do corredor.
“Finalmente em casa” ele pensou. Agora estava livre da escola por
dois dias inteiros.
O quarto de Zack era bagunçado, com uma cama de solteiro perto da
janela, um armário na parede, um tapete velho no chão e uma
mesinha de computador ao lado da porta. A primeira coisa que o
garoto fez foi jogar a mochila no chão e chutá-la para bem longe, sem
se importar para onde ela iria parar. Ele tirou os tênis e guardou-os
debaixo da cama. Abriu metade da janela, só para que o quarto não
ficasse completamente escuro.
“É melhor eu já tomar um banho e aproveito pra dar uma aliviada”,
pensou.
Zack caminhou até o banheiro no corredor. Ao fechar a porta, ele
começou a despir suas roupas e ficou apenas de cueca. Aproximou-se
do espelho e deu uma olhada no reflexo por alguns segundos,
admirando a si próprio seminu... Estava com a autoestima em dia.
Logo foi tomado por uma onda de frio e rapidamente tratou de ligar o
chuveiro quente dentro do box.
Por último tirou a cueca e entrou de cabeça debaixo da água quente.
Seus banhos eram geralmente bastante demorados, principalmente
em dias frios como aquele. E raramente ele deixava de se aliviar
debaixo do chuveiro. Zack Davis tinha os hormônios pegando fogo
nessa época, e para ele a masturbação era algo tão essencial quanto
escovar os dentes ou dormir. Precisava fazer todos os dias.
De volta ao quarto, ele colocou roupas limpas que encontrou no
armário, pegou o celular em cima da cama e fez uma ligação.
- Alô? Thomas?
- Zack, aonde você está?
- Em casa já. Meu pai foi me buscar.
- Eu ainda tô na aula de geografia, não posso falar muito. Por sorte o
professor deu uma saída, mas se ele me pega no celular, eu também
vou pra diretoria.
- Relaxa, é só você falar baixinho e disfarçar.
-Como foi? Me conta tudo. Depois que você foi levado pra diretoria, a
sala inteira ficou falando de você.
-Aê? O que eles falaram?
-Muita coisa. Alguns disseram que você era um idiota, outros riram de
você. Eu só fiquei na minha ouvindo.
-Povo fofoqueiro do caralho. Falando bem ou mal, o importante é
falarem de mim.
-Mas me conta vai, o que aconteceu?
-A diretora me deu uma advertência e uma suspensão de dois dias.
Chamaram meu pai e ele foi lá me buscar. Aí voltamos pra casa.
-Levou bronca?
-Lógico. Meu pai falou pra caralho, mas eu nem liguei. Agora eu tenho
dois dias inteiros pra ficar de boa. Saí no lucro.
-Você é doido.
- Só liguei pra te encher o saco mesmo. Quando voltar da escola, vem
direto pra cá. Eu já tô com saudades.
- Que exagero, a gente se viu hoje.
- Tá, mas não demora. Não é só pela saudade. Eu tô com tesão do
caralho. Bati uma no banho, mas foi a mesma coisa que nada.
- Você só pensa nisso...
- Tu sabe como eu sou. Então vem direto pra cá.
- Tá bom, tá bom.
Thomas Mathews era o melhor amigo de Zack desde a infância e
também morava no Edifício Mackenzie. Os dois praticamente
cresceram juntos, e Thomas geralmente passava mais tempo no
apartamento dos Davis do que no seu próprio. Mas além de melhores
amigos, eles também possuíam um relacionamento amoroso...
Zack ficou um bom tempo sozinho no quarto até seu pai chamá-lo
para almoçar. Os dois comeram na cozinha, sem dizer muita coisa.
Charles ainda estava bravo pelo o que aconteceu na escola e Zack não
parava no namorado.
-Que horas você vai voltar pro trabalho? – O garoto perguntou
cortando o silêncio. Estava sentado na mesa da cozinha junto com o
pai.
-Daqui a meia hora estou saindo. Provavelmente vou dormir no
hospital de novo. É pra você ficar em casa entendeu?
-Ok. Eu não pretendo sair.
Terminado o almoço, Charles começou a se preparar para o trabalho,
enquanto Zack ficou na sala assistindo televisão. Seu pai passava a
maior parte do tempo fora de casa por conta da correria no hospital,
então o garoto estava sempre sozinho naquele apartamento junto
com Thomas.
Quase duas horas da tarde, Charles passou pela sala para se despedir
do filho.
-Estou indo. Já deixei uma mensagem para sua mãe, eu e ela vamos
conversar mais tarde. Quero que ela saiba sobre o seu
comportamento.
-Tá bom. Bom trabalho.
O médico saiu carregando um jaleco no braço. Ao ficar sozinho, Zack
Davis abriu um enorme sorriso no rosto. Ele esticou os braços para
cima e repousou os pés na mesinha de centro da sala. Poderia fazer o
que quisesse naquele momento. Pensou em dormir, mas estava sem
sono. Nada na televisão lhe chamou atenção e ele não tinha nenhum
jogo novo de videogame para jogar. Acabou não fazendo nada.
A campainha tocou de repente. Zack pulou do sofá e foi correndo até
a porta da frente. Como já imaginava, lá estava o seu melhor amigo
Thomas Mathews esperando no corredor. Ele tinha a mesma idade de
Zack, possuía cabelos loiros e olhos azuis profundos. Vestia um casaco
azul, um short preto e um par de chinelos.
- Nossa, que frio. Me arrependi de não ter colocado uma calça – Disse
o loirinho quando chegaram na sala.
- Você demorou pô – Zack reclamou – Não falei pra você vir direto?
-Eu vim o mais rápido que eu pude. Hoje ficamos tivemos a última
aula. E no caminho o chato do meu irmão me pediu pra passar no
mercado e comprar umas coisas pra casa. O seu pai já foi trabalhar?
Zack se aproximou de Thomas, o segurou pela cintura e beijou seus
lábios.
-Se ele ainda estivesse aqui, eu não poderia fazer isso – Falou com um
sorriso malicioso.
- Ai – Disse Thomas – Acho que estou com corte na gengiva por causa
do aparelho.
- Aé, eu esqueci que você tá usando aparelho agora.
- Tô achando um saco, atrapalha muito. Até pra beijar.
- E pra fazer outras coisas?
- Eu mal cheguei e você já tá me pedindo pra te chupar?
- Por que não? Hahaha.
Os dois caminharam para o quarto de Zack, no final do corredor. Eles
se sentaram na cama, um de frente pro outro, de pernas cruzadas. Por
um momento trocaram olhares e sorriram.
- Sabia que hoje a gente faz um ano de namoro ? – Thominhas
perguntou.
- Pode crer, é verdade. Não me liguei nisso. Um ano já, que louco.
- Nem parece que meses atrás a gente nem sabia um do outro...
- É verdade.
Até o ano passado, Zack Davis e Thomas Mathews eram apenas
amigos. Thominhas foi quem se apaixonou primeiro, mas até então
ele achava que Zack era heterossexual, por isso tinha muito medo de
revelar seus sentimentos e até mesmo a sua sexualidade. Mas na
verdade, Zack sempre foi bi, só que nunca tivera coragem de contar
isso pra ninguém. Durante anos eles viveram sem saber a verdade um
do outro...
Então Zack começou a se sentir atraído pelo melhor amigo. No
começo tivera bastante conflito com a sua bissexualidade, mas logo
aceitou quem realmente era. Com um tempo uma tensão sexual
começou a crescer entre os dois, que desde pequenos sempre tiveram
bastante intimidade. Era comum se trocarem na frente um do outro e
até mesmo se masturbarem juntos, sempre com o pretexto de que
aquilo “não era gay”.
Mas certa vez, Thomas tinha ido dormir no apartamento 51 e algo
aconteceu de madrugada que mudou a relação deles pra sempre.
Ambos estavam prestes a ir dormir depois de horas jogando
videogame, quando Zack falou:
- Mano... Não sei como você consegue dormir nesse sofá duro quando
vem aqui. Deve ser horrível.
- Ah, eu já até me acostumei, não ligo não.
-Eu ia falar pra gente dormir juntos na minha cama, mas seria
estranho né? Hahaha.
Zack precisava de qualquer pretexto para ter intimidade com Thomas.
Já não aguentava mais essa vontade.
-Tipo... Nós dois juntos? - Thomas respondeu surpreso.
-É pô.
-Por mim de boa... É que eu não imaginava que você fosse pensar em
algo assim.
-Não acharia estranho?
-Nem um pouco.
-Na verdade eu tava só zoando, mas já que você aceitou...
-Então você não quer de verdade?
-Sei lá... Acho que sim.
-Vamos fazer isso então.
-Tá bom.
Os dois estavam tensos, mas seguiram adiante com a ideia. Então
naquela noite, deitaram juntos na cama de solteiro no quarto de Zack.
No início ficaram extremamente envergonhados, mas tudo aconteceu
como tinha que acontecer. O desejo mútuo já existia entre eles, só não
tinham coragem de admitir ainda. Mas Zack deu o primeiro passo e
segurou a mão de Thomas por debaixo da coberta. Seus dedos se
entrelaçaram, eles trocaram olhares no escuro e começaram a
sussurrar:
- Está pensando o mesmo que eu? – Perguntou Zack.
- Acho que sim...
O coração de ambos batia mais rápido. Eles aproximaram os rostos e
se beijaram...
Depois disso, nada mais foi como antes. Passaram a dormir juntos
mais vezes, sempre que era possível. Tudo aconteceu naturalmente
depois daquele primeiro beijo. No início não rotulavam a nova relação
deles, apenas curtiam um ao outro e continuavam melhores amigos.
Logo veio a primeira transa, num dia chuvoso como aquele. E então,
naquele mesmo dia, a exatamente um ano atrás, Zack pediu Thomas
em namoro oficialmente e desde então os dois estão juntos e felizes.
- Eu quero meu presente viu? – Brincou Thominhas.
- Seu presente ta aqui – Zack respondeu apertando o meio das pernas
– Tô zoando. Como foi a escola hoje sem mim?
- Um saco. Não via a hora de acabar e ainda tivemos todas as aulas.
Ah, esqueci de falar. O idiota do Eric Jones ficou falando mal de você
lá na classe, pra variar.
- Aquele puto não tira o meu nome da boca. Vive me provocando, mas
eu não dou corda. Só mando tomar no cu e saio andando.
Eric Jones era o rival de Zack na escola. Os dois nunca se deram bem
e viviam brigando.
- E o teu irmão? – Perguntou Zack.
- Cada dia mais insuportável. Vive implicando com tudo o que eu faço.
Tá foda...
Thomas não tinha uma boa relação com seu irmão mais velho Antony
Mathews. O rapaz era homofóbico e Thominhas tinha muito medo
dele. Não queria que Antony descobrisse sobre eu namoro com Zack...
- Tu acha que ele desconfia da gente? – Perguntou Zack.
- Sei lá. Mas as vezes eu acho que sim, pela maneira como ele olha pra
nós.
- Ele sempre me odiou, não é nada novo. Mas foda-se. Enquanto ele ta
lá todo amargurado, a gente se diverte aqui.
A sintonia entre eles era tão grande, que bastou uma troca de olhares.
-Deita aí – Pediu Thominhas.
Zack se deitou confortavelmente na cama, colocando as mãos atrás da
cabeça e olhando para Thomas com um sorriso malicioso. O loirinho
se ajeitou no colchão e começou a apalpar o pênis de Zack por cima
da calça. Quando o puxou para fora, já estava ereto.
Thomas masturbou-o por alguns segundos e abaixou a cabeça para
chupá-lo. O garoto gemeu baixinho, deslizando seus dedos pelos
cabelos loiros do namorado.
- Que delícia... Caralho Thomas...
Zack fechou os olhos e relaxou completamente. Thomas puxou a calça
e a cueca do namorado até o joelho, e continuou a chupar, dessa vez
com mais velocidade. O membro de Zack era cercado pelos na base, já
que ele odiava se depilar. Foram vários minutos naquela deliciosa
oral...
- Fica de quatro vai – Zack pediu de repente, mudando de posição
rapidamente na cama.
Quando Thomas tirou a bermuda, virou-se e ficou de quatro, Zack
enterrou seus dedos nas laterais da bundinha do loirinho.
- Pisca esse cuzinho pra mim – O garoto pediu, com uma voz sensual
– Isso...
Primeiro ele introduziu o dedo. Depois, aproximou o rosto e o colocou
a língua. Por último direcionou a glande e começou a penetrar
devagar...
Thomas gemeu, mas aguentou tudo no seco. Zack moveu seus quadris
lentamente no início e com o tempo foi aumentando a velocidade e a
profundidade. Ele jogou a cabeça para trás, fechou os olhos e gemeu
baixinho enquanto seu membro entrava e saída de dentro daquele
espaço apertado. Em determinado momento deu alguns tapas nas
nadegas de Thomas, deixando uma marca vermelha em sua pele clara.
Perto do fim acelerou ainda mais os movimentos do quadril, até que
finalmente ejaculou, urrando alto com uma voz grossa e masculina.
Ao se retirar, seu sêmen escorreu de dentro de Thomas.
- Vira aí – Pediu Zack e imediatamente começou a masturbar o amigo
– Pensou que eu ia deixar você sem gozar? Hehehe.
- Hmmm... Zack.
Mantiveram contato visual até o orgasmo de Thomas. Zack ainda
lambeu a glande rosada de Thominhas e sorriu maliciosamente para o
melhor amigo, com os lábios sujos de sêmen. Por fim saiu da cama e
foi para o banheiro se limpar. O loirinho foi atrás dele segundos
depois.
Ao entrar no banheiro, encontrou Zack usando um pedaço de papel
higiênico para limpar os vestígios no membro.
- Tá satisfeito agora? – Thomas perguntou, mesmo sabendo que era
só uma questão de tempo até que o namorado ficasse com vontade
novamente. Seu fogo nunca apagava.
- Lógico. E mais tarde eu vou querer mais, então se prepara.
- Eu sei disso. Mas agora eu quero outra coisa.
Thomas se aproximou de Zack e o abraçou forte. Ambos estavam nus
da cintura para baixo.
- Lá vem você com esse seu chamego. Posso terminar de limpar meu
pau?
- Não.
- Oh meu Deus. Já tô ficando duro de novo.
- Fica quieto por um instante, caramba. Eu te amo.
- Também te amo.
Romantismo não era o ponto forte de Zack, mas ele tinha seus
momentos. Abraçou Thomas de volta e beijou sua testa, repetindo
várias vezes em seu ouvido que o amava.
- Ah, e feliz aniversário pra nós – O loirinho falou.
- Feliz aniversário bebê.
Em seguida eles voltaram para o quarto e passaram o resto da tarde
agarradinhos na cama.
CONTINUA...
Notas do autor:

Agora vocês já sabem um pouco mais sobre Zack Davis e Thomas


Mathews, os dois melhores amigos que acabaram se tornando
namorados. E também conheceram Alexander Parker e sua forte
amizade com Zack. Mas eles não são os únicos moradores do Edifício
Mackenzie que fazem parte dessa história.
Há outros garotos que também merecem destaque, por isso
continuarei relatando fielmente tudo o que eu descobri sobre eles. É
meu dever expor Zack e seus amigos para quem se interessar, então
continuem acompanhando!
A história está apenas começando.
EPISÓDIO 2 de 24

A chuva e o frio se intensificaram no começo da noite e enquanto isso,


Zack Davis e Thomas Mathews continuavam sozinhos no apartamento
51 do Edifício Mackenzie. Zack estava sentado na cadeira giratória em
frente ao seu computador, enquanto Thominhas permanecia deitado
na cama, sonhando acordado. Os dois melhores amigos já estavam em
silêncio há alguns minutos, até que de repente Zack perguntou:
- Sabe quem enviou um pedido de amizade pra mim?
- Quem?
- A Brittany da sala sete acredita?
- Sério, depois de tanto tempo ela lembrou de você?
- Pois é. Não vou aceitar nem fodendo.
- Acho bom.
- Você lembra daquela vez, quando você ainda não sabia que eu era
bissexual e eu não sabia que você gay? A gente chegou a fazer a três
com ela, sem desconfiar um do outro hahaha.
- Na verdade foi você que fez com ela, eu praticamente fiquei olhando.
- Eu lembro pô. Não entendia por que você tava desanimado. Já
deveria ter suspeitava naquela época.
- Pois é. Lembrando agora é até engraçado.
-Se a gente já soubesse naquela vez, nós poderíamos ter interagido
né? Imagina.
-Você só tinha olhos pra ela naquele dia...
-Verdade, mas isso não significa que eu não prestei atenção em você.
Só queria manter minha pose de “hétero”.
-A gente era tão idiota, meu deus.
-Né.
Ano passado, Zack marcou de transar com uma garota da escola
chamada Brittany. Na época ele e Thomas eram apenas amigos, e
escondiam o desejo mútuo que sentiam. Como Thominhas apareceu
no apartamento 51 naquele dia, Zack o convidou para participar do
sexo também.
-Que massa! – O garoto dissera animado na ocasião – É a primeira vez
que nós vamos pegar uma mina juntos hehe.
Brittany chegou as quatro horas no Mackenzie. A porta do quarto foi
trancada com a chave virada duas vezes. Sentados na cama de solteiro
perto da janela ficaram Zack, Thomas e Brittany no meio dos dois. A
garota tinha um longo cabelo castanho, olhos claros, usava uma blusa
branca e um short jeans. Assim que ela chegou no apartamento 51
momentos atrás, Zack a trouxera imediatamente para o quarto. Ele
não queria saber de papo e pediu que começassem logo a transar.
- Thomas está aqui, ele vai participar também - falou o garoto.
Brittany não disse nada, embora Thominhas tenha ficado muito
envergonhado quando ela o analisou da cabeça aos pés. Ele estava
torcendo para que ela o dispensasse, mas isso não aconteceu.
Zack e Brittany começaram a se beijar intensamente, enquanto
Thomas apenas os observava ao lado. Por um momento era como se
os dois fossem os únicos ali e que ele fosse completamente invisível.
Zack colocara as mãos nos seios da garota enquanto a beijava e
Brittany começava a apalpar seu pênis.
Quando eles finalmente terminaram de se tocar, Zack se lembrou da
presença do melhor amigo.
- Beija o Thomas também.
Brittany se virou, encarou Thomas e lhe beijou. O loirinho fechou os
olhos e tentou sentir alguma coisa... Mas nada. A garota o apalpou
também, da mesma forma que fizera com Zack, mas nem isso serviu
para deixá-lo animado. Thomas sentiu muita ansiedade naquele
momento, com medo de que descobrissem a verdade. Felizmente a
impaciência de Zack lhe salvou do pior.
- Me dá uma chupada – Zack pediu de repente.
O garoto abaixou a bermuda junto com a cueca e aproximou o
membro do rosto de Brittany. Ela começou a chupá-lo intensamente,
por um longo período de tempo, enquanto ele mordia os lábios e
jogava a cabeça para trás. Thomas ficou olhando fixamente para o
pênis do melhor amigo, finalmente começando a se excitar...
“Gostaria de estar no lugar dela”, Thomas pensou. Tinha certeza de
que também poderia dar prazer ao melhor amigo daquela maneira.
Talvez até mais do que Brittany...
Thomas tinha descoberto o sexo muito cedo, graças a má influência
de Zack. Mas com o tempo o loirinho percebeu que havia diferenças
entre o que ele gostava e o que o melhor amigo curtia. No começo era
um pouco difícil de entender, mas Thomas estava cada vez mais certo
do que realmente era.
Após vários minutos praticando sexo oral em Zack, Brittany
perguntou ao garoto se ele não queria começar logo a penetração.
-Vou pegar as camisinhas – Zack respondeu – Enquanto isso você faz
alguma coisa com o Thomas.
Zack foi procurar as camisinhas que tinha escondido dentro do seu
armário, enquanto Thomas era obrigado a interagir com Brittany. A
garota lhe pediu para tirar a bermuda e o masturbou por alguns
segundos antes de chupá-lo.
-Achei – Zack dissera por fim – Que susto cara, achei que tinha
perdido. Ou que meu pai tivesse encontrado no meu esconderijo.
-O seu pai não sabe que você já transa? – A garota perguntou.
-Claro que não. Ele nem sonha que eu faço essas coisas. O máximo
que ele deve pensar é que eu já me masturbo, como qualquer
moleque da minha idade. Mas chega de papo, tô doido pra meter.
Brittany se deitou na cama de pernas abertas e Zack já com a
camisinha, se posicionou no meio delas. Apesar de não sentir atração
pelo corpo feminino, Thomas gostava de ver o amigo em ação. Por
isso naquele momento ele ficou bastante excitado assistindo Zack
penetrar Brittany com bastante energia.
“Ele manda tão bem...” Thomas pensou, enquanto se estimulava
assistindo a cena. “A maneira como ele se movimenta, as expressões
faciais, a energia... Porra, como eu queria que ele me usasse desse
jeito. Tudo o que eu mais quero é dar prazer pra ele também...”.
-Quer meter um pouco? – Zack perguntou a Thomas minutos depois.
-Não, tudo bem.
-Tem certeza? Tu não tá fazendo nada.
-Eu tô um pouco cansado hoje. Pode aproveitar.
-Você que sabe.
Brittany se virou e ficou de quatro. Zack voltou a penetrá-la com
ainda mais velocidade.
-Tu quer que a Brittany te chupe enquanto eu tô metendo? – Zack
voltou a perguntar.
-Eu tô de boa, relaxa.
-Tá sem tesão hoje?
-Mais ou menos isso.
-Ok, mas depois não reclama. Tá perdendo a chance de aproveitar.
Zack segurou firme a cintura da garota e começou a penetrar
ferozmente, com uma expressão séria no rosto. A velocidade foi
aumentando cada vez mais, até que o garoto soltou um forte gemido
enquanto ejaculava.
-Caralho... Ah, que gostoso... Gozei muito.
Ele saiu de trás de Brittany, retirou a camisinha e foi jogá-la no lixo
no banheiro.
-Você tem algum problema comigo? – Brittany perguntou para
Thomas.
-Não, claro que não.
-Então por que não quer fazer nada?
-É que hoje eu não estou muito a fim. Não é nada com você. Aliás, eu
não sabia que você viria aqui hoje. Essa ideia de eu participar foi do
Zack...
-Hm... Tendi. Vem cá, posso te fazer uma pergunta?
-Qual?
-Você é gay?
-Não, não sou – Respondeu Thomas gelando. Era isso que ele temia.
- É que você não parece muito interessado... – Brittany falou.
Quando Thomas ia responder, Zack voltou para quarto, ainda nu e
com o pênis já flácido.
-Eaí, do que vocês estão conversando? – Perguntou ele.
-Nada demais – Thomas respondeu, nervoso.
Zack se sentou na cama, suspirou e perguntou:
-E agora?
-Agora eu preciso ir – Brittany dissera se levantando – Acabei de me
lembrar que preciso passar num lugar.
-Ok. Será que rola da gente fazer de novo outro dia? Acho que hoje foi
muito rápido.
-Talvez... Depois a gente conversa.
Brittany terminou de se vestir novamente na frente dos meninos.
Zack apenas colocou um samba-canção e se ofereceu para levar a
garota até a porta.
-Ah, e lembre-se de não contar pra ninguém sobre isso entendeu? –
Ela disse no caminho.
-Não se preocupe, não vou contar. Mas eu quero muito uma segunda
vez hein.
Quando Brittany foi embora, Zack tirou satisfações com o melhor
amigo.
-Tu não quis mesmo fazer nada hein? Ficou parado igual uma estátua
caralho!
-Desculpa, é que hoje eu não tô muito a fim.
-De boa cara. Me desculpe se eu te forcei a fazer algo que você não
queria.
-Tudo bem, a culpa foi minha. Eu deveria ter falado.
-Mas sinceramente, eu não sei o que é isso de “não estar muito a fim”.
Eu sempre tô a fim de transar. Sempre.
Thomas deu risada, mas não disse nada. Não teve coragem de dizer o
que realmente queria naquele momento...
Lembrar disso deixou Thominhas reflexivo na cama. Se tivesse dito
algo naquele dia, talvez já estivesse com Zack muito antes, mas tinha
muito medo de descobrirem a verdade. Felizmente as coisas deram
certo e agora eles estavam juntos e cada vez mais felizes.
- Nossa, eu lembro que depois daquele sexo a três a Brittany não quis
mais olhar na minha cara. Eu fui atrás dela várias vezes e ela foi seca
comigo, fiquei puto – Zack desabafou – E agora ela quer falar comigo
de novo hahaha. Nem pensar.
- É verdade que você prestou atenção em mim naquela vez?
- Claro, eu só tava mais focado na Brittany.
- E se tivesse rolado entre nós ali?
- Teria sido da hora né? Puta que pariu, um dos meus maiores
fetiches é justamente esse, sexo a três, mas pegar a mina e o cara
também.
- Como você acha que ela iria reagir caso a gente tivesse se pegado?
- Provavelmente não iria gostar muito hahaha.
- E se ela quisesse ir embora?
-Problema dela. Ia ficar só nós dois.
-Entendi.
-Brincadeira a parte, na época eu tava amarradão nela... Mas também
já tava começando a ter olhos pra você então... Sei lá.
-Preciso confessar uma coisa.
-Fala aê.
-Naquele dia, depois que eu voltei pra casa... Eu não aguentei e bati
uma pensando em você.
-Sério? Hahaha.
-Te juro. E meu irmão quase me pegou.
-Como foi?
Thomas começou a contar sobre essa ocasião...
Na época, assim que foi embora do apartamento dos Davis,
Thominhas desceu lentamente até o segundo andar, tirou as chaves
do bolso e abriu a porta do 22 onde morava com a família. Para a sua
surpresa ao entrar em casa, ele se viu completamente sozinho.
“Minha mãe e o Antony saíram... Que sorte”, pensou.
Ele atravessou a sala e foi direto para o seu quarto no final do
corredor. Era ali que ele dormia junto com o irmão mais velho há
vários anos. O quarto era pequeno, bagunçado, tinha duas camas
separadas, uma televisão pequena em cima de um móvel e um
guarda-roupa velho.
O loirinho não esperava ficar sozinho em casa naquele horário.
Thomas se jogou na cama e olhou para cima, para o teto, começando
a pensar na vida enquanto comtemplava aquele silêncio. Era tão raro
ele ter aquele tipo de privacidade... Decidiu então que era melhor
aproveitar.
Com os olhos atentos, Thomas se ajeitou na cama e colocou
lentamente a mão direita dentro da bermuda. Começou a se estimular
suavemente, lembrando do que tinha visto lá no quarto de Zack...
Imaginar o melhor amigo nu lhe deixou com um imenso tesão, e ele
rapidamente começou a se masturbar.
Na sua imaginação, ele estava no lugar da Brittany. Era ele que Zack
estava penetrando com tanta vontade e energia. Estava prestes a
chegar ao orgasmo quando ouviu um barulho no corredor e
imediatamente tirou a mão de dentro da bermuda. Pouquíssimos
segundos depois a porta do quarto se abriu e o seu irmão mais velho
Antony surgiu com uma expressão séria no rosto.
-Oi – Disse o rapaz. Ele era mais alto e mais musculoso do que
Thomas. Tinha dezessete anos e um cabelo loiro que chegava à altura
dos ombros.
-E aí. Onde você estava?
-Na rua com uns amigos. Chegou agora?
-Quase agora. Passei a tarde toda lá no apê do Zack.
-Que novidade.
Thomas se levantou da cama e seguiu para a saída do quarto.
-Aonde você vai? – Antony perguntou.
-Tomar banho por quê?
-Não demora que eu vou tomar também.
-Ok.
-O dia todo pra tomar banho e vai justamente agora que é a minha
vez, puta que pariu.
O loirinho foi andando até o banheiro e trancou a porta. Precisava
terminar o que tinha começado antes de Antony chegar. Thominhas
aproximou-se da pia e olhou para o próprio reflexo no espelho.
Depois caminhou até o vaso sanitário, abaixou a bermuda, a cueca e
voltou a se masturbar enquanto acariciava os mamilos rosados com
os dedos. Estava pensando em Zack e apenas em Zack...
O jato de sêmen caiu dentro do vaso e em seguida Thomas apertou o
botão da descarga. Agora sim iria começar o seu banho, sabendo que
deveria ser o mais rápido possível, para que seu irmão chato não
batesse na porta reclamando.
-Porra Thomas, por que você escondeu isso de mim por tanto tempo?
– Zack perguntou, quando terminou de ouvir a história – Se tivesse
me pedido eu já teria realizado a sua fantasia há muito tempo.
-Já falei mil vezes, eu achava que você era hétero...
-Eu sei, eu sei. Mas mesmo se eu fosse, tu acha que eu iria achar
ruim? Claro que não pô. Eu te daria o maior apoio. Não iria de
descriminar nem nada, alguma vez você já me viu fazendo isso?
-É verdade.
-Se tivesse dito antes me poupava de inventar aquela desculpa
ridículo do sofá hahaha. Eu só queria dar um jeito de você dormir
comigo.
-Zack.
-Que foi?
-Eu te amo tanto.
-Ah, pronto começou. E não me olha com essa carinha de anjo não,
você sabe que eu não resisto.
Passados alguns minutos, Zack se espreguiçou e bocejou com força.
-Sei lá o que faço agora... – Disse ele colocando as mãos atrás da
cabeça. Havia alguns pelinhos crescendo na sua axila.
-Vamos continuar conversando.
-Beleza, fala aí o que tu quiser, puxa assunto. Sinceramente, se você
não estivesse aqui eu estaria dormindo. Que sono da porra.
-O que tu pretende fazer nesses dias de suspensão?
-Ah, tinha até me esquecido disso. Vai ser mó tédio, nem sei ainda.
Mas é melhor do que ir pro colégio.
-Eu vou ficar com você. Depois que chegar da escola é claro.
-Por favor né, senão eu morro de tédio.
-Vai ser chato pra mim lá na escola também sem você.
-Bola aula então.
-Bem que eu queria mas não tenho coragem. E se meus pais
descobrissem iriam me matar. Meu irmão então...
-Então assim que você sair da escola, vem direto pra cá.
-Tá bom.
-Será que vão sentir minha falta lá?
-Ah, com certeza vão. Muita gente eu diria.
-Você acha?
-Sim. Muita gente gosta de você naquela escola Zack. Eu sou ótimo em
reparar nessas coisas. Tenho certeza que você é o crush de muitas
pessoas por lá.
-Oxe, que papo é esse? O quê as pessoas veriam em mim?
-Bom... Na minha opinião, eu acho que você desperta o interesse de
algumas pessoas por causa do seu jeito de bad boy.
-Como assim?
-É que você tem uma cara de marrento, personalidade forte, se veste
meio desleixado como se não ligasse pra nada, responde os
professores e tal... O que eu quero dizer é que você tem essa má
reputação. E autoconfiança. Eu acho que isso atraí muita gente.
-Hm... Entendi. Nunca tinha pensado por esse lado – Zack cruzou os
braços e ficou refletindo – O Alexander também poderia ser
considerado um bad boy?
“Sempre lembrando do Alex... É impressionante como ele o admira”
pensou Thomas.
-Não, acho que não. O Alexander é diferente. Ele é o famoso cara
bonito e popular – Thominhas respondeu – Por que você se compara
tanto com o Alex?
-Eu não me comparo com ele. Eu só... Acho ele legal. Eu também
queria ser popular.
-Ah, você é um pouco. Na escola muita gente te conhece. E todo
mundo ficou falando sobre você depois que te levaram pra direção.
-É mesmo?
-Sim. Inclusive o Leon veio me perguntar sobre você na saída.
-O que ele perguntou?
-“É verdade que o Zack foi levado pra diretoria?”. Ou seja, o que você
fez chegou até a sala dele. Você é popular sim. Mas posso te dizer
uma coisa sincera?
-Claro.
-Eu não acho que isso seja importante.
-Isso é você que está me dizendo. Eu não acho que eu seja popular -
Zack colocou as mãos na cabeça e jogou o corpo para trás, se
esticando – Quero transar de novo agora.
-Você só pensa em sexo...
-Não consigo evitar. Eu adoro. Talvez a minha vida seja muito vazia e
eu tente preencher esse vazio com sexo – Em seguida Zack deu risada
– Tô brincando. Mas se liga, eu queria te agradecer por estar aqui.
Não literalmente aqui no meu quarto, mas por ser meu melhor amigo
e namorado. Sem você eu me sentiria muito sozinho. Valeu mesmo.
O loirinho sorriu ao ouvir aquelas palavras e respondeu:
-Somos melhores amigos desde a infância né... É claro que estou com
você.
-Agora chega de sentimentalismo. Bora lá pra sala jogar videogame?
-Vamos.
-Quem perder vai ser passivo na próxima vez!
-Ou seja, mesmo que perca o jogo, ainda assim vai sair ganhando.
-Exatamente hahaha.
Os dois correram para a sala e ficaram horas jogando videogame, o
passatempo favorito deles desde quando eram crianças. Era só mais
um dia comum na vida de Zack Davis e Thomas Mathews...
CONTINUA...
EPISÓDIO 3 de 24

O primeiro dia de suspensão de Zack não começou da maneira como


ele gostaria. Era muito cedo pela manhã quando Charles invadiu o
quarto do filho, abriu a janela e o acordou sem a menor delicadeza. O
garoto estava dormindo profundamente debaixo do edredom quando
o pai chamou seu nome e o chacoalhou pelo braço. A primeira reação
de Zack foi resmungar, e só depois abrir os olhos.
-Que horas são? – Perguntou sonolento.
-Sete e meia. Levanta-se.
-Tá cedo demais...
-E daí? Só porque você está suspenso da escola, não quer dizer que
pode dormir até mais tarde. Se não seria muita moleza. Vamos,
levanta daí vai. Não me faça voltar aqui.
Zack sentiu muita raiva do pai, mas não disse nada. Ele sentou-se
encostado na cabeceira, bocejou e ficou parado olhando para o vazio
por vários minutos. Na noite passada tinha ido dormir bem tarde,
achando que poderia dormir o quanto quisesse por causa da
suspensão. E para evitar que Charles retornasse ao quarto e lhe
enchesse a paciência, Zack achou melhor se levantar de uma vez,
embora sua vontade fosse ficar na cama e dormir até meio dia.
Alguns minutos depois Zack foi para a cozinha tomar café com o pai.
Ele puxou a cadeira e sentou na pequena mesa de madeira perto da
porta. Charles estava terminando de fritar alguns ovos.
-Vai querer comer ovo? – Perguntou o homem.
-Só um, valeu. Você não vai trabalhar no turno da manhã hoje?
-Não. Vou começar a tarde, lá pelas três.
Zack esperava que o pai fosse para o trabalho dali a pouco tempo,
assim ele poderia voltar para a cama. Mas infelizmente Charles iria
passar a manhã inteira em casa.
Pai e filho tomaram café da manhã sem falar muito um com o outro.
Charles colocara uma papelada em cima da mesa e estava analisando-
a com a mão esquerda enquanto segurava uma xicara de café com a
direita.
-Do que são esses papeis? – Zack perguntou cortando o silêncio.
-Relatórios, exames.
-Hmm... Você falou com a minha mãe?
-Sim, ontem à noite. Demorou muito para eu conseguir falar com ela.
Se pelo menos ela atendesse as minhas ligações...
-E aí? O que ela disse?
-Ela vai ligar hoje para falar com você.
-Só isso?
-Como “só isso”? Eu contei pra ela o que você fez. Essa não é a
primeira vez que isso acontece, mas espero que seja a última.
-Ela disse que horas vai ligar?
-Não. Mas disse que seria hoje sem falta.
Após o café, Zack foi para a sala. Ele sentou-se no sofá, ligou a
televisão e ficou procurando algo para assistir, enquanto Charles
continuava a analisar aqueles relatórios. A vontade de dormir não
passava e Zack chegou a fechar os olhos por alguns segundos, quase
caindo no sono ali mesmo no sofá. Mas logo que percebeu sua cabeça
caindo para frente, o garoto tratou logo de se recompor.
Para a felicidade de Zack, as coisas mudaram uma hora depois.
Charles voltou do quarto com o celular na mão e uma expressão séria
no rosto.
-O que foi? – Perguntou o garoto, ainda sentado no sofá.
-Mudança de planos. Me ligaram do hospital, precisam que eu vá para
lá imediatamente.
Os horários de Charles no trabalho eram muito inconsistentes, então
Zack já estava acostumado a esse tipo de coisa. O homem tomou um
rápido banho, trocou de roupa, colocou os papeis que estava mexendo
dentro uma pasta, pegou seu jaleco branco no quarto e saiu
apressado. A última coisa que falou para o filho foi:
-Não saia de casa. Fique aqui, para o caso de sua mãe ligar. Lembre-se
de que está suspenso e também de castigo.
-Ok. Bom trabalho.
-A noite eu trago alguma coisa pra gente comer. Até.
-Tchau pai.
Zack ouviu o som da porta se fechando e sorriu. Agora finalmente
estava sozinho, sem aula e livre para fazer o que quisesse.
Estranhamente aquela vontade enorme de dormir havia passado e ele
se sentiu extremamente energético. Só faltava decidir o que faria para
ocupar o tempo.
“Agora sim. É desse jeito que eu imaginava a minha suspensão...”.
Perto das nove e quarenta da manhã, Zack estava deitado no sofá
quando se lembrou que naquele horário, Thomas Mathews
provavelmente estava no intervalo da escola. Então decidiu pegar o
celular no quarto e ligar para o melhor amigo. Após algumas
chamadas, a ligação caiu na caixa postal. Mas em menos de um
minuto depois Thominhas retornou.
-Eaí Thomas – Disse o garoto com o celular no ouvido.
-Você ligou pra mim?
-Sim, onde você está?
-Aqui no pátio da escola. Está na hora do intervalo.
-Sim eu sei, por isso liguei.
-Aconteceu alguma coisa?
-Não, nada. Eu estou aqui em casa sozinho, meu pai foi trabalhar.
-Eu jurava que você estaria dormindo agora...
-Meu pai me acordou cedo.
-E o que você ficou fazendo até agora?
-Assisti um pouco de televisão, joguei videogame. Já bati punheta três
vezes e tô quase indo pra quarta.
-Nossa... Isso que é suspensão. Enquanto isso eu tô aqui, louco para ir
embora. A escola não tem a menor graça sem você.
-Vem direto pra cá quando sair tá? Vou te esperar.
-Beleza.
-Tá sozinho aí?
-Eu vim para um canto do pátio ligar pra você. Mas antes eu estava
andando com o grupinho do Leon.
-Hm... Tendi. Bom, eu só liguei pra te encher o saco mesmo. Daqui a
pouco tu vai voltar pra sala né?
-Infelizmente.
-Então até mais tarde...
Zack desligou o celular e colocou as mãos atrás da cabeça. Estava
estirado no sofá, olhando para o teto, aproveitando o silêncio e a
solidão daquele apartamento. Usava uma camisa cinza bem antiga e
uma calça de pijama escura. De repente foi tomado por memórias
sexuais, não só com seu namorado Thomas, mas com várias pessoas
que já tinha ficado até então... E logo estava se masturbando pela
quarta vez naquela manhã.
O garoto estava jogando videogame, perto das onze horas, quando o
telefone fixo tocou. Zack saiu do sofá e foi atendê-lo em cima do
raque, imaginando que fosse sua mãe, mas na verdade era Charles.
-Acabei de lembrar que não deixei nada para você almoçar – Disse a
voz do homem no outro lado da linha.
-Suave pai, eu me viro com o que tem aqui.
-Não quer ir no mercado comprar alguma coisa?
-Relaxa, eu faço alguma coisa pra comer quando estiver com fome.
-A sua mãe já ligou?
-Ainda não.
-Está certo. Mas se mudar de ideia, pega o dinheiro que eu deixei na
primeira gaveta do meu guarda-roupa e vá ao mercado.
-Pode deixar. Tchau.
De volta para o sofá, Zack tinha acabado de pegar o controle do
videogame quando o seu celular tocou debaixo da almofada.
-Alô? Thomas?
-Eaí, tá fazendo o quê agora?
-Jogando videogame... Você não está na aula?
-A professora de História faltou, estamos com a aula vaga. Eu vim
para o banheiro e decidi ligar pra você de novo. Só não posso
demorar muito.
-Eu gostei que você ligou, assim não fico com tanto tédio. Eu achava
que seria legal faltar na escola, mas é chato ficar sozinho.
-É muito melhor ficar em casa sem fazer nada do que ter aula dupla
de matemática. Não reclama.
-É verdade haha.
-Eaí... Bateu a quarta vez?
-Aham.
-Você deve ter algum problema, não possível... Isso não é normal.
-Pra mim é hehe. E ainda tenho tesão pra mais tarde.
-Bom saber. Ah, já estava me esquecendo.
-Que foi?
-Avisaram agora a pouco que amanhã não vai ter aula!
-O quê? Sério?
-Sim. Parece que vai ter uma grave de motoristas de ônibus e eles
decidiram cancelar as aulas. Algo assim.
-Caralho, eu não acredito nisso. Não vai ter aula justamente no dia
que eu tô suspenso! Ou seja, mesmo que eu não tivesse levado a
porra da suspensão, eu não iria pra escola de qualquer jeito. Que
ódio.
-Mas olha pelo lado bom, hoje eu vou poder dormir aí na sua casa.
-É verdade.
-Eu tenho que ir agora, até mais tarde.
Quando desligou o celular, Zack decidiu não se deixar abater pelo
tédio e pela notícia que recebera do amigo. Adorava ficar sozinho e
sabia muito bem aproveitar a si mesmo. Ele tomou um banho rápido
e vestiu apenas um calção preto sem cueca para ficar mais
confortável. A manhã estava enrolada e não fazia tanto frio como no
dia anterior.
Mexendo nas suas coisas no armário do quarto, o garoto encontrou
um antigo boné preto que não via há muito tempo. Decidiu colocá-lo
na mesma hora, virando a aba para trás. Quando a fome bateu, ele foi
até a cozinha e despejou alguns biscoitos num prato, pegou uma
latinha de refri na geladeira e seguiu para a sala.
Zack sentou-se no chão abaixo do sofá, cruzou as pernas e deixou o
lanche do seu lado. Pegou o controle do videogame e continuou o jogo
de onde parou.
Enquanto isso lá na escola, Thomas Mathews estava tendo aula de
educação física. Mas diferente do que a aula sugeria, o loirinho não
estava fazendo nenhum tipo de exercício físico. Ele se sentou em um
canto perto da quadra poliesportiva e ficou sozinho por um bom
tempo, abraçado aos próprios joelhos.
Estava tão distraído com seus pensamentos, que nem percebeu
quando um garoto se aproximou dele.
-Eaí Thomas.
Como se tivesse saído de um transe, Thomas levantou os olhos e
sorriu para o adolescente que estava na sua frente. Seu nome era
Leonard Spence, tinha dezesseis anos e era amigo de Thomas e Zack
há algum tempo.
-Oi Leon. O que faz aqui?
-Minha sala está tendo educação física também. Eu te vi aqui sozinho
e vim falar com você. Aconteceu alguma coisa?
-Não, eu só estava sonhando acordado mesmo.
Leon tinha uma pele pálida e cabelos negros, com uma franja que
quase cobria seus olhos escuros. Apesar de ser um pouco mais velho
do que os garotos, Leonard sempre se deu muito bem com eles. Era
comum se encontrarem durante o intervalo, ou depois das aulas.
Zack, Thomas e Leon tinham uma paixão em comum: videogame.
-E o Zack? – Leon perguntou se sentando ao lado de Thomas.
-Tá lá na casa dele, suspenso. Só vem pra escola segunda-feira.
-Aposto que está curtindo bastante. Sortudo.
-Com certeza. Você já foi suspenso alguma vez?
-Não, nunca. Só levei uma advertência há muito tempo atrás.
-Hm...
-Você fica triste quando o Zack não está aqui né?
-O quê?
-Ontem e hoje você parece muito pra baixo. Eu imaginei que fosse por
quê o Zack está suspenso. Vocês dois sempre foram muito grudados,
todo mundo sabe.
-Ele é meu melhor amigo. É claro que sinto um pouco a falta dele, mas
não estou pra baixo. Só estou reflexivo.
Poucas pessoas sabiam sobre o relacionamento de Zack e Thomas. A
grande maioria achava que eles eram apenas amigos.
-Entendi. E o seu irmão como está?
-Chato como sempre. E pegando no meu pé. Mas por que você quer
saber do Antony?
-Só perguntei por perguntar. Eu nem conheço ele direito, só nos
falamos uma vez. Sei que ele é seu irmão mais velho mas... Ele me
pareceu muito arrogante.
-Eu não ligo que diga isso. Ele é mesmo. Não sei como as pessoas
conseguem gostar dele.
Leonard se levantou e se despediu de Thomas.
-Preciso ir, estão me chamando. Até outro dia. E fala pro Zack que eu
já zerei o jogo que ele me emprestou.
-Beleza. Até mais.
Mais tarde Thomas saiu do colégio e voltou andando para casa ao
lado do irmão mais velho Antony. O rapaz de dezessete anos era mais
alto do que ele, tinha muito mais músculos e outro jeito de se vestir.
Antony usava calça jeans azul, um tênis esportivo e uma camisa larga
com estampa de leão. Nos ombros carregava uma mochila velha, cheia
de zíperes e de botons variados. Seu cabelo loiro igual ao do irmão
caçula estava cada vez maior.
Após alguns minutos de caminhada, os Mathews enfim chegaram ao
Edifício Mackenzie. Eles entraram pelo portão da frente e seguiram
reto até o térreo do prédio, completamente vazio naquele horário.
Como moravam no segundo andar, raramente pegavam o elevador,
preferindo subir as escadas até sua casa.
-Estou indo lá no apartamento do Zack – Thomas falou quando eles
alcançaram o segundo piso.
-De novo? Porra, qualquer dia desses o Charles vai te expulsar de lá.
Você não deveria passar tanto tempo assim na casa dos outros.
-Mas eu sempre frequentei a casa deles. Não tem problema nenhum.
-Tá, tá, vai lá. Mas vê se volta cedo hoje. Lembre-se que a sua casa é
aqui.
Thomas ficou irritado com o irmão, mas não disse nada. Apenas
continuou subindo as escadas até chegar ao quinto andar. O loirinho
caminhou até a porta de número 51 e tocou a campainha.
-Demorou hein – Zack falou após abrir a porta – Entra aí, eu já tô
sozinho.
-Eu não vim rápido dessa vez. Voltei da escola junto com o Antony, e
ele é muito devagar. Como você está?
-Estou ótimo. Só curtindo a suspensão.
Os dois foram para o quarto. Thomas largou a mochila num canto e se
sentou na cama ao lado de Zack. Durante algum tempo, ficaram ali
conversando. Thomas contou para o namorado sobre as coisas que
aconteceram no colégio.
-O Leon já zerou aquele jogo que você emprestou pra ele.
-Porra, já? Você falou com ele quando?
-Na aula de educação física de hoje. Tu acha que ele mentiu?
-Não, acho que não. O Leon é um viciado mesmo. Aposto que ficou
jogando todos os dias sem parar.
-É incrível como ele joga bem.
-Verdade. Bem melhor do que eu.
Naquela noite, Charles avisou aos meninos que iria ficar de plantão no
hospital durante a madrugada, então eles ficariam sozinhos no
apartamento até de manhã. Então como de costume, Zack e Thomas
decidiram dormir juntos no quarto...
Já era bem tarde quando eles terminaram de jogar videogame e foram
se deitar. Ambos ficaram apenas de cueca e deitaram lado a lado na
cama de solteiro de Zack. Ainda passaram alguns minutos batendo
papo, até finalmente decidirem dormir.
-Boa noite.
-Boa noite.
O silêncio tomou conta do ambiente por um tempo. As únicas coisas
que eles podiam ouvir era o som de um carro passando pela rua lá
embaixo e o do ar-condicionado ligado. Zack logo adormeceu, mas
não dormiu por muito tempo. Alguns minutos depois ele despertou e
não conseguiu cair no sono novamente. O garoto virou-se de um lado
para o outro, sem conseguir dormir. Frustrado, ele se levantou e foi
até a cozinha beber um copo d’água.
Quando retornou para o seu quarto, realmente decidido a pegar no
sono, Zack se deparou com uma cena bastante interessante. Thomas
continuava adormecido na cama, mas agora com as pernas abertas, de
modo que sua cueca ficasse visível mesmo no escuro. O cobertor que
usavam anteriormente para se cobrir estava debaixo dele, deixando o
loirinho sem proteção alguma contra o frio do ar-condicionado.
Por um momento Zack ficou parado observando a cena. A cueca de
Thomas apresentava um certo volume, algo que o garoto não pôde
deixar de notar.
“Agora que eu não vou conseguir dormir mesmo”, pensou.
Ele se sentou na beira da cama bem ao lado do melhor amigo e agora
podia ver o volume dele de perto. Zack esticou a mão esquerda e
depois a direita. Com a esquerda agarrou a parte de cima da cueca de
Thomas e puxou o tecido para baixo. Acabou revelando a silhueta de
um pênis ereto, não muito grande, cercado por alguns pelinhos claros.
Com a direita ele começou a acariciar aquele membro, morrendo de
excitação.
Thomas sempre tivera um sono pesado. Ele permaneceu imóvel
enquanto Zack o tocava, respirando suavemente e começando a
sonhar. Não satisfeito apenas em sentir o membro do melhor amigo,
Zack decidiu aproximar o rosto também. Seus lábios tocaram o pênis
do loirinho e ele começou a chupá-lo devagar.
-Zack... – Sussurrou Thomas. Ele abriu os olhos e sorriu – Por que não
me acordou? Não sabia que você estava com vontade, geralmente
você me fala.
-Eu não tava conseguindo dormir. Fui beber água e quando voltei, vi
você assim na cama. Não deu pra resistir, ta gostando?
-Claro, pode continuar.
-Beleza hehe.
O garoto continuou chupando por um longo tempo, ouvindo gemidos
baixos de Thominhas. Algum tempo depois sentiu a ejaculação dentro
da própria boca, engolindo tudo e limpando os lábios com as costas
da mão.
-Vou até dormir melhor depois dessa – Thomas falou, relaxado e feliz.
-Que bom.
Zack se deitou na cama, cansado e com sono novamente. E não
demorou muito para cair no sono.

