TEMA: "CENTROS DE MEMÓRIA E A PESQUISA EM HISTÓRIA DA
EDUCAÇÃO: ACERVOS E POSSIBILIDADES"
NATAL, 25 DE MARÇO DE 2024
"CENTROS DE MEMÓRIA E A PESQUISA EM HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO: ACERVOS E POSSIBILIDADES"
• Introdução - nos leva a reconhecer a relevância de examinar minuciosamente a
apresentação dos Centros de Memória analisados neste estudo. Nos propondo a compreender as interações entre história, memória e a prática do historiador através dos arquivos apresentados. Para isso, exploramos as contribuições de quatro autores distintos que abordam essas temáticas. (Arlette Farge, Pierre Nora, Le Goof, Mogarro)
• Arlete Farge - Compreende que as mudanças significativas trazidas pela internet
na forma como vemos os arquivos físicos são destacadas. Muitos pesquisadores que ainda usam esses arquivos não estão habituados com tecnologias digitais e escolhem não as usar. De acordo com a autora, os arquivos digitais também mudaram a maneira como entendemos o passado, lemos fontes e as acessamos.
• Le Goof- O texto destaca a importância da história social ao enfatizar o aspecto
humano da história, o que influencia o papel do historiador na "função social do passado/história". Aborda questões como a busca pela objetividade, atualização do passado e críticas entre historiadores. Uma temática crucial é a memória, relacionada à formação da identidade coletiva e individual, especialmente diante de manipulações e silenciamentos, amplificados pela era digital. Lugares como museus e arquivos são fundamentais para a construção da identidade das sociedades, envolvendo lutas de grupos dominantes e dominados. A democratização da memória social é um imperativo prioritário para os historiadores.
• Nora - O texto discute os lugares de memória e as diferenças entre memória e
história. Nora (1993) destaca que a transição da memória para a história mudou nossa relação com o passado, conferindo maior importância ao papel do historiador na sociedade. Ele também diferencia memória, como uma transmissão de heranças sem mudanças, da história, uma ferramenta produzida pelo homem para rememorar e tornar viva a memória. Nora aponta que os lugares de memória refletem uma vontade de memória, sendo ao mesmo tempo físicos e artificiais. Esses lugares podem ser dominantes, que atraem os visitantes, ou dominados, que são visitados espontaneamente. As celebrações são formas de aproximar a memória dos visitantes, caracterizando esses espaços como materiais, simbólicos e funcionais.
• Mogarro - O texto explora os arquivos escolares como um lugar de memória,
contendo documentos que revelam os processos da escola e suas relações sociais. A escrita é central nesse contexto, organizando o acervo e testemunhando as memórias educativas. Diversos tipos de documentos são destacados por Mogarro (2005), fornecendo caminhos para investigação, enquanto as fontes externas são consideradas complementares aos arquivos escolares. A preservação e estudo do patrimônio educativo tornam-se urgentes, visando fortalecer a compreensão da história e memória da escola. Os arquivos desempenham um papel crucial na construção dessa identidade e memória escolar, valorizando a cultura material e o patrimônio educativo.
• As instituições e seus Centros de Memória - O texto aborda os Centros de
Memória do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) e do Instituto de Educação Superior Presidente Kennedy (IFESP - RN). O IFRN, fundado em 1909 como Escola de Aprendizes Artífices, passou por várias mudanças até se tornar um Instituto Federal em 2008. Seu Portal da Memória foi criado para compartilhar sua história e conta com seções como cronologia, acervo documental, ex- diretores, exposições virtuais, mensagens do centenário, entre outros. Já o IFESP - RN teve origem como Escola Normal de Natal em 1908 e evoluiu para um instituto voltado para a formação de professores, inaugurando em 2019 o Núcleo de Documentação e Memória da Educação.
Metodologia: Em relação a nossa atividade (“centros de memória e a pesquisa em história
da educação: acervos e possibilidades”), ela foi elaborada em forma de resumo dividida em tópicos que foram discutidos e feitos pelos integrantes do grupo.