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6. Trecho do texto “Do cocar vermelho ao pé de Jatobá”, da estudante Karoline Vitória de Souza.

“Reunidos, sentados sobre a terra, eu e meus sete irmãos ouvíamos as histórias de Pangunsukup, um
velho cinta-larga. Eram histórias que faziam nossos olhos brilharem, tão grande era a criatividade de
meu pai. Eu era apenas uma criança e dormia sempre com a imaginação povoada das cenas ouvidas.
Anemã é meu nome, que, de acordo com a minha origem, significa ‘o sonhador’”.
Que elementos linguísticos (palavras, frases) deixam claro que o trecho lido é uma memória literária?
Destaque do trecho passagens em que o narrador expressa suas percepções/sensações sobre o que
relata.
7. Leia o trecho do livro “Por parte de pai”, de Bartolomeu Campos de Queirós e resolva a questão:
Dona Marieta, professora aposentada, vivia com o marido e dois filhos – Marília e Dirceu – em uma
casa com alpendre e três andorinhas de louça. Falava alto sem errar uma palavra, sem deixar para trás
erres ou esses. Fazia saudação para o prefeito em dia de posse, falava para o vigário no aniversário,
cumprimentava o bispo na chegada para as crismas. Todo mundo tinha grande respeito não somente
pela sua língua certa como também pelo rompante exaltado de sua voz. Sabia da vida de todos da
cidade, com os segredos e mais suas maldosas deduções.
No trecho: "Sabia da vida de todos da cidade, com os segredos e mais suas maldosas deduções.",
comprova que uma das características de Dona Marieta era
a) falar muito alto.
b) ser fofoqueira.
c) manter-se informada.
d) guardar segredos.
8. Leia o trecho do livro de Zélia Gattai, “Anarquistas graças a Deus” para resolver a questão:
Naqueles tempos, a vida em São Paulo era tranquila. Poderia ser ainda mais, não fosse a invasão cada
vez maior dos automóveis importados, circulando pelas ruas da cidade [...]. Não havia surgido ainda a
febre dos edifícios altos; nem mesmo o “Prédio Martinelli” – arranha-céu pioneiro em São Paulo, se não
me engano do Brasil – fora ainda construído. Não existia rádio, e televisão, nem em sonhos. Não se
curtia sons em aparelhos de alta fidelidade. Ouvia-se música em gramofones de tromba e manivela.
Havia tempo para tudo, ninguém se afobava, ninguém andava depressa. Não se abreviavam com
siglas os nomes completos das pessoas e das coisas em geral. Para que isso? Por que o uso de
siglas? Podia-se ler tranquilamente tudo, por mais longo que fosse o nome por extenso – sem criar
equívocos – e ainda sobrava tempo para ênfase, se necessário fosse.
A expressão temporal que introduz a história num passado distante é
a) “Não havia surgido ainda”;
b) “ninguém se afobava”;
c) “ainda sobrava tempo para ênfase”;
d) “Naqueles tempos”.
9. “ [...] Meu avô, pela, janela, me vigiava ou abençoava, até hoje não sei, com seu olhar espantado de
quem vê cada coisa pela primeira vez. E aqueles que por ali passavam lhe cumprimentavam: “Oi, seu
Queirós”. Ele respondia e rimava: “Tem dó de nós”. Minha avó, assentada na sala, fazendo bico de
crochê em pano de prato, não via a rua. [...]”
O narrador é: (a) o avô Joaquim ( b) o neto (c) alguém que não participa da história (d) a avó
Maria.

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