CONTINUA...
EPISÓDIO 4 de 24

Nos fundos do Edifício Mackenzie havia uma pequena quadra


poliesportiva. Era sábado e por volta das dezoito horas, Zack Davis e
Thomas Mathews estavam jogando basquete com alguns meninos do
prédio e outros visitantes. Um dos hobbies favoritos de Zack era
praticar esportes, mesmo ele tendo pavio curto e sempre se irritando
quando perdia. Felizmente o seu time venceu naquela tarde.

– Tô muito cansado – Reclamou Thomas, suando, quando a partida


acabou.

– Eu também, nossa. Mas pelo menos a gente ganhou.

- Você sabe que eu só jogo basquete por sua causa né? Prefiro mil
vezes futebol.

- Ué, eu não te obrigo a nada. Você joga por que quer.

- Na próxima vou ficar só assistindo. Hoje eu joguei por que vocês


estavam em número ímpar, então precisavam de mais um no time.

- Thomas, eu já falei que você não é obrigado a fazer as coisas só por


causa de mim. Se não quiser jogar, não joga pô. Além do mais, eu sou
tão bom no basquete, que valho por dois haha.

-Você se acha.

-Vem, vamos voltar pra casa vai – Sugeriu Zack.

Os dois se despediram do resto dos amigos, saíram da quadra e


subiram direto para o aparamento 51. Quando entraram, perceberam
que tudo estava limpo e organizado graças a diarista que Charles
contratou.

– Nossa, o chão tá brilhando – Comentou Thominhas – Nunca vi o seu


apartamento tão arrumado. A moça deixou tudo nos trinques.

– As únicas coisas sujas aqui agora somos eu e você. E parece que


meu pai saiu de novo.
Zack foi para a cozinha pegar uma garrafa de água na geladeira,
quando encontrou um bilhete deixado por Charles. A letra do médico
era um pouco difícil de entender. O bilhete dizia que ele havia saído
para um caso de emergência e que não tinha horário pra voltar.
Mencionava também que havia dinheiro em cima da geladeira para
pedirem uma pizza.
Mais tarde, já de banho tomado, Thomas estava sentado na cama do
quarto de Zack, enquanto o melhor amigo usava o computador na
mesinha perto da porta. Ele estava dando uma olhada no seu perfil
em uma rede social.
-Gostei da sua nova foto de perfil – Thominhas elogiou timidamente –
Tinha esquecido de comentar.
-Obrigado. Eu precisava mudar, já estava com a outra há muito
tempo.
No lado esquerdo da tela do computador, uma pequena foto dentro
de um quadrado exibia Zack Davis com um olhar sério. Ele tinha se
auto fotografado bem ao lado da janela, com metade do rosto coberto
por sombras. O garoto tinha ficado muito orgulhoso com o resultado
daquela imagem.
-A anterior era bonita também, bem marcante – Disse o loirinho.
-Eu tava com cara de criança nela. Acho que tirei aquela porra com
doze ou treze anos, sei lá. Só não mudei antes por que eu tenho
preguiça de tirar foto.
Navegando pelo site, Zack foi parar na página do perfil de Alexander
Parker. O rapaz não só era extremamente fotogênico, como também
muito popular na internet. Todas as suas fotos e textos recebiam
diversas curtidas e comentários. Zack frequentemente dava uma
olhada nas fotos de Alex, principalmente as sem camisa...
Alexander tinha seus dezessete anos completos e era provavelmente
o garoto mais popular do bairro. Seu pai por sinal era o síndico do
Mackenzie.
-Lá vai você stalkear o Alex de novo – Thomas comentou, em tom de
brincadeira.
-As fotos dele são top. Não me canso de ver. Queria ser bonito assim.
-Nisso eu tenho que concordar.
-Tô com saudades daquele puto.
-Nossa, eu também. Tu lembra quando ele ficava falando aquelas
mentiras idiotas?
-Quais?
-Aquelas besteiras que ele falava pra gente antigamente. Tipo quando
ele disse que o pinto dele tinha 25 centímetros.
-Ah, lembro sim. Nossa mano, e eu achava que era verdade. O que ele
tinha na cabeça para falar essas coisas? Hahaha. Na real, o pau dele tá
longe de ter vinte e cinco centímetros. Apesar de ser maior do que os
nossos, infelizmente.
-Ou felizmente.
-Você adora dar pra ele né?
-Claro, não vou negar.
-Delícia hehe. Aliás, o que será que ele está fazendo agora?
-Não sei, por quê?
-Faz tempo que a gente não bate um papo com ele. O que acha de nós
irmos atrás dele?
-Mas onde ele está?
-Não sei, mas vou descobrir.
Zack fechou a página da web no PC, pegou o celular e ligou para
Alexander. O rapaz rapidamente atendeu a ligação.
-Fala Zack – Alexander falou do outro lado da linha – O que diz?
-Aonde você está? Tá ocupado agora?
-Eu tô voltando da casa de um amigo, por quê?
-Eu e o Thomas queríamos conversar com você.
-Agora?
-Sim.
-Eu já tô chegando no Mackenzie. Se vocês descerem agora nós
podemos conversar um pouco aqui na calçada, o que acha?
-Perfeito. Nós já estamos indo, espera a gente.
-Beleza.
O garoto largou o celular sorridente, olhou para Thomas e falou:
-Vamos encontrar o Alex lá embaixo, ele tá voltando da casa de um
amigo.
Os garotos saíram do apartamento 51, pegaram o elevador e
desceram até o térreo. Em seguida caminharam para fora do Edifício
Mackenzie, parando na calçada logo em frente ao prédio. A noite
estava um pouco fria e estrelada, e eles eram os únicos por ali
naquele momento.
-Cadê ele? – Perguntou Thominhas.
-Já deve estar chegando.
Não demorou muito e Alex se juntou a eles. O rapaz estava de camisa
vermelha e calça jeans, com seu típico sorriso simpático no rosto e
com as mãos dentro dos bolsos de forma estilosa. Alexander Parker
era tudo o que Zack já quis ser um dia...
-Boa noite – Ele disse quando parou ao lado deles – Como vocês
estão?
-Tranquilo – Zack respondeu – E você?
-Tô de boa. Um pouco cansado. Acho que hoje eu vou ficar em casa
mesmo, ver um filme, sei lá. Vocês querem falar comigo sobre alguma
coisa?
-Nada em específico. É só que já faz um tempo que a gente não
conversa – Zack respondeu.
-É mesmo, pode crer.
Os três sentaram-se na calçada, Alex no meio com Zack na esquerda e
Thominhas na direita. Antigamente quando eles eram menores, era
comum acontecer momentos como esse. Alexander era muito mais
maduro do que Zack e Thomas e estava sempre ensinando aos
meninos coisas que não deveria. O trio se divertia demais,
principalmente nas férias escolares.
Mas com a chegada da adolescência, as coisas mudaram um pouco. Os
três ainda continuavam amigos, embora não se encontrassem com
tanta frequência. Alex tinha sua própria turma, e uma vida social
muito mais ativa.
-Então você ficou dois dias suspenso – Alex comentou – Só em casa de
boa né? Que moleza. Quando eu fui suspenso ano passado, meu pai
me obrigou a ajudá-lo com um monte de coisas. E também tive que
ficar estudando, mesmo não indo pra aula.
-Você foi suspenso por quê? – Perguntou Thomas.
-Porque eu briguei com um moleque da minha classe. A história é
meio longa, mas pra resumir, eu queria defender uma amiga.
-Hmm... E você se machucou nessa briga?
-Não. Mas o garoto que eu bati sim – Alex deu uma rápida olhada no
celular e voltou a guardá-lo no bolso – Hoje eu vi o seu irmão
Thomas. Lá no shopping do centro.
-Por favor, não me fala do Antony.
-Por que não?
-Eu não aguento mais ele. Vocês não fazem ideia de como ele é chato.
A melhor coisa é quando ele sai e demora pra voltar.
-Ele é tão ruim assim?
-Parece que a cada ano que passa ele piora. Vocês dois tem sorte de
não ter irmãos – Thomas suspirou e olhou para baixo – Seria ótimo se
o Antony saísse de casa ano que vem. Fosse morar sozinho, ou em
alguma república.
-Ele está no último ano da escola né?
-Sim.
-Eu nem sei o que vou fazer ano que vem. Seria legal morar sozinho –
Alexander dissera, olhando para o céu – Mas sobre o Antony... Eu
acho que ele tá precisando namorar. Pra relaxar sabe. Aliviar o tesão
acumulado.
Thomas deu risada.
-Se alguma mulher quiser ele, coitada dela.
-Eu tenho vários amigos que mudaram completamente quando
começaram a namorar.
-Então tomara que ele arranje alguém logo.
O tempo foi passando e os meninos continuaram ali com Alexander
por um longo tempo. O trio conversou sobre diversos assuntos, desde
esportes até teorias da conspiração. Mas Zack e Thomas gostavam
mesmo era de saber sobre as intimidades de Alex e não tinham
pudores para perguntar sobre a vida sexual do rapaz.
-Acho que ainda não contei pra vocês sobre a festinha do pijama que
rolou ano passado... – Lembrou Alexander.
-Que festa do pijama?
-Bom, já que a menina não mora mais aqui, eu posso falar – Disse o
loiro.
-Tá falando da Ramy? – Questionou Thomas.
-Sim, ela mesma. Ano passado, quando a Ramy ainda morava no
prédio, ela fez uma festa do pijama com algumas amigas e me
convidou.
-Fala sério. Por quê ninguém me convida pra essas coisas? –
Perguntou Zack irritado – Mas fala aí, o que rolou?
-Eu e o irmão da Ramy éramos os únicos homens da festa. O resto era
umas cinco garotas eu acho. Aí quando ficou bem tarde, nós
brincamos de verdade ou desafio. Como tava todo mundo bêbado, foi
bem liberal.
-Como foi? – Perguntou Thominhas curioso.
-No começo os desafios eram normais. Só que depois rolou muita
putaria. Muita mesmo. Foi uma noite surreal.
-Mas o que vocês fizeram? Dá detalhes pô.
-Beijei a Ramy e todas as amigas dela. Rolou a maior pegação. Duas
delas eram bi e se pegaram também. Essas meio que ignoraram a
gente e foram curtir em outro canto. Eu transei com a Ramy no
quarto dela.
-Que inveja – Disse Zack, realmente incomodado.
-O irmão dela não achou ruim? – Perguntou Thomas.
-Eu transei com o irmão dela também depois haha. Ele jurava que era
hétero, mas disse que “sentia algo diferente por mim”. O mesmo papo
furado de sempre. Mas a irmã dele não sabe disso, por que estava
dormindo na hora. E ele me pediu pra guardar segredo dela. Enfim,
foi uma noite louca.
De repente Alexander puxou o celular do bolso da calça e disse:
– Querem ver uma coisa ?
Ele então mostrou aos meninos um vídeo amador de um casal
adolescente transando numa cama de solteiro. Tinha por volta de dez
minutos e era bastante obsceno, com direito a sexo oral, anal, closes
nas genitálias e muitos gemidos, a ponto de Alex ter que abaixar o
volume do aparelho.
– São amigos meus, eles adoram se exibir assim. Sentem tesão em
gravar quando fazem sexo.
O vídeo havia deixado o trio bastante excitado. Principalmente
Alexander, que já estava com tesão há algum tempo. Passados alguns
minutos, o rapaz falou:
– Eu preciso ir ao banheiro. Acho que vou usar o dos funcionários
aqui no térreo mesmo. Esperem aqui, eu já volto.
Ele se levantou e entrou no Mackenzie. Não deu nem um minuto e
Thomas disse que também precisava ir ao banheiro.
– Caralho, vão me deixar aqui sozinho? – Resmungou Zack.
– Ué, vem também então.
– Pra quê ? Pra ficar lá parado enquanto vocês mijam? Vou esperar
aqui, só não demora.
O loirinho se levantou e atravessou o portão da frente. Nos fundos do
andar térreo havia um banheiro para funcionários, que raramente era
usado. Thomas ficou parado em frente a porta, esperando a sua vez,
mas logo achou estranha a demora de Alexander e então decidiu
bater na porta e chamar o amigo.
– Alex ? Ta aí ainda ?
– Thominhas?
– Eu vim usar o banheiro também. Ta tudo bem?
– Tá sim. Entra aí.
- Entrar?
- Sim, a porta ta aberta.
Thomas girou a maçaneta e entrou no pequeno banheiro. Para a sua
surpresa, encontrou Alexander com a calça abaixada até a altura dos
joelhos, se masturbando lentamente ao lado do vaso sanitário.
– Vai ficar só olhando ou vai me ajudar aqui? – Perguntou Alex.
– Não acredito que você veio fazer isso aqui.
– Aproveitei que já tô aqui mesmo pra dar uma aliviada. Tô com
muito tesão. E não é a primeira vez que uso esse banheiro pra
aprontar haha.

– Nós deixamos o Zack lá fora sozinho.

– Ele não quis vir, perdeu. Vamos aproveitar nós dois.

Alex continuou se masturbando, lançando um olhar malicioso para


Thomas.

– Vem cá me dar uma mamada – O rapaz pediu, cheio de tesão.

Sedento, Thominhas se ajoelhou na frente do amigo e começou a fazer


sexo oral. Passou alguns minutos chupando, até que Alexander se
virou e ejaculou dentro do vaso sanitário, dando a descarga logo em
seguida.

– Poderia ter gozado na minha boca – O loirinho comentou.

– Olha só, que safadinho.

Zack continuava sentado na calçada, de braços cruzados e morrendo


de frio, quando Alex e Thomas voltaram como se nada tivesse
acontecido.

- Eai foi bom? – Perguntou Zack, aos amigos.

- O quê? – Alexander fingiu desentendimento.

- Vocês demoraram muito no banheiro. Acham que eu sou besta?

Alex e Thomas se entreolharam e sorriram.

-Foi só uma chupada – Thomas admitiu timidamente.


-Nem me chamaram né? Beleza então.

-Por que você não foi pra lá também?

-Eu tava quase indo, mas bateu uma preguiça. Fica pra próxima.

Algum tempo depois, Charles Davis surgiu no Mackenzie. O pai de


Zack tinha voltado do consultório e encontrou os três ali sentados na
calçada.
-O que vocês estão fazendo aqui há essa hora? Já está tarde, vamos
subir – Disse o médico.
Zack, Thomas, Alexander e Charles caminharam até o Mackenzie e
pegaram um elevador juntos.

CONTINUA...
EPISÓDIO 5 de 24

Era domingo de manhã quando Zack Davis acordou perto das dez
horas, levantou da cama bocejando e saiu do quarto ainda bastante
sonolento. Estava usando apenas uma camisa marrom larga e uma
cueca slipper branca. Ele passou no banheiro para lavar o rosto e
urinar, e depois foi direto para a cozinha onde encontrou o pai
tomando café.
- Bom dia – Disse o garoto. Estava com o rosto inchado de dormir e
seus cabelos castanhos ainda mais bagunçados do que de costume.
- Bom dia. Acordando antes das onze no domingo ? Que milagre.
Charles estava com uma caneca de café na mão, lendo o jornal do dia
em cima da mesa. Zack caminhou até o armário, pegou o pote de
achocolatado, misturou com leite da geladeira e colocou no
microondas para esquentar. Depois foi se sentar junto com o pai.
- Hoje você tá de folga né? – Perguntou a Charles.
- Sim, mas daqui a pouco eu vou lá em cima falar com o Parker.
- Você vai lá no 73?
- Sim. Preciso conversar com o Parker sobre alguns assuntos. Eu mal
tenho tido tempo ultimamente pra qualquer coisa, então hoje eu
decidi dar uma passadinha rápida lá. Já liguei pra ele avisando, daqui
a pouco vou subir.
- Posso ir com você? Eu quero ver o Alex.
- Tudo bem, mas vai se arrumar, ajeitar esse cabelo e colocar uma
bermuda.
- Eu sei né.
O Sr. Parker era o síndico do prédio e também um grande amigo de
Charles Davis. Assim como seus pais, Zack e Alex também tinham uma
forte amizade.
Depois de terminar o achocolatado, Zack correu para o banheiro,
escovou os dentes e em seguida trocou de roupa no quarto. Colocou
uma bermuda preta, um par de chinelos e ficou aguardando na sala.
- Pelo amor de Deus, penteia esse cabelo – Disse Charles para o filho.
- Tá bom assim, deixa – O garoto respondeu, passando os dedos pelos
fios – Vamos?
- Vamos.
Pai e filho saíram do apartamento 51 e seguiram pelo corredor do
quinto andar. Zack já estava se aproximando do elevador, quando
Charles falou:
- Aonde você está indo? Vamos subir de escada, são só dois andares.
Deixa de ser preguiçoso.
O garoto resmungou e pegou a escadaria do prédio até o sétimo
andar, ao lado do médico. Charles foi quem tocou a campainha do 73,
e não demorou muito para que um homem grisalho abrisse a porta
pra eles.
- Finalmente apareceu – Disse o Sr. Parker cumprimentando Charles
com um aperto de mão – E trouxe o filhote também. Nossa, como os
filhos crescem rápido não é mesmo? Não acredito que aquele
moleque baixinho já está desse tamanho.
- Pois é – Respondeu Charles com um sorriso melancólico.
- Entrem, fiquem à vontade.
- Com licença.
Charles e Zack entraram no apartamento 73 e acompanharam o Sr.
Parker até a sala.
- Eai Charles, como estão as coisas? Trabalhando muito pelo visto.
- Sim, bastante. Eu estou na correria entre o consultório e o hospital,
pegando plantão quase todos os dias. Por isso aproveitei a folga de
hoje para vir aqui, precisamos resolver aqueles assuntos pendentes.
- É, já passou da hora.
- Cadê o Alex? – Zack perguntou.
- Ainda está dormindo. Chegou tarde ontem de uma festa. Mas vai lá
acordá-lo, não tem problema. Ele vai ficar feliz em te ver. A porta do
quarto dele está aberta, tivemos um problema com a chave.
- Ok, com licença.
Zack deixou o pai e o Sr. Parker discutindo na sala e caminhou para o
corredor. A primeira porta da esquerda era o quarto de Alexander, e
o garoto girou a maçaneta lentamente para não fazer muito barulho.
Ao entrar, o ambiente estava completamente escuro. Deitado de
bruços em uma cama de solteiro, era possível ver a silhueta de
Alexander Parker.
O garoto se aproximou devagar e ficou parado ao lado da cama. Alex
estava sem camisa e só de cueca boxer preta. Zack sentiu uma
pulsação abaixo do ventre. Ele colocou a mão no ombro do rapaz e o
chacoalhou.
- Acorda vagabundo.
Alexander se mexeu na cama, olhou para o lado com os olhos
semiabertos e disse:
- Quem é?
- Sou eu porra, o Zack. Acorda caralho.
Demorou alguns segundos para que Alex se situasse. Zack acendeu a
luz do quarto e agora podia ver claramente o amigo seminu: tinha um
físico preparado, com braços fortes e coxas grossas, cabelo loiro-
escuro raspados, pé grande, braços cheios de veia e olhos castanhos.
- O que você tá fazendo aqui a essa hora? – Alexander perguntou,
coçando a axila cheia de pelos e bocejando.
- Meu pai veio conversar com o seu pai. E eu vim junto pra te encher
o saco.
- Porra, tá cedão ainda. Eu fui dormir cinco da manhã.
- Ué, você disse ontem a noite que ficaria de boa. Até entrou no
prédio junto com a gente.
-É, mas aí me chamaram pra uma festa e eu acabei indo.
- Problema seu. Foi você que escolheu essa vida de balada.
- Nossa, a festa de ontem tava foda... Me diverti demais e bebi muito.
Nem sei como consegui voltar pra casa, acho que alguém me deu uma
carona. Não lembro mesmo.
- Pegou alguém?
- Peguei todo mundo, nossa. Mas agora eu tô acabado.
- Percebi. Tava dormindo feito pedra.
- Sabe quem também tava nessa festa? O irmão do Thomas.
- Nossa, o Thominhas não para de reclamar dele. Cara chato, puta que
pariu. Implica com tudo.
- Ele tava todo soltinho ontem na festa. Mas eu nem olhei pra cara
dele.
- Vocês nunca se deram bem né?
- Eu quero que o Antony se foda isso sim.
- Se liga, ontem você e o Thominhas se divertiram né? Lá no banheiro
dos funcionários.
- Foi só um boquete.
- Que sem graça. Se eu tivesse participado iria foder vocês dois.
- Vai nessa haha.
Alexander se levantou da cama e esticou os braços pra cima. Zack não
pode deixar de reparar no volume da cueca do rapaz...
- Eita, tá animado hein – Comentou.
- Seu safadinho, já foi logo reparando na mala né?
- Porra tu ta só de cueca na minha frente, quer o quê?
Alex abriu a janela, pegou um short no armário e o vestiu. Em seguida
se deitou novamente na cama, com os braços atrás da cabeça.
- O que eles estão discutindo lá na sala? – Perguntou Alex. Era
possível ouvir a vozes de Charles e o Sr. Parker.
- Sei lá, deve ser assunto do prédio. Não faço ideia.
- Aliás, o Thominhas está em casa?
- Provavelmente está dormindo ainda. Se não já teria me mandado
mensagem. Mais tarde a gente se encontra.
Zack parou alguns instantes para admirar Alexander. Os dois já eram
amigos há muito tempo, e Zack sempre teve uma grande admiração
pelo rapaz. Desde pequeno quis ser igual a ele, chegando até a imitá-
lo em alguns momentos. Talvez Alex tenha sido sua primeira paixão
na vida, era difícil saber. Mas até hoje olhava para ele completamente
encantado.
- Alex, posso te perguntar uma coisa? – Zack dissera.
- Sim ué.
- Você já se inspirou em alguém?
- Acho que não, por quê?
- Preciso te confessar uma coisa. Eu sempre quis ser igual a você. Já
até tentei te imitar.
- Mas por que você queria me imitar?
- Porque eu sempre gostei do seu jeito. Sei lá, era a minha inspiração
de infância. Eu achava você foda. Ainda acho na verdade. Pode
parecer besteira, mas eu já tentei ser igual a você até nas coisas mais
bizarras.
- Como o quê?
- Ah, eu tenho vergonha de falar.
- Fala vai. Por favor.
- Quando eu te via na rua... Eu achava legal até o modo como você se
sentava. Sabe, com as pernas abertas, largadão? Eu fazia o mesmo.
- Sério? Eita.
- E tem mais. Eu queria ter pelos por sua causa.
- Como é que é?
- Pois é. Eu achava legal você ter crescido e mudado fisicamente. Tipo,
puberdade ta ligado? Pelo nas pernas, na axila. Nossa, tô morrendo de
vergonha em revelar isso. Mas eu queria que acontecesse comigo
logo.
Alexander deu risada.
- Pô valeu, não imaginava que você sentisse isso por mim. Mas seja
você mesmo, tu também é um moleque legal. Também te admiro.
- Sério?
- Sim.
- Valeu... – Zack respondeu com um sorriso enorme no rosto.
Zack e Alexander permaneceram naquele quarto conversando por um
longo tempo. Mais tarde, perto do meio-dia, o Sr. Parker e Charles
Davis apareceu na porta para falar com eles:
-Eu já estou voltando pra casa Zack – Disse o médico.
-Beleza, eu já vou descer. Só vou ficar mais um pouco aqui
conversando com o Alex.
-E eu estou buscar uma coisa na casa da minha irmã – Disse o Sr.
Parker – Na volta trago algo para o almoço.
- Beleza pai – Alex respondeu.
Sendo assim, com a saída dos pais, Alexander e Zack ficaram sozinhos
no apartamento 73. E era exatamente isso que eles queriam...
- Você não veio aqui só pra conversar, não é? Eu te conheço Zack –
Disse Alexander com um olhar malicioso.
- Eu não esperava que fossemos ter privacidade. Mas sim, a intenção
não era só bater papo.
- Não sei quanto tempo vai demorar pro meu pai voltar, então vamos
ser rápidos.
Zack se sentou na beira da cama e Alexander ficou de pé na sua
frente. Ele abaixou o short e a cueca até o joelho, revelando um pênis
meia bomba, cercado de pelos espessos. O garoto não perdeu tempo e
colocou-o na boca, começando a chupar devagar, olhando para cima
mantendo contato visual com Alexander.
Alex segurou a cabeça de Zack e moveu a cintura, fazendo seu
membro entrar e sair da boca do garoto. Zack sentiu a pelagem roçar
no seu rosto. Ele massageou os testículos do rapaz e colocou-os na
boca, fazendo sucções rápidas e prazerosas. Depois usou a mão
direita para masturbar Alexander enquanto passava a língua em sua
glande.
- Você é todo marrento e debochado, mas na hora de mamar uma pica
vira um puto hein – Alex dissera.
Em seguida o rapaz empurrou Zack para trás e arrancou sua bermuda
preta violentamente junto com a cueca. O garoto abriu as pernas e
deixou-as suspensas no ar enquanto Alexander se posicionava e
direcionava o pênis para a entrada do ânus. A penetração começou
lenta e seca, fazendo Zack soltar um gemido de dor.
- Ainda não se acostumou com o meu pau? – Perguntou Alexander.
- Já foi pior, mas é porque você foi no seco. E a gente transou poucas
vezes até agora né?
- Umas oito vezes talvez? Nove?
- Por aí.
Quando sentiu que Zack já estava mais confortável com a penetração,
Alexander Parker passou a mover os quadris rapidamente,
debruçando seu corpo sobre o garoto. Por alguns minutos
mantiveram contato visual, Alex com um sorriso unilateral e lábios
semiabertos e Zack sempre com uma expressão de “mau”.
- Quando você vai me deixar ser ativo? – Zack questionou no meio da
transa.
- Meu orgulho ainda não me deixa dar pra você, sinto muito. Pra mim
é difícil aceitar que você não é mais aquele molequezinho que
brincava comigo na rua. Talvez daqui a alguns anos.
- Que desculpa bosta, você tá é com medo.
- Desse pauzinho mixuruca? Jamais haha. Mas relaxa que um dia eu
deixo você me comer, mas vamos com calma...
Já que o tempo era incerto, Alexander decidiu não demorar muito.
Acelerou ainda mais a penetração até finalmente ejacular dentro de
Zack. No fim os dois foram ao banheiro juntos para se lavarem e
depois voltaram ao quarto, vestindo-se novamente.
- É melhor eu ir, antes que meu pai me ligue reclamando – Disse Zack
– E hoje é a folga dele, quero passar o máximo de tempo possível com
ele.
- Suave, vai lá. Eu acho que vou dormir mais um pouco.
- Vagabundo.
- Punheteiro.
Isso remete ao passado, quando Zack Davis e Alexander Parker
começaram a chamar um ao outro por esses apelidos. Certa vez,
quando eram menores, os dois amigos tiveram uma briga feia por
causa de videogame. Zack sempre detestou perder, e Alex costumava
zoá-lo bastante por isso. Até que o garoto perdeu a paciência e gritou:
“Cala a boca Alex, seu vagabundo!”.
“Vai me ofender só por que perdeu?”.
“Não, por que você me enche o saco”.
“E quem disse que eu sou vagabundo?”.
“Todo mundo sabe, tu só sabe dormir e vive faltando na escola. É
vagabundo mesmo”.
“E tu que bate punheta até na escola? Os moleques pegaram você no
flagra. Seu punheteiro”.
Zack e Alex quase partiram para a agressão física nesse dia, mas é
claro que tudo se resolveu com o tempo e a amizade deles continuou
firme e forte. Mas desde esse dia eles tinham esse costume de chamar
um ao outro dessa maneira, apenas por brincadeira.
Os dois se despediram com um toque de mão e Zack foi embora do
73. Desdeu para o quinto andar, satisfeito por ter tido um momento
com Alexander e agora estava bastante ansioso para curtir o resto do
sábado na companhia de Charles. Já Alexander voltou para a cama e
dormiu por mais algumas horas. Ainda não tinha se recuperado
totalmente da noite passada...

CONTINUA...
Notas do Autor:

Eae, vocês gostaram do Alexander? Uma das coisas que eu mais gosto
ao descrever a vocês sobre os garotos do Edifício Mackenzie, é
justamente a relação deles. Que amizade boa essa não é mesmo ?
Apesar do romance e da paixão entre Zack e Thomas, isso não os
isenta de terem laços fortes com outros amigos. Incluindo
sexualmente.
Mas as coisas não param por aqui, então me acompanhem para o
próximo capítulo!
EPISÓDIO 6 de 24

Vamos começar no segundo andar, apartamento 22, numa tarde


comum de terça-feira. Thominhas estava deitado em sua cama, lendo
uma revista em quadrinho, tentando se distrair do profundo tédio.
Zack tinha saído com o pai e só voltaria de noite. Sem o namorado,
Thomas não via muitas opções de entretenimento. Precisava terminar
um dever de casa para o dia seguinte, mas mesmo assim preferiu
ficar deitado lendo um quadrinho de super-herói, ao mesmo tempo
que ouvia música com fones de ouvido.
Foi quando de repente a porta do quarto se abriu e seu irmão mais
velho, Antony Mathews, surgiu completamente PELADO e com o
corpo pigando. O rapaz de dezoito anos era musculoso, também tinha
olhos azuis e um cabelo loiro longo que chegava nos ombros.
- Caralho, tá surdo? – Gritou Antony.
- Que foi? – Thominhas perguntou tirando os fones de ouvido.
- Eu tava te chamando porra, pra levar uma toalha pra mim no
banheiro que eu esqueci.
- Foi mal, eu tava ouvindo música alta. Precisava entrar assim,
pelado?
- Sem toalha você queria o quê? Eu chamei mil vezes.
A visão de Antony sem roupa não era nova para Thomas, mas mesmo
assim o loirinho se sentiu desconfortável. Ele olhou para o corpo do
irmão mais velho e viu um membro flácido e completamente liso,
dando a entender que Antony havia se depilado recentemente.
- Tá me olhando por quê? – Perguntou Antony irritado – Nunca me
viu pelado?
- Você implica com tudo que coisa.
- Não aguento mais dividir o quarto, que merda. Não tenho
privacidade nenhuma. Já falei pra mãe que esse é meu último ano
nessa casa, quando eu entrar na faculdade vou me mudar.
-Graças a Deus! Não vai fazer falta nenhuma. Quanto mais longe de
você eu estiver, melhor.
Thomas viu Antony ficar vermelho de raiva.
-Tu tá doido pra ter o quarto só pra você né? Pra poder trazer
aqueles viadinhos pra cá – Disse o rapaz espumando.
-Meus amigos? Sim. E você não tá insultando ninguém dizendo isso.
-Domingo passado eu vi o Alex Parker numa festa. Quase fui embora
na mesma hora. Achei que seria um ambiente da hora, não pensei que
fosse ter esse tipo de pessoa. Mas infelizmente nós temos amigos em
comum.
-Por que você implica tanto com o Alex? Sei não hein. Parece tesão
reprimido. Acho que você é doido pra dar uns pega nele.
Aquilo foi a gota d’água. Antony partiu para cima de Thomas e o
agarrou pelos cabelos. O loirinho não tinha a mesma força física.
-O que você disse? – Perguntou Antony puxando os cabelos do irmão
violentamente – Hein, seu viadinho?
- Me solta! Tá me machucando, ah...
Sem soltar os cabelos de Thomas, Antony jogou-o na cama e debruçou
seu corpo nu sobre o irmão caçula. Parecia fora de si, mas ao mesmo
tempo, gostando da situação.
- Pensa bem antes de falar merda pra mim, entendeu? – Sussurrou
Antony no ouvido de Thomas – Da próxima vez eu te bato até virar
homem. Se liga hein.
Quando Antony finalmente largou Thomas, o loirinho estava em
lágrimas. O rapaz se afastou, mas antes de sair do quarto, Thominhas
percebeu algo inusitado: o irmão tinha ficado ereto.
Thomas ficou em silêncio, chorando com a cabeça no travesseiro por
um tempo. Não era a primeira vez que tinha que suportar uma
situação dessas. Já não aguentava mais a convivência com o irmão
preconceituoso e violento...
-Tô indo casa de um amigo – Antony falou momentos depois, já
arrumado – Avisa a mãe que não vou jantar em casa.
O loirinho não respondeu. Antony se aproximou da cama e disse:
- Ei, vai ficar aí chorando feito um bebê?
- Cala boca! Sai logo daqui, que inferno! – Gritou Thomas, atirando o
travesseiro no irmão.
Antony não se abalou. Apenas lançou um olhar assustador para
Thomas e foi embora. Agora que estava completamente sozinho,
Thomas passou a chorar inconsolavelmente. Quando a histeria
passou, pegou o celular e ligou para Alexander Parker.
- Alô? Alex?
- Eae Thominhas. Que foi, aconteceu alguma coisa? – Perguntou
Alexander, percebendo que a voz do amigo estava estranha.
- Tu tá ocupado agora? Queria conversar pessoalmente. Tô sozinho no
meu apê.
- Eu tô ajudando meu pai a pintar o quarto, mas já tô terminando.
Daqui a pouco eu desço.
- Valeu... Te espero.
Thomas largou o celular, se levantou e foi buscar o travesseiro que
tinha jogado em Antony. Depois voltou para a cama, abraçou o
travesseiro e ficou esperando a chegada de Alexander... O rapaz ainda
demorou quase uma hora para chegar, mas quando a campainha do
22 finalmente tocou, Thomas foi correndo abrir a porta.
- Desculpa a demora – Disse Alex ao entrar. Estava com uma camiseta
regata cinza e uma bermuda jeans – Eu e o meu pai estamos pintando
meu quarto. Tivemos que passar mais uma mão pra ficar bom. Eu
percebi que você não tava muito bem, por isso vim correndo, nem
tomei banho, desculpa se tô meio suado.
- Relaxa. Vamos lá pro quarto.
Ao chegarem ao quarto, Thomas trancou a porta e eles se sentaram
na cama. Thominhas desabafou com Alex sobre como não aguentava
mais conviver com Antony e contou sobre o que tinha acontecido.
Alexander ficou puto, e ao perceber que Thominhas estava prestes a
chorar novamente, o abraçou com força.
- Calma, fica tranquilo. Já passou.
- Eu não aguento mais... Eu tenho medo dele...
- Ele não vai fazer nada com você, relaxa. Eu não vou deixar.
- Valeu Alex... Nossa, como eu queria que você fosse meu irmão mais
velho ao invés dele.
- Tu não tem culpa de ter um irmão cuzão. Não fica triste tá?
- Tá bom.
Thomas enxugou os olhos e abriu um sorriso.
- Cadê o Zack? – Perguntou Alex.
- Saiu com o pai dele. Eu não queria ficar sozinho, por isso te chamei.
A sorte é que você estava em casa.
- E eu demorei pra descer, sinto muito.
- Não tem problema. O importante é que você está aqui, valeu mesmo.
Ah, o Zack me contou sobre o que vocês fizeram no domingo de
manhã.
- Hahaha, pois é. Gostei da visita dele. E a gente nem planejou nada,
mas surgiu uma oportunidade e a gente acabou fazendo...
- Eu sei, ele me contou os detalhes depois. Fiquei com muito tesão só
de imaginar, queria ter assistido.
- Ué, mas se você estivesse lá, teria participado não é ?
- Sim. Mas as vezes eu gosto de apenas assistir também...
Alexander e Thomas se entreolharam.
- Se você tiver a fim agora – Disse o rapaz, deslizando os dedos
carinhosamente na bochecha do loirinho – Nós podemos fazer
também.
- Não foi pra isso que eu te chamei aqui mas...
Alex foi extremamente cuidadoso e gentil. Primeiro ajudou Thomas a
se despir e pediu que o loirinho se deitasse confortavelmente na
cama. Ele também tirou a camisa e em seguida aproximou o rosto do
peito de Thomas, dando alguns beijos e passando a língua nos
mamilos pequenos.
- Hmmm... – Gemeu Thominhas, de olhos fechados e com uma voz
suave.
Alexander desceu pelo abdômen magrinho, umbigo, passou a língua
nos pelos clarinhos da virilha e abocanhou o pênis flácido. Sentiu-o
crescer dentro da boca e passou a chupar intensamente, arrancando
gemidos de prazer do loirinho e fazendo-o se contorcer no colchão.
Alex passou a língua na glande rosada enquanto olhava para Thomas.
A vibe que Alexander sentia quando transava com Thomas era bem
diferente da de Zack. Com o loirinho era tudo muito delicado e
devagar, o rapaz se esforçava ao máximo para dar prazer ao amigo,
tratando-o com muito carinho e afeto. Já com o Zack as coisas eram
mais intensas e agressivas, ambos com o tesão a mil.
- Quer gozar na minha boca? – Alex perguntou após minutos
chupando Thomas.
- Não. Eu quero fazer outra coisa. Deita aí, por favor.
Alexander tirou a bermuda e a cueca, deitando-se na cama de
Thomas. O loirinho montou em cima do rapaz, agarrou o pênis dele
por trás e o direcionou para seu ânus rosadinho. Foi sentando nele
aos poucos, sentindo-o entrar cada mais. Gemeu alto e fechou os
olhos. E então começou a subir e a descer, com as mãos apoiadas no
abdômen de Alex.
- Caralho Thominhas.
Thomas não disse nada, apenas manteve o contato visual enquanto se
movimentava. Não teve pressa alguma e naquele momento se
esqueceu completamente do seu problema com o irmão. Só queria
aproveitar aquele estímulo forte e profundo. Começou a se masturbar
lentamente algum tempo depois.
Quando viu já tinha ejaculado na pele de Alexander, em grande
quantidade. Foram pelo menos quatro jatos seguidos de sêmen,
deixando-o bastante surpreso.
- Eita Thominhas, que gozada hein? Tava segurando quantos dias ?
- Nem foi por causa disso, mas sim pelo estímulo. Agora falta você
gozar.
- Tô de boa pô.
- Não seria justo né...
- Então faz assim – Alexander fechou os olhos, abriu um sorriso
maroto e colocou as mãos atrás da cabeça – Continua sentando no
meu pau que eu já tô quase lá.
Thomas obedeceu, voltando a subir e descer no membro de
Alexander. O rapaz gemeu com uma voz grossa e minutos depois
acabou ejaculando também. Thominhas saiu de cima dele, deu as
costas e empinou a bunda na direção de Alex. O rapaz olhou para
aquele buraquinho rosado e viu seu próprio sêmen escorrendo.
Alexander encostou-se na cabeceira da cama e puxou Thominhas para
seus braços.
- Tá melhor? – Perguntou.
- Sim, bastante. Valeu cara.
- Ainda quer que eu seja seu irmão mais velho?
- Claro. Aí a gente podia morar juntos e fazer isso sempre.
- Eh, safadinho. Eu gosto muito de você viu? Pode contar comigo pra
tudo.
- Valeu Alex.
O rapaz deu um beijo na cabeça de Thomas e o abraçou forte por trás.
Passou-se vinte minutos e os dois se beijaram e deitaram-se
confortavelmente na cama. Alexander deslizou sua mão direita desde
o pescoço até os joelhos de Thomas, e depois fechou os dedos no
membro flácido do loirinho. Aos poucos o pênis foi crescendo até
ficar totalmente ereto e pulsante.
-Eu adoro te fazer sentir prazer Thominhas... – Alex sussurrou,
movendo os dedos para cima e para baixo no membro do amigo – Eu
adoro fazer as pessoas se sentirem felizes.
-Hmmm...
O rapaz fechou os lábios na glande de Thomas e a chupou por alguns
minutos. O loirinho se contorceu de prazer na cama, gemendo
baixinho e dizendo o nome de Alex... Em menos de cinco minutos
estava ejaculando de novo.
-Cara, como isso é gostoso.
-Gostou?
-Seus dedos são mágicos.
Alexander ficou de pé e esticou os braços para cima.
-Sua mãe e seu irmão vão demorar pra voltar?
-Vão sim, bastante.
-Beleza, vou ficar mais um tempo aqui com você. Só vou lavar a mão e
já volto. Aí a gente conversa mais um pouco.
Algumas horas depois Alexander teve que ir embora, deixando
Thomas novamente sozinho. O loirinho voltou a ler sua revista em
quadrinho até anoitecer, quando recebeu uma mensagem de Zack,
avisando que estava chegando. O garoto chegou ao apartamento 22
perto das sete e meia da noite.
- Que bom que você voltou, tava com saudades – Thomas falou.
- Eu também.
- Como foi o seu dia?
- Ah foi da hora. Eu e o meu pai compramos várias coisas pra casa,
algumas roupas. Fizemos um lanche junto, conversamos. Foi bem
legal. Ele me deixou de carro aqui no Mackenzie e foi direto pro
hospital, tem plantão hoje. E o seu?
- Nossa... Tava esperando você chegar pra te contar...
Thomas contou para Zack sobre a situação com Antony os momentos
com Alexander.
- Na moral, eu tô doido pra falar com o seu irmão. Vou mandar ele
tomar no meio do cu dele e mandar deixar você em paz. Isso não se
faz!
- Não faça isso, vai ser pior. Deixa pra lá, já tô melhor.
- Depois vou agradecer ao Alex por ter te ajudado hoje...
Os dois amigos se abraçaram e encostaram os lábios.
- Se ele fizer de novo, me avisa tá? Não quero te deixar sozinho com
ele, quando ele estiver assim.
- Tá bom.
- Mas eai, me conta cada detalhe da foda com o Alexander.
- Eu sabia que você iria perguntar isso.
Thomas saciou a curiosidade de Zack e contou detalhe por detalhe do
sexo que tivera com Alex naquela tarde. No final o garoto falou:
- Delícia, tô até de pau duro. Só de imaginar o pau do Alexander no
seu cuzinho... Putz.
- Por hoje já chega de sexo pra mim. Quero ficar de boa, tudo bem ?
- Claro, sem problema. Mas eu preciso bater uma agora.
- Fique à vontade. Eu preciso terminar o meu dever de casa de
História.
Eles foram para o quarto. Thomas pegou sua mochila de escola e
jogou os livros e cadernos que estavam dentro em cima da cama.
Sentou-se no chão, abriu um caderno de capa preta e começou a
escrever numa página em branco usando uma caneta azul. Enquanto
isso, na cama de Antony, Zack abriu o zíper da calça e começou a se
estimular lentamente.
Passados alguns minutos, Thomas olhou para trás e observou o
namorado se masturbando. Rapidamente sentiu uma pulsação dentro
da cueca e não conseguiu mais se concentrar no dever de casa.
- Termina logo isso pô – Pediu a Zack.
- Quer me dar uma mãozinha?
Thomas largou a caneta, se levantou e foi se ajoelhar na frente de
Zack. O garoto colocou as mãos atrás da cabeça e sorriu
maliciosamente, enquanto Thominhas começava a lhe masturbar. Em
poucos minutos acabou ejaculando.
- Pronto, tá satisfeito? – Thomas falou com os dedos sujos com o
sêmen do melhor amigo.
- Só faltou uma mamada.
Zack fechou a calça, abriu um sorriso e suspirou satisfeito.
CONTINUA...
Notas do Autor:

Bem, pelo o que eu soube, depois disso o Thomas conseguiu terminar


seu dever de casa sem distrações. O fogo de Zack ainda não tinha
acabado, diferente deste capítulo que já chegou ao fim. Há muitas
outras histórias e segredos que aconteceram por trás das paredes do
Edifício Mackenzie, por isso continuem acompanhando. No próximo
Zack vai receber uma vista especial, não percam!
EPISÓDIO 7 de 24

Na saída da escola, Zack e Thomas encontraram Leon Spence próximo


do portão. O moreno estava usando uma calça jeans clara, uma
camisa vermelha, um tênis preto e carregava sua mochila nas costas.
Aquele era um começo de tarde nublado e havia vários adolescentes
nos arredores, batendo papo antes de irem para suas respectivas
casas.
-Eai Leon – Disse o garoto – Não te vi hoje no intervalo.
-Eu tava na biblioteca fazendo trabalho com um pessoal da minha sala
– Leon puxou a mochila para frente, abriu o zíper e tirou dali algo
semelhante a um DVD – Aqui o jogo que você me emprestou.
Desculpa a demora para devolver.
-Ah, valeu. Tinha até me esquecido. Curtiu?
-Bastante. E eu zerei muito rápido. Mal posso esperar para o próximo
da franquia, se não me engano sai no começo do ano que vem.
Zack guardou o jogo na própria mochila.
-E você Thomas, como está? – Perguntou Leon.
-Tô bem. Só um pouco preocupado com a prova de matemática que
tivemos hoje. Eu acho que não fui muito bem.
-Matemática é um saco. Eu preciso melhorar minhas notas, mas como
vou arranjar tempo para estudar com tantos jogos pra jogar?
-Prioridades né – Respondeu Zack, dando uma risadinha.
-Também tem outra coisa que eu queria falar com vocês dois – Disse
o moreno - Meus pais estão vendo um apartamento no Mackenzie
para comprar. A gente já está querendo se mudar há algum tempo.
Ainda não é certeza, mas é possível que eu me mude para o prédio de
vocês.
-Que da hora Leon – O garoto falou, animadíssimo com a ideia –
Assim nós poderíamos passar mais tempo juntos. Imagina que legal a
gente se reunir para jogar? Com você morando no Mackenzie seria
muito mais fácil.
-Sim, eu pensei nisso também. Espero que dê tudo certo. Eu quero
muito morar no Mackenzie, por diversos motivos. É mais perto da
escola, o bairro é mais tranquilo. Tenho mais conhecidos por ali. E eu
poderia visitar vocês com mais frequência.
-Já sabe quando vai ser? – Thomas perguntou.
-Ainda não, meus pais ainda não fecharam o negócio. Mas é provável
que façam isso até o fim do mês. E então a gente se muda logo em
seguida – Leonard tirou o celular do bolso e deu uma olhada no
horário – Bom, eu preciso ir. Tenho dentista daqui a pouco. A gente se
vê amanhã, futuros vizinhos.
-Tomara mesmo.
-Tchau Leon.
-Tchau.
Leonard seguiu por um lado e Zack e Thomas atravessaram a rua,
pegando o caminho de sempre para voltar ao Edifício Mackenzie.
Enquanto caminhavam, os dois garotos batiam papo como de
costume.
-Espero que o Leon se mude para o nosso prédio – Zack dizia – Vai
ser muito foda. Mas qual apartamento os pais dele estão querendo
comprar?
-Se não me engano, estão vendendo um no sexto andar. Só não me
lembro qual número.
-Aé? Não fiquei sabendo. Mas cara, já tô até imaginando... Ele vai
voltar da escola com a gente.
-Seria bem legal. Mas mudando de assunto, o que achou da prova?
-Uma droga. Espero que eu tenha tirado pelo menos um C.
-Eu também.
Chegando ao Mackenzie, Zack e Thomas decidiram subir pelas
escadas. Ao alcançarem o segundo andar, onde Thomas morava, o
garoto perguntou:
-Quer ir lá pra casa agora? Meu pai só chega de noite.
-Não posso, eu tenho coisas pra fazer. E ultimamente minha mãe e
meu irmão ficam implicando. E como estamos em período de prova,
também preciso estudar.
-A gente estuda juntos pô.
-Não me leve a mal, mas é difícil me concentrar nos estudos quando
estou com você. Prefiro estudar sozinho.
-Hm... Tendi. Mas é que sem você eu morro de tédio.
-Desculpa.
-Relaxa. Tá tudo bem. A gente vai se falando por mensagem então, até
mais.
-Até. Te amo.
-Também.
Zack deixou Thominhas para trás, colocou as mãos no bolso do casaco
e subiu sozinho até o quinto andar. Ele chegou no apartamento 51,
tirou a sua cópia da chave de dentro da mochila e abriu a porta de
madeira. O local estava silencioso como sempre, já que seu pai estava
ausente.
“Sozinho de novo...”, pensou, dando um profundo suspiro.
O garoto foi até a cozinha e viu que Charles tinha deixado um prato
preparado para ele. Após esquentar a comida no microondas, Zack
almoçou sozinho sentado à mesa. Depois ele seguiu para o banheiro e
escovou os dentes, fazendo caretas para o espelho da pia como modo
de se distrair. Foi quando percebeu uma nova espinha perto do lábio
inferior, o que lhe deixou ainda mais deprimido.
Frustrado, o garoto foi para o quarto, tirou os tênis e se deitou na
cama com o rosto afundado no travesseiro. As coisas andavam um
pouco difíceis para ele... Estava mal na escola, sentia-se sozinho
naquele apartamento sem pai e o melhor amigo e ainda por cima
tinha problemas de autoestima (embora não demonstrasse isso pra
ninguém).
Zack estava quase pegando no sono quando ouviu o som da
campainha tocar. Ele rapidamente saiu da cama e foi até a porta da
frente para ver quem tinha chegado. Para a sua surpresa era alguém
que não via há bastante tempo.
-Isabelle?
-Oi primo.
Isabelle Davis era uma adolescente de longos cabelos castanhos,
sobrancelhas espessas e um físico magro, sem seios. Era prima de
Zack por parte de pai, filha da irmã de Charles. Ela usava uma blusa
cor-de-rosa sem mangas e um short jeans rasgado, exibindo longas
pernas magras e um tênis preto com meias curtas.
-O que você faz aqui? – O garoto perguntou.
-Eu estava aqui por perto e decidi te fazer uma visita. Faz bastante
tempo né?
-Sim, faz mesmo.
-Posso entrar ou você vai me deixar aqui parada no corredor?
A garota passou por Zack e ele sentiu um perfume muito gostoso
entrar em suas narinas. Os dois foram direto para a sala depois que
Zack trancou a porta.
-O tio Charles não está em casa? – Ela perguntou.
-Não. Hoje ele foi cedo para o trabalho.
-Melhor ainda.
-Aliás, como você passou pelo portão lá embaixo? Você não tocou o
interfone.
-Não precisei. Uma senhora abriu para mim.
-Hm... Entendi.
-Mas eaí, como vão as coisas? Faz tempo que a gente não conversa.
Nem por mensagem.
-Sabe como é... Meu pai e eu somos um pouco afastados da família. E
você não estava namorando?
-Terminei. Agora tô solteira. Esse foi um dos motivos que me fizeram
vir aqui.
-Que bom que você apareceu. Eu estava morrendo de tédio aqui
sozinho.
-Estava com saudades de mim?
Na verdade Zack tinha se esquecido completamente dela, mas não
queria parecer indelicado. Então respondeu:
-Claro, muita saudade. E como vai a tia Elisa?
-Ela está bem, trabalhando muito.
-E o seu irmãozinho? Com quantos anos ele está?
-Fez dois anos semana passada. Minha mãe vive reclamando que o tio
Charles não vai visitá-la.
-Ele trabalha muito também.
-Isso não é desculpa pra esquecer da família.
Elisa, a irmã de Charles, morava um pouco longe dali, por isso eles
não a viam com tanta frequência. Mas Zack e Isabelle eram bastante
amigos desde a infância e inclusive compartilhavam alguns segredos...
-Que horas o seu pai chega? – Perguntou ela.
-Vai demorar ainda. Só de noite.
-Interessante... Tu sente saudades de fazer aquelas coisas?
-Com certeza. Mas achei que você não queria mais.
-Enquanto eu namorava não podia fazer.
-Foi por isso que você veio? Só lembro de mim pra isso?
-Eu estava com saudades e queria te ver ué. Mas se eu tivesse vindo
só pra isso você iria reclamar?
-Não mesmo.
-E então? Quer fazer agora?
-Lógico.
Sem perder tempo, Isabelle abriu o short e o abaixou até os pés. A
calcinha que usava era branca com detalhes amarelos. A garota foi
abaixando-a lentamente, revelando seu pênis liso para Zack. Ele
esticou a mão direita e começou a masturba-la.
Ela se deitou no sofá de pernas abertas e Zack começou a lhe praticar
sexo oral. Em seguida introduziu o dedo médio dentro dela, fazendo-a
gemer e morder os lábios carnudos. Mas o que ele queria mesmo era
colocar outra coisa naquele espacinho úmido.
-Espera aqui, vou pegar uma camisinha no meu quarto.
-Ok.
O garoto correu até o quarto e pegou uma das camisinhas que
escondia dentro do armário. Quando voltou para a sala, Isabelle
estava se acariciando com olhos fechados no sofá.
Após colocar a camisinha, Zack se posicionou em frente a prima no
sofá. A penetração aconteceu de imediato, e ele começou a mover a
cintura enquanto ouvia os gemidos dela em seu ouvido. A excitação
era grande demais e Zack não demorou muito tempo.
Ele se levantou do sofá um pouco ofegante e foi jogar fora o
preservativo. Quando voltou, Isabelle já tinha colocado o short
novamente.
-Poderia ter demorado mais – Ela comentou – Mas tudo bem.
-Você já vai?
-Sim. Ainda vou passar em outro lugar.
-Se esperar um pouco eu meto de novo.
-Não. Deixa pra outro dia.
Zack acompanhou a prima até a porta e eles se despediram no
corredor.
-Já sabe né? Boca calada – Isabelle falou.
-Eu sei, não precisa me lembrar. Eu guardei segredo todos esses anos
não é? Mas antes de você ir, me responde uma coisa. E seja sincera.
-O quê?
-Você ficou decepcionada comigo? Acha que eu fui rápido demais? Eu
deveria ter te chupado por mais tempo?
-Não fala essas coisas aqui, alguém pode ouvir! E não, não fiquei
decepcionada. Eu te conheço Zack, você não mudou nada. Continua
bem apressadinho.
-Você nem chupou meu pau – O garoto falou com a voz baixa.
-Na próxima. E eu tô pensando em te dar um aparador de pelos de
aniversário, pelo amor de Deus garoto, depila isso! Ah, e já vou
avisando – Ela abaixou o tom de voz – Na próxima vez vamos
inverter.
-Pensei que você fosse só passiva.
-Pensou errado. Tem algum problema? Ou você é machinho demais
pra me deixar meter?
-Claro que não, fique à vontade.
-Te amo primo. Agora preciso ir. Tchau.
-Tchau.
Zack fechou a porta e voltou para o quarto. Pelo menos tinha afastado
o tédio um pouco, matando as saudades de sua prima.
CONTINUA...
EPISÓDIO 8 de 24

O intervalo já estava quase no fim e Zack e Thomas voltaram andando


para a sala de aula. Quando chegaram lá descobriram que foram os
primeiros a voltar, o que significava que estavam completamente
sozinhos. Aproveitando os poucos minutos de privacidade, Zack
empurrou Thomas contra a parede e lhe deu um beijo nos lábios.
-Ficou louco? E se alguém chegar?
-Eu gosto do perigo hehe.
-Você é muito impulsivo. Nós precisamos tomar cuidado.
-Hoje você vai lá pra casa né?
-Vou sim. O seu pai vai trabalhar a tarde?
-Sim. O apê vai ser só nosso como sempre.
-Beleza... Ah, acabei me lembrar.
-O que foi?
-Os meninos me chamaram para jogar futebol depois da aula. Já faz
um tempo que eu não jogo, tava pensando em ir. Mas se você quiser,
eu deixo pra outro dia.
-Eu tinha até me esquecido que você curte jogar futebol. Tudo bem,
eu te espero. Mas posso ficar lá assistindo?
-Pode sim. Eu só vou ficar um pouco, depois nós voltamos pra casa.
-Suave.
Mais tarde quando o sinal do fim das aulas tocou, Zack acompanhou
Thomas até o banheiro da escola onde o loirinho trocou de roupa e
colocou uma camisa e um calção branco. Em seguida eles foram para
a quadra nos fundos do colégio e lá encontraram um grupo de
garotos de idades variadas começando a se aquecer.
Enquanto Thomas ia cumprimentar alguns conhecidos, Zack olhou
para cima e viu que o céu estava bastante cinzento. Sem dúvida
alguma iria chover em breve, e o garoto esperava que fosse só depois
que eles já tivessem voltado para casa.
Thomas jogava futebol desde a quinta série. No começo era apenas na
educação física, mas depois ele começou participar do grupo de treino
após as aulas. Já fazia vários meses que ele tinha parado de ir, mas
alguns de seus colegas haviam lhe chamado novamente. Zack nunca
ficava para assistir aos treinos, mas dessa vez seria diferente.
O garoto tirou a mochila das costas e se sentou bem alto na
arquibancada da quadra. Ficou assistindo a Thomas jogar futebol por
mais de meia hora, ansiosíssimo para voltar para casa. O loirinho
estava longe de ser o melhor jogador dali, mas ele também não era
ruim. Zack nunca teve paciência para futebol, nem mesmo no
videogame, mas sabia que era importante para Thomas, por isso
sempre o apoiou.
A parte boa de assistir Thominhas jogando futebol vou vê-lo ficar
bastante suado graças a correria em campo. Aquilo deixava Zack com
muito tesão, ainda mais que o loirinho estava usando um calção
branco bastante revelador. Mal podia esperar para chegar em casa e
transar com ele.
Como prometido, Thomas não ficou até o final do treino. Decidiu
parar após quarenta minutos, se despedindo dos demais e indo direto
para o local onde Zack estava esperando com as mochilas.
-Pronto, já podemos ir.
Thominhas estava encharcado de suor.
-Gostou de voltar a jogar? – Zack perguntou quando eles saíram da
quadra.
-Sim. Mas eu perdi um pouco o ritmo, fiquei cansado rápido demais.
No caminho de volta para o Mackenzie, começou a chover forte.
Nenhum dos dois se lembrou de levar um guarda-chuva, então eles
foram obrigados a correr até seu prédio. Ao chegarem no térreo,
estavam completamente molhados e decidiram subir de escada até o
quinto andar. Eles ouviram o som forte de trovões lá fora à medida
que passavam pelos corredores silenciosos do edifício.
-Caralho, que chuva é essa – Disse Zack após abrir a porta do 51 – Eu
já sabia que iria chover, mas não esperava um dilúvio desses.
-Ainda bem que a gente mora perto.
-E mesmo assim nos molhamos. Quer que eu pegue uma toalha pra
você?
-Por favor. O seu pai não está mesmo ne?
-Não.
Zack foi até seu quarto e pegou duas toalhas, uma para ele e outra
para Thomas. O loirinho tirou a roupa no corredor da frente, se secou
e caminhou só de cueca até a sala do apartamento. Pela janela podia
ver o céu escuro e chuvoso do lado de fora.
-Se eu não tivesse ficado no futebol, nós teríamos voltado pra casa
mais cedo. Desculpa – Disse ele.
-Relaxa, está tudo bem. Valeu pena ver você usando esse calção
novamente.
-O que você está querendo dizer?
-Você fica uma delícia com esse short. Não percebeu a maneira como
eu estava te olhando lá na quadra?
-Não... Eu tava concentrado no jogo. Mas que bom que você curtiu.
-Tava quase correndo pro banheiro bater uma.
Zack terminou de se secar e aproximou-se de Thomas.
-Bora começar? – Perguntou ele com um sorriso malicioso – Eu sei
que nós acabamos de chegar e você deve estar cansado do futebol
mas...
-Vamos sim. Eu também tô morrendo de vontade.
Os dois seguiram direto para o quarto de Zack. O garoto trancou a
porta e fechou metade da janela, deixando apenas uma fresta de luz
para iluminar o ambiente. Assim como Thomas ele também ficou só
de cueca, ainda com os cabelos úmidos e desgrenhados graças ao
banho de chuva.
Zack sentou-se na beira da cama e pediu para Thomas se aproximar.
O loirinho ficou em pé na frente do garoto, esperando para ver o que
ele iria fazer em seguida. Zack levantou a cabeça e encarou os olhos
azuis do melhor amigo, encontrando uma certa inocência naquele
rosto angelical.
-Você é perfeito – Elogiou o amigo.
Ele aproximou o rosto da cueca de Thomas e deu um beijo no volume.
O membro do loirinho estava flácido, mas aos poucos foi crescendo à
medida que recebia estímulos. Quando já estava totalmente ereto,
Zack o puxou para fora, começando imediatamente a chupar.
-Hmmm... – Thominhas gemeu – Ah, Zack....
O garoto parou de chupar e deslizou as mãos pelo corpo de Thomas,
apertando as coxas, alisando os mamilos e manuseando o pênis por
um tempo. Cada centímetro era perfeito, cada região lhe deixava
excitado de alguma forma, desde a glande rosada até o último pelinho
claro que cercava o púbis. Zack podia passar a tarde inteira só
fazendo isso.
-Posso te chupar agora? – Thominhas perguntou.
-Claro.
Então Zack tirou a cueca e se deitou na cama, colocando as mãos
atrás da cabeça. Thomas se ajoelhou no chão do quarto e levou o
rosto até o pênis do namorado. A expressão de inocência tinha
desaparecido do seu rosto, dando lugar a um olhar malicioso de quem
está prestes a pagar um boquete.
De olhos fechados, o garoto curtiu cada segundo das chupadas que
recebia. Thomas passou vários minutos se deliciando com o membro
de Zack, colocando-o profundamente em sua garganta enquanto
acariciava os testículos com as mãos.
A penetração aconteceu minutos depois, com Zack deitado na cama e
Thomas sentando lentamente no membro do garoto. Thomas
começou a subir e a descer, mantendo contato visual com Zack o
tempo inteiro. De vez em quando ele se debruçava sobre o garoto e
beijava seus lábios, para depois voltar a posição inicial e continuar a
cavalgar. Estava nítido no rosto de Zack o quanto aquilo estava sendo
prazeroso.
-Não está cansado? – Zack perguntou após um longo tempo.
-Nem pouco. Posso continuar a tarde toda fazendo isso.
-Não imaginava que você estaria com tanta energia depois do futebol.
-Quer mudar agora?
-Quero.
-Como você quer?
-De ladinho.
O loirinho deitou-se na cama, levantou uma perna e Zack voltou a lhe
penetrar por trás. Desse jeito o garoto conseguiu sentir o cheiro dos
cabelos de Thomas direto no seu nariz, e podia dar chupões no
pescoço dele como bem entendesse. Mas a melhor parte era sussurrar
coisas no ouvido do namorado.
-Já tô há mais de um ano comendo esse cuzinho e só fica cada vez
melhor.
-Adoro ouvir você dizendo essas coisas pra mim...
Zack gemeu baixinho e continuou:
-Caralho, que gostoso... Que sensação boa estar dentro de você desse
jeito.
-Para mim é melhor ainda.
Depois disso o garoto acelerou ferozmente a penetração, arrancando
fortes gemidos de Thomas. Aos poucos ele foi sentindo o orgasmo se
aproximar, então precisou diminuir um pouco a velocidade para que
o prazer pudesse durar mais. Aquela estava sendo a penetração mais
demorada de sua vida e sem dúvida a melhor de todas. Ele queria que
durasse o máximo possível.
-Não dá mais, preciso gozar... – Disse Zack com o rosto contorcido.
-Aí dentro mesmo?
-Não, na sua boca.
Thomas virou-se e ficou de joelhos na cama, começando a se tocar.
Zack ficou de pé na frente do melhor amigo, apontando sua glande
vermelha para os lábios do loirinho, enquanto se masturbava
ferozmente. Poucos segundos depois o garoto soltou um gemido
grosso e seu sêmen atingiu o rosto angelical de Thomas, respingando
perto do olho esquerdo, do nariz e caindo dentro da boca.
-Que gozada hehe – Zack falou, apertando sua glande vermelha até
que a última gota de sêmen caísse na pele de Thomas – Eu já tava
sentindo que ia sair bastante.
Com rosto cheio de sêmen, Thomas abriu um enorme sorriso de
satisfação. Ele jogou a cabeça para trás, fechou os olhos, acelerou a
masturbação e acabou gozando também. O líquido esbranquiçado
escorreu sobre seus dedos e caiu no lençol branco da cama de Zack.
Quando abriu os olhos novamente, Zack tinha se sentado para que os
dois ficassem na mesma altura e então o beijou. Eles se abraçaram e
deitaram-se lado a lado na cama, dividindo o travesseiro de Zack. A
chuva lá fora já tinha parado, e entre as nuvens do céu um pequeno
raio de sol atravessara a janela do quarto. O ambiente estava
silencioso, e por algum tempo eles não disseram nada um para o
outro.
-Você trancou a porta? Não estou lembrando – Thomas perguntou.
-Claro que sim. Está com medo do meu pai chegar e pegar a gente
aqui pelados na cama?
-Um pouco. Mas caso ele chegasse a gente notaria né? Tá tudo tão
silencioso.
-Relaxa, podemos ficar aqui até o começo da noite se você quiser.
Curte esse momento, tá tão bom.
-É verdade – Thomas sorriu, colocando as mãos atrás da cabeça.
O loirinho colocou suavemente a cabeça sobre o ombro de Zack e
fechou os olhos.
CONTINUA...
EPISÓDIO 9 de 24

Numa sexta-feira qualquer, Charles Davis pegou outro plantão no


hospital onde trabalhava, então Zack Davis e Thomas Mathews iriam
passar a noite toda sozinhos e com bastante privacidade. A
oportunidade era perfeita para a dupla aprontar e dessa vez eles
queriam chamar mais alguém...
- Liga pra ele – Thomas sugeriu. Estava no quarto junto com Zack.
- Beleza, pega o meu celular em cima da mesa do computador.
- Seria perfeito se ele viesse né?
- Ele sempre sai sexta-feira à noite. Acho difícil.
Zack pegou o seu celular e ligou para Alexander Parker. O rapaz
atendeu na quinta chamada.
- Eae Alex, é o Zack. Suave? Se liga, o meu pai pegou outro plantão
essa madrugada no hospital. Eu e o Thomas estamos sozinhos, e
pensamos em te convidar pra passar a noite aqui, tá a fim? Aham.
Sei... Hmmm... Ah, entendi. Beleza então. Até.
O garoto desligou o celular decepcionado.
- O que foi? – Perguntou Thomas.
- Ele disse que vai numa festa com os amigos hoje. E que tá muito
cansado.
- Que pena. Logo hoje que eu tô muito a fim de curtir.
- Vai ser só nós dois mesmo.
- É o jeito.
Mas para a surpresa deles, a campainha tocou uma hora depois.
Quando Zack abriu a porta, seus olhos brilharam ao ver Alexander
Parker parado no corredor com uma sacolinha na mão.
- É aqui que vai rolar a putaria? – Perguntou o rapaz, com um sorriso
malicioso.
- Por que não avisou que mudou de ideia?
- Não mudei. Mas vocês são tão sortudos, que a festa foi cancelada.
Então eu vim.
Alexander entrou e se sentou no sofá da sala. Thomas sorriu ao vê-lo.
- O universo conspirou ao nosso favor, porque a gente queria muito
que você viesse – Disse o loirinho.
- Mas eu quase desisti. Eu passei o dia todo ajudando meu pai com as
obras lá do meu apartamento. Estão reformando nossa cozinha e a
nossa sala. Tive que acordar cedo e carregar um monte de coisa até o
sétimo andar. Tô acabado.
- Valeu por vir – Disse Zack sem conseguir conter a animação. A noite
tinha tudo pra ser boa.
- Só não sei se vou aguentar o pique de vocês. Vamos ver.
Alguns minutos depois, Alexander foi se trocar no quarto de Zack,
para colocar algo mais confortável. Enquanto isso na sala, Zack e
Thomas discutiram sobre as expectativas pra aquela noite.
- Como está o seu tesão? – Perguntou Thomas ao amigo.
- Muito alto. Por mim a gente transava agora, à três. E o seu?
- Maior do que o normal, tô até surpreso. Hoje eu tô com MUITA
vontade.
- Assim que é bom hehe.
Alexander Parker voltou do quarto usando apenas um calção preto
sem cueca por baixo, deixando os garotos ainda mais sedentos.
Primeiro eles decidiram assistir a um filme juntos e pediram uma
pizza para o jantar. Eles juntaram os colchões no chão da sala e
ficaram os três lado a lado, encostados em travesseiros e almofadas. O
filme era uma animação muito divertida, rendendo-lhes boas e altas
risadas.
A pizza só chegou na metade do filme, por isso estavam morrendo de
fome e Zack teve que descer até o portão para buscá-la. Devoraram
todos os pedaços assistindo ao filme e beberam copos cheios de
refrigerante de laranja. Era quase dez e meia quando o filme acabou.
- E agora a melhor parte da noite – Falou Zack com um sorriso
malicioso.
- Na moral, eu tô muito cansado. Mal consigo ficar de olhos abertos –
Disse Alex bocejando – Ainda mais que já enchi a barriga. Sem
condições de fazer qualquer coisa.
- Ah não Alex! Você não veio aqui só pra dormir né?
- Gente, eu tô muito cansado sério. Me deixem dormir só um pouco,
hoje eu não parei um minuto pra descansar.
Antes que eles pudessem dizer mais alguma coisa, Alexander já tinha
fechado os olhos. O rapaz estava deitado no colchão com as pernas
abertas e esticadas, repousando a cabeça no travesseiro. Tinha
apagado em questão de segundos.
- Ele vai dormir até amanhã, que merda – Zack reclamou – Nossos
planos foram por água abaixo.
- Nossa o Alex é gostoso pra caramba... – Comentou Thomas,
admirando o físico do amigo adormecido.
- Nem fale.
- A gente podia brincar com ele, mesmo dormindo.
- Tava pensando nisso também... Não dá pra esperar ele acordar.
- Será que ele tem um sono pesado?
- Acho que sim. E ele tá tão cansado que está dormindo feito pedra.
Acho que se a gente fizer algo ele nem vai perceber.
- Espero não me sentir culpado depois.
- Ele não vai ligar, relaxa.
Os dois olharam fixamente para Alexander adormecido e começaram
a apertar o meio das pernas, cheios de tesão.
- Eai, quer fazer o que primeiro? – Perguntou Thomas a Zack, se
estimulando.
- Só observa.
Zack se ajoelhou ao lado de Alexander no colchão e cuidadosamente
puxou o membro flácido do rapaz para fora do calção pela parte de
baixo. Manuseou-o suavemente com os dedos e puxou para baixo a
pelezinha que cobria a glande.
- Que delícia... – Thominhas sussurrou, mordendo os lábios e
colocando a mão dentro do short de dormir – Chupa ele.
O garoto abaixou o rosto e fechou os lábios no pênis de Alexander. O
rapaz não moveu um musculo sequer, mas seu membro começou a
crescer dentro da boca de Zack.
Thomas deu a volta e foi se deitar a esquerda de Alexander. Enquanto
Zack chupava, o loirinho começou a massagear os testículos. Depois
foi a vez de passar a ponta da língua nos mamilos de Alex, que
continuou a dormir profundamente.
- Ele já tá durão, olha só hehe – Disse Zack, segurando o pênis ereto
do rapaz – E ainda tá dormindo, puta que pariu.
- Minha vez de mamar ele.
Enquanto Thominhas se deliciava com o membro ereto, Zack abaixou
o short e encostou a glande nos lábios de Alexander. O rapaz
finalmente se mexeu e abriu os olhos.
- Cês são foda hein? – Alex falou sonolento e desnorteado – Não
esperam nem eu dormir um pouco, caramba.
- Faz com a gente, depois dorme.
Alexander se sentou, extremamente sonolento e com os olhos
fechados. Ele retirou o calção e bocejou, sem se esforçar para nada.
Zack e Thomas fizeram praticamente tudo...
Houve um momento em que os dois aproximaram o rosto do membro
de Alex e começaram a lambê-lo ao mesmo tempo. Alex voltou a se
deitar, colocando as mãos atrás da cabeça e curtindo a oral dos
amigos.
- Que visão bonita, os dois safadinhos sedentos, chupando meu pau –
Comentou Alex, com um sorriso unilateral malicioso.
- Eu duvido que aquela festa seria melhor que isso – Zack exclamou,
tirando os testículos da boca.
- Pode crer. Eu provavelmente teria voltado cedo pra dormir.
Thominhas deslizou os dedos nos pelos de Alexander, subindo pelo
umbigo e chegando ao abdômen. O rapaz então pediu:
- Vem cá Thomas.
O loirinho ficou de joelhos ao lado de Alexander e o rapaz agarrou
seu pênis, passando a masturbá-lo lentamente. Chegou a chupá-lo por
alguns segundos também, arrancando-lhe gemidos finos e sensuais.
Enquanto isso Zack continuava se deliciando logo abaixo.
- Tá, vamos acabar logo com isso – Disse Alexander se levantando –
Eu quero os dois de quatro no sofá, rápido.
Zack e Thomas obedeceram imediatamente. Se posicionaram de
quatro, um do lado do outro no sofá, com a bunda empinada e os pés
para fora. Primeiro Alex observou a cena de braços cruzados,
extremamente excitado e depois começou a se masturbar. Ele se
aproximou dos garotos e apertos suas nádegas, fazendo movimentos
circulares com o dedo médio na entrada do ânus de cada um. Deu
alguns tapas de leve e então se posicionou atrás de Zack.
- O marrento primeiro – Declarou.
Alex segurou a cintura de Zack e foi penetrando devagar. Passou
vários minutos socando no garoto, pra depois fazer o mesmo com
Thomas. Intercalou entre um e outro diversas vezes, pegando cada
vez mais pesado com eles. Zack e Thomas se beijavam e olhavam
olhares românticos enquanto isso.
Por fim Alexander mandou que eles se virassem, ficassem de joelhos
na sua frente e abrissem a boca.
- Rosto coladinho, isso, assim mesmo. Vou gozar na boca dos dois –
Disse, masturbando-se ferozmente.
Depois de um gemido grosso, Alex despejou quatro jatos de sêmen
direto nos lábios e nas línguas de Zack e Thomas. Terminou batendo
no rosto deles com o membro meia bomba.
Sem dizer nada, Alex deu as costas e foi se lavar no banheiro. Quando
voltou, caiu exausto no colchão e suspirou profundamente.
- Agora por favor, me deixem dormir.
Alguns minutos depois Zack sussurrou:
-Tive uma ideia. Bora gozar nele ?
-Acho melhor não, ele quer descansar. E se ficar puto ?
-Problema dele. Vamos, eu tô com muita vontade de fazer isso.
-Mas gozar onde?
-Aonde a gente quiser ué. Eu vou no rosto.
-Tá, eu vou no pau.
Alexander Parker estava dormindo profundamente com a boca
semiaberta quando Zack se masturbou e ejaculou em seu rosto. O jato
atingiu a boca, o nariz e a bochecha do rapaz. Já Thomas despejou
tudo no membro flácido e nos pelos da base de Alex.
- Ele nem acordou – Disse Zack segurando o riso.
- Nós somos terríveis Zack, caramba.
O garoto bocejou e disse:
- Valeu a pena né ? Eu tô começando a ficar com sono também. Acho
que vou escovar os dentes e dormir, quem sabe a gente não se diverte
mais amanhã ?
- Sim, com certeza.
CONTINUA...

Notas do autor:
E aqui vai um spoiler: Eles se divertiram mesmo! Depois de uma boa
noite de sono, Alexander Parker já estava revigorado e não perdoou
os dois pelo o que fizeram enquanto ele estava dormindo. A manhã
seguinte foi bastante prazerosa para o trio, mas vou deixar que vocês
mesmos imaginem os detalhes. Por enquanto vou me despedir,
preciso fazer uma coisa depois de digitar esse capítulo ( ͡° ͜ʖ ͡°).
Até!
EPISÓDIO 10 de 24

Zack já tinha até se esquecido da possível vinda do seu amigo


Leonard Spence para o Mackenzie, mas certa manhã encontrou-o no
corredor da escola e ficou sabendo da grande novidade. Leon estava
animadíssimo quando lhe contou sobre a mudança.
-Advinha só... Meus pais fecharam o negócio! – O moreno falou
sorridente – Vamos nos mudar para o Mackenzie hoje à tarde!
-Sério? Caramba, que legal! Nós vamos mesmo ser vizinhos.
-Sim. Eu tô muito feliz. Na verdade, era para eles terem fechado o
negócio há algum tempo, mas rolou uns problemas e quase que
desistiram do apartamento. Mas eles conversaram bastante e
decidiram seguir a diante com a compra. Você não sabe como eu
queria me mudar para o seu prédio.
-Você vai gostar, lá é muito legal.
-Cadê o Thomas?
-Foi no banheiro.
-Hoje à tarde o caminhão de mudanças vai levar as nossas coisas para
lá. Se quiserem me ajudar vou agradecer muito. Tem muitas caixas
para carregar.
-Claro pô, a gente ajuda sim. Me manda uma mensagem para nos
encontrarmos lá.
-Valeu Zack. Então até mais tarde.
Leon seguiu andando pelo corredor, enquanto Zack se encostava
numa parede e esperava Thomas voltar do banheiro. Em poucos
minutos o loirinho estava de volta.
-Acabei de encontrar o Leon. Ele vai se mudar lá pro Mackenzie hoje à
tarde.
-É mesmo?
-Sim. E ele pediu a nossa ajuda para carregar algumas caixas da
mudança.
-Beleza. Eu tinha até me esquecido disso pra falar a verdade.
-Eu também. O Leon não tinha dito mais nada sobre o assunto né?
-E nós também não perguntamos. Mas que bom que seremos vizinhos
daqui pra frente.
Então naquela tarde depois da escola, o caminhão de mudanças da
família de Leon estacionou bem em frente ao Edifício Mackenzie. O
céu azul estava sem nuvens e o sol brilhava forte, apesar da
temperatura estar um pouco baixa. Zack e Thomas desceram até a
calçada logo após receberem a mensagem de Leonard.
Eles o encontraram ao lado do caminhão falando no celular. Quando
avistou os amigos, Leon se despediu da pessoa na outra linha e sorriu
para eles.
-Eai. Obrigado por virem.
-Como podemos ajudar? – Thomas perguntou.
-Meu pai contratou alguns caras para levar nossos móveis lá para
cima. Mas tem muitas caixas dentro do caminhão, queria a ajuda de
vocês com elas.
-Beleza.
Zack e Thomas pegaram cada um uma caixa lacrada dentro do
caminhão, assim como Leon, e o seguiram para dentro do Mackenzie.
O novo apartamento do moreno ficava no sexto andar, por isso eles
pegaram o elevador para facilitar. Ao chegarem lá, o número 63 era o
único com a porta aberta e foi ali que eles entraram.
O apartamento ainda estava vazio. Os garotos deixaram as caixas no
último quarto do corredor.
-Esse vai ser o seu quarto? – Zack perguntou. As vozes deles
produziam ecos no ambiente.
-Isso mesmo. Mal posso esperar para arrumar tudo. Vou colocar
minha cama aqui do lado da janela. Nessa parede é onde vou guardar
meus jogos, numa estante nova de madeira que meus pais
compraram. E desse lado vou colocar meu computador. Vai ficar bem
legal.
-Você vai chamar a gente pra jogar com você né? – Thominhas
perguntou.
-Com certeza. Foi a primeira coisa que pensei quando soube que me
mudaria para cá.
Os três desceram novamente para buscar mais caixas. Fizeram isso
várias vezes ao longo daquela tarde, até que todas as coisas pessoais
de Leonard já estivessem dentro do seu novo quarto. Durante a
última viagem com as caixas, o trio encontrou-se com Alexander
Parker no elevador.
-Eai beleza – Disse o rapaz com um sorriso simpático. Tinha cortado o
cabelo recentemente, na régua – Quem é esse aí?
-Meu nome é Leonard Spence – O moreno se adiantou – Eu estou me
mudando pro Mackenzie hoje.
-Ah, foi a sua família que comprou o 63.
-Isso.
-Prazer, eu sou Alexander. Pode me chamar de Alex.
-Certo... Alex. Eu até apertaria sua mão, se não estivesse carregando
essa caixa pesada.
-Relaxa hahaha. E vocês três se conhecem de onde?
-Da escola.
Alexander Parker e Leonard Spence se entreolharam e sorriram um
para o outro.
-Bem-vindo ao Mackenzie Leonard – Disse Alex.
-Obrigado.
O rapaz saiu do elevador e eles continuaram a subir para o sexto
andar. Zack sentiu um imenso alívio quando colocou a última caixa no
chão.
-Pronto, isso é tudo. O resto pode deixar com os caras que meu pai
contratou – Disse Leonard – Obrigado de novo por terem me ajudado.
Sem vocês eu demoraria muito mais tempo.
-Que nada, foi divertido – Thomas comentou – Se precisar de mais
alguma coisa, pode falar com a gente.
-Certo. Agora vocês podem ir se quiserem. Tenho muita coisa pra
organizar. E preciso falar com o meu pai sobre um negócio.
-Ok, então a gente se vê. Até.
Zack e Thomas deixaram o apartamento 63 e desceram de escada até
o quinto andar. Os dois foram conversando pelo caminho.
-Caramba, estou com os braços doloridos – O garoto reclamou – Não
via a hora daquelas caixas acabarem. E eu carreguei as mais pesadas.
-Eu percebi que você estava tendo um pouco de dificuldade. Por que
não pediu ajuda?
-Fiquei com vergonha. Você e o Leon pareciam estar de boa.
-Não precisa ser orgulhoso e bancar o fortão. Eu também fiquei
cansado, mas valeu a pena né? Nós três batendo papo sobre a vida.
-É verdade. Pô, o Leon é um cara muito foda. Mas você viu àquela
hora com o Alex?
-O quê?
-Não vai me dizer que você não percebeu o clima entre eles?
-Ah, fala sério. O Leonard é hétero, todo mundo sabe.
-Será?
-Até onde eu sei, sim.
-Hmm... Sei não. Achei bem estranho a troca de olha deles.
Depois da mudança, Zack, Thomas e Leonard começaram a ir para a
escola juntos, o que fez com que a caminhada até lá fosse muito mais
divertida. Os três dividiam a mesma paixão por jogos eletrônicos, e
era sobre isso que eles mais conversavam. Leonard Spence era
completamente obcecado por videogames, passando a maior parte do
seu tempo trancado dentro do quarto, jogando em consoles ou no seu
computador.
-Eu geralmente jogo umas oito horas por dia. As vezes mais – O
moreno contou para eles – Mas todo dia eu jogo alguma coisa.
Sempre.
-Por acaso você dorme? – Zack brincou.
-Durmo sim, mas as vezes eu fico jogando até tarde e esqueço de ir
pra cama. Uma vez eu nem dormi, fiquei jogando até de manhã e fui
direto pra escola.
-Caralho...
Mas havia um outro lado de Leon que eles ainda não conheciam, e o
primeiro a descobrir isso foi Zack. Tudo começou certo dia, durante o
intervalo da escola, quando o garoto foi até o banheiro masculino
para urinar...
Ele se aproximou do mictório e começou a esvaziar a bexiga. De
repente Leonard surgiu bem do lado dele, abriu o zíper da bermuda e
passou a fazer xixi também.
-Eai – Leon falou olhando para baixo. Os dois estavam demorando
para terminar.
-Eai.
-Hoje tá calor né?
-Sei lá, acho que sim.
-Bem que as salas de aula poderiam ter ar-condicionado. Meu pai já
comprou um para o meu quarto, acho que vão instalar hoje.
-Da hora.
Eles ficaram em silêncio e Zack achou aquilo muito suspeito. Decidiu
fazer uma pergunta.
-Você está gostando do Mackenzie né?
-Sim, lá é muito legal.
Zack terminou de urinar primeiro e teve certeza de que Leon olhou
de relance para o seu membro. Após fechar o zíper e lavar as mãos, o
garoto deixou o moreno para trás, tentando entender o que tinha
acabado de acontecer.
“Por que ele fez isso? Será que... Não, não pode ser. Acho que estou
imaginando coisas. Não foi nada demais. Ele só queria trocar ideia.
Muitos meninos fazem isso”.
Mas naquele mesmo dia, outra coisa estranha aconteceu. Zack,
Thomas e Leonard voltaram juntos para o Mackenzie e pegaram o
elevador do prédio como de costume. O loirinho se despediu e desceu
no segundo andar, enquanto os outros dois continuavam a subir.
Sozinho com Leon dentro do elevador, Zack sentiu novamente aquele
clima suspeito.
O moreno começou a apertar o meio das pernas, como se estivesse
coçando suas partes intimas. Por um momento pareceu uma atitude
normal, mas Zack notou algo obsceno na maneira como Leonard fazia
isso. E ele só parou quando as portas se abriram novamente.
-Até amanhã então – Zack falou, colocando os pés no quinto andar.
-Até.
Antes das portas do elevador se fecharem, Zack olhou uma última vez
para Leon. A expressão no rosto do moreno era maliciosa, com os
olhos negros bem fixos nele. Além disso Leonard havia mordido os
lábios como se estivesse sedento por alguma coisa.
“Ok, isso não foi minha imaginação. Sei exatamente o que vi. Ele tá
querendo alguma coisa, tenho certeza”.
Depois de vários dias morando no Edifício Mackenzie, Leonard
finalmente convidou os garotos para jogarem videogame na sua casa.
Era uma sexta-feira à noite, e os pais do moreno haviam saído para
uma festa. Zack e Thomas se encontraram no sexto andar e foram
juntos para o apartamento de Leonard.
O garoto não tinha contado a Thomas sobre as coisas que Leon fizera.
Não sabia como o loirinho iria reagir se soubesse do possível
interesse de Leonard por ele...
-Acho que não vou poder ficar muito tempo – Thomas falou quando
eles se aproximaram da porta – O meu irmão me disse para voltar
cedo.
-Foda-se o Antony. Hoje é sexta, amanhã não tem aula. Não precisa se
preocupar com isso.
-Queria que fosse fácil assim....
Zack tocou a campainha do 63 e aguardou. Poucos segundos depois
Leonard abriu a porta, pegando-os de surpresa por um detalhe: ele
estava só de cueca e com uma toalha branca nos ombros. O
constrangimento foi imediato, embora o moreno agisse da maneira
mais natural possível.
-Chegaram cedo – Disse ele. Seus cabelos negros estavam úmidos e
bagunçados – Podem entrar, fiquem à vontade. Eu acabei de sair do
banho, nem coloquei uma roupa ainda.
Era a primeira vez que Zack e Thomas voltavam para aquele
apartamento desde o dia da mudança. A diferença era gritante, agora
que tudo estava no seu devido lugar. O trio seguiu direto para o
quarto de Leonard no fim do corredor.
O local estava exatamente como Leon descrevera da última vez: a
cama perto da janela, a enorme estante de madeira com a coleção de
jogos e a mesinha do computador. Nas paredes também havia alguns
pôsteres de filmes e séries que o moreno adorava. Sem dúvida aquele
era o quarto mais legal que Zack já tinha visitado.
-Caramba, que quarto foda! – Elogiou Zack – E olha essa coleção de
jogos. Cara, que inveja.
-Valeu. Demorou muito para organizar tudo. E eu sou bem
preguiçoso.
Leon terminou de secar os cabelos e abriu o guarda-roupa. Escolheu
um calção preto confortável e uma camiseta branca para vestir. Foi
até o banheiro para pentear o cabelo e só depois retornou ao quarto.
-Os seus pais vão demorar? – Perguntou Thomas.
-Sim, bastante. Agora venham cá, quero mostrar uma coisa pra vocês.
Leonard se sentou na cadeira giratória em frente ao computador e
abriu um jogo online. Os garotos ficaram admirados com o nível da
habilidade de Leon naquele jogo famoso. Ficaram vários minutos
assistindo-o jogar, e nenhuma vez ele perdeu. Era como se o moreno
nem sequer piscasse para a tela.
-Acho que já deu. Só queria mostrar a minha conta pra vocês. E olha
que eu só tô jogando há uns três meses.
-Você é bom demais.
-Modéstia à parte, sou mesmo. Mas eaí, o que vocês querem jogar?
-Você escolhe, a casa é sua.
-Hm... Acho melhor a gente ir lá pra sala usar a TV grande. É melhor e
mais espaçoso do que o meu quarto.
Na sala de Leon, os garotos sentaram-se no sofá enquanto o moreno
ligava o console. Houve um certo debate para escolher qual jogo iriam
jogar primeiro, mas acabaram optando por um título famoso de luta.
Passaram mais de duas horas se divertindo com aquele jogo,
enquanto conversavam e davam muitas risadas. Aquela estava sendo
uma noite extremamente agradável para os três amigos.
-Eu desisto, vamos trocar de jogo – Disse Zack – Não dá pra vencer o
Leon.
-Mas você quase conseguiu dessa vez.
-Eu sei, mas já tô cansado. Que horas são?
-Nove e meia.
Thomas tirou o celular do bolso e viu que seu irmão Antony havia lhe
mandado uma mensagem há poucos minutos atrás.
-Gente, preciso ir. Meu irmão já me mandou mensagem reclamando.
-Ah, mas tá cedo!
-Eu sei, mas não adianta discutir, senão vai ser pior. Preciso mesmo
ir.
-Tudo bem Thominhas – Leon falou, se levantando – Na próxima eu
combino de tarde, aí você pode ficar mais tempo. Zack, você não vai
embora agora né?
-Não sei, posso ficar mais?
-Claro que sim. Você disse que o seu pai está no turno da noite hoje
não é? Então você não tem horário para voltar pra casa.
-Beleza. Melhor assim, eu não quero ficar sozinho.
Thomas suspirou e levantou do sofá. Leon o acompanhou até a porta
e se despediu dele no corredor da frente.
-Não fica triste. Hoje foi muito legal, eu vou chamar vocês aqui mais
vezes.
-Valeu Leon. Até outro dia.
-Até.
De volta para a sala, Leon sentou-se ao lado de Zack no sofá.
-O Thomas ficou bem chateado. O irmão dele é tão chato assim?
-Sim, não sei como ele aguenta.
-Bom... Agora somos só você e eu. Vamos parar um pouco de jogar e
fazer outra coisa.
-Beleza. O quê?
A expressão no rosto de Leonard mudou de repente. Novamente ele
estava com aquele olhar penetrante e malicioso. Zack não disse nada,
apenas ficou esperando o amigo responder à sua pergunta.
-Eu acho que o Thomas foi embora na hora certa... – Disse Leon
colocando os braços em cima do sofá – E eu nem planejei isso.
-O que você está querendo dizer?
-Você não percebeu o que eu estava tentando fazer?
-Está falando daquelas coisas? No banheiro da escola e no elevador?
-Isso. Que bom que você percebeu.
-Não tinha como não perceber né? Estava tão óbvio. Dá pra ser direto
e dizer logo o que você quer?
-Você não disse que era óbvio? Eu tô querendo transar com você.
-E você acha que eu quero?
-Não sei, isso você que tem que me dizer.
-Então você é gay.
-Não.
-Bi?
-Hm... Não gosto muito de rótulos. E você?
Zack hesitou em responder aquela pergunta.
-Eu gosto de tudo, pego geral – Disse ele por fim – Mas não gosto de
ficar espalhando isso por aí.
-Interessante... Você e eu temos muito em comum então. Eai, vamos
fazer?
-Ainda não tenho certeza se estou a fim.
-Vai ficar bancando o difícil?
-Não é isso pô.
-Garanto que não vai se arrepender. E o momento é perfeito, nós
estamos sozinhos aqui e meus pais ainda vão demorar para voltar.
-É que eu namoro. Com o Thomas.
-É sério? Nossa, eu sabia que vocês eram grudados um no outro, mas
não imaginava que rolasse algo sério... Pra mim vocês eram apenas
melhores amigos.
-E somos ué. Mas já faz mais de um ano que começamos a namorar.
-Entendi.
-Tipo, o nosso relacionamento é meio “aberto” digamos assim. A
gente fica com outras pessoas, mas sem sentimento. A maioria amigos
ou família.
-Uau, achei super interessante. E vocês não sentem ciúmes um do
outro?
-Não, é de boa. Rola uma confiança e tal. É mais pelo sexo entendeu?
A gente decidiu isso por que ainda somos muito jovens e queremos
curtir e experimentar várias coisas. Mas ao mesmo a gente é
apaixonado um pelo outro e quer namorar. Meio confuso, mas acho
que deu pra entender.
-Eu entendi perfeitamente e achei ótimo.
-Só vejo vantagem nisso, sério. Eu sou viciado em sexo e posso pegar
quem eu quiser. O Thomas não se importa, contanto que não role algo
emocional. A mesma coisa pra ele, tá livre pra se divertir também. As
vezes a gente faz a três e é ótimo!
-Então a gente pode fazer, qual o problema?
-Peraí, vou avisar ao Thomas sobre isso.
Zack pegou o celular ligou para Thominhas, explicando toda a
situação.
-...Tá bom, te amo também. Beijos – O garoto voltou a guardar o
celular e olhou maliciosamente para Leonard – Agora que ele já sabe,
fico mais tranquilo. Nós combinamos de avisar um ao outro toda vez
que vamos ficar com alguém novo pela primeira vez.
-O que ele disse?
-Ficou com raiva por que queria participar também.
-É uma pena que ele foi embora cedo. Mas na próxima vamos nós três
que tal? Ou pode ser só eu e ele, se não tiver problema pra você.
-Problema nenhum, fica à vontade.
-Demoro então. Vamos?
-Bora. Ah, só vou te pedir uma coisa. Não conta pra ninguém sobre
mim e o Thomas, nem que a gente vai se pegar hoje.
-Eu sou ótimo em guardar segredos. Não se preocupe, ninguém vai
saber. Até porque eu não saio por aí falando das coisas que faço,
principalmente com outros moleques.
-Ok então. Mas antes, me responde uma coisa.
-O quê?
-Você já suspeitava de mim?
-Eu sempre senti tesão por você. E quando eu soube que me mudaria
para cá, achei que era a oportunidade perfeita para tentar. Por isso eu
dei aqueles sinais... Mas você não disse nada, achei que não tinha
percebido ou que não curtia. Fiquei com essa dúvida há vários dias.
Mas agora que estamos sozinhos aqui, eu precisava tentar de novo.
-Então você não suspeitava de mim?
-Não. Na verdade, eu tinha quase certeza de que você era hétero. Mas
eu queria tentar mesmo assim.
-Nossa, você me curte tanto assim?
Aquilo levantou bastante o ego de Zack.
-Pra caramba – Leon admitiu.
-Eu não te culpo, sou gostoso pra caralho mesmo hehe.
-Ei, abaixa a bola. Não fica se achando.
-Eu sei, tava só brincando.
-Enfim, podemos fazer agora? Eu tô morrendo de vontade – O moreno
sentiu o coração acelerar. Cada segundo que passava ficava mais
ansioso.
-Ok. Aqui mesmo na sala?
-Não. No meu quarto, na minha cama.
Leonard se levantou do sofá e estendeu a mão para Zack. O garoto
segurou-a com força, sem hesitar e juntos eles caminharam para o
quarto.
CONTINUA...
EPISÓDIO 11 de 24

Leonard encostou suavemente a porta de seu quarto logo após eles


passarem. O moreno virou-se para Zack e abriu um sorriso malicioso,
mostrando o quanto estava sedento para transar com ele. Já o garoto
parecia mais tranquilo e paciente, embora também estivesse cheio de
vontade.
-Preparado? – Leonard perguntou se aproximando de Zack.
-Lógico. Tô com o tesão a mil aqui.
-Acho que nunca fiquei tão ansioso pra transar com uma pessoa como
agora.
-Oxe, pra quê isso? Só relaxa e deixa rolar. E eu não sou nada demais.
-Engano seu.
-É verdade pô, você já deve ter pegado pessoas muito mais bonitas do
que eu.
-Não é questão de beleza... É o jeito de ser, a sua postura, essa carinha
de marrento. Tu parece que tá sempre puto da vida e isso me dá um
tesão absurdo.
-Se você tá dizendo, cada um com seus gostos.
-Pode deixar que eu tomo as iniciativas.
Leon ficou cara a cara com Zack e o encarou profundamente por
alguns segundos. O garoto permaneceu calado, retribuindo o olhar do
amigo e mantendo a expressão séria no rosto. O seu tesão estava
aumentando cada vez mais. Se Leonard desse uma olhada dentro de
sua cueca, teria uma ótima surpresa...
-Tira a camisa – Pediu Leon.
Zack obedeceu na mesma hora. Não só tirou a camisa rapidamente,
como também a bermuda que estava usando. Leon sorriu ao ver o
enorme volume na cueca vermelha do garoto.
-Você já está bem animado, é assim que eu gosto. Agora deita ali na
minha cama e me deixa cuidar de você.
-Cuidar de mim?
-Aham. Você vai adorar.
Quando Zack deitou-se confortavelmente na cama de Leon, o moreno
também se despiu e subiu imediatamente em cima dele. Os dois
trocaram olhares por um breve momento e então Leonard beijou
intensamente os lábios de Zack.
-Uou.
-O que foi?
-Pensando bem, isso tá sendo muito surreal pra mim. Nós somos
amigos há alguns anos e nunca passou pela minha cabeça que eu iria
te pegar. Além disso, esse beijo...
-O que achou?
A resposta de Zack foi outro beijo, pegando Leon de surpresa.
Leonard deu uma série de beijos no pescoço do garoto e foi descendo
até chegar ao abdômen. Após vários chupões na região, o moreno
desceu ainda mais e alcançou a cueca vermelha volumosa. Com os
dedos brancos ele acariciou o contorno do pênis por cima do tecido e
segundos depois já estava arrancando aquela cueca para finalmente
ter acesso ao que tanto desejava.
-Belo pau – Leon elogiou, manuseando o membro ereto de Zack com
as mãos.
-Valeu.
-Você é que nem eu...
-Como assim?
-Gosta de manter bem natural. Ou será que é preguiça de se depilar
haha?
-Um pouco dos dois.
O moreno caiu de boca no pênis de Zack, começando a chupar
ferozmente. O garoto delirou com aquela oral, ao ponto de não se
conter e acabar contorcendo-se na cama de tanto prazer. Uma das
melhores chupadas que recebera até então. Dava pra ver que Leon
sabia muito bem o que estava fazendo e apesar da idade já era bem
experiente no assunto.
Depois de vários e vários minutos chupando Zack, Leon limpou os
lábios úmidos com as costas da mão e decidiu tirar sua própria cueca
também. Agora Zack finalmente pôde ver o membro do adolescente,
tão ereto quanto o dele e cercado de pelos negros.
Leonard segurou ambos os pênis ao mesmo tempo com a mão direita,
masturbando-os lentamente. E com a mão esquerda acariciava os
próprios mamilos e massageava o peito branco e liso que possuía.
-Então... – Disse o moreno após um tempo – Pronto para a melhor
parte?
-Com certeza.
-Você quer ser ativo ou passivo?
-Ativo óbvio. E você?
-Eu gosto de ser os dois. Nós podemos revezar, o que acha?
-Por mim de boa. Mas eu meto primeiro.
Leon ficou de quatro na cama e Zack se posicionou atrás dele. O
garoto deslizou os dedos pela bundinha branca do amigo e tocou
suavemente o buraquinho do ânus com o dedo indicador. Era ali que
iria penetrar, então levou sua glande até o local e foi aos poucos
tentando encaixá-la.
Quando enfim conseguiu, Leonard gemeu baixinho. A penetração
começou lenta, mas foi acelerando com o tempo. O prazer que Zack
sentiu era absurdamente grande, à medida que fazia seu pênis entrar
e sair daquele espaço apertado. Em poucos minutos já estava
movendo a cintura na maior velocidade possível.
-Hmmm... Caralho Zack!
Leon levou várias estocadas por bastante tempo. O entusiasmo e a
energia do garoto lhe surpreenderam, mas ele também tinha vontade
de estar do outro lado.
-Vamos trocar agora – Ele disse por fim – Minha vez de meter.
Zack se retirou de dentro do adolescente, suspirou e ajeitou os
cabelos. Tinha ficado bastante cansado de fazer aqueles movimentos
frenéticos por tanto tempo. Se tivesse continuado mais um pouco,
acabaria gozando. Foi bom que Leonard tivesse pedido para
inverterem os papéis.
-Como vai ser? – Perguntou Zack.
-Deita aí e abre as pernas, vou penetrar de frente. Quero ver o seu
rosto quando meu pau estiver entrando.
O garoto obedeceu, repousando a cabeça no travesseiro e
suspendendo as pernas. Leonard não o penetrou de imediato. Antes
disso introduziu o dedo médio dentro do ânus de Zack, e apenas isso
já lhe deu um imenso prazer.
-Olha só, você gosta que brinquem com seu cuzinho. Nunca
imaginaria – Leon falava com uma voz suave e sensual – Jurava que
você era aqueles ativos que nem deixam chegar perto.
-Quem não gosta disso não sabe o que está perdendo – Zack
comentou, fechando os olhos e sorrindo.
-Espera aqui.
Leon saiu da cama e foi buscar alguma coisa no banheiro. Voltou
trazendo um tubo de lubrificante, espalhando um pouco nas mãos,
principalmente nos dedos.
-Esqueci que tinha um pouco guardado – Disse ele, voltando a mesma
posição de antes – Sorte a sua, senão eu teria que te penetrar no seco.
-Por que não pegou antes?
-Só lembrei agora que ainda tinha.
O lubrificante estava gelado e Zack adorou a sensação de umidade
quando Leon colocou um pouco dentro dele também. O moreno
introduziu dois dedos em Zack, para só depois começar a penetração
de verdade.
Zack manteve os olhos fechados e uma expressão séria rosto. Leon foi
penetrando cada vez mais fundo e o garoto mordeu os lábios de
excitação.
-Pode ir com tudo se quiser – Ele pediu – Eu aguento.
Com o tempo Leonard passou a mover a cintura para frente e para
trás. A expressão de dor e prazer no rosto do garoto lhe dava ainda
mais tesão. Ele mal podia acreditar que estivesse fazendo aquilo com
o amigo. Tinha imaginado essa cena diversas vezes, mas sempre
duvidou que fosse se tornar realidade. Conseguir levar o famosinho
Zack Davis para a cama era a sua maior conquista até o momento.
-Ah, que delícia – Leon falou mordeu os lábios – Delícia de cuzinho.
A empolgação foi tanta que ele não conseguiu aguentar muito tempo.
Não demorou muito e Leonard parou de penetrar. Imediatamente o
moreno começou a se masturbar olhando fixamente para Zack.
-Bate uma também. Vamos gozar juntos – Pediu ele.
Zack acompanhou o amigo e ambos ficaram se masturbando por
alguns segundos. Leon ejaculou primeiro, despejando tudo no
abdômen do garoto. Trinta segundos depois foi a vez de Zack, sujando
ainda mais a região abaixo do seu umbigo.
Por fim Leon abriu um sorriso e sentou-se na cama cansado. Já Zack
permaneceu deitado por um tempo, com o coração acelerado e
completamente relaxado após o orgasmo.
-Como se sente? – Perguntou o moreno.
-Muito bem – Zack respondeu sorrindo.
-Espero que não tenha se decepcionado com alguma coisa.
-Não, foi ótimo. O seu pau é muito gostoso.
-Que bom curtiu.
Depois de alguns segundos em silêncio, Zack perguntou:
-E agora?
-Agora eu vou tomar outro banho e depois jogar um pouco – Leonard
respondeu se levantando da cama e se espreguiçando – Sexta-feira
perfeita para mim é assim: sexo e videogame. Tô muito feliz.
Então Leonard foi para o banheiro e tomou um banho rápido. Quando
voltou para o quarto estava com uma toalha enrolada na cintura e
com o corpo ainda pingando.
-Eu posso tomar um banho também? – Zack perguntou.
-Claro, vai lá. Aliás, a gente deveria ter tomado juntos, que droga.
Zack caminhou até o corredor, entrou no banheiro e viu que o chão
ainda estava úmido por causa do recente banho de Leon. O garoto foi
direto para o chuveiro e a ducha quente lhe ajudou a lavar os
vestígios de sêmen no seu abdômen magrinho, além de esquentá-lo
do frio por conta da nudez. Quando terminou, percebeu que não tinha
nenhuma toalha disponível.
Ele teve que caminhar pelado até a porta do banheiro para chamar
Leon. Moreno apareceu rapidamente no corredor, já vestido, usando
uma camisa e um short de dormir.
-Estou sem toalha – Zack dissera, colocando a cabeça para fora por
uma fresta na porta.
-Ah, desculpe. Espera aí, vou pegar.
Leonard trouxe de seu quarto uma toalha limpa.
-Por que você está se escondendo atrás da porta? – O moreno
perguntou – Nós acabamos de transar, eu já vi você pelado.
-Na verdade, eu não sei.
O garoto abriu a porta completamente, revelando seu corpo nu e
molhado. Leon o admirou dos pés à cabeça, novamente demonstrando
aquele olhar sedento e malicioso.
-Eu sei que isso é estranho... Mas você se importa se eu te secar? –
Perguntou Leon.
-Me secar?
-Sim.
-Tá bom, fique à vontade.
Zack permaneceu parado perto da porta do banheiro, enquanto
Leonard secava seu corpo com a toalha azul. O moreno passou o
tecido em todas as partes que conseguiu alcançar, pedindo a Zack
inclusive que levantasse os braços para secar suas axilas e um pé de
cada vez, forçando o garoto a se equilibrar numa perna só.
Quando esfregou a toalha no meio das pernas de Zack, Leon abriu um
sorriso malicioso. Talvez tivesse demorado mais tempo do que o
necessário naquela região, a ponto deixar o garoto com uma nova
ereção. E por fim ele secou os cabelos castanhos de Zack, deixando-os
bagunçados e arrepiados graças ao atrito da toalha.
-Cara você é muito pervertido – Falou Zack.
-Eu não consegui resistir.
De volta ao quarto, Zack colocou as mesmas roupas de antes
enquanto Leon se sentava em frente ao computador e começava a
jogar um jogo online com os amigos, usando enormes fones de ouvido.
-Lembre-se de não contar pra ninguém sobre o que fizemos aqui –
Zack advertiu.
-Não se preocupe, não vou contar – Leon parou o jogo e olhou para o
amigo - Eu posso te fazer uma pergunta?
-Claro.
-Aquele amigo de vocês, o tal de Alexander... Ele tá solteiro?
-Tá sim, por quê?
-Por nada, só pra saber. Ele é bonito.
-Bonito? Bonito é pouco. O Alex é lindo.
-Ele é filho do síndico né?
-Sim.
-Mas a pergunta que não quer calar, ele é hétero?
-Não, ele é bi.
-Hmmm... Interessante.
-Mas não sai por aí espalhando isso. O Alex é muito discreto, igual a
gente.
-Relaxa.
“Bem que eu percebi o olhar do Leon para o Alex naquele dia da
mudança. E agora que eu sei que ele também curte homem...”, refletiu
o garoto.
Mais tarde, quando Zack já tinha ido embora, a primeira coisa que
Leon fizera foi stalkear as redes socias de Alexander Parker, para
saber mais a respeito do rapaz.
CONTINUA...
EPISÓDIO 12 de 24

Leonard Spence estava ansioso para se encontrar novamente com


Alexander Parker, o rapaz filho do sindico que tinha lhe deixado
bastante interessado. Nos últimos dias ele havia procurado saber
mais sobre Alex, analisando suas redes sociais e fazendo várias
perguntas para Zack e Thomas a respeito dele. Os dois já o conheciam
há anos, então poderiam contar a Leon tudo o que ele precisava
saber.
-Você me disse que o Alex é bissexual certo? – Leon perguntou a Zack,
na quarta-feira de manhã quando estavam indo para a escola.
-Eu falei?
-Sim, não se lembra? Durante aquela conversa que tivemos no meu
apartamento. Naquela noite que a gente... Você sabe.
-Ah, é verdade. Nem me lembrava mais. Eu não sei se foi uma boa
ideia ter te contado.
-Por que não?
-O Alex é muito reservado. Se ele souber que eu contei pra alguém,
capaz de ficar puto comigo.
-Não se preocupe, eu não vou sair por aí contando pra todo mundo.
Mas que bom que você me contou.
-Por quê?
Leon estava com um sorriso malicioso naquele momento, e não
respondeu à pergunta de Zack. Ao invés disso decidiu mudar de
assunto até que eles chegassem na escola. Se Alexander era realmente
bissexual, Leonard sabia que tinha uma chance.
Alguns dias depois a oportunidade finalmente surgiu quando Leonard
e Alexander se encontraram por acaso no elevador. O moreno estava
parado no térreo, quando Alex surgiu de repente e os dois precisaram
subir até seus respectivos andares.
- E aí, tudo bem? – Leon tomou a iniciativa – Como vão as coisas?
- Tudo certo. Tá gostando de morar aqui no Mackenzie?
- Sim, aqui é muito legal. Bem melhor do que o lugar onde eu morava
antes.
- Você é amigo do Zack e do Thominhas né? Estudam na mesma
escola se não me engano.
- Isso, nós já somos amigos há algum tempo. Eu adoro aqueles dois.
- Eu também. A gente se conhece desde moleques.
- Eu sei, eles me contaram.
Conversa vai, conversa vem, Leon não perdeu tempo e foi logo
pedindo o número de celular de Alexander. E então eles continuaram
a conversar por mensagens a partir dali. A química aconteceu logo de
imediato e não demorou muito para que marcassem de se encontrar
pessoalmente mais uma vez.
Isso aconteceu na noite de domingo, quando decidiram dar uma volta
pelos arredores do prédio. Alex passou o fim de semana inteiro
ocupado e só teve tempo de encontrar-se com Leonard naquele
momento. Os dois adolescentes foram caminhando até a garagem do
Mackenzie e naquele horário, tudo estava silencioso. Já estava mais do
que óbvio que alguma coisa iria rolar entre eles...
- Os seus pais tem carro? – Alexander perguntou.
- A minha mãe tem. É aquele prateado ali na vaga – Leon apontou
para o veículo da mãe a alguns metros à frente.
- Que lindo.
- Você tem vontade de dirigir?
- Pretendo tirar carteira em breve. E você?
- Tenho um pouco de medo. Prefiro dirigir apenas no videogame
mesmo.
- O Zack me falou que você gosta bastante de jogar.
- Pra caramba. Se eu não tivesse vindo pra cá contigo, provavelmente
estaria no PC jogando online com meus amigos.
- Eu sou péssimo nos videogames, mas eu curto.
- Se quiser podemos jogar lá em casa um dia desses.
- Só não pode ser jogo competitivo. Não quero passar vergonha.
- Relaxa, eu tenho várias opções pra gente escolher.
Eles continuaram caminhando pela garagem do condomínio.
-E você, está solteiro? – Leonard foi direto ao ponto. Odiava rodeios.
-Solteiro sim. Agora sozinho é outra história...
-Como assim?
-Não estou namorando sério com ninguém no momento. Mas digamos
assim, eu tenho meus contatos, aí rola algumas coisas de vez em
quando...
-Interessante.
Alexander olhou fixamente para os olhos negros de Leon, para tentar
analisar o que ele estava pensando. Será que não tinha gostado
daquela resposta?
-Eu só queria te conhecer melhor – Leonard falou – Eu reparei que
você é muito popular por aqui, todos parecem gostar de você.
-Você fez uma pesquisa completa sobre mim hein? Uau.
-Eu posso te fazer uma pergunta?
-Claro.
-Você é amigo do Zack e do Thomas há muito tempo certo?
-Sim, há muito tempo. Desde pequenos.
-E... Por acaso você já teve algo com eles?
-Pelo visto você está sabendo de muita coisa.
-Não se preocupe, eu sei guardar segredo. Eu não sou de fazer fofoca.
-Será?
-Pode confiar.
-Já tive sim. O meu lance com o Zack e com o Thominhas vai além da
amizade. A gente se diverte bastante, temos muita liberdade uns com
os outros. Sei lá, é algo natural pra nós. São anos de amizade, as
coisas simplesmente caminharam pra esse lado...
-Eles formam um casal muito fofo. Inclusive eu e o Zack já transamos.
-É mesmo? – Alex perguntou, sem demonstrar surpresa.
-Sim. Ele foi lá em casa jogar videogame e acabou rolando. Foi uma
delícia...
-E o Thomas?
-Ele tinha ido embora mais cedo. O irmão implicou ou algo assim.
-Ah sei, o Antony é um cuzão.
-Ainda não conheci o irmão dele.
-Nem queira, vai por mim. O cara é um merda, sinceramente.
-Hmm... Coitado do Thomas então.
Houve um breve momento de silêncio, e então Leonard falou:
-Mas então... A gente já conversou bastante e tal... Tô gostando muito
de te conhecer.
-Eu também.
-Você tá a fim de...
-Ficar contigo? É obvio que sim. Se eu não tivesse a fim, eu nem
queria vindo.
Leon abriu um enorme sorriso. Foi ali, atrás de uma coluna, que
pintou o clima e eles deram o primeiro beijo. Bem clichê mesmo, com
direito a mão na cintura e tudo mais. A partir dali rolou uma conexão
forte entre os dois, que continuaram a se encontrar várias vezes nas
semanas seguintes. No total passaram-se dois meses nesse processo.
Mas nem tudo ocorreu perfeito desde o começo. Alexander sentiu
muita dúvida sobre esse lance com Leon. É claro que também estava
gostando do moreno, mas sentia que as coisas estavam acontecendo
rápido demais e decidiu dar uma desacelerada.
“Vamos com calma”, ele disse certa vez. “Vamos só curtir, sem
compromisso”.
Leon não concordava muito com isso. O moreno era ciumento e tinha
medo de perder Alexander pra outra pessoa. A insegurança era
grande, mas ele acabou respeitando a vontade de Alex e deixou as
coisas aconteceram naturalmente.
E elas aconteceram. O sentimento cresceu, os dois foram ficando cada
vez mais envolvidos e apaixonados um pelo outro. Mais um casal
estava formado no Edifício Mackenzie. É claro que este é apenas o
resumo da história, foram várias conversas, vários encontros e várias
ficadas até que finalmente eles estivessem oficialmente namorando.
***
Era uma quinta-feira à noite e o Sr. Parker havia saído, por isso
Alexander convidou Leonard para o seu apartamento no sétimo
andar...
- Você veio voando, caramba – Alexander falou ao abrir a porta para o
namorado – Não faz nem cinco minutos que te mandei a mensagem.
- Não gosto de perder tempo. E eu não tava fazendo nada lá em casa.
- Pensei que estivesse jogando, como sempre.
- Hoje não. Tô dando um tempo.
Fazia dias que eles não transavam. A expectativa estava muito alta
para ambos. A ansiedade a mil por hora. Os hormônios pegando
fogo...
Alexander segurou a mão de Leonard e o levou para seu quarto,
trancando a porta depois que passaram. O rapaz acendeu a luz, virou-
se para o moreno e o segurou pela cintura... Os dois se beijaram e
foram caminhando juntos até a cama. Despiram as roupas antes de se
deitar no colchão, dando inicia a uma pegação intensa e feroz.
Alex passou a ponta da língua nos mamilos de Leon, fazendo o
moreno gemer baixinho. Ele adorava quando faziam isso. E a língua
foi descendo seu corpo, passando pelo abdômen pálido, o umbigo e
chegando aos pelos escuros em volta do pênis. Alexander abocanhou
apenas a cabecinha no início, chupando devagar...
- Hmmm... – Gemeu Leon de olhos fechados, e mordendo os lábios. Ele
segurou a cabeça do namorado com as mãos enquanto era chupado –
Que delícia...
Minutos depois, Alexander afastou as duas pernas de Leonard, se
ajoelhou ao lado da cama e começou a passar a língua em outro lugar.
Leon foi ao delírio. Era exatamente o que ele queria, foi como se Alex
tivesse lido seus pensamentos. Foram vários minutos assim, e quando
o rapaz parou, Leonard pediu que continuasse fazendo um pouco
mais...
Quando chegou a hora da penetração, Alexander se deu conta de uma
coisa.
- Putz – Disse ele de repente.
- Que foi?
- Não tenho lubrificante. E acho que está muito tarde pra ir comprar.
- Até parece que quero interromper agora, só pra ir procurar
lubrificante. Vamos sem mesmo, ou usa cuspe, sei lá.
- Não quero que você sinta dor. Eu me preocupo muito com isso sabe?
- Relaxa que se eu não aguentar, eu falo.
- Tá bom.
Eles tiveram um pouco de dificuldade no começo, mas era só uma
questão de tempo e posição. Alex começou a penetrar devagar, pela
frente, tirando e colocando diversas vezes até que Leonard estivesse
confortável com seu membro. Logo o rapaz passou a mover a cintura
rapidamente e a partir daí o prazer foi imensurável...
A cena era maravilhosa: Alexander Parker, com seu físico incrível,
abdômen definido, metendo forte em Leonard, que é igualmente
delicioso. O moreno gemia bastante, com as mãos a cima da cabeça,
expondo suas axilas peludas. O movimento fazia seu cabelo preto
balançar.
Alexander se retirou segundos antes do orgasmo e ejaculou no
abdômen do namorado. Sempre preocupado com o prazer do passivo,
Alex chupou e masturbou Leon até ele ejaculasse também. Os dois
terminaram com um beijo e um abraço forte.
Mais tarde, já de banho tomado, eles foram para a cozinha preparar
algo para comer. Tanto Leon quanto Alexander estavam apenas de
cueca. Com o apartamento só pra eles, a liberdade era absoluta.
- Então você não gosta da sua escola? – Alex perguntou. Estava em pé
em frente à mesa, preparando algumas mini pizzas que colocaria no
forno.
- Não. Se eu pudesse iria para outra, mas meus pais não deixam. A
única coisa que eu gosto de lá são os meus amigos.
- Entendo. Eu estudava em uma escola particular, gostava bastante de
lá.
- Aposto que você era popular.
- Ah, um pouco.
- E bonito do jeito que é, fazia muito sucesso com as meninas. E os
meninos também, claro.
- Isso eu não sei. Mas sempre me dei bem com todo mundo.
- O que você pretende fazer agora que terminou o ensino médio?
- Não faço a menor ideia. Mas eu pensei em entrar pro exército...
Leonard ficou surpreso.
- É sério?
- Sim. Vou fazer dezoito e tenho que me alistar. Quem sabe não sigo
carreira...
- Entendi, bacana.
- Mas ainda não tenho certeza. Vamos ver.
Alexander colocou as mini pizzas numa forma e levou-as ao forno.
- Pronto, agora é só esperar – Ele disse – Tá com fome?
- Bastante. Escuta Alex...
- Que foi?
- Eu tô tão feliz por ter me mudado aqui pro Mackenzie.
Principalmente por ter te conhecido.
- Você fica fofo corado.
- Eu tô corado?
- Tá assim haha. Vem cá.
Alex puxou Leonard pelo braço e o abraçou forte.
- Te amo – Ele disse, dando um beijo na testa do moreno.
- Eu também te amo.
CONTINUA...
EPISÓDIO 13 de 24

No sétimo andar número 75, Alexander Parker tinha acabado de


voltar do mercado com as compras que fizera para o pai. O rapaz
estava usando uma camiseta cinza sem mangas, uma bermuda
vermelha e um par de chinelos pretos. Ele encontrou o Sr. Parker
sentado em sua poltrona na sala, mexendo em uma grande quantia
em dinheiro.
-Você demorou – Disse o homem calvo e de óculos, pai de Alex e
síndico do Mackenzie há mais de doze anos.
-Tive que ir no mercado lá no fim do mundo, por que no daqui não
tinha o que você pediu.
-Mas você comprou tudo?
-Sim.
Alex deixou a sacola de compras no chão ao lado do pai e sentou-se
cansado no sofá. O homem continuou contando o seu dinheiro, até
que em determinado momento ele separou algumas notas de
cinquenta e entregou para o filho.
-Aqui. A sua mesada.
-Valeu – Agradeceu Alexander – Agora já posso me garantir esse fim
de semana.
-Ano que vem você arranja um emprego.
-Eu sei pai, você já me disse isso mil vezes.
O rapaz foi emburrado para o seu quarto. Ao chegar lá guardou o
dinheiro na carteira, abriu a janela, pegou o celular e se sentou na
cama para verificar suas mensagens. Logo no topo da lista estava uma
mensagem que Leonard Spence havia lhe mandado há menos de uma
hora.
Eai, quais os planos pro fim de semana?
Alex ainda não tinha pensado nisso, então a sua resposta foi:
Vou pensar em algum programa legal pra gente fazer. Já chegou em
casa?
Ele jogou o celular na cama e ficou de pé. Alexander caminhou até o
outro lado do quarto e pegou do chão dois alteres bem pesados,
segurando cada um com uma mão. Em seguida começou a levantá-los
em sequência com bastante esforço, estimulando assim os músculos
dos seus braços.
“Eu e o Leon já estamos juntos há quase três meses” o rapaz pensava,
começando a suar. “Nunca pensei que fosse gostar tanto de uma
pessoa. Parece que a gente já se conhece há anos. Realmente não é
uma questão de tempo e sim de conexão”.
Alex só parou de levantar os alteres quando alcançou a falha
muscular. Ele pegou uma toalha azul no armário e saiu para tomar
banho. Já dentro do banheiro, o rapaz se despiu completamente de
suas roupas para depois entrar debaixo do chuveiro. Começou
espalhando sabonete do abdômen para cima como de costume,
passando pelo pescoço, axilas, nádegas e pênis. Como tinha um cabelo
extremamente curto, Alex sempre passava pouquíssimo xampu. Por
fim deixou que a água quente escorresse por todo o seu corpo
definido.
Retornando ao quarto com a toalha enrolada na cintura, Alexander
parou em frente a um grande espelho na parede e ficou observando
seu próprio físico no reflexo. Seus bíceps estavam visivelmente
inchados graças aos exercícios com alteres, e o seu abdômen
continuava com as marcas dos abdominais que andava fazendo
ultimamente. Alex sempre tivera uma ótima autoestima, mas nos
últimos tempos ele estava gostando muito de si mesmo.
Ele deixou a toalha cair para poder ver a própria nudez no reflexo do
espelho. Alexander deslizou a mão direita pela região do abdômen e
foi descendo até chegar ao membro flácido, começando a estimulá-lo
lentamente. Não demorou muito e já estava completamente ereto,
dando início a uma masturbação rápida e prazerosa.
-Ah...
Alex jogou a cabeça para trás, fechou os olhos e curtiu o orgasmo.
Quando olhou para baixo viu que todo o seu sêmen estava na mão
direita, já que segundos antes da ejaculação ele tinha fechado os
dedos em volta da glande. O rapaz se apressou e limpou tudo com a
toalha, colocando uma cueca, um short e uma camisa logo em seguida.
Algum tempo depois, o Sr. Parker bateu na porta do quarto de Alex.
-Que foi pai?
-O Charles está aqui, nós vamos tomar um café e resolver alguns
assuntos. O Zack veio junto.
-Manda ele vir pra cá.
Segundos depois Zack Davis surgiu no quarto. Estava de casaco
moletom vermelho, bermuda jeans, chinelos e um boné preto. O
garoto mascava chiclete naquele momento e cumprimentou
Alexander com um toque de mão.
-Eae vagabundo – Zack falou, com as mãos nos bolsos do moletom –
Eu mandei uma mensagem pra você antes de vir pra cá.
-Eu não vi ainda. Como você tá?
-De boas, tranquilo.
-Cadê o Thominhas?
-Foi pra casa da avó no interior. Só folga segunda.
-Ahh, então tá explicado. É por isso que você apareceu, só lembra de
mim assim né?
-Claro que não, eu já tava planejando vir aqui junto com meu pai.
-Sei, sei.
-Tava fazendo o quê?
-Nada, sai do banho agora a pouco. Pensando em descansar pra sair
de noite.
-E o Leon?
-Vou ver ele daqui a pouco.
De repente o Sr. Parker chamou o filho da sala. Alex e Zack foram
para lá, encontrando os dois homens conversando no sofá, tomando
café.
-O quê é? – Perguntou o rapaz.
-Alex, vai lá embaixo buscar uma encomenda que eu deixei no porta-
malas do carro. Eu esqueci de trazer pra cima. É uma caixa marrom.
-Tá, cadê a chave?
-Em cima da mesa da cozinha.
Alexander pegou a chave do carro na cozinha e saiu do apartamento
junto com Zack. No corredor ele mandou uma mensagem para
Leonard, combinando de encontrá-lo no térreo. Em seguida os dois
pegaram o elevador para descer.
-Caramba Zack, você já tá quase do meu tamanho – Alexander
comentou, comparando a sua altura ao lado do garoto – Meu deus,
você cresceu esses últimos tempos.
-Normal ué. Meu pau também cresceu.
-Se você tá dizendo.
-Tô falando sério, quer ver?
-Se manca moleque – Alex respondeu dando risada e batendo
carinhosamente no ombro do amigo – Não consegue ter uma
conversa sem levar pro lado malicioso.
-Hahaha.
Eles saíram no térreo e esperaram por Leonard, que chegou minutos
depois.
-Eae Zack, não sabia que estava com o Alex – O moreno falou,
cumprimentando o amigo e o namorado.
-Meu pai tá lá em cima conversando com o pai do Alex.
-Entendi. E o Thomas?
-Fora da cidade até segunda.
Os três atravessaram o térreo e saíram na garagem do prédio pela
porta dos fundos. Alexander seguiu na frente até o local onde o carro
do Sr. Parker estava estacionado. Ao chegarem lá, o rapaz teve uma
ideia.
-Vamos ficar aqui embaixo por enquanto – Disse ele – Não precisamos
voltar tão cedo. Meu pai ainda vai ficar um bom tempo conversando
com o Charles.
Leonard e Zack encostaram no veículo e o trio começou a conversar
naquela garagem. Eram os únicos ali.
-Tomem cuidado, meu pai gosta mais desse carro do que de mim –
Alexander brincou.
-Sinceramente Alex, eu tenho um pouco de medo do seu pai... Do meu
sogro, aliás. Sei lá – Disse Leonard.
-Que nada, meu pai é um palhaço. Só tem que conhecer ele melhor.
-Já o pai do Zack... – Leon abriu um sorriso malicioso – É outra
história. Acho ele tão gostoso, com todo respeito viu.
-Oxe, sai fora – Zack respondeu surpreso com o comentário do amigo
– Desde quando você pensa isso do meu pai?
-Desde que eu o conheci ué. Ele é bonito, jovem. Adoro um daddy. E
você é igualzinho a ele fisicamente, uma versão mais jovem.
-Tira o olho do meu pai hein, se manca Leon!
-Olha só, o Zack ficou puto por que você acha o pai dele gostoso
hahaha.
-E tá solteiro né? Melhor ainda.
-Vão tomar no cu vocês dois, não gosto desse tipo de brincadeira.
-Quanto mais bravo você fica mais me dá tesão – Leonard dissera.
Ele e Alexander se entreolharam maliciosamente.
-Nós não temos o pai, mas temos o filho – Alexander dissera, com
aquele sorriso unilateral – Seguinte, vamos entrar nós três dentro do
carro. Rápido.
Zack Davis, Alex Parker e Leon Spence entraram juntos na parte de
trás do carro preto do Sr. Parker. As janelas já estavam fechadas e
eram recobertas com película fumê, dando-lhes total privacidade. Eles
podiam aprontar bastante.
-Um pouco apertado mas da pro gasto – Disse Alexander – Também
não podemos demorar muito.
Os três abaixaram as bermudas e as cuecas, começando a se
estimular. Rolou um beijo triplo intenso de língua, e logo eles estavam
trocando chupadas e masturbando uns aos outros. Alexander colocou
Zack para mamar, empurrando a cabeça do garoto para baixo, até seu
pau e forçando-o a engolir profundamente. Enquanto isso o garoto
batia uma para Leonard bem do seu lado.
Em seguida Zack ficou de quatro no banco, e Leonard aproximou o
rosto da parte de trás do garoto, começando a lamber a região do
ânus. Na frente, Alexander estava socando seu pênis na boca de Zack,
com um pouco de dificuldade devido ao espaço.
-Quem vai meter em quem? – Zack perguntou minutos depois – Já vou
avisando que não tô a fim de dar hoje.
-Eu fico de passivo vai – Leonard se ofereceu – Quero os dois
metendo com força hein?
Então Leonard se deitou e abriu as pernas. O primeiro a penetrar foi
Zack, que não teve piedade e meteu com bastante velocidade e
energia. Leon adorava a expressão de marra no rosto de Zack
enquanto ele penetrava, como se estivesse sempre com raiva.
-Puto – Xingou o garoto, na empolgação, dando um forte tapa na
bundinha branca do amigo.
-Não é pra gozar – Alex advertiu – Não quero sujeira no carro do meu
pai.
-Não vou parar não, vou gozar no cuzinho desse puto.
-Eu tô falando sério Zack, se controla.
Zack odiou ter que interromper o coito antes de gozar,
principalmente por conta do enorme prazer, mas não teve escolha.
Em seguida foi a vez de Alexander penetrar o namorado. O garoto
adorou assistir aquela cena.
O casal trocava olhares apaixonados durante o sexo. Zack observava
tudo, se controlando para não ejacular. Não demorou muito e
Alexander saiu de cima de Leonard.
-Pronto, já deu – Ele disse levantando o short – Vamos parar por aqui.
-Foi bem gostoso né? – Comentou Leonard, suspirando e ajeitando o
cabelo.
-Só não foi melhor por que a gente não gozou – Resmungou Zack – Eu
queria ter ido até o fim.
-Pra sujar o estofamento com porra? Claro que não né.
-Era só gozar no cu do Leon.
-Mesmo assim as vezes escorre. Ou respingar quando você sai. Melhor
não arriscar.
Ao saírem do carro, o trio sentiu um choque térmico. Dentro do
veículo fechado estava quente principalmente devido ao calor de seus
corpos, mas do lado de fora a tarde era fria. Alexander pegou a
encomenda do pai no porta-malas e os três subiram para o sétimo
andar.
Chegando na sala, o Sr. Parker falou:
-Que demora hein?
-Relaxa pai, a gente tava conversando lá embaixo – Alexander
respondeu – Ta aqui a caixa.
A primeira coisa que Zack fez ao entrar no 75 foi caminhar até o
banheiro e terminar de se masturbar, já que não conseguiu ejacular
naquela hora. Depois voltou para a sala como se nada tivesse
acontecido.
Meia hora depois Zack e Charles se despediram dos Parkers e foram
embora. Quando estavam descendo as escadas, o médico dissera de
repente:
-Tive uma ideia. Que tal a gente sair para jantar?
-Sério?
-Sim, faz tempo que não fazemos isso.
-Tá bom – Respondeu o garoto sorridente.
Então ao invés de voltarem para casa, os dois desceram direto para a
garagem do edifício e foram de carro até um shopping na zona sul da
cidade. Eles entraram numa famosa lanchonete na praça de
alimentação e tiveram um ótimo e raro momento entre pai e filho.
-Deveríamos ter escolhido algo mais saudável para comer – Falou
Charles.
-De vez em quando não tem problema não é?
-Há controversas.
-Mas pai eu tô feliz da gente ter vindo pra cá. Fazia anos que eu não
vinha nesse shopping.
Charles sorriu nostálgico.
-Quando você era pequeno eu te trazia aqui direto lembra? Você
gostava de brincar no playground. Uma vez até brigou com outro
garoto. Aliás, você brigava com todo mundo.
-Eu lembro sim. Bons tempos.
Enquanto Zack lanchava com Charles no shopping, Thominhas estava
lá na casa da avó jogando futebol na rua com os primos. E no 75,
Alexander tinha aberto uma latinha de cerveja e ido para a sala
assistir um jogo de futebol junto com o pai e o namorado. Eram
momentos de felicidade para os garotos do Mackenzie.
CONTINUA...
EPISÓDIO 14 de 24

Thomas Mathews só chegou no Edifício Mackenzie na segunda-feira a


tarde, após passar o fim de semana na casa da avó. Ele foi direto para
o apartamento 51, encontrar-se com Zack. Os dois melhores amigos
se trancaram no quarto e contaram as experiências do fim de semana
um para o outro.
-Acabei de chegar da escola – Disse Zack.
-Sentiu saudades? – O loirinho perguntou.
-Claro né. E você demorou muito pra responder, fiquei puto.
-Desculpa, eu estava bastante ocupado.
-E como foi lá? Senta aí e me conta tudo.
Zack largou a mochila no chão, abriu a janela e tirou os tênis
enquanto Thomas começava a contar sobre o seu fim de semana:
-Bom, chegamos lá na sexta-feira de noite. A reunião de família foi só
no sábado de tarde, e a casa da minha avó ficou cheia. Veio muita
gente. Encontrei pessoas que não via, sei lá, desde os seis anos de
idade. Eu comi pra caramba e passei a maior parte do tempo com os
meus primos.
-E como eles são? Os seus primos?
-Alguns você já viu em fotos. A maioria é mais velho do que eu. Nós
dormimos no mesmo quarto e ficamos acordados até tarde. Foi muito
divertido.
-Hmmm... Interessante.
-Eu sei que você ficou com ciúmes por causa disso.
-Fiquei mesmo. Aposto que os seus primos são muito bonitos. Todos
loiros de olhos azuis que nem você né?
-Nem todos. Na minha família tem de tudo.
-Me conta sobre a parte boa dessa viagem. Tipo, da parte boa mesmo.
Você sabe do que eu estou falando.
-Quer mesmo saber?
-Quero.
-Promete que não vai ficar com ciúmes?
-Fala logo vai.
-Primeiro me conta o que você fez enquanto eu estava fora.
Zack contou a Thomas sobre o sexo a três que fizeram com Alexander
e Leonard no carro do Sr. Parker, nos mínimos detalhes.
-Foi isso, agora fala você. Não me esconde nada – O garoto pediu
ansioso.
-Então... É que eu e os meus primos ficamos jogando futebol na rua
em frente a casa da minha avó. Foi bem legal, era no fim da tarde de
sábado. Lá faz bastante calor, então estávamos todos sem camisa e só
de short. Imagina a cena...
-Já até sei como isso terminou. Mas continua vai.
-Depois do futebol a gente foi lá pro quintal da minha avó nos fundos.
E eles me colocaram pra mamar.
-Delícia, puta que pariu. Quantos eram?
-Cinco ou seis. Todos “héteros”.
-E você só chupou?
-Só.
-Todos eles?
-Sim, e eles gozaram na minha cara.
-Caralho que tesão. Mas onde estava o Antony nessa hora?
-Tinha saído com meu tio. Ele nem imagina que a gente fez isso. E é
aquela coisa, todo mundo finge que nunca aconteceu. Mas foi legal.
-Fiquei de pau duro só imaginar. Pena que só rolou isso.
-Quem sabe na próxima.
-Tomara. Mas me convida pra ir junto também haha.
-Tá bom. E como foi na escola?
-Uma chatice. Eu não via a hora de cair fora. Não tem graça nenhuma
sem você.
-Para de ser dramático.
-Tô falando sério pô. Mas se liga... Eu quero ir para algum lugar
contigo. Meu pai vai ficar aqui o dia inteiro.
-Para onde?
-Lá em cima no terraço do prédio.
-Beleza. Mas você tem a chave?
-Eu pego com o Alex. Bora?
-Bora.
-Peraí, deixa eu saber se ele tá em casa.
Zack pegou o celular e ligou para Alexander. Mas quem atendeu a
ligação foi Leonard.
-Leon?
-Eai. O Alex tá no banho, o celular dele tava do meu lado.
-Você tá no apartamento dele?
-Sim.
-É que eu queria pegar um negócio com ele, vou passar aí.
-Claro, pode vir.
-Beleza. Tô subindo.
Os meninos se despediram de Charles na sala e deixaram o
apartamento 51. Subirem direto para o sétimo andar, no 75, onde
encontraram Leonard sozinho na sala enquanto Alexander tomava
banho. O casal estava sozinho naquele horário.
-Eai, qual a boa de hoje? – Zack perguntou ao moreno.
-Daqui a pouco eu e o Alex vamos ao cinema. E vocês como estão?
-Tranquilo – Thominhas respondeu – Voltei de viagem agora de tarde.
-E como foi lá?
Thomas contou a Leonard sobre a pegação que tivera com os primos,
deixando o moreno surpreso e bastante excitado. Zack também ficou
excitado ao ouvir a história novamente, imaginando a cena. Queria
muito ter visto pessoalmente...
-Cara, eu fiquei com muito tesão agora – Confessou Leon, apertando o
volume do meio das pernas – Se a gente não estivesse indo ao
cinema, eu juro que faria algo com vocês.
-Vamos combinar outro dia. Agora eu e o Thomas estamos indo lá em
cima no terraço do Mackenzie.
-Nossa, eu fui lá com o Alex uns dias atrás. Não imaginava que fosse
tão alto – Leonard falou – E tem uma bela vista da cidade.
De repente Alexander Parker saiu do banheiro, completamente nu,
com uma toalha nos ombros. Ele sorriu ao encontrar os meninos na
sala. Zack pediu a ele a chave da porta para o terraço e o rapaz foi
buscá-la no quarto do pai.
-Aqui – Disse ele entregando-a para Zack – Tomem muito cuidado
hein?
-Pode deixar. E bom filme pra vocês.
Alex acompanhou os meninos até a porta e eles pegaram o elevador
até o último andar. Para acessar o terraço do edifício, era preciso
subir alguns lances de escada e atravessar uma porta de metal.
Geralmente só quem tinha acesso ao local eram funcionários como
encanadores ou eletricistas, mas havia algumas vantagens em ser
filho do síndico...
O céu azul estava aberto e ventava bastante por conta da altitude.
Dali era possível ver boa parte da cidade, assim como o topo dos
prédios vizinhos. Os dois amigos tinham medo de se aproximar da
sacada, por isso se sentaram no chão encostados numa parede de
concreto perto da porta. Ali curtiram um bom tempo juntos.
-Por que a gente não vem aqui mais vezes? – Questionou Thomas – É
tão bom. Só nós dois.
-É perfeito.
Zack completou o céu.
-Thomas. Eu quero te falar uma coisa.
-Fala.
-Você é a pessoa mais importante da minha vida. Sempre foi. E eu te
amo demais. Quero ficar com você para sempre tá?
-Eu adoro esses seus momentos de romantismo.
-Eu tô falando sério.
-Tá bom. É uma promessa né?
-Sim.
-Certo... Nós vamos ficar juntos sim. Eu te amo também. Muito.
Zack não gostava muito de se expressar dessa maneira, mas ele sentiu
necessidade de dizer isso a Thomas. Havia momentos em que isso era
necessário. O garoto segurou a mão de Thominhas e os dois sorriram.
-Ah ok, chega dessa melação – Falou Zack.
Thomas deu risada. Já o conhecia bem demais.
-Uma vez a gente veio aqui lembra? – Perguntou o loirinho se
sentindo nostálgico – Há muito tempo atrás, brincando com os
meninos.
-Lembro sim. Mas antigamente eu tinha medo de vir pra cá por causa
da altura. Até hoje não consigo chegar perto da sacada, nem olhar pra
baixo.
-Você sente falta? Dos meninos que a gente brincava.
-Sim. É uma pena que a galera se separou. Era divertido.
-Verdade... Era eu, você, aqueles irmãos que moravam no primeiro
andar, o Alex, o Nathan...
-Caralho, o Nathan. Lembra das zoeiras dele?
-Nossa, o Nathan era maluco. Hoje em dia eu quase não vejo ele. Faz
tempo que não nos falamos.
-Pode crer. A gente se afastou né.
-Sim. Nem parece que ele ainda mora no Mackenzie.
Os meninos ficaram em silêncio. De repente o clima tinha se tornado
melancólico graças as lembranças e as reflexões sobre a vida.
- Mas pelo menos eu, você e o Alex continuamos juntos – Disse o
loirinho.
-Sim. Por mais que eu sinta falta de algumas pessoas, eu tô muito feliz
pela nossa amizade durar tanto.
- Zack. Eu tô a fim de fazer uma coisa.
-O quê?
Thomas abriu o zíper da bermuda do namorado e puxou o pênis
flácido para fora. Em seguida abaixou a cabeça e começou a chupá-lo
lentamente, sentindo-o crescer entre os lábios. Zack fechou os olhos e
curtiu aquele sexo oral prazeroso, ao mesmo tempo em que uma
brisa fria batia em seu rosto.
Foi quando eles ouviram um barulho da porta e pararam
imediatamente. Mas para sua surpresa e alívio, era Alexander e
Leonard que haviam subido até ali.
- Ué, vocês não tinham ido ao cinema? – Zack perguntou.
- O Alex se enganou no horário e perdemos a sessão – Explicou Leon
– Agora vamos só mais tarde.
- Estamos atrapalhando vocês?
- Na verdade sim, mas foda-se. Já ficamos tempo demais sozinhos –
Zack respondeu.
Leon e Alex se sentaram ao lado deles. O quarteto ficou no terraço até
escurar...
E é claro que eles não perderam a oportunidade de curtirem juntos.
Antes de saíram do terraço, os quatro se juntaram em um canto perto
de uma caixa d’água, abaixaram as bermudas e começaram a se
masturbar. Trocaram diversos beijos e caricias, até que em
determinado momento, Leonard se ajoelhou e chupou os três.
-Vamos terminar isso logo, precisamos descer – Apressou Alexander –
Nem deveríamos estar aqui em primeiro lugar.
Terminaram os quatro se masturbando e ejaculando no chão. Em
seguida foram embora daquele local, antes que arranjassem
problemas...
- Aê Alex, você tem visto o Nathan? – Thomas perguntou, quando eles
já estavam descendo as escadas.
-Faz meses que não o vejo, por quê?
-Por nada. Hoje nós lembramos dele, faz muito tempo que a gente não
se fala também.
-Pensando bem, ele tá bastante sumido.
-Quem é Nathan? – Leon perguntou.
-É um amigo nosso das antigas, também mora aqui no Mackenzie –
Alexander explicou.
-Acho que nunca vi.
-É um cara alto, cabeludo. Mora no décimo primeiro andar.
-Não me lembro não.
-Mas nós nem somos tão próximos hoje em dia, acabamos nos
afastamos.
-Entendi. Ele é hétero?
-Hétero de Taubaté. Tipo, ele não é abertamente assumido. Mas a
gente sabe de algumas coisas...
-Que coisas? Fiquei curioso.
-Há muito tempo atrás, eu o vi beijando outro garoto no banheiro de
uma festa – Alex contou – Acho que poucas pessoas sabem dele na
verdade. Provavelmente só amigos próximos e a irmã. Ele é muito
discreto.
-Que saudades dele – Disse Thominhas.
-Hmmm... Se vocês quiserem eu posso ir atrás dele. Trocar ideia,
saber como ele tá – Disse Alex pensativo – Quem sabe a gente não se
reaproxima...
-Faz isso, é uma ótima ideia – Zack respondeu animado – Aliás seria
muito bom se o Nathan se juntasse a nós né? Entrasse pro bonde.
-Com certeza.
-Só os mais gostosos do Mackenzie – O garoto brincou.
-É bem isso mesmo.
Todos ficaram animados com a ideia. Até mesmo Leon, que ainda não
conhecia o tal de Nathan. Eles deixaram tudo nas mãos de Alexander.
CONTINUA...
EPISÓDIO 15 de 24

No 75, Alexander terminou de beijar os lábios de Leonard, abriu um


sorriso e disse:
-Eu tô muito feliz por você estar aqui.
-Também tô. Senti saudades de você ontem à noite, por isso hoje eu
vim correndo para cá quando recebi a mensagem. Eu adoro o seu
apartamento.
-Eu prefiro o seu. Mas já que o meu pai ainda vai demorar um pouco,
é aqui que nós vamos ficar.
Os dois estavam sentados no sofá da sala, agarradinhos um no outro,
enquanto uma brisa fria fazia as cortinas da janela esvoaçarem. A TV
na parede continuava desligada, o que deixava o ambiente bastante
silencioso e sereno. Era assim que Alex gostava de ficar, quando tinha
um tempo a sós com o namorado. Não gostava de nenhum tipo de
distração quando queria conversar com Leon.
-No que você está pensando? – Perguntou o moreno, após alguns
segundos de silêncio.
-Em tanta coisa...
-Me fala vai. Não combinamos de nos abrir um com o outro?
-É verdade. É que no próximo ano eu tenho que me apresentar no
exército.
-Você tem medo de ser convocado?
-Um pouco.
-Não deve ser tão ruim assim. E eu acho que você ficaria lindo de
uniforme camuflado.
-Mas eu teria pouco tempo para ficar com você.
-Ah, isso é ruim.
-Não quero que isso aconteça. Tô curtindo muito o nosso namoro...
Acho que nunca fui tão feliz.
-Relaxa, não fica pensando muito nisso. Não adianta nada sofrer
antecipado. Vamos aproveitar cada dia que temos, sem pensar muito
no futuro.
-Ok, tem razão. Essa ansiedade não vai me ajudar em nada.
-Isso mesmo.
Eles deram mais um beijo de língua e Leonard repousou a cabeça no
ombro do rapaz.
-Vamos lá pro quarto? – Perguntou Alex com um sorriso malicioso –
Acho que já conversamos bastante, não é? E eu tô cheio de vontade.
-Vamos sim.
Dentro do quarto, Alexander trancou a porta e fechou metade da
janela. Ele virou-se para Leon, deu alguns passos em direção ao
moreno e segurou-o pela cintura. Os dois trocaram olhares
penetrantes por alguns segundos e logo começaram a se beijar
intensamente.
Após ajudarem um ao outro a se despir completamente, eles deitaram
na cama e passaram a se acariciar. Alex adorava deslizar seus dedos
pelo abdômen pálido de Leonard, fazendo movimentos circulares nos
mamilos e beijando a região abaixo do umbigo. Em um determinado
momento o rapaz aproximou o rosto do pênis de Leon e começou a
chupá-lo com muita vontade e excitação...
-Hmmmm – Leon gemeu, se contorcendo na cama – Ah... Alex...
Os pelos negros e espessos roçaram no rosto de Alexander enquanto
ele chupava. O rapaz colocou os testículos na boca e sugou-os durante
algum tempo, arrancando mais gemidos do namorado. Em seguida ele
subiu o corpo de Leonard aos beijos até alcançar os lábios.
-Gostoso – Dizia Leon baixinho com uma voz sensual, trocando beijos
com Alex.
Alexander direcionou seu membro ereto para o buraquinho de Leon e
começou a penetrar devagar, fazendo o moreno gemer em seu ouvido.
E então, gradativamente, passou a movimentar a cintura para frente e
para trás.
-A... Alex...
Leon se agarrou forte em Alexander, colocando seus braços em volta
do pescoço dele e cruzando as pernas na altura das nádegas do rapaz.
A penetração foi ficando cada vez mais rápida, até que Alex parou
bruscamente.
-Vamos gozar juntos – Ele pediu.
O rapaz segurou as cinturas de Leon e continuou a penetrar. Leonard
passou a se masturbar em um ritmo acelerado, mantendo contato
visual com o namorado, quase sem piscar. Não demorou muito e ele
acabou ejaculando, com seu sêmen escorrendo direto para o monte
de pelos negros na região pubiana.
-Que rápido – Comentou Alexander sorrindo.
-Agora quero ver você.
Alex retirou-se no último segundo e a sua ejaculação acabou sendo no
membro de Leon. Por fim os dois trocaram mais um beijo demorado e
ficaram deitados lado a lado na cama por um longo tempo.
-Eu preciso ir – Avisou Leonard se levantando e caminhando para a
saída do quarto – Tá quase na hora do campeonato.
-Daquele jogo online?
-Sim. A minha equipe está me esperando, já recebi algumas
mensagens.
-Tudo bem então, vai lá. Quando acabar me liga.
-Pode deixar.
Depois que Leon foi embora, Alexander permaneceu no 75 sozinho
por alguns minutos. Logo o Sr. Parker retornou, bastante mal
humorado, reclamando sobre coisas que Alex não estava prestando
atenção. Ele não tinha a menor paciência para aguentar as
reclamações do pai sobre o clima, política, trânsito, impostos...
Alex caminhou até seu guarda-roupa e colocou uma camisa larga
cinza. O rapaz guardou a carteira no bolso da bermuda, calçou um
chinelo e foi até a sala falar com o pai.
-Tô indo no mercado – Ele avisou – Vai querer alguma coisa?
-Sim. Traga uma garrafa de azeite e uma caixa de sabão em pó.
-Azeite, sabão em pó. Beleza.
-Não vai esquecer hein? E não demora.
-Tá pai, já sei.
Alex foi até a porta da frente, e saiu do 75. Ele pegou o elevador no
fim do corredor, mas quando chegou ao terceiro andar as portas se
abriram novamente e uma garota entrou. Ela era alta, magra, de
cabelos longos castanhos, sobrancelhas espessas, usando uma
camiseta preta, um short jeans e um tênis branco. Seu nome era
Emma Owen.
-Oi Alex – Ela disse ao vê-lo – Tudo bem?
-Tudo sim e você?
-Também.
Os dois trocaram beijos na bochecha. Emma se posicionou ao lado de
Alex e o elevador continuou a descer.
-Faz tempo que eu não te encontro, nem parece que moramos no
mesmo prédio – Disse ela.
-É verdade. Acho que é por que eu ando muito caseiro ultimamente.
Como é que tá o Nate? – Alex perguntou.
Emma era irmã de Nathan Owen, o amigo de Alex e dos meninos que
andava “desaparecido”.
-Está mal – Ela respondeu com um ar de tristeza – Ele teve uns
problemas aí e não anda muito bem. E por causa disso está bebendo
demais, quase todo dia. E ele não quer sair de casa. Suspeitamos que
esteja com depressão.
-Caramba sério? É por isso que eu nunca mais o vi.
-Pois é. Estamos tentando ajudá-lo, mas está difícil.
-Eu já tava pensando em procurá-lo. Eu e os meus amigos estávamos
falando dele outro dia.
-Ele tem altos e baixos. Mas já faz algumas semanas que parece estar
piorando.
-Ele não recebe visitas?
-Raramente. Aliás Alex, acho que seria uma boa você ir visitá-lo. Seria
bom pra ele rever os amigos. E eu sei que ele gosta muito de você.
-Claro, eu vou sim. Se quiser pode ser agora.
-Sério? Perfeito.
-Você não está indo a algum lugar?
-Eu tava indo dar uma caminhada, mas se não for problema pra você
posso leva-lo lá em casa agora, o que acha?
-Por mim de boa.
Então Alexander e Emma mudaram seus planos e subiram até o
décimo primeiro andar. Emma caminhou na frente, abrindo a porta
do apartamento 112 e convidando o rapaz a entrar e a ficar à
vontade.
-Ele tá no quarto dele – Avisou a garota – Pode ir lá.
Alex atravessou o corredor, a sala e foi direto para o quarto de
Nathan. Bateu três vezes na porta e esperou.
-Quem é? – Uma voz perguntou.
-Sou eu Alex Parker.
O rapaz ouviu o som de passos e a porta se abriu. Nathan Owen
estava usando uma camisa vermelha, uma calça moletom cinza e
meias brancas. Seus cabelos cacheados estavam mais volumosos
desde a última vez que Alex o vira, a ponto de quase cobrir os olhos
de Nate. O rosto parecia abatido e triste, e havia sinal de barba
crescendo no maxilar. Além disse Alex achou o amigo mais magro do
que o normal.
-Eai Nate.
-O que você faz aqui?
-Eu vim te visitar. Desculpa não avisar antes, mas é que você não tem
mais redes sociais né? E eu perdi o número do seu celular.
-Ah... Tudo bem. Só estou um pouco surpreso.
-Encontrei a sua irmã no elevador e ela me pediu pra vir aqui falar
com você.
-Não precisa se incomodar.
Nathan abriu passagem e Alex entrou no quarto. O local era a maior
zona, mas Nate não parecia se importar.
-Há quanto tempo a gente não se fala – Alexander dissera – Nem
lembro quando foi a última vez. Provavelmente na minha festa de
aniversário.
-Verdade. Faz muito tempo.
-A Emma me disse que você está mal ultimamente.
-Ela disse isso?
-Sim.
-Que droga. Não quero que ela fique falando da minha vida para os
outros.
-Ela só disse por que sabe que somos amigos. E eu fiquei preocupado
com você.
-Valeu Alex, mas tá tudo bem.
-Não parece que está tudo bem.
Nathan abaixou a cabeça e disse:
-Eu não quero que você se preocupe comigo. Não precisa vir me
visitar.
-Só quero ajudar cara...
-Eu agradeço, mas não preciso da sua ajuda.
-Tem certeza? Então por que você continua isolado aqui? Soube até
que você está bebendo demais.
-Ela disse isso pra você também? Aff.
-A sua irmã está preocupada com você. E eu também. Nós somos
amigos há bastante tempo. A gente se afastou um pouco nos últimos
meses, mas eu gosto de você mano. Te considero demais. E você sabe
que pode confiar em mim.
-Eu sei disso, valeu Alex – Nate respondeu, abrindo um sorriso – Mas
fala aí, quais as novidades?
-Ah cara, a única grande novidade é que eu tô namorando agora.
-Sério? Com quem?
-Com um garoto aqui do Mackenzie. Se mudou faz poucos meses.
-Interessante. Pensei que você não fosse de namorar.
-Pois é, mas com ele foi diferente. Nunca me apaixonei assim antes.
-Que bom então, fico feliz por você.
-E tu, não tá ficando com ninguém?
-Cara eu não tô saindo de casa, nem penso nisso.
-Mas deveria pô. Procurar alguém, curtir e tal. Se estiver afim é claro.
-Quem sabe, vou ver.
-Mas o quê houve pra você ficar assim depressivo?
-Ah cara, conflitos internos, autoestima, família, sexualidade. Várias
questões. E também, eu sai muito machucado do meu último
relacionamento.
-Entendo. Qualquer coisa pode contar comigo tá? Aliás, não só
comigo. Com o Zack e o Thominhas também. Eles perguntaram de
você esses dias sabia? Estão com saudades.
-Também tô com saudades desses pivetes.
-Cara eles não são mais pivetes. Daqui a pouco estão maiores do que
a gente.
-Sério? Devem estar mesmo. Não vejo eles há um tempão.
Alexander e Nathan passaram um longo tempo colocando a conversa
em dia. Era a primeira vez que Nate se sentia bem em muitos meses.
A visita do amigo foi a melhor coisa que poderia ter acontecido com
ele.
Mais tarde Nathan acompanhou Alex até a porta da frente. Os dois
amigos se despediram no corredor.
-Se cuida hein – Alexander falou.
-Aparece mais vezes.
-Você ainda tem celular?
-Tenho sim, estou com um número novo. Anota aí pra gente combinar
algo.
Alexander tirou o próprio celular do bolso e anotou o número de
Nathan na sua agenda eletrônica.
-Pronto, agora vai ser mais fácil da gente se comunicar – O rapaz
falou com um sorriso.
-Certo. Então até mais.
-Até.
Nathan virou-se e entrou novamente em seu apartamento. Ao chegar
na sala, o adolescente encontrou a irmã Emma sentada no sofá
assistindo televisão.
-A conversa de vocês foi boa hein – Ela disse.
-Foi mesmo.
Emma analisou o rosto do irmão por alguns segundos e falou:
-Caramba.
-O que foi?
-Faz tempo que eu não te via assim.
-Assim como?
-Feliz. Eu não sei o que o Alex te disse, mas você parece ter gostado.
Seus olhos estão brilhando.
-Não viaja.
Nathan deixou a irmã para trás e voltou para o seu quarto. Ele se
jogou na cama, deslizou os dedos finos pelos cabelos cacheados e
ficou olhando para cima pensativo. Talvez Emma tivesse razão... Ele
estava feliz. Havia uma sensação boa dentro dele, algo que ele não
sentia há vários meses.
Quando Alexander chegou no 75, o Sr. Parker estava furioso.
-Caralho, você disse que ia no mercado e demorou horas pra voltar!
Nem avisou nada. E chegou sem a porcaria do que eu pedi.
-Calma pai, houve um imprevisto e eu fiquei conversando com um
amigo. Sossega vai. Daqui a pouco tá na hora de você ir pra cama.
O Sr. Parker continuou a espumar, mas Alexander estava pensando
em outra coisa. No caminho de volta para o sétimo andar, o rapaz
tivera uma ideia que lhe deixou bastante empolgado. Mas antes
precisava falar com Leonard sobre isso.
CONTINUA...
EPISÓDIO 16 de 24

No início, Leonard não gostou da ideia que Alexander propôs para ele.
O moreno era muito ciumento, e relutou bastante contra isso. Mas
com o tempo as coisas mudaram, e logo ele estava tão animado
quanto Alex para fazer aquilo. Principalmente depois de ter visto
Nathan Owen pela primeira vez quando estava voltando da escola
com os meninos.
-Aquele é o Nathan Owen que vocês tanto falam?? – Perguntou o
moreno, avistando Nate de longe.
-É ele mesmo – Zack confirmou.
-Caramba, que gato. Como é que eu nunca vi esse cara pelo prédio
antes? Meu Deus.
-Ele voltou a sair mais de casa agora – Thomas lembrou – O Alex
contou pra gente que ele tava passando por uma fase difícil, por isso
não o víamos mais como antigamente.
Nesse mesmo dia Alexander foi se encontrar com Leon no sexto
andar, e o moreno falou:
-Marca logo o sexo a três com esse seu amigo Nathan.
-Sério?
-Sim.
-Nossa, quando eu te falei que queria fazer isso você quase me matou.
E agora está tão a fim quanto eu. O que aconteceu?
-Eu vi ele hoje, quando estava voltando da escola.
-Viu o Nate?
-Sim. De longe, ele estava do outro lado da calçada indo pra algum
lugar. Por quê não me disse que ele era tão gato?
-Ah, fala sério. Mas eu te mostrei uma foto dele pô.
-Mas pessoalmente ele é muito mais gostoso. Eu adoro caras altos e
magros.
-Então você topa mesmo fazer nós três?
-Claro que sim. Fala com ele logo e marca o dia.
-Tá bom. Mas fiquei feliz em saber que você o viu na rua. Até pouco
tempo atrás ele nem saia de casa. Quer dizer que está melhorando.
-Vocês dois já ficaram?
-Nunca. Vai ser a primeira vez.
-E você acha que ele vai topar?
-Espero que sim. Mas é quase certeza.
-Então tá esperando o quê? Liga pra ele agora, ou manda uma
mensagem sei lá. Por mim a gente marcava pra hoje mesmo.
-Tem que ver o local.
-Aqui pô. Vou ficar com o apartamento livre até as onze, chama ele.
-Perfeito.
Alexander pegou o celular ligou para Nathan Owen. Em seguida
caminhou até a cozinha para fazer a proposta ao amigo, deixando
Leonard esperando na sala, cheio de expectativa. O moreno estava
surpreso consigo mesmo. Nunca pensou que fosse gostar tanto desse
negócio de relacionamento aberto... Era ótimo ter a liberdade para
ficar com seu amado Alexander, e também curtir bastante com Zack,
Thominhas e agora esse tal de Nate...
Minutos depois Alex voltou para a sala.
-Ele vem – O rapaz confirmou.
-Aceitou de boa?
-De boa não. Ele tava com medo disso causar algum problema entre a
gente. Mas eu consegui convencê-lo. E pra ser sincero, não é de hoje
que o Nate é doido pra transar comigo.
-Como assim?
-Eu sinto que ele queria algo comigo. Nós já somos amigos há anos.
Sabe quando você percebe o olhar da pessoa?
-Espero que o interesse dele por você seja apenas sexual.
-Relaxa, é sim. Eu deixei bem claro isso na ligação.
-Então tá bom.
-Marquei hoje as dezenove horas tudo bem?
-Tá ótimo.
Leonard e Alexander se entreolharam e trocaram beijos.
-Da tempo da gente dar uma volta pelo shopping, o quê acha? – Alex
sugeriu, segurando o namorado pela cintura.
-Acho ótimo. Deixa só eu desligar o PC e trocar de roupa.
-Beleza.
Então naquela noite, por volta das dezenove horas, Nathan Owen
tocou a campainha do apartamento 63. Ele estava usando um short
com estampa florida, uma camisa verde-escura e calçava um par de
chinelos brancos. Quem abriu a porta pra ele foi Leonard,
convidando-o gentilmente a entrar e se sentir em casa.
-Eu sou Leonard, prazer – Disse o moreno apertando a mão do recém
chegado – Finalmente nos conhecemos.
-Prazer. Pois é, o Alex me falou muito de você.
-Ele também vive falando de você.
-Sério?
-Sim. Não só ele, mas o Zack e o Thomas também.
-Então, a gente se conhece desde moleques. Fazíamos parte do
mesmo grupinho. E nós moramos nesse prédio faz tempo.
-Que legal.
-Você se mudou pro Mackenzie esse ano não é?
-Isso mesmo. Mas pais compraram esse imóvel e eu vim pra cá.
-O que achou daqui?
-Pra mim é perfeito, é super tranquilo, perto dos meus amigos, da
escola, de tudo.
Os dois foram para a sala, onde Alex aguardava. O rapaz ficou feliz ao
ver o namorado e o amigo de longa data interagindo e se dando tão
bem. Estava ansioso para o que viria a seguir.
-Tá preparado Nate? – Alexander perguntou, com um olhar malicioso
– Só queremos te dar uma ajudinha pra ver se melhora o seu ânimo.
-Confesso que estou um pouco nervoso. Faz tempo que eu não faço
nada com ninguém.
-E as punhetas?
-Isso sempre né? Quase todo dia pra ser sincero. Minha dose diária de
serotonina.
-Senta aí, fica à vontade. Temos muito tempo, bora bater um papo. Se
quiser tem bebida na geladeira.
-Não, obrigado. Hoje não quero beber.
Alexander Parker, Leonard Spence e Nathan Owen falaram sobre a
vida. A conversa daquele momento acabou se torando uma terapia
para Nate, que pela primeira vez estava se abrindo tanta com outras
pessoas. Ele contou sobre o processo de autoaceitação quando se
descobriu gay, falou sobre os problemas familiares que enfrentava e
sobre o seu ex-namorado que havia lhe traído. Houve um momento
que Nate precisou segurar as lágrimas, mas desabafar sobre tudo o
que esteve sentindo nos últimos meses o fez se sentir muito bem.
Já o casal contou um pouco sobre a sua história, da época em que se
conheceram, até o dia em que oficializaram o namoro. Alexander
revelou a Nate os detalhes da relação que o quarteto do Mackenzie
tinha, e como os quatro amigos tinham tanta liberdade uns com os
outros. Isso deixou Nathan maravilhado e sedento para participar.
-Por quê não me chamaram poxa? Tudo isso acontecendo aqui dentro
do prédio, e eu sem saber de nada. Só trancado no meu quarto
batendo várias.
-Mas você que se afastou da gente, por mais que tenha seus motivos –
Respondeu Alex – Agora já sabe. Se quiser entrar nessa, garanto que
não vai se arrepender.
-Lógico que eu quero. Começando hoje a noite, com nós três.
-Verdade. Aliás, já está na hora. Vamos começar.
Leonard apagou a luz da sala, deixando apenas as lâmpadas do
corredor acesas para manter o ambiente um pouco escuro. Logo os
três adolescentes tiraram suas roupas e ficaram só de cueca, no
centro da sala. Nathan tinha um físico magro, mas seu abdômen era
definido e ele possuía muitos pelos nas pernas, coxas, axilas e na
trilha que começava no umbigo até seu membro.
De pé no centro da sala, Nathan recebeu uma chupada de Alexander,
enquanto Leon chegava por trás e beijava seu pescoço. Fazia muito
tempo que não tinha contato íntimo daquele jeito e estava adorando
cada segundo. Parecia até mesmo que era a sua primeira vez no sexo.
Ele olhou para baixou e viu seu amigo lhe chupando. Não podia
acreditar que aquilo fosse real. Sempre tivera tesão em Alex mas
nunca havia acontecido nada entre eles, mesmo que os dois curtissem
o mesmo sexo. Fora o privilegio de fazer aquilo com alguém tão
popular quanto Alexander Parker. Muitos gostariam de estar em seu
lugar.
-Aê Alex, minha vez de chupar o seu pau – Nate falou alguns minutos
depois.
Então o rapaz ficou de pé, enquanto Nathan se agachava e retribuía a
oral. Leonard se posicionou ao lado de Alex, e recebeu algumas
chupadas também. Nate ficou intercalando entre os dois durante
bastante tempo, ao mesmo tempo em que se estimulava. Estava
completamente sedento, devorando o membro de ambos.
Passadas as preliminares, Nathan ficou de quatro no chão, Alexander
chegou por trás e começou a penetrar. Leonard ficou na frente,
forçando o cabeludo a chupá-lo ferozmente e colocando seu membro
bem fundo até a garganta. Nate gemeu com a dor do sexo anal. Tinha
perdido a prática de ser passivo nesses últimos meses, mas Alex não
teve piedade.
-Por que eu não comi esse cuzinho antes? – Alex falou enquanto batia
forte atrás de Nathan – Que delícia mano.
-Não comeu por que não quis – Nate falou, com os lábios úmidos de
engolir o membro de Leon – Oportunidade sempre teve.
-Quer experimentar amor? – Alex perguntou ao moreno.
-Claro.
O casal interverteu as posições. Leonard foi para trás de Nate e
começou a penetrá-lo com força, ajeitando os cabelos e dominado por
um prazer absoluto. Enquanto isso Alexander socava seu pênis ereto
e pulsante na boca de Nathan.
Os três foram para o quarto e deitaram-se de lado na cama, um atrás
do outro. Nathan penetrou Alexander, que penetrou Leonard a sua
frente. Agora os três estavam devidamente juntos, dando e recebendo
prazer.
-É a primeira vez que eu faço isso – Disse Nate sorridente – Já vi
vários vídeos dessa posição, sempre quis fazer.
-É um pouco cansativo, mas vale a pena.
-E agora quem tá comendo sou Alex. Bom demais, caralho.
-Vai com força Nate, igual eu fiz com você.
-Se eu fizer isso vou gozar rápido e eu não quero. Gosto de ficar
assim, curtindo o cuzinho por bastante tempo.
-Quando quiser gozar, fique à vontade.
-É sério? Posso?
-Pode.
-Valeu então.
Nathan foi acelerando aos poucos, metendo de ladinho em Alexander
e gemendo baixinho com sua voz grossa. Sentiu o orgasmo se
aproximando e aumentou ainda mais a velocidade até finalmente
ejacular. Seu corpo tremeu de prazer.
-Aguenta uma segunda vez? – Alexander perguntou ao amigo.
-Daqui a pouco, com certeza.
-Relaxa aí que eu quero fazer um negócio.
Pouco tempo depois, Alex pediu que Leonard se deitasse na cama e
deixasse Nathan penetrá-lo de frente. O rapaz ficou extremamente
excitado ao assistir Nate socando o namorado, segurando-o pelas
pernas e fazendo-o gemer. Ambos deixavam os pelos ao natural e
pareciam ter bastante química apesar de só terem se conhecido há
poucas horas atrás.
“E pensar que o Leon não queria fazer isso. Agora está adorando...”,
ele pensou.
Por fim Alexander ficou de pé ao lado de Nathan, beijou seus lábios e
os dois se masturbaram juntos direcionando seus pênis para Leonard,
deitado na cama. Alex ejaculou primeiro, e depois Nate, que já estava
no seu segundo orgasmo da noite.
-Cara... Sem palavras – Disse Nathan momentos depois – O que foi
isso??
-Melhor do que a gente imaginava, com certeza haha – Alexander
respondeu – Mas eu tô quebrado.
-Eu demorei pra transar de novo, mas também quando voltei... Tive
isso.
-Gostou?
-Amei. Valeu pelo convite. Eu nunca me senti tão bem. Finalmente as
coisas estão melhorando.
-Quer tomar uma pra comemorar? – Sugeriu Alex.
-Quero sim.
Leonard saltou da cama, foi até a cozinha e trouxe três garrafinhas
transparentes de uma bebida alcoólica de limão. Os três se sentaram
na cama, ainda nus e brindaram a noite extremamente prazerosa que
tiveram, além do inicio de uma nova fase na vida de Nathan Owen.
De repente o celular de Alexander tocou.
-Alô? Fala Zack. Eu tô aqui no apartamento do Leon. Não. Não, daqui
vou pra casa. Ah, hoje não, eu tô cansado, quero descansar. Além
disso já transei hoje, advinha com quem? Eu, o Leon e o Nathan. Pois
é, fizemos a três. Sim hehe. Oxe, por que eu quis ué. Tá. Tá, na
próxima eu te chamo. Beleza. Tchau punheteiro.
-O que ele queria?
-Que eu fosse lá no apartamento dele agora. Ele ficou com raiva por
que nós não o chamamos pra participar haha.
-Ele tá sozinho?
-Tá sim, o pai dele tá de plantão e o Thomas já desceu pra casa.
-E se a gente for lá pro apartamento dele de surpresa? Fazer uma
visitinha – Sugeriu Leonard.
-Hmmm... Interessante. Topa Nathan?
-Claro, bora lá.
Minutos depois o trio desceu até o quinto andar e tocou a campainha
do 51. Ao abrir a porta, Zack Davis ficou extremamente surpreso ao
ver o trio parado ali no corredor.
-Por que não avisaram estavam subindo? – O garoto perguntou – Eai
Nate, há quanto tempo. Tu sumiu, caralho.
Zack e Nathan fizeram um toque de mãos.
-Entra vai, seus putos.
Já na sala, Alexander perguntou:
-Tava fazendo o que?
-No PC, mas já tava quase indo pra cama. Quer dizer que vocês se
divertem lá no apê do Leon e não me chamaram?
-E por acaso a gente é obrigado a te chamar toda vez que for transar?
-Não, mas nesse caso tinha o Nathan. Nem acreditei quando você me
contou no telefone.
-Bom, a gente veio aqui te fazer uma visitinha.
- “Visitinha”. Sei. Agora já tá tarde, eu vou dormir, isso sim – Disse
Zack cruzando os braços – Se esperavam fazer alguma coisa comigo,
vieram aqui à toa.
-Adoro quando ele faz birra. Só me dá mais tesão – Alex falou – Vai
moleque, para de história. Só vamos sair daqui depois botar você pra
mamar.
-Eu acabei de bater uma, tô sem tesão nenhum.
-Problema seu. Chega de papo furado e tira logo a roupa.
-Não.
-Aé? Então tá bom.
-Poxa Zack – Nate falou – Faz isso por mim pô. Vai ser a nossa
primeira vez curtindo juntos. Sempre te achei um moleque da hora. E
me falaram muito bem de você. Será que é tudo isso mesmo?
-Tá bom vai. Vou fazer isso, mas só pelo Nate.
-Para de graça, eu te conheço Zack, você tá morrendo de vontade.
Zack deu risada e em seguida o quarteto entrou em ação. Eram três
contra um. Alexander, Leonard e Nathan eram mais velhos e naquele
momento, fizeram tudo o que tinham vontade com o garoto. Primeiro
o colocaram para chupar, segurando-o pelos cabelos e forçando-o a
engolir seus membros profundamente.
-Abre a boca, isso, assim mesmo – Disse Alexander, em um tom de
voz sério – Agora chupa os três vai. Deixa a boca bem aberta.
O trio colocou as glandes na boca de Zack, todos ao mesmo tempo,
enquanto o garoto olhava para cima, mantendo contato visual com os
amigos.
-Pra onde foi aquela marra toda? Sumiu? – Perguntou Leonard.
Depois ele foi forçado a se deitar no sofá e abrir as pernas. Zack
retirou o short e a cueca que estava vestindo, ficando nu da cintura
para baixo. Usava apenas uma camisa preta.
-Nathan, faça as honras. É a sua estreia com ele, então seja o primeiro.
Pode ir com força que ele aguenta – Alex falou.
Nate ainda tinha gás e tesão para uma terceira penetração naquela
noite. Ele segurou os tornozelos de Zack e começou a penetrar com
força, arrancando gemidos e caretas no rosto do garoto. Atrás dele,
Leon e Alex assistiam a cena se estimulando. Era bom demais ver
Zack sendo submisso.
Minutos depois Nathan deu espaço para que Alex e Leon se
divertissem também. Eles intercalaram várias vezes, por quase uma
hora, até que estivessem prestes a ejacular.
-Senta aí Zack, é hora do seu leitinho – Alexander falou.
O trio ficou de pé em volta de Zack, se masturbando ferozmente até
ejacularam em jato no rosto do garoto. Terminaram forçando-o a
chupar mais um pouco, e batendo seus membros naquela região.
-Vamos embora vai, já está tarde. E eu tô com sono – Alexander falou
– Tchau Zack, espero que tenha gostado da visita.
-Ele gostou, olha o sorrisinho na cara dele.
-Vai se foder Leon.
Depois que os amigos foram embora, Zack tomou um banho e foi pra
cama dormir. Estava cansado, porém satisfeito com a visita do trio.
Nathan, Alex e Leonard se despediram e voltaram para seus
respectivos apartamentos. Era assim que as coisas aconteciam no
infame Edifício Mackenzie.
CONTINUA...
EPISÓDIO 17 de 24

Naquele dia o sol tinha se escondido e as nuvens brancas cobriram o


céu a cima do Edifício Mackenzie. As férias escolares tinham
finalmente acabado e por isso a rua da frente estava menos
movimentada do que nas semanas anteriores. O novo ano tinha
começado da melhor maneira possível para os jovens habitantes
daquele prédio cinzento, localizado numa zona de classe média baixa
de uma grande cidade.
Zack Davis chegou em seu apartamento depois da escola e encontrou
o pai Charles na sala. Essa era uma cena que se repetia bastante na
vida deles, mas dessa vez o médico achou estranho o garoto chegar
em casa sozinho. Quase sempre o filho estava acompanhado do
melhor amigo Thomas Mathews, uma amizade que se tornou muito
mais forte nos últimos dois anos e que fizera Charles levantar
diversas suspeitas em relação a Zack.
-Eae pai – O garoto falou entrar na sala. Estava usando um casaco
preto de capuz, uma bermuda jeans clara e um tênis verde. A mochila
que carregava em apenas um dos ombros era nova e cheia de bolsos.
-Olá, como foi a escola?
-A mesma chatice de sempre – Zack jogou a mochila no chão e se
esparramou no sofá ao lado do pai - Ano novo, velha escola.
-O Thomas não veio com você hoje? Que surpresa. Vocês dois quase
não se desgrudam mais - O tom de Charles era extremamente
sugestivo, mas o garoto não percebeu.
-Ele tem dentista daqui a pouco, mas vai passar aqui mais tarde.
Zack deu um profundo suspirou e disse:
-A semana mal começou e eu já estou cansado. Bem que hoje já podia
ser sexta.
-Escuta Zack... Não tem problema você deixar o cabelo crescer, mas
pelo menos poderia penteá-lo de vez em quando.
De fato, os cabelos castanhos de Zack estavam maiores do nunca, já
que ele não os cortava há um bom tempo. Suas orelhas tinham sido
completamente cobertas e uma franja desgrenhada caia sobre sua
testa do lado direito. Apesar da constante pressão do pai para cortar
o cabelo, Zack estava gostando desse novo estilo.
-Ele está assim por que eu fico mexendo toda hora – Explicou o
garoto, deslizando os dedos sobre os fios lisos.
-Você que sabe.
Zack ficou de pé, pegou a mochila novamente e seguiu para seu
quarto. Chegando lá, tirou os tênis, as meias e o casaco, sentando na
beira da cama e puxando o celular do bolso. Respondeu-as
rapidamente, sem muita paciência. Ele estava se sentindo sonolento e
decidiu tirar um breve cochilo antes do almoço ficar pronto.
Mais tarde, Zack ouviu a campainha tocar e foi correndo abrir a porta.
Thomas tinha finalmente voltado do dentista, e agora poderia passar
um tempo com ele. O loirinho surgiu usando uma calça branca, um
tênis quadriculado e uma camisa azul. Diferente de Zack, Thomas
havia cortado o cabelo recentemente, por isso seus fios agora estavam
bem curtos.
Zack segurou o queixo de Thomas e lhe beijou.
-Eu tenho novidades pra contar – Disse o loirinho.
-Ok, vamos lá pro meu quarto.
-O seu pai já saiu?
-Claro. Caso contrário eu não teria te beijado no meio do corredor.
Chegando ao quarto, Zack encostou a porta e logo em seguida se
jogou na cama, colocando as mãos atrás da cabeça e abrindo as
pernas. Ele olhou para o namorado ainda de pé na sua frente e disse:
-Fala aí.
-Eu conversei com a minha mãe e o meu irmão e... Eu vou começar a
jogar futebol no clube.
-Sério?
-Sim. Isso era algo que eu já queria há algum tempo, e eles me
encorajaram a começar esse ano. Amanhã eu vou lá fazer a minha
inscrição com o Antony.
-Hm... Entendi. Poxa, que legal. Mas você vai jogar em um time? Como
vai ser?
-Não é um time profissional. Vão ser só treinos mesmo. Lá no clube
dá pra fazer diversos esportes, e eu escolhi futebol por que gosto
mais.
-Beleza. E nossa, ver você com aquele calção de futebol me dá muito
tesão.
-Eu sei disso. Depois dos treinos eu posso vir direto pra cá e...
-A gente se diverte. Que delícia. Só de imaginar já tô ficando de pau
duro.
-Mas pra falar a verdade, hoje eu estou um pouco desanimado.
-O quê foi?
Thomas tirou os tênis e se deitou na cama ao lado de Zack. O garoto
colocou o braço em volta do pescoço do loirinho, beijou sua bochecha
e ficou olhando para cima enquanto continuavam a conversa. Naquele
momento Thomas tinha muitas coisas para dizer, principalmente
sobre a sua relação conturbada com o irmão mais velho Antony. Zack
decidiu ser um ótimo ouvinte e deixou-o desabafar o quanto
precisava.
-A minha mãe sempre fica do lado dele. Às vezes pareço que ela gosta
mais do Antony do que de mim.
-Isso não é verdade. Todo mundo sabe que você é o bebezinho dela.
-Não sou bebê porra nenhuma.
-Calma, tava só brincando. O que eu quis dizer é que ela tem um
carinho especial por você. Você é o filho caçula.
-Você é filho único, não entende. Eu já tô cansado da chatice do
Antony. Eu prometi a mim mesmo que esse ano eu vou enfrentá-lo.
Chega de injustiça.
-É isso aí, você tá certo. E pode contar comigo pra tudo.
Os dois se beijaram por alguns segundos.
-Nossa, nós já estamos aqui deitados conversando há bastante tempo
– Zack comentou – Olha pela janela, já até escureceu. Acho que agora
seria o momento perfeito para fazer aquele sexo bem gostoso.
-Eu até toparia se você não tivesse me chamado de ‘bebê da mamãe’
aquela hora.
-Não foi isso que eu disse.
-Odeio quando as pessoas me tratam como criança.
-Foi só brincadeira, relaxa.
-Eu só aceito fazer com uma condição. Eu serei ativo hoje.
-Tranquilo, você que manda.
Zack adorava quando Thomas sorria para ele cheio de malicia. O
garoto tirou a bermuda e a cueca, e deixou que o loirinho lhe
chupasse por alguns minutos.
-Diz que não é bebê... Mas adora mamar – Sussurrou Zack
maliciosamente.
Em seguida ele abriu as pernas e Thomas se posicionou no meio
delas, começando a penetrar devagar enquanto mantinha contato
visual com ele.
O loirinho moveu a cintura para frente e para trás, segurando-se com
as mãos na cabeceira da cama. A expressão de prazer no rosto de
Zack lhe deixava ainda mais excitado, principalmente quando ele
contorcia as sobrancelhas e mordia os lábios. Durante mais de dez
minutos, Thomas ficou penetrando aquele lugar apertado, até sentir
que precisava ejacular.
-Posso gozar dentro? – Perguntou.
-Pode.
Thomas abaixou a cabeça, soltou um gemido e parou de penetrar. Ele
se deitou novamente ao lado de Zack, sentindo o corpo inteiro
relaxado após o excelente orgasmo. O garoto por outro lado, decidiu
se masturbar com os olhos fechados e a boca entreaberta, pensando
nas coisas mais sujas e obscenas que sua mente maliciosa poderia
inventar. No fim acabou gozando também, no próprio abdômen.
-Acho que fui rápido demais – Thomas comentou – Poderíamos ter
mudado de posição.
-Não ligo muito pro tempo. O que importa é que foi gostoso.
Algumas horas depois, Thomas disse à Zack que precisava ir para
casa. Ambos estavam encostados numa parede da sala, um de frente
para o outro.
-Não quer ficar mais? – O garoto perguntou.
-Claro que quero. Mas você sabe como é, não posso voltar tarde.
-Amanhã a gente se vê então.
-Sim.
Os dois deram um último beijo e Zack acompanhou Thomas até a
porta da frente. O loirinho deu as costas e desceu pelas escadas até o
segundo andar. Ao chegar em seu apartamento, encontrou o ambiente
estranhamente silencioso e aparentemente vazio, com a televisão
desligada e a luz da sala apagada. Ele achou que a mãe e o irmão
tivessem saído, e foi direto para o seu quarto. Ao abrir a porta de lá,
acabou encontrando Antony em frente ao armário completamente
pelado.
-Ah, desculpa – O garoto falou imediatamente - Eu achei que não
tivesse ninguém em casa. E você não trancou a porta.
Antony imediatamente se cobriu com uma toalha branca.
-Foi mal Tony – Thomas disse novamente.
-Tudo bem, você não teve culpa. Essa é a desvantagem de dividir a
porra do quarto. Não dá pra ter privacidade nenhuma.
Antony pegou sua roupa no armário e terminou de se trocar no
banheiro. Quando voltou estava com os cabelos longos escovados
para trás e exalando um cheiro másculo de desodorante masculino.
-Que milagre é esse que você voltou cedo hoje? – Perguntou ele à
Thominhas.
-Eu sabia que se demorasse demais você ia me ligar enchendo o saco.
-Ainda bem que você sabe. Demorou, mas finalmente tá aprendendo.
-Onde a mãe foi?
-Na casa da Joyce. Daqui a pouco ela tá aí.
-Ok. Escuta Tony, posso te dar uma sugestão?
-Qual?
-Quando terminar o banho, já coloca a cueca no banheiro. Assim não
corre o risco de eu te ver pelado sem querer novamente.
-Eu faço isso as vezes. Só que hoje não lembrei de levar a cueca. E eu
não esperava que você fosse chegar, por isso nem tranquei a porta.
-Na próxima já sabe.
-Tá bom. Mas vai me dizer que você não gostou?
-Quê?
-Tu gostou né, de me ver pelado?
-O quê? Que merda de pergunta é essa?
-Responde ué.
-Eu não quero responder, eu hein. Eu não queria ter visto nada.
-Tá nervosinho por quê?
-Por que você é um chato sem noção.
-Só te fiz uma pergunta.
-Vai se foder Antony! Eu não gosto dessas suas brincadeiras idiotas.
Thomas se levantou e foi correndo para a sala com raiva. Ele sentou-
se no sofá de braços cruzados, pegou o controle da TV e ligou-a para
procurar alguma coisa para se distrair.
“Eu odeio o meu irmão, simplesmente odeio”, dizia para si mesmo em
pensamento. “Tem momentos que eu não suporto ele... Queria que ele
fosse embora daqui e nunca mais voltasse”.
No dia seguinte, lá no 51, Zack estava tomando banho quando ouviu a
campainha tocar e o pai Charles foi abrir a porta. O garoto estava
terminando de tirar o condicionador dos cabelos quando ouviu os
passos e vozes do médico conversando com Thomas no corredor. Ao
saber que o namorado já tinha chegado, Zack acelerou o banho e saiu
o mais depressa possível, com uma toalha enrolada na cintura e os
cabelos bastante úmidos.
Ao entrar em seu quarto, Zack viu Thomas sentado na cama
sorridente. Ele trancou a porta como de costume, e imediatamente
deixou a toalha cair, revelando sua nudez para o loirinho.
-Você voltou rápido – Disse Zack caminhando até o armário e tirando
dali uma cueca e um short preto.
-Sim, foi bem rápido lá no clube. Nós fizemos a inscrição e voltamos
para casa. Mas seria melhor se tivesse a opção de fazer isso na
internet.
-Você não disse que brigou com o Antony ontem?
-Sim. Mas a raiva já passou e hoje até que ele não estava tão chato.
-Eu poderia ter ido com você fazer a inscrição.
-Foi minha mãe que pediu pro Antony ir comigo. E foi uma coisa
rápida, nada demais. A partir de manhã já passo ir lá jogar futebol.
Inclusive já até peguei o uniforme.
Zack vestiu a cueca e o short na frente de Thomas, depois penteou os
cabelos na frente do espelho na porta do armário.
-O que o meu pai falou quando você chegou?
-Só que você estava no banho.
-Ele vai sair para o trabalho daqui a pouco. Aí ficaremos sozinhos.
-Ah, se liga. Eu descobri que um garoto aqui do Mackenzie também
joga futebol no clube.
-Quem?
-Eu não sei o nome dele, mas já o vi algumas vezes aqui no prédio.
Não faz tanto tempo assim que ele se mudou para cá. Acho que mora
lá em cima, no nono andar.
-Hmm... Acho que sei de quem você está falando.
-Ele saiu lá do clube ao mesmo tempo que eu e o Antony. Só que ele
veio caminhando na frente. Estava usando o uniforme de lá, o mesmo
que eu vou usar.
-Entendi. Se for quem eu estou pensando... É aquele moleque
malhadinho que usa brinco?
-Ele mesmo. Bonito né?
-Bonito e gostoso, puta que pariu.
-Talvez eu me torne amigo dele agora que vamos jogar juntos.
-Tomara hehe. Tomara que você se aproxime dele.
-Já tá pensando besteira né?
-Você me conhece, já sabe como a minha mente funciona.
Não demorou muito e Charles bateu na porta para avisar que já
estava de saída. No momento que teve a certeza de que estavam
sozinhos, Zack empurrou Thomas agressivamente na cama e laçou um
olhar sério para o loirinho.
-Hoje não vai ter moleza – Disse ele apertando o meio das pernas sob
o short – Quem vai foder sou eu. Vou meter tanto nesse seu cuzinho
rosa que tu não vai nem conseguir andar depois.
A resposta de Thomas foi um sorriso malicioso e uma mordida de
lábios. Ele se sentou na beira da cama, agarrou as laterais do short de
Zack e puxou-o para baixo junto com a cueca. Um pênis meia bomba
surgiu cercado de pelos castanhos, pronto para ser chupado. Esse foi
só o começo de mais uma tarde de prazer entre os dois garotos.
CONTINUA...
EPISÓDIO 18 de 24

Era o primeiro dia de treino para Thomas Mathews no clube. O


loirinho estava se sentindo nervoso antes de sair de casa, mas
também bastante animado para começar a jogar futebol. O uniforme
do time do clube possuía calção e meiões brancos e uma camisa azul-
clara bastante justa. Thominhas estava no seu quarto terminando de
calçar as chuteiras quando Antony apareceu na porta.
-Você vai sozinho hoje? – Perguntou ele.
-Não, o Zack vai comigo.
-O que ele vai fazer lá?
-Me ver jogar ué. Algum problema?
-Esse moleque não tem nada pra fazer da vida mesmo hein.
-Você tá querendo brigar hoje? Se for isso, melhor ir embora. Eu não
estou com paciência.
-Tá bom, tá bom. Divirta-se lá no clube. Vê se não deixa os garotos
maiores te darem uma surra.
E com isso Antony se virou e foi embora, deixando Thominhas com
muita raiva. Mas ele estava decidido a não deixar que o irmão mais
velho estragasse o seu dia, por isso respirou fundo e se levantou.
Colocou uma pequena mochila nos ombros, digitou uma mensagem
no celular para Zack e saiu de casa.
Thomas ficou parado no corredor da frente, esperando a chegada de
Zack. O garoto veio pelas escadas apressadamente, usando uma
camiseta, uma bermuda e chinelos.
-E aí, vamos?
-Vamos.
-Tá nervoso?
-Um pouco. Mas é só por que hoje é o meu primeiro dia.
-Vai dar tudo certo, relaxa. Eu vou estar lá com você.
Juntos eles desceram até o térreo e caminharam para as portas da
frente do Edifício Mackenzie. O dia era de sol forte, e os dois
precisaram caminhar por algumas ruas até chegar ao seu destino. O
clube era uma construção de três andares que ocupava o quarteirão
inteiro, e que tinha sido construído pela prefeitura da cidade há mais
de uma década. Zack e Thomas atravessaram o portão principal,
passaram pela recepção e pegaram o caminho da esquerda em
direção ao campo de futebol.
-Eu tô indo lá me apresentar para o instrutor – Thominhas avisou –
Você pode escolher qualquer lugar da arquibancada pra sentar. E se
quiser ir embora mais cedo, tudo bem. Eu te vejo depois.
-Só vou embora junto com você.
Zack caminhou até as arquibancadas que cercavam o campo e se
sentou num local bem alto. Dali ele conseguiu ver todo o primeiro
treino de Thomas, que estava visivelmente nervoso ao lado de todos
aqueles garotos do time. Mas felizmente o loirinho foi bem recebido
entre o grupo de adolescentes, e logo estava se enturmando. Entre os
jogadores estava o tal morador do Mackenzie.
“Ali está ele” pensou Zack observando-o de longe no campo. “Eu sabia
que era ele. Nós já pegamos o elevador juntos uma vez se não me
engano”.
O jogador em questão era um adolescente não muito alto, com um
físico definido, de pele marrom-claro, brincos no ouvido e um cabelo
preto baixinho. Ele sem dúvida era um dos melhores em campo, não
só pela agilidade, mas também pela habilidade de marcar gols.
Thomas conversou com ele durante um pequeno intervalo.
Quando o treino acabou, Zack se levantou da arquibancada e foi ao
encontro de Thominhas na saída do campo. O loirinho estava
acompanhado do outro jogador.
-Eai – Anunciou Zack ao alcançá-los.
-Oi Zack. Esse aqui é o Kane Marcus.
-Nós já nos vimos uma vez – Dissera Kane ao apertar a mão de Zack –
Também moro no Mackenzie.
-Sim, eu sei. Eu me lembrava de você, só não sabia o seu nome.
-Achei legal saber que outro garoto do Mackenzie também vai jogar
aqui no clube. Nós podemos voltar para casa juntos a partir de agora
né?
-Sim.
-Você vai se trocar no vestiário? – Perguntou Kane para Thomas.
-Não sei, você vai?
-Às vezes eu tomo banho aqui no clube. Mas quando tô com pressa
vou direto pra casa.
-Eu uso o vestiário na próxima.
-Beleza, então vamos embora.
O trio saiu caminhando juntos até o portão da frente do clube,
conversando e se conhecendo melhor. Eles viraram à direita e
atravessaram a rua, seguindo pelo caminho que daria no Mackenzie.
Agora o sol já tinha sumido um pouco, e o clima estava muito mais
agradável.
-Há quanto você mora no Mackenzie? – Zack perguntou para Kane.
-Vai fazer um ano agora em fevereiro.
-Cara, eu te vi pouquíssimas vezes por lá.
-Eu quase não saio de casa pra falar a verdade. Só pra escola e pro
futebol. E algum tempo atrás eu tinha quebrado a perna, e fiquei
alguns meses sem jogar. Voltei no final do ano passado.
-Entendi. E onde você estuda?
-No St. Anne.
-É a escola do Alex. Particular, colégio bom.
-Você fez amizades no Mackenzie? – Thominhas perguntou.
-Que nada. Não falo com ninguém lá. Meus amigos são todos da escola
e do clube.
-Bom, agora você pode falar com a gente.
-Ah valeu. Em que apartamento vocês moram?
-Eu moro no quinto andar, 51 – Respondeu Zack.
-E eu no segundo andar, 22.
-Hm... Eu moro lá cima no nono andar, 96.
O ritmo que eles caminhavam era tão lento que houve bastante tempo
para conversarem. Os três tinham se dado tão bem que era como se já
fossem amigos há anos. Kane era um garoto muito extrovertido e
simpático, com grande senso de humor. Tinha dezesseis anos e
morava com a mãe e o padrasto no nono andar do Mackenzie. Seu
sonho era se tornar um jogador de futebol profissional bem sucedido
no futuro.
Quando enfim chegaram ao Edifício Mackenzie, Thomas convidou
Kane para ir no seu apartamento.
-Você tem algo pra fazer agora? Quer passar lá em casa rapidinho?
-Beleza, por mim tudo bem.
-Mas Thomas – Zack contestou – E o Antony?
-A essa hora ele já deve estar na aula de violão. E minha mãe só volta
de noite. Não vai ter ninguém lá.
Zack, Thomas e Kane pegaram o elevador e desceram no segundo
andar. Eles atravessaram o corredor silencioso e entraram no
apartamento 22 após Thominhas destrancar a porta com sua cópia da
chave.
-Fiquem à vontade – Disse o loirinho – E não reparem na bagunça.
Querem beber água? Ta calor hoje.
-Sim – Falou Zack.
-Também quero, obrigado – Respondeu Kane.
Thomas foi até a cozinha e pegou três garrafinhas de água na
geladeira, entregando para os amigos na sala.
-Legal o seu apartamento – Kane dissera depois de beber quase a
garrafinha inteira – Você tem um irmão mais velho?
-Sim, o nome dele é Antony. É o cara mais insuportável da face da
terra. Nem queira conhecê-lo.
-O foda é que eu estou suado do futebol. Você deveria ter me
convidado em outra hora.
-Relaxa, eu também tô suado. Daqui a pouco vou um tomar banho
bem gelado.
-Gostou do time lá do clube?
-Eles parecem legais, aparentemente. Você está lá há mais tempo do
que eu, pode me dizer.
-O pessoal é de boa sim. E você não foi o único que entrou esse ano.
Tem uns dois moleques que chegaram semana passada também.
Kane terminou de beber o resto da água e foi colocar a garrafinha na
cozinha. Ao retornar para a sala, se aproximou da janela e ficou
observando a vista por alguns segundos.
-Lá no meu apartamento eu tenho não essa vista – Disse ele – Vocês
se importam se eu tirar a camisa?
-Não, claro que não.
-Valeu, tá me incomodando muito.
O jogador retirou então a camisa azul-clara do uniforme do time,
exibindo um abdômen trincado e um peitoral liso. Ele deixou a camisa
pendurada no ombro e ajeitou o calção branco, que estava um pouco
sujo por causa das derrapadas no campo. Tanto Zack quanto Thomas
ficaram olhando fixamente para ele, cheios de desejo.
-Se liga, eu posso fazer uma pergunta pra vocês? Espero que não se
ofendam – Kane dissera.
-Claro, o quê?
-Vocês por acaso são... Um casal?
Zack e Thomas se entreolharam. Era a primeira vez que perguntavam
aquilo para eles. Será que valia a pena contar a verdade para alguém
que acabaram de conhecer?
-Por que você acha isso? – Thomas perguntou.
-É que vocês parecem ser mais do que amigos. E o Zack estava lá
assistindo o seu treino né? Pode ser coisa da minha cabeça, mas...
Diante do total silêncio dos garotos e da cara de desconcerto deles,
Kane decidiu aliviar a barra contando algo extremamente importante
sobre si mesmo:
-Me desculpem pela pergunta. Isso não é da minha conta, eu sei. Mas
se for ajudar, melhor vocês saberem uma coisa sobre mim também.
Eu sou gay.
-Sério?
-Sim. Mas eu sou bem discreto quanto a isso.
-Nós também – Zack explicou, ainda surpreso com rumo daquela
conversa – Eu e o Thomas estamos namorando sim. Mas não
abertamente. Só os nossos amigos mais próximos que sabem.
-Entendi, que legal. Mas é curioso né... Uma vez um amigo meu me
falou que um gay é capaz de identificar outro. Espero que não se
ofendam, mas logo que eu vi vocês dois foi a primeira coisa que
passou pela minha cabeça.
Passados alguns minutos, Kane falou:
-Agora eu preciso ir pra casa. Valeu por me convidar pra vir aqui. A
gente se vê depois né?
-Com certeza. Na sexta vou pro futebol de novo.
-Beleza.
-Deixa o seu número de celular, se a gente quiser falar com você –
Zack sugeriu.
-Ah, claro. Anotem aí.
Depois de passar o contato para Zack e Thominhas, Kane Marcus se
despediu deles, saiu do apartamento e pegou o elevador para casa.
-E então, está pensando o mesmo que eu? – Perguntou Zack ao
melhor amigo.
-Com certeza.
Os dois se entreolharam maliciosamente. Estavam completamente
atraídos pelo jogador.
***
Nas semanas seguintes a amizade de Zack, Thomas e Kane Marcus
cresceu ainda mais. Os três estavam sempre se encontrando pelo
prédio e nos dias de treino no clube. Houve até um fim de semana
que o trio decidiu dar um passeio pela cidade, se divertindo bastante
e voltando tarde para o Mackenzie. Além do mais, havia uma forte
tensão sexual entre eles, embora não dissessem nada por enquanto.
Numa tarde de sexta-feira, após o treino de futebol, Thomas e Zack
finalmente tomaram a iniciativa.
-Ei Kane – Zack falou enquanto caminhavam – Posso te perguntar
uma coisa?
-Fala aí.
-Você já fez sexo a três?
A pergunta pegou Kane de surpresa, que encarou Zack por alguns
segundos antes de responder:
-Não, por quê?
-Quer fazer com a gente?
O jogador não respondeu de imediato, apenas ficou olhando para
baixo reflexivo. Então disse:
-Quando?
-Você topa mesmo?
-Sim, por quê não?
-Beleza. Amanhã de tarde meu pai vai para o trabalho mais cedo e
nós teremos bastante tempo sozinhos, pode ser?
-Fechado, mal posso esperar. Mas tenho que confessar uma coisa...
-O quê?
-Essa vai ser a minha primeira vez. Eu ainda sou virgem.
-Ah, tranquilo. Vai ser legal pô.
-Tomara.
Zack mal podia acreditar que Kane fosse aceitar tão fácil. Na noite
daquela sexta-feira, Antony tinha saído com os amigos e não dormiria
em casa, portanto Zack pôde ficar junto com Thominhas no segundo
andar até de madrugada. Os dois tiveram a ideia de tirar uma foto
juntos e enviar para Kane, só para provocá-lo.
Kane estava na cama prestes a dormir quando recebeu a foto no
celular. Na imagem era possível ver dois membros eretos encostados
um no outro em um ambiente escuro. O jogador sorriu
maliciosamente ao ver a foto e decidiu retribuir. Ele abaixou o calção
que usava, puxou o pênis para fora e o estimulou até ficar ereto.
Então tirou uma foto bem de perto, enviando-a em seguida para os
amigos.
-Porra, olha esse pau – Comentou Zack quando abriu a foto.
-Que delícia.
-Né? Agora tô mais ansioso ainda pra amanhã.
Então, no dia seguinte, por volta das três horas da tarde, a campainha
do 51 tocou. Kane Marcus surgiu usando uma camiseta azul-escura,
uma bermuda branca e um par de chinelos pretos. Zack ficou de pau
duro só de olhar para o recém-chegado. O jogador atravessou a porta
e foi direto para a sala, onde Thominhas estava sentado no sofá.
-Eai – Disse ele – Cês tão bem?
-Sim, tudo tranquilo.
-De boas.
O olhar de malícia no rosto de Kane fez com que a excitação dos
garotos aumentasse ainda mais. Apesar de estarem ansiosos para
começar, os dois ainda se sentiam um pouco acanhados na presença
de Kane.
-Já vamos começar? – Perguntou Kane – Ou vocês preferem esperar?
-Por mim podemos começar agora mesmo. Já cansei de esperar –
Zack falou.
-Vamos lá então...
Os três caminharam para o quarto de Zack, e o garoto trancou a
porta. Eles ficaram de pé no centro do quarto, olhando um para a cara
do outro, até que alguém fizesse o primeiro movimento.
-Eu sou completamente inexperiente nessas coisas – Kane declarou –
O que vocês querem que eu faça?
-Tira a roupa – Pediu Thominhas, sedento.
O jogador tirou primeiro a camisa, depois a bermuda e por último a
cueca boxer vermelha. Seu pênis era grande até mesmo quando
estava flácido, possuía muitas veias e era completamente livre de
pelos. Kane tinha o hábito de se depilar frequentemente, e havia feito
isso no dia anterior.
-Uau – Elogiou Zack mordendo os lábios – Belo pau.
-Quero ver o de vocês.
Zack e Thomas tiraram as roupas também, ficando totalmente nus na
frente de Kane. Os dois se aproximaram ainda mais do jogador e
começaram a tocar o seu corpo, deslizando as mãos pelos braços
definidos, o peitoral e o abdômen trincado, a coxa grossa do futebol e
o pênis que crescia. A partir desse momento eles simplesmente
deixaram rolar.
Kane segurou os membros dos amigos, cada um com uma mão e
começou a estimulá-los. Os garotos decidiram fazer o mesmo, Zack
masturbando o pênis do jogador e Thomas massageando as bolas.
Logo os três adolescentes já estavam com as ereções totais e
pulsando.
-Qual de vocês dois vai me chupar primeiro? – Kane perguntou
malicioso.
-Que tal os dois ao mesmo tempo? – Sugeriu Zack.
-Melhor ainda.
Thominhas e Zack se ajoelharam e aproximaram o rosto do membro
de Kane. O garoto começou a chupar primeiro, enquanto o loirinho
mordiscava os testículos. Depois eles inverteram e Thomas passou a
chupar de uma maneira bastante intensa.
-Ah.... Porra – Kane gemeu baixinho, jogando a cabeça para trás – Que
delícia...
Após diversos minutos se deliciando com o membro de Kane, Zack e
Thomas ficaram de pé e sorriram para o jogador.
-Agora é a sua vez – Zack falou – Mama nós dois.
Kane se agachou, agarrou o pênis de Zack e começou a chupar. Depois
fizera o mesmo com o de Thomas, e pelos dez minutos seguintes ficou
intercalando entre um pau e outro, chupando com muita vontade. Os
garotos foram ao delírio com aquilo, demonstrando expressões de
prazer em seus rostos jovens.
O jogador lambeu a glande de Zack e olhou para cima maliciosamente,
encontrando o olhar do garoto. Depois colocou os testículos de
Thomas na boca e ficou sugando-os com os olhos fechados...
-Você disse que era inexperiente nisso – Zack comentou – Não parece.
-Eu só tô fazendo o que me vem à cabeça. Além disso, eu já assisti
bastante pornô.
-Já vamos passar para penetração? – Sugeriu Thomas.
-Mas quem vai comer quem?
-O Kane decide.
Kane se levantou, limpou a boca com as costas da mão e disse:
-Eu quero foder os dois, um de cada vez.
-Mas eu também quero meter – Declarou Zack.
-Ok, a gente troca depois – Respondeu Kane – Mas eu nunca dei pra
ninguém, então tu vai ter que pegar leve.
-Tá. Quem você quer primeiro?
-Tanto faz.
-Vai você Thomas.
Thominhas se deitou na cama, abriu as pernas e esperou. Kane se
posicionou no meio delas, direcionou o seu pênis para a entrada do
ânus e começou a penetrar devagar. O loirinho fechou os olhos e
gemeu baixinho, sentindo aquele membro grande entrar cada vez
mais fundo dentro dele.
-É apertadinho... – Kane comentou com uma voz sensual – Ah... Porra.
Zack estava ao lado observando a cena, sentindo muito tesão e
começando a se estimular. Ele adorava ver o namorado sendo
penetrado por outro garoto.
-Seu pau é maior do que o meu, deve ta doendo – Comentou.
-Ele ta gostando, olha a carinha dele – Kane respondeu.
O garoto subiu na cama e colocou os testículos no rosto de Thomas,
para que ele os chupasse. A penetração de Kane foi ficando mais
rápida e intensa, mas o jogador precisou parar poucos minutos
depois.
-O quê foi? – Zack perguntou.
-Quase que eu gozei antes da hora. Acho que me empolguei demais,
preciso de um tempo.
-Cara relaxa. Isso já aconteceu comigo. A gente fica muito ansioso e
acaba tendo uma ejaculação precoce.
O jogador suspirou e disse:
-Quer trocar de lugar com ele agora? – Sugeriu Kane.
-Ok, mas vai devagar. Não tô acostumado com um pau desse tamanho.
Zack e Thomas trocaram de lugar rapidamente e Kane começou a
penetrar o garoto. No início Zack sentiu bastante dor e pediu para
Kane parar, mas com o tempo aquilo foi ficando mais confortável e
até prazeroso. O segredo era simplesmente relaxar e curtir.
-Hmmmm... – Gemia Zack de olhos fechados, levando fortes
penetradas. Ele estava segurando as pernas suspensas no ar por trás
dos joelhos.
Thominhas ficou de pé na cama e aproximou o pênis do rosto de
Kane. O jogador chupou ferozmente, sem interromper a penetração,
mostrando o quanto era habilidoso com o corpo. Os três ficaram
nessa posição por um longo período de tempo, até chegarem ao
orgasmo.
Kane se masturbou ferozmente e ejaculou em jatos no abdômen de
Zack. O garoto retribuiu, ficando de pé e gozando no membro do
jogador. Por último Thominhas também despejou seu sêmen no corpo
de Kane, porém na região das coxas grossas. Eles terminaram com um
beijo triplo.
-Gostou Kane? – Zack perguntou, animado.
-Demais. Só faltou eu ser passivo.
-Se quiser uma segunda vez, só falar.
-Com certeza vou querer.
-Perfeito. Nós temos muito tempo ainda – Disse Zack – Agora só falta
você conhecer os nossos amigos hehe.
Zack já estava ansioso para apresentar Kane aos outros garotos do
Mackenzie.
CONTINUA...
EPISÓDIO 19 de 24

O Edifício Mackenzie recebeu esse nome há muitos anos atrás em


homenagem a um grande empresário da cidade, Jerry Mackenzie, que
nascera e crescera naquele bairro. O prédio de catorze andares
atualmente serve como moraria para pessoas de classe média baixa,
além de ser a segunda construção mais alta da rua. Há anos os
proprietários do Mackenzie tem o projeto de reformar o local,
tornando-o ainda maior e mais luxuoso, incluindo uma piscina e uma
sauna para os moradores. Mas esses planos estão sempre sendo
adiados e o edifício continua o mesmo.
A rua onde o Mackenzie se ergue possui um formato circular e não
tem saída. A calçada da frente do prédio é coberta de pedrinhas em
preto e branco, e ao lado do portão de entrada existem algumas
plantas bem cuidadas. Após seguir por um corredor sem cobertura
até o térreo, chegasse então a um lobby silencioso com alguns
quadros nas paredes e mais plantas espalhadas pelos cantos. As
portas para o elevador ficam no fim deste lobby à direita e as
escadarias à esquerda.
Há diversos tipos de moradores no prédio, mas só alguns merecem
destaque. Para contar um pouco mais sobre eles, os relatos a seguir
foram divididos pelos andares do Mackenzie, começando pelo
primeiro e assim por diante, como se o leitor estivesse subindo
gradativamente.

2º ANDAR, APARTAMENTO Nº 22

Thomas Mathews mora junto com a sua mãe e o irmão mais velho no
Mackenzie desde os seis anos de idade, quando a família se mudou
para lá. Não demorou muito e Thomas se tornou amigo de Zack Davis,
já que ambos estudavam na mesma escola e moravam no mesmo
prédio. Antigamente Charles ia buscar ambos os garotos na escola, o
que era de grande ajuda para a mãe de Thomas que trabalhava sem
parar na época. A amizade de Zack e Thomas foi se intensificando
com o passar dos anos, a ponto de se tornar algo mais quando eles
chegaram à adolescência. Atualmente estão namorando em segredo
desde o ano anterior.
No apartamento 22, Thomas sempre dividiu o quarto com seu irmão
Antony. A relação dos dois nunca foi perfeita, principalmente por
causa do temperamento forte do Mathews mais velho. Os dois são
vistos frequentemente brigando e esse é um dos motivos que fazem
Thomas preferir passar o tempo no apartamento dos Davis. Mas como
isso nem sempre é possível, o loirinho é obrigado a conviver com o
irmão e aguentar suas implicâncias diárias.
Naquele ocasião, Thomas estava encrencado. Muito encrencado. A
mãe dele, a Sra. Mathews, estava arrumando o quarto dos filhos
quando acabou encontrando o boletim de Thominhas escondido no
armário. A mulher ficou horrorizada ao ver que as notas do filho mais
novo estavam péssimas, quase todas vermelhas. Então, no fim
daquela manhã de sábado, ela se dirigiu até a sala para falar com
Thomas.
O loirinho estava assistindo televisão. Ela chegou de cara séria, jogou
o boletim na mesinha de centro e disse:
- Pode me explicar isso?
Thominhas não disse nada, mas sabia que estava encrencado. Então a
Sra. Mathews falou:
- Você tentou esconder isso de mim?
- Não...
- Não minta Thomas. Você está péssimo na escola e agindo como se
nada tivesse acontecido. Nota dois em matemática? Você quer repetir
de ano? Você nunca foi assim, o que está acontecendo?
- Eu vou recuperar, relaxa.
- Não, não vou relaxar. Você precisa estudar mais a partir de agora.
Tem obrigação de melhorar essas notas entendeu? Trate de estudar
bastante. E na próxima, quero o boletim na minha mão entendeu ?
- Sim, mãe.
- E outra coisa. Você está de castigo – Ela falou severamente – Está
proibido de sair de casa.
- Ah não mãe, eu já combinei de jogar futebol hoje com os meninos do
clube!
- Você vai ficar em casa por enquanto. Sem reclamar.
- Mas mãe...
- Eu disse sem reclamar.
A mulher foi firme, e logo em seguida chamou Antony para a sala. O
rapaz veio lá da área de serviços, onde estava colocando suas roupas
na máquina de lavar.
- Que foi mãe ?
- Presta atenção. O Thomas está de castigo a partir de agora. Está
proibido de sair de casa, sem videogame e internet. Eu vou ter que
dar uma saída daqui a pouco, então você fica de olho nele pra não
sair ou usar o computador, entendeu?
- Pode deixar.
- A partir de agora você está responsável por ele. E por favor, eu não
quero saber de vocês dois brigando de novo. Está avisado.
A mãe foi para o quarto estressada, deixando Antony e Thomas na
sala. O rapaz deu um sorrisinho e perguntou ao caçula:
- O que você fez ?
- Ela encontrou meu boletim. Eu fui mal nesse último semestre.
- Claro que foi, você não estudou nada, só ficou indo lá pro
apartamento de Zack.
- Não enche, eu não tô com cabeça.
- Mas você ouviu né ? Eu estou responsável por você agora. Trate de
se comportar.
Alguns minutos depois a Sra. Mathews apareceu na sala, já arrumada
para sair e disse aos filhos:
- Eu tinha me esquecido. Hoje tem a festa de aniversário da tia de
vocês, o meu irmão vai passar aqui de carro as quatro horas pra
buscá-los. Então estejam prontos pra sair antes disso. Eu vou direto
pra lá depois de resolver umas coisas.
- Tá bom mãe – Respondeu Antony.
- Por favor, estejam bem arrumados. Eu já estou atrasada, até mais
tarde.
Assim que a mãe assim, Thomas reclamou.
- Aé, hoje ainda tem essa festa, eu esqueci. Não tô com vontade
nenhuma de ir.
- Problema seu, vai ter que ir e pronto.
Thominhas ficou irritado e levantou para ir ao quarto.
- Aonde você vai ? – Perguntou Antony.
- Pro quarto ué.
- Já sabe né ? Nada de internet.
- Eu sei.
- Eu não confio em você, melhor eu ir contigo.
Os dois foram para o quarto. Thomas se deitou na cama, irritado e
ficou de braços cruzados olhando para o teto. Antony estava ali com
ele o tempo todo, o que lhe deixou ainda mais estressado. Assim eles
ficaram ali em silêncio por um longo tempo.
Depois do almoço, Antony se deitou na cama para descansar e acabou
pegando no sono. Thomas aproveitou essa deixa para ligar para Kane.
- Eae Kane – O loirinho estava falando ao celular na cozinha – Sim, eu
ainda vou jogar. Sim. Me espera no térreo que eu já tô descendo,
preciso ser rápido. Depois eu te explico. Ok. Até daqui a pouco. Tchau.
Sorrateiramente e silenciosamente, Thomas foi até o quarto e pegou
sua roupa de futebol. Depois foi se trocar no banheiro, colocando o
calção branco, a camisa azul clara, uma meia longa e um par de
chuteiras vermelhas. Antony continuava dormindo no quarto, então
Thominhas saiu do apartamento e foi jogar bola com os amigos.
Antony acordou algum tempo depois e ficou furioso quando percebeu
que o irmão tinha fugido do castigo. Tentou ligar pra ele, mas Thomas
não atendeu o celular. Foi só as quinze para as quatro que finalmente
voltou do futebol.
O loirinho chegou no apartamento completamente suado e com o
uniforme sujo, porém com um sorriso no rosto. Bastou chegar na sala
para que Antony viesse pra cima dele, espumando de raiva.
- Quem mandou você sair ? – Antony perguntou, agarrando o irmão
mais novo pelos cabelos – Você estava de castigo esqueceu ? Não era
pra sair de casa caralho.
- Me solta Antony, tá me machucando. Eu já tinha marcado de jogar
bola com os meninos.
- Não interessa, a mãe foi bem clara. E tu ainda aproveitou que eu
peguei no sono pra fugir né, seu merdinha?
- Eu nem demorei tanto assim.
- Daqui a pouco vão vir buscar a gente pra festa esqueceu ? Já era pra
estarmos arrumados.
- Eu sei.
- Você vai pro banho, agora.
Antony agarrou Thomas pelo braço e o puxou para o banheiro. O
loirinho não tinha a mesma força física do irmão, e devido ao cansaço
do futebol, foi difícil resistir ao que veio a seguir. Antony Mathews
entrou no banheiro junto com Thomas, trancou a porta e começou a
despir o caçula com suas próprias mãos.
- Eu posso muito bem tomar banho sozinho ! – Thomas gritou, se
debatendo.
- Cala a boca, senão eu te dou um murro. Se a gente tomar banho
juntos, vai economizar tempo. Já estamos atrasados.
- Por que você não se arrumou antes de eu chegar ? Aposto que deve
ter dormido demais.
Com raiva, Antony rasgou a cueca de Thominhas, deixando-o
completamente nu. O loirinho tirou a chuteira e o meião, e em
seguida entrou no box de vidro. Antony abriu a ducha e enquanto o
irmão começava a se lavar, ele mesmo se despia.
Então o rapaz se juntou a Thomas no chuveiro. Ele percebeu que o
caçula estava bastante despreocupado com o tempo e precisou
intervir.
- Daqui a pouco a gente vai ter que descer, não podemos deixar o tio
esperando.
- Não enche, eu já tô terminando. E por que você não esperou eu sair?
Por que entrou aqui no box junto comigo? Que merda é essa?
- Eu já falei pra você calar a boca.
Thomas mal entrou na ducha e já quis sair.
-Pronto, acabei.
-Acabou coisa nenhuma, vê se toma banho direito porra.
Antony agarrou novamente o irmão pelo braço e começou a passar
sabonete em seu corpo, de um jeito até mesmo violento. Thomas se
debateu, mas Antony o segurou firme e forte, ameaçando lhe bater
caso não ficasse quieto. Então lavou as costas dele, atrás das orelhas,
as axilas, as nádegas e por último o membro do irmão. Nesse
momento o loirinho teve uma ereção, ficando extremamente
constrangido.
- Eu não sou mais criança, que saco! – Disse Thomas.
- Eu tava te observando, você não sabe tomar banho. Ainda mais
imundo desse jeito por causa dessa porra de futebol. Agora vai
passando xampu enquanto eu me lavo.
Thominhas saiu debaixo do chuveiro e foi passar xampu nos cabelos.
Foi a vez de Antony ensaboar o próprio corpo musculoso. Era
impossível para o loirinho não reparar na nudez do irmão.
- Por que você se depila? – Perguntou Thominhas, curioso, ao notar
que Antony era completamente liso na região genital.
- Por que as garotas preferem assim.
- Achava que você não ligava pra opinião de ninguém.
- Vai ficar reparando no meu pau?
- Eu não, só perguntei por perguntar mesmo, se toca.
- Já que a gente está aqui mesmo, deixa eu te ensinar uma coisa –
Antony começou a falar de repente – É questão de higiene. Quando
for lavar o pinto, tu tem que puxar todo o prepúcio pra trás e lavar a
glande. E as dobras da virilha também, porque é uma região com
muito atrito.
O rapaz fez uma demonstração para Thomas.
- Entendeu? – Perguntou, por fim.
- Sim. Já sabia disso. Tu tá pensando o quê?
- Tu toma banho todos os dois do jeito que eu vi hoje?
- Claro que não, mas você mesmo disse pra eu ser rápido.
- Rápido sim, mas que tome banho direito. Pelo amor de Deus né
Thomas.
A partir daí o banho deles foi harmonioso. Ao terminarem, foram
direto para o quarto e se arrumaram para a festa da tia. Enquanto
estavam se enxugando, Thomas perguntou:
- Você vai contar pra mãe que eu fugi do castigo?
- Não – Respondeu Antony friamente – Mas só se você não contar pra
ela que tomamos banho juntos.
- Tá bom.
No fim das contas, quem se atrasou foi a carona deles, que só chegou
as quatro e meia da tarde. Até lá eles ficaram na sala, em silêncio,
esperando.

5º ANDAR, APARTAMENTO Nº51

Dentro do mais emblemático dos apartamentos mora Zack Davis e


seu pai Charles. Anos atrás, quando Zack ainda era criança, Charles e
sua ex-esposa se divorciaram e o médico ficou com a guarda do filho.
Desde então os dois moram sozinhos no 51 do Mackenzie, um lugar
que se tornou ponto de encontros sexuais para Zack e seus amigos.
Com a frequente ausência de Charles, os adolescentes tem total
liberdade e privacidade para fazerem o que quiserem no local.
Mas há momentos, como será possível ler a seguir, em que a única
pessoa presente no apartamento é o próprio Zack Davis. Naquela
tarde seu pai tinha ido para o trabalho como de costume, Thomas
estava na festa da tia e os seus outros amigos também estavam
ocupados. Sendo assim Zack tinha que lidar com o tédio e a solidão
enquanto esperava por uma companhia.
Pior do que sentir tédio e solidão, é sentir tédio, solidão e tesão, tudo
mesmo tempo. Era exatamente assim que Zack se sentia naquele
momento, então decidiu que a hora de curtir a si mesmo e aproveitar
a própria companhia, como de costume. Dessa vez foi um pouco
diferente: O garoto ficou pelado na sala, apenas usando um par de
meias brancas, sentado no sofá de pernas abertas e com fones de
ouvido ouvindo música de rock alta. Do seu lado um tubo de
lubrificante e pedaços de papel higiênico para quando terminasse. O
garoto começou uma masturbação lenta e prazerosa, sem pressa
alguma para ejacular, apenas curtindo o próprio corpo e tomado por
amor próprio.
A música estava tão alta que Zack não percebeu quando Charles
voltou pra casa. O médico chegou silenciosamente, carregando uma
maleta nas mãos, atravessando o corredor e entrando na sala. Ver o
filho se masturbando não foi nenhuma surpresa, apesar do
constrangimento inevitável.
-Boa tarde – Anunciou o médico.
Zack tirou os fones de ouvido e olhou surpreso para o pai.
-Eae pai, chegou mais cedo?
-Sim. Me desculpe, eu não queria atrapalhar o seu momento.
O garoto não sabia o que dizer. Não estava constrangido. Zack Davis
não tinha pudor nenhum, apenas estava surpreso pela chegada do pai.
Por isso ficou em silêncio e em duvida se continuaria o que estava
fazendo ou deixava pra depois em respeito à Charles.
-Quando terminar, venha até o meu quarto. Quero te mostrar uma
coisa – Disse o homem, seguindo direto para o seu quarto no final do
corredor.
Zack decidiu tacar o foda-se e terminar a masturbação. Ejaculou no
abdômen, limpando-se com o papel higiênico e colocando novamente
a cueca. Foi até a porta do quarto de Charles e bateu três vezes.
-Entre.
Ao entrar no quarto de Charles, encontrou o ambiente extremamente
desorganizado. O destaque era uma pilha de roupas em cima da cama.
-Que foi? – Perguntou o garoto. Nem se deu o trabalho de colocar uma
roupa. Não faria diferença depois de ter sido pego num momento
intimido. Seu pai já tinha visto demais.
-Eu separei essas roupas antigas pra você experimentar. Como você
cresceu, acho que alguns devem servir. São apenas pra ficar em casa
mesmo.
-Tá bom.
Zack se aproximou da cama e deu uma olhada na pilha de roupas.
Havia camisas, camisetas, shorts, calças e algumas cuecas de Charles.
A maioria não fazia o estilo do garoto, mas ele não queria recusar...
-Experimenta – Charles falou – Aproveita que já está de cueca mesmo.
As que não servirem, vou doar.
Então Zack experimentou aquelas roupas, uma a uma. Algumas
ficavam largas demais, outras eram do tamanho certo. As que ele
mais gostou eram do estilo social, de botão, que poderiam ser usadas
em ocasiões formais no futuro. Agora só faltavam as cuecas...
-Acho que as cuecas são muito grandes pra mim. Pode doar – Disse
ele.
-Pensei o mesmo. Mas experimenta essa aqui, é bem apertada. Acho
que comprei errado pra mim.
Charles estava mexendo no guarda roupa distraído, enquanto Zack
tirava sua cueca atual e experimentava a outra. Ela era muito justa e
apertada, deixando o garoto com um volume muito evidente e com
alguns pelos pubianos saltando pra fora.
-É muito pequena – Disse Zack – Olha só. Parece de criança.
-Deve ter encolhido na maquina de lavar, talvez. Tudo bem, pega as
que serviram e coloca no seu armário. Tô fazendo uma limpa aqui nas
minhas coisas.
Zack trocou as cuecas novamente, pegou as roupas que lhe serviram e
estava prestes a sair do quarto quando Charles falou:
-Espera um pouco. Tenho mais uma coisa pra você – Disse o médico
tirando o guarda-roupa uma caixa retangular e entregando nas mãos
do filho – Aqui. Pra você se divertir.
-O que é isso?
-Abra.
O garoto abriu a caixa e tirou de dentro um pequeno aparelho preto
cilíndrico, do tamanho de uma banana. A principio não entendeu o
que era, mas quando percebeu...
-Caralho pai.
-Eu comprei pra mim há muito tempo, mas nunca usei. Às vezes é
difícil ser pai solteiro e trabalhar bastante – Charles respondeu,
dando uma risada – Agora é seu. Divirta-se.
-Valeu haha.
Assim Zack saiu do quarto do pai carregando suas roupas novas e o
masturbador automático. Não fazia ideia de que Charles tinha um
objeto daqueles guardado. Agora estava ansioso para experimentar.

6º ANDAR, APARTAMENTO Nº63

Faz menos de um ano que Leonard Spence e a família se mudaram


para o Edifício Mackenzie. O adolescente de dezesseis anos é
conhecido principalmente por sua obsessão por jogos eletrônicos e a
beleza física incontestável. Leon sempre foi bastante despreocupado
com a vida, fazendo o que bem entendesse, sem se preocupar com as
consequências. Mas isso foi muito antes dele conhecer Alexander
Parker, o filho do síndico do prédio com quem possui um
relacionamento agora.
A única coisa que Leonard gosta mais do que jogar videogame é fazer
sexo. Sem querer receber rótulos para a sua sexualidade, o moreno já
se relacionou tanto com meninos quanto com meninas, embora
preferisse manter-se discreto quanto a isso. Para Leon, a melhor coisa
que lhe aconteceu foi ter se mudado para o Mackenzie, onde
conheceu seu atual namorado e pôde ficar mais perto de seus amigos
Zack e Thomas.
Naquele começo de noite, Leonard estava jogando no seu PC como
sempre, quando o interfone tocou de repente. Ele foi obrigado a parar
e ir até a frente atender a contra gosto. Quem havia chegado ao
prédio era seu tio Scott, irmão do seu pai. O moreno liberou o portão
e em poucos minutos o homem chegou ao 63.
-Boa noite Leon, há quanto tempo – Disse Scott ao entrar. Era
relativamente jovem, parrudo, com barba e cabelos pretos. Usava uma
camisa bolo azul escura, uma bermuda e tênis de corrida.
-Muito tempo mesmo. Você não veio nos visitar desde que nos
mudamos. E chegou num dia ruim, meus pais não estão em casa.
-Que pena. Deveria ter avisado. Eu estava por perto e pensei em vir
visita-os. Vocês sabem como é difícil eu vir pra essa parte da cidade.
-Eu sei.
-Nossa, mas você cresceu bastante hein? Desde a última vez que te vi.
-É, eu dei uma esticada mesmo esse ano.
Scott lhe lançou um olhar estranho e profundo.
-Está sozinho?
-Tô sim.
-E seus pais vão demorar pra voltar?
-Não faço ideia. Mas provavelmente sim.
-Deveria ter me avisado lá embaixo, assim eu não precisava subir.
Voltava outra hora.
-Ué, você só veio aqui pra ver meus pais? Não queria me ver?
-Claro que queria, você sempre foi meu sobrinho favorito. Mas já que
está sozinho, não queria incomodar.
-Que besteira, claro que não incomoda. Quer comer alguma coisa,
beber algo? Fica à vontade.
Leonard percebeu que Scott estava olhando pra ele de uma maneira
sugestiva, maliciosa. Já sabia o que ele estava pensando. Apesar de
discreto, todos da família sabiam sobre Scott.
-Por que está me olhando assim? – Leon deu uma de desentendido.
-Ainda estou surpreso vendo o quanto você cresceu – Scott se
aproximou de Leonard e apertou seus ombros – Olha só, está forte.
Anda malhando?
-Não, é genético mesmo – Leonard se afastou – Bom, se quiser ficar aí
e esperar por eles. Já devem estar voltando.
-Tudo bem eu espero um pouco.
Leonard Spence estava cheio de libido naquela noite. Decidiu
provocar um pouco o tio, pra ver o que rolava.
-Acho que vou tomar um banho agora – Ele anunciou, voltando pro
quarto.
Ao chegar lá, Leonard tirou as roupas e ficou só de cueca. Depois
retornou à sala e perguntou ao tio:
-Quer que eu ligue pra eles pra saber onde estão?
Scott o analisou da cabeça aos pés, ainda mais sedento.
-Não precisa – Respondeu o homem.
-Me sinto mal de deixar você sozinho aí. Se quiser, vem pro meu
quarto.
-Você não está indo tomar banho?
-Ainda preciso escolher uma roupa.
Então Scott seguiu Leonard até o quarto e ficou parado ao lado da
cama, observando o sobrinho procurar roupas limpas no armário. Vê-
lo semi nu deixou-o extremamente excitado, embora não dissesse
nada por enquanto. Estava devorando Leon com o olhar.
-Certo Leon, eu não tenho muito tempo. Preciso voltar pra casa daqui
a pouco. Vamos direto ao ponto? – Perguntou ele.
-Você que sabe. Que ponto?
Scott se aproximou de Leonard e o agarrou pela cintura, jogando-o
contra o armário. Começou a beijar seu pescoço pálido, cheio de
energia, pressionando o seu corpo contra o dele. Foi descendo o
peitoral, abdômen definido e chegou à cueca, beijando o tecido e
sentindo o membro do moreno crescer. Quando o puxou para fora já
estava ereto, cercado de pelos negros. Colocou na boca e começou a
chupar.
-Se meu pai descobre isso ele te mata – Leon avisou.
-É só você guardar segredo.
Leon agarrou a cabeça do tio pelas laterais o forçou-o a chupar ainda
mais profundamente. Depois disso ele foi para a cama, ficando de
quatro, enquanto Scott abaixava a bermuda e se debruçava sobre o
corpo do sobrinho. Logo começou a penetrar com força, puxando os
cabelos negros de Leonard com muita violência.
Scott continuou movendo a cintura até chegar ao orgasmo. Ele se
afastou, levantou a bermuda novamente e disse:
-Gostou?
-Poderia ter demorado um pouco mais. Mas foi bom.
-Estou indo agora. Eu volto outro dia.
-Tá bom.
Leonard acompanhou o tio até a porta e quando Scott foi embora, ele
voltou para seu jogo online como se nada tivesse acontecido.

7º ANDAR, APARTAMENTO 75

O Sr. Parker já era síndico do Mackenzie há mais de doze anos,


embora morasse no prédio com filho há muito mais tempo do que
isso. Alexander Parker estava perto de completar dezoito anos de
idade, e sem dúvida alguma era o garoto mais popular do bairro.
Mesmo aqueles que não conheciam o seu nome, sabiam do tal “filho
do síndico” que fazia sucesso entre os adolescentes. Apesar de toda a
popularidade, Alex sempre foi muito humilde e pé no chão, motivos
pelo qual era ainda mais admirado.
Era quase oito e meia da noite quando Alex recebeu uma ligação. O
rapaz estava no quarto organizando sua coleção de tênis quando o
celular tocou.
-Alô? Opa, eai Nate.
-Tudo bem? – Respondeu o rapaz do outro lado da linha.
-De boas, o que diz?
-Cara eu tô no maior tédio aqui. Nada pra fazer. Tá em casa?
-Tô sim, tô aqui sozinho arrumando meus tênis.
-E o Leon?
-Tá jogando com os amigos. Vou lá mais tarde. Se quiser vir aqui
agora conversar um pouco.
-Perfeito. Eu já tô descendo.
Não deu nem cinco minutos e Nathan apareceu no 75. Usava uma
camisa, um short preto e chinelos. Os dois amigos se
cumprimentaram e foram para o quarto.
-Caramba, quantos tênis – Disse Nate ao observar a pilha de calçadas
perto da janela.
-E tem mais espalhado por aí. Tô vendo alguns pra doar. Tem tênis
aqui que nem serve mais em mim, não tem sentido guardar.
-Da hora.
-Sua irmã tá bem?
-Tá sim, ela saiu com uns amigos. Eu tava impaciente lá em casa. Não
aguentava ficar sozinho.
-Olha só, ta voltando a ser o Nate de antes. Adora sair.
-Pois é. Quem diria, não é?
Passado alguns minutos, Alex falou:
-Acho que vou dar uma pausa na arrumação. Quer beber algo?
-Não valeu, eu não estou bebendo mais.
-Beleza.
Os dos foram para a sala e sentaram no sofá.
-Tô muito cansado – Alex falou, colocando as mãos atrás da cabeça –
Esses dias não parei, tô na maior correria. Resolvendo várias paradas.
-Sabe do que você tá precisando?
-Do quê?
Nate deu risada e responde:
-Nada, deixa pra lá.
-Fala logo vai, para de graça.
-Ta precisando relaxar. Dar aquela gozada sabe?
-Meu namorado tá aí pra isso hahaha.
-Ele não está aqui agora, você disse que ele tá jogando com os amigos.
Se quiser me ajuda.
-Hmmm... Peraí – Alex tirou o celular do bolso e ligou para Leonard –
Leon? Eae bebê, tudo bem? Como tá o jogo. Tendi. Se liga, o Nate tá
aqui em casa, tá doido pra transar comigo? Suave pra você? Tá bom
então. Ótimo. Tchau, te amo.
-E aí?
-No inicio o Leon era muito ciumento contigo sabia? Mas agora que
nós três estamos nos dando bem, ele nem liga mais. Ele disse pra eu
me divertir bastante contigo.
-Aí sim pô. O Leonard é um cara bacana. E não é egoísta! Sabe dividir
hehe.
Alexander agarrou Nathan pelos cabelos e o forçou a cair de boca.
Nate chupou Alexander com muita vontade, colocando o membro do
amigo profundamente na garganta. Depois eles tiraram a roupa e
começaram uma pegação intensa no sofá.
Nathan deitou-se de bruços e Alex montou em cima dele, penetrando-
o com força. O rapaz começou a socar forte, segurando os cachos do
amigo, ouvindo-o soltar gemidos grossos e a falar seu nome.
-Caralho, Alex... Porra...
-Veio aqui no meu apartamento por que queria pica né? Safado.
-Não qualquer pica, mas a sua pica. Sempre.
Eles mudaram de posição e Nathan começou a cavalgar no pênis de
Alex, mantendo contato visual fixo com o amigo. Alexander o
segurava pela cintura, sempre com um sorriso no rosto, adorando
aquele prazer.
-Bora gozar juntos?
-Bora.
Eles ficaram de pé, frente a frente e se masturbaram ferozmente,
ejaculando um no membro do outro. Terminaram com um abraço
forte e sorridentes. Estavam adorando a reaproximação dos últimos
tempos e a amizade deles estava cada vez melhor.

9º ANDAR, APARTAMENTO Nº 96

Kane Marcus já se destacava no futebol desde criança. Sua mãe se


casou novamente quando ele já era adolescente, e pouco tempo
depois a nova família foi morar no Mackenzie. O jogador até que
sentia falta da sua antiga casa, onde passara toda a infância, mas
agora ele estava feliz de ter se mudado. Os novos amigos que fizera
no prédio já eram insubstituíveis para ele, principalmente Zack e
Thomas, que foram os responsáveis pela sua primeira experiência
sexual.
Sozinho em casa por algumas horas naquela noite, Kane estava
adorando aquele raro momento de privacidade. Sua mãe e seu
padrasto haviam saído e ainda demorariam um pouco para voltar, por
isso o jogador decidiu aproveitar ao máximo esse tempo sozinho. Era
nessas horas que ele gostaria de estar namorando assim como os seus
amigos do Mackenzie.
Kane terminou de tomar o seu banho e foi para o quarto com uma
toalha enrolada na cintura. Ao chegar perto do espelho do armário, o
adolescente deixou a toalha cair para poder ver o seu corpo refletido.
Ele era o tipo de pessoa que gostava de se auto admirar, fazendo
poses para o espelho e analisando o próprio corpo nu.
“Minhas coxas cresceram bastante recentemente”, pensava ele
olhando para o espelho. “Os braços também, mas ainda não estão do
jeito que eu quero. Também preciso melhorar os abdominais a partir
de agora”.
O jogador se aproximou ainda mais do espelho, para ver com mais
detalhes as regiões do seu corpo. Como tinha se depilado no banho,
não havia um sinal sequer de pelos no seu púbis, do jeitinho que ele
gostava. Kane deslizou a mão pelo abdômen por alguns segundos,
feliz com o que estava vendo e sorrindo bastante graças a sua
autoestima elevada.
Kane deu alguns passos para trás, sem tirar os olhos do reflexo e suas
panturrilhas encontraram a cama. Ele sentou-se e começou a se
estimular enquanto encarava o espelho, sentindo muito tesão na
própria imagem. A masturbação foi ficando mais veloz à medida que
o tempo passava. Kane acariciou os próprios mamilos e fez
expressões maliciosas no rosto para si mesmo, principalmente
quando introduziu o dedo indicador dentro do ânus um pouco antes
de ejacular.
No fim precisou voltar até o banheiro para lavar o abdômen definido
onde seu sêmen caíra. Quando retornou para o quarto, decidiu
continuar pelado e foi se sentar na frente do ventilador com as pernas
abertas, adorando a sensação de liberdade e frescor.
Foi só então que Kane Marcus colocou um short vermelho e foi para a
cozinha preparar um lanche. Em poucos minutos iria começar um
jogo de futebol importante na televisão, e ele não queria perder. Kane
se sentou no sofá da sala com um prato na mão, um copo no chão e
ambos os pés em cima da mesinha de centro, completamente
relaxado. Ele ligou a TV, digitou o canal de esportes e começou a
assistir ao jogo.
“A vida é boa”, ele pensou naquele instante. “A vida é muito boa”.
CONTINUA...
EPISÓDIO 20 de 24

Era de madrugada e Nathan Owen estava sem sono, então decidiu


pegar seu notebook pra se distrair. Recentemente ele havia criado um
perfil num site de relacionamentos, já que estava à procura de
conhecer novas pessoas. Não tinha pretensão alguma de encontrar
sério, mas naquela noite ele acabou trocando mensagens com um
garoto da região. Pelas fotos parecia já tê-lo visto em algum lugar,
mas não se lembrava de onde.
“Qual seu nome?”, ele digitou no começo da conversa.
“Kane e o seu?”.
“Nathan, prazer”.
Conversa vai, conversa vem, os dois descobriram que moravam no
mesmo lugar: O Edifício Mackenzie. Tal coincidência já foi suficiente
para deixar ambos extremamente animados.
“Caramba, acho que sei quem você é. Já nos esbarramos por aí”, Kane
digitou.
“Nós estamos literalmente a minutos um do outro”.
Mas as surpresas não pararam por aí. Eles também descobriram que
tinham dois amigos em comum: Zack Davis e Thomas Mathews.
“Eu jogo futebol com o Thominhas há algum tempo”, Kane explicou.
“Acabei ficando amigo dele e do Zack. Tô sempre com eles agora”.
“Eu conheço os dois desde moleques. Somos amigos há muito tempo”.
Então Kane perguntou a Nathan se ele topava se encontrar naquele
momento. Nate relutou, achando que estava muito tarde, mas acabou
concordando. Os dois então marcaram de se encontrar pessoalmente
no térreo do prédio.
Kane chegou primeiro, ansioso. Ficou parado perto do elevador, até
que Nathan apareceu, de chinelo e camiseta.
-Eai.
-Eai, tudo bem?
-Nem acredito que moramos no mesmo prédio e nunca trocamos
ideia.
-Eu quase não saio. Mas acho que também já te vi por aí. Quando vi
sua foto no site, me pareceu familiar.
Eles decidiram dar uma volta pelos arredores do condomínio,
continuando a conversa e se conhecendo melhor. No começo parecia
não haver muita química entre eles, mas aos poucos as coisas foram
fluindo e eles tiveram um encontro bastante agradável. Só voltaram
para seus respectivos apartamentos quando já estava amanhecendo.

Apesar disso Nathan ainda estava com o pé atrás em relação a Kane, e


nos dias seguintes, ele evitou dar atenção as mensagens do jogador.
Não sabia se estava preparado para se envolver com alguém, ainda
por mais por causa da sua depressão, então decidiu se afastar um
pouco. O jogador o convidou várias vezes para ir até seu apartamento
no nono andar, mas Nate sempre recusava.
***
Era a primeira vez em muito tempo que Nathan Owen se sentia
animado para uma noitada com os amigos. Ele nem se lembrava da
última vez em que saíra num sábado à noite, mas isso estava prestes
a acontecer novamente. Um de seus amigos mais antigos o havia lhe
convidado para uma festa VIP numa famosa casa noturna da cidade e
Nate não conseguiu recusar. Foi uma surpresa para ele mesmo
perceber que estava com vontade de ir para essa festa. Era como se
sua vida finalmente estivesse voltando ao normal.
Ele terminou de se arrumar por volta das nove horas. Em frente ao
espelho do seu quarto, Nathan deu uma última conferida no seu
visual antes de sair: Usava uma calça jeans preta bem justa, um par
de tênis brancos com meias curtas, uma camisa vermelha larga e um
relógio de pulso preto. Seus cabelos cacheados estavam úmidos do
banho recém tomado e o perfume masculino que colocara podia ser
sentido do corredor. Nate estava satisfeito e confiante consigo
mesmo.
Quando estava prestes a sair do quarto, ele ouviu alguém bater na
porta.
-Pode entrar.
Sua irmã Emma apareceu sorridente e sentou-se na cama.
-Você está lindo – Ela elogiou-o.
-Obrigado.
-Achei que você iria desistir dessa festa.
-Por quê?
-Por que você não vai em festas há muito tempo. Até algumas
semanas atrás você não tinha vida social, só ficava aqui trancado no
quarto. Mas depois que o Alex veio aqui falar contigo...
-O Alex é meu amigo e me ajudou bastante. Tô numa nova fase agora
e me deu vontade de ir nessa festa.
-Que bom. Eu sabia que com o tempo você iria se recuperar. Demorou
um pouco, mas finalmente você voltou a ser o Nathan de sempre.
-Acho que sim... – Nate sorriu para a irmã e caminhou para a porta –
Bom, eu já estou indo. Quero chegar cedo.
-Divirta-se.
-Valeu.
Antes de sair de casa Nathan deu uma rápida olhada no celular e viu
que tinha recebido uma mensagem de Kane:
Eaí tudo bem? Acabei de descobrir que vou ficar sozinho até amanhã de
manhã. Se tu quiser dar uma passadinha aqui...
Por um instante Nate pensou em desistir da festa e ir para o
apartamento de Kane. Os dois conversavam de vez em quando pelo
celular, mas até aquele momento não havia acontecido nada entre
eles. Nathan ainda tinha muita dúvida se queria ficar com o jogador.
Gostou da companhia dele naquela madrugada e da conversa que
tiveram, além de achá-lo muito atraente. Será que deveria dar uma
chance para Kane? Será que estava pronto para se relacionar com
alguém novamente?
No caminho para a balada, Nathan não conseguiu tirar Kane da
cabeça.
Enquanto isso, lá no segundo andar, Thomas Mathews estava mais
uma vez tendo que aturar o irmão mais velho. O loirinho estava no
quarto esperando ansiosamente pela chegada de Zack, que iria dormir
ali naquela noite. Já que Antony iria passar a noite fora, Thominhas
teve a ideia de convidar o namorado para dormir em seu
apartamento, coisa que raramente acontecia.
Antony entrou no quarto com seu mau humor de sempre, caminhou
até o armário e separou algumas roupas que iria levar para a casa do
amigo onde iria passar a noite. Colocou-as dentro de uma mochila
preta e fechou o zíper, depois foi procurar algumas cuecas e meias
dentro das gavetas de uma cômoda perto da porta. Thomas já estava
impaciente com a demora do irmão.
-Que horas você vai voltar amanhã? – Perguntou Thomas.
-Não sei. Só no fim da tarde provavelmente. Por que tu quer saber?
-Só perguntei por perguntar. Esse silêncio tava me incomodando.
-Tá com medo de dormir sozinho?
-Claro que não. Quantos anos você acha que eu tenho??
-Antigamente você tinha medo do escuro lembra? – Antony
respondeu debochando - E não gostava quando eu passava a noite
fora. Pedia pra mamãe não apagar a luz, e no meio da madrugada ia
dormir com ela no quarto.
-Isso foi há muito tempo... Hoje em dia eu dou graças a Deus quando
você dorme fora de casa. Assim eu tenho um pouco de paz.
-Nossa Thomas, você me odeia tanto assim?
-Sim, você é chato pra caralho.
-Beleza então. Se é isso que você sente pelo seu próprio irmão. Mas
foda-se, eu não tô nem aí.
-Você adora implicar comigo, não vem com esse papo não. Às vezes tu
faz da minha vida um inferno, como é que você queria que eu me
sentisse?
Antony não respondeu. Thomas tinha ficado bastante irritado e
acabou colocando para fora tudo o que sempre quis dizer:
-Quer saber de uma coisa? Já que que você tocou nesse assunto... Sim,
eu te odeio. Você é o cara mais insuportável da face da terra. Tem
dias que eu faço de tudo só pra não olhar pra sua cara. Tu nunca foi
um irmão mais velho decente.
-E você sempre foi um mimadinho do caralho. Filhinho da mamãe,
fracote, bebê chorão.
-Cala a boca! Você tem inveja porque a mamãe gosta mais de mim.
Thomas tocou no ponto fraco de Antony. A expressão no rosto do
rapaz mudou completamente, e pela primeira vez ele parecia triste de
alguma forma. Sem obter resposta, o loirinho continuou:
-A gente podia ter uma amizade bacana. Poderíamos fazer coisas
juntos, jogar videogame, futebol, sei lá. Coisas que irmãos fazem. Pena
que você sempre foi um escroto e me tratou da pior forma possível.
Mas não importa, sabe por quê? Porque felizmente eu tenho ótimos
amigos. E eu considero o Alex como o irmão mais velho que eu
sempre quis.
-Alex Parker? Aquele gayzinho de merda? Nossa, parabéns! Que ótimo
irmão hein.
Thomas ficou em fúria e respondeu:
-Ele é mil vezes melhor do que você! Sempre me ajudou quando eu
precisei e nós nos damos super bem. Eu queria que ele fosse o meu
irmão ao invés de você.
-Foda-se, tô cagando pra esse Alex. Eu nunca gostei dele, se acha
demais. Outro dia eu o vi andando de mãos dadas com aquele Leon na
rua e fiquei com nojo.
-Você é um lixo de ser humano. Não acredito que nós temos o mesmo
sangue.
-Não vou mais discutir com você. Já tô atrasado. Amanhã vou demorar
bastante pra voltar beleza? Assim você fica bastante tempo longe de
mim. E eu de você – Antony colocou a mochila nas costas e caminhou
até a porta – Tchau.
Passados alguns minutos, Thomas se arrependeu de ter dito aquelas
coisas. Apesar da personalidade péssima do irmão, sentiu que havia o
magoado. Refletiu bastante sobre isso. E então lembrou-se daquela
vez, quando tomaram banho juntos. Essa lembrança sempre vinha à
tona desde aquele dia... De algum modo, não conseguia esquecer.
Talvez até mesmo tivesse gostado daquilo.
Mais tarde, lá em cima no nono andar, Kane Marcus estava sozinho
deitado na cama de seu quarto, usando apenas um calção azul sem
cueca. Já era quase três horas da manhã e o jogador estava muito
decepcionado por não ter obtido resposta de Nathan a respeito do
seu convite de horas atrás. Ele queria muito que Nate tivesse ido até o
seu apartamento, já que ele ficaria sozinho a noite inteira. Kane
esperou uma resposta durante várias horas, pois sabia que Nathan
ficava acordado até tarde. Os dois já tinham passado a madrugada
trocando mensagens, então havia uma pequena esperança.
Mas o tempo foi passando, até que Kane finalmente desistiu de
esperar e decidiu que iria dormir. Ele se levantou da cama para
apagar as luzes do apartamento, sentindo-se sonolento e cansado,
quando de repente ouviu o toque da campainha. Kane caminhou até a
porta da frente, se perguntando quem seria a uma hora dessas. E para
a sua total surpresa e satisfação, quem estava parado no corredor,
encostado na parede como se não tivesse equilíbrio, era o próprio
Nathan Owen.
-Nathan? Você veio...
-Desculpa a demora.... É que eu... Só sai de lá agora, sabe como é né?
-Nate, você está bêbado?
-Só um pouquinho.
-Como você chegou até aqui nesse estado?
-Ah... Foi um pouco difícil... Acabei errando o andar e tive que descer
as escadas até aqui.
-Você deveria ter ido pro seu apartamento.
-Mas você me convidou pra vir aqui lembra? Pensou que eu ia
esquecer?
-Caramba, você está muito bêbado. Mal consegue ficar em pé. É
melhor ir pra casa descansar.
-Não! Eu vim aqui ficar com você. Só espero não ter chegado muito
tarde.
-Na verdade está tarde sim. São três horas da manhã.
-Mas eu não quero ir pra casa! Não importa que horas são. O que
importa é que eu vim.
-Nathan...
-Você vai me deixar entrar?
-Claro... Entra aí.
Nathan caminhou para dentro do apartamento. Quando passou pelo
corredor, acabou se segurando na parede com as duas mãos para não
perder o equilíbrio. Ele estava visivelmente embriagado, com os olhos
vermelhos, a voz alterada e enrolada e bastante suado.
-Caralho, agora que eu percebi que tô suadão – Nate falou ao chegar à
sala. Ele levantou o braço direito e aproximou o nariz da axila –
Preciso de um banho. Você se importa se eu usar o seu banheiro?
-Acho que você não tem condições de tomar banho sozinho agora. E
se você cair?
-Então fica lá comigo ué.
-O quê?
-Fica comigo lá no banheiro enquanto eu tomo banho.
-Não posso fazer isso, tá louco?
-Ué, e qual o problema? Não pega nada não pô. Só não ri da minha
piroca mixuruca tá?
E então, sem mais nem menos, Nathan começou a se despir no meio
da sala. No momento que estava tirando a calça, quase perdeu o
equilíbrio e precisou se apoiar no sofá para não cair. Kane ficou sem
reação, apenas observou a situação sem acreditar que aquilo de fato
estava acontecendo.
“O que eu vou fazer?”, ele perguntava a si mesmo. “Não posso manda-
lo embora. Eu tinha esperanças de que rolasse algo entre nós hoje,
mas não posso me aproveitar dele desse jeito, seria muito errado”.
A única coisa que Kane sabia naquele momento, era que não iria
dormir tão cedo.
Nathan encontrou o caminho para o banheiro sozinho. Kane foi logo
atrás dele, sentindo-se bastante desconfortável, mas ao mesmo tempo
excitado. Quando entraram no banheiro, o jogador acendeu o
interruptor enquanto Nate caminhava até o box do chuveiro.
-Cuidado pra não cair – Dissera Kane, encostando a porta. Sua voz
ecoou pelo banheiro silencioso.
“Graças a Deus o chão não está molhado”, pensou. “Ele quase caiu lá
na sala...”.
-Tá tudo bem relaxa! – Nate respondeu com sorrisinho besta – Não
precisa me olhar assustado!
-Você tá muito bêbado. Não sei lidar com a gente bêbada.
-Fica de boa Kane, fica de boa.
O jogador observou Nathan entrar no box e ligar o chuveiro, como se
estivesse na própria casa. A água começou a cair em cima dos cabelos
volumosos de Nate, enquanto o rapaz levantava a cabeça e fechava os
olhos.
-Você não vai tirar a cueca? – Kane perguntou, envergonhado.
-Você tá doidinho pra ver meu pinto né? Haha.
-Não, claro que não.
-Hahaha, valeu. Eu nem me liguei, obrigado por lembrar mano.
Nathan abaixou a cueca lentamente até os pés. Agora Kane pôde ver
sua nudez completa: o corpo alto e magro, as coxas e pernas
levemente peludas, a bundinha branca e o pênis meio ereto, com
muitos pelos em volta. O rapaz ficou parado debaixo do chuveiro, sem
dizer nada, apenas deixando água escorrer por sua pele.
“Eu queria tanto que ele viesse... Se não estivesse tão bêbado,
poderíamos aproveitar a noite”. Kane refletiu, encostado na parede
de azulejos ao lado da porta, observando Nathan fixamente.
Os dois ficaram em silêncio por alguns minutos. Nate apontou o pênis
para o ralo e começou a urinar de repente, um jato tão claro que
parecia água do chuveiro. Ele virou o rosto, encarou Kane e deu um
sorriso malicioso.
-Você vai voltar pra casa? – Kane perguntou para quebrar o silêncio
desconfortável.
-Posso dormir aqui?
-Claro, mas...
-Se não quiser tudo bem, eu não quero incomodar pô.
-Você não vai incomodar.
-Tem certeza?
-Tenho sim.
-Valeu. Amanhã de manhã eu vou embora, não se preocupe.
-De boa. Vou te emprestar um calção beleza?
-Tá bom.
Kane foi até seu quarto buscar um de seus calções de futebol para
Nathan usar. Quando voltou ao banheiro, o rapaz já tinha desligado o
chuveiro e estava se secando desengonçadamente com uma toalha
branca. A primeira coisa que o jogador reparou foi o pênis ereto de
Nate.
-Aqui, só tenho esse. O resto tá pra lavar – Ele entregou um calção
branco para o amigo – Se quiser uma cueca, acho que esse marca
demais.
-Não precisa, obrigado. É mais confortável sem haha. Deixar o pau
solto é uma delícia.
Nathan terminou de se enxugar e colocou o calção. Como o rapaz era
alto, o calção acabou ficando um pouco curto, bem acima dos joelhos
dele, mas isso não teve importância. Por fim os dois saíram do
banheiro e foram direto para o quarto de Kane.
Ao chegarem lá, o jogador perguntou:
-Você já quer dormir agora?
-Cara, me bateu um sono naquele banho. Acho que vou capotar sim.
-Beleza. Tu pode dormir aí na minha cama.
-Oxe, e você vai dormir onde??
-Eu durmo lá no sofá da sala.
-Não pô! A casa é sua, deixa que eu durmo lá.
-Não, não. Pode ficar aqui. Eu não me importo.
-Tá bom então. Você que sabe.
Nathan se jogou na cama e esticou as pernas, fazendo com que o
calção subisse ainda mais. A cena deixou Kane com muito tesão,
principalmente por conta da visível ereção. Ele tentou disfarçar o
olhar, mas era impossível ignorar o volume no tecido branco.
-Bom, então eu vou lá pra sala. Descansa bastante, você precisa.
Qualquer coisa é só me chamar.
-Kane.
-Que foi?
-Chupa meu pau? – Perguntou Nathan, apertando o meio das pernas.
Aquilo foi tão repentino que Kane precisou de alguns segundos para
racionar. Nate ainda estava embriagado, se estivesse sóbrio não agiria
daquela maneira. O jogador sabia disso. Por mais que estivesse com
vontade, não achava certo se aproveitar do amigo bêbado.
-Se você me pedir amanhã quando estiver melhor, talvez eu faça.
-Qual é, eu tô com muito tesão. Preciso de uma chupada.
-Melhor não. Dorme aí, amanhã a gente conversa.
-Só um pouquinho vai.
-Boa noite Nate.
-Ok então. Boa noite.
Kane apagou a luz do quarto e saiu. Depois de encostar a porta o
jogador caminhou até a sala, onde se deitou no sofá e colocou uma
almofada atrás da cabeça. Durante alguns minutos ficou refletindo
sobre o que tinha acontecido. A presença de Nathan em seu
apartamento lhe deixava feliz, apesar de tudo. Não demorou muito e
ele caiu no sono.
Acordou horas depois com a claridade da manhã atravessando as
cortinas da janela. Ao olhar no relógio de ponteiros na parede, viu
que eram quase nove horas. O jogador se levantou do sofá, se
espreguiçou e caminhou até seu quarto. Ao entrar lá, encontrou
Nathan sentado na beira da cama de cabeça baixa.
-Bom dia – Disse ele.
-Bom dia – O rosto de Nathan estava inchado de sono – Que horas
são?
-Vai dar nove horas.
O rapaz se levantou e coçou o peito.
-Preciso ir pra casa – Disse ele – Cadê minha roupa?
-Lá na sala. Só a cueca que ainda deve tá no meu banheiro.
-Caralho eu bebi muito ontem, puta que pariu. Hoje vou passar o dia
todo de ressaca.
-Imagino...
-Desculpa ter aparecido assim do nada. Tô com mo vergonha agora.
-Relaxa, tá tudo bem.
A expressão no rosto de Nate mostrava o quanto ele estava
arrependido. Sem dizer mais nada, o adolescente foi até a sala vestir
suas roupas. Colocou o jeans sem cueca mesmo e vestiu a camisa
rapidamente, assim como seus tênis e meias.
-Tô indo nessa. Mais uma vez, desculpa o incômodo.
-Não precisa ter pressa, se quiser ficar um pouco mais.
-Não valeu. Preciso ir mesmo. Acabei de ver meu celular, tem milhões
de mensagens da minha irmã perguntando onde eu estou.
-Ok. Depois a gente se fala.
-Beleza.
Kane abriu a porta para Nathan, que saiu apressado. O jogador voltou
a ficar sozinho, sentindo-se um pouco triste pela partida de Nate. Ele
gostaria de ter conversado um pouco com o rapaz antes dele ir
embora. No caminho de volta para o quarto, Kane encontrou o calção
branco que emprestara para o amigo em cima do braço do sofá.
“O Nate usou isso pra dormir... Será que...”.
Sentindo uma espécie de culpa, Kane levou o calção para o rosto, bem
em cima do nariz. Não havia cheiro. Mas o simples ato de fazer isso
deixou o jogador bastante excitado. Naquele momento apressou o
passo para o quarto, colocou o calção esticado em cima da cama e
começou a se masturbar. Imaginou tudo o que queria ter feito com
Nathan na madrugada anterior, mas que não fez.
“Eu teria chupado aquele pau a noite inteirinha”, pensou ele. “Teria
feito ele gozar só com a minha boca. Lamberia a cabecinha, morderia
as bolas bem de leve... E se ele me pedisse, eu teria dado pra ele até o
amanhecer”.
Houve um momento em que Kane se debruçou sobre o calção e
começou a esfregar o membro no tecido branco. O atrito era
prazeroso. Ficou fazendo isso por vários minutos, pensando em coisas
extremamente obscenas.
Por fim ficou de pé novamente e ejaculou como um jato. Ao olhar
para baixo, viu que agora o calção estava cheio com seu sêmen
matinal. Kane respirou fundo, guardou o pênis e sentou-se na cama,
pensativo. Sentiu-se um idiota por ter feito aquilo. Mas o tesão estava
tão grande, que ele não conseguiu resistir. E aquela cena de Nate
deitado na cama e pedindo para ser chupado não saia de sua cabeça...
Lá em cima no décimo primeiro andar, a irmã de Nathan estava
furioso com ele.
-A gente tava morrendo de preocupação – Emma dizia.
-Já falei, eu dormi na casa do Kane.
-Quem é Kane? Por que não avisou? Você tem celular pra quê??
-Desculpa, eu tava bêbado, esqueci. Mas eu cheguei em casa, é isso
que importa.
-Caramba Nathan!
-Tô morrendo de fome, quase não comi nada ontem na balada. Foi só
álcool.
-Na próxima vez, não esquece de avisar a gente.
-Tá bom, tá bom. Me desculpa.
A garota deu as costas e foi para o quarto irritada. Nate nem tinha
trocado de roupa e caminhou até a cozinha para comer alguma coisa.
Ele preparou um pão com queijo e encheu uma xícara com café puro.
Enquanto comia sentado a mesa, aos poucos as lembranças da noite
anterior foram voltando para a sua cabeça...
A festa na casa noturna estava lotada de jovens. Ele e seus amigos
ficaram num canto perto do DJ, bebendo quase sem parar. Nate só se
lembrava de ter misturado algumas bebidas, e de ter ficado bêbado
muito rápido. Lembra-se também de ter dançado bastante. Vários
meninos e meninas deram em cima dele, mas não havia rolado nada
com ninguém. Ele saiu de lá bem tarde e um de seus amigos lhe deu
uma carona de volta ao Mackenzie. Mas ao entrar no prédio
praticamente cambaleando, Nathan se lembrou da mensagem de Kane
e decidiu ir vê-lo no nono andar.
Nathan se lembrava vagamente das coisas que aconteceram no
apartamento de Kane. Lembrava-se de ter tomado um banho e
dormido na cama dele, com um calção emprestado. Mas os detalhes
eram como um borrão em sua memória. Estava muito bêbado para se
lembrar do que tinham conversado. Mas sabia que estava com muito
tesão desde que tinha chegado, e que por diversas vezes tinha
provocado o jogador. Inclusive havia pedido para ser chupado...
Lembrar disso fez Nate sentir muita vergonha. Por sorte Kane foi
muito compreensível, mas mesmo assim ele estava arrependido.
Álcool sempre o fizera ficar mais solto e fazer coisas que
normalmente não faria se estivesse sóbrio.
Emma apareceu na cozinha quando Nathan estava terminando o café.
-Quem é esse Kane que você falou?
-Um garoto do nono andar.
-Nunca ouvi você falar dele.
-Conheci ele faz pouco tempo.
-O que vocês são?
-Amigos, apenas.
-Amigos, sei. Você dormiu lá e não rolou nada entre vocês?
-Não – Respondeu Nathan novamente, num tom de quem não queria
mais falar sobre o assunto – Infelizmente não.
CONTINUA...
EPISÓDIO 21 de 24

Alexander Parker chegou ao apartamento de Nathan quase na hora do


almoço. O rapaz tinha acabado de voltar da farmácia, onde comprara
um remédio para o seu pai. Nate havia lhe mandado uma mensagem
no dia anterior, pedindo que fosse visitá-lo para trocarem uma ideia.
Então Alex achou que essa fosse uma boa oportunidade para dar um
pulinho no décimo primeiro andar e conversar com o amigo.
Encontrou Nathan no quarto como sempre. Naquela manhã Nate
estava usando uma camisa branca, uma calça moletom cinza e meias.
Alex por outro lado, vestia uma regata preta, uma bermuda jeans
clara e um par de chinelos de marca.
-Eaí, acordou agora? – Perguntou Alex, apertando a mão do amigo.
-Quase agora.
-Dá pra ver a cara de sono.
-O que é isso na sua mão?
-Ah, é um remédio pro meu pai. Ele tá gripado esses dias. Acabei de
passar na farmácia. Mas então, aconteceu alguma coisa?
-Pois é, aconteceu sim... No sábado passado.
-O quê? Me conta.
Nathan contou para Alexander sobre a festa que tinha ido no sábado
à noite, sobre ter ficado embriagado e ter parado no apartamento de
Kane no meio da madrugada. Contou praticamente tudo de que se
lembrava, até a parte que voltava pra casa no dia seguinte.
-Kane Marcus? Aquele jogador de futebol aqui do prédio? Não sabia
que vocês estavam ficando. Não sabia nem que ele era gay.
-Não estamos. A gente se conheceu pela internet, ficamos
conversando por um tempo. Eu mal o conheço e já fui me enfiando no
apartamento dele, que vergonha.
-Cara, quando você bebe, você se transforma. Fica todo soltinho. Não
é novidade pra mim.
-Ainda tô com vergonha disso tudo. Não queria que o Kane me visse
daquele jeito.
-Relaxa, quem nunca ficou bêbado e se arrependeu depois? Você e ele
já falaram sobre isso?
-Não. Estamos nos falando pouco desde então. Sei lá, tá um climão
estranho entre a gente. E eu tô com vergonha de olhar na cara dele.
-Que bobagem. Vocês deveriam falar sobre isso e rir juntos.
-Eu queria ser de boa assim, igual você.
-Então seja ué. Você tá interesse nele?
-No começo eu estava em dúvida, mas agora tenho certeza que sim.
Porque por mais que não tenha rolado nada entre a gente no sábado,
eu queria que tivesse. Não paro de pensar nisso. Eu quero ficar com o
Kane.
-Então por que não diz isso pra ele?
-Sei lá, tô com medo de me aproximar das pessoas.
-Já conversamos sobre isso, a vida continua. Se você tá interessado no
Kane, dá uma chance pra ele. Vê se dá certo. Não perde tempo, você
merece ser feliz.
Nathan sorriu agradecido. Então, naquela tarde, ele decidiu ir falar
com Kane em seu apartamento. Mandou uma mensagem perguntando
quando podia falar com ele pessoalmente e o jogador respondeu que
podia vê-lo depois do futebol.
Ele chegou no 96 perto das cinco horas da tarde.
-Oi – Disse Kane ao abrir a porta – Pode entrar.
-Eai.
-Pode entrar, fique à vontade.
Eles foram para a sala e sentaram no sofá.
-Tá sozinho? – Nate perguntou.
-Tô sim.
-Vou direto ao assunto... Desculpa por causa daquilo no sábado
passado. Eu realmente tava muito bêbado.
-Você ainda tá preocupado com isso? Esquece, não foi nada demais.
Relaxa.
-E desculpa ter te enrolado esses dias. Eu tava meio confuso em
relação a tudo.
-Você não me deve explicação nenhuma. Eu acho que fui muito
insistente também. Deveria ter me tocado que você não tava a fim.
-Eu não estava mesmo. Mas agora eu tô.
-Sério?
-Sim. Se você ainda quiser a gente pode fazer algo. Dessa vez estou
cem por cento sóbrio.
-Haha, claro que eu quero.
A princípio, os dois apenas se aproximaram e se beijaram pela
primeira vez. Logo o jogador começou a apertar o meio de suas
pernas por cima do moletom que usava, enquanto olhava fixamente
para o rosto de Nate. Aos poucos o seu membro foi crescendo e o
volume ficou visível no tecido. Kane abaixou a calça até os pés e
continuou se estimulando, dessa vez por cima da cueca branca.
Nathan observava aquilo ficando cada vez mais excitado.
Kane se livrou da calça e dos chinelos que usava. Depois foi a vez de
tirar a camisa, exibindo seu físico atlético de jogador. Por fim ele tirou
a cueca, revelando seu pênis ereto cheio de veias e cercado de pelos.
A visão do jogador nu foi suficiente para Nathan ficar louco por uma
foda.
-Caralho Kane, você é muito gostoso – Nate comentou – Fico até
pasmo. Como não querer transar com um moleque desses? Eu tava
maluco.
-Vem cá então.
Nathan sorriu maliciosamente e se ajoelhou na frente de Kane,
começando a chupá-lo ferozmente. Nate colocou aquele membro bem
fundo na garganta, chupou as bolas e lambeu a glande com a ponta da
língua. Depois foi subindo o abdômen trincado aos beijos, até chegar
ao peito musculoso e se deliciar com os mamilos escuros.
Os dois trocaram olhares e começaram a se beijar. Kane abaixou o
short de Nathan e passou a estimulá-lo com os dedos. Em seguida eles
juntaram as ereções e começaram a masturbar um ao outro.
-Mete esse pau no meu cu – Pediu Nathan de repente, cheio de tesão.
O adolescente ficou de quatro no sofá maior e aguardou. Kane ficou
de pé atrás dele, apertou de leve as nádegas brancas e direcionou o
pênis para a entrada do ânus. Aos poucos foi se introduzindo dentro
de Nathan.
-Caralho... Ah... – Nate gemeu.
O jogador foi aumentando a velocidade da penetração, dando leves
tapas naquela bundinha uma vez ou outra. Nathan soltava gemidos
grossos enquanto permanecia agarrado ao sofá. Minutos depois ele
virou-se para encarar o jogador e passou a ser penetrado de frente,
com as pernas suspensas no ar.
Desse modo, Kane podia se debruçar e beijar os lábios de Nathan o
quanto quisesse. O contato visual também deixava o sexo ainda mais
intenso. Nate começou a se masturbar acompanhando o ritmo da
penetração, com os olhos fixos no rosto do jogador.
-Vou gozar – Anunciou Kane.
-Goza vai, tô quase também.
Então Kane acabou explodindo de prazer dentro de Nathan, sentindo
suas pernas estremecerem. Poucos segundos depois um jato de
sêmen atingiu o abdômen de Nate, que havia terminado sua
masturbação.
-Depois de gozar bate uma sensação boa né? – Kane falou sorrindo –
Eu fico muito relaxado.
-Eu também. Por isso gosto de ficar deitado, tranquilo.
Eles permaneceram em silêncio por um tempo, até que Nathan ficou
de pé. Os dois foram juntos até o banheiro se lavar, depois
retornaram para a sala e se vestiram novamente.
***
Thomas Mathews estava no seu quarto, mexendo no celular, quando
ouviu o barulho da porta e soube que o irmão mais velho havia
chegado. Antony surgiu no quarto cansado e com as roupas sujas de
onde viera. Eles não estavam falando um com o outro há vários dias,
desde a última discussão que tiveram. Mas o loirinho estava cansado
desse clima e decidiu dar o braço a torcer.
-Antony.
-Que foi?
-Desculpa. Pela última vez.
-Relaxa maninho, não precisa pedir desculpas de nada.
-Mas por favor, pega leve comigo tá? Eu não aguento mais a sua
implicância. Vamos ficar de boa a partir de agora.
O Mathews mais velho ficou calado. Começou a se despir no quarto,
como se estivesse sozinho. Novamente Thomas se recordou daquela
vez, quando estavam atrasados para o evento em família...
-Aê, lembra de quando você me deu banho?
-O que tem?
-Que merda foi aquela hein? Hahaha.
-Você gostou né? Admite.
-Eu não!
-Se não tivesse gostado, não teria falado disso agora.
-Eu queria saber aonde a gente tava com a cabeça quando fizemos
aquilo. Aliás, foi você que me forçou a entrar no banheiro.
-Admite Thominhas, você adorou. Tá doidinho pra fazer de novo. Eu
te conheço.
-Cara, você é insuportável!
Antony não respondeu, apenas caminhou pelado até o banheiro e
ligou o chuveiro. Logo em seguida Thomas saiu do quarto e quando
estava no corredor, Antony o chamou e perguntou:
-Você não vem?
Surpreso, Thominhas não soube como reagir. Mas não tinha como
recusar. Dessa vez tomou banho junto com o irmão mais velho por
livre e espontânea vontade.
CONTINUA...
EPISÓDIO 22 de 24

Certo dia Zack acordou numa manhã nublada e meio fria perto das
dez e meia da manhã. Ele abriu os olhos e bocejou. Estava em seu
quarto completamente bagunçado e escuro, cujas janelas
permaneciam fechadas. Ele sentou na cama e se espreguiçou. Tinha
ido dormir só de cueca boxer preta e ela já apresentava um volume
enorme, graças ao sonho erótico que tivera.
Zack colocou os pés para fora da cama e tomou coragem para se
levantar, ainda meio tonto de sono. Quando conseguiu ficar de pé,
caminhou até a porta do quarto, saiu para o corredor e entrou no
banheiro. Escovou os dentes, fez suas necessidades e voltou para o
quarto, como sempre fazia na sua rotina habitual.
O garoto pensou em colocar uma roupa, mas estava com preguiça de
procurar no armário e não tinha ninguém em casa para obrigá-lo a
fazer isso. Seu pai havia saído cedo para o consultório e demoraria
para voltar. Parado no centro do quarto, Zack ficou encarando o
espelho da porta do armário, quando decidiu abaixar a cueca e olhar
para seu pênis ereto.
– Já tá desse jeito logo cedo amigo? – Dizia ele olhando para baixo –
Daqui a pouco eu te faço carinho.
Zack subiu a cueca novamente e caminhou até a janela. Abriu-a e viu
os prédios da vizinhança abaixo de um céu cinzento. Sentiu uma brisa
fria tocar seu rosto, tremendo um pouco de frio. Ficou alguns minutos
pensando na vida, depois fechou a janela prateada pela metade e foi
até a cozinha.
Seu café da manhã foram alguns biscoitos e um copo de suco. Seu pai
queria que ele tivesse uma alimentação mais saudável, mas Zack não
dava a mínima, mesmo que Charles fosse médico. Ao retornar para o
quarto, minutos depois, olhou no relógio e viu que faltava pouco para
as onze da manhã. Ele gostaria muito que seu melhor
amigo/namorado Thomas estivesse ali com ele, mas o garoto estava
fora da cidade novamente.
Então Zack sentou-se em frente ao seu computador, com os pés
apoiados na madeira da mesinha a cima do teclado. Já tinha alguns
vídeos salvos para assistir. Escolheu um deles, puxou o pau para fora
da cueca e começou a se masturbar.
Esse era o maior vício de Zack Davis e a coisa mais comum de sua
vida. Ele fazia isso pelo menos três vezes ao dia, no quarto, na sala, no
banho ou até mesmo na cozinha. A expressão no seu rosto era séria,
brava, como se estivesse puto com alguma coisa. A masturbação foi
ficando mais rápida...
Soltando um gemido de voz grossa, Zack acabou ejaculando como um
jato. Ficou um tempo ali, com seu membro agora flácido e restos de
sêmen nos pelos e na barriga. E não parou por aí. Poucos minutos
depois ele escolheu outro vídeo, seu pênis foi crescendo novamente e
ele passou a acariciar a glande e os testículos, até recomeçar uma
masturbação rápida. Sem o namorado ali presente, era assim que
precisava se aliviar...
Mais tarde, lá pelas 13 horas, Zack cansou de ficar no quarto. Tinha
acabado de se masturbar pela terceira vez e decidiu sair do
apartamento. Colocou uma calça preta, uma camisa vermelha, um
tênis velho e um boné com a aba para trás. Pegou a chave da casa,
abriu a porta, atravessou o corredor do quinto andar e desceu pelas
escadas.
Não havia ninguém no térreo e ele seguiu caminhando até a calçada
em frente ao Edifício Mackenzie. Foi quando avistou um garoto
conhecido, vindo em sua direção. Era Eric Jonas, um adolescente
problemático que estudava com ele. Ambos tinham a mesma idade.
Eric era um pouco mais alto do que Zack, tinha cabelos pretos bem
rebeldes, usava uma calça cinza e uma camisa preta. Sua pele era
pálida e ele tinha belos olhos castanhos e lábios finos. Os dois não se
davam bem. Na escola, viviam brigando e Zack o considerava como
um inimigo.
Na verdade, as brigas não tinham fundamento. Não havia motivo
forte. Eles simplesmente não iam com a cara um do outro.
– Eai Zack – Disse Eric se aproximando – Tudo bem?
– Tudo – Respondeu Zack secamente – Tá fazendo o que aqui? Pensei
que não gostasse desse bairro. Vive falando merda daqui lá no
colégio.
– E não gosto mesmo. Só que a minha namorada tá na casa de uma
amiga que mora aí no seu prédio.
– Então vai lá se encontrar com ela.
– E tu, tá indo pra algum lugar?
– Não. Eu tava sozinho lá em casa, morrendo tédio, então vim pra cá.
– Hmmm... Me diz uma coisa Zack. Por que você agora só vive cercado
de homem?
– O quê?
– Eu nunca mais te vi com nenhuma garota, só vejo você cercado de
macho. Fala a verdade, você curte chupar um pau né?
– Cala a boca. Desde quando você se importa com a minha vida?
– Ah, fala sério vai. Não adianta negar. Eu vi você com aquele seu
amiguinho loiro outro dia na escola.
– O Thomas? E daí?
– Vocês dois não se desgrudam. Tá rolando alguma coisa entre vocês?
– Não te interessa. Me deixa em paz.
Zack tinha um pavio curto, todas as pessoas que o conhecem sabem
bem disso. Mas a verdade é que ele estava com um pouco de medo
naquele dia. Não queria que Eric descobrisse sobre seu
relacionamento com Thomas.
– Mudei de ideia, eu vou voltar lá para cima. Não tem nada de
interessante aqui – Disse Zack – Tchau Eric.
– Espera aí. O que foi? Tá fugindo?
– Fugindo do que?
– De mim. Parece que você não gostou do que eu falei.
– Não gostei mesmo! O que você tem a haver com a minha vida? Vai
se foder.
– Então é verdade... Você é mesmo gay, como estão dizendo.
– Cala a boca!
– Vem calar viadinho.
Zack partiu para cima de Eric, mas não teve coragem de bater nele.
Apenas lançou um olhar de fúria e deu as costas.
– Que gosto tem? – Perguntou Eric.
– O que? – Zack se virou, já sem paciência. Por algum motivo não
conseguia ignorá-lo.
– Um pau. Que gosto tem um pau? Você já experimentou vários não
é? Boatos de que o Parker, o Spence e o Owen colocam você pra
mamar.
– Por que você quer saber? Quer provar um também?
– Seu viadinho de merda. Você é um gayzinho igual aquele seu amigo
Thomas, e os outros moleques do teu prédio.
– Vai tomar no cu, seu arrombado.
Zack tornou a se virar e esperava que Eric não dissesse mais nada.
Estava espumando de raiva. Mas Eric fez uma coisa ainda pior... Ele
abaixou alguns centímetros da calça, revelando seus pelos escuros e o
começo de seu membro, ao mesmo tempo que levantava a camisa e
mostrava um abdômen definido e pálido.
– Ae Zack, dá só uma olhada...
A curiosidade foi mais forte. O garoto olhou para trás.
– Você quer? Se me pedir eu mostro ele todinho pra você. E ainda
deixo chupar.
– Eu quero é te dar um belo de um chute, isso sim.
Mas Eric continuou a provocá-lo, com os olhos atentos para o caso de
alguém estar observando. Zack decidiu ignorá-lo e continuou
andando. Eric queria chamar mais a atenção dele, por isso correu e
parou na sua frente, bloqueando o caminho para o portão do
Mackenzie.
– Eu já falei para você me deixar em paz! Me deixa passar! –
Exclamou Zack – Tá querendo levar um soco?
Eric deu um sorriso misterioso e fez uma coisa que deixou Zack sem
reação. Era a última coisa que ele esperava que fosse acontecer. Ele se
debruçou para frente e seus lábios tocaram os de Zack por um curto
segundo. O garoto que ele mais detestava acabara de beijá-lo.
Zack ficou perplexo. Não sabia o que dizer e nem como reagir. Ficou
olhando para Eric que sorria maliciosamente.
– Por que você fez isso? – Perguntou Zack desnorteado – Tá maluco?
– Você gostou?
– Claro que não! Eu só... Tô confuso. Me fala a real, o que você quer?
Ficar me provocando pra eu perder a cabeça, é isso?
– Não.
– Então o quê?
– É que na verdade, eu sinto tesão em você.
Aquilo foi mais um choque. Não dava para entender a mente de Eric.
Primeiro ele provocou e xingou Zack e agora diz isso. Só podia ser
uma pegadinha...
– Diz logo qual é a sua – Falava Zack indignado – Não tô com
paciência pra joguinhos.
– A minha namorada não está aqui. Eu vim por outro motivo, mas dei
sorte de te encontrar sozinho. Não podia perder essa oportunidade.
Ah, desculpe pelo que eu disse. Estava querendo chamar a sua
atenção, só isso.
– Você... É um desgraçado.
Eric sorriu e tentou beijar Zack novamente só que o garoto virou o
rosto. Na terceira tentativa Zack deu um empurrão que quase fez Eric
cair.
– Qual é Zack? Vai me rejeitar? Eu sou muito mais bonito do que
aqueles seus amiguinhos.
– Você só pode estar maluco. Me diz aquelas coisas e de repente me
beija?
Zack deu um sorriso sarcástico.
– Eric Jonas... Quem diria hein...
– Esquece o que eu disse. Eu pago cinquenta pratas pra chupar o teu
pau. E até mais se a gente transar, quanto você quer?
Zack já estava preparado para xingar Eric de todos os nomes
possíveis, mas de repente pessoas estavam se aproximando dali. Sem
pensar muito, o garoto puxou o braço de Eric e o levou para dentro
do prédio. Em seguida os dois foram conversar na garagem do
Mackenzie, com muito mais privacidade.
– Então? – Perguntou Eric quando eles pararam atrás de uma coluna
– Vai aceitar ou não?
– É claro que não! Depois de toda treta que a gente teve ao longo dos
anos? Aí do nada você quer algo comigo?
– Mas eu sempre senti atração por você mano. Eu só não aguentava
mais fingir...
– Cara, que coisa estranha. Não tô acreditando que isso está
acontecendo. Você finge muito bem hein, pensei que me odiava. E eu
odiava você também... Pelo menos até agora.
– Vamos fazer então?
– Não.
– Por favor. Eu não aguento mais ficar batendo e pensando em você.
Quero realizar um sonho...
Zack deu risadas altas.
– É pra rir mesmo – Comentou ele – Não era você que se dizia
machão, pegador ? Chamava os outros de viado, gayzinho ? Eu vivi
pra ver Eric Jones me implorando uma mamada hahaha.
– Ninguém pode saber entendeu ? Se eu souber que você contou pra
alguém, te quebro todinho.
– Tô me divertindo muito com essa situação sabia? Hahaha.
– Vai pô, só uma rapidinha – Eric insistiu.
Zack cruzou os braços, sorriu e disse mais um não. Eric estava
desesperado, implorando e quase ficando de joelhos. Foi quando Zack
teve uma ideia.
– Tá bom – Respondeu ele – Eu aceito.
– Valeu pô.
– Calma, eu ainda não terminei. Tem umas coisas que eu quero que
você faça primeiro...
– Que coisas?
– Primeiro você vai ter que dizer que é um puto e que quer dar pra
mim. E que eu sou o moleque mais foda da escola.
– Isso já é demais, você tá louco.
– Beleza, então não vai rolar nada. É pegar ou largar.
Eric estava tão desesperado, que acabou aceitando, mesmo contra a
vontade.
– Eu sou um puto e quero dar pro Zack. Ele é o garoto mais foda da
escola... – Disse ele.
– De joelhos.
– Ah não...
– Vai logo porra, se não eu vou subir pro meu apartamento e você
que se foda.
Eric se ajoelhou, olhou para Zack e repetiu:
– Eu sou um puto e quero dar pro Zack. Ele é o garoto mais foda da
escola...
Zack olhava para baixo, de braços cruzados, numa posição superior
ao seu rival. Sentiu um enorme prazer ao ver Eric Jones se
humilhando daquele jeito. O garoto deu um tapa na cara de Eric e
disse:
– Seu puto.
– Já acabou ?
– Não, só mais uma coisa. Eu quero cem pratas.
– Se for cem a gente faz tudo. Não só a chupada.
– Feito.
Eric pegou a carteira e entregou uma nota cem nas mãos de Zack. Em
seguida o garoto o levou pela porta dos fundos até o térreo, eles
pegaram o elevador e pararam no quinto andar. Ao chegar no
apartamento 51, Zack trancou porta logo após o rival entrar.
– Seu apartamento é da hora – Comentou Eric – Nunca pensei que um
dia eu viria aqui.
– Vamos logo pro quarto.
Eric parecia ter entrado no paraíso quando chegou ao quarto de Zack.
Ele olhou para cada canto como se tivesse sonhado estar ali há muito
tempo. Zack trancou a porta, fechou a janela e disse:
– Bora fazer logo, sem enrolação. O que você quer primeiro?
Eric sorriu maliciosamente para Zack. Tinha imaginado esse momento
tantas vezes que sabia exatamente o queria fazer.
– Bota para fora o seu pau – Disse ele – É a primeira coisa que quero
experimentar.
Sempre com uma cara de marrento, Zack abriu o zíper de sua calça e
abaixou-a até os joelhos, colocando seu membro mole para fora da
cueca. Eric mordeu os beiços de excitação.
– Tá mole ainda – Disse Zack em um tom de voz meio baixa
segurando o pênis com uma das mãos – Vê se chupa com vontade. E
cuidado pra não morder, detesto isso.
Eric se ajoelhou em frente à Zack, olhou para cima cruzando o olhar
com o garoto e finalmente colocou a boca em sua masculinidade. Zack
deu um gemido e Eric começou a mover a cabeça para frente e para
trás em um ritmo bem lento. Estava chupando intensamente.
– Porra, não esperava que você chupasse tão bem. É bem experiente
né safado ? – Disse Zack fechando os olhos – Hmmm...
Eric acelerou os movimentos e agarrou a coxa de Zack com a mão
direita. Deslizou sua mão pesada sobre ela e apertou a bundinha por
alguns instantes. Zack gemia baixinho e xingava Eric puxando seus
cabelos, humilhando-o cada vez mais.
Os lábios de Eric agora estavam dando beijos no abdômen magrinho
de Zack, depois desceram rapidamente passando pela pelagem
castanha e chegando à glande. Zack engrossou a voz em seus gemidos
de prazer, deixando Eric mais excitado do que já estava.
– Que gostoso... Hmmm... – Gemia Zack.
– As melhores cem pratas que já gastei – Disse Eric.
– Cala a boca e me chupa.
Eric não falou mais nada. Continuou a oral o mais rápido que
conseguia e Zack soltava gemidos grossos e altos. Ele estava gostando
daquilo mais do que imaginara...
Zack acabou ejaculando na boca de Eric sem avisar.
– Que delícia... – Dizia Eric com os lábios úmidos.
– O seu boquete foi bom demais – Admitiu Zack – Meu pau agradece.
– Mas não acabou por aqui né?
– Claro que não. Isso só foi o começo. Fica de quatro.
– O que?
– Anda logo! Faz o que eu tô mandando!
– Mas você acabou de gozar.
– E daí? Faz logo o que eu tô mandando caralho.
Eric despiu as roupas que vestia e se agachou de quatro na cama do
garoto. Zack tirou sua cueca e usou-a para limpar alguns vestígios de
sêmen na glande. Depois ele a colocou no rosto de Eric e deu uma
risada, vendo a humilhação do rival. Por fim jogou-a para longe e se
estimulou por poucos segundos até ficar ereto novamente.
– Você tem algum tipo de superpoder? – Perguntou Eric com a bunda
empinada – Porque eu nunca vi isso antes.
– Eu sou Zack Davis porra.
Ele deu um forte tapa nas nádegas de Eric deixando uma marca
vermelha.
– Bate mais que tá pouco – Exclamou Eric.
– Hahaha, considere isso como uma vingança.
– Mas doeu viu ?
– Problema seu.
Zack se posicionou atrás de Eric direcionando seu membro para
entrada do anus do rapaz. Eric achou que ele iria penetrar lentamente
e já tinha se preparado para isso. Só que Zack não teve piedade.
Penetrou com todas as forças que tinha, no seco.
– PORRA! Vai com calma, não tem lubrificante caralho! – Gritou Eric.
– Se reclamar é pior. Tu não tá acostumado é? Ou será que o seu
cuzinho é virgem? Não me parece não viu, tô sentindo ele bem largo.
– Filho da puta...
– Fica caladinho Eric. Você quis agora aguenta.
– Eu tô adorando.
Rapidamente Zack começou a mover seus quadris para frente e para
trás, fazendo seu membro entrar e sair de Eric. Era uma coisa
surreal... Estava na cama com o garoto que mais detestava.
– É sério Zack, mais devagar, por favor...
– Isso é por todas as vezes que você me tirou do sério – Exclamou
Zack acelerando a penetração – E pelas vezes que você falou mal de
mim pelas costas. Tô descontando toda a raiva que eu sinto por você
nessa foda. Não vou pegar leve não.
Zack continuou os movimentos, cada vez mais intensos. O suor
começou a escorrer pelo seu rosto por conta do quarto fechado e
abafado. Parou uns instantes para despir a camisa, depois retomou as
estocadas. Os gemidos de Eric ecoavam pelo quarto e ele estava com
as mãos agarradas ao lençol da cama. Ele sabia que a qualquer
momento o garoto podia ejacular mais uma vez.
Só que não foi isso que aconteceu. Zack não queria gozar pela
segunda vez então parou de penetrar e se afastou.
– Ué, por que parou ? – Eric perguntou.
– Não quero gozar ainda. Tô a fim de fazer outra coisa. Deita aí.
Zack debruçou seu corpo sobre Eric e beijou sua boca. Seus membros
se tocavam naquele momento e ele desceu aos beijos a pele do rival,
dando chupões no pescoço, mamilos e lambendo o abdômen definido.
Quando chegou ao membro de Eric, Zack o colocou lentamente na
boca e então iniciou uma oral intensa. Eric estava em êxtase. Tinha
imaginado esse momento inúmeras vezes.
– Que gostoso porra...
Depois de alguns minutos chupando, o garoto agarrou o pênis de Eric
e começou a masturbá-lo rapidamente. Os dois se entreolhavam com
malícia, sorrindo.
– Vamos fazer uma punheta dupla – Pediu Eric – Por favor.
–Tá bom.
Eles sentaram lado a lado e cada um segurou o pênis do outro. Em
um ritmo sincronizado eles começaram a se masturbar enquanto se
entreolhavam e gemiam. Com a mão vaga Eric tocou no braço de
Zack, depois na coxa e mais tarde fez movimentos circulares com os
dedos nos mamilos do garoto.
– Depois dessa a gente nunca mais vai brigar né ? – Eric falou – E
desculpa por tudo.
– Esquece isso. Por mim a gente pode ser amigos agora... Ah... Mais
rápido.
– Não, eu quero bater devagar agora. Quanto mais tempo eu ficar
segurando o seu pau melhor.
– Seu safado. E eu achando que você era hétero.
– Ninguém é cem por cento hétero, acredite. Mas e o Thomas? Vocês
fazem bastante né?
– Sim, todo dia praticamente. Não tem coisa melhor do que foder
aquele cuzinho rosa dele, puta que pariu. Inclusive, recomendo.
Eric sorriu. Os dois continuaram a se masturbar e poderiam ejacular a
qualquer momento. Só que Eric não queria ejacular dessa maneira.
– Zack... Posso pedir uma coisa?
– O quê ?
– Eu quero... Meter em você.
– Meter?
– É.
– Hmmm... Beleza. Você pagou, você tem direito a tudo.
Zack largou o membro de Eric e se deitou de lado. Eric se posicionou
atrás dele e o penetrou fortemente. Ele esperava que Zack gemesse,
mas o garoto não emitiu som algum.
– Pensei que você fosse gemer. Eu penetrei com força – Falou Eric.
– Já tô acostumado com maiores. Não doeu nada.
– De quem, posso saber ?
– Sabe o Alex Parker aqui do prédio?
– Aham.
– O pau dele é maior e mais grosso.
Eric começou os movimentos de penetração. Zack teve que levantar
uma de suas pernas para que fosse mais confortável ficar naquela
posição. Ele começou a gemer baixinho à medida que Eric acelerava a
penetração.
– Dessa vez é para gozar né? – Perguntou Zack.
– Aham... Dessa vez eu gozo... Hmmm...
Eric fazia o maior esforço para mover os quadris enquanto Zack
estava tranquilo. Ele sentiu uma das mãos de Eric agarrando seu
pênis e começar a masturbá-lo no ritmo na penetração.
– Pensei que você não era de nada, mas até que fode bem.
– Não me subestime como ativo.
E pelos quinze minutos seguintes os dois ficaram naquela posição.
Eric já estava cansado e a ofegante quando finalmente sentiu que iria
ejacular. Deu um alto e grosso gemido, e então gozou como nunca
tinha gozado antes na vida. Zack se masturbou rapidamente e
ejaculou também, enquanto o membro do rival ainda estava dentro.
Os dois adolescentes estavam suados e cansados, mas satisfeitos um
com o outro. Eric saiu da cama e vestiu as roupas novamente,
enquanto Zack continuava nu no colchão.
– Tenho que ir – Falou Eric – Minha namorada já ta me ligando.
– Ok, a gente se vê na escola.
– Valeu por tudo. Sem brigas a partir de agora beleza ?
– Espero que sim. Por que se não eu acabo contigo entendeu?
– Tá bom.
Depois que Eric Jones foi embora, Zack permaneceu em seu quarto
por mais um tempo, pensando no que iria gastar as cem pratas que
tinha ganhado. Ele pretendia comprar um jogo novo, mas depois de
pensar bem decidiu comprar um presente para Thomas, seu melhor
amigo e namorado.
A partir daquele dia, Zack já não brigou mais com Eric. Os dois não se
tornaram grandes amigos, mas agora a convivência era outra no
bairro e na escola.
CONTINUA...
EPISÓDIO 23 de 24

Thomas Mathews chegou no apartamento 51 perto das três horas da


tarde, temendo que já fosse tarde demais para se despedir do
namorado. Mas felizmente o garoto ainda estava arrumando suas
coisas quando o loirinho chegou. A tarde estava nublada e o céu
cinzento como sempre, o clima típico da cidade.
-Pensei que já tinha ido – Thominhas falou ao entrar no quarto. Havia
uma pilha de roupas em cima da cama, além de outros objetos
pessoais de Zack.
-Daqui a pouco. Tô arrumando a mochila.
-Precisa de ajuda?
-Depende. Que tipo de ajuda você está oferecendo?
-Com a mochila né, seu bobo.
-Nesse caso não. Mas se quiser me ajudar com outra coisa...
-Pode pedir o que quiser. Vou ficar dias sem te ver, quero aproveitar
bastante.
Era óbvio que Zack só queria uma coisa. Ele terminou de colocar seus
pertences na mochila, deitou-se na cama pra descansar um pouco e
pediu que Thominhas se aproximasse.
-Me dá uma chupada – Falou, colocando as mãos atrás da cabeça –
Preciso relaxar um pouco antes de ir. Tô desde de manhã preparando
tudo e a viagem vai ser longa.
Zack estava indo passar uns dias na casa de sua mãe, bem longe dali.
O aniversário dela era naquela semana e ela o havia convidado desde
o mês passado. Fazia um bom tempo que não se viam e apesar da
preguiça, Zack estava animado e ansioso.
Enquanto conversavam, Thomas abriu a bermuda e abaixou a cueca
do namorado, começando a chupa-lo lentamente.
-Mandei mensagem pra aquele puto do Kane, mas ele não me
respondeu ainda – Dizia o garoto – Queria que ele viesse aqui antes
de eu viajar, mas agora não dá mais tempo.
-Deve estar com o Nathan. Soube que eles estão namorando
oficialmente agora?
-Aé?
-Sim, o Alex me contou. De aliança e tudo.
-Eu sou sempre o último a saber das coisas. Mas foda-se. Quando eu
voltar, eu resolvo com ele. Tá me devendo vinte pratas. Alias, quando
eu voltar a gente marca uma reuniãozinha com nós seis hehe.
-Já tá na hora.
Nas últimas semanas o sexteto do Mackenzie se aproximou bastante,
já que eram praticamente todos amigos em comum. Kane era o mais
“novato” do grupo, e agora que estava se envolvendo com Nathan,
passou a andar sempre com os demais.
Minutos depois Zack acabou ejaculando na boca de Thominhas, que
engoliu tudo e limpou os lábios com as costas da mão.
-Vai ficar alguns dias sem o meu leitinho – Zack comentou, brincando
– Mas não se preocupe que vou compensar o tempo perdido. Vou
ficar sem punheta lá na casa da minha mãe e vou voltar com a
mamadeira cheia pra você.
-Eu tenho outras mamadeiras pra tomar, relaxa.
-Puto.
-Tu acha que eu não vou aproveitar enquanto você estiver fora?
-É isso aí. Aproveita mesmo. E quando eu voltar você me conta tudo.
Preciso de novas histórias pra quando eu for bater umas.
Eles ouviram batidas na porta do quarto e Charles apareceu dizendo:
-Anda logo Zack, eu vou te levar de carro até a rodoviária. Não
podemos perder esse ônibus.
-Tá, já vou.
Zack colocou as meias, calçou os tênis e já estava colocando a mochila
nos ombros quando se lembrou que faltava algo para levar. Ele
buscou no fundo do seu armário o masturbador automático que
ganhara do pai e o enfiou com muito esforço dentro da mochila
pesada.
-Vai levar mesmo isso? – Thominhas questionou.
-Pro caso de eu ficar entediado. É muito bom, você deveria
experimentar.
-Ainda não acredito que você ganhou isso do seu próprio pai.
-Pois é haha. E eu amei, de verdade.
-E como funciona?
-Ué, você coloca o pau dentro do bagulho e liga. Simples ué.
Thomas ficou no 51 até os Davis saírem. Ele acompanhou Zack e
Charles até o térreo, e lá eles encontraram Kane Marcus e Nathan
Owen chegando no prédio.
-Porra Kane, não lê suas mensagens não? – Zack perguntou ao ver o
amigo jogador.
-Deixei meu celular carregando em casa, desculpa. Aonde você vai?
-Pra casa da minha mãe. Vou passar uns dias lá.
-Vamos logo, se não chegaremos atrasados – Charles avisou.
-Então boa viagem – Kane falou.
-Boa viagem Zack – Disse Nate, sorridente. Estava com um semblante
maravilhoso.
-Cuidem bem do Thominhas na minha ausência – Falou o garoto, em
tom sugestivo – Aliás Thomas, vamos nos despedir aqui. Eu vou com
meu pai até a garagem. A gente se vê então.
Pai e filho saíram pelo corredor até a saída dos fundos do prédio.
Thomas, Kane e Nathan ficaram ali no térreo.
-Soube que vocês estão namorando – Disse o loirinho.
-Sim – Falou Kane sorridente – Finalmente.
-Parabéns, fico feliz por vocês.
-Então agora somos três casais né? Eu e Zack, Alex e Leon e vocês
dois.
-Pode crer haha. E tu, o que pretende fazer nesses dias sem o Zack?
-Eu tenho um objetivo em mente. Vou aproveitar esse tempo pra
tentar melhorar a minha relação com meu irmão. Já tá na hora da
gente se acertar. São muitos anos de conflito.
-Vixe, boa sorte – Nathan respondeu – Pelo o que conheço o Antony,
ele é muito difícil de lidar. Nenhum dos meus amigos gosta dele.
Dizem que é um cara muito arrogante. Tenho pena de você que
convive com ele diariamente.
-Até que ultimamente as coisas mudaram um pouco. Mas vamos ver.
Thomas ficou alguns minutos conversando com Nate e Kane, depois
cada um foi para seu respectivo apartamento. O loirinho chegou no
22 um pouco melancólico, já que era muito apegado a Zack e sentiria
sua falta pelos próximos dias. Ao chegar na sala, ele encontrou o
irmão mais velho Antony Mathews deitado no sofá, só de calção,
assistindo série na televisão.
-Eae – Disse Thominhas. Não podia deixar de notar o quanto o irmão
era gostoso.
-Já voltou?
-Só fui me despedir do Zack. Ele foi pra casa da mãe dele e só volta
semana que vem.
-Agora você fica em casa. Aleluia.
-Não começa Antony.
-Tô só brincando, calma.
O loirinho tirou os chinelos e se jogou no sofá, cansado.
-Bora tomar aquele banho? – Sugeriu Antony. Isso tinha se tornado
um hábito muito estranho entre eles.
-Por que a gente ainda tá fazendo isso? Sei lá, a primeira vez teve
uma justificava e tal. Depois a gente começou a fazer só por fazer.
-Pensei que você estivesse curtindo.
-Não sei dizer. Só acho estranho isso. Não sei por que aceito fazer.
-Tá bom então, a gente não faz mais.
-Mas isso não quer dizer que eu não queira mais fazer...
-Não tô entendo nada, mas foda-se. Eai, se despediu do namoradinho?
-Ele não é meu namorado, é só meu amigo.
-Não precisa mentir pra mim, eu já sei de tudo. Faz tempo. Não vou
dizer que eu concordo e aceite isso, mas que se dane, a vida é sua e tu
faz o que quiser.
Thomas ficou pensativo. Estava com medo de dizer algo e começar
uma discussão com o irmão novamente. Estava cansado disso e
queria quebrar o ciclo. Além disso precisava ir mais além para
descobrir uma coisa...
-Antony.
-Que foi?
-Posso perguntar uma coisa?
-Pergunta ué.
-Você tem vontade de fazer algo... Além de tomar banho junto?
-Tipo o quê?
-Sei lá, tô te perguntando.
-Eu não, tá louco? Não gosto dessas paradas não. Eu hein. Meu
negócio é outro.
-Entendi.
-Tá pensando que eu sou aqueles seus amiguinhos é? Se toca.
-Foi mal, desculpa.
Apesar disso, Thomas não ficou convencido pela resposta do irmão.
Era bem a cara dele dizer essas coisas, pagar de machão e não admitir
logo de cara. Por isso ele decidiu ser um pouco mais ousado e
provocar Antony, para ver até onde poderia chegar.
Dois dias depois, os irmãos Mathews estavam novamente sozinhos no
apartamento 22, num fim de tarde comum. Thomas chegou do treino
de futebol e encontrou Antony tirando um cochilo da tarde no sofá da
sala, sem camisa, só de bermuda.
“É hoje”, pensou.
Thomas despiu o uniforme sujo, a cueca e colocou no cesto de roupa
suja no banheiro. Ele retornou à sala completamente nu, e morrendo
de medo, acordou o irmão adormecido.
-Antony, Antony.
-Que é porra, me deixa dormir – Resmungou o rapaz, mal-humorado.
-Sabe onde está aquela minha camisa branca, que eu ganhei no natal
passado? Aquela de manga longa.
-Eu sei lá aonde tá porra de camisa. Procura aí.
-Acho que você pegou por engano depois de lavar.
Antony já estava perdendo a paciência e virou-se para encarar o
irmão caçula, quando foi completamente surpreendido por sua nudez.
Mas mais do que isso, pela posição que Thomas se encontrava:
Sentado no tapete ao lado do sofá, com as pernas abertas e com uma
expressão de pura inocência no rosto.
-Que merda é essa?
-Eu cheguei do futebol agora. Tô indo tomar banho, mas queria
aquela camisa.
-O que você tá querendo hein Thomas? Já disse que eu não curto
essas paradas. Melhor parar com isso antes que eu te dê um murro.
-Não sei do que está falando, eu só quero a minha camisa.
-Eu se muito bem o que você quer.
-Sabe é? Então por que você não me dá?
-Ei, ei. Isso para por aqui, tô avisando hein?
-Só uma vez vai... – Thomas disse, esticando o braço e apalpando o
membro do irmão mais velho.
-Agora já chega.
Antony se levantou do sofá furioso, agarrou Thominhas pelo braço e o
puxou até o quarto. O loirinho não resistiu, mas estava morrendo de
medo de levar uma surra. Ao chegaram no quarto, o Mathews mais
velho trancou a porta e empurrou Thomas violentamente na cama.
-Por favor, não me bate – Thomas implorou – Desculpa, desculpa.
-Agora tá pedindo desculpas né?
-Por favor Antony.
-Você merece um murro na cara pra vê se vira gente. Dessa vez tu
conseguiu me tirar do sério.
-Tá bom, parei, desculpa. Não sei aonde eu tava com a cabeça...
A fúria de Antony diminuiu e ele cruzou os braços, pensativo.
-Vamos fazer um trato? – Disse ele por fim – Eu faço o que você
quiser. Eu sei que você tá louco por pau. Mas em troca, tu também vai
ter que fazer o que eu quiser. E sem reclamar, nem contar pra mãe.
Durante um ano.
-O que você quer?
-Muita coisa. Tudo que eu mandar, tu tem que obedecer. Um ano. É
pegar ou largar.
Thomas estava tão sedento, que não pensou duas vezes.
-Tá bom. Eu faço o que você quiser durante um ano.
-É melhor fazer mesmo hein? Se não vai ser pior pra você. E eu conto
tudo pra mãe. Promete que vai fazer?
-Eu prometo.
-Fechado então.
Antony Mathews abaixou a bermuda e a cueca, exibindo seu membro
meia bomba, com alguns pelos começando a crescer. Ele agarrou o
irmão caçula pelos cabelos e o forçou a colocar seu pênis na boca.
Thominhas começou a chupar ferozmente, sem se intimidar pela
violência.
-Não era isso que você queria? Seu merdinha. Então aproveita
bastante que vai ser só dessa vez.
-Até parece – Thomas falou ousadamente tirando o pênis úmido da
boca – Eu sei que você também queria isso.
Antony deu um tapa na cara de Thomas e o forçou a chupar mais.
-Cala a boca. Fica quietinho.
Depois das chupadas, Antony mandou o irmão se virar de quatro e
começou a dar tapas em suas nádegas lisinhas, deixando algumas
marcas vermelhas na pele. Ele enterrou os dedos naquela bundinha e
abriu o ânus rosado de Thomas. Decidiu dar um cuspe na região e
logo em seguida penetrou com muita força e sem piedade.
Thomas segurou o grito. Antony moveu a cintura com velocidade
desde o início, surpreso com a facilidade que seu membro deslizou
para dentro.
-Já tá bem acostumado né? Fica dando o cuzinho pro prédio inteiro,
por isso tá largo assim.
-Só faltava você.
-Sua putinha.
Antony acelerou ainda mais os movimentos, fazendo a cama ranger.
Depois virou Thomas de frente, segurou-o pelas pernas e continuou a
penetrar, sem dó, feroz, descontando toda a sua raiva e ódio no irmão
caçula. Os dois trocaram olhares diversas vezes, ambos com os olhos
azuis idênticos, a herança genética dos Mathews. O mais velho deu
vários tapas na bochecha de Thomas, puxou seus cabelos e cuspiu
dentro de sua boca.
-Melhor que essas putinhas que você anda comendo por aí né? –
Thomas falou ousadamente.
-Tenho que admitir que não é fácil convencê-las a dar o cuzinho. Mas
você já é acostumado.
-Até quando vai ficar dando uma de machão? Você não me engana.
Adorava se aproveitar de mim quando tinha chance. Principalmente
no banho.
Antony abriu um sorriso malicioso, mas não disse nada.
Algum tempo depois, Antony parou de penetrar e começou a se
masturbar colocando o membro no rosto de Thomas. Ejaculou em
jato, sujando a boca, o lábio e até o cabelo do loirinho. Terminou
forçando-o a chupar sua glande e dando um último tapa naquele
rosto angelical.
-Agora presta atenção no que eu vou falar – Disse Antony antes de
sair do quarto – Isso aqui nunca aconteceu, entendeu? Nunca mais
vamos falar sobre isso. Vamos fingir que nunca rolou nada. Acaba
aqui. Se você falar, vou me fingir de desentendido. E não esquece do
acordo.
Antony saiu do quarto, deixando Thomas sozinho na cama, reflexivo.
***
Dias depois, Zack Davis finalmente retornou ao Edifício Mackenzie.
Thomas foi até o 51 numa noite de terça-feira, horas depois da
chegada do garoto. Os dois melhores amigos ficaram conversando no
quarto, como de costume.
-Eai, como foi lá na casa da sua mãe? Eu nem perguntei muitos
detalhes por mensagem, achei melhor esperar você me contar quando
voltasse – O loirinho falou.
-Também não dava pra conversar muito, a internet de lá é uma
merda. Mas foi legal, tranquilo. Fiquei só de boas dentro de casa. Meu
padrasto levou a gente de carro pra passear algumas vezes.
-Não pegou ninguém?
-Peguei sim hehe. Mas depois de conto. Você disse que tinha algo pra
me contar.
-Sim, você não vai acreditar no que aconteceu...
Então Thominhas contou para Zack sobre ele e Antony, nos mínimos
detalhes possíveis. O garoto, obviamente ficou boquiaberto, sem
acreditar naquela história. Ficou tão animado com o incesto, que
encheu o namorado de perguntas, cada vez mais excitado com o que
ouvia.
-Caralho, não é possível! Mano, que tesão da porra – Zack exclamou –
Eai, não rolou mais nada depois disso?
-Não. Como eu disse, ele falou que nunca mais vai tocar nesse
assunto. A gente ta fingindo que nada aconteceu. Nem tomamos mais
banho juntos.
-E o trato?
-Ah, disso ele lembra. Vive me pedindo pra arrumar as coisas pra ele,
lavar a louça, ir no mercado comprar algo.
-Entendi. Então não tem chance de rolar de novo né?
-Acho que não. E tenho até medo de tentar.
-Mas me conta de novo a parte que vocês fizeram.
Thomas repetiu a descrição do ato, até Zack se dar por satisfeito. E
naquela noite, antes de dormir, Zack gozou horrores imaginando tal
cena, guiando a sua imaginação pelo o que Thominhas contou.
Desejou que pudesse ter presenciado o momento.... Ou melhor, que
pudesse ter participado.
“O Antony é um cuzão, eu odeio ele com todas as minhas forças”,
pensou o garoto. “Mas não tem como não admitir que ele é um puto
gostoso...”.
Duas, três, quatro punhetas até finalmente pegar no sono. E Zack já
estava pensando em fazer de novo quando acordasse no dia seguinte.
Nada lhe dava mais tesão do que imaginar os irmãos Mathews se
pegando enquanto ele estava fora.
CONTINUA...
EPISÓDIO 24 de 24 (FINAL)

Era uma sexta-feira à noite e o apartamento 51 do Edifício


Mackenzie foi o ponto de encontro para os seis amigos. Zack Davis,
Thomas Mathews, Alexander Parker, Leonard Spence, Kane Marcus e
Nathan Owen, estavam todos reunidos na pequena sala do
apartamento, conversando, trocando ideias e dando muitas risadas. O
clima era de total animação e euforia, sem um motivo específico,
exceto o prazer de compartilharem uma amizade que só se fortalecia
com o passar do tempo.
Os dois mais novinhos estavam sentados no chão: Zack usando uma
touca na cabeça, com as pernas abertas esticadas no tapete, descalço.
Thominhas ao seu lado, abraçado aos joelhos, o mais tímido do grupo,
quase sem dizer nada.
-Mano, eu ri muito desse vídeo! O Thomas tá de prova, eu até perdi o
folego, não foi Thomas? Acho que nunca ri tanto na vida, minha
barriga doía de tanto que eu rachei o bico. Quase mijei – Disse o
garoto, relembrando um vídeo engraçado que havia assistido na
internet.
-Tem dias que eu fico horas assistindo esse tipo de coisa.
Principalmente antes de dormir – Alexander comentou – Eu até
mando pro Leon, mas ele nem liga. Prefere ficar jogando com os
amiguinhos dele.
-Não é verdade, eu sempre assisto os vídeos que você me manda. Só
que as vezes eu não acho tão engraçado quanto você.
Alex estava sentado no sofá, com o braço direito em volta do pescoço
de Leonard. Usava uma camisa larga e uma bermuda jeans clara. O
rapaz também estava descalço, com o tornozelo direto em cima da
coxa esquerda, sua maneira favorita de se sentar. Leon estava um
pouco mais encolhido e completamente escorado no namorado.
-Você joga todos os dias Leon? – Perguntou Kane, do outro sofá.
-Praticamente.
-No PC ou no console?
-Depende. Ultimamente eu tenho jogado mais no PC. Mas as vezes eu
prefiro console. É que eu não tenho nenhum jogo novo por enquanto.
Kane estava usando uma camiseta preta que se justava ao seu físico
atlético e uma bermuda branca. Ele gostava de cruzar os braços e
encolher as pernas, sentando-se todo esparramado no sofá. Ao seu
lado, Nate sentava-se da maneira mais natural possível, com a postura
correta e as mãos apoiadas nas coxas.
-Até que horas a gente pode ficar aqui Zack? – Nathan perguntou.
-Hoje o meu pai tem plantão no hospital, então podem ficar até de
madrugada se quiserem.
-Então beleza. Só preciso mandar uma mensagem pra minha irmã
avisando que não vou jantar em casa.
-Ela sabe que você veio pra cá?
-Sabe sim. Eu só não disse que horas pretendia voltar.
-A Emma é incrível, não é Nate? – Kane falou de repente – Ela é tão
empolgada com o nosso namoro. Nos deu o maior suporte, desde o
começo. Me recebeu de braços abertos a família. Tá sendo muito legal.
-Sim, é verdade. Ela só exagera um pouco na empolgação as vezes –
Nathan respondeu – Mas é porque ela gosta de me ver feliz. Desde
que eu me assumi, ela sempre me deu apoio.
-Que legal Nathan – Comentou Leon.
-A melhor irmã do mundo.
Ao ouvir isso, Thomas abaixou a cabeça reflexivo.
“O Nathan tem muita sorte de ter uma irmã assim. Queria que o
Antony fosse igual. Até que as coisas melhoraram desde o que
aconteceu. A gente já não briga mais tanto quanto antes”, pensou o
loirinho, reflexivo. Nem tudo é perfeito.
-É uma pena que nem todo mundo é assim – Disse Alexander – Meu
pai por exemplo, já sabe do meu relacionamento com o Leon e não
aceita de jeito nenhum. Prefere fingir que não sabe de nada.
-Tem gente na família do Nathan que também não gosta do nosso
namoro – Respondeu Kane – Infelizmente pessoas assim existem.
Eles ficaram vários minutos falando sobre isso, cada um dando o seu
ponto de vista.
-O que me deixa puto, é a hipocrisia – Dizia Zack, quando a conversa
ficou mais calorosa – Lá na escola por exemplo, eu conheço um
moleque que vivia falando merdas pra mim e pra outros. No final das
contas queria me pegar no sigilo. E ele tem namorada e tudo.
-E você deixou?
-Claro pô. E ainda ganhei uma grana hehe.
-Quem foi? - Perguntou Leon curioso.
-Depois eu te falo. Você conhece. Inclusive ele já tá me enchendo o
saco, querendo de novo hehehe. Na próxima vou cobrar mais.
Depois disso eles mudaram de assunto e começaram a falar sobre
suas próprias vidas e planos para o futuro. Alexander falou sobre o
seu desejo de entrar para as forças armadas e como o seu pai estava
relutante quanto a isso. Leonard contou sobre o seu sonho de
conhecer outros países e de morar fora. Kane relevou o seu objetivo
de entrar para o futebol profissional. Nathan era o único que não
sabia muito bem o que queria fazer da vida, mas pretendia arranjar
um emprego no próximo ano. E Zack estava completamente
despreocupado quanto a isso, não dando a mínima.
Foi então que chegou a vez de Thomas falar. Já fazia um tempo que
ele estava calado, só escutando a conversa dos amigos.
-Thominhas está tão quietinho hoje – Comentou Alexander – Fala
alguma coisa Thomas. Não tem nenhuma novidade pra contar?
-Ele tá querendo pica e não sabe como pedir hahaha – Brincou Zack.
-E quem não tá querendo? A gente não marcou essa reunião só pra
conversar né?
-Com certeza não. Aliás, chega de papo furado e vamos logo ao que
interessa.
-Caralho Zack, você é muito apressadinho – Respondeu Alex.
-Já conversamos demais porra – Zack recrutou sorridente – A partir
de agora ninguém é de ninguém. Tá tudo liberado, a regra é essa.
E foi exatamente assim que aconteceu a noite mais quente da história
do Mackenzie até aquele momento. Zack colocou dois colchões no
centro da sala, e os seis adolescentes se deitaram lado a lado,
começando uma pegação intensa. Era surreal o que estava
acontecendo naquele momento dentro do apartamento 51 do Edifício
Mackenzie.
Havia a princípio, as duplas. Zack e Alexander se pegaram na ponta
do colchão, o garoto sendo posto para mamar e logo depois sentando
no rapaz e cavalgando em seu membro com energia de sobra. Eles
sempre tiveram algo especial, além da amizade. Sua conexão era forte,
e já fazia alguns meses que não interagiam assim.
-Eai, tava com saudades de mim? – Alex perguntou, enquanto recebia
as sentadas.
-Pô depois que começou a namorar o Leon esqueceu de mim. Nunca
mais veio me visitar.
-Que dramático.
-Vagabundo.
-Punheteiro.
Kane e Thominhas estavam logo ao lado. O loirinho estava se
deliciando com o pênis do jogador, passando a língua na cabecinha e
descendo até os testículos com muita habilidade. Os dois se tornaram
grandes amigos por conta do futebol. Thomas era doido pelo pau
cheio de veias de Kane, e gostava ainda mais quando o sentia dentro
de si. O jogador deixou Thomas deitado de costas pra cima no
colchão, montou em cima e começou a penetrar devagar. O contraste
dos tons de pele era lindo.
-Essa é a vingança pelo chapéu que você me deu lá no treino essa
semana – Kane falou em tom de brincadeira – Vou foder esse cuzinho
em nome de todo o time do clube. E pela nossa derrota.
-Faz o que quiser comigo Kane... Hmmm...
A última dupla era Leonard e Nathan, que até então não tinham uma
história juntos, mas que haviam se tornado ótimos amigos. Leon
estava sendo ativo naquele momento, penetrando Nathan de frente,
com as pernas dele apoiadas em seus ombros.
-Nossa Leon, como você é bonito – Elogiou Nathan, observando o
moreno – Sério, eu fico impressionado.
-Hahaha, obrigado.
-O Alex se deu bem, tá namorando o moleque mais bonito do bairro.
Sem brincadeira.
-Ah, que exagero. Nem sou tudo isso poxa. Mas eai, tá curtindo?
-Tá muito bom. Se quiser pode meter com mais força.
Então vieram os trios. Alex, Thomas e Nathan começaram a se pegar,
com chupões, lambidas, beijos e mordidas no corpo um do outro.
Mais pro lado, Zack, Leon e Kane faziam praticamente a mesma coisa,
só que com um pouco mais de intensidade.
E por último os seis se misturaram, fazendo de tudo e mais um pouco,
em posições até mesmo indescritíveis e intercalando rapidamente
entre si. Zack chupou a todos, depois deitou no sofá e foi penetrado
por Alex e Kane. Thominhas era sempre o alvo dos demais, que
adoravam se aproveitar dele, por isso acabou sendo passivo para
todos os outros pelo menos uma vez durante a noite. Leonard
também estava sedento, principalmente por Zack. E à medida que o
tempo foi passando, a noite só esquentou...
Alexander prensou Kane contra a parede, e o penetrou com força,
segurando sua cintura. Leonard ficou de quatro no chão, enquanto
Nate e Thomas revezavam para penetrá-lo. Zack deitou embaixo do
moreno e o chupou por vários minutos, estimulando a si mesmo.
Enquanto Nate penetrava, Thomas chegou por trás de Alexander e
começou a roçar em sua bunda.
-Quer me comer Thominhas? – Perguntou o rapaz, ainda segurando
Kane.
-Sim.
Então Alex foi até o sofá, abriu as pernas e deixou seu irmão menor
postiço lhe penetrar a vontade. A expressão de prazer no rosto do
rapaz deixou Thominhas ainda mais empolgado, e ele moveu a
cintura com força e muita vontade. Kane ficou de pé ao lado de
Thomas, trocando beijos com ele e observando a cena com cheio de
tesão. E quando Thominhas se cansou, Kane assumiu seu lugar.
Após horas de sexo intenso, realizando todas as combinações e pares
possíveis, os seis decidiram finalizar formando uma roda no centro da
sala e masturbando uns aos outros até o orgasmo. Foram jatos atrás
de jatos, até que último já tivesse gozado.
-Cara, o que foi isso? Mano – Disse Leon, passando a mão nos cabelos.
-Foda demais – Kane dissera – Melhor noite de todas, sinceramente.
-Daqui a pouco tem mais hahaha, já tô ficando duro de novo – Zack
falou.
Alex deu um leve tapa atrás da cabeça do garoto e disse:
-Sossega moleque, oxe. Estamos desde as nove horas da noite
transando.
-E daí? Por mim ficaria até de manhã. Eu tenho energia de sobra!
Mas a maioria preferiu descansar mesmo, depois disso. Continuaram
sem roupa no apartamento, sentando-se no sofá e no chão. Já tinha
passado da meia noite e o grupo permaneceu ali reunido.
-Galera, posso dizer uma coisa? – Zack disse de repente, abraçado aos
joelhos – Eu tô tão feliz por vocês estarem aqui. De verdade. Quem
me conhece sabe o quanto eu odeio sentimentalismo, mas na boa,
depois de hoje, eu sinto que o que nós temos é muito especial. Eu
amo vocês.
-Que fofo – Brincou Alexander, debochando – Calma Zack, você tá
muito emocionado.
-Tô falando sério pô. A amizade de vocês pra mim é tudo. Era só isso
que eu queria falar.
-Eu sei, tô só brincando. Mas é isso mesmo. A gente tá junto, pode ter
certeza – Alex apertou carinhosamente a perna de Zack.
-Vamos fazer isso mais vezes tá? – Sugeriu Thomas – Hoje foi muito
bom.
-Com certeza. É só chamar – Kane respondeu – E na próxima tenta
trazer seu irmão haha.
-Poxa, parem de falar disso se não eu vou chorar – Disse Nathan de
repente – Eu era o que estava em pior situação, mas eu tô muito feliz
de ter me reaproximado do Zack, Thomas e Alex. E também de
conhecer o Leon e o meu namorado Kane.
Kane deu um beijo na bochecha de Nate e o abraçou.
-Aê, a gente podia registrar esse momento com uma foto, que acham?
– Sugeriu Zack.
-Nós estamos pelados pô.
-E daí? Não é pra postar nem né, é só pra guardar de recordação.
-Nós podemos colocar a roupa antes de tirar.
-Não, não. É mais legal se tirarmos assim mesmo.
-Tudo bem então.
-Eu vou pegar a câmera fotográfica do meu pai!
Zack saiu correndo pelado até o quarto de Charles e trouxe de lá uma
câmera fotográfica profissional de altíssima qualidade. Primeiro ele
precisou posicionar a câmera num local bom, e em seguida o sexteto
se juntou lado a lado, na parede perto do sofá.
-Bora todo mundo cobrir o pau com as mãos? – Sugeriu Leonard – Ou
vocês querem mostrar mesmo?
-Eu acho mais legal mostrar tudo.
-Cara, isso não vai dar certo. Se essa foto vaza...
-Não vai vazar, relaxa – Disse Zack.
O garoto ajeitou o temporizador da câmera para alguns segundos e
correu para a sua posição. O flash bateu no mínimo cinco vezes.
Precisaram de algumas tentativas até conseguirem a foto perfeita. O
resultado final foi extraordinário, os seis de pé, nus, de membros
flácidos (exceto Zack), com os braços nos ombros uns dos outros e
fazendo caretas divertidas. Na ordem estavam respectivamente da
direita pra esquerda: Zack Davis, Alexander Parker, Leonard Spence,
Kane Marcus, Nathan Owen e Thomas Mathews. Os Garotos do
Mackenzie.
FIM.

